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AULA 01: INTRODUÇÃO A PRÓTESE SOBRE IMPLANTE (PSI) O implante é uma estrutura, geralmente em titânio, semelhante a um parafuso, inserida no osso por meio de uma cirurgia. Esse parafuso seria equivalente à raiz do dente, onde servirá de ancoragem para uma prótese que será fixada nele. Dividida em duas etapas, a etapa cirúrgica e a etapa protética. Etapa cirúrgica: bucomaxilo, periodontista ou o próprio implantodontista. Etapa protética: protesista + implantodontista. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPLANTES DENTÁRIOS Conexão protética (forma como a prótese se encaixa); Macrogeometria; Microgeometria; Tratamento de superfície; Altura; Largura e Formato das roscas. MACROGEOMETRIA: a macrogeometria nada mais é do que o desenho do implante. Os implantes podem ser: cilíndricos, cônicos ou cônicos com INFLUÊNCIA DA MACROGEOMETRIA O desenho do implante influencia nas tensões produzidas no tecido ósseo, sendo assim, surgiram diferentes desenhos de implantes com o intuito de estabelecer uma geometria que favorecesse o processo de estabilidade primária. Se o implante for inadequado quanto à sua macrogeometria podem ocorrer lesões em excesso no osso – levando a uma osseointegração mais demorada ou até a uma necrose celular. Exemplo: TIPO DE OSSO (I, II, III ou IV) • D1: Osso residual formado por osso cortical homogêneo, possuindo uma espessura de cortical maior. Osso teoricamente melhor para se fazer carga imediata (quando instala o implante e no mesmo momento instala uma prótese), porque se tem estabilidade primária maior, tendo assim uma resistência maior. • D2: Osso residual (formado por osso cortical espessa, circundado por osso esponjoso denso. Juntamente com o tipo 3 são os melhores para osseointegração, pois apresentam características tanto de osso cortical quanto esponjoso (medular) • D3: Osso tipo 3: osso que possui uma cortical mais fina e espaços medulares amplos presente na sua maior proporção na região anterior de maxila • D4: Osso residual formado por uma fina camada de osso cortical, circundado por osso esponjoso de baixa densidade. Tipos de células nos ossos: No osso medular tenho um número maior de células do que num osso cortical apesar das células serem as mesmas, tanto no osso cortical quanto no osso medular vamos encontrar células ósseas progenitoras, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, porém na região medular vamos ter um número muito maior dessas células e, também vamos encontrar mais vasos sanguíneos. Cicatrização e biomecânica dos implantes: O osso medular ele cicatriza numa proporção muito mais rápida do que num osso cortical, mecanicamente meu osso cortical é melhor por travar melhor o implante, mas biologicamente o meu osso medular ele é melhor que o cortical então o interessante é que meu osso não seja apenas corticalizado, mas que tenha uma porção cortical e medular também para que meu implante possa ser travado e, também para que ocorra um CRO – PROTESE SOBRE IMPLANTE processo de regeneração óssea ao seu redor de uma maneira favorável. Sobreaquecimento: O tecido cortical ele tem outro problema, ele se sobreaquece com muita facilidade por isso devo irrigar abundantemente no momento de fresagem na região do mento pois ali só tem osso cortical, já na região de tuber é um osso praticamente medular, muito cheio de vasos sanguíneos, também preciso irrigar na hora da minha fresagem, mas não tanto como na região anterior de mento. Cada região dessa terá uma densidade óssea diferente na colocação de implante; Sucesso na instalação dos implantes: Implantes instalados em osso tipo 1. 2 e 3 apresentam uma taxa de sucesso bem maior do que os implantes colocado em osso tipo 4, quando instalado em osso tipo 4 o meu implante tem que ter uma morfologia diferente e um tratamento de superfície diferente. 