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Biodisponibilidade de 
Macronutrientes
CARBOIDRATOS E 
FIBRA ALIMENTAR
Profª Me. Bruna Raniel V P Cabral
Nutricionista - CRN3 33.530
Docente do Curso de Nutrição
Orientadora de Estágio Supervisionado do Curso de Nutrição
CURSO DE NUTRIÇÃO - 3° TERMO
DISCIPLINA: BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
Biodisponibilidade 
de 
Carboidratos
Carboidratos
Principal fonte de energia do organismo humano.
Compostos orgânicos constituídos por moléculas de carbono, hidrogênio e 
oxigênio 
As principais fontes 
alimentares de CHO
Cereais (arroz, trigo e milho)
Tubérculos -
principalmente a batata
Raízes - principalmente a mandioca
Aveia, cevada e centeio.
Algumas funções:
• Principal fonte energética: 1 g fornece 4 kcal.
• Substrato energético de uso imediato.
• Conservação do balanço energético positivo e manutenção
de funções celulares.
• Preservação da proteína.
Biodisponibilidade de Macronutrientes: 
CARBOIDRATOS
Algumas funções:
•A glicose é indispensável para manter a
integridade funcional do tecido
nervoso e é a única fonte de energia
para o cérebro.
•A lactose propicia crescimento de
bactérias benéficas no intestino.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
• As moléculas de carboidratos são classificadas de acordo com
seu grau de polimerização (GP), ou seja, número de unidades de
monossacarídeos, e então subdivididas segundo seus tipos de
ligações glicosídicas e características químicas específicas.
• Um dos principais desafios ao classificar carboidratos é a
dificuldade em conciliar aspectos químicos (grau de
polimerização) e possíveis efeitos fisiológicos.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
• Tendo em vista esses aspectos, foram desenvolvidos
novos termos e conceitos;
•Que são capazes de abranger grupos e subgrupos de
carboidratos que possuem efeitos fisiológicos
similares, tais como os conceitos de carboidratos
disponíveis, carboidratos não disponíveis, fibra
alimentar e amido resistente.
Biodisponibilidade de Macronutrientes: CARBOIDRATOS
• Os conceitos de carboidrato disponível e não disponível foram
propostos após perceberem que nem todos os carboidratos
podem ser digeridos, metabolizados e “utilizados”, fornecendo
energia para o organismo humano.
Esse conceito revelou-se importante, pois
evidenciou o fato de alguns carboidratos não
serem digeridos e absorvidos no intestino
delgado, podendo ser fermentados pela
microbiota ao atingirem o intestino grosso.
Biodisponibilidade de Macronutrientes: CARBOIDRATOS
No entanto, o conceito de carboidrato não disponível deve ser
utilizado com cuidado, pois mesmo os carboidratos que não são
digeridos podem ser capazes de fornecer energia ao organismo por
meio dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) produzidos durante o
processo de fermentação.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Por meio da fermentação de carboidratos
e proteínas ingeridos pela dieta, como
fibras, prebióticos e probióticos.
Essa fermentação é realizada por bactérias anaeróbicas, principalmente
dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus, presentes no intestino
grosso.
O crescimento dessas bactérias é, portanto, benéfico para a saúde
intestinal e, ao mesmo tempo, inibe o crescimento de bactérias
patogênicas.
Dessa maneira, a composição da dieta influencia diretamente a produção
dos AGCC. Os AGCC produzidos em maior abundância são o acetato, o
propionato e o butirato.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Wong JM, de Souza R, Kendall CW, Emam A, Jenkins DJ. Colonic health: fermentation and short chain fatty acids. J Clin Gastroenterol. 2006;40(3):235-43.
MONO E DISSACARÍDEOS 
Os carboidratos mais abundantes contidos em uma dieta são os
monossacarídeos, glicose e frutose, além da sacarose, um
dissacarídeo composto por uma unidade de glicose unida a uma
unidade de frutose por uma ligação glicosídica.
Outro dissacarídeo importante,
a lactose, também é bastante
comum, porém sua quantidade
na dieta depende da frequência
da ingestão de leite e derivados
lácteos.
