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A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CURRAIS-NOVOS RN-2020 MARILEIDE ZIZA PIRES BEZERRA TARCYLLA BRUNA APRÍGIO DE SOUZA FÉLIX IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Artigo de conclusão de Curso de Pós-graduação apresentado ao Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Intitucional, da Faculdade do Seridó-Currais-Novos, como requisito para à obtenção do título de especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Orientadora: Profª Ms. Maria da Graça... RESUMO O presente artigo tem como finalidade apresentar as contribuições da Psicopedagogia no processo de intervenção na instituição escolar, sobretudo, no processo de alfabetização e letramento dos anos iniciais do ensino fundamental. O que visa propor para aprendizagem das crianças na fase da alfabetização e letramento uma maior intervenção psicopedagógica. Para o estudo foi necessário realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a proposta da Psicopedagogia diante da aprendizagem humana e suas contribuições para o intervir e prevenir os possíveis problemas de aprendizagem que cercam os anos iniciais de todo contexto escolar. A problemática abordada para este trabalho foi: 'De que forma o psicopedagogo no âmbito da instituição escolar pode contribuir com a aprendizagem das crianças durante o processo de alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino?’ O desenvolvimento do artigo está dividido em cinco capítulos e traz a abordagem de vários teóricos que esclarecem o papel do psicopedagogo para garantir o sucesso do processo de ensino- aprendizagem na fase de alfabetização e letramento. Por fim, o resultado da pesquisa, possibilitou a compreensão da importância do profissional no ambiente escolar, para mediar o trabalho dos professores e da equipe pedagógica, e dessa forma garantir um ensino de qualidade, e consequentemente, prevenir o fracasso escolar nos anos iniciais e seguintes da educação básica. Palavras-chave: Psicopedagogia.Alfabetização.Letramento.Desenvolvimento.Ensino-aprendizagem.Intervenção.Qualidade.Sucesso. CONSIDERAÇÕES INICIAIS O presente trabalho apresenta um olhar mais compenetrado e reflexivo acerca das práticas pedagógicas dos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental no que diz respeito as principais contribuições da Psicopedagogia no contexto escolar, enfatizando a sua importância para prevenir o insucesso das crianças na fase da alfabetização e letramento. A ideia de discurtimos a visão do professor sobre a relação entre alfabetização e letramento no ensino nasceu da necessidade de repensarmos nossas práticas em sala de aula na qualidade de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disso, esse trabalho configura-se como requisito final para conclusão do Curso de Psicopedaogia clínica e institucional , promovido pela IES: Faculdade do Serído e (FAS), Currais Novos. Para realizarmos nossa pesquisa, recorremos, teoricamente, aos postulados de , Lakomy(2008) Scoz (1990), Kleiman (1995), Mery (1985) , (VISCA, 1987, Bossa (2011), Scoz(1994), Ferreiro e Teberosky (1986), Soares(1998) entre outros, para discutirmos as definições e os conceitos acerca da psicopedaogia como intervenção no processo de aabetizzação e etramento dos anos iniciais. Além disso, tomamos por base a perspectiva do letramento, segundo Kleiman (1995), uma vez que consideramos essa uma linha de pensamento adequada para se pensar o ensino. Por serem, a alfabetização e o letramento, duas temáticas de interesse nas pesquisas que envolvem à aprendizagem, percebemos a importância de discutí-las a luz da psicopedagogia, atentando para a visão do professor do ensino fundamental dos anos iniciais. Como a psicopedagogia poderia ser importante nos processos de alfabetiação e letramento nos anos iniciais do ensino fundamnetal? Como acontecem os processos de alabetiação e letramento?O conhecimento teórico, metodológico e didático do professor está realmente encaminhando os alunos a favor do processo de letramento em sala de aula? A nosso ver, esses são questionamentos impossíveis de não serem feitos e respondidos quando começamos a refletir sobre nossas práticas enquanto professores dos anos iniciais do ensino fundamental, principalmente por ser nos anos iniciais que inicia o proesso de alabetização e os alunos começam a ter um amplo contato com os mais diversificados textos e seus contextos, o que implica na necessidade de um ensino que seja significativo para o aluno. Assim, para que possamos refletir sobre a prática docente no que se refere ao trabalho do psicopedagogo e suas contriuições, intervenções para o sucesso escolar. Na primeira, apresentamos o nosso objetivo, perspectivas teóricas adotadas para o estudo, assim como a forma como ele é estruturado. Na primeira parte, apresentamos uma revisão bibliografica, aportes que sustentam nossas análises. Na segunda parte, pontuamos algumas questões metodológicas para a realização de nossa pesquisa. Em seguida, na terceira parte, analisamos as respostas dos professores com vistas a refletir sobre as concepções desses profissionais acerca da temática discutida e por fim, tecemos nossas considerações finais. 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A aprendizagem da leitura e escrita tem sido encarada pelos educadores atuais como um desafio de tão grande complexidade que merece atenção especial. Antigamente, poucas preocupações se tinham com este processo. Porém, nas últimas décadas este vem sendo um ponto chave para discussão da aprendizagem. A criança quando entra na escola, nem sempre está ‘pronta’ para ser alfabetizada, pois a sua aprendizagem depende de vários fatores. Segundo Lakomy, a maturação biológica, o conhecimento prévio, o desenvolvimento da linguagem, o processo de interação social e a descoberta da afetividade são fatores de grande relevância no processo de desenvolvimento da inteligência e, consequentemente, da aprendizagem (2008, p. 29). Neste sentido, o acesso da criança nos anos iniciais ano do Ensino Fundamental, tem se tornado algo dramático, pois muitas instituições veem o processo de alfabetização e letramento sem levar em conta o desenvolvimento dos aspectos gerais necessários para garantir uma aprendizagem significativa. Por isso, a Psicopedagogia traz uma ampla visão sobre a aprendizagem da criança e que pode intervir no contexto escolar, e elencar a prevenção de problemas nesse processo. Então, justifica-se a realização dessa pesquisa, para explicitar a visão do psicopedagogo