1.0 MACROGEOMETRIA Formato da rosca: Arredondada; triangular; quadrada; trapezoidal. Formato da rosca Facilida de de inserçã o Travame nto do implante Distribui ção das forças Indicações Arredond adas Regular Ótimo Boa Tipo III e IV Triangula r Ótima Regular Regular Tipo I Quadrada Regular Ótimo Óti mo Tipo III e IV Trapezoidais Boa Bo m B oa Ti po II 1.1 COMBINAÇÃO Também vai fazer parte da macrogeometria a presença das roscas, seu formato profundidade, largura. Eles podem ser cônicos e cilíndricos, mas pode ter diferentes alturas e largura, isso está relacionado com a disponibilidade óssea do paciente, se puder colocar um implante maior terá uma ancoragem muito melhor, porém em pacientes idosos por ex, que possuem rebordo remanescente pequeno vai se optar por um implante de menor altura. Existem os implantes curtos que alguns artigos descrevem como menores do que 7, 8, 6 vão variar, a média é trabalhar com o de 10. 2.0 MICROGEOMETRIA Tratamento de superfícies: nanotecnologia, deposição de microfilmes, plasma, tratamento ácido, superfícies bioativas etc. • Altura: varia de 5mm até 18mm. Caso não tenha muito altura para instalação do implante, irá colocar um maior de largura com menor altura. • Largura Região de molar usa 6mm, pois não tem muita altura óssea. 2.9 mm ------------ 6mm Uso mais largos: Região de molar usa 6mm, pois não tem muita altura óssea. Uso mais estreitos: perda de espaço de incisivos laterais, incisivos centrais inferiores. 3.0 CONEXÃO Trata-se da forma como a prótese se encaixa. Esses três implantes têm a mesma altura, largura, corpo, mas eles têm conexão diferente. Tipos de conexões: externa (hexagonal externa HE); Interna (Hexagonal interna HI) e interna (Cônica interna – Cone Morse CM) – Esses três implantes têm a mesma altura, largura, corpo, mas eles têm conexão diferente. • Nomenclaturas: Componente protético • Abutment • Pilar protético. 3.1 COMPONENTE PROTETICO Na prótese fixa: um dente estruído, pode ser reconstruído de diversas formas. Independente do material utilizado o que tem em comum é o formato do núcleo. Na implantodontia: o que vai valer o núcleo é chamado de componente protético cada implante vai um componente e a forma como esse componente protético ele se encaixa é diferente no que diz respeito ao formato/conexão. 3.1.1 Externa, Hexagonal externa (HE) CARACTERISTICAS GERAIS • Conexão: conexão “universal”, são bem padronizadas. Conexão de “não-precisão”, não tem a precisão de encaixe tão grande • Indicação: indicada principalmente para próteses múltiplas, não que ela não seja usada para unitária pode também, porém devido sua menor estabilização, na múltipla uma ajuda a manter a outra. • Estabilidade: menor • Afrouxamento do parafuso do implante • Gaps: Presença de micro-gaps. OBS: Não confundir Diâmetro do implante com diâmetro da plataforma do implante. EX: Diâmetro de 3.65 e uma plataforma de 4.1, como pode haver um Diâmetro de 4.0 e plataforma de 4.1 • Padronização: podemos dizer que são bem padronizadas, independente do diâmetro do implante, podem ser diferentes, mas também pode ser parecida. • Inserção ao nível ósseo: Na hora que insere o implante no osso, a plataforma fica no mesmo nível que o osso não da gengiva. • O meu componente pode ser menor, como na imagem a largura está maior do que o componente. SAUCERIZAÇÃO Pocesso biólogico de reabsorção óssea ao redor do implante, com o processo de saucerização foi perdendo osso ao redor do implante, isso ocorre devido a ausencia ou dificuldade de se obter a plataforma switch/ switching. PLATAFORMA SWITCH A plataforma switch é uma técnica a qual o diâmetro do componente utilizado é menor que o diâmetro da plataforma do implante, dessa forma cria-se um “degrau” de 90 graus entre o implante e o componente.PLATAFORMA SWTTCHING Refere- se ao uso