é um dissacarídeo formado pela interação entre uma 
molécula de glicose e outra de galactose.
é largamente utilizada na indústria de
alimentos e está presente em grande
número de alimentos processados,
mas em baixas concentrações nos
alimentos in natura.
É o primeiro produto obtido durante a
digestão do amido pela beta-amilase,
sendo depois quebrada e transformada em
glicose.
A maltose 
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
MONO E DISSACARÍDEOS
Os polióis, carboidratos derivados de álcoois;
Eles podem ser:
Monossacarídeos→ sorbitol, manitol, xilitol e eritritol;
Dissacarídeos→ lactitol, maltitol e isomalte
Estão presentes em pequenas quantidades, como ingredientes de
alimentos para fins nutricionais específicos, ou mesmo como artifício
tecnológico, conferindo propriedades específicas a determinados
produtos alimentícios processados industrialmente.
MONO E DISSACARÍDEOS
Os açúcares simples (mono e dissacarídeos), em geral, conferem sabor doce aos
alimentos, tornando-os agradáveis ao paladar humano, além de serem largamente
utilizados pela indústria de alimentos como conservantes, conferindo textura e sabor
característicos a produtos de panificação e biscoitos.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Glicose e outros açúcares redutores são os substratos
iniciais das reações de Maillard, cujos produtos
conferem aroma e sabor característicos a alguns tipos
de alimentos.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
MONO E DISSACARÍDEOS
Digestibilidade e biodisponibilidade dos mono e dissacarídeos
• Mono e dissacarídeos são os carboidratos mais simples que existem e são
capazes de se tornar glicose disponível às células de diversos tecidos do
organismo mais rapidamente.
• Atualmente, em vez de classificar os carboidratos como simples ou complexos,
recomenda-se verificar não somente seu GP, mas também o tipo de ligação (se
houver) entre as unidades de monossacarídeos, a disposição de suas cadeias e a
possibilidade de o carboidrato se tornar glicose rapidamente disponível.
MONO E DISSACARÍDEOS
Digestibilidade e biodisponibilidade dos mono e dissacarídeos
• Baseando-se nesse tipo de avaliação mais criteriosa, é possível reunir um número de características e
informações que permitem classificar os carboidratos em questão como disponíveis ou não disponíveis.
• Efetivamente, todas essas variáveis convergem para a avaliação do papel fisiológico e do
aproveitamento verdadeiro das mais diversas frações de carboidratos pelos diferentes organismos que
delas dependem para sua sobrevivência, reforçando a importância do aumento da amplitude do
conceito de biodisponibilidade em todos os níveis de classificação atribuídos aos nutrientes essenciais.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
OLIGOSSACARÍDEOS
• Definição: são carboidratos com GP
de 3 a 9.
• A principal divergência conceitual
acerca dos oligossacarídeos trata-se
do GP limite para esse grupo de
carboidratos, havendo
classificações que preconizem 9 ou
10 unidades monossacarídicas.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
OLIGOSSACARÍDEOS
Carboidratos que contenham cadeias com essas características incluem: rafinose e estaquiose
(encontrados principalmente em leguminosas), maltodextrinas e frutoligossacarídeos (FOS).
Maltodextrinas são oligossacarídeos produzidos da hidrólise de amido e são particularmente
importantes para a indústria de alimentos por suas propriedades funcionais desejáveis
(solubilidade) em relação ao amido íntegro.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
OLIGOSSACARÍDEOS
Esses oligossacarídeos, adicionados aos alimentos
durante o processamento, atuam como agentes
espessantes, estabilizantes e/ou umectantes.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
OLIGOSSACARÍDEOS
• Em geral, os oligossacarídeos resultantes da hidrólise do amido são parcialmente
digeridos e absorvidos no trato gastrintestinal humano, o que não ocorre com os
polímerosderivados de frutose e galactose, considerados oligossacarídeos não
digeríveis.
