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Gabi Rocha

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Questões resolvidas

Sobre a relação entre história e etnocentrismo, marque a alternativa correta. Na antiguidade, a história buscava principalmente compreender esses povos diferentes e não julgá-los Ao longo do tempo, o etnocentrismo sempre foi combatido pela história Entre as sociedades mais etnocêntricas existentes, destacam-se as indígenas por não terem contato com outros povos O questionamento ao etnocentrismo só foi possível devido ao novo entendimento do conceito de cultura, mais amplo As religiões de matriz africana sempre tiveram destaque como religiões etnocêntricas

Leia. Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade - daremos ao mundo o “homem cordial”. A lhaneza [afabilidade] no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam significar “boas maneiras”, civilidade. São antes expressões de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Nossa forma ordinária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez.
Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda utiliza o conceito de “homem cordial
para descrever o modo de ser de todo brasileiro, isto é, um indivíduo afetuoso e acolhedor, características elogiadas pelos estrangeiros que visitam o país.
para indicar como a cordialidade foi imprescindível para a consolidação da democracia no Brasil, criando instituições marcadas pelas relações familiares e pessoais.
como um tipo ideal, sem existência efetiva; com esse conceito, busca compreender a conduta dos agentes sociais sem pretender fixar um caráter nacional.
como fruto da análise da psicologia do brasileiro, por meio da qual busca estabelecer os traços genéricos da cultura nacional.
para definir o caráter nacional brasileiro, cuja origem encontra-se em nossos ancestrais ibéricos.

Leia o texto. (ENADE) Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que já diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.
O conceito de tempo associa-se diretamente à escrita da História, tendo em vista que os acontecimentos são produzidos em uma determinada temporalidade, a qual expressa sinais do pensamento, das ações e experiências humanas em uma determinada época. Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as afirmacoes a seguir.
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear e progressivo, entendido como sentido único.
II. A história se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
I e III.
II e III.
I, II e IV.
II e IV.
I, III e IV.

Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal.
O paradoxo a que se refere o autor fica evidente
no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes.
na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra
no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável
no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária.
no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária

Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais, essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais dos séculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de abandonar a palavra ‘escravo’.
Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos interpretativos
II. escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente.
A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I
As asserções I e II são falsas
A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

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Questões resolvidas

Sobre a relação entre história e etnocentrismo, marque a alternativa correta. Na antiguidade, a história buscava principalmente compreender esses povos diferentes e não julgá-los Ao longo do tempo, o etnocentrismo sempre foi combatido pela história Entre as sociedades mais etnocêntricas existentes, destacam-se as indígenas por não terem contato com outros povos O questionamento ao etnocentrismo só foi possível devido ao novo entendimento do conceito de cultura, mais amplo As religiões de matriz africana sempre tiveram destaque como religiões etnocêntricas

Leia. Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade - daremos ao mundo o “homem cordial”. A lhaneza [afabilidade] no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam significar “boas maneiras”, civilidade. São antes expressões de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Nossa forma ordinária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez.
Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda utiliza o conceito de “homem cordial
para descrever o modo de ser de todo brasileiro, isto é, um indivíduo afetuoso e acolhedor, características elogiadas pelos estrangeiros que visitam o país.
para indicar como a cordialidade foi imprescindível para a consolidação da democracia no Brasil, criando instituições marcadas pelas relações familiares e pessoais.
como um tipo ideal, sem existência efetiva; com esse conceito, busca compreender a conduta dos agentes sociais sem pretender fixar um caráter nacional.
como fruto da análise da psicologia do brasileiro, por meio da qual busca estabelecer os traços genéricos da cultura nacional.
para definir o caráter nacional brasileiro, cuja origem encontra-se em nossos ancestrais ibéricos.

Leia o texto. (ENADE) Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que já diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.
O conceito de tempo associa-se diretamente à escrita da História, tendo em vista que os acontecimentos são produzidos em uma determinada temporalidade, a qual expressa sinais do pensamento, das ações e experiências humanas em uma determinada época. Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as afirmacoes a seguir.
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear e progressivo, entendido como sentido único.
II. A história se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
I e III.
II e III.
I, II e IV.
II e IV.
I, III e IV.

Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal.
O paradoxo a que se refere o autor fica evidente
no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes.
na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra
no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável
no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária.
no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária

Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais, essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais dos séculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de abandonar a palavra ‘escravo’.
Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos interpretativos
II. escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente.
A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I
As asserções I e II são falsas
A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

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Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 1/9
GABRIELA ROCHA
LIMA
Avaliação Online (Curso Online - Automático)
Atividade finalizada em 31/01/2025 10:44:21 (2602425 / 1)
LEGENDA
Resposta correta na questão
# Resposta correta - Questão Anulada
X Resposta selecionada pelo Aluno
Disciplina:
PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [1289371] - Avaliação com 20
questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos]
Turma:
Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-AGO/2024 - SGegu0A300824 [141563]
Aluno(a):
91668926 - GABRIELA ROCHA LIMA - Respondeu 16 questões corretas, obtendo um total de 40,00 pontos como nota
[360038_569
69]
Questão
001
Leia o texto.
Mas a história não pode ser resumida a livros escritos por alguns de seus pretensos e
disputados pais. Ninguém pode negar a Heródoto seus méritos, mas há que se
destacar que Tucídides também se apresenta como genitor do que hoje é esse campo
institucionalizado.
A história emerge não de livros, mas de uma necessidade mais existencial, que
impele os humanos de diversas regiões do globo a
querer buscar interpretações sobre sua orientação, seu sentido, no tempo (RÜSEN,
2007a).
FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni
França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos
Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.82.
Segundo o texto, o Heródoto e Tucídides foram
historiadores atuais que pesquisaram sobre historiadores antigos
os melhores historiadores que souberam pesquisar em livros
X os principais precursores do saber histórico institucionalizado
historiadores da antiguidade em igual valor
os historiadores que melhor compreenderam a questão do estudo da história como
existencial
[360038_569
59]
Questão
002
As reflexões sobre o tempo histórico, após a Escola dos Annales, promoveram uma
revolução na abordagem historiográfica e, no que tange à temporalidade, atribuíram à
longa duração um papel de destaque. A influência dessa historiografia francesa levou
à compreensão da Idade Média como
uma época entre a queda do Império Romano do Oriente e o fim do Renascimento, na
qual se identifica o progresso e a aceleração do tempo.
X
um período cronológico, entre a Antiguidade e a Idade Moderna, cuja história é
atravessada por rupturas e continuidades que se estendem a outras épocas.
um período intermediário entre o início da Antiguidade Tardia e o movimento iluminista
francês, que denuncia o obscurantismo medieval.
uma época que se estende entre o final do Império Romano do Ocidente e a
Revolução Francesa, cujos ideais de liberdade acabam com o Feudalismo.
um período médio entre o início da Antiguidade Tardia e o processo de tomada de
Constantinopla pelos turcos, com fortes influências orientais sobre a percepção do
tempo cristão.
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 2/9
[360038_556
62]
Questão
003
Sobre a abordagem romântica da história, julgue os itens.
I. Preocupava-se com a veracidade das informações e mantinha postura de crítica
documental.
II. Possuía um olhar mais sentimental pelo passado humano, incorrendo muitas vezes
em valorização idealista.
III. Adotava postura de racionalidade acima de tudo e de crítica ao processo histórico.
Os itens verdadeiros são:
II e III.
X apenas II.
somente I.
I e III.
I e II.
[360038_569
94]
Questão
004
Sobre a relação entre história e etnocentrismo, marque a alternativa correta.
X
O questionamento ao etnocentrismo só foi possível devido ao novo entendimento do
conceito de cultura, mais amplo
As religiões de matriz africana sempre tiveram destaque como religiões etnocêntricas
Na antiguidade, a história buscava principalmente compreender esses povos
diferentes e não julgá-los
Entre as sociedades mais etnocêntricas existentes, destacam-se as indígenas por não
terem contato com outros povos
Ao longo do tempo, o etnocentrismo sempre foi combatido pela história
[360038_557
05]
Questão
005
Sobre as relações entre as fontes históricas e o conhecimento histórico, julgue os
itens.
I. As fontes históricas são retratos fiéis da realidade, bastando saber lê-las para
entender o passado.
II. As fontes históricas são construções humanas que podem ter intencionalidades,
devendo-se inquiri-las.
III. As fontes históricas só “falam” a partir do momento que são direcionadas a ela
perguntas pelo historiador.
Os itens corretos são:
I e III.
I e II.
somente I.
somente III.
X II e III.
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 3/9
[360038_569
98]
Questão
006
Leia o texto.
Não podemos deixar de pensar, por exemplo, que em regimes totalitários, a história é
abertamente manipulada, regida por necessidades de Estado, e justificadora de
determinadas decisões da esfera pública que acabam por interferir profundamente na
esfera privada. Exemplos desse processo são aqueles de ordem institucional,
inclusive no Brasil do regime militar pós-1964, que desarticulou cursos superiores de
história, mesclando-os sob o nome de Estudos Sociais, quando disciplinas orientadas
pelo Estado eram inseridas na matriz curricular. A Educação Moral e Cívica (EMC) e a
Organização Social e Política Brasileira (OSPB) com conteúdos esvaziados de sentido
crítico levam à conformidade ideológica e a comportamentos passivos.
Segundo o texto, em regimes autoritários, a história
X é alvo de manipulações políticas
tem preservada suas matrizes curriculares
tem como vocação a adoção de valores de tolerância e respeito
é transformada em disciplinas como Educação Moral e Cívica
é objeto de intensos debates
[360038_570
11]
Questão
007
Leia.
Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será
de cordialidade - daremos ao mundo o “homem cordial”. A lhaneza [afabilidade] no
trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos
visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida,
ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de
convívio humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que
essas virtudes possam significar “boas maneiras”, civilidade. São antes expressões de
um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Nossa forma ordinária de
convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pp.
146-147.
Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda utiliza o conceito de “homem
cordial
para descrever o modo de ser de todo brasileiro, isto é, um indivíduo afetuoso e
acolhedor, características elogiadas pelos estrangeiros que visitam o país.
para indicar como a cordialidade foi imprescindível para a consolidação da
democracia no Brasil, criando instituições marcadas pelas relações familiares e
pessoais.
X
como um tipo ideal, sem existência efetiva; com esse conceito, busca compreender a
