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Projeto de Ensino 20232
Pedagogia (Anhanguera Educational)
Digitalizar para abrir em Studocu
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Projeto de Ensino 20232
Pedagogia (Anhanguera Educational)
Digitalizar para abrir em Studocu
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Baixado por Leda Batista (leda.batista466@gmail.com)
lOMoARcPSD|33490890
Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
Pedagogia licenciatura
(Nome Completo)
Ra:
PROJETO DE ENSINO EM DOCENCIA
O papel dos jogos no processo de ensino da matemática.
2023
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Baixado por Leda Batista (leda.batista466@gmail.com)
lOMoARcPSD|33490890
(Nome Completo )
Ra:
PROJETO DE ENSINO EM DOCENCIA
O papel dos jogos no processo de ensino da matemática.
Projeto de Ensino apresentado À Universidade
como requisito parcial à
Conclusão do Curso de pedagogia- O Papel dos
jogos no processo de ensino da Matemática
2023
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Baixado por Leda Batista (leda.batista466@gmail.com)
lOMoARcPSD|33490890
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................4
2. TEMA.................................................................................................5
3. JUSTIFICATIVA.................................................................................7
4. PARTICIPANTES...............................................................................9
5. OBJETIVOS.......................................................................................14
6. RECURSOS.......................................................................................19
7. AVALIAÇÃO.......................................................................................23
8. PROBLEMATIZAÇÃO........................................................................24
9. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................25
10.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................27
11. METODOLOGIA.................................................................................30
12.CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................37
.
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Baixado por Leda Batista (leda.batista466@gmail.com)
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1. INTRODUÇÃO
Na educação infantil os jogos e as brincadeiras são essenciais para o
desenvolvimento total da criança. O presente trabalho traz como objetivo analisar se
o uso de jogos e brincadeiras permite a ampliação do pensamento lógico
matemático nas crianças de 4 anos da Educação Infantil; procurar ideias referentes
a números usando jogos e brincadeiras com crianças de 4 anos da Educação
Infantil; analisar como o uso de jogos e brincadeiras com crianças de 4 anos da
Educação Infantil pode promover a aprendizagem da matemática a partir da prática
de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos. 
Na revisão bibliográfica constatou-se que os jogos compõem uma base
metodológico admirável, já que, por meio deles, as crianças podem criar, pesquisar,
“brincar” e “jogar” com a matemática. Com a utilização dos jogos é possível
fundamentar, de maneira significativa, a formação e obtenção de novas ideias ou
conhecimentos matemáticos. Tendo em vista o aprendizado da criança, considera-se
de fundamental importância que ela aprenda os procedimentos e seus registros em
diversas situações sugeridas. Realizou-se uma pesquisa de campo onde foram
aplicados jogos e brincadeiras no ensino da matemática com crianças da segunda
etapa da Educação Infantil. 
Os resultados alcançados durante a realização dos jogos comprovam a
ampliação de certas aptidões como, por exemplo, a contagem, concentração,
respeito às regras, saber esperar a vez, organização, conferência dos resultados
apresentados pelos colegas. Desta maneira, entende-se que o ensino da
matemática na Educação Infantil deve ter como prioridade o conhecimento das
crianças diante a situações significativas de aprendizagem, e que os jogos e
brincadeiras precisam estar sempre presentes, ajudando na formação dos conceitos,
proporcionando conquistas de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras..
As brincadeiras, e os jogos, acordam cuidados e curiosidade não só na
criança, como em qualquer ser humano, deixando-o livre para estudar. Sendo assim,
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Baixado por Leda Batista (leda.batista466@gmail.com)
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esta concepção tem como tema: A Contribuição dos Jogos no Ensino da
Matemática.
Estudos de diversos autores despontam possibilidade do ser humano adquirir
e construir o conhecimento pó meio dos jogos e brincadeiras, e eles são necessários
para a estruturação da personalidade humana, quanto à lógica formal das estruturas
cognitivas, pois pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade, e são ações
carregadas de simbolismo, que reforça a motivação e possibilita a criação de novas
ações.
Ao brincar, a criança se expressa de modo espontâneo, busca superar seus
limites, cria novos meios de interagir com os jogos e brincadeiras e com outras
crianças, aprende sobre si mesma e também sobre o outro. Além disso, adquire
autonomia, aprendendo a resolver conflitos e seus próprios problemas.
Mediante tal contexto, a linha de pesquisa escolhida para este estudo é
Docência são educação infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo
em vista que esta contempla os estudos sobre as ações pedagógicas do professor
voltadas para o processo de ensino e aprendizagem.
Acredita-se que, esse trabalho possa contribuir e promover reflexões no
sentido de levar o professor, que exerce um papel fundamental na transmissão do
saber, a mudarem suas atividades para um ensino melhor e, para isso é preciso que
compreendam as características dos processos de ensino e de aprendizagem e o
contexto no qual trabalham a fim de que suas ações pedagógicas possam facilitar o
desenvolvimento dos que participam do processo educativo.
E Por considerar a importância que as atividades lúdicas exercem sobre a
aprendizagem, é que este estudo preocupou-se em verificar como acontece na
prática pedagógica, e assim, buscar resposta para o seguinte problema: Como os
jogos e as brincadeiras podem estimular cognitivamente o processo de
aprendizagem da matemática, sendo um conteúdo lúdico na ação pedagógica do
professor .
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2. TEMA 
Ao longo da faculdade fui percebendo a necessidade de implementar uma
matemática divertida. Assim para o trabalho a seguir colocamos o objetivo de
fazer uma reflexão sobre o lúdico e a Matemática no processo de
ensino/aprendizagem. Levantando questões dentro da matemática proposta: 
 Os jogos matemáticos podem ser usados para o
desenvolvimento da criatividade, conceitos lógicos e a socialização
dos alunos? 
 Qual a importância do jogo na formação do aluno?
 Quais os benefícios dos jogos para o ensino da Matemática? 
 Como usar os jogos no ensino da Matemática?
 Tendo como base a investigação matemática. O Jogo nada mais é que um
recurso didático que pode ser explorado. Contudo, é necessário analisar a
relação dos alunos com o jogo, explorar suas potencialidades através de
sua aplicação verificar a compreensão de alguns conceitos tidos por ele. É
possível fazer o uso inteligente do jogo em sala de aula e que ele pode ser
introduzido aos poucos como um recurso didático eficiente no ensino da
Matemática, como por exemplo; conteúdos dos números racionais em forma de
fração.
Durante o período de estágio remunerado que fiz no início da faculdade. Noteique os alunos tinham muita dificuldade na resolução de problemas e nos
cálculos, principalmente no que refere aos números decimais escritos na
forma de fração, e a falta de vontade em empreender o conteúdo que parecia
desinteressante. 
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 No meu ponto de vista quando trabalhados na perspectiva da
resolução de problemas com jogos, os alunos coordenam diferentes pontos de vista,
estabelecem várias relações e socializamos conhecimentos com os colegas. Assim,
nessa pesquisa, o jogo será o ponto de partida para preparar o aluno para lidar com
questões abstratas que exijam reflexão além da elaboração de estratégias e de
soluções para as situações problema. 
Pelo exposto, reafirmo a relevância do trabalho realizado, buscando uma
melhor compreensão do uso do jogo em sala de aula, para que
futuramente, eu possa fazer uso dessa atividade de maneira correta,
aproveitando o máximo sua utilização. 
