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A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DA CRISE DO MODELO 
AGRÁRIO-COMERCIAL EXPORTADOR DEPENDENTE E DA TENTATIVA DE 
INCENTIVO À INDUSTRIALIZAÇÃO (1870 – 1894) 
Maria do Socorro de Sousa Santos Silva1 
 
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. A organização Escolar no Contexto da Crise do Modelo Agrário 
– Exportador Dependente e do Início da Estruturação do Modelo Agrário – Comercial 
Exportador Dependente (1808 – 1850). In História da Educação Brasileira: A organização 
escolar. 21 ed. 1ᵃ reimpressão – Campinas, SP. Autores associados: HISTEDBR, 2011. 
(Coleção Memória da Educação). P.45 -55. 
Ribeiro, pedagoga, com mestrado e doutorado em Filosofia da Educação pela 
pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC-SP), foi professora do Programa de 
Mestrado em Educação na mesma universidade. 
1. A fase imperial 
O fim do tráfico de escravos e a solução cafeeira fazem com que as capitais se 
disponibilizem tanto de origem externa (ingleses), em forma de empréstimos e 
investimentos, como internamente: aplicados na compra de escravos, tornando-se uma 
época de impulsionadas mudanças, como o desenvolvimento de atividades industriais 
graças ao contato intenso com a Europa, fonte fornecedora de maquinas, instrumentos e 
ideias que influenciaram a elite intelectual brasileira, esta acelerada por consequência do 
rápido processo de modernização da sociedade. 
O manifesto liberal (1868) é considerado o movimento que agita o final do Império e 
o início da Republica, estabeleciam alguns dos seguintes pontos em seu programa de ação: 
abolição dos privilégios aristocráticos, separação entre a igreja e o estado, libertação da 
mulher para desempenhar seu papel na sociedade de esposa e mãe, e a crença na educação, 
chave dos problemas fundamentais do pais, e outros. 
 
1 Aluna do segundo período do curso de licenciatura em Pedagogia, da Universidade Estadual do Piauí. 
 
O contexto escolar é atingida pelas críticas às deficiências existentes e pela proposição 
de reformas. Tendo como exemplo de uma dessas proposições é o modelo imitando o ensino 
alemão, visto por estudiosos como o motivo de sua vitória nas lutas de unificação do país. 
Em 1879 é decretada a reforma de Leôncio de Carvalho, que tinha como objetivo 
impulsionar a educação através de alguns de seus princípios, entres elas estavam: liberdade 
de ensino; o exercício do magistério era incompatível com o de cargos públicos e 
administrativos; e liberdade de frequência. 
2. A fase republicana 
O governo imperial atendia aos interesses da camada senhorial ligada à lavoura 
tradicional (cana, tabaco, algodão) e a ligada à nova lavoura (café) a qual dominava o 
aparelho do Estado. O rápido crescimento da sociedade média possibilita condições de seus 
interesses, como o de participar no aparelho de Estado, porém precisou aliar-se a camada 
dominante baixa de trabalhadores para concretização dos planos no processo de 
modernização. Essa união levou a camada média junto à dominante desencadear a 
proclamação a República, mesmo com a aparente omissão da maioria da população. 
Nesse acelerado período de liderança da camada média no processo político, que 
acontece uma tentativa de mudança tanto na orientação econômica como na escolar. No 
âmbito escolar, tentavam através da educação escolarizada a difusão de suas ideias, porém 
não vingou e sofre um declínio a partir de 1890. Nesse mesmo ano foi decretado a Reforma 
Benjamin Constant que tinha princípios como a liberdade e laicidade do ensino, e também 
a gratuidade do mesmo. Algumas das suas intenções era tornar os diversos níveis de ensino 
“formadores” e não apenas preparadores, e também fundamentar essa formação na ciência 
rompendo a tradição humanista que predominava o literário para se tornar científico, a partir 
da introdução das ciências (matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia e 
moral). Essa decisão não fica longe das críticas pelo fato de respeitar o modelo pedagógico 
de Comte que visava uma idade de introdução dos estudos científicos. 
Caracteriza-se, dessa forma, a continuidade do movimento de atualização histórica, 
onde os resultados “idealizados” não eram os obtidos e assim justifica a ineficácia dessa 
atitude intelectual.

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