conduta dos agentes sociais sem pretender fixar um caráter nacional.
como fruto da análise da psicologia do brasileiro, por meio da qual busca estabelecer
os traços genéricos da cultura nacional.
para definir o caráter nacional brasileiro, cuja origem encontra-se em nossos
ancestrais ibéricos.
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 4/9
[360038_569
79]
Questão
008
Leia o texto. (ENADE)
Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do
tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de
temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente,
em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o
tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível
perceber que já diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade,
ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.
ROSSI, V.L.S; ZAMBONI, E. (Org.). Quanto tempo o tempo tem! 2 ed. Campinas:
Editora Alínea, 2005 (adaptado).
O conceito de tempo associa-sediretamente à escrita da História, tendo em vista que
os acontecimentos são produzidos em uma determinada temporalidade, a qual
expressa sinais do pensamento, das ações e experiências humanas em uma
determinada época. Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas
mais atuais, avalie as afirmações a seguir.
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear
e progressivo, entendido como sentido único.
II. A história se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta
duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com
o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão
cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
É correto apenas o que se afirma em
I e III.
X II e III.
I, II e IV.
II e IV.
I, III e IV.
[360038_557
11]
Questão
009
Leia o texto. (ENADE)
Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da
realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de
aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de
comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante.
Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas
públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode
passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados
em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente
espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos
historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é
paradoxal.
NAPOLITANO, M. A História depois do papel. In: PINSKY. C.B. (Org.). Fontes
Históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 235 (adaptado).
O paradoxo a que se refere o autor fica evidente
X
no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem
em fonte primária do passado e retratados nos filmes.
na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra
no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma
fonte confiável
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 5/9
no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são
elementos importantes para a sua classificação como fonte primária.
no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos
veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária
[360038_557
08]
Questão
010
Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a
palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio
designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida
para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais,
essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais
dos séculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da
antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da
discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de
abandonar a palavra ‘escravo’.
FINLEY, M. Uso e abuso da história. São Paulo: Martins Fontes, 1989 (adaptado).
Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na
Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado
pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos
interpretativos
PORQUE
II. escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em
completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta
A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I
As asserções I e II são falsas
A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa
X As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I
[360039_569
95]
Questão
011
“O ano de 2014 é o nosso presente. Mas, baseando-se em Agostinho, concluo que
este ano está subdividido em meses, semanas, dias, horas... como dizemos, o
presente existe, mas é muito curto. Qual seria o limite para considerarmos algo como
presente? Agostinho elabora uma explicação que é ao mesmo tempo simples e genial
para estabelecer relações entre passado, presente e futuro: para ele, tanto passado
como o futuro só existem em função do presente. O passado é somente rememorado
no presente e o futuro só é projetado também no presente. Sabemos o que está ou
não está distante de nós temporalmente a partir da comparação com a nossa
realidade atual.
Agostinho é um dos primeiros filósofos a compreender que o tempo não é algo que
está fora do ser humano, ou da sociedade como um todo. O tempo é a sociedade, faz
parte dela, não é algo externo, que acontece aleatoriamente. ”
FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni
França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos
Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.126.
A contribuição maior de Santo Agostinho para a compreensão do tempo foi a de
que ele está dividido em passado, presente e futuro.
que ele está dividido em meses, semanas e dias.
futuro e passado são insignificantes.
X que o tempo é uma construção social.
que o passado é a parte mais importante do tempo histórico.
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 6/9
[360039_569
90]
Questão
012
Leia o texto.
“Na ilha, o conhecimento geral do tempo depende, bastante curiosamente, da direção
do vento. Quase todas as cabanas construídas [...] com duas portas uma em frente da
outra. […] Se o vento é norte, a porta do sul fica aberta, e o movimento da sombra do
umbral sobre o chão da cozinha indica a hora; porém, assim que o vento muda para o
sul, a outra porta é aberta […] 
Quando o vento é do Norte, a velha senhora prepara as minhas refeições com
bastante regularidade; mas, nos outros dias, ela frequentemente prepara meu chá às
três horas em vez das seis. ” (THOMPSON, 1998. p: 270-271)
A causa para a observação da direção do vento, no texto acima, é a de
X organizar temporalmente a vida social.
sinalizar o momento de preparo das refeições.
revelar o hábito daquele povo de tomar chás.
facilitar a convivência dos vizinhos.
adquirir casas que sejam pouco afetadas pelo clima.
[360039_569
72]
Questão
013
Leia o texto.
É que formular um problema é precisamente o começo e o fim de toda a história. Se
não há problemas, não há história. Apenas narrações, compilações. Lembrem-se: se
não falei de “ciência da história, falei de “estudo cientificamente conduzido”. Estas
duas palavras não estavam lá para compor a frase. A fórmula cientificamente
conduzida implica duas operações, as mesmas que se encontram na base de
qualquer trabalho científico moderno: indicar problemas e formular hipóteses. Duas
operações que já os homens do meu tempo se revelavam especialmente perigosas.
Porque pôr problemas, ou formular hipóteses, era muito simplesmente trair. Nesse
tempo, os historiadores viviam num respeito pueril e devoto pelos “fatos”. Habitava-os
a convicção ingênua e tocante de que o sábio era um homem que, ao olhar
pelo seu microscópio, aprendia logo uma braçada de fatos (FEBVRE, 1989, p. 31-32).
 