• Tal classificação baseia-se na comprovação de efeitos prebióticos no cólon, cujo
parâmetro de avaliação é a presença do nutriente íntegro como substrato
disponível aos processos de fermentação e ao desenvolvimento de
microrganismos que normalmente compõem a microbiota intestinal.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
OLIGOSSACARÍDEOS
• Ao tratar-se do efeito prebiótico, atribuído a classes específicas de
oligossacarídeos, é indispensável que sejam detalhados alguns aspectos
bioquímicos e nutricionais dos frutanos, como FOS e inulina, que vêm sendo
largamente caracterizados e reconhecidos como de grande importância para a
manutenção da integridade do trato gastrintestinal humano.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Inulina e FOS escapam da digestão típica de outras frações de carboidratos, atingindo, praticamente intactas, as regiões mais
distais do trato gastrintestinal, fato pelo qual apresentam características de fibra alimentar e valor energético reduzido. 
Os FOS compõem um subgrupo da inulina, caracterizando-se por apresentar moléculas com grau de polimerização menor que 
10 e por conter unidades de glicose ao término de sua cadeia. 
Fazem parte da fração de carboidratos de armazenamento dos vegetais, razão pela qual são encontrados em mais de 36 mil 
espécies de plantas. 
Frutanos (inulina e FOS) são carboidratos de reserva natural comumente encontrados em quantidades variáveis em diversos 
componentes de uma dieta normal. 
OLIGOSSACARÍDEOS 
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS
• Do ponto de vista químico: os polissacarídeos são carboidratos cujo GP é maior que 9.
• Alguns possuem a propriedade de reter água e em situações específicas podem formar
gel ou uma solução viscosa com aplicação na indústria de alimentos.
• O amido é o principal polissacarídeo de origem vegetal e o glicogênio é o equivalente em
animais - É a forma de armazenamento e fonte de energia para plantas (amilose e
amilopectina) e animais (glicogênio).
• Por ser facilmente digerido representa uma importante fonte de energia na alimentação
Formado por uma combinação de dois poli➔ amilose e amilopectina.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS - AMIDO
• Amilose
• Amilopectina
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS - AMIDO
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Amilose
menor porção é composta
de amilose (15 a 20%) da
molécula de amido
Quanto maior o teor de
amilose de um amido, maior
será a sua viscosidade
Ao comparar o teor de amilose do
milho (28%) ao teor encontrado na
batata (23%) = pode-se comprovar a
maior viscosidade de um mingau de
milho em relação a um purê de batata.
O amido do trigo apresenta
um teor de amilose de 26%; o
do arroz 17% e o da
mandioca 8%.
POLISSACARÍDEOS - AMIDO
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Amilopectina
Constitui a maior porção (80 a
85%) da estrutura do amido.
POLISSACARÍDEOS - AMIDO
Diferentes tipos de amido e sua digestibilidade
• É bastante conhecido o fato de que a extensão
da digestão do amido no intestino delgado é
variável e que disso decorrem as quantidades
substanciais de resíduos de amido resistentes
à digestão que atingem a região do cólon,
tornando-se substratos para os processos de
fermentação.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS - AMIDO
Diferentes tipos de amido e sua digestibilidade
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Amido-resistente
Alguns amidos, ao serem modificados, adquirem a propriedade de não serem 
absorvidos pelo intestino;
Tais amidos são denominados resistentes, que são, na verdade, frações de amido 
submetido às modificações químicas. 
O amido não-digerido ao chegar ao cólon é utilizado como substrato de fermentação 
por diversas bactérias intestinais. 
amido-resistente é também considerado um agente prebiótico. 
POLISSACARÍDEOS NÃO-AMIDO
• São polímeros com finalidades
estruturais para a célula
vegetal:
celulose, hemicelulose, pectina.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS NÃO-AMIDO
CELULOSE
polissacarídeo constituinte 
da estrutura dos vegetais 
não digeríveis
São compostas por tecido fibroso e 
são insolúveis
tornando-se assim importante
volume na dieta para formação
do bolo fecal.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
POLISSACARÍDEOS NÃO-AMIDO
HEMICELULOSE
tem a capacidade de reter água
auxiliando na formação do bolo fecal
PECTINA compõe a parede celular dos vegetais
a casca das frutas – é indigerível
possui capacidade de formação de gel – indústria
INTOLERÂNCIA A CARBOIDRATOS
Carboidratos → di, oligo e polissacarídeos
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
são hidrolisados em monossacarídeos no lúmen 
intestinal por enzimas específicas 
transportados através da membrana em escova dos 
enterócitos para o interior celular. 
