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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU UNIDADE BOA VIAGEM ALHORANNA GOMES DA SILVA - 01647365 ISABELA LARISSA TAVARES – 01602679 LETÍCIA DE FRANÇA MARCELINO BELO - 01597947 MAÍRA ARAÚJO DA SILVA - 01651378 THAÍS VICENTE DA SILVA LIMA - 01597905 VICTORIA LIMA ALVES - 01596516 DOCENTE: ANDREY THYAGO RELATÓRIO: DETERMINAÇÃO DE RESÍDUOMINERAL FIXO E ANÁLISE DE LEITE Recife 2024 1.Introdução As análises bromatológicas são essenciais para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos, abrangendo a avaliação detalhada da composição química dos alimentos para verificar nutrientes e identificar contaminantes e adulterantes. No caso específico do leite, a análise é fundamental para assegurar a segurança e a qualidade deste alimento amplamente consumido, pois o leite, rico em nutrientes essenciais como proteínas, cálcio e vitaminas, pode também ser um meio propício para a proliferação de microrganismos patogênicos se não for tratado e conservado adequadamente (Silva, 2010; Pereira, 2015). A importância das análises bromatológicas pode ser destacada em diversos aspectos, como a segurança alimentar, onde garantem que os alimentos estejam livres de contaminantes químicos que possam representar riscos à saúde. Elas também asseguram a qualidade nutricional dos alimentos, prevenindo deficiências nutricionais na população (Medeiros, 2012). Além disso, essas análises ajudam os produtores a cumprir as regulamentações estabelecidas por órgãos de vigilância sanitária, evitando penalidades e garantindo a comercialização segura dos produtos (Ferreira, 2013). Outro aspecto importante é a prevenção de fraudes, onde as análises detectam adulterações e falsificações, protegendo os consumidores contra práticas desleais (Santos, 2014). Na pesquisa e desenvolvimento, fornecem dados essenciais para a melhoria das formulações de novos produtos alimentícios (Costa, 2011). A determinação de resíduo mineral fixo, também conhecida como análise de cinzas, é um procedimento fundamental na análise bromatológica dos alimentos. Esta técnica envolve a quantificação da quantidade total de minerais presentes em uma amostra, após a queima de toda a matéria orgânica a altas temperaturas. O resíduo resultante, composto principalmente por óxidos e sais minerais, é considerado o resíduo mineral fixo (Osborne & Voogt, 1978). A análise de resíduo mineral fixo é amplamente aplicada em diversos setores da indústria alimentícia, incluindo a produção de laticínios, carnes, cereais e produtos processados, garantindo que os produtos finais atendam aos padrões de qualidade e segurança estabelecidos por órgãos reguladores (Pereira & Lira, 2011). Portanto, esta técnica é uma ferramenta indispensável para a avaliação da composição mineral dos alimentos, contribuindo para a garantia da qualidade nutricional e a segurança alimentar (Munhoz, 2008). 2. Metodologia 2.1 Determinação de Resíduo Mineral Fixo A primeira prática realizada foi a determinação de resíduo mineral fixo. Iniciou-se esterilizando o cadinho de porcelana em forno mufla a 550°C por 30 minutos, como ilustra a imagem 1. Durante esse tempo foi triturada a amostra sólida (salsicha) no almofariz com pistilo (imagem 2). Imagem 1: Cadinho sendo esterilizado em forno mufla Imagem 2: Amostra sólida sendo triturada Após os 30 minutos no forno, o cadinho foi transferido para esfriar no dessecador com sílica (imagem3). Em seguida, levamos o cadinho para a balança analítica e pesamos, logo depois taramos o peso do cadinho e pesamos com auxílio de uma espátula 1g de salsicha triturada (imagem 4) e depois o cadinho foi levado ao bico de Bunsen para passar pela carbonização completa (imagem 5 e 6). Imagem 3:Resfriamento no dessecador de sílica Imagem 4: Pesagem da amostra Imagem 5: carbonização da amostra no bico de Bunsen Imagem 6: Amostra carbonizada 2.2 Análise de Leite O primeiro método experimental foi o de determinação de acidez. Iniciamos utilizando uma pipeta volumétrica para transferir 10 mL de leite para o erlenmeyer de 125 mL (imagem 7), em seguida foi adicionado 20 mL de água destilada (imagem 8). Imagem 7: transferência da amostra do leite Imagem 8: Adição de água destilada na amostra Com uma pipeta de pasteur foi adicionado 3 mL da solução de fenolftaleína ao erlenmeyer que contém o leite e ficou na coloração laranja (imagem 9), com a pipeta graduada adicionou 5 mL de hidróxido de sódio e chegou na coloração rósea (imagem 10). Imagem 9: Adição de fenolftaleína Imagem 10: Após adição NaOH O segundo método experimental realizado foi de identificação do amido. Com uma pipeta graduada foi transferido 10mL da amostra (leite líquido) para um béquer, em seguida a amostra foi levada para o banho-maria fervente por 5 minutos (imagem 11). Após o tempo desejado, o béquer foi resfriado em água corrente e adicionou-se 5 gotas da solução de Lugol 5% (imagem 12). Imagem 11: amostra em banho-maria Imagem 12: adição de Lugol na amostra 3. Resultados e Discussões Na análise experimental de determinação de resíduo mineral fixo conseguimos chegar até a carbonização da amostra aprendendo todo o processo e entendendo sua importância para entender a composição centesimal dos alimentos. Contudo, por motivos de tempo hábil, não conseguimos quantificar e nem fazer cálculos utilizando princípios gravimétricos para a amostra utilizada. Na análise de leite, para definir a acidez utilizamos o seguinte cálculo: Acidez (°D)= (V x N x 100)/ m Onde: ● V é o volume de NaOH em mL gasto para neutralizar a acidez do leite, ● N é a normalidade da solução de NaOH (considerando normalidade igual a 1), ● m é a massa da amostra de leite em gramas. Logo: Acidez (°D)= (5 x 1 x 100)/ 30) Acidez (°D)= 16,66 Um leite fresco normalmente tem uma acidez entre 14°D e 18°D, mas isso pode variar dependendo do tipo de leite e das condições de armazenamento. Para identificação de amido na amostra de leite, após a adição do Lugol 5% a amostra não mudou sua coloração para azul, continuou branca e com superfície amarelada devido ao lugol. Logo, constatamos que o leite não é adulterado. 4. Conclusão Após a prática de determinação de resíduo mineral fixo pudemos entender a importância da inclusão do resíduo mineral fixo na composição centesimal dos alimentos e que é fundamental para uma avaliação completa de sua qualidade nutricional e contribuição para a dieta humana. Na análise do leite, pudemos observar como podemos avaliar o produto e com isso descobrir possíveis adulterações. Conhecer o produto e garantir sua qualidade é uma questão de extrema importância e compete à saúde pública. A prática foi de grande importância para nossa formação como profissionais de saúde. Referências Costa, E. F. (2011). Pesquisa e desenvolvimento de alimentos. Rio de Janeiro: Editora Técnica. Ferreira, J. P. (2013). Legislação de alimentos e controle de qualidade. Brasília: Editora Universitária. Osborne, D. R.; Voogt, P. Biochemical and Physiological Studies of Growth in Plants. In: Kozlowski, T. T. (Ed.). Growth and Development of Trees. New York: Academic Press, 1978. p. 91-106. Pereira, A. B.; Lira, C. A. B. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 1. ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2011. Pereira, M. R. (2015). Leite e derivados: qualidade e segurança. Salvador: Editora Agroindustrial. Silva, J. A. (2010). Controle de qualidade em alimentos. São Paulo: Editora Científica.