A corrente historiográfica a que pertence o texto acima é
Humanista.
X escola dos Annales.
Iluminismo.
escola positivista.
Marxista.
[360038_556
60]
Questão
014
A história, no período medieval, possui como característica marcante
a crença de que os documentos históricos são espelhos da realidade.
é que o domínio do papado sobre os documentos escritos pouco interferiu na escrita
da história.
uma forte crítica documental.X o retorno das intervenções divinas no processo histórico.
uma concepção de tempo linear e voltada para a ideia de progresso.
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 7/9
[360039_570
16]
Questão
015
Leia o texto.
Essa também foi a década (1980) em que começaram a se expandir e a dar frutos os
programas de pós-graduação de várias instituições universitárias, que cresceram em
função das políticas do governo do general Geisel (1974-79), também responsável
pelo início de um processo de "abertura lenta e gradual" que, contudo, não excluiu a
permanência de procedimentos de repressão dura e violenta. Mas, de toda forma, a
década de 1980, no Brasil, foi a da anistia (1979), a do desenvolvimento dos
movimentos sociais e a de uma luta vigorosa pelo fim do regime militar, presidida pela
palavra de ordem da redemocratização e materializada na expressiva manifestação
que foi a campanha pelas "Diretas já", em 1984.
GOMES, Ângela de Castro. Questão social e historiografia no Brasil do pós-1980:
notas para um debate. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nl) 34, julho-dezembro
de 2004, p. 157-186.
 