e suas contribuições.Para Mery (1985) o trabalho do psicopedagogo é específico e, no seu ponto de vista, assume uma dupla polaridade de seu papel, realiza tarefas de pedagogo sem perder de vista os propósitos terapêuticos de sua ação psicopedagógica. É com esse propósito que surge a seguinte questão: De que forma o psicopedagogo na instituição escolar pode contribuir com a aprendizagem das crianças durante o processo de alfabetização e letramento que se estende por toda etapa dos anos iniciais? Dessa forma, torna-se necessário conhecer a Psicopedagogia e seus saberes no combate à prevenção ao fracasso escolar já nos anos iniciais 2.1 TRAJETÓRIA DA PSICOPEDAGOIA ATÉ À ATUALIDADE A cada dia as crianças iniciam mais cedo a vida escolar. No Brasil, depois da Emenda Constitucional 59/2009 , o ensino passa a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos, incluindo a pré-escola, o ensino fundamental e o médio. É dever dos pais matricular seus filhos a partir dos 4 anos e obrigação das redes de ensinogarantir a vaga para todos as crianças a partir da mesma idade. Aos 6 anos já estão envolvidos no processo de alfabetização. É nessa fase que elas passam a apresentar problemas de aprendizagem, ao iniciarem nos anos iniciais do ensino às crianças se deparam com professores, que por não saberem o porquê da não aprendizagem, encaminham a criança a um especialista em Psicopedagogia. O psicopedagogo pode ajudar desse problema em parceria com os professores , ao realizar um trabalho minucioso e investigativo dentro da instituição. A Psicopedagogia, busca descobrir o que de certa forma impede a criança de aprender. De acordo com Visca: A Psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiaria dessas disciplinas, perfilou-se com um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA, 1987, p.7) O profissional psicopedagogo, surgiu justamente para suprir as necessidades que há décadas tem marcado a história dos alunos que não conseguem aprender. Bossa (2011, p. 48) confirma que “historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, [...]”. Do ponto de visa de Weiss ( In SCOZ et al., 1991, p. 6), “a Psicopedagogia busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores”. Nesse sentido, percebe-se que a função do psicopedagogo é de intervir no processo de ensino e no repasse de conteúdos de forma eficaz, com recursos necessários para que de fato, o sujeito assimile o conhecimento, e aprenda. Há décadas que o problema da não- aprendizagem tem sido discutida. Principalmente nas últimas décadas que houve um aumento considerável nos problema de aprendizagem das crianças brasileiras. A partir de 1960, ocorreram no Brasil, mudanças no contexto político, social e econômico devido ao golpe militar e a ditadura. Grassi (2009) relata que nessa época, a carência cultural passou a ser mencionada como explicação do fracasso do aluno. Na década de 70, Kiguel ( In SCOZ et al., 1991) explicita que as crianças que apresentavam distúrbios de aprendizagem, passaram a ter um rótulo de Disfunção Cerebral Mínima. Ou seja, mais uma vez apontam os culpados da dificuldade de aprendizagem, mas sem solução para o problema, servindo apenas de justificativa àquela criança que não aprende. Dorneles (2009) diz que, as explicações sobre o fracasso escolar nesse tempo, negavam o pedagógico, por falarem de desnutrição, problemas neurológicos e problemas psicológicos. De acordo com Bossa (2011, p. 78) “no início da década de 80, começa a se configurar uma teoria sociopolítica a respeito do fracasso escolar, e o problema de aprendizagem escolar passa a ser concebido como problema de ensinagem”. Nesse sentido, o problema que antes era visto apenas no aluno, passou a ser visto como um problema mais amplo, um problema da a escola. Nessa mesma década, surge a Psicopedagogia no Brasil, justamente para atender os sujeitos que apresentavam problemas de aprendizagem. No país, a Psicopedagogia tem grande influência da Argentina, pela proximidade geográfica e devido ao acesso fácil da literatura. Segundo Bossa (2011, p.56) “A Psicopedagogia não nasceu aqui tampouco na Argentina”. Ela relata isso, devido à pesquisa que realizou, pois verificou que a origem do pensamento argentino acerca da Psicopedagogia é fortemente marcada pela literatura francesa, ou seja, a preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século XIX. O termo Psicopedagogia curativa, foi adotado pela psicopedagoga francesa Janine Mery, “[...]usado para caracterizar uma ação terapêutica que considera aspectos pedagógicos e psicológicos no tratamento de crianças que apresentam fracasso escolar”.(Bossa, p.57) Assim, percebe-se que o fracasso escolar foi o principal motivo do surgimento da Psicopedagogia. De acordo com Scoz (1990) a Psicopedagogia, hoje no Brasil, é a área que estuda e trabalha com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e engloba vários campos do conhecimento. Isso quer dizer, que abrange vários fatores que podem influenciar no processo de aprendizagem, Ao Analisar o tempo histórico pode-se afirmar que a Psicopedagogia é um campo novo, que aos poucos tem ganhado espaço e tem se tornado mais reconhecida pela sociedade. Kiguel (In SCOZ, 1987) relata que a Psicopedagogia está em fase de organização de um corpo teórico específico, o sujeito, e visa defende que é a “[...] integração das ciências pedagógicas, psicológica, fonoaudiologica, neuropsicológica e psicolinguística para a compreensão mais integradora do fenômeno da aprendizagem humana. O que quer dizer que o objeto de estudo da Psicopedagogia é a aprendizagem humana, na qual a própria ciência busca compreender e intervir a favor da capacidade de aprender. 2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DAS INTERVENÇÕES PSICOPDAGÓGICAS O período histórico no Brasil, aponta a Psicopedagogia como uma solução para os problemas de aprendizagem, ou seja, para sanar o fracasso escolar. Neste caso, a Psicopedagogia busca entender o processo de aprendizagem para intervir e tratar os problemas apresentados pela criança. Para Kiguel O objeto de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos – bem como a influência do meio (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento ( In SCOZ et al., 1987, p.24). Percebe-se que o trabalho psicopedagógico é muito amplo e complexo, o que exige do profissional muita competência e responsabilidade. Neves, complementa que a Psicopedagogia, [...] estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos(1991, p. 12). É importante salientar que o olhar psicopedagógico diante desses aspectos não estão focados somente em causas físicas ou psicológicas e análises das conjunturas sociais como no passado, mas sim, almeja os fatores orgânicos, cognitivos, afetivos/sociais e pedagógicos dentro das articulações sociais (SCOZ,1994). Ou seja, a Psicopedagogia, embora tenha seu nome relacionado com a Psicologia e Pedagogia, se trata de uma nova área que transita por outros campos do conhecimento, interdisciplinarmente, ao compor seu próprio campo. A Psicopedagogia investe na elaboração de um instrumental próprio, o que busca por si só, sua emancipação e com reforço de uma legislação mais precisa, que garanta o se exercício de forma mais plena e confiável (BOSSA, 2011). 3. À APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS É importante o psicopedagogo compreender como a criança aprende e o que ela necessita para aprender. Para Lakomy, a maturação biológica, o conhecimento prévio, o desenvolvimento da linguagem, o processo de interação social e a descoberta da afetividade são fatores de grande relevância no processo de desenvolvimento da inteligência e, consequentemente, da aprendizagem ( 2008, p. 29). Nesse sentido, percebe-se que além da maturação biológica há outros fatores que são importantes para desenvolver a inteligência e adquirir a aprendizagem. O psicólogo Piaget, importante pensador do século XX, contribui muito com sua teoria sobre a epistemologia genética para o esclarecimento desse processo de aprendizagem. Atualmente sua teoria é citada em diversas áreas do conhecimento, 10 pelo fato de ter mudado a concepção da criança, de ser desprovida de experiências,sendo que desde cedo é capaz de desenvolver relações inteligentes com o meio, por meio de trocas, em busca do desenvolvimento. Assim, percebe-se que além da maturação biológica da criança, há outros fatores que são importantes para desenvolver a inteligência e adquirir conhecimentos. Para Skinner, a aprendizagem, ocorre somente quando o conhecimento é adquirido. Defende então, em suas teorias, que o melhor método para ensinar crianças é baseado num ensino mecânico, utilizando reforço negativo ou positivo para estimular a aprendizagem (LAKOMY, 2008). O psicólogo Albert Brandura, seguidor dos pensamentos de Skinner, desenvolveu a teoria cognitiva social. Brandura (2008) complementa que para o ser humano adquirir conhecimento é necessário considerar os processos cognitivos, decorrentes de fatores sociais, ambientais e comportamentais. Porém, Lakomy (2008) afirma que o aprendizado, na realidade, consiste em mudança relativamente persistente do indivíduo devido à experiência. Ainda, enfatiza que o indivíduo de modo particular, tem sua maneira de interpretar e entender o que acontece no ambiente. Ou seja, o indivíduo não aprende mecanicamente, procurando processar e categorizar o fluxo de informações recebido do mundo exterior. A forma como a criança vai internalizar esse conhecimento depende do seu significado e da significância para sua vida. Pensando desta forma, Piaget mais uma vez contribui com sua teoria construtivista, nela ele mostra como cada criança elabora seu processo de aquisição do conhecimento. Ele estudou o desenvolvimento cognitivo e define que o conhecimento humano ocorre conforme o amadurecimento da criança, ou seja, dividido em etapas. Por isso, Piaget ficou conhecido mundialmente, conforme nos apresenta (BALESTRA, 2007) os estágios de desenvolvimento: • O primeiro estágio, Sensório motor, inicia nos primeiros dias de vida da criança – 0 aos 2 anos – O recém nascido possui reflexos básicos que são modificados com a maturação do sistema nervoso e a interação com o meio; • O segundo estágio, pré-operatório – 2 aos 7 anos - A criança desenvolve uma capacidade simbólica, ou seja onde um objeto ou gesto podem representar algo distinto do que é percebido; • O terceiro estágio, operatório concreto – 7 aos 12 anos - a criança desenvolve a capacidade de pensar de maneira lógica; • O quarto estágio, operatório-formal – 12 anos em diante – passa a pensar de modo lógico, explorando o raciocínio dedutivo. Segundo Piaget (1990), para o desenvolvimento cognitivo, há quatro fatores responsáveis: o fator biológico, exercícios e experiências, as interações sociais e o equilíbrio das ações. Dessa forma o psicopedagogo deve estar atento a estes fatores que contribuem para o desenvolvimento da inteligência da criança. Afirma Piaget que Cada ato, de inteligência é definido pelo desequilíbrio entre duas tendências: acomodação e assimilação. Na assimilação, a criança incorpora eventos, objetos ou situações dentro de formas e pensamentos, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante o ato de inteligência, o sujeito adapta-se às exigências do ambiente externo, enquanto, ao mesmo tempo, mantêm sua estrutura mental intacta. O brincar neste caso é identificado pela primazia da assimilação sobre a acomodação (1990, p.139). Portanto, vale salientar que as estruturas mentais da criança são constituídas de forma que o conhecimento é internalizado, ou seja, é aprendido e apreendido. Vygotsky aprimorou as ideias de Piaget em sua teoria sociointeracionista ressaltando a importância do ambiente externo. Para ele, os aspectos culturais no ambiente onde a criança se encontra, favorece a construção do conhecimento. Segundo Balestra (2007) na visão sociointeracionista, o contexto social e o desenvolvimento cognitivo caminham juntos e Vygotsky concorda parcialmente com as análises de Piaget, sobre os estágios de desenvolvimento, afirmando que o avanço da criança somente é possível a partir da interação com o meio no qual a criança está inserida. Ou seja, além de estruturas mentais, Vygotsky destaca em sua teoria, a importância da mediação como instrumento 12 no processo de aprendizagem. Para “o desenvolvimento das crianças se dá de fora para dentro, ou seja, a criança é cópia do meio externo e as características individuais dependem da interação do ser humana com o meio físico e social” (OLIVEIRA, 1998, p. 26). A criança precisa da mediação do ser humano para aprender, ou seja, para desenvolver tanto o cognitivo quanto a interação com meio social, pois através dessas experiências adquire conhecimento. Para Oliveira (1998), no processo de aprendizagem da teoria de Vygotsky, a criança passa por três fases de desenvolvimento: • Nível de desenvolvimento real – é o nível que a criança está; • Nível de desenvolvimento potencial – é o nível que a criança pode alcançar com a ajuda de alguém; • Nível de desenvolvimento proximal – é a distância que existe entre os dois níveis e que deve ser propiciado pelas escolas. Isso quer dizer, que quando a criança tem alguém que oriente na aprendizagem, aos poucos ela será capaz de alcançar o resultado esperado. De acordo com Lakomy (2008) a classificação de estágios do desenvolvimento cognitivo humano de Vygotsky acontece da seguinte forma: • Aos 3 anos – Fase da fala social: a fala acompanha as ações da criança; • Dos 3 anos aos 6 anos – Fala egocêntrica: atua com auxílio; • A partir dos 6 anos – Fala interior: permite uma função planejadora. Nessa percepção percebe-se que a linguagem, também é um fator importante para compreender o desenvolvimento cognitivo da criança. Para aprimorar as ideias de Piaget e Vygotsky, o francês Wallon desenvolveu a teoria da Afetividade. Para Wallon afetividade e a inteligência se desenvolvem juntas desde o primeiro ano de vida da criança. Segundo Mahoney e Almeida (2006, p.12) a teoria de Wallon, “[...] aponta para duas ordens de fatores que irão constituir as condições em que emergem as atividades de cada estágio: fatores orgânicos e fatores sociais”. O que na psicopedagogia chamamos de fatores externos e internos. Para isso Wallon, criou algumas categorias que vale a pena conferirmos. E apresenta a sequência de estágios da criança (MAHONEY e ALMEIDA, 2006): • Impulso emocional (0 a 1 ano) - tem sensibilidades internas e externas, expressivas de bem-estar e mal-estar; • Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) – reconhece padrões emocionais diferenciados para medo, alegria, raiva, etc.; discrimina formas de se comunicar pelo corpo e discriminação de objetos; • Personalismo (3 a 6 anos) – construção da própria subjetividade e discriminação entre o eu e o outro; • Categorial (6 a 11 anos) – exploração mental do mundo físico; • Puberdade e adolescência (11 anos em diante) – exploração de si mesmo, como uma identidade autônoma e domínio de categorias cognitivas de maior nível de abstração. Essas fases, tem como suporte a atividade motora durante o desenvolvimento da criança. Para Mahoney e Almeida (2006, p.13) “todos os conjuntos funcionais, em suas várias configurações, revelam-se inicialmente de forma sincrética, o motor, o afetivo e o cognitivo que reagem como um todo indiferenciado aos estímulos [...]” internos (centrípeta- afetivo) e externos (centrífuga – cognitivo). A capacidade de aprender da criança vai se aprimorando sincreticamente, conforme o seu desenvolvimento. A teoria de Piaget, Vygotsky e Wallon são de extrema importância para compreender o desenvolvimento cognitivo da criança, respeitando sua maturidade biológica e proporcionando diferentes experiências no contexto social em que vive através da mediação do outro. Analisando os fatores que envolvem a aprendizagem, percebe-se que para a criança aprender depende da sua maturação biológica, ou seja, do seu desenvolvimento cognitivo de acordo com a sua idade cronológica. E para atingir esse desenvolvimento depende da interaçãoe mediação do meio social. A partir desses princípios pode-se afirmar que o desenvolvimento da criança nesse período até os 6 anos de vida, contribui na aprendizagem da leitura e escrita. São os chamados pré-requisitos para a aquisição desses dois pontos. Para que a alfabetização da criança aconteça é importante que ela tenha domínio de alguns pré-requisitos antes de ser efetivamente alfabetizada. A criança precisa ter pleno domínio da linguagem oral, reconhecer a linguagem escrita para daí então aprender a ler e escrever. Segundo Massi (2007, p.125) “deriva daí a ênfase dada à maturidade de mecanismos neurofisiológicos relacionados a atitudes ou capacidades entendidas como necessárias para que se aprenda a ler e escrever”. Os pré-requisitos que a criança precisa ter para ser alfabetizada são: • Organização espacial e temporal; • Noções de lateralidade; • Noções de esquema corporal; • Discriminação e percepção visual; • Discriminação e percepção auditiva; • Memória imediata e memória de longo prazo; • Praxias orofaciais; • Movimentos manuais grossos e finos; • Coordenação visomotora; • Postura.( MASSI, 2007, p. 124) Contudo, não são apenas os pré-requisitos que determinam à aquisição da leitura e da escrita, para que essa aprendizagem aconteça de forma eficaz a criança precisa vivenciar situações reais do seu dia a dia, para que a leitura e escrita tenha sentido e significado em sua vida. Segundo as autoras Ferreiro e Teberosky (1986 p. 45) "o individuo aprende, quando consegue assimilar um conteúdo e formular uma representação pessoal de um objeto da realidade". Daí surge a ideia, não apenas da Alfabetização mas sobretudo, do Letramento. Vale salientar que o processo de alfabetização, também passa por etapas até a criança ser de fato alfabetizada. Ferreiro e Teberosky (1986) através de estudos, criaram a primeira teoria sobre o processo de construção mental da escrita, chamado de teoria da psicogênese. Por isso, as autoras dizem que, a criança produz sua escrita através de aplicação de esquemas de assimilação ao objeto, elaborando desde cedo ideias próprias em relação aos sinais gráficos, baseando seu processo de aquisição da escrita em hipóteses construídas sobre o que ela tenha acesso no tocante da língua escrita, de forma gradual. Segundo Ferreiro e Teberosky (1986) os períodos da linha de evolução da alfabetização, são os seguintes: Hipótese pré-silábica; Hipótese silábica; Hipótese silábico-alfabética; Hipótese alfabética. O último estágio para Ferreiro e Teberosky (1986), é o período alfabético no qual a criança já deve ter vencido os obstáculos conceituais para a escrita, para ela cada letra corresponde a menor unidade da escrita, embora ainda tenha alcançado as regras normativas da ortografia, mesmo com a escrita compreensiva. Para que a criança supere os seus problemas de ortografia, é importante compreender que a escrita não representa propriamente a transcrição da fala, existem outros conceitos que a criança vai se apropriando no decorrer da escolaridade. Outro ponto importante a registrar, é que a compreensão da escrita alfabética não garante ao aprendiz a possibilidade de interpretar e produzir textos. Para que esta aprendizagem se efetive, os alunos devem familiarizar-se com a diversidade textual existente, conviver com textos significativos para que possam compreender e fazer o uso da leitura e escrita socialmente. Isto significa que a escrita além de ser objeto do pensamento é também uma ferramenta do mesmo. Logo, o ideal é alfabetizar em contextos de letramento, ou seja, “ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado” (SOARES, 2004, p. 47). Se o professor compreende a hipótese em que se encontra o aluno, poderá fazer intervenções por meio de problematizações e informações adequadas, contribuindo assim para que a criança vença as etapas necessárias à compreensão do sistema alfabético. Nessa perspectiva, o aprendiz é um agente que constrói o seu conhecimento, protagonista de seu próprio processo de aprendizagem, mas isso não significa que a intervenção do professor seja desnecessária, cabe ao professor criar situações que permitam aos alunos vivenciar os usos sociais que se faz da leitura e escrita. Para Magna Soares(1998) “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”. “O letramento começa a ser utilizado a partir do momento em que o conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório”. “O letramento e a alfabetização se mesclam, se superpõem e frequentemente se confundem”. “O fenômeno do letramento significa que já compreendemos que nosso problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e, sobretudo, levar os indivíduos a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se em práticas sociais de leitura e escrita”. “Não adianta aprender uma técnica e não saber usá-la”. “O termo letramento surgiu porque apareceu um fenômeno novo que não existia antes, ou, se existia, não nos dávamos conta dele, não tínhamos nome para ele. Essas foram algumas das grandes implicações dos estudos de Ferreiro; Teberosky e Magna Soares, no processo de alfabetização e letramento do Brasil, resultando em desdobramentos e abertura para um estudo mais aprofundado da educação brasileira, e pela busca de formações mais consistentes que priorizem o entrelaçamento da teoria com a prática pedagógica. Portanto para as atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, ou seja, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. O qual compreende justamente o desenvolvimento de habilidades de uso da tecnologia da escrita, em um contexto que tanto à leitura quanto à prática dessa escrita, estabeleçam significância e significados. 3.1 A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E AS ORIENTAÇÕES DA BNCC. Segundo a BNCC(2017) o Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá- -las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos. Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permitea participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, ampliam-se também as experiências para o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação, elementos importantes para a apropriação do sistema de escrita alfabética e de outros sistemas de representação, os alunos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos e fazeres científicos, desenvolvendo observações, análises, argumentações e potencializando descobertas. Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/201029, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010). Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente. Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento, na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens, todos os alunos devem etr assegurados, os seus direitos de aprendizagens por meio da aquisição e do desenvolvimento das competências e habilidades, elencadas na BNCC. Em seus eixos de ensino, adquiridas no decorrer dessas duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas. Afinal, em que sentido entra a psicopedagogia para ampliar os leques e as possibilidades de aprendizagens proposta no documento da BNCC(2017), sobretudo nos anos iniciais do Ensino Fundamental? A educação mudou e mudou muito, no Brasil com as propostas da BNCC, houve uma amplitude nas formas de repassar os conhecimentos. E para acompanhar essas mudanças que estão anexadas em nossos documentos e diretrizes, à escola tradicional ( diga- de passagem, uma realidade brasileira) não se mantém por si só, em sua principal função: o ensino e a aprendizagem. A intervenção do psicopedagogo torna-se a cada dia imensurável, para garantir o sucesso escolar, frente as mais diferentes realidades escolares. É por meio das intervenções externas e internas a cada um dos indivíduos, dotados de suas “especificidades” que esse profissional encontra subsídios para ajudar a cada um, aprender do seu jeito e no seu tempo. É indiscutível que escolas púbicas e particulares, como também as secretarias de educação em geral, abram espaços, para esse profissional que faz toda diferença na educação, principalmente nas intervenções realizadas com crianças que estão em processo de aquisição da leitura e na aquisição do processo de letramento, principalmente para que não haja ruptura na aprendizagem ao passar do segmento da Ed. Infantil para o ensino fundamental anos iniciais e consequentemente, anos finais. Enquanto mais cedo se fizerem as descobertas dos problemas de aprendizagem, mais eficácia teremos no processo de ensino aprendizagem dos anos iniciais. 4. METODOLOGIA Para o desenvolvimento do presente estudo optamos pela elaboração de uma pesquisa qualitativa que, segundo Medeiros (2003), viabiliza a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados como elementos básicos. Essa abordagem de pesquisa não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento-chave para esse tipo de pesquisa. Vale mencionar que a pesquisa qualitativa tem caráter exploratório, ou seja, estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre determinado assunto, objeto ou conceito. Ela apresenta aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. Deve ser utilizada, quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação. Com o intuito de analisar a qualidade das informações dadas pelos docentes e pelo Psicopedagogo acerca da importância da Psicopedagogia nos processos de alfabetização e Letramento nos anos iniciais do ensino fundamental a, optamos pela elaboração desse tipo de pesquisa, com vistas a compreendermos um pouco do trabalho desenvolvido por alguns profissionais com e sem a intervenção do professor. Como estes processos são explorados por professores do anos iniciais do ensino fundamental. Para tanto, fizemos nossa pesquisa com os professores, dos quais pedimos autorização (modelo em apêndices) para uso das informações. Essas informações foram coletadas por meio de um questionário aberto (em apêndices). Esse tipo de questionário apresenta perguntas e deixam um espaço em branco para que a pessoa entrevistada possa escrever a sua resposta sem qualquer restrição, tendo como objetivo maior, deixar os entrevistados bem à vontade para respondê-las. O questionário que aplicamos é composto por três perguntas sobre o tema em questão, direcionadas há três professores dos anos iniciais do ensino fundamental, sendo duas pessoas efetivas da rede pública de ensino e outra da rede privada, e uma psicopedagoga , todas as entrevistadas atuam na cidade de Currais Novos- RN e tem curso de pós-graduação na modalidade Lato Sensu. A análise dos dados é um momento de total importância para a pesquisa, pois, é por meio dela que compreenderemos o caráter verídico das informações que nos são repassadas pelos nossos entrevistados. Conforme relata Medeiros (2003), a análise dos dados é o momento de reunir as informações da pesquisa, interpretá-las e fazer relações entre os dados coletados. Sendo assim, no ato de análise, os nomes dos indivíduos entrevistados não serão revelados como forma de preservação do informante. Para tanto, faz-se necessário que os participantes e entrevistas sejam identificados por um código que servirá de norte para nossas análises. Adotamos, assim um código representativo dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Para os professores utilizamos: P – referente a professor; e números 1, 2, 3,- e PP-4 – professor psicopedagogo referentes à ordem dos professores entrevistados. Desse modo, temos o seguinte código: Ordem dos professores entrevistados Código 1º professor entrevistado P1 2º professor entrevistado P2 3º professor entrevistado P3 4º profissional psicopedagogo PP4 4.1 ANÁLISE DOS DADOS Vejamos o perfil dos professores entrevistados, para que possamos conhecê-los um pouco mais: · O P1 tem 42 anos e trabalha com Língua Portuguesa no primeiro ano do ensino fundamental há 20 anos. · O P2 tem 45 anos de idade e seu tempo de experiência na docência é de 23 anos, tendo atuado na maioria desse tempo, como professor polivalente. · O P3 tem 36 anos de idade e seu tempo de experiência com a prática pedagógica é de 15 anos, na maior parte desse tempo, tem trabalhado como professor polivalente. · O PP-4 tem 42 anos lecionou durante 15 anos, em seguida trabalhou por algum tempo na parte de coordenação pedagógica e há 4 anos, tem se dedicado a psicopedagogia. Os professores ficaram com os questionários para responder entre trinta e trinta cinco dias e em nenhum momento houve nenhum tipo de cobrança ou pressa, a intenção era que elesficassem totalmente à vontade para responderem com veracidade o que estava sendo questionado. A primeira pergunta sobre a qual versou nossa entrevista foi a seguinte: No cenário atual das discussões sobre o ensino nos anos iniciais, a questão da alfabetização e do letramento está muito alta, e tem ganhado muito destaque em inúmeras pesquisas. Como fica a questão das crianças que não conseguem ser alfabetizadas, e já que não conseguem ser alfabetizadas como se “encaixam”, no processo do letramento nos anos iniciais? Vejamos as respostas obtidas. P1: Uma coisa depende da outra, é preciso está alfabetizada para compreender os inúmeros textos do dia a dia e como se portar diante do que é solicitado, compreender o uso efetivo da escrita P2: Alfabetizar e letrar um aluno é uma das principais preocupações dos professores dos anos iniciais. Na maioria dos casos, diante de nossas realidades, tem sido bem difícil. Têm alunos que não conseguem mesmo, e aí suas dificuldades vão se arrastando pela vida estudantil. P3:O processo de letramento só acontece de fato, quando o aluno já tem um certo domínio de leitura e escrita, caso contrário não há como encaixá-lo no processo de letramento, estou falando de forma ativa, como sujeito capaz de não apenas reconhecer, mas de produzir textos que deem sentido à seus aprendizados. PP-4: Primeiro procuramos ver de forma ampla, o “porquê”, ou “os porquês” dessa não aprendizagem que deve acontecer de forma natural. Procuramos investigar às causas ou até consequências que resultam nisso aí. A partir disso das investigações à fatores externos e internos, partimos para os recursos, adaptando-os sempre as particularidades de cada caso. Dessa forma, aos poucos promovemos à alfabetização e consequentemente os inserimos, no tempo deles, da forma deles, no processo de letramento, no fazer uso da escrita, entendendo os contextos pertinentes. De forma gradativa em um trabalho multidisciplinar, de mãos dadas com o acompanhamento da família Afinal “enquanto uma criança aprende de um jeito, outra aprende de doutra forma, na psicopedagogia não há regras, nem exceções, todas aprendem de um jeito.” . Com base nas respostas dadas pelos professores entrevistados, podemos afirmar que há uma preocupação e entendimento acerca do assunto abordado, foram bastante concisos em suas respostas. Muito embora o P-2 , tenha sido bastante direto e objetivo acerca das suas próprias realidades. Em relação ao PP-4, este relata, com outras palavras que o que é possível se fazer, quando se tem a capacidade de fazer, é feito. De forma, gradativa procura alfabetizar e inserí-los no contexto dos mais variados Letramentos para que se apropriem do uso da escrita, cada um em seu ritmo e do seu jeito. Nesse sentido, percebe-se que quando a instituição tem o aporte, o subsídio de um psicopedagogo, melhora consideravelmente, o trabalho dos professores dos anos iniciais. No segmento de nosso questionário, fizemos a segunda pergunta, a saber: Considerando o transcorrer desse segundo semestre do ano letivo(2019), como você avalia o seu trabalho, diante do segmento dos anos iniciais? As respostas que obtivemos foram as seguintes: P1:Até aqui, ( dezembro 2019), a maioria dos meus alunos saem para o segundo ano, lendo e produzindo alguns textos. A maioria, alfabetizados e prontos para encarar o letramento, dos anos iniciais. P2: Fiz o possível e impossível, mas aí têm uns insucessos. Alguns alunos estarão entrando para os anos finais do ensino fundamental, sem sequer, ter alcançados a maior parte de suas habilidades e competências nos anos iniciais. P3: Este ano, com o apoio do trabalho da psicopedagoga, vi vários avanços, entre os alunos de minha turma que não sabiam ler, escrever. Sozinha, mesmo com os recursos que tenho, haviam alguns alunos com n´s dificuldades, e eu, não estava conseguindo, sabe. Realmente é um trabalho que nos dá retorno e efetivação. PP4: No segmento dos anos iniciais é onde me realizo, porque é um trabalho de formiguinha, dia após dia. E este ano, obtive significativos avanços, com os alunos que realizei os acompanhamentos. Sempre com o apoio indispensável da família. Em relação ao panorama dado pelos professores podemos afirmar que eles procuraram ser o mais transparentes possíveis em suas falas, discorreram um panorama de acordo com o que alcançaram ou não. O P3 fez questão de validar o trabalho desenvolvido pelo psicopedagogo, em sua turma, afirmando que mesmo obtendo suportes de alguns recursos pedagógicos para melhorar suas metodologias e trabalhando como professora polivalente, havia recebido alguns alunos com déficits de aprendizagem, e não estava conseguindo sozinha, fazer com quê à aprendizagem fruísse de forma significativa. O PP-4 ao analisar o seu trabalho, especificamente no último semestre do ano anterior, se mostrou bem satisfeito, com os avanços que conseguiu em seus acompanhamentos e colocou também como ponto -chave, o apoio e o comprometimento da família, nesse trabalho que se concretiza a cada dia, em cada conquista, metaforizando-o como “um trabalho de formiguinha”. Para finalizar nossa entrevista fizemos a terceira e última pergunta aos aos profissionais envolvidos: Para você qual a importância de se ter um profissional da psicopedagogia no processo de alfabetização e letramento dos anos iniciais do ensino fundamental? As respostas que nos foram dadas foram as seguintes: P1: Eu creio que um psicólogo ou algo do tipo, seria até interessante, mas isso se configura em uma grande utopia, para as escolas públicas. P2.Eu tenho a consciência que um psicopedagogo é de grande importância para auxiliar sobretudo nas salas de AEE e não apenas nos processos de alfabetização e letramento. Mas não há muitas disponibilidades para isso. P3:Algo de muito valor, nem sempre escolas e professores podem dar conta das crianças que por motivos diversos não conseguem desenvolver suas habilidades e competências, perante à alfabetização e o letramento, nos anos iniciais. PP4:A educação brasileira de forma geral, ia dá grandes saltos. Obviamente que em longos passos Principalmente nos principais processos dos anos iniciais Há sim, no congresso, já há algum tempo propostas para que haja a regulamentação da Profissão em Psicopedagogia em diferentes instituições. As opiniões descritas pelos, P2, P3 e P4, foram bem coerentes e satisfizeram nossa curiosidade. Esses professores e o profissional psicopedagogo apresentaram claramente em suas respostas a importância da psicopedagogia como intervenção nos processos de alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino fundamental. O PP-4 falou também das tentativas de regulamentação da profissão, perante projetos e leis arquivados pelo congresso nacional, em diferentes instituições, ressaltando que a educação brasileira de forma geral, ia alcançar grandes resultados, a longos prazos Porém O P-1,não deixou muito claro o seu entendimento em relação, ao trabalho realizado pelo psicopedagogo já que se referiu como “ um psicólogo, ou algo do tipo” e ainda acrescentou que perante sua realidade, era uma utopia. Diante das análises aqui realizadas, vale salientar que rever os processos de alfabetização e letramento à luz da psicopedagogia nos anos iniciais do ensino fundamental é ir de encontro com as dimensões ensináveis. Dimensões externas e internas, é sensibilizar-se diante de toda complexidade que versa a educação. Além do mais, aqueles que detém algum conhecimento acerca das abordagens descritas nesses relatos, os demonstram grandes contradições em suas respostas. De acordo com o que foi exposto até aqui, podemos perceber que não apenas o psicopedagogo, mas a maioria dos professores entrevistados concebem e compreendem o trabalho que deve ser feito com a intervenção de tal profissional, sobretudo nos processos de alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino, conforme podemos perceber nas palavras de P3, ao ser questionado sobre a importância da psicopedagogia nos processosde alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino: algo de muito valor, nem sempre escolas e professores podem dar conta das crianças que por motivos diversos não conseguem desenvolver suas habilidades e competências, perante à alfabetização e o letramento, nos anos iniciais. Portanto, um trabalho bem desenvolvido pautado e fundamentado na criança, no sujeito aprendente, como alguém que pode sim, se desenvolver vencer suas dificuldades e aprender do seu jeito com as mínimas condições e intervenções necessárias, que se começado nos anos iniciais, fará uma diferença enorme na vida de todos os envolvidos. . 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentar dados que comprovem a eficácia da psicopedagogia no âmbito dos processos de alfabetização e letramento no Brasil, é algo no mínimo impossível para o momento. Por ser ainda em si, a psicopedagogia uma área da educação em total desenvolvimento e também em investigação, pensá-la enquanto dados, ainda é algo bem desafiador, principalmente no contexto nacional. Entretanto, convém ainda esclarecer que exercem a função e a ocupação de psicopedagogos profissionais especialistas em Psicopedagogia formados em cursos de pós-graduação lato sensu, em todo o país, e que tal aceitação é legítima. É preciso entender a distinção entre regulamentação e legitimação: legítimo é aquilo que se considera justo, razoável, aceito por consenso social; legal é aquilo que está disposto em Lei. Nem tudo que é legítimo é legal, pois muitas leis caem em desuso porque não se incorporam à cultura. No caso da Psicopedagogia, no Brasil, temos um campo de atuação legitimado socialmente, o que é expresso pelo número de cursos de especialização e pela produção cientifica da área, pela ampliação do mercado de trabalho, criação de cargos e funções em instituições públicas, privadas e órgãos estatais. Mas ainda, não faz parte do contexto educacional brasileiro em seu todo. Temos também uma profissão que caminha a passos largos para a regulamentação, o que é relevante na medida em que visa a normatização da formação e do exercício profissional que protege o psicopedagogo e a sociedade de elementos distantes dos requisitos para a atuação em Psicopedagogia, assegurando direitos. Mas, voltando ao ponto chave, pensar a importância de tal ciência, da atuação do profissional nos anos iniciais do ensino fundamental para suprir as necessidades que nem professores, nem escola conseguem tomar para si, pois vão muito além, e são elementos intrínsecos dessa conjuntura que é o processo de ensino e aprendizagem, pode até ainda, ser algo utópico, para as inúmeras realidades brasileiras, mas que traria a validação e a efetividade dos processos de alfabetização e letramento como do processo de ensino-aprendizagem, isso traria, sim. Pois como isso ainda não é possível, acaba que ficando aos professores, a competência de desvendarem as inúmeras facetas do fracasso escolar, que acontecem justamente onde deveria ocorrer o contrário, nos anos iniciais, decorrentes dos maus processos de leitura e letramento, responsáveis claro, pela ‘’postura” intelectual dos nossos alunos. Como um aluno irá se apropriar de uma situação-problema se sequer, entende o enunciado? Como irá perceber que os números fracionários do gênero receita faz parte de seu contexto, se sequer aprendeu a ler? E porquê, tal aluno chega aos anos finais da educação básica com problemas de aprendizagens que não foram levados em conta nos anos iniciais? Sem sombras de dúvidas, faltou algo, faltou alguém que investigasse o início dessa trajetória... São os profissionais da psicopedagogia que tem como pré-requisitos de investigação ver em cada criança que apresenta dificuldades de aprendizagem, seja nos processos de alfabetização ou além, ver e investigar os fatores orgânicos; específicos; emocionais: ambientais e comportamentais que comprometem à aprendizagem, e as etapas não podem simplesmente serem queimadas, existem as competências e habilidades que precisam ser adquiridas, para garantir acima de tudo os direitos de aprendizagem de cada criança. Para entendermos e adentramos na importância da psicopedagogia nos processos de alfabetização e letramento dos anos iniciais, foi preciso investigar com total sensibilidade os fundamentos teóricos de cada um desses processos, revisitarmos a literatura de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e Magna Soares, para só assim, entender esses dois processos como algo indissociáveis, foi preciso trazer a problemática para mais perto de nós, ouvir as pessoas que estão em nosso meio, observá-las e interrogá-las, cada uma em suas especificidades, em suas realidades, e procurar acima de tudo, entender os principais desafios que cercam os professores dos anos iniciais, no tocante a questão dos processos de alfabetização e letramento. Precisávamos entender como se encaixa, a importância da psicopedagogia em um cenário de mudanças e propostas pré-estabelecidas para a educação brasileira, por meio da implementação da base nacional comum curricular (BNCC 2017), que apresenta competências e habilidades que devem ser vencidas ao longo da educação básica, por “todos” os estudantes brasileiros nos mais diferentes níveis de ensino e que tem como objetivo maior, garantir os direitos de aprendizagem de todos os estudantes, em todo o território nacional. Objetivos e fundamentações bem colocadas para compor nossas diretrizes curriculares, mas que na maioria das vezes não alcançam sequer, a cobertura e a disponibilidade da formação continuada dos professores dos anos iniciais, para lhes ofereceres novos olhares, tais profissionais muitas vezes não sabem como lhe dá com as demandas e desafios do dia a dia , sequer têm recursos necessários para inovar seus planos de aula, para mudar sua forma de alfabetizar, de inserir seus alunos nos mais diversos contextos de letramento que os cercam, quanto mais, conhecimento técnico- científico para compreender o “porquê” que seus alunos atuais não venceram habilidades de leitura e escrita, do ano anterior. A verdade é que a grande maioria das escolas públicas e privadas não contam com o suporte do profissional de psicopedagogia, para promover um novo olhar para o outro, para que mesmo observando o todo, tenha total clareza e entendimento das partes que compõem os processos de ensino e aprendizagem, sobretudo à aprendizagem dos alunos dos anos iniciais, em seus processos de aquisição da alfabetização e letramento. Sem sombra de dúvidas, é por meio das minuciosas observações e investigações e das mais diversas formas de intervenções do psicopedagogo que o seu trabalho se torna tão relevante e determinante para o sucesso escolar, nos anos iniciais do ensino fundamental, e nos processos chaves “alfabetizar e letrar uma criança”. A educação por se só, a pedagogia e a psicologia, não conseguiram explicar isoladamente às complexidades dos processos de aprendizagem humanas, foi preciso surgir, aparecer uma nova área, que tivesse um olhar mais assertivo, sobre o sujeito , sobre a criança, sobre os fatores externos e internos, com intervenções para auxiliar os processos ensináveis e dessa forma compreender, e reafirmar que toda criança aprende, em seu ritmo, do seu jeito e em seu tempo. Eis aí, a importância da psicopedagogia nos processos de alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino fundamental, para à longos passos, combater o fracasso escolar e garantir a todos os seus estudantes, os direitos de aprendizagem, estabelecidos em nossa base nacional comum curricular. Cabe ao ministério da educação e as secretarias de educação, garantir por leis também esse direito, a quem se habilita a fazer educação, de forma correta, no nosso país. REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. de A.(Org.) 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APÊNDICES MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: FACULDADE DO SERIDÓ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL CURRAIS-NOVOS-RN PESQUISA QUESTIONÁRIO Por ocasião da pesquisa A importância da Psicopedagogia para os processos de alfabetização e letramento dos anos iniciais do ensino fundamental , solicitamos a sua colaboração em responder ao questionário que se apresenta a seguir. O presente instrumental de pesquisa constitui-se, a princípio, de uma identificação e, por conseguinte, de três questões que giram em torno da temática em tela. Assim, diante de sua disponibilidade para respondê-lo, antecipadamente, agradecemos. IDENTIFICAÇÃO Código: _________________ Idade: _________________ Sexo: ( ) masculino ( ) feminino Escolaridade: ____________________________________________________________ Profissão: ____________________________________________________________ Tempo de experiência na docência: ____________________________________________ QUESTÕES 1) Como fica a questão das crianças que não conseguem ser alfabetizadas, e já que não conseguem ser alfabetizadas como se “encaixam”, no processo do letramento nos anos iniciais? 2) Considerando o transcorrer desse segundo semestre do ano letivo(2019), como você avalia o seu trabalho, diante do segmento dos anos iniciais? 3) Para você qual a importância de se ter um profissional da psicopedagogia no processo de alfabetização e letramento dos anos iniciais do ensino fundamental?