106:04 Progresso:6/10 2 horas Avaliação de Aprendizagem Profop – Educação Especial 1 A formação docente é um tema essencial e urgente no contexto educacional atual, uma vez que está diretamente ligada à qualidade da educação oferecida nas escolas. A reflexão sobre como formar professores capazes de lidar com as complexas demandas da educação contemporânea, incluindo a integração entre teoria e prática, se torna cada vez mais necessária. A compreensão de que a formação não se limita ao acúmulo de saberes, mas envolve um processo contínuo de autoconstrução e interação com múltiplos saberes, é fundamental para garantir a preparação adequada dos educadores para os desafios do cotidiano escolar. Ramos (2010) e Figueira (2017) contribuem para o entendimento da formação docente, destacando a importância de um olhar crítico e da valorização dos profissionais da educação. De acordo com os autores Ramos (2010) e Figueira (2017), é correto afirmar que: I. A formação docente é um processo complexo que envolve não apenas a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas também uma construção pessoal contínua e uma interação constante com diferentes fontes de saberes, como livros, professores, internet e experiências práticas. II. A relação entre teoria e prática na formação de professores é essencial. Superar a dicotomia entre pensar a prática e realizar a prática é um dos principais desafios da formação docente, sendo fundamental para que o docente consiga aplicar os conceitos teóricos em sua realidade escolar. III. A formação docente, segundo Figueira (2017), deve ser centrada no acúmulo de conhecimentos e habilidades técnicas, com foco exclusivo nos conteúdos específicos da área de ensino, sem a necessidade de integrar aspectos sociais, históricos ou políticos no processo formativo. IV. No processo de formação de professores, é importante que o professor se reconheça como o principal responsável por sua própria formação, sendo um processo em que ele se forma a si mesmo por meio da interação com o ambiente e os meios de aprendizagem ao seu redor. Assinale a alternativa correta: Somente as afirmações II, III e IV estão corretas. Somente as afirmações I e IV estão corretas. Todas as afirmações estão corretas. Somente as afirmações I, II e IV estão corretas. 1 A inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas, como aqueles que frequentam as classes especiais, demanda uma análise cuidadosa sobre o contexto pedagógico e as estratégias de ensino adotadas. A permanência prolongada em contextos separados e a entrada precoce ou tardia em tais ambientes são questões complexas que impactam diretamente a inserção desses alunos no ensino regular. O conceito de “distinção”, como mencionado por Mantoan (2015), implica que a diferenciação entre o que é considerado “normal” ou “anormal” não é neutra, mas sim uma construção social que pode restringir as possibilidades de aprendizagem dos alunos. Além disso, a perspectiva de Rozek e Viegas (2012) revela que os alunos rotulados com comprometimentos cognitivos muitas vezes não são considerados aptos a participar da educação formal, o que limita seu investimento pedagógico. Segundo Santos e Falcão (2020), a inclusão deve considerar o sujeito como um ser autopoiético, que se organiza e aprende a partir das interações com o ambiente, o que implica uma abordagem que respeite a singularidade de cada aluno. Diante desse cenário, qual das alternativas a seguir reflete de maneira mais adequada a crítica pedagógica e as implicações das práticas de inclusão nas classes especiais, conforme discutido pelos autores mencionados? A abordagem pedagógica eficaz em classes especiais deve focar na homogeneização das turmas, organizando os alunos de acordo com a quantidade de conteúdo que conseguem absorver, a fim de garantir um ensino igualitário, independentemente das suas diferenças cognitivas e comportamentais. O conceito de "distinção" implica que a diferenciação entre alunos "normais" e "anormais" deve ser rigidamente aplicada, estabelecendo turmas separadas para os alunos com comprometimento cognitivo, sem considerar suas características individuais, para que esses alunos não interferem no progresso dos outros estudantes. O ensino deve ser centrado nas dificuldades que os alunos apresentam, com o foco exclusivo nas limitações cognitivas. Estratégias pedagógicas devem ser projetadas para abordar essas dificuldades, ignorando a necessidade de uma abordagem individualizada que leve em consideração o ambiente e as potencialidades do aluno. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais deve ser baseada em práticas pedagógicas que respeitem a singularidade de cada aluno, considerando o conceito de autopoiésia e a capacidade de cada sujeito de se reorganizar a partir das interações com seu ambiente, promovendo um aprendizado mais adaptativo e individualizado.