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Prof. Dra. Érica Andreia Cortez Monteiro
Mestre em Desenvolvimento Humano
Doutora em Psicologia Educacional 
PSICOLOGIA E DESENVOLVIMENTO: ADULTO E IDOSO
ASSUNTO:
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA TARDIA
Você sabia que...
A atividade produtiva parece desempenhar um papel importante para o envelhecimento bem-sucedido?
Na maioria dos países desenvolvidos, as mulheres idosas estão mais propensas a viver sozinhas do que os homens idosos?
Pessoas que podem confiar seus sentimentos e pensamentos aos amigos tendem a lidar melhor com as mudanças e desafios do envelhecimento?
				Erikson 
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integridade do ego versus desespero
De acordo com Erikson, a oitava e última etapa do desenvolvimento psicossocial, quando as pessoas na vida adulta tardia adquirem um senso de integridade do ego pela aceitação da vida que tiveram, e assim aceitam a morte, ou se entregam ao desespero pela impossibilidade de reviver suas vidas.
Envelhecimento
Que as teorias e as pesquisas podem nos dizer sobre a personalidade nessa fase final do ciclo de vida e sobre os desafios psicossociais e as oportunidades do envelhecimento.
 Como os idosos enfrentam o estresse e as perdas, e o que significa envelhecimento bem-sucedido.
Erikson
O ambiente social se faz ainda mais importante para subsidiar a superação dos conflitos, além das histórias pessoais de cada um. Daí a importância de que as convivências com os idosos se constituam em apoios consistentes para que se sintam mais seguros, não apenas no ambiente familiar, mas também de maneira que eles possam contar com políticas culturais, de integração e de valorização. Sem os apoios familiares, sociais, a velhice pode se tornar uma etapa difícil de viver.
Erikson
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 Sabedoria, disse Erikson, significa aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos: sem ficar preso ao que “poderia ter sido”. Isso significa aceitar imperfeições em si próprio, nos pais, nos filhos e na vida.
 Embora a integridade deva superar o desespero para que essa etapa seja resolvida com êxito, Erikson afirmava que algum desespero é inevitável. As pessoas têm necessidade de se lamentar – não apenas pelas próprias desventuras e oportunidades perdidas, mas pela vulnerabilidade e transitoriedade da condição humana.
 É a fase do balanço. A pessoa madura reflete sua vida. Sua história e legado são avaliado.
Erikson
Para Erikson, a conquista culminante da vida adulta tardia é o senso de integridade do ego, ou integridade do self. No oitavo e último estágio do ciclo de vida, integridade do ego versus desespero, os adultos mais velhos têm de avaliar e aceitar suas vidas para poderem aceitar a morte. A partir dos resultados dos sete estágios anteriores, lutam para conquistar um senso de coerência e totalidade, em vez de se entregar ao desespero por sua incapacidade de reviver o passado de forma diferente (Erikson, Erikson, & Kivnick, 1986). 
 As pessoas bem-sucedidas nesta tarefa final de integração adquirem o entendimento do significado de suas vidas dentro da ordem social mais ampla. A virtude que pode se desenvolver nessa etapa é a sabedoria, um “interesse informado e imparcial pela vida em si diante da morte” (Erikson, 1985, p. 61).
 Segundo Erikson, a integridade do ego na vida adulta tardia requer constantes estimulações e desafios, o que vem do trabalho criativo.
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O MODELO DOS CINCO FATORES: TRAÇOS DE PERSONALIDADE NA VELHICE 
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 Aumentos na amabilidade, autoconfiança, afetividade, estabilidade emocional e conscienciosidade.
 Declínios no neuroticismo, vitalidade social (gregarismo) e abertura à experiência.
 Ao contrário do que afirmam os estereótipos, de que os idosos são pessoas rígidas e acomodadas, parece não haver nenhuma tendência relacionada à idade no que diz respeito à inflexibilidade.
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Embora Costa e McCrae tenham registrado uma estabilidade a longo prazo em seus dados, a estabilidade foi em termos médios dos diversos traços da população, e as pessoas geralmente mantinham as suas posições relativas. Em outras palavras, pessoas particularmente extrovertidas tendiam a continuar mais extrovertidas do que os seus pares, mesmo que a extroversão de todos aumentasse ligeiramente com o tempo.
 A maioria das mudanças de personalidade observadas na vida adulta seguem na direção da maior estabilidade, adaptabilidade e ajuste
O MODELO DOS CINCO FATORES: TRAÇOS DE PERSONALIDADE NA VELHICE 
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 Alguns pesquisadores argumentam que esses processos são determinados principalmente por diferenças genéticas intrínsecas entre as pessoas que se multiplicam com o tempo (Costa & McCrae, 2013). 
 Outros pesquisadores defendem que as experiências de vida, como casar-se, começar a trabalhar e assim por diante, são os principais fatores por trás das mudanças na personalidade (Roberts, Wood, & Smith, 2005). Outros, por sua vez, defendem explicitamente que devemos considerar as influências genéticas e ambientais (Hopwood et al., 2011).
POR QUE AS PESSOAS APRESENTAM MUDANÇAS NORMATIVAS NAS CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE?
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 A personalidade é um forte preditor da saúde e do bem-estar – mais forte em muitos aspectos do que as relações sociais e a saúde.
Recentemente, uma metassíntese (uma metanálise secundária de 36 metanálises) de mais de 500.000 participantes examinou a influência dos Cinco Grandes traços na saúde mental e física e em comportamentos relacionados à saúde.
Traços de personalidade são examinados de forma independente, a amabilidade, a conscienciosidade e o neuroticismo são preditores mais fortes do que a extroversão e a abertura à experiência (Strickhouser, Zell, & Krizan, 2017).
A INFLUÊNCIA DA PERSONALIDADE E DA MUDANÇA DE PERSONALIDADE NA SAÚDE E NO BEM-ESTAR
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A personalidade pode afetar a saúde mental por meio de diversos mecanismos. Por exemplo, a baixa extroversão, o alto neuroticismo e a baixa conscienciosidade são indicadores de depressão. Uma explicação possível para essa associação é que um perfil de personalidade específico e a depressão podem ser oriundos de uma causa comum.
 Outro modelo defende que a personalidade é um fator de risco que pode contribuir para a depressão. Já outro afirma que embora a personalidade não cause depressão, uma vez que a depressão ocorre, a personalidade pode influenciar a gravidade ou o curso que ela pode tomar (Hakulinen et al., 2015). Outros aspectos da saúde mental poderiam funcionar de forma semelhante. 
Como a personalidade afetaria a saúde física?
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Os traços de personalidade influenciam o comportamento, que, por sua vez, influencia a saúde. Pessoas altamente neuróticas apresentam baixas taxas de sobrevivência, possivelmente porque fumam ou usam álcool ou drogas para ajudar a tranquilizar suas emoções negativas e porque não conseguem administrar o estresse (Mroczek & Spiro, 2007).
 Por outro lado, a conscienciosidade pode ser preditora da saúde e mortalidade porque pessoas conscienciosas tendem a evitar comportamentos de risco e a se envolver em atividades que promovem sua saúde, como consultar regularmente um médico ou ir à academia (Friedman & Kern, 2014). 
A combinação mais arriscada parece ocorrer quando indivíduos têm alto neuroticismo e baixa conscienciosidade, ambos padrões associados com risco mais elevado de respostas inflamatórias no corpo (Sutin et al., 2010).
Mudança de personalidade e a estabilidade também são marcadores importantes da saúde e do bem-estar. Por exemplo, as pessoas que permanecem estáveis em termos de abertura à experiência e neuroticismo têm habilidades de raciocínio melhores e tempos de reação mais rápidos do que os indivíduos cujos níveis se alteram (Graham & Lachman, 2012). 
Além disso, a instabilidade nessas áreas, especificamente quando o neuroticismo aumenta e a abertura à experiência diminui, está associada com a deterioração no processamento cognitivo e maior dificuldade com as atividades da vida diária (Pocnet, Rossier, Antonietti, & von Gunten, 2013).
O neuroticismo parece ser um traço particularmente importante.Pessoas com personalidade neurótica (temperamentais, suscetíveis, ansiosas e inquietas) tendem a relatar emoções negativas, e não positivas, e tendem a se tornar ainda menos positivas à medida que envelhecem (Charles, Reynolds, & Gatz, 2001; Isaacowitz & Smith, 2003). 
O neuroticismo é um preditor bem mais eficaz do estado de espírito e de transtornos do humor do que variáveis como idade, condição de saúde, educação ou gênero (Siedlecki, Tucker-Drop, Oishi, & Salthouse, 2008; Magee, Heaven, & Miller, 2013).
 Algumas mudanças são benéficas. Por exemplo, aumentos em amabilidade, conscienciosidade e extroversão estão associados com melhor saúde física e mental (Magee et al., 2013; Turiano et al., 2011) e melhor bem-estar social (Hill, Turiano, Mroczek, & ­Roberts, 2012)
Assim, tanto o bem-estar quanto a personalidade exerciam influências recíprocas um sobre o outro (Soto, 2015). Esse efeito recíproco entre a personalidade e aspectos da saúde mental e do bem-estar existe nas duas direções, positiva e negativa, e foi identificada uma dinâmica parecida com relação à mudança de personalidade e sintomas depressivos 
Como a personalidade afetaria a saúde física?
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(1) anulação da doença ou de incapacidade relacionada à doença, (2) manutenção elevada das funções psicológica e cognitiva e (3) engajamento constante e ativo em atividades sociais e produtivas (atividades, remuneradas ou não, criadoras de valor social). Os idosos bem-sucedidos tendem a ter apoio social, emocional e material, o que contribui para a saúde mental; e enquanto permanecem ativos e produtivos não se consideram velhos.
MODELOS DE ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO OU IDEAL
 TEORIA DO DESENGAJAMENTO
Teoria que sustenta que o envelhecimento bem-sucedido é caracterizado pelo mútuo afastamento entre idosos e sociedade.­
TEORIA DA ATIVIDADE
Teoria que sustenta que, para envelhecer bem, uma pessoa deve permanecer tão ativa quanto possível.
TEORIA DO DESENGAJAMENTO VERSUS TEORIA DA ATIVIDADE
A segunda abordagem, a teoria da atividade, opta pelo ponto de vista contrário. De acordo com essa teoria, nós somos o que fazemos (Moody, 2009).
Em vez de afastar-se da vida, os adultos que envelhecem com sucesso tendem a permanecer envolvidos com as suas conexões e papéis sociais. Quanto mais ativos permanecem nesses papéis, mais satisfeitos com a vida tendem a ser. Quando perdem um papel, como quando se aposentam, eles encontram um papel substituto, como o voluntariado.
 Nessa abordagem, a necessidade das pessoas de manter uma conexão entre o passado e o presente é enfatizada, e a atividade é considerada importante, não em si, mas por representar a continuidade de um estilo de vida anterior. 
TEORIA DA CONTINUIDADE
 Teoria do envelhecimento, descrita por Atchley, que sustenta que, para envelhecer bem, as pessoas devem manter um equilíbrio entre a continuidade e a mudança nas estruturas interna e externa de suas vida.
Os idosos tendem a ser mais felizes, no entanto, se conseguem preservar as suas atividades favoritas de alguma forma.
TEORIA DA CONTINUIDADE
Os autores sugerem que participar de voluntariado mantém os idosos física, cognitiva e socialmente ativos, e esse maior engajamento.
Por exemplo, meditação, jardinagem, leitura e ouvir rádio estão associados com o bem-estar e a qualidade de vida
PAPEL DA PRODUTIVIDADE
Fortalecimento das funções cognitivas com o uso de habilidades mais desenvolvidas para compensar aquelas se tornaram mais fracas.
Seleção de atividades ou metas menos numerosas e mais significativas.
OTIMIZAÇÃO SELETIVA COM COMPENSAÇÃO
Fortalecimento das funções cognitivas com o uso de habilidades mais desenvolvidas para compensar aquelas se tornaram mais fracas.
Otimização, o máximo aproveitamento, dos recursos que têm para atingir as suas metas.
Compensação das perdas pelo uso de recursos de formas alternativas para atingir as suas metas.
OTIMIZAÇÃO SELETIVA COM COMPENSAÇÃO
Seleção de atividades ou metas menos numerosas e mais significativas.
Otimização, o máximo aproveitamento, dos recursos que têm para atingir as suas metas.
Compensação das perdas pelo uso de recursos de formas alternativas para atingir as suas metas.
OTIMIZAÇÃO SELETIVA COM COMPENSAÇÃO
Uma coisa é certa: as pessoas são muito diferentes quanto ao modo como podem viver e vivem – e querem viver – nos últimos anos da vida.
OTIMIZAÇÃO SELETIVA COM COMPENSAÇÃO
 Comparar a teoria do desengajamento, a teoria da atividade e a teoria da continuidade?
 Discutir a importância da produtividade na vida adulta tardia?
REFLEXÃO!!!!
PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento humano. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013.
Revista Fapesp
https://revistapesquisa.fapesp.br/estudo-mapeia-evolucao-do-cerebro-ao-longo-da-vida/#crescimento-rapido
REFERÊNCIAS
POR HOJE É SÓ!!
OBRIGADO PELA PRESENÇA E PELA PARTICIPAÇÃO!
ATÉ A NOSSA PRÓXIMA AULA!!
BONS ESTUDOS!
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