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CARD 01 – DROPS MAGISTRATURA 
Ciclos Método 
 
2 
 
 
CARD PROCESSO PENAL I DROPS MAGISTRATURA 
 
Olá futuros Togados, sejam bem-vindos ao nosso primeiro CARD de Direito Processual Penal! 
 
Aqui procuramos fazer um resumão dos principais pontos cobrados em prova. 
 
Assim, em poucas páginas você conseguirá passar pelos principais institutos, conceitos e teorias exigidos na 
prova da magistratura. 
 
Chega de blábláblá e bora começar! 
 
CARD – NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS 
1. Interpretação e aplicação da norma processual penal. 
2. Direito Processual Penal à luz da Constituição Federal. 
1 Processo Penal Brasileiro. Processo Penal Constitucional. 
2 Sistemas e Princípios Fundamentais. 
3 Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas. Disposições gerais do Código de 
Processo Penal. 
 
NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS 
 
#MAPEIA NO VADE 
 
NÃO DEIXE DE LER – CF/88 
Art. 5º, X Art. 5º, XI Art. 5º, XII 
Art. 5º, XXXVII Art. 5º, XXXVIII Art. 5º, XL 
Art. 5º, XLI Art. 5º, XLII Art. 5º, XLIII 
Art. 5º, XLIV Art. 5º, XLV Art. 5º, XLVI 
Art. 5º, XLVII Art. 5º, LIII ao LXXII Art. 5º, LXXIV 
Art. 5º, LXXV Art. 5º, LXXVII Art. 5º, LXXVIII 
 
NÃO DEIXE DE LER - CPP 
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CARD 01 – DROPS MAGISTRATURA 
Ciclos Método 
 
3 
 
Art. 1º CPP Art. 2º CPP Art. 3º CPP 
 
#UMPOUCODEDOUTRINA 
O Código de Processo Penal possui mais liberdade interpretativa do que o Código Penal, pois este último traz 
como consequência direta a possibilidade de privação de liberdade do indivíduo. 
#SELIGANOEXEMPLO 
O CPP possibilita, seja em benefício ou não do réu, o uso da interpretação extensiva, analógica e aplicação dos 
princípios gerais de direito. Já no CP, as regras são interpretadas no sentido de não prejudicar o réu. 
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI 
CPP, Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o 
_____1 dos princípios gerais de direito. 
a) suplemento. 
b) complemento. 
c) desenvolvimento. 
 
#TABELALOVERS 
Intepretação extensiva Interpretação Analógica Analogia 
Forma de interpretação Forma de interpretação Forma de integração 
Existe norma para o caso 
concreto 
Existe norma para o caso 
concreto 
Não existe norma para o caso 
concreto 
Amplia-se o alcance da 
palavra 
Exemplos seguidos de 
encerramento genérico 
Cria-se nova norma a partir de 
outra apenas quando favorável 
ao réu. 
 
1 Gabarito: a. 
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CARD 01 – DROPS MAGISTRATURA 
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Por se tratar de mera 
atividade interpretativa, 
buscando o efetivo alcance 
da lei, é possível a sua 
utilização até mesmo em 
relação àquelas de natureza 
incriminadora. Exemplo: o 
art. 159 do Código Penal, 
legalmente definido como 
extorsão mediante 
sequestro, que também 
abrange a extorsão mediante 
cárcere privado. 
Ex.: Art. 121, §2º, I e III: 
mediante paga ou promessa 
de recompensa (exemplos), 
ou por outro motivo torpe 
(fórmula genérica de 
encerramento) 
Analogia in malam partem 
(aplica-se ao caso omisso uma lei 
maléfica ao réu) - não é admitida 
no Direito Penal, em 
homenagem ao princípio da 
reserva legal.2 
Analogia in bonam partem 
(aplica ao caso omisso uma lei 
favorável ao réu) - é possível no 
Direito Penal, exceto às leis 
excepcionais, que não admitem 
analogia, por seu caráter 
extraordinário. 
 