do componente protético de diâmetro menor quando comparado ao diâmetro da plataforma do im- plante. AULA 02: 3.1.2 Interna, hexágono interno (HI) CARACTERISTICAS GERAIS • Estabilidade: maior do que o HE • Conexão: conexão de “não-precisão” • Indicação: Melhoria na indicação de próteses unitárias • Afrouxamento do parafuso do implante ainda presente, embora menos frequentemente (HI longo) • Gaps: Presença de micro-gaps assim como o HE. DIFERENÇAS Hexágono interno x Hexágono externo • Hexágono externo conexão para fora da cabeça do implante / Hexágono interno conexão para dentro da cabeça do implante • Semelhante ao hexágono externo, porém com uma conexão interna mais profunda (classificada em curta e longa) o que melhora a estabilidade principalmente o HI longo. • HI longo foi desenvolvido com o intuito de melhorar as propriedades mecânicas do que o HE. • HE sem parafuso tem uma mobilidade grande, já no HI longo ele se mexe muito menos (todos os dois vao utilizar um parafuso para fixação), só que sem o parafuso o HI longo ele já tem uma estabilidade melhor, logo a força demandada por esse parafuso ele é menor. • Tipo de conexão que está em desuso. O Cone Morse se sobrepõe ao HI. Ainda se produz HI, mesmo em desuso, porque muitos pacientes foram reabilitados com HI. 3.1.3 Interna, cônica interna (Cone Morse – cm) Histórico: Em meados da década de 1980, almejando uma maior estabilidade mecânica dos componentes protéticos, foram lançados no mercado implantes de conexões cônicas com um atrito interno entre as paredes do implante e do componente, gerando um travamento (efeito cone morse) Efeito cone morse: O atrito entre duas superfícies levemente divergentes, combinado com uma pressão criada pela força de inserção, fixa o cone macho no cone fêmea. Essa união permanece e se mantem de forma eficiente mesmo quando a força aplicada para a inserção cessa. Assim, é uma conexão muito estável e duradora. A angulação interna da parede do Cone Morse propriamente dito deve ser de 1,5 ° em cada parede, totalizando uma conicidade de 3°. Dessa forma, conexões com essas características possuiriam auto travamento por puro atrito sem a necessidade de um parafuso para gerar torque. Esse sistema foi desenvolvido: 1º Bicon- 1985 2ºAnkylos -1987 3ºFGM(Arcsys)- 2016 • Criação de várias versões desse tipo de conexão cônica interna com diferentes ângulos de conicidade, comprimento de profundidade da conexão e a presença ou não de um parafuso para guiar o travamento friccional entre as paredes do componente e do implante. • Conexões cônicas internas híbridas com presença de um parafuso e com índex interno hexagonal ou octogonal. • No cone morse existe grande variação do encaixe interno entre os fabricantes. Ou seja, diferente do HE e HI que possuem uma “padronização”, possui uma variação. É importante assim se um paciente chegar com um cone morse, que saiba o fabricante para que use os componentes do mesmo fabricante. Tem empresa que “universais”, mas não significa que encaixa em todos. • Mexendo na conicidade tem melhor distribuição de carga mastigatória • Redução e gaps “solda fria” No HI e HE existia o “micro gap”, no cone morse esse gap praticamente inexiste. Tem a solda fria, aonde o metal vai deformando a parede e não passanada. Fica muito bem vedado, tem redução do gap e consegue impedir entrada de bactéria, saliva, etc. Isso influencia no processo de saucerização (remodelação óssea ao redor do implante), é muito menor no cone morse justamente pelo impedimento da entrada de bactérias, pela plataforma switch. Muitas vantagens, pode usar também na prótese múltipla. CARACTERISTICAS GERAIS • Estabilidade: maior de conexão • Gaps: Redução de gaps-“solda fria”. Gaps existente no HE e HI (penetração de bactérias), enquanto no cone morse é muito difícil. • Conexão: conexão de precisão. • Distribuