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UNIVERSIDADE NORTE DO PARÁ – UNOPAR SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Cidade 2020 Cidade 2020 Parauapebas-PA RAIMUNDA SOARES DE CARVALHO PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA “O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL” Parauapebas-PA 2020 RAIMUNDA SOARES DE CARVALHO PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA “O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL” Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Pará - UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia. Docente Supervisor: Prof. Natalia Gomes dos Santos Tutor à Distância: Tiago de Almeida Tutor Presencial: Apinages P. Cardoso. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 TEMA 4 2 JUSTIFICATIVA 5 3 PARTICIPANTES 6 4 OBJETIVOS 7 5 PROBLEMATIZAÇÃO 8 6 REFERENCIAL TEÓRICO 9 7 METODOLOGIA 14 8 CRONOGRAMA 16 9 RECURSOS 17 10 AVALIAÇÃO 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 REFERÊNCIAS 20 3 INTRODUÇÃO A matemática esta presente em vários lugares da vida do individuo, pensando nesta premissa é necessário refletir sobre o ensino da matemática a partir da educação infantil, onde os jogos e brincadeiras podem ser grandes aliados para aquisição do aprendizado do aluno, além de auxiliar no desenvolvimento integral deste. O presente trabalho propõe uma reflexão sobre: “O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL”, e este tem como principais objetivos: analisar como os jogos e brincadeiras podem auxiliar no processo de ensino/aprendizagem da matemática; observar o pensamento lógico e matemático nas crianças de 04 anos da Educação Infantil através da utilização de jogos e brincadeiras; refletir sobre a prática docente no ensino da matemática de forma lúdica e prazerosa através de atividades que promovem a interação social do aluno. Na revisão bibliográfica sobre o tema, percebe-se que os jogos e brincadeiras constituem um suporte metodológico imprescindível, pois, através deles, os alunos podem desenvolver seu senso crítico, solucionar problemas com maior facilidade e adquirir maior familiaridade com a matemática que esta exposto diariamente. Desse modo, justifica-se a escolha do tema abordado por haver preocupação em contribuir para a prática docente no ensino da matemática através de jogos e brincadeiras, pois se entende que o ensino da matemática na Educação Infantil deve ter como prioridade o conhecimento das crianças frente a situações significativas de aprendizagem, e que os jogos e brincadeiras devem estar sempre presente auxiliando na formação dos conceitos, proporcionando o desenvolvimento de habilidades e capacidades motoras. 4 1 TEMA O projeto de ensino tem como tema central o ensino da matemática através de jogos e brincadeiras na educação infantil, tema destinado ao campo da docência para a Educação Infantil. A análise da temática encontra-se amparada de autores que trazem uma reflexão crítica na perspectiva da influência desta disciplina no processo de ensino/aprendizagem do aluno, tendo em vista que há preocupação em se falar de abordagens estratégicas através de jogos e brincadeiras, tendo em vista que o docente deve buscar ampliar sua prática em sala de aula, pois o professor deve amparar-se através da teoria para exercer sua prática em sala de aula para o ensino da matemática. Este tema foi escolhido por esta intimamente ligado à interação do cotidiano escolar dos professores da educação infantil, buscando contribuir para que as aulas de matemática sejam prazerosas para os alunos, e este amplie sua percepção para solucionar os diversos problemas que são apresentados a ele com maior rapidez e facilidade. Para tanto, é preciso aguçar o imaginário do aluno, instruí-lo a buscar fora da sua zona de conforto, ou da sala de aula exemplos para embasar suas ideias, e manter este aluno motivado é o grande cerne destas aulas. Nestes termos é notável que o docente pense em sua prática, e se utilize de ferramentas metodológicas, como por exemplo, o uso de jogos e brincadeiras matemáticas que podem ser grandes facilitadores de aprendizagem. Desse modo, compreende-se que o ensino da matemática na educação infantil é primordial para o desenvolvimento da criança tendo em vista, que o processo de desenvolvimento crítico do aluno é formado pode ser formado a partir dos primeiros anos de vida e ao inserir este aluno em situações de aprendizagem como a resolução de problemas, este ampliará sua visão de mundo, sua formação crítica e suas habilidades para alcançar também o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e motoras através de jogos e brincadeiras, por isto a necessidade de estudo e reflexão sobre o tema sugerido. 5 2 JUSTIFICATIVA É evidente observar que a maioria dos alunos mesmo em fase adulta desenvolveu alguma aversão ao estudo da disciplina de matemática, e esta aversão poderá ter sido originária de alguma experiência negativa que este aluno vivenciou em algum momento de sua infância em sala de aula, e isto pode afetar o desenvolvimento da aprendizagem deste aluno por toda a sua vida. Ao refletir sobre esta afirmativa, deve-se observar a educação infantil como uma base para a vida escolar do aluno, e esta deve ser marcada por experiências positivas para o aluno, retirando deste o medo de disciplinas como a matemática tornando-a como algo fundamental para sua vida, assim como a leitura e a escrita. Existem diferentes formas de apresentar a matemática ao aluno, dentre elas podemos ensiná-lo de uma forma inovadora e prazerosa, de modo que o aluno perceba e observe o mundo fora da sala de aula, como por exemplo, a análise do tamanho de algum objeto, as formas geométricas, o posicionamento dos objetos que estão à frente ou atrás, a velocidade, a textura, dentre outros aspectos. Todos estes conceitos podem ser apreendidos pelo aluno de forma lúdica através de jogos e brincadeiras, tirando assim a rigidez das tradicionais aulas de matemática onde o discente apenas observava o processo e não participava ativamente da construção do conhecimento, ou seja, ele apenas absorvia o que lhe era imposto na sala de aula. Contudo, precisamos entender que o professor deve refletir sobre as situações de aprendizagem que esta inserindo este aluno, principalmente na educação infantil, mencionado como proposta neste trabalho as crianças de 4 anos, para que estas desenvolvam o prazer e a curiosidade pelo que lhe é apresentado. Sugere-se então através das reflexões e estudos demonstrados e justificados neste projeto de ensino, que o professor de matemática da educação infantil deve apresentar esta disciplina através de jogos e brincadeiras, demonstrando aos alunos que ela não é algo extremamente difícil como lhe parece, mas algo que pode ser útil e agradável. 6 3 PARTICIPANTES Este projeto de ensino destina-se aos alunos da educação infantil, especificamente crianças de 04 (quatro anos) ano de idade que serão contemplados com o seu desenvolvimento através das atividades propostas e professores para reflexão de sua prática docente no ensino da matemática. 7 4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral Analisar como os jogos e brincadeiras podem auxiliar no processo de ensino/aprendizagem da matemática, observando o pensamento lógico e matemático nas crianças de 04 (quatro) anos da Educação Infantil através da utilização de jogos e brincadeiras, refletindo sobre a prática docente no ensino da matemática de forma lúdica e prazerosa através de atividades que promovem a interação social doaluno, desenvolvendo o senso critico e a criatividade deste promovendo a oportunidade de aprender brincando através das atividades lúdicas. 4.2 Objetivos Específicos - Analisar como os jogos e brincadeiras podem auxiliar no processo de ensino/aprendizagem da matemática; - Observar o pensamento lógico e matemático nas crianças de 04 anos da Educação Infantil através da utilização de jogos e brincadeiras; - Refletir sobre a prática docente no ensino da matemática de forma lúdica e prazerosa através de atividades que promovem a interação social do aluno. 8 5 PROBLEMATIZAÇÃO Durante o curso de pedagogia, foram discutidos os estudos de diversos teóricos falando a respeito da aprendizagem, nestes termos, Vygotstky (1998, p.80) aponta que "a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã", levando em consideração o que a criança aprende a partir da mediação, ou seja, se as estratégias utilizadas para a apresentação de uma disciplina para o aluno não forem satisfatórias, este aluno desenvolverá um sentimento negativo sobre o que lhe foi apresentado e não terá um desenvolvimento real da matéria futuramente. Neste trabalho pretende-se abordar a seguinte problemática de pesquisa: como crianças de 4 anos da educação infantil constroem seus conhecimentos e raciocínio lógico matemático partindo de jogos e brincadeiras? Deste modo, estabeleceu-se como hipótese de pesquisa: a aprendizagem de conteúdos matemáticos, na Educação Infantil, se dá através da participação ativa da criança em diferentes tipos de jogos e brincadeiras, de maneira lúdica e prazerosa. Deste modo, compreende-se então que é imprescindível a realização da observação no senso critico de cada aluno principalmente da educação infantil na faixa etária dos 4 (quatro) anos, pois eles são curiosos e tem uma mente fértil, e o docente deve apropriar-se de conhecimento para auxiliar seus alunos para a construção da aprendizagem, para que o pensamento lógico destes alunos se desenvolvam e assim o processo de ensino/aprendizagem seja realizado de forma satisfatória. 9 6 REFERENCIAL TEÓRICO A matemática esta presente em vários momentos do cotidiano do individuo, e às vezes é utilizada de forma imperceptível, observa-se que ela esta presente nas pequenas atitudes das nossas práticas diárias, como por exemplo, observar as formas geométricas como olhar para o sol e dizer que ele é em formato de circulo, ou ir às compras no supermercado e fazer as contas de quanto será gasto, e qual será o valor do seu troco, a velocidade de um carro, ou as horas do relógio. Para algumas crianças aprender matemática pode parecer algo estranho e assombroso, pois ela ainda não compreende que a matemática esta presente em seu cotidiano, é no ambiente escolar que ela vai aprender a lidar com seus conceitos e compreender as múltiplas formas que a matemática se apresenta, e isto poderá ser possível na educação infantil para desenvolvimento do raciocínio e das estruturas cognitivas do aluno, compreende-se então que: Os professores que ensinam matemática na educação infantil formam ideias sobre a natureza da matemática e do seu ensino a partir de experiências que tiveram como alunos e professores, das atitudes que formaram, do conhecimento que construíram, das opiniões dos mestres, enfim, das influências sócio-culturais que sofreram ao longo da vida, influências essas que vão se formando gradativamente. (MORON; BRITO, 2005, 263-276) A matemática auxilia a transformação da sociedade, mas é necessário apreende-la, mentaliza-la através de ações cotidianas de forma gradual ao longo da vida, para SCHNEIDER (2009) “A matemática fornece instrumentos eficazes para compreender e atuar no mundo que nos cerca; ela é uma ferramenta essencial na solução de vários tipos de problemas”, segundo o autor a matemática esta ligada a compreensão, e ela só é possível através da reflexão. O texto inicial da BNCC, respectivo à Área da Matemática, destacou que o desenvolvimento da matemática como componente curricular esta pautado nas relações constituídas entre o homem e a sociedade, ela não direciona apenas a conhecimentos ensinados no âmbito escolar, mas em toda a realidade do aluno fora da escola, ou seja, os vários contextos que este estudante esta inserido, ela afirma que: A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenômenos determinísticos – contagem, medição de objetos, grandezas – e das técnicas de cálculo com os números e com as grandezas, pois também 10 estuda a incerteza proveniente de fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas abstratos, que organizam e inter-relacionam fenômenos do espaço, do movimento, das formas e dos números, associados ou não a fenômenos do mundo físico. Esses sistemas contêm ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de fenômenos, a construção de representações significativas e argumentações consistentes nos mais variados contextos (BRASIL, 2017:265). Entende-se então que a matemática a ser apresentada aos alunos em sala de aula deve ser exposta como algo que ele relacione com sua vida, e que este discente sinta-se capaz de promover a relação teoria e prática, que auxiliará no despertar do senso lógico matemático e aguçará a criticidade e curiosidade deste aluno, nestes termos GRANDO (2014) afirma que: Cabe ao professor criar um ambiente problematizador que propicie a aprendizagem matemática, uma comunidade de aprendizagem compartilhada por professores e alunos. Tal comunidade pode ser entendida como um cenário de investigação em que os alunos possam matematizar, ou seja, formular, criticar e desenvolver maneiras matemáticas de entender o mundo. A prática docente não deve ser pautada apenas na transmissão dos conteúdos, mas o aluno deve ser encarado como sujeito ativo, não um mero expectador, mas um construtor de conhecimentos, para isso o professor deve buscar metodologias que auxiliem este aluno, assim, GLACEMI (2014) afirma que “ o professor precisa e deve reconsiderar sua práxis e se manter acessível a novas possibilidades, oferecendo aos alunos os mais variados recursos metodológicos para que eles mesmos construam seu conhecimento”. Freire (2004) afirma ainda uma interessante perspectiva quanto o papel do educador: é o meu bom senso que me adverte de que exercer a minha autoridade de professor na classe, tomando decisões, orientando atividades, estabelecendo tarefas, cobrando a produção individual e coletiva do grupo, isto não é sinal de autoritarismo de minha parte. É a minha autoridade cumprindo o seu dever (FREIRE, 2004, p. 61). A metodologia e os recurso utilizados em sala de aula no ensino da matemática requer um planejamento e uma postura coerente por parte dos alunos e dos professores. Isso porque no processo de ensino da matemática o professor deve se preocupar também com a transmissão de conteúdos básicos de uma maneira eficiente e atualizada, fazendo com que o aluno desenvolva 11 conhecimento lógico para a resolução de problemas em busca de resultados satisfatórios aos seus conhecimentos. De acordo com os PCN (BRASIL, 1997:44), “um problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma sequência de ações ou operações para obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, no entanto é possível construí-la”. Só é possível a construção do conhecimento lógico matemático do aluno através da reflexão em sala de aula, da seleção adequada dos conteúdos relevantes para aprimoramento das aulas ministradas. De acordo com Giancaterino (2009:164), “o processo de aprendizagem é como uma construção, contínua e mutável, que requer de nós, professores de Matemática, constante adaptação para que possamos retirar desse processo o melhor e aproveitar todas as suas etapas”. É imprescindível nesteséculo XXI abandonar a prática das aulas teóricas dialogadas sem uma pratica para fixação do conteúdo, na educação infantil principalmente é preciso elaborar estratégias para que os alunos mantenham-se motivados, e torna-se essencial considerar que o docente precisa desafiar-se e planejar algo que chame a atenção dos seus alunos no ensino da matemática, assim sugere-se a utilização de jogos e brincadeiras para facilitar este processo de aprendizado. Neste aspecto, Moura (2000), afirma que “o jogo aproxima-se da matemática via desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, permitindo, assim, trabalhar os conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo”. Reafirmamos então que o jogo é um importante instrumento utilizado como facilitador da aprendizagem, “Pelo seu caráter coletivo, os jogos e as brincadeiras permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam a esperar sua vez, acostumem-se a lidar com regras, conscientizando-se que podem ganhar ou perder.” (BRASIL, p. 235, 1998) Com a inserção dos jogos nas aulas o professor poderá perceber uma maior interação e envolvimento por parte dos alunos no processo de ensino- aprendizagem, pois ao utilizar esta metodologia o docente perceberá que estará ajudando seu aluno na utilização de sua imaginação, sua criatividade para produzir, resignificar e refletir sobre o conteúdo proposto, procurando soluções para resolução do problema a seu próprio modo, ou seja, de sua autonomia frente 12 as problemáticas. Diante disso, o Referencial Curricular aponta que: O que caracteriza uma situação de jogo é a iniciativa da criança, sua intenção e curiosidade em brincar com assuntos que lhe interessam e a utilização de regras que permitem identificar sua modalidade. Apesar de a natureza do jogo propiciar também um trabalho com noções matemáticas, cabe lembrar que o seu uso como instrumento não significa, necessariamente, a realização de um trabalho matemático. A livre manipulação de peças e regras por si só não garante a aprendizagem. O jogo pode tornar-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra, é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe são decorrentes. (BRASIL, 1998, p. 211) Planejar uma aula com a utilização de jogos e brincadeiras através de brinquedos e outros recursos metodológicos proporciona diversas experiências para a criança da educação infantil, porém o planejamento é fundamental nesse processo, caso contrário, “o uso inadequado ou pouco exploratório de qualquer material manipulável pouco ou nada contribuirá para a aprendizagem matemática” (NACARATO, 2004:4). O docente então observará que o aluno aprende brincando, mas este processo só será possível se o professor conduzir estas situações de aprendizagem de forma organizada, respeitando as limitações de cada criança, para assim impulsioná-las a extrair destas experiências os objetivos propostos para a aula planejada. “Pelo seu caráter coletivo, os jogos e as brincadeiras permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam a esperar sua vez, acostumem-se a lidar com regras, conscientizando-se que podem ganhar ou perder.” (BRASIL, p. 235, 1998) Pensar no ensino da matemática de forma dinâmica, lúdica e coletiva auxilia no desempenho do docente e dos alunos, pois a relação de trocas de conhecimentos favorece o aluno no sentido motivacional, cultural e desenvolve suas habilidades na perspectiva do “letramento matemático” apontado por Culqui e Vinhorte (2016) quando afirmam que: “Para o ensino da Matemática, torna-se necessário procurar e inserir 13 novas formas (métodos) que primem por uma eficiência maior no processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar, elencando sempre uma abordagem baseada no letramento matemático”. Conclui-se então que, há a necessidade de desenvolver no estudante a capacidade de compreender a sociedade contemporânea, com o objetivo de atender não apenas suas necessidades de aquisição de conhecimentos, mas constituir neste aluno que ele deve cumprir o seu papel de cidadão crítico e consciente, para aprender a viver em uma sociedade em constantes mudanças, com regras, direitos, deveres, aprendendo que existe um mundo fora do ambiente escolar que deve ser refletido e observado, e o aprendizado matemático através de jogos e brincadeiras pode auxiliar na construção deste cidadão para viver em sociedade desde sua infância com aprendizados na educação infantil dentro da escola os quais foram abordados neste projeto. 14 7 METODOLOGIA O projeto será desenvolvido através de uma abordagem teórica baseada na reflexão sobre o ensino da matemática para os alunos de 04 anos da educação infantil, fundamentada nas afirmativas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, na Base Nacional Comum Curricular – BNCC, e autores como Vygotsky, Freire, Moura, Giancaterino dentre outros. Para a realização do projeto, primeiramente foi realizado a leitura do manual para elaboração e seu roteiro, para que fosse possível entender a proposta de trabalho, após foi realizado leituras sobre a temática através de pesquisas nas obras dos autores mencionados anteriormente, buscando embasamento teórico para as práticas docentes no ensino da matemática através de jogos e brincadeiras na educação infantil, que de acordo com Marcone e Lakatos (2010, p.68), “coloca o pesquisador em contato direto com tudo que foi escrito sobre o tema”. Após a escolha do tema, iniciou-se a introdução do projeto, abordando o tema da utilização de jogos e brincadeiras no ensino da matemática na educação infantil que é o eixo norteador do projeto, visando esclarecer sobre a importância desta metodologia de ensino no processo de aprendizagem dos anos de 04(quatro) anos da educação infantil. Para elaboração do desenvolvimento deste trabalho, utilizaram-se várias referencias para o embasamento do tema defendido neste projeto, propondo argumentações concisas para atingir os objetivos propostos. Propõe-se para elaboração do projeto atividades de jogos e brincadeiras para auxiliar o ensino da matemática a serem desenvolvidas em sala de aula da educação infantil como, por exemplo: Caixa das formas geométricas; Jogo dos números; Construindo figuras com formas geométricas; Amarelinha com números e formas geométricas; Jogo da memória com números; Pescaria dos números; Números e quantidades. A intencionalidade pedagógica dos jogos e brincadeiras sugeridos tem como finalidade os objetivos de aprendizagem contidos na Base Nacional Comum Curricular-BNCC que relacionam-se com o desenvolvimento por exemplo das habilidade (EI03ET08) e (EI03ET01) que pertencem ao campo de experiência da BNCC: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 15 (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas prioridades. (EI03ET08) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequencia. (BRASIL, 2017, p. 49-50) Através dos jogos e brincadeiras sugeridas para execução do projeto, o aluno desenvolve sua coordenação motora, proporciona uma aprendizagem prazerosa e criativa tendo em vista que cada criança encontra o seu próprio jeito para derrubar as garrafas ou na pescaria dos números, por exemplo, pular amarelinha, aguçando através das atividades sugeridas seu pensamento lógico matemático para relacionar números e quantidades e construir figuras com formas geométricas. Além destesfatores citados, as atividades favorecem a noção de espaço, já que exigem acertar a mira ajustando a força à distância, possibilitando a interação e socialização ao brincar com os colegas. Os alunos aprendem a esperar sua vez, a passar a vez a outro colega, se atentam as regras dos jogos sugeridos e tudo isto auxilia no processo de aquisição de conhecimentos que estão intrinsecamente ligados ao processo de ensino/aprendizagem adquiridos a partir das noções matemáticas apresentadas. Para realização dos jogos e brincadeiras sugere-se ainda, que seja realizada uma breve demonstração, e abrir espaço para que os alunos tirem suas duvidas e possam opinar fazendo seus comentários para assim auxiliá-los a sentirem-se participantes desta aula de matemática. Promove-se então com esta proposta, uma educação diferenciada, capaz de demonstrar que atividades lúdicas podem ser vistas como um fator motivacional e estimulante estimulando à aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora dos educandos. 16 8 CRONOGRAMA A execução do projeto foi executada em várias etapas, as quais estão discriminadas na tabela abaixo: ETAPA DO PROJETO PERIODO COMO REALIZAR PLANEJAMENTO 08 a 30/07/2020 - Escolha do Tema; - Pesquisa bibliográfica sobre o ensino da Matemática através de jogos e brincadeiras na educação infantil para crianças de 04 (quatro) anos; - Reflexão sobre a temática escolhida; - Elaboração dos objetivos do projeto; - Elaboração das atividades de matemática. EXECUÇÃO 03 a 28/08/2020 Realização das atividades jogos e brincadeiras: - Caixa das formas geométricas; - Jogo dos números; - Construindo figuras com formas geométricas; - Amarelinha com números e formas geométricas; - Jogo da memória com números; - Pescaria dos números; - Números e quantidades. AVALIAÇÃO 03 a 31/08/2020 - A avalição será realizada de forma contínua com observação da participação dos alunos e reflexão sobre as práticas doentes desempenhadas através da realização do projeto com uso de bloco de anotações constantes para melhoramento das atividades executadas. 17 9 RECURSOS Utilizaram-se vários recursos para este projeto, os quais se podem citar como recursos materiais: livros das obras literárias, artigos, notebook, pendriver manual para elaboração do projeto impresso em folhas A4, caneta esferográfica. Para a confecção das atividades propostas poderão ser utilizadas, garrafas pet, folha de EVA, papel peso 40, tesoura, cola quente, pistola para cola quente, tampas de garrafas, papel cartão, pincel atômico, bacia com água, imã, varinhas para simular a pescaria, caixa de papelão decorada. Para os recurso humanos será necessário para o desenvolvimento crianças de 04(quatro) anos da educação infantil e o professor da turma de educação infantil que for escolhida para realização das atividades, e demais gestores da escola que desejarem contribuir com este projeto. 18 10 AVALIAÇÃO É importante destacar que a avaliação será constante e observacional, considerando os aspectos que envolvem o processo de ensino-aprendizagem por meio do interesse e da participação das crianças envolvidas, pois nesta etapa é verificar a necessidade de intervenção, tomar decisões educativas, observar e relatar a evolução e o progresso da criança, para planejar possíveis modificações nas dinâmicas de ensino, com intuito de após a realização das atividades discutir e refletir sobre como tem sido realizado o trabalho docente em sala de aula. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS O processo educativo requer que o professor valorize seus saberes para a construção de conhecimentos junto com seus alunos, oportunizando-os a experiências fundamentais para o desenvolvimento de suas vidas, isto inclui pensar nesta abordagem do ponto de vista da disciplina de matemática também, pois assim como as outras disciplinas ministradas em sala de aula, esta possui sua significância particular para o desenvolvimento das habilidades dos alunos, seja na identificação de formas geométricas, identificação de números ou outros conceitos matemáticos. Foi sintetizado através de reflexões de autores e sugestões de atividades que o professor de matemática da educação infantil pode transformar suas aulas inovadoras através de jogos e brincadeiras planejadas que direcionem o aluno a compreender o mundo matemático que o cerca e construir seus próprios conhecimentos diariamente. Considera-se então que este projeto de ensino refletiu sobre conceitos como a contextualização das atividades matemáticas que promovem uma melhor interação nas relações com os alunos e dos alunos com os professores, formando laços de aprendizagens que serão marcantes por toda a vida dos alunos, pois as estratégias utilizadas pelos docentes da educação infantil facilitarão o aprendizado de seus alunos dentro e fora da sala de aula. 20 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. Acesso em: 06 set. 2020. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. _________. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/ Secretaria de Educação Básica, 2017. CULQUI, Ita Zuleyma dos Santos; VINHORTE, Suelen da Silva. Reflexões sobre a metodologia utilizada em sala de aula no ensino de matemática. In: SIMPÓSIO LINGUAGENS E IDENTIDADES DA/ NA AMAZÔNIA SUL- OCIDENTAL, X, 2016. Rio Branco, AC. Anais. Rio Branco: Universidade Federal do Acre, 2016. Disponível em: <http://revistas.ufac.br/revista/index.php/simposioufac/ article/download/959/550>. Acesso em: 07 set. 2020. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004 (Coleção Leitura). GIANCATERINO, Roberto. Matemática sem rituais. Rio de Janeiro: Wak, 2009. GLACEMI T. PORTZ LOCH, Fundamentos e metodologias da matemática. 2014 GRANDO, Regina Celia. Ambiente propício à aprendizagem da linguagem matemática, (2014). LAKATOS, E. Maria; MARCONE, M. de Andrade. Fundamentos de metodologia científica: Técnicas de pesquisa. 7 ed. – São Paulo: Atlas, 2010. MORON, Claudia Fonseca; BRITO Márcia Regina F. de. Atitudes e concepções dos professores de educação infantil em relação à matemática. In: BRITO, Márcia Regina F. de (Org.). Psicologia da Educação Matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis: Insular, 2005. p. 263-276. MOURA, Manoel Oriosvaldo de. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. In: KISHIMOTO, TizukoMorchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ed. São Paulo: Cortez, 2000. p.73-87 NACARATO, A. M. Eu trabalho primeiro no concreto. Revista da Educação Matemática. São Paulo, v. 9, n. 9/10, p. 1-6, 2004. Disponível em: docplayer.com.br/15610632-Eu-trabalho-primeiro-no-concreto.html. Acesso em 07 set. 2020. 21 RODRIGUES. Marcio Urel. GEPEME-UNEMAT. Grupo de Estudos e pesquisas em Educação Matemática nas escolas. Matemática na BNCC- Educação Infantil. Educação Matemática na escola. Disponível em: https://matematicanaescola.com/matematica-na-bncc/educacao-infantil/ Acesso em: 06 set. 2020. SCHNEIDER, Clarice Lúcia. Matemática: o processo de ensino aprendizagem 2009. VYGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. Zona de desenvolvimento proximal: uma nova abordagem. 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 57-63. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/51792/mod_resource/content/1/A%20form a%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Mente.doc. 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