APLICAÇÃO DO CPP 
#VAMODELEISECA 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
2 STF declarou a atipicidade da conduta do agente que furta sinal de TV a cabo, asseverando ser impossível a analogia 
(in malam partem) com o crime de furto de energia elétrica. 
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Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando 
as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob 
a vigência da lei anterior. 
Portanto, o CPP aplica-se em todo território nacional (princípio da territorialidade), mas sem desprezar leis 
especiais (ex. lei de drogas), tratados internacionais, a CF, a Justiça Militar etc. 
Quando surge uma nova lei processual esta aplica-se imediatamente, sem prejudicar os atos que já foram 
realizados (princípio da imediatidade - tempus regit actum). 
Entende-se por norma puramente processual aquela que regulamente procedimento sem interferir na 
pretensão punitiva do Estado. A norma procedimental que modifica a pretensão punitiva do Estado deve ser 
considerada norma de direito material, que pode retroagir se for mais benéfica ao acusado. 
Atente-se para as normas heterotópicas, pois se a norma contiver disposições de ordem material e processual, 
deve prevalecer a norma de caráter material, e a regra de que só retroage para beneficiar o réu. 
#SELIGANAJURIS 
A exigência de representação da vítima no crime de estelionato não retroage aos processos cuja denúncia já 
foi oferecida. STJ. 3ª Seção. HC 610201/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021 (Info 691). 
Vale ressaltar que a exigência de representação no crime de estelionato, trazida pelo Pacote Anticrime, não 
afeta os processos que já estavam em curso quando entrou em vigor a Lei nº 13.964/2019. Assim, se já havia 
denúncia oferecida quando entrou em vigor a nova Lei, não será necessária representação do ofendido. STJ. 
5ª Turma. HC 573.093/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 09/06/2020. 
O § 5º do art. 171 do CP apresenta caráter híbrido (norma mista) e, além disso, é mais favorável ao autor do 
fato. Logo, tem caráter retroativo, pois, além de incluir a representação do ofendido como condição de 
procedibilidade para a persecução penal, apresenta potencial extintivo da punibilidade, sendo tal alteração 
passível de aplicação retroativa por ser mais benéfica ao réu. Contudo, além do silêncio do legislador sobre a 
aplicação do novo entendimento aos processos em curso, tem-se que seus efeitos não podem atingir o ato 
jurídico perfeito e acabado (oferecimento da denúncia), de modo que a retroatividade da representação no 
crime de estelionato deve se restringir à fase policial, não alcançando o processo. 
 
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ATENÇÃO! 
Quanto às regras de competência, é adotada a teoria do resultado! 
#NÃOCONFUNDA 
➔ No CP é usada a teoria da ubiquidade nos crimes que envolvem território de dois ou mais países 
(conflitos internacionais de jurisdição – crime à distância). De maneira que, considera-se praticado 
o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. E, serve para definir qual lei será aplicada. 
➔ No CPP a regra do resultado é utilizada para definir a competência de julgamento em caso de 
crimes plurilocais, envolvendo duas ou mais comarcas/ seções judiciárias dentro do mesmo país. 
 
#DEOLHONAJURIS 
Não há se falar em irretroatividade de interpretação jurisprudencial, uma vez que o ordenamento jurídico 
proíbe apenas a retroatividade da lei penal mais gravosa. Os preceitos constitucionais relativos à aplicação 
retroativa da norma penal benéfica, bem como à irretroatividade da norma mais grave ao acusado(art. 5º, XL, 
da Constituição Federal), são inaplicáveis aos precedentes jurisprudenciais. STF. 1ª Turma. HC 161452 AgR, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 6/3/2020. STJ. 5ª Turma. AgRg nos EDcl no AREsp 1361814/RJ, Rel. Min. Reynaldo 
Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020. 
 
#SURRADESÚMULA 
Súmula 711-STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência; 
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a 
aplicação de lei mais benigna; 
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da 
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 
6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis 
 
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PRINCÍPIOS 
O Direito Processual Penal se embasa em diversos princípios, que buscam evitar arbitrariedades estatais. Aqui 
vamos ter a oportunidade de conhecer a principal base principiológica processual penal: 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
Consiste no Direito de não ser declarado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória 
(fim do devido processo legal). 
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI 
CF, Art.5 LVII CF - ninguém será considerado ____ até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
a) culpado. 
b) condenado. 
c) inocente. 
 
Atenção: A consequência deste princípio é que a acusação (Ministério Público) fica com o ônus de demonstrar 
a culpabilidade do acusado. Ex. para a imposição de uma sentença condenatória é necessário provar, 
eliminando qualquer dúvida razoável (in dubio pro reo). 
#DEOLHONASÚMULA 
Súmula 444-STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-
base. 
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. 
#SELIGANAJURIS 
O art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o cumprimento da pena, 
é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da 
CF/88. 
Assim, é proibida a chamada “execução provisória da pena”. 
Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em julgado (antes do esgotamento de todos 
os recursos), no entanto, para isso, é necessário que seja proferida uma decisão judicial individualmente 
fundamentada, na qual o magistrado demonstre que estão presentes os requisitos para a prisão preventiva 
previstos no art. 312 do CPP. 
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Dessa forma, o réu até pode ficar preso antes do trânsito em julgado, mas cautelarmente (preventivamente), 
e não como execução provisória da pena. 
STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Info 958). 
 
#RESUMEAÍPROF #PRESUNÇÃODEINOCÊNCIA 
a) Como regra probatória, invertendo-se o seu ônus, como presunção legal relativa de não-culpabilidade. O 
acusado não tem o dever de provar a sua inocência; cabe ao acusador comprovar a sua culpa, sendo 
considerado inocente, até o trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória. 
 
b) Como regra de Tratamento – dimensão interna ao processo, ônus da prova recai integralmente sobre a 
parte acusadora, devendo a dúvida favorecer o acusado. E as prisões cautelares devem ser excepcionais, 
comprovada a necessidade, não perca a sua qualidade instrumental; dimensão externa ao processo, proteção 
contra a publicidade abusiva e a estigmatização do acusado. 
 
c) Como valoração da prova ou regra de julgamento, confundindo-se neste aspecto, com o princípio do in 
dubio pro reo. 
 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
Consiste no direito à informação e ao direito de participação. Ou seja, direito de receber citações e intimações; 
direito de participar e reagir, como, por exemplo, oferecer resposta à acusação, recorrer. 
#SELIGANASÚMULA 
Súmula 707 STF: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. 
#DEOLHONACF 
Está previsto no art. 5º, LV, CF/88, e significa que aos litigantes em processo administrativo e judicial serão 
garantidos o contraditório e a ampla defesa. O contraditório dignifica o direito à informação e à participação. 
 
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA 
Direito de se defender com todas as provas admitidas em direito. Ex. interrogatório. 
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#DEOLHONASÚMULA 
Súmula 523 STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu. 
SÚMULA 522, STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em 
situação de alegada autodefesa. 
ATENÇÃO! 
A defesa técnica é exercida pelo advogado. É obrigatória na fase processual. A autodefesa é exercida pela 
própria parte. Compreende o direito de audiência (se apresentar ao juiz para defender-se pessoalmente); 
direito de presença (acompanhar os atos de instrução ao lado do seu defensor); capacidade postulatória 
autônoma (impetrar HC, ajuizar revisão criminal, formular pedidos relativos à execução da pena). 
#SELIGANACF 
Está previsto no art. 5º, LV, CF/88, e significa que aos litigantes em processo administrativo e judicial serão garantidos 
o contraditório e a ampla defesa. 
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
O processo é público para que possa haver controle da sociedade. Exceção: sigilo para a preservação do direito 
à intimidade. 
#VAMOSDELEISECA 
Art. 5º (...) IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas 
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às 
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à 
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
 
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE 
Consiste na busca da reconstituição dos fatos que aconteceram, mas sem a pretensão de se chegar à verdade 
real, pois essa utopia já justificou a tortura. São inadmissíveis provas obtidas por meios ilícitos, para que seja 
evitado provar a qualquer custo, por meio de ilegalidades e violações de direitos. 
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#SELIGANAJURIS 
Não é nula a condenação criminal lastreada em prova produzida no âmbito da Receita Federal do Brasil por 
meio da obtenção de informações de instituições financeiras sem prévia autorização judicial de quebra do 
sigilo bancário. Isso porque o STF decidiu que são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem 
o acesso direto da Receita Federal à movimentação financeira dos contribuintes. 
STF. 2ª Turma. RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822). 
 
Se determinada prova é considerada ilícita, ela deverá ser desentranhada do processo. Por outro lado, as 
peças do processo que fazem referência a essa prova (exs: denúncia, pronúncia etc.) não devem ser 
desentranhadas e substituídas. 
A denúncia, a sentença de pronúncia e as demais peças judiciais não são "provas" do crime e, por essa razão, 
estão fora da regra que determina a exclusão das provas obtidas por meios ilícitos prevista art. 157 do CPP. 
Assim, a legislação, ao tratar das provas ilícitas e derivadas, não determina a exclusão de "peças processuais" 
que a elas façam referência. 
STF. 2ª Turma. RHC 137368/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/11/2016 (Info 849). 
 
O exame de corpo de delito deve ser realizado porperito oficial (art. 159 do CPP). 
Do ponto de vista estritamente formal, o perito papiloscopista não se encontra previsto no art. 5º da Lei nº 
12.030/2009, que lista os peritos oficiais de natureza criminal. 
Apesar disso, a perícia realizada por perito papiloscopista não pode ser considerada prova ilícita nem deve ser 
excluída do processo. 
Os peritos papiloscopistas são integrantes de órgão público oficial do Estado com diversas atribuições legais, 
sendo considerados órgão auxiliar da Justiça. 
Não deve ser mantida decisão que determinava que, quando o réu fosse levado ao Plenário do Júri, o juiz-
presidente deveria esclarecer aos jurados que os papiloscopistas – que realizaram o laudo pericial – não são 
peritos oficiais. Esse esclarecimento retiraria a neutralidade do conselho de sentença. Isso porque, para o 
jurado leigo, a afirmação, pelo juiz no sentido de que o laudo não é oficial equivale a tachar 
de ilícita a prova nele contida. Assim, cabe às partes, respeitado o contraditório e a ampla defesa, durante o 
julgamento pelo tribunal do júri, defender a validade do documento ou impugná-lo. 
STF. 1ª Turma. HC 174400 AgR/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 24/9/2019 (Info 953). 
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Os dados bancários entregues à autoridade fiscal pela sociedade empresária fiscalizada, após regular intimação 
e independentemente de prévia autorização judicial, podem ser utilizados para subsidiar a instauração de 
inquérito policial para apurar suposta prática de crime contra a ordem tributária. 
STJ. 5ª Turma. RHC 66520-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 2/2/2016 (Info 577). 
 
O fato de a interceptação telefônica ter visado elucidar outra prática delituosa não impede a sua utilização em 
persecução criminal diversa por meio do compartilhamento da prova. 
STF. 1ª Turma. HC 128102/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/12/2015 (Info 811). 
 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
Ninguém será sentenciado por autoridade que não seja a competente, segundo regras abstratas de 
competência. O sentido desta violação é manter a imparcialidade do juízo e evitar o Tribunal de Exceção. 
ATENÇÃO! Atente-se para o princípio do promotor natural, de maneira que ninguém será PROCESSADO por 
autoridade que não seja a competente, segundo regras abstratas sobre as atribuições do Ministério Público. 
#SELIGANAJURIS 
Não viola o Princípio do Promotor Natural se o Promotor de Justiça que atua na vara criminal comum oferece 
denúncia contra o acusado na vara do Tribunal do Júri e o Promotor que funciona neste juízo especializado 
segue com a ação penal, participando dos atos do processo até a pronúncia. 
No caso concreto, em um primeiro momento, entendeu-se que a conduta não seria crime doloso contra a vida, 
razão pela qual os autos foram remetidos ao Promotor da vara comum. No entanto, mais para frente 
comprovou-se que, na verdade, tratava-se sim de crime doloso. 
Com isso, o Promotor que estava no exercício ofereceu a denúncia e remeteu a ação imediatamente 
ao Promotor do Júri, que poderia, a qualquer momento, não ratificá-la. 
Configurou-se uma ratificação implícita da denúncia. 
Não houve designação arbitrária ou quebra de autonomia. 
STF. 1ª Turma.HC 114093/PR, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado 
em 3/10/2017 (Info 880). 
 
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É inconstitucional a nomeação de promotor ad hoc, isso porque, a CF traz preceito expresso (art. 129, § 2º) de 
exclusividade aos integrantes da carreira para o desempenho de qualquer função atinente ao Ministério 
Público, como o é a promoção da ação penal pública (art. 129, I, da CF). Ademais, a Constituição Federal 
garante ao indivíduo o direito de somente ser processado e julgado por órgão independente do Estado, 
vedando-se, por consequência, a designação discricionária de particular para exercer o poder estatal da 
persecução penal. 
STF. Plenário. ADI 2958, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/09/2019. 
#TABELALOVERS 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL 
Apresenta-se em duas dimensões: O juiz deve ser 
competente para o caso (art. 5º, LIII); Vedação do 
juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII). As 
pessoas somente deverão ser processadas por juiz 
previamente investido do poder jurisdicional e com 
competência previamente outorgada para 
julgamento. Exceção: uma lei nova que altera a 
competência não pode ser entendida como 
violadora do juiz natural. Isso porque a lei que cuida 
de competência é uma lei processual, logo, tem 
aplicação imediata. Entretanto, quando o caso já foi 
julgado em primeira instância, não pode haver 
modificação de competência, sendo esta 
jurisprudência pacífica do STF. A criação de vara 
especializada como no caso de violência doméstica 
não representa violação ao princípio do juiz natural, 
pois neste caso há mera atribuição de competência 
a órgão jurisdicional que integra a estrutura 
judiciária, com o escopo de promover uma melhor 
atuação em razão da especialização. 
Significa que ninguém será processado senão pelo 
órgão do MP, dotado de amplas garantias pessoais e 
institucionais, de absoluta independência e 
liberdade de convicção e com atribuições 
previamente fixadas e conhecidas. Não admitiria 
designações casuísticas de membros do Ministério 
Público para determinados casos em desobediência 
às regulamentações anteriores. Trata-se de princípio 
implícito. A CR não traz expressamente o princípio 
do promotor natural, mas ele decorre do princípio da 
independência funcional e da inamovibilidade dos 
membros do MP. Garantia de ordem jurídica 
protegendo o membro do MP, em exercício pleno e 
independente, e a coletividade, que será julgado por 
órgão de acusação de acordo com critérios abstratos 
e pré-determinados em lei. Fundamento: art. 5º, LIII, 
CF/88; art. 128, § 5º, II, CF/88. 
 
 
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#DEOLHONAJURIS: Lei Orgânica estadual do Ministério Público pode atribuir privativamente ao Procurador-
Geral de Justiça a competência para interpor recursos dirigidos ao STF e STJ. Não há inconstitucionalidade 
formal nessa previsão. Isso porque a Lei federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - 
LONMP) não pormenoriza a atuação dos Procuradores-Gerais de Justiça e dos Procuradores de Justiça em sede 
recursal e, por expressa dicção do caput de seu artigo 29, o rol de atribuições dos Procuradores-Gerais de 
Justiça não é exaustivo, de forma que as leis orgânicas dos Ministérios Públicos estaduais podem validamente 
ampliar tais atribuições. Além disso, não há ofensa aos princípios do promotor natural e da independência 
funcional dos membros do Parquet, uma vez que: • se trata de mera divisão de atribuições dentro do 
Ministério Público estadual, veiculada por meio de lei; • e não se possibilita a ingerência do PGJ nas atividades 
dos Procuradores de Justiça, que conservam plena autonomia no exercício de seus misteres legais. STF. 
Plenário. ADI 5505, Rel. Luiz Fux, julgado em 15/04/2020. 
 
NEMO TENETUR SE DETEGERE “ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo)” 
O acusado tem o direito de autopreservar-se, o que faz parte da natureza humana, e, com isso, não produzir 
provas que vão levar à sua condenação. Ex. direito ao silêncio. 
#SELIGANAJURIS 
Eventual irregularidade na informação acerca do direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade 
relativa, cujo reconhecimento depende da alegação em tempo oportuno e da comprovação do prejuízo. 
O simples fato de o réu ter sido condenado não pode ser considerado como o prejuízo. 
É o caso, por exemplo, da sentença que condena o réu fundamentando essa condenação não na confissão, 
mas sim no depoimento das testemunhas, da vítima e notermo de apreensão do bem. 
STJ. 5ª Turma. RHC 61754/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/10/2016. 
 
A falta do registro do direito ao silêncio não significa que este não tenha sido comunicado ao interrogado, pois 
o registro não é exigido pela lei processual. 
Em outras palavras, não é porque não está escrito no termo de interrogatório que o interrogando foi advertido 
de que poderia ficar em silêncio que se irá, obrigatoriamente, declarar a nulidade do ato. 
STJ. 6ª Turma. RHC 65977/BA, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 10/03/2016. 
 
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A CF/88 determina que as autoridades estatais informem os presos que eles possuem o direito de permanecer 
em silêncio (art. 5º, LXIII). 
Esse alerta sobre o direito ao silêncio deve ser feito não apenas pelo Delegado, durante o interrogatório 
formal, mas também pelos policiais responsáveis pela voz de prisão em flagrante. Isso porque a todos os órgãos 
estatais impõe-se o dever de zelar pelos direitos fundamentais. 
A falta da advertência quanto ao direito ao silêncio torna ilícita a prova obtida a partir dessa confissão. STF. 2ª 
Turma. RHC 170843 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/5/2021 (Info 1016). 
 
#SELIGANACF 
De acordo com o art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal, “o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado”. O direito ao 
silêncio, previsto na Carta Magna como direito de permanecer calado, apresenta-se apenas como uma das 
várias decorrências do nemo tenetur se detegere, segundo o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra 
si mesmo. 
Embora seja possível ao réu mentir sobre as perguntas relacionadas ao fato delituoso, não é possível mentir 
sobre a sua qualificação pessoal, sob pena de configuração do crime de falsa identidade (art. 307, CP). 
 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Esse princípio possui um duplo significado: 
a) ninguém pode ser privado de sua liberdade e de seus bens sem o devido processo legal; e 
b) todo cidadão tem direito ao prévio conhecimento das regras procedimentais que regulam o justo processo, 
obrigando, assim, o Estado a respeitá-las. Logo, trata-se de forma de controle político da atuação estatal. 
 
Dimensão Processual ou procedimental: todo processo deve se desenvolver conforme a lei. 
Dimensão Substantiva ou material: exprime o princípio da razoabilidade ou proporcionalidade; trata-se de 
dimensão direcionada tanto ao legislador quanto ao juiz. No que se refere ao legislador, a norma estatal que 
descreve o delito e comina a respectiva pena atua por modo necessariamente binário, no sentido de que, se, 
por um lado, consubstancia o poder estatal de interferência na liberdade individual, também se traduz na 
garantia de que os eventuais arroubos legislativos de irrazoabilidade e desproporcionalidade se expõem a 
controle jurisdicional. No que direcionado ao juiz, impede atos processuais desproporcionais, tanto em relação 
ao acusado quanto em relação à acusação. 
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SISTEMAS PROCESSUAIS 
Sistema Inquisitivo: tem como marca a concentração, em uma única pessoa, das funções de acusar, defender 
e julgar. Ou seja, o juiz atuava como parte, investigava, dirigia, acusava e julgava. 
 
Sistema Acusatório: É o sistema adotado no Brasil. Nele, há separação entre os sujeitos da relação processual 
penal. Nosso sistema não é acusatório puro, e sim o não-ortodoxo, flexível ou relativo, já que o juiz não é 
mero expectador no curso do processo penal, podendo, inclusive, determinar a realização de provas. Assim, o 
sistema acusatório pode ser rígido (o juiz JAMAIS toma a iniciativa de provas) ou flexível (as partes produzem 
provas, mas, o juiz tem o poder de complementá-las, de determinar perícias). 
 
Sistema Misto ou Acusatório Formal: Caracterizado por ter uma fase de instrução preliminar secreta e 
inquisitiva, a cargo do juiz, e outra pública e acusatória, em que predomina o contraditório. Parte da doutrina 
refuta que leva em conta o inquérito na análise do sistema processual brasileiro, porque a definição de um 
sistema processual há de limitar-se ao exame do processo, isto é, da atuação do juiz no curso do processo. 
 
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI 
CPP, Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura ____, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a 
substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
a) mista. 
b) inquisitória. 
c) acusatória. 
 
APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO E NO ESPAÇO 
Lei processual no tempo: 
 
Art. 2o, CPP – Princípio tempus regit actum: “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da 
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. 
 
Efeitos: 
(1) os atos processuais praticados sob a vigência da lei anterior são considerados válidos; 
(2) as normas processuais têm aplicação imediata, regulando o desenrolar restante do processo. 
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Lei processual no espaço: 
 
Princípio da territorialidade: enquanto no CP vige o princípio da territorialidade mitigada (territorialidade 
como regra [art. 5º, CP] e da extraterritorialidade incondicionada e condicionada [art. 7º, CP]), o CPP adota o 
princípio da territorialidade ou da lex fori (art. 1º, CPP). Assim, como regra, todo e qualquer processo penal 
que surgir no território nacional deve ser solucionado de acordo com as regras processuais brasileiras. 
 
#SELIGA: EXCEÇÕES: 
a) Tratados, convenções e regras de direito internacional (art. 1º, I, CPP); 
b) Crimes de responsabilidade (art. 1º, II, CPP); 
c) Processo de competência da Justiça Militar (art. 1º, III, CPP); 
d) Processos de competência do tribunal especial (art. 1º, IV, CPP) 
e) Crimes de imprensa (art. 1º, V, CPP): 
 
#LEMBRAR que o STF entendeu como não recepcionada a Lei de Imprensa. 
 
#VAMOSPRATICAR 
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto 
Considerando o disposto no Código de Processo Penal acerca das nulidades, a legislação processual penal 
especial e a jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores, todas as alternativas estão corretas, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
Alternativas3 
A) A ausência de intimação do acusado, para apresentar contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério 
Público contra a rejeição da denúncia, constitui nulidade que não pode ser suprida pelo juízo por meio de 
nomeação de defensor dativo. 
B) É nulo o julgamento da apelação, se, após manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não 
foi previamente intimado para constituir outro. 
 
3 Gabarito: c. 
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C) No rito do juizado especial criminal, o comparecimento do acusado à audiência preliminar sem o 
acompanhamento de advogado é causa de nulidade absoluta, mesmo que o réu tenha recusado a proposta de 
transação penal. 
D) O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação do Ministério 
Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da formalidade de prévio requerimento. 
 
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto 
Considerando os dispositivos legais e constitucionais que regem o processo penal e a jurisprudência atualizada 
dos Tribunais Superiores, as afirmativas a seguir estão corretas, à exceção de uma. Assinale-a. 
Alternativas4 
A) Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, apenas os relacionados 
com o cargo, praticados por Promotores de Justiça. 
B) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à 
representação do ofendido, para a açãopenal por crime contra a honra do servidor público em razão do 
exercício de suas funções. 
C) Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação 
analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito. 
D) Considere que um crime de estupro fora praticado a bordo de uma embarcação mercantil brasileira 
fundeada no porto Mudra, na Índia. Mesmo sendo o autor do delito e a vítima de nacionalidade brasileira, não 
será aplicada a lei processual penal do Brasil por se considerar, no caso, que o delito fora cometido em solo 
estrangeiro. 
 
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto 
Considerando os princípios de Direito Processual Penal, com base na Constituição da República de 1988, no 
Código de Processo Penal e na jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores, analise as afirmativas a 
seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. 
( ) O princípio do duplo grau de jurisdição tem previsão expressa na Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos, promulgada pelo Decreto nº 678, de 06/11/1992, contudo não possui previsão expressa na 
Constituição da República de 1988. 
 
4 Gabarito: a. 
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( ) O indivíduo, que possui contra si mandado de prisão em aberto e que apresenta documento de identidade 
falso no momento da abordagem policial, não comete o crime disposto no Art. 304 do Código Penal (uso de 
documento falso), posto que está exercendo o seu direito de autodefesa. 
( ) A publicidade restrita é regra geral dos atos processuais no processo penal, ao passo que a publicidade 
ampla é exceção e ocorre nas situações expressamente previstas em lei, dependendo de decisão judicial no 
caso concreto. 
( ) Durante a investigação criminal, a defesa técnica é imprescindível, em razão da observância dos princípios 
do contraditório e ampla defesa do acusado. 
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, 
Alternativas5 
A) V – F – F – V. 
B) V – F – F – F. 
C) F – V – V – F. 
D) F – V – V – V. 
 
#JURISEMFRASES #ATUALIZAODROPS1 
 Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de 
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não 
lembra dos termos! 
JURIS EM FRASES 
INFO 744 
STJ 
O acesso ao chip telefônico descartado pelo acusado em via pública não se qualifica como 
quebra de sigilo telefônico. 
INFO 741 
STJ 
O réu fará jus à atenuante do art. 65, III, 'd', do CP quando houver admitido a autoria do crime 
perante a autoridade, independentemente de a confissão ser utilizada pelo juiz como um dos 
fundamentos da sentença condenatória, e mesmo que seja ela parcial, qualificada, 
extrajudicial ou retratada. 
Essa restrição ofende também os princípios da isonomia e da individualização da pena, por 
permitir que réus em situações processuais idênticas recebam respostas divergentes do 
Judiciário, caso a sentença condenatória de um deles elenque a confissão como um dos pilares 
da condenação e a outra não o faça. 
É contraditória e viola a boa-fé objetiva a postura do Estado em garantir a atenuação da pena 
pela confissão, na via legislativa, a fim de estimular que acusados confessem; para depois 
desconsiderá-la no processo judicial, valendo-se de requisitos não previstos em lei. 
INFO 741 
STJ 
É inadmissível a chamada "nulidade de algibeira" - aquela que, podendo ser sanada pela 
insurgência imediata da defesa após ciência do vício, não é alegada, como estratégia, numa 
perspectiva de melhor conveniência futura. 
 
5 Gabarito: b. 
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INFO 734 
STJ 
Expressões ofensivas, desrespeitosas e pejorativas proferidas pelo magistrado na sessão de 
julgamento contra a honra do réu podem configurar quebra de imparcialidade e causa de 
nulidade absoluta 
INFO 735 
STJ 
A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das requeridas 
pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada 
como atuação ex officio 
INFO 732 
STJ 
É ilegal o encerramento do interrogatório do paciente que se nega a responder aos 
questionamentos do juiz instrutor antes de oportunizar as indagações pela defesa 
INFO 730 
STJ 
O caráter do agente e motivos do crime não devem ser considerados para fins de formulação 
de quesitos do júri, sob pena de ofensa aos princípios da presunção de inocência e do devido 
processo legal. 
INFO 728 
STJ 
Excepcionalmente, admite-se a concessão da prisão domiciliar às presas dos regimes fechado 
ou semiaberto quando verificado pelo juízo da execução penal, no caso concreto, a 
proporcionalidade, adequação e necessidade da medida, e que a presença da mãe seja 
imprescindível para os cuidados da criança ou pessoa com deficiência, não sendo caso de 
crimes praticados por ela mediante violência ou grave ameaça contra seus descendentes. 
SUMULA 
501 
Não se admite combinação de leis em progressão de regime, mas há divergência do que se 
entende por combinação de leis. 
INFO 1046 
STF 
O transcurso do prazo previsto no parágrafo único do art. 316 do Código de Processo Penal 
não acarreta, automaticamente, a revogação da prisão preventiva e, consequentemente, a 
concessão de liberdade provisória. 
INFO 1043 
STF 
A decretação de prisão temporária somente é cabível quando: 
(i) for imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
(ii) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado; 
(iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; 
(iv) for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições 
pessoais do indiciado; e 
(v) não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas. 
HC 
202260 
A falta de audiência de custódia constitui irregularidade, não afastando a prisão preventiva, no 
caso de estarem atendidos os requisitos do art. 312 do CPP e observados direitos e garantias 
versados na Constituição Federal. 
AgRg no 
REsp 
1.954.056-
PR 
A readequação do bloqueio de valores não constitui reformatio in pejus, disciplinada no art. 
617 do Código de Processo Penal. 
INFO 720 
STJ 
Não configura cerceamento de defesa o fato de não se permitir que o réu que está preso 
preventivamente tenha acesso a um notebook na unidade prisional a fim de examinar as 
provas que estão nos autos. 
INFO 719 
STJ 
Juiz não pode unilateralmente alterar os prazos dos debates orais no Júri previstos no CPP; no 
entanto, isso pode ser feito mediante acordo entre as partes. 
INFO 719 
STJ 
O ajuizamento de duas ações penais referentes aos mesmos fatos, uma na Justiça Comum 
Estadual e outra na Justiça Eleitoral, viola a garantia contra a dupla incriminação 
REsp 
1.948.350-
RS 
Não há necessidade do Ministério Público, ao entender pelo não cabimento do acordo de não 
persecução penal, intimar o acusado para que esta possa recorrer da decisão, nos termos do 
art. 28-A, § 14, do CPP. 
HC 
703.978 
STJ 
É assegurado o direito ao silêncio, total ou parcial, no procedimento do Tribunal do Júri. 
Consequentemente, admite-se o fenômeno do direito ao silêncio seletivo pelo acusado. 
INFO 678 
STJ 
A interpretação do art. 112, §3°, V da LEP deve se dar de modo restritivo, considerando 
organização criminosa somente a hipótese de condenação nos termos da Lei 12.850/2013. 
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INFO 1036 
STF 
A interpretação do art. 112, §3°, V da LEP deve se dar de modo restritivo, considerando 
organização criminosa somente a hipótese de condenação nos termos da Lei 12.850/2013. 
INFO 715 
STJ 
A manutenção do monitoramento eletrônico ao apenado agraciado com a progressão ao 
regime aberto não implica constrangimento ilegal, pois atende aos parâmetros referenciados 
na SV 56. 
INFO 714 
STJ 
Avara tem o dever de fornecer informações requisitadas pela Defensoria Pública para a defesa 
das pessoas com deficiência que estejam cumprindo medida de segurança. 
INFO 715 
STJ 
O juiz tem poderes diante da omissão de alegações finais para oportunizar à parte a 
substituição do causídico ou, na inércia, para requerer que a defensoria pública ofereça as 
alegações finais. 
INFO 713 
STJ 
Em caso de conexão entre crime de competência da Justiça comum (federal ou estadual) e 
crime eleitoral, os delitos serão julgados conjuntamente pela Justiça Eleitoral. 
HC 
682633 
MG 
Não há suspensão dos prazos prescricionais em execução penal no tocante a infrações 
disciplinares, sob pena de analogia in malam partem. 
INFO 711 
STJ 
Viola o princípio constitucional da ampla defesa o indeferimento de prova nova sem a 
demonstração de seu caráter manifestamente protelatório ou meramente tumultuário, 
especialmente quando esta teve como causa situação processual superveniente. 
HC 
195371 
O artigo 122, §2° da LEP que veda a saída temporária aos condenados por prática crime 
hediondo possui natureza penal, de modo que, sendo prejudicial ao apenado, não retroage. 
SÚMULA 
273 STJ 
Súmula 273, STJ: Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária 
intimação da data da audiência no juízo deprecado 
SÚMULA 
639 STJ 
Súmula 639, STJ: Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia 
da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento 
penitenciário federal 
SÚMULA 
533 STJ 
Súmula 533-STJ: Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução 
penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do 
estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado 
constituído ou defensor público nomeado 
SÚMULA 
708 STJ 
Súmula 708-STF: É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da 
renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro. 
 
 Por hoje é só pessoal!!!! Lembrem-se que vocês nunca estarão sozinhos! 
 “Quem conquista o mar hoje está pronto para conquistar o oceano amanhã.” 
 Vamos em frente!!!! 
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