Para esse estudo, além de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema
abordado, ele será desenvolvido a partir da aplicação de uma pesquisa de campo,
utilizando os seguintes instrumentos de coleta dedados: atividades com os alunos de
uma turma do 2º ano/1ª série abordando os números racionais na forma de fração, a
descrição dos procedimentos adotados para a realização da pesquisa e a análise
sucinta dos resultados obtidos.
Tem o interesse de contribuir no processo de ensino-aprendizagem por meio
de jogos e brincadeiras; apresenta uma proposta de articulação pedagógica que
inclui no ensino os jogos no processo de ensino da Matemática na Educação Infantil
e no Ensino Fundamental.
 O trabalho menciona assuntos favoráveis ao desenvolvimento e ao 
aprendizado dos alunos, contribuindo dessa forma com a defasagem escolar. Sendo
assim, o professor deve trabalhar com criatividade, inserindo uma sequência didática
de acordo com o estágio dos alunos e dar prosseguimento ao ensino através de 
jogos e brincadeiras.
Sabe-se que, desde o início da vida escolar, muitos alunos apresentam temor 
em relação à Matemática. Esta insatisfação deixa claro que existem problemas que 
precisam ser revertidos, pois ainda há escolas centradas em procedimentos 
mecânicos, desprovidos de significados para os estudantes.
Sabe-se que há professores que ministram muito bem suas aulas, têm uma 
classe ótima e com rendimento, mas que não contam aquele truquezinho que se usa
num certo tipo de equação. Deixam para pedir na prova justamente esse tipo de 
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equação. E, satisfeitos, pensam: “Agora consegui pegar esses alunos que julgam 
tão sabidos. Agora eles estão nas minhas mãos”. Conseguem pegar os alunos, e as 
classes estão em suas mãos! Sua fama de “duro” corre; outros admiram “o quanto 
ele sabe” e alguns poucos, que têm um talento natural para matemática e que 
conseguem desvendar o truque, sentem-se realizados. Mas esses professores não 
estão na classe dos que eu considero como educadores. Têm mais vocação para 
caçador! Isso está ligado à visão de humanidade e à percepção de ser humano que 
esses professores têm (D’Ambrosio, 2005, p. 84).
Ensinar Matemática de forma contextualizada deve ser obrigatoriamente uma 
das preocupações dos docentes, pois há a necessidade de o ser humano 
compreender os fenômenos que o cerca a fim de ampliar, aprofundar e organizar, 
progressivamente, o seu conhecimento e a sua intervenção sobre estes fenômenos. 
Isso sempre impulsionou a humanidade na construção do conhecimento 
matemático.
Segundo Lungarzo (1991, p. 111), “a Matemática tem uma função quase tão 
essencial em nossa vida quanto a linguagem. Praticamente todas as pessoas, com 
qualquer grau de instrução, se utilizam de uma ou outra forma de Matemática”.
É possível percebê-la com um simples olhar, seja nos contornos, nas formas, 
nas medidas ou nas operações básicas que são utilizadas constantemente. Sendo 
assim, a partir dos mais variados campos da atividade humana, torna-se cada dia 
mais necessário o domínio de alguns conceitos e processos matemáticos, para 
desenvolver a capacidade de raciocinar logicamente, atividade fundamental para a 
maioria das profissões, pois “a utilização do cotidiano das compras para ensinar 
Matemática, revela práticas aprendidas fora do ambiente escolar, uma verdadeira 
Etnomatemática do comércio” (D’Ambrosio, 2005, p. 23).
Atualmente discute-se muito sobre a Matemática escolar e como ela é 
abordada. Muitos professores transmitem aos alunos uma ideia errônea de que 
saber Matemática é seguir regras e fórmulas. Consequentemente, os alunos 
interpretam que é uma disciplina na qual não há discussões, dúvidas ou 
questionamentos, quando os professores afirmam aos estudantes que eles 
aprenderão melhor quando fizerem atividades repetitivas. Infelizmente, passam a 
visão de que a Matemática é uma ciência pronta, sem questionamentos ou 
discussões reflexivas, uma ciência acabada. Os alunos, em geral, passam a 
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acreditar que eles como estudantes são apenas indivíduos passivos, que ouvem, 
obedecem e seguem regras.
É muito difícil motivar com fatos e situações do mundo atual uma ciência que 
foi criada e desenvolvida em outros tempos em virtude dos problemas de então, de 
uma realidade, de percepção, necessidades e urgências que nos são estranhas. Do 
ponto de vista de motivação contextualizada, a matemática que se ensina hoje nas 
escolas é morta. Poderia ser tratada como um fato histórico (D’Ambrosio, 2005, p. 
31).
A ação pedagógica dos professores na maioria das escolas é seguir à risca o 
planejamento e a quantidade de conteúdos programados. Assim, a aprendizagem do
aluno deixa de ser o objetivo primordial. A realidade das salas de aula é fator 
preocupante, pois em nenhum momento são geradas situações para que o aluno 
seja criativo, crítico, investigativo e desafiador, explorando os seus conhecimentos 
prévios e descobrindo que a Matemática é um objeto de pesquisa para trabalhar 
com situações problema.
Levando em consideração os fatos mencionados, percebe-se que as 
concepções matemáticas precisam ser modificadas, alteradas para que o ensino-
aprendizagem matemático alcance uma renovação. “A educação enfrenta em geral 
grandes problemas. O que considero mais grave, e que afeta particularmente a 
Educação Matemática de hoje, é a maneira deficiente como se forma o professor” 
(D’Ambrosio, 2005, p. 83).
Sendo assim, uma das formas de ensino seria mudar o processo educacional,
dando espaço aos alunos para atuarem como seres que pensam e agem. O 
professor deve ser o orientador, um monitor, não o centro do saber. Também é de 
suma importância a aplicação de novas propostas metodológicas que visem a uma 
melhoria no ensino da Matemática, tais como Etnomatemática, modelagem 
matemática e a ludicidade, no uso de jogos.
A ignorância dos novos enfoques à cognição tem um reflexo perverso nas 
práticas pedagógicas, que se recusam, possivelmente em razão dessa ignorância, a 
aceitar tecnologia. Ainda há uma enorme resistência de educadores, em particular 
educadores matemáticos, à tecnologia (D’Ambrosio, 2005, p. 55).
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3. JUSTIFICATIVA
Quem nunca ouviu a frase: ‘’Matemática é uma matéria chata’’ Sabe-se que o
nível de interesse dos alunos pela Matemática é baixo e muitas vezes retorna uma
reclamação constante entre os professores. Para eles, as aulas de Matemática não
passam de meras transmissões de fórmulas, definições, conceitos e
resultados que não têm o menor significado. 
O aluno é o foco do processo de aprendizagem e para que esta
aprendizagemde certo é preciso despertar o seu interesse. Nesse sentido aguçar o
interesse pelo conhecimento ganhou posição de destaque e o professor
passou a ser aquele que gera situações para que se estimule este
conhecimento. Com um ensino focado no aluno, o jogo pode desempenhar
um importante papel no processo ensino aprendizagem. O gosto pela
atividade lúdica é inerente ao ser humano e por ele passam grande parte dos
contatos sociais que a criança estabelece ao longo de sua vida. 
Deste modo, o professor deve procurar organizar seu curso tornando-se
orientador ou facilitador da aprendizagem, deve ver o aluno como o centro da
aprendizagem e deve organizar atividades em pequenos grupos, com
rico material didático e em ambiente estimulante que permita a realização de jogos
experimentos ou o contato com materiais manipulativos. 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam uma visão de
integração do aluno como agente do processo de aprendizagem, através de
situações em que o aluno vivencie de forma prática o que está sendo ensinado e de
modo que tudo isso possa contribuir para sua inserção no meio social.
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 Neste contexto, o jogo se torna um instrumento capaz de concretizar
esse pensamento a partir do momento em que trabalha a questão da
interdisciplinaridade e da socialização dos conteúdos específicos de cada
disciplina. 
 Os jogos matemáticos ainda constituem um campo amplo para a
investigação, visto que, ainda não é rotina oseu uso nas escolas. Moura, reafirma a
importância dos jogos, quando diz que, a análise desta tendência, ainda pouco
difundida e aceita, é relevante para que possamos assumir conscientemente nosso
papel de educadores. Para ele, “jogo aparece deste modo, dentro de um amplo
cenário que procura apresentar a educação, em particular a educação
matemática, em bases cada vez mais científicas”. (Moura, 1997, p.76). Este
trabalho justifica-se por uma análise do tema abordado, o lúdico e a matemática,
com o intuito de compreender como os
Jogos matemáticos podem ser utilizados para o desenvolvimento de
criatividade, capacidade de resolver problemas, socialização e conceitos lógico.
A discussão sobre a importância dos jogos no ensino da Matemática vem se
concretizando, pois as crianças possuem uma grande capacidade de raciocinar e
colocar em prática sua capacidade de resolver situações-problemas, caracterizando
objetos e buscando uma linha de resolução baseada em elucidações próprias. A
proposta de um jogo em sala de aula é muito importante para o desenvolvimento
social, pois existem alunos que se “fecham”, tem vergonha de perguntar sobre
determinados conteúdos, de expressar dúvidas, a Matemática se torna um problema
para eles.
A aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de
socializar os alunos, busca a cooperação mútua, participação da equipe na busca
incessante de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso
aconteça, o educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o
aluno a buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.
A idéia principal é não deixar o estudante participar da atividade de qualquer
jeito, devemos traçar objetivos a serem cumpridos, metas a alcançar, regras gerais
que deverão ser cumpridas. O aluno não pode encarar o jogo como uma parte da
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aula em que não irá fazer uma atividade escrita ou não precisará prestar atenção no
professor, promovendo assim uma conduta de indisciplina e desordem, mas precisa
ser conscientizado de que aquele momento é importante para sua formação, pois
ele usará de seus conhecimentos e suas experiências para participar, argumentar,
propor soluções na busca de chegar aos resultados esperados pelo orientador,
porque o jogo pode não ter uma resposta única, mas várias, devemos respeitar as
inúmeras respostas, desde que não fujam do propósito.
A utilização de atividades lúdicas na Matemática e de materiais concretos é
totalmente relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança. Há de se refletir
que alguns conteúdos específicos da Matemática não possuem relação com a idéia
de serem aplicados utilizando jogos, mas de certa forma promovem um senso
crítico, investigador, que ajuda na compreensão e entendimento de determinados
tópicos relacionados ao ensino da Matemática.
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4. PARTICIPANTES
 situação escolar é estruturada na promoção do aprendizado, mas é bom
lembrar que um domínio da atividade infantil que tem claras relações com o
desenvolvimento é o brinquedo. A ludicidade é importante para o ser humano em
qualquer idade, portanto, promover situações com jogos é garantir
prazer, desafio e melhor desempenho dos alunos em diversas áreas do
conhecimento.
 Muitos teóricos e estudiosos destacam a importância do lúdico.
Piaget eVigostsky têm sido referências básicas na área educacional e deram
destaque, em seus estudos, à aplicabilidade educativa, marcando as propostas de
ensino em bases mais científicas. Segundo seus estudos, os jogos têm importância
fundamental para o desenvolvimento físico e mental da criança. Brincar
é fundamental para o ser humano. Deve ser estimulado e reconhecido como um
direito e um constante desafio para a melhoria da qualidade de vida da criança,
despertando desde cedo um espírito participativo de cooperação e
solidariedade. 
Transmitir a real importância da brincadeira dentro do universo infantil,
contribuir para o fazer pedagógico, envolvendo diretamente as crianças e
educadores é o objetivo das atividades pedagógicas. Vigostsky (1984), afirma que
através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre
para determinar suas própriasações. Segundo ele, o brinquedo estimula a
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curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do
pensamento, da concentração e da atenção
5. OBJETIVOS
O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os
alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da sala de aula e
despertando o seu interesse. Ou seja o objetivo desse trabalho e mostrar que a
aprendizagem através de jogos permite que acriança faça da aprendizagem um
processo interessante e até divertido. Utilizados ocasionalmente podem até sanar as
lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Borin (1995), afirma que a
atividade de jogar, se bem orientada, tem papel importante no desenvolvimento das
habilidades de raciocínio como organização, atenção e a concentração, tão
necessárias para o aprendizado, em especial, da Matemática, e para resolução de
problemas em geral. 
OBJETIVOS GERAIS 
Os jogos também auxiliam na descentralização, ou seja, desenvolver a
capacidade de ver algo a partir de um ponto de vista que difere do seu, e na
coordenação dessas opiniões para se chegar a uma conclusão. Também no jogo, de
acordo coma autora, é possível identificar o desenvolvimento da
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linguagem, criatividade raciocínio dedutivo, exigidos na escolha de uma
jogada e na argumentação necessária durante a troca de informações jogo na
educação escolar tem papel fundamental. SegundoSmole, “ele leva a criança a
buscar soluções originais, como deve acontecer na resolução de problemas”.
(Smole, 2004 p. 59). É nessa busca pela solução que a criança começa a se
desenvolver e a assimilar conhecimentos com relação a matemática.
 Os jogos podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e
preparar a criança para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e
preparados com cuidado para que o aluno adquira conceitos matemáticos
importantes. Os jogos na educação tem o caráter lúdico, o desenvolvimento de
técnicas intelectuais e a formação de relações sociais. Jogar é diferente de estudar
retrabalhar. Jogando, a criança aprende a conhecer e compreender o mundo social
que o rodeia.
Oferecer oportunidades que facilitem o aprendizado dos alunos, assim
possibilitando um processo de ensino-aprendizagem em que o educando se sinta
valorizado no meio em que está inserido. Incentivar a utilização dos jogos de forma
coerente com os objetivos a serem alcançados e promover momentos de
aprendizagens diferenciadas. Além disso, pretende identificar aspectos e
perspectivas nas produções existentes sobre o uso dos jogos no processo de
ensino-aprendizagem de Matemática e revelar habilidades que focalizam o uso de
jogos no processo de ensino-aprendizagem de Matemática de crianças do Ensino
Fundamental.
Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico
eficaz para a construção do conhecimento matemático. O uso de jogos no ensino
da Matemática tem o objetivo de fazer com que os estudantes gostem de aprender
essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do estudante.
A utilização dos jogos matemáticos na sala de aula favorece o
desenvolvimento e a aprendizagem da criança, pois através dos jogos,a criança
obtém atenção, concentração, memorização e compreensão do conteúdo.
Pf “Jogos pedagógicos são atividades que o professor trabalha com o objetivo
de levar seu aluno à aprendizagem de forma divertida, interessante e motivadora”.
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“Jogos pedagógicos são atividades lúdicas, mas que tem uma finalidade acadêmica,
visando o processo de ensino-aprendizagem. 
Como mostramos, os jogos são atividades que ajudam a despertar a
motivação das pessoas — e isso também se aplica a sua vida profissional. Os
elementos lúdicos reduzem o peso das atividades obrigatórias, engajando os
colaboradores em processos como treinamento e desenvolvimento. Assim estimula
a inteligência e a sensibilidade do aluno. Podemos afirmar então que o jogo é
importante não apenas para incentivar a imaginação nas crianças, mas para
desenvolver as habilidades linguísticas, sociais e cognitivas.
A Brincadeira e são jogos são atributos típico do público infantil e de são
importante para o desenvolvimento cognitivo e motor. WALLON (2007)assevera que
a partir das brincadeiras se possibilita a memorização de sentenças complexas e
potencialização da aprendizagem.
Esse caráter gratuito de obediência às regras do jogo está longe de ser
absoluto definitivo; sua observância pode ter como efeito suprimir o jogo que elas
foram feitas para alimentar; pois embora seja verdade que sua significação procede
da atividade da qual se tornam guias, elas também podem, inversamente, contribuir
para lhe tirar o caráter da brincadeira (WALLON, 2007, p. 64).
Já o pensamento de VIGOTSKY (1998) nos ajudar a definir o brinquedo,
quando assevera que este cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal,
daqual ele argumenta ser a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
O mais simples jogo com regras transforma-se imediatamente numa situação
imaginária, no sentido de que, assim que o jogo é regulamentado por certas regras,
várias possibilidades de ação são eliminadas. Assim como fomos capazes de
mostrar (...) que toda situação imaginária contém regras de uma forma oculta,
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também, demonstramos o contrário – que todo jogo com regras contém, de forma
oculta, uma situação imaginária (VIGOTSKY, 1990, p. 126).
É que neste sentido Wallon (2007) contribui salientando a importância dos
jogos para o desenvolvimento das potencialidades humanas. Ele possa se configura
como atividade livre que assim se classifica 
As brincadeira de cunho pedagógico ou livres estão sempre presente na vida
crianças e por isso é tão fácil com que elas aprendam algum conteúdo através
delas, por mais complexo que seja.
Com relação as brincadeiras e jogos Kishimoto (2010) argumenta que existem
quatro tipos que podem ser utilizada como estratégia no ensino da matemática na
educação infantil.
Assim como Kishimoto (2010) classifica as brincadeiras e aponta suas
características, vemos que Piageta pud Rizzi (1997) da mesma forma classifica os
jogos os quais demonstra-se aqui da seguinte forma:
 Jogos de exercício sensório motor-Estágio sensório motor-define-se
como uma atividade lúdica simples e natural, consistindo em repetições
e movimentos simples como sacudir a cabeça, mexer o quadril, pular,
correr e etc. Jogos estes que se perpetuam durante toda a vida do
indivíduo.
 Jogos simbólicos – estágio pré-operacional: Os jogos de exercício
sensório motor define-se como uma atividade lúdica simples e Jogos
simbólicos de acordo com Piaget, “consiste em satisfazer o eu por
meio de uma transformação do real em função dos desejos, ou seja,
tem como função assimilar a realidade. Este tipo de jogo possibilita a
criança realizar suas fantasias por meio do faz-de-conta.
Os jogos e as brincadeiras são vistos, na concepção mais tradicional da
didática, como algo que fazemos para descontrair, em momentos que paramos de
aprender, estudar e de ter aulas. Nós, da Positivo Tecnologia Educacional,
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discordamos dessa concepção. Acreditamos que muito mais do que complementos
lúdicos a um processo de ensinar matemática, os jogos são elementos essenciais da
renovação do ensino.
Há muito tempo o trabalho com jogos é valorizado na Educação Infantil e nas
séries iniciais. Jogos clássicos, como amarelinha e dominó, baralhos e jogos de
tabuleiro com dados são recursos já consagrados de boas salas de aula dos anos
iniciais da escolaridade. Nesses níveis de ensino, busca-se seguir o conselho sábio
de Jean Piaget, que afirmava:
“É pelo fato do jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que, em todo lugar 
onde se consegue transformar em jogo a iniciação à leitura, ao cálculo, ou à ortografia, observa-se 
que as crianças se apaixonam por essas ocupações comumente tidas como maçantes.” (Em: 
Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1970, página 156.)
6. RECURSOS
Nos últimos anos, cresceu o número de softwares e de aplicativos voltados
para o trabalho com a Matemática, ampliando ainda mais o potencial dos jogos
como recursos didáticos. Em muitas propostas, e no trabalho individual de cada vez
mais professores(as), os jogos ganham papel de destaque, enriquecendo o cotidiano
escolar com atividades que geram envolvimento, debate, competição saudável e que
ajudam a trabalhar inúmeros conceitos matemáticos importantes.
Além da exploração de jogos tradicionais com fins didáticos, existem muitos
jogos criados especificamente para auxiliar o ensino da Matemática.Constance
Kamii é uma das pesquisadoras que, há décadas, tem demonstrado a importância
de jogos matemáticos simples como uma grande opção para evitar o foco excessivo
sobre algoritmos de resolução.
 O aproveitamento dos jogos é um incentivo à resolução de problemas;
 Promovem o desenvolvimento da agilidade e da destreza
matemáticas;
 Proporcionam a capacidade de colocar-se no lugar do outro, na busca
de estratégias para ter sucesso.
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 Hoje há um consenso sobre o papel que os jogos podem ter para
ajudar a dar significado ao conceito de número e às quatro operações
fundamentais da Matemática.
A inspiração construtivista, associada à constatação de que os jogos traziam
mais motivação e aprendizagem às salas das séries iniciais, ajudou a dar impulso à
adoção dos jogos como estratégia para a educação da Matemática em todos os
níveis de ensino. Seguindo essa tendência, no Pense Matemática (programa
desenvolvido para todas as escolas que queiram inserir em seu projeto pedagógico
uma abordagem diferenciada e complementar à grade curricular do ensino de
Matemática) os educadores têm acesso à dinâmicas de aulas com jogos para serem
desenvolvidas em todas as séries.
Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o
pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Nós como educadores, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação
para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração,
atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, estimulando a
socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico
eficaz para a construção do conhecimento matemático.
O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os
estudantes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e
despertando o interesse do estudante. A aprendizagem por meio de jogos, como
dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o estudante faça da
aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser
utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade
escolar diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só
justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o
desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais.
Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, o aluno aprende,
sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia (Moura, 1996).
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Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário
dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar
todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre
possíveis caminhos que poderão surgir.
Os jogos podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e
preparar o estudante para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos
e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos
de importância.
 ‘’ Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a
possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudante
que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da
situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande,
notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam
também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos
de aprendizagem. ‘’ (Borin, 1996)
 Segundo Malba Tahan, 1968, ‘’para que os jogos produzam os 
efeitos desejados é preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores’’. 
Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de 
que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como 
as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões 
interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las 
a construir regras e a pensar de modo que elas entendam.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas,
principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado
da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada
comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis
nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as
experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma
situação.
SUGESTÕES DE JOGOS
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a) POR UM TEMPO 
Jogo que mistura um pouco de habilidade manual e poder de observação.
Peças de desenhos parecidos devem ser encaixadas em um “tabuleiro” e a criança
tem um tempo determinado. “Ao final desse tempo, ela deverá ter colocado o maior
número possível de peças iguais”.
b) QUANTOS? QUANTAS? 
Brinque com os alunos, perguntando: “Quantos narizes você tem?” (Coloque
o dedo na ponta do nariz e peça aos alunos para imitarem.); “Quantas bocas?”
(Coloque o dedo nos lábios e faça os alunos imitarem).
Prossiga assim perguntando e indicando com as mãos: “Quantas orelhas?”;
“Quantos braços?”; “Quantas mãos?”; “Quantos dedos em cada mão?”.
3.FORMANDO GRUPOS
Uma atividade que pode ser utilizada como aquecimento é a brincadeira
Formando grupos:
a) Converse com os alunos: “Vamos contar juntos até 3: um, dois, três”;
“Agora, vamos contar até 3 levantando os dedos: um, dois, três”.
b) Prepare previamente a sala de aula com 3 bolas semelhantes, 3 lápis
semelhantes, 3 flores num vaso, etc.
c) Explore, de forma semelhante, grupos de 4 e grupos de 5.
4.OS NÚMEROS MÁGICOS
Folha com várias retas numéricas e dois conjuntos de cartões numerados
(deve-se usar no inicio apenas números de 1 a 5 – posteriormente, acrescente
valores maiores).
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Conte uma estória ou proponha: “Agora, brincaremos com objetos mágicos,
dentre eles os números”. Peça a um aluno que sorteie um cartão numerado. Este
primeiro número sorteado indica o número de saltos que a criança dará obedecendo
ao número mágico.
Peça a outro aluno que sorteie um cartão numerado. Este segundo número
sorteado indica o comprimento de cada pulo. Inicialmente, desenha uma “reta”
graduada no chão (ou uma faixa de papel). Um terceiro aluno, brincando de ser
possuidor de um número mágico, dará pulos sobre a “reta”, e a turma verificará o
número no qual ele parou.
O animador pode dividir a turma em duas equipes e propor que disputem
quem recebeu o número mágico e que levou mais longe.
Nos últimos anos, cresceu o número de softwares e de aplicativos voltados
para o trabalho com a Matemática, ampliando ainda mais o potencial dos jogos
como recursos didáticos. Em muitas propostas, e no trabalho individual de cada vez
mais professores(as), os jogos ganham papel de destaque, enriquecendo o cotidiano
escolar com atividades que geram envolvimento, debate, competição saudável e que
ajudam a trabalhar inúmeros conceitos matemáticos importantes.
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7. AVALIAÇÃO
A avaliação das atividades será feita através das observações dos
professores durante a realização dos jogos matemáticos , onde serão analisados as
habilidades desenvolvidaspelos alunos e aprendizagem dos conteúdos matemáticos
com o uso dos jogos. 
Observa-se, hoje, um crescente e preocupante desinteresse, por parte dos
alunos de escolas de Ensino Fundamental, com o estudo da Matemática. Como
consequência é comum encontrar alunos concluindo seus estudos básicos com
defasagens e aversão à matéria.
De acordo com Batllori (2004, p. 14), “nos primeiros anos de vida é assim:
quem de nós se atreveria a dar uma aula magistral (“daquelas de antes”) a uma
criança de seis anos sobre qualquer assunto? Suponho e espero que ninguém. Mas
quando as crianças já são mais velhas, então parece que o jogo na escola é uma
coisa de ‘pequenos’ e quase uma perda de tempo. Erro crasso”.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sugerem, como recurso, o uso
dos jogos. Este seria um dos caminhos para se “fazer Matemática” na sala de aula,
fornecendo contextos dos problemas e servindo como instrumento para a
construção de estratégias de resolução de problemas.
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Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o
jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos
básicos; supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande
exigências, normas e controle (Brasil, 1998, p. 47).
Nesse contexto, o trabalho com jogos matemáticos pode vir a se tornar uma
alternativa para a elaboração de didáticas que objetivem a otimização do processo
de ensino-aprendizagem da Matemática, no que diz respeito à assimilação de
técnicas de criação de algoritmos e utilização do raciocínio lógico-matemático na
resolução de problemas. Os jogos de estratégia sempre despertaram curiosidade na
maioria das pessoas, quer pela simplicidade de suas regras, quer pelo desafio de
descobrir a melhor maneira de vencer o jogo.
Assim sendo, além de tornar o raciocínio lógico-matemático familiar ao
estudante, a utilização de jogos no ensino da Matemática pode vir a ser uma
ferramenta poderosa na interação social, pois o aluno deve expressar para os outros
participantes do jogo como chegou à determinada solução, confrontando as
maneiras diferentes e os questionamentos de seus colegas para a solução de um
mesmo problema.
Um bom jogo deve ser interessante e desafiador, proporcionando a
participação ativa dos jogadores durante todo o processo. Tal participação deve levar
em conta o estágio de desenvolvimento do aluno, referente à atividade mental e
física de cada um. Não podemos cobrar igualmente a participação de um aluno que
tem um comportamento mais retraído com outro que é ativo e mais participativo. Em
algumas situações a participação ativa restringe-se a uma atividade física, porque
seu pensamento ainda não foi completamente diferenciado da ação.
O jogo na escola foi muitas vezes negligenciado como uma atividade de
descanso ou apenas como um passatempo. Embora esse aspecto possa ter lugar
em algum momento, não é essa a ideia de ludicidade de um trabalho sobre a qual
organizamos nossa proposta, porque esse viés tira a possibilidade de um trabalho
rico, que estimula as aprendizagens e o desenvolvimento de habilidades
matemáticas por parte dos alunos. Quando propomos jogos nas aulas de
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matemática, não podemos deixar de compreender o sentido da dimensão lúdica que
eles têm em nossa proposta (Smole et al., 2007, p. 10).
Sabe-se que, quando o professor propõe um jogo a seus alunos, deve tê-lo
jogado anteriormente para que o conheça, conseguindo criar e registrar as próprias
estratégias a fim de realizar intervenções pedagógicas adequadas no momento da
aplicação, em sala de aula.
8. PROBLEMATIZAÇÃO
Os jogos são educativos e requerem um plano de ação que permita a
aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira geral. Desde
que os jogos em sala de aula são importantes, o professor deve reservar um horário
dentro de seu planejamento escolar de modo a permitir a exploração de todo o
potencial dos jogos, dos processos de solução, registros e discussões sobre
possíveis caminhos que poderão surgir. Eles devem ser utilizados não como
instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando
para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns
conteúdos matemáticos. 
Segundo Tahan (1968), para que os jogos produzam os efeitos desejados
devem ser, de certa maneira, dirigidos pelos educadores. Partindo do princípio que
as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que o objetivo não é
ensiná-las a jogar, e sim, acompanhar a maneira como elas jogam, deve-se observá-
las atentamente, interferindo apenas para colocar questões interessantes e auxiliá-
las a construir regras. Moura (1997, p. 76), afirma que ‘’o jogo aproxima-se da
Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas’’.
Assim, de acordo com Borin (1995, p. 10), a metodologia mais adequada para
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desenvolver uma postura crítica ante qualquer situação que exija resposta é a de
Resolução de Problemas. 
Ainda de acordo com a autora, cada jogada pode desencadear uma série de
questionamentos tais como: 
 • Essa é a única jogada possível?
 • Se houver outras alternativas, qual escolher e por que escolher esta ou
aquela?
 • Terminado o jogo, quais os erros e por que foram cometidos? 
•Ainda é possível resolver o problema ou vencer o jogo, se forem mudados os
dados ou as regras?
 Assim, ao fazer suas jogadas o aluno começa a se organizar, como nas
etapas determinadas por Polya para a resolução de problemas, ou seja, começa a
fazer uma leitura atenta das regras do jogo para compreender o que é permitido e
possível, a fazer um levantamento dos dados e a formular hipóteses, a executar
estratégias escolhidas a partir da hipótese inicial e finalmente a verificara eficiência
da jogada para alcançar a vitória.
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9. REFERENCIAL TEÓRICO
Não é preciso ressaltar a importância da solução de problemas em um jogo,
pois no mundo atual o que se espera é que as pessoas pensem,
questionem e se arrisquem propondo soluções aos vários desafios que surgem no
trabalho ou na vida cotidiana, e é esse pensamento que deve ser passado
àscrianças.
Desde o seu surgimento, o ser humano sempre apelou para a matemática
para buscar soluções para seus problemas, usando o conhecimento adquirido para
produzir outros, ampliando, sofisticando e aplicando os conceitos matemáticos.
Estudar Matemática sem conhecer o seu desenvolvimento e a sua
importância nas transformações sócio-culturais, políticas e tecnológicas seria um
trabalho desmotivante. A partir da própria experiência e do conhecimento da
evolução desta ciência, mostra-se à criança uma matemática viva, ativa, feita em
resposta às necessidades culturais, sociais e naturais do mundo atual.
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De acordo com os PCNs, a matemática tem sua importância apoiando-se no
fato de que desempenha papel decisivo, pois permite resolução de problemas da
vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como
instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas
curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de capacidades
intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio dedutivo
do aluno.
Não há verdadeira cidadania sem um domínio mínimo de Matemática,por
isso a sociedade nos exige saber, para exercer a cidadania. Então, é necessário
saber calcular, medir, raciocinar, saber jogar, argumentar, criar hipóteses, tratar de
informações.
A matemática escolar também começa a assumir alguns contornos de
mudança, passando a mostrar novos caminhos de contextualização,
interdisciplinaridade, construção de estratégias, discussão de regularidades e
modelos. É nesse horizonte que o jogo surge como uma possibilidade para o
trabalho escolar com a matemática.
A educação matemática, muitas vezes, é rotulada por ser uma disciplina de
difícil assimilação, muitos alunos encontram dificuldades e perdem o interesse pela
disciplina.
Diante dessas dificuldades, o professor deve mudar seu processo
pedagógico, incluindo diversos meios para se atingir o aprendizado. Apesar dessa
necessidade de mudança, muitos professores têm resistência a ela, persistindo
muitas vezes sem sucesso na velha e tradicional maneira de se ensinar matemática.
É necessário reconhecer seu papel de educador, que sua principal função é de ser
facilitador da aprendizagem e o jogo vem ajudar neste processo, o professor deve
ser orientador e permitir um ensino dinâmico onde os alunos realizem suas próprias
atividades, discutindo-as em grupo ou individualmente com a finalidade de chegar ao
conhecimento deixando de receber conceitos prontos, acabados, que prejudicam o
desenvolvimento intelectual e tornem as pessoas submissas e dependentes,
incapazes de uma compreensão melhor da sociedade e da própria vida.
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A matemática atual não é a mesma de algumas décadas atrás. Por isso
precisamos de mudanças, de uma nova proposta pedagógica. Não podemos deixar
que o ensino se resuma apenas a livros, cadernos e problemas com respostas
prontas, mas sim que tenha articulação com outras disciplinas e metodologias, para
poder atender a essa constante evolução.
A matemática está presente na vida das crianças em jogos e brincadeiras,
com as quais aprendem a comparar quantidades, operar com elas, fazer percursos,
observar formas de objetos, etc. Desse modo, nada mais natural que explorar essas
situações como ponto de partida para algumas aprendizagens. No entanto, é
necessário que o jogo ou a brincadeira conduza a criança à construção de algum
tipo de conhecimento matemático e, para isso, é essencial a intervenção do
professor.
Os jogos no ensino da Matemática estimulam não só o desenvolvimento do
raciocínio lógico-matemático, como também propiciam a interação entre diferentes
formas de pensar. O jogo permite ao aluno vivenciar uma experiência com
características sociais e culturais, a aquisição de regras, o trabalho em grupo, a
expressão do imaginário e a assimilação de conhecimento. O jogo possibilita o
desenvolvimento de estratégias, o estabelecimento de planos e a avaliação da
eficácia das jogadas de acordo com os resultados obtidos, sendo muitas vezes uma
situação auto-avaliante. Os erros e fracassos durante os jogos, em geral, são
encarados de maneira desafiante, permitindo que a criança desenvolva sua
iniciativa, sua autoconfiança e sua autonomia. Os erros podem se revistos de forma
natural durante as jogadas, sem deixar marcas negativas, propiciando novas
tentativas.
Com o uso de jogos, haverá uma maior facilidade na aprendizagem do
conhecimento matemático, de teorias mais simples para as mais complexas, pois é
brincando que a criança constrói o seu conhecimento.
Dessa forma acreditamos que o brincar e o jogar fortalecerão o
desenvolvimento necessário dos pré–requisitos para a aquisição do conhecimento
matemático, aproximando a criança cada vez mais da realidade, sem que o
professor a sufoque com conteúdos pedagógicos sem um valor significativo real.
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10.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Para atender às dificuldades existentes no ensino-aprendizagem dos
conteúdos matemáticos, necessita-se de propostas metodológicas e recursos
didáticos que auxiliem o professor em sala de aula, como também os alunos na
construção do seu conhecimento matemático. Para Agranionih e Smaniotto (2002,
apud Selva, 2009, p. 2), o jogo matemático é.
Uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com objetivos
claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza a interação com
os conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente produzidos, o
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estabelecimento de relações lógicas e numéricas e a habilidade de construir
estratégias para a resolução de problemas.
A utilização dos jogos na sala de aula pode ser um recurso metodológico
eficaz e motivador do ensino-aprendizagem da Matemática. Assim, as brincadeiras
adaptadas à Matemática podem obter grande avanço na percepção, concentração,
conhecimento de espaço, tempo, seriação, operações, números, quantidade, força,
localização, discriminação e velocidade, além de aprender a respeitar as exigências
das normas e dos controles.
Smole (2007, p. 11) afirma que,
Em se tratando de aulas de Matemática, o uso de jogos implica uma mudança
significativa nos processos de ensino-aprendizagem que permite alterar o modelo 
tradicional de ensino, o qual muitas vezes tem no livro e em exercícios 
padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de 
Matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de 
habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses,busca de 
suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, que estão 
estreitamente relacionadas ao chamado raciocínio lógico.
As propostas pedagógicas devem ser elaboradas e realizadas na prática de 
maneira que atendam integralmente a criança em todos os seus aspectos físicos, 
éticos, sociais, afetivos e intelectuais. Grando (2000, p. 24) ressalta que, Ao 
analisarmos os atributos e/ou características do jogo que pudessem justificar sua 
inserção em situações de ensino, evidencia-se que ele representa uma atividade 
lúdica que envolve o desejo e o interesse do jogador pela própria ação do jogo, e 
mais, envolve a competição e o desafio que motivam o jogador a conhecer seus 
limites e suas possibilidades de superação de tais limites na busca da vitória, 
adquirindo confiança e coragem para se arriscar.
Com isso, o jogo não tem só o poder de tornar as aulas mais dinâmicas, mas 
sim, ser útil para que o professor seja capaz de identificar as principais dificuldades 
dos seus alunos, servindo de diagnóstico de aprendizagem.
Para Vygotsky e Leontiev (1998, p. 23), “o jogo e a brincadeira permitem ao 
aluno criar, imaginar, fazer de conta; funcionam como laboratório de aprendizagem, 
permitem ao aluno experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente 
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aprender”. Sendo assim, a utilização dos jogos como metodologia para o ensino-
aprendizagem na sala de aula vem acontecendo de forma lenta, pois os alunos 
precisam de tempo para se acostumar às novas metodologias.
O jogo na Educação Matemática passa a ter o caráter de material de ensino 
quando é considerado promotor de aprendizagem, pois é jogando e brincando que 
todos irão se entender e compreender melhor. Dessa forma, quanto mais cedo forem
trabalhados os conceitos matemáticos melhor será o resultado no futuro, quando os 
alunos terão que enfrentar a Matemática de forma mais complexa, no Ensino 
Fundamental e Médio.
Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve achar que apenas com jogos 
a criança irá aprenderMatemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem ser 
muito bem dirigidas e ter alguma finalidade.
O jogo pode tronar-se uma estratégia didática quando as situações são 
planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto 
é, proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. 
Para que isso ocorra, é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que 
implica planejamento e previsão de etapas pelo professor para alcançar objetivos 
predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe serão decorrentes (RCNEI, 
1998, p. 212).
O documento afirma que os conteúdos de Matemática devem ser 
selecionados levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem, 
ampliando-os cada vez mais. De acordo com o documento, o ensino de Matemática 
tem como objetivo:
O desenvolvimento de situações envolvendo Matemática no dia a dia;
O conhecimento dos números;
O saber contar;
Noções de espaço físico, medidas e formas;
A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar com problemas e 
desafios.
Considera-se que a criança deve saber lidar com números e contagem e ter 
capacidade de resolver problemas utilizando as operações matemáticas. O RCNEI 
afirma também que isso pode ser trabalhado por meio de contagem oral nas 
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brincadeiras, jogos de esconder ou de pega-pega, brincadeiras e músicas que 
explorem os números e diferentes formas de contar. A compreensão dos números, 
bem como de muitas das noções relativas a espaço e forma, é possível graças às 
medidas.
As crianças exploram o espaço ao seu redor e, progressivamente, por meio
da percepção e da maior coordenação de movimentos, descobrem profundidades,
analisam objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente seus deslocamentos.
Aos poucos, também antecipam seus deslocamentos, podendo representá-los por
meio de desenhos, estabelecendo relações de contorno e vizinhança. Uma rica
experiência nesse campo possibilita a construção de sistemas de referências
mentais mais amplos que permitem às crianças estreitar a relação entre o observado
e representado (RCNEI, 1998, p. 230).
É pela curiosidade que as crianças vão explorando o mundo e descobrindo
cada vez mais sobre ele, criando conceitos em jogos e atividades e relacionando-os
com a realidade. O professor deve estar ciente de que considerar o que o aluno já
sabe e aprofundar seus conhecimentos é a maneira mais adequada de desenvolver
e estimular o aluno a sempre querer saber mais.
11. METODOLOGIA
Em Matemática, como em qualquer outra disciplina, o envolvimento ativo do
aluno é uma condição fundamental da aprendizagem. O professor precisa conhecer
bem os seus alunos e estabelecer com eles um bom ambiente de aprendizagem
para que as investigações possam ser realizadas com sucesso. Durante a aplicação
do projeto, procurei fazer um trabalho de investigação matemática com os alunos,
buscando entender a contribuição dos jogos nas aulas de Matemática
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Para que o trabalho com jogos matemáticos na escola possa se constituir
como base para uma boa relação com o conhecimento, é preciso ter em mente que:
“O jogo é, por natureza, uma atividade autotélica, ou seja, que não apresenta
qualquer finalidade ou objetivo fora ou para além de si mesmo. Nesse sentido, é
puramente lúdico, pois as crianças precisam ter a oportunidade de jogar pelo
simples prazer de jogar, ou seja, como um momento de diversão e não de estudo.
Entretanto, enquanto as crianças se divertem, jogando, o professor deve trabalhar
observando como jogam. O jogo não deve ser escolhido ao acaso, mas fazer parte
de um projeto de ensino do professor, que possui uma intencionalidade com essa
atividade” (Ana Ruth Starepravo. Jogando com a Matemática: números e
operações).
A ideia de que “o jogo não deve ser escolhido ao acaso” é a marca
fundamental do trabalho escolar. É imprescindível – se se quer fazer do jogo um
contexto de aprendizagem – perguntar-se sobre o que o jogo permite ensinar, sobre
qual conteúdo matemático é posto em destaque no jogo, sobre como isso se
relaciona com as necessidades de aprendizagem dos alunos naquele momento,
sobre que outras situações de ensino podem-se articular às situações de jogo, sobre
como sistematizar e institucionalizar o conhecimento posto em ação e, com isso,
relacioná-lo às aprendizagens previstas no currículo.
A intencionalidade do professor, tão bem apresentada nas palavras de Ana
Ruth Starepravo, é a marca que distingue as situações de jogo vividas no meio
social e as situações escolares de aprendizagem a partir do jogo. Para fazer valer
essa intencionalidade, é fundamental que o professor parta das estratégias de
cálculo utilizadas inicialmente pelas crianças em suas jogadas, de seus
procedimentos, de suas dúvidas e acertos e planeje atividades e intervenções
desafiadoras a partir disso, a fim de que seus alunos possam avançar nos
conhecimentos em questão.
Esse espaço para intervenção do professor que o trabalho com jogos
matemáticos possibilita é precioso, segundo Cecília Parra. Esta autora aponta que
um trabalho intencional e reflexivo, por parte dos professores, com jogos na aula de
Matemática permite “maiores oportunidades de observação, a possibilidade de variar
as propostas de acordo com os níveis de trabalho dos alunos e inclusive de
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trabalhar mais intensamente com aqueles que mais o necessitam”. Ou seja, é a
partir da intervenção do professor que os jogos matemáticos se transformam em
contextos de aprendizagem para os alunos.
Isso ocorre nas ocasiões em que o professor organiza sequências de
atividades a partir do jogo, de forma que os alunos possam: tomar consciência do
que sabem; reconhecer a utilidade (economia, segurança) de utilizar determinados
recursos (resultados memorizados, procedimentos etc.); ter uma representação do
que se deve conseguir e do que precisa saber; “medir” seu progresso; escolher,
entre diferentes recursos, os mais pertinentes; serem capazes de fundamentar suas
opções, suas decisões; estabelecerem relações entre os conhecimentos postos em
destaque no jogo e os conhecimentos escolares.
Assim, o que caracteriza o jogo como contexto de aprendizagem escolar é
que na escola, diferentemente da vida social, o jogo não se encerra em si mesmo,
não se justifica apenas pelo seu aspecto lúdico e, sim, é parte de uma sequência
intencional de ensino, que contextualiza a resolução de problemas e o
desenvolvimento de estratégias que se relacionam com o desenvolvimento de
aprendizagens importantes de uma determinada etapa; que respeita os diferentes
ritmos de aprendizagem das crianças, mas se compromete com o avanço de todos e
a conquista de um conjunto compartilhado de saberes. E isso só é possível com a
intervenção atenta e cuidadosa de um professor que sabe aonde quer chegar.
11.1 Procedimentos metodológicos
A metodologia deste estudo foi de pesquisa exploratória de caráter
bibliográfico voltado para a coleta de referenciais consistentes para o papel dos
jogos no processo de ensino da Matemática. O objetivo é identificar as formas de
inserção dos jogos como recurso para aprendizagem em Matemática.
Portanto, o estudo está baseado nas contribuições teóricas de vários autores
sobre as formas de utilização dos jogos matemáticos em sala de aula. A pesquisa
tem caráter exploratório e base descritiva das características apresentadas pelos
vários autores sobre a importância dos jogos matemáticos na sala de aula. 
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Os professores devem aplicar jogos matemáticos nas salas de aula com o
intuito de verificar como os estudantes reagem diante dos desafios que os jogos
provocam e como resolveriam as situações que surgirem em seu percurso.
11.2 Cronograma
Etapas e Atividades
1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa
A Importância
dos jogos na
escola
Trabalhar o
tema proposto
do projeto
Confeccionar
materiais
voltados ao
lúdico
Utilizar os
materiais
para a
montagem
de mural e
trabalhos
em sala de
aula
11.3 Resultados esperados
Deseja-se que os educandos possam atingir os objetivos propostos
desenvolvendo habilidades conforme a proposta e a intervenção pedagógica,
diminuindo a evasão escolar e elevando a autoestima com desafios de
aprendizagem ao utilizar jogos e brincadeiras para que possam aprender de forma
prazerosa.
A utilização dos jogos na escola não é algo atual, pois é bastante conhecido o
seu potencial para o ensino-aprendizagem em muitas áreas do conhecimento.
Sendo assim, trabalhar de maneira lúdica, utilizando os jogos matemáticos como
ferramenta no ensino, proporciona ao aluno o prazer de ser um cidadão ativo,
pensante, questionador e reflexivo, dando-lhe uma maior qualidade no que diz
respeito à receptividade da disciplina.
Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de atitudes –
enfrentar desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da
intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o
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resultado não é satisfatório – necessárias para aprendizagem da Matemática (Brasil,
1998, p. 47).
As aulas expositivas por meio de livros didáticos focalizam o saber, mas
geralmente ficam sem sentido para os alunos, e o ensino da Matemática torna-se
impessoal, insuficiente e ineficaz, porque a simples reprodução de exercícios não
efetiva nenhuma aprendizagem. É neste contexto que o jogo ganha um espaço
como uma ferramenta ideal, proporcionando estímulo ao interesse do aluno,
ajudando-o a construir suas novas descobertas e enriquecendo a sua personalidade.
Segundo Smole et al. (2007, p.13), para que os alunos possam aprender enquanto
jogam é preciso que o jogo apresente tanto a dimensão lúdica quanto a educativa.
Sabe-se que atualmente um dos principais objetivos da educação é procurar
personalizar o ensino, respeitando as diferenças no ritmo de aprendizagem de cada
aluno, seguindo as mudanças sociais, culturais e tecnológicas, tornando o ensino da
Matemática mais divertido, motivador e desafiador, necessariamente aliado à
construção e à formalização dos conceitos relacionados à disciplina em questão. O
jogo é um dos recursos metodológicos que apresenta um caráter lúdico e desafiador.
Portanto, cabe aos docentes estar atentos às jogadas dos estudantes, verificar se
todas as regras estão sendo obedecidas e fazer intervenções somente quando
necessário, garantindo uma melhor aprendizagem na utilização de material concreto.
Um jogo desenvolvido pelo professor pode contemplar diferentes objetivos em
relação ao ensino de Matemática, dentre os quais se destacam: exercitar o domínio
de determinados algoritmos, desenvolver habilidades de cálculo mental, construir
determinadas ideias matemáticas bem como explicar dificuldades encontradas em
conteúdos específicos. Paralelamente, o trabalho com o jogo pode estimular a
formação de atitudes pessoais, tais como respeito aos colegas, cooperação e
iniciativas (Ribeiro, 2009, p. 38).
12.CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O trabalho apresentado tinha como objetivo principal utilizar um jogo no
processo de investigação matemática. De acordo com as observações feitas, pude
concluir que o jogo pode desempenhar um importante papel no processo ensino
aprendizagem, visto que o gosto pela atividade lúdica é inerente ao ser humano.
este trabalho contribuiu para enriquecer os meus conhecimentos, visto que pude
constatar que é possível tornara matemática mais prazerosa e menos tediosa para
os alunos, além de permitir que eles desenvolvam o seu raciocínio comparticipação
ativa e organização do pensamento matemático.
Falar em Matemática e jogos, dentro da educação e fora dela, é um desafio,
pois diante de novos paradigmas educacionais a sociedade vem impondo novos
padrões de exigência nos quais prevalece o raciocínio lógico matemático. Sendo
assim, não há possibilidade de pensar o ensino matemático sem pensar na inserção
de jogos nas aulas de Matemática, ponto de partida norteador desta pesquisa.
Há alguns anos, a Matemática era vista como um simples conhecimento de
números, baseada nas teorias de vários pesquisadores e documentos oficiais como
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, matrizes curriculares, parâmetros
curriculares, dentre outros. Com o tempo, a Matemática passou a ter novas
perspectivas: modernização e evolução.
Desse modo, as atividades lúdicas, por meio da utilização de jogos em sala
de aula, passaram a ter reconhecimento. Por meio desta nova metodologia de
ensino, os alunos com dificuldades de aprendizagem passaram a ser desafiados ao
aprendizado matemático e a vê-lo como algo interessante.
A Matemática é um processo permanente que não se esgota. Assim, por meio
do jogo, o aluno se torna mais crítico e confiante para desenvolver seu raciocínio
lógico matemático. Entretanto, transformar a Matemática de forma radical pode
desestabilizar as práticas pedagógicas. A proposta de mudança é uma questão
bastante complexa. Por isso é missão do educador ensinar Matemática sempre com
a preocupação de não fragmentar o processo de aprendizagem, para que os
estudantes possam desenvolver sua autonomia e criatividade, considerando os
estudos matemáticos significativos tanto para a vida escolar como para a vida em
sociedade.
Assim, conclui-se que, nas últimas décadas, diversos pesquisadores têm
investido no papel dos jogos na aprendizagem da Matemática, porque eles ajudam
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na construção dos conceitos, apresentando momentos desafiadores aos alunos a
fim de colocá-los, constantemente, diante de situações problema.
É dever da escola e dos educadores ajudarem o aluno a desenvolver as suas
capacidades, competências e habilidades matemáticas, por meio dos jogos.
13.REFERÊNCIAS
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ALVES, E. M. S. A ludicidade e o ensino de Matemática. Campinas: Papirus,
2001.
BATLLORI, J. Jogos para treinar o cérebro. Trad. Fina Iñiguez. São Paulo:
Madras, 2004.
BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de
Matemática. 4ª ed. São Paulo: IME-USP; 2002.
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. Educação Matemática: da teoria à prática. 12ª ed. Campinas:
Papirus, 2005.
FLEMIN, M. Jogos como recursos didáticos nas aulas de Matemática no
contexto da Educação Básica. Educação Matemática em Revista, ano 14, nº 26,
mar. 2009. Disponível em: http://www.sbem.com.br/files/revista14_26.pdf. Acesso
em: 17 out. 2020.
LUNGARZO, C. O que é Ciência. Lógica. Matemática. São Paulo: Círculo do
Livro, 1991.
PESSOA, G.; PAREDES, T. Uma proposta para o uso de jogos nas aulas de
matemática: da fundamentação a confecção de jogos de estratégias. VIII ENEM –
MINICURSO – GT 7 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUE ENSINAM
MATEMÁTICA, LEMAT-UFPE. Recife, 15 a 18 de julho de 2004. Disponível em:
http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/07/MC01923995430.pdf.Acesso em 29 out.
2020.
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