A tese central da autora é de que
ainda havia censura na historiografia feita nos anos 1980.
houve retrocessos nos movimentos sociais e avanços no campo da história nos anos
1980.
havia luta vigorosa dos movimentos sociais pela abertura política.
X
as mudanças sociais ocorridas nos anos 1980 pressionaram às mudanças no campo
da história.
houve crescimento dos programas de pós-graduação em história.
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28]
Questão
016
Sobre o contexto de produção de conhecimento histórico no Brasil, é correto afirmar
que
as condições de produção desse conhecimento mantiveram-se basicamente
semelhantes desde o século XIX.
as metodologias utilizadas para produção desse conhecimento avançaram bastante,
mas em termos teóricos continuamos atrasados.
nossa herança cultural se constituiu no período posterior a 1500 apenas.
X
a herança cultural de povos africanos e de indígenas pré-1500 e pós-1500 muitas
vezes foi desconsiderada.
somos herdeiros exclusivamente do passado colonial português.
[360040_569
78]
Questão
017
Leia o texto.
“Uma segunda característica do trabalho dos historiadores é que este se faz em três
momentos diferentes. Não é o mesmo momento. O primeiro é investigar. É possível
passar anos nos arquivos como muitos de vocês estão fazendo, buscando coisas,
desordenadamente, porque a documentação não é organizada pelos historiadores.
Para o historiador, é uma quantidade de notas e informações com muitos problemas.
Depois, deve-se transformar isso em algo comunicável, que possa ser informado ao
leitor. E, antes, é preciso resumir milhares
de páginas de anotações, feitas em arquivos, a 200, 250 páginas. São três tarefas:
pesquisar, resumir e comunicar.”
LEVI, Giovanni. O trabalho do historiador: pesquisar, resumir, comunicar. Revista
Tempo, vol. 20 – 2014:1-20.
A leitura do texto sugere que o trabalho do historiador
X é desenvolvido a partir de consistente método
pressupõe a inexistência dos arquivos
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 8/9
requer neutralidade no manejo das fontes
inexiste um processo de seleção e escolha
dispensa na atualidade o papel narrativo
[360040_569
74]
Questão
018
Leia o texto.
[...] realidade social é mutável, dinâmica, em todos os seus níveis e aspectos; as
mudanças do social são regidas por leis cognoscíveis que, num mesmo movimento de
análise, permitem explicar tanto a gênese ou surgimento de um determinado sistema
social quanto suas posteriores transformações e por fim a transição a um novo
sistema qualitativamente distinto; o anterior implica afirmar que as mudanças do social
conduzem a equilíbrios relativos ou instáveis, ou seja, a sistemas histórico-sociais
cujas formas e relações internas (a estrutura de cada sistema) se dão segundo leis
cognoscíveis (CARDOSO, 1981, p. 35).
A concepção de história acima se refere à qual escola
Annales.
X Marxista.
Positivista.
Metódica.
Iluminista.
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32]
Questão
019
Sobre a produção de conhecimento histórico no período colonial, destacam-se
X
obras como Diálogos das grandezas do Brasil e Cultura e Opulência do Brasil,
importantes fontes de estudos do período.
obras escritas por viajantes naturalistas com uma ampla compreensão do Outro.
obras de caráter apologético e político, com erros factuais.
obras como Diálogos das grandezas do Brasil e Cultura e Opulência do Brasil, mas
hoje deixadas de lado pela historiografia.
obras sofisticadas do ponto de vista teórico, mas que não recorreram a fontes
históricas.
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09]
Questão
020
O que faz que a história surja como disciplina e compreendida como produção das
relações humanas não está ligado unicamente à ânsia da sociedade em buscar
respostas para questões econômicas e políticas, ou da necessidade de reunir
documentos e elaborar registros. Outras questões perpassam o ofício e o universo do
historiador. De que forma se explica essa busca que é oriunda do ofício e do universo
do historiador?
Trata-se da necessidade de conseguir elaborar pesquisas e reflexões a partir da
história e do passado, e delas extrair explicações econômicas, no sentido de justificar
as ações dos mercadores de valores e do mundo dos negócios contemporâneos.
Trata-se da necessidade de conseguir elaborar pesquisas sobre o passado e delas
não necessariamente extrair conceitos e sentidos para problemáticas do presente
X
Trata-se da necessidade de conseguir elaborar pesquisas da história e do passado, e
delas extrair sentidos e significações às questões do presente, passado e futuro,
concomitantemente
Trata-se da necessidade de extrair orientação geográfica e temporal com relação a
todas as dimensões do planeta
Pincel Atômico - 12/02/2025 16:25:51 9/9
Trata-se da necessidade de conseguir elaborar reflexões da história, e delas extrair
orientações e sentidos diante das questões e angústias exclusivamente filosóficas que
acompanharam o homem ao longo da história da humanidade

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