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Sobre as relações entre as fontes históricas e o conhecimento histórico, julgue os itens.
I. As fontes históricas são retratos fiéis da realidade, bastando saber lê-las para entender o passado.
II. As fontes históricas são construções humanas que podem ter intencionalidades, devendo-se inquiri-las.
III. As fontes históricas só “falam” a partir do momento que são direcionadas a ela perguntas pelo historiador.
I e III.
I e II.
somente I.
somente III.
II e III.
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Matematicamente

há 10 meses

Respostas

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há 10 meses

Vamos analisar cada afirmativa: I. As fontes históricas são retratos fiéis da realidade, bastando saber lê-las para entender o passado. Falso. As fontes históricas não são necessariamente retratos fiéis da realidade, pois podem refletir interpretações, viéses e contextos específicos de quem as produziu. II. As fontes históricas são construções humanas que podem ter intencionalidades, devendo-se inquiri-las. Verdadeiro. Essa afirmativa está correta, pois reconhece que as fontes históricas são criadas por pessoas e podem ter objetivos ou intenções por trás de sua produção. III. As fontes históricas só “falam” a partir do momento que são direcionadas a ela perguntas pelo historiador. Verdadeiro. Essa afirmativa também está correta, pois as fontes históricas precisam ser interpretadas e questionadas pelo historiador para que possam revelar informações sobre o passado. Com base nas análises, os itens verdadeiros são II e III. Portanto, a alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: II e III.

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Leia o texto para responder a questão. “Entre o final do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, a noção de História foi sacudida, construída e reconstruída a partir de preocupações teórico-metodológicas e temáticas. Frente ao objetivismo e à defesa exacerbada da história política, voltada à exaltação de indivíduos e laudatória, alguns pensadores como François Simiand, Marc Bloch, Lucien Febvre pejoravam a história que era baseada em três ídolos (expressão de Simiand): o indivíduo, a data e o fato. Foram eles que, lançando uma revista nova de história, intitulada Annales d’Histoire Économique et Social, acabaram por articular uma nova forma de se fazer história, a ser difundida pelo grupo designado, posteriormente, de Escola dos Annales. As críticas sobre o documento, dentro desse grupo, seriam feitas por Fernand Braudel, que propunha a expansão ou dilatação do conceito, afirmando que o historiador não deveria apenas se pautar por documentos oficiais para construir seus enredos, mas por documentos diversos que emergiam do todo social. Civilização material, economia e capitalismo, uma coleção de três livros produzia por Braudel representa, certamente, um bom exemplo do que é o historiador, a partir da visão historiográfica dos Annales. Nela, Braudel faz uso de receitas, anotações, mapas, croquis.”
A tese central do texto é a de que a escola dos Annales
promoveu uma renovação teórico-metodológica nos estudos históricos
ampliou o conceito de documento, ao incluir tanto os escritos oficiais como não-oficiais
defendeu uma história política
renovou as concepções de documento histórico para compreender melhor a esfera política.
advogou uma história social dos grandes homens e pensadores

Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal.
O paradoxo a que se refere o autor fica evidente
no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes.
na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra
no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável
no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária.
no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária

Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais, essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais dos séculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de abandonar a palavra ‘escravo’.
Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos interpretativos
II. escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente.
A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I
As asserções I e II são falsas
A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

Leia o texto. (ENADE) Tratado Proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados (c.1789) “Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos saber. [...] Para o seu sustento tenha lancha de pescaria ou canoas do alto, e quando quiser comer mariscos mande os seus pretos Minas. [...] Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. [...] A estar por todos artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos mais Engenhos. Poderemos brincar, folgar, e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença.”
A importância da utilização da fonte documental acima apresentada relaciona-se, sobretudo, ao seu potencial de problematização histórica. Nesse sentido, assinale a alternativa que qualifica o referido documento e o relaciona diretamente ao seu valor historiográfico.
O documento nega as relações conflituosas entre senhores e escravos, ao demonstrar que os cativos tinham condições plenas de argumentarem em favor de suas próprias causas.
O texto é indicativo de um levante isolado, com características chantagistas, em um contexto de escravidão.
A narrativa evidencia o grau de instrução dos escravos, que emitiam documentos para registrar a luta pelos seus direitos.
Os detalhes da narrativa revelam o exotismo e as peculiaridades da vida do negro escravo no ambiente citadino e rural.
O conteúdo da fonte abre caminhos analíticos para a revisão de conceitos como o de resistência negra escrava.

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