A ausência ou redução da
atividade de uma dessas enzimas é
a causa da intolerância ao
respectivo carboidrato, cujos
principais sintomas são dor
abdominal, cólicas, flatulência,
náusea e diarreia.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
•Dentre os quadros clínicos de intolerância a
carboidratos, o relacionado à lactose é o mais
comumente encontrado na sociedade, podendo se
manifestar sob três formas distintas:
intolerância à lactose congênita, hipolactasia primária do
adulto e hipolactasia secundária a doenças.
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
INTOLERÂNCIA A CARBOIDRATOS 
Biodisponibilidade de Macronutrientes
CARBOIDRATOS
hipolactasia
primária do adulto
intolerância à lactose 
congênita 
a enzima lactase está 
ausente ou inativa (quando 
não diagnosticada 
precocemente pode levar 
ao óbito).
a enzima lactase 
inicialmente apresenta 
expressão normal, mas 
diminui ao longo da vida. 
hipolactasia
secundária a 
doenças
como enterites, doença 
celíaca e doenças 
inflamatórias intestinais
ocorre quando estas levam a 
danos na borda em escova na 
mucosa do intestino delgado 
ou aumento do tempo de 
trânsito intestinal. 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS
• Por serem nutrientes que, em uma dieta normal, devem contribuir com 45 a 65%
da energia disponível, deduz-se que no organismo existem mecanismos de
digestão e absorção suficientemente eficientes para o máximo aproveitamento
dos carboidratos.
• Duas classes de proteínas são as grandes responsáveis por todo o processo de
digestão e absorção de carboidratos: enzimas glicolíticas e proteínas
transportadoras.
• As interações que ocorrem na interface entre o lúmen intestinal e a membrana
das células intestinais são um fator primordial e a principal explicação para a
grande biodisponibilidade dos carboidratos, que, em última instância, serão
convertidos em glicose, estando aptos a serem metabolizados pelo organismo.
Fibra alimentar e seu 
efeito na 
biodisponibilidade de 
minerais
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
A fibra alimentar (FA) é descrita como uma classe de compostos de origem vegetal
constituída sobretudo de polissacarídeos e substâncias associadas que, quando
ingeridos, não sofrem hidrólise, digestão e absorção no intestino delgado de humanos.
Polissacarídeos de origem animal, como a quitina e seus derivados, também podem ser
incluídos na definição de FA.
No Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (Resolução RDC n.
360 de 23/12/2003), a FA é definida como “qualquer material comestível que não seja
hidrolisado pelas enzimas endógenas do trato gastrintestinal humano”.
Fibra alimentar consiste em um ou mais dos seguintes aspectos: 
• Polímeros de carboidratos comestíveis de ocorrência natural no alimento consumido.
• Polímeros de carboidratos, que foram obtidos de material alimentar bruto por
método físico,enzimático ou químico.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
Em geral, a fibra alimentar tem 
propriedades como: 
Diminuição do tempo 
de trânsito intestinal 
e aumento do 
volume fecal 
Fermentação pela 
microbiota colônica 
Redução dos níveis 
sanguíneos de 
colesterol total ou de 
LDL-colesterol 
Redução dos níveis 
sanguíneos pós-
prandiais da glicose 
e/ou insulina.
Dessa forma, a FA está incluída na categoria de alimentos funcionais, pois interfere 
positivamente em uma ou mais funções do organismo. 
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado de
maneira satisfatória que possa agir de forma benéfica em uma ou mais
funções do corpo, além de se adequar à nutrição, de certo modo
melhorando a saúde e o bem-estar, ou reduzindo o risco de doenças.
Além disso, quando determinados componentes da fração FA estimulam
o crescimento de bactérias benéficas, especialmente bifidobactérias e
lactobacilos, podem ser incluídos na categoria de alimentos funcionais,
sendo denominados prebióticos.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
“Prebióticos são ingredientes alimentares que não são digeridos e que afetam de maneira
benéfica o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou
de um número limitado de bactérias do cólon”
Os componentes da FA estão presentes, na maioria das vezes, em
dietas consumidas diariamente pelas populações e são encontrados
sobretudo em vegetais, frutas e grãos integrais.
Podem, também, ser extraídos de sementes, exsudatos de
plantas, algas marinhas e raízes tuberosas.
A FA atua ao longo do TGI desde sua ingestão até sua excreção.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
O aumento do tempo de mastigação, provocado pela
presença de FA
Induz um aumento do fluxo do suco gástrico
E juntamente com a fibra hidratada pela saliva
resulta em aumento do volume do conteúdo estomacal e
com isso, acelera e mantém por mais tempo a sensação
de saciedade do organismo.
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
Pesquisas mostram que a FA pode influenciar negativamente na biodisponibilidade de diversos
minerais.
Para explicar esse efeito da fibra na biodisponibilidade dos minerais, foram propostos alguns
mecanismos:
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
Diminuição do tempo do trânsito intestinal, o que provocaria diminuição da
absorção dos minerais da dieta.
Diluição do conteúdo intestinal e aumento do volume fecal.
Formação de quelatos entre componentes da fibra e minerais.
Alteração do transporte dos minerais pela parede intestinal.
Retenção de íons nos poros da estrutura gelatinosa de alguns tipos de fibra.
Aumento da secreção endógena de minerais.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
A interação fibra-minerais está relacionada com o fato de que os componentes que fazem
parte da FA comportam-se de maneira diferente nos diversos segmentos do intestino.
A maioria dos minerais é absorvida no intestino delgado, porém alguns podem ser
absorvidos parcialmente pelo estômago (Cobre e Selênio) e pelo cólon (Cálcio).
Com relação às hemiceluloses, o Zinco é o mais afetado, seguido pelo Cobre, porém os
complexos que as mesmas formam com esses metais são facilmente degradados.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
A afinidade das hemiceluloses pelo Ca parece ser baixa no pH neutro do intestino.
Em humanos tem sido observado que as hemiceluloses favorecem a eliminação fecal de
Ca, sem alterar, porém, o cálcio sérico nem provocar balanço negativo do mineral.
Os efeitos das hemiceluloses sobre o Mg parecem ser menos pronunciados.
Em relação aos efeitos das hemiceluloses nos elementos-traço, a bibliografia mostra que
há diminuição na absorção de Fe e Zn.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
Estudos realizados na Índia com adolescentes constataram que dietas
suplementadas com determinado tipo de mucilagem provocam diminuição na
absorção aparente e nas concentrações séricas de cálcio, ferro e fósforo.
Contudo, em outras populações não se tem observado o efeito negativo das gomas
na absorção de minerais, como cálcio, magnésio, ferro e cobre.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
A interação fibra-fitatos-minerais é complexa.
Numerosos trabalhos atribuem aos fitatos um efeito negativo da absorção de Ca,
Mg, Zn, Fe etc. Os elementos que se mostraram mais vulneráveis são o Fe e o Zn -
Isso ocorre, talvez, por ambos estarem deficientes nas dietas ou pelos indivíduos
estarem em situações fisiológicas vulneráveis.
A associação do fitato com a fibra, por exemplo, no pão integral, provoca uma
redução da disponibilidade in vitro de Ca, Fe e, especialmente, Zn.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE 
MINERAIS
Em humanos, dietas ricas em fibra e oxalatos estão relacionadas com a absorção negativa de Ca,
Mg e Zn.
Contudo observou-se que a lignina afeta a absorção de Fe e Zn em proporção menor que as
fibras solúveis.
Há poucos estudos sobre os efeitos dos ácidos fenólicos, flavonoides, polifenóis, taninos, entre
outros, na biodisponibilidade de minerais.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO NEGATIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE 
MINERAIS
Geralmente, considera-se que os taninos inibem a absorção de minerais.
Chá e café são infusões amplamente consumidas em todo o mundo e contêm grande variedade
de compostos fenólicos, alguns dos quais não foram ainda identificados.
O Fe, tradicionalmente, é considerado o elemento mais afetado pela ingestão de ambas as
bebidas.
Além disso, a influência negativa que o chá exerce sobre esse metal é superior à do café.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
EFEITO POSITIVO DA FIBRA ALIMENTAR NA BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
Efeitos positivos do consumo de frutanos e de outros carboidratos fermentáveis na absorção de
minerais, como Ca, Mg e Fe, têm sido amplamente investigados e demonstrados em estudos
experimentais.
A fermentação desses carboidratos no intestino grosso resulta na produção de ácidos graxos de cadeia
curta (AGCC), que, por sua vez, diminui o pH luminal e aumenta a concentração de minerais ionizados -
Como consequência, ocorre aumento na solubilidade do mineral.
Além disso, os AGCC podem influenciar de maneira direta a absorção mineral modificando a difusão de
íons pela membrana do colonócito.
Biodisponibilidade de 
Macronutrientes: fibra alimentar
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Juntos, mono e dissacarídeos são os carboidratos mais simples que existem e são capazes de se tornar glicose
disponível às células de diversos tecidos do organismo mais rapidamente, constituindo um grupo denominado
em 1929, de CHOs glicogênicos.
Esse conceito foi reformulado após a determinação mais clara dos componentes de menor digestibilidade ou
parcialmente digeríveis e das frações não digeríveis dos CHOs.
Portanto, em vez de classificar os CHOs como simples ou complexos, recomenda-se verificar não somente em
seu grau de polimerização, mas também o tipo de ligação (se houver) entre as unidades de monossacarídeos,
a disposição de sua cadeia e a possibilidade de se tornar glicose rapidamente disponível.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O efeito da FA na biodisponibilidade dos minerais depende, sobretudo:
• da natureza da fibra; 
• da quantidade de FA consumida; 
• da presença na dieta de compostos associados, como fitatos; 
• da homeostase do mineral estudado. 
A FA pode comprometera biodisponibilidade de minerais, como Ca, Zn, Fe e Mg, sobretudo quando essas fibras estão
associadas a fitatos, oxalatos e substâncias fenólicas.
Esse efeito adquire importância particular em determinados grupos vulneráveis da população, como idosos, gestantes,
adolescentes e crianças e em indivíduos com ingestão deficitária de micronutrientes.
Há também o efeito positivo dos prebióticos na absorção de Ca e, principalmente, em condições em que há maior 
necessidade desse mineral (adolescência e pós-menopausa).
Referências
• CARDOSO, M. A. Nutrição e Metabolismo: Nutrição Humana. São Paulo: Guanabara Koogan, 2012.
• COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de Nutrientes. 6ª edição atualizada e ampliada. Barueri, SP.
Manole, 2020.
• DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E.; Marchini, J. S. Ciências Nutricionais: aprendendo a aprender. 2ª ed., São
Paulo: Sarvier, 2008.
• REIS, N. T. Nutrição Clínica: interações. Editora Rubio, 2004.
• Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres; Agência Nacional de
Vigilância Sanitária Adoçantes [Internet].
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	Slide 6: As principais fontes alimentares de CHO
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	Slide 11: Biodisponibilidade de Macronutrientes: CARBOIDRATOS
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	Slide 13: Biodisponibilidade de Macronutrientes CARBOIDRATOS
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	Slide 18: Biodisponibilidade de Macronutrientes CARBOIDRATOS
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	Slide 22: Biodisponibilidade de Macronutrientes CARBOIDRATOS
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	Slide 24: Biodisponibilidade de Macronutrientes CARBOIDRATOS
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	Slide 42
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	Slide 47: Biodisponibilidade de Macronutrientes: fibra alimentar
	Slide 48
	Slide 49
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	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53
	Slide 54
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	Slide 62: CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Slide 63: CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Slide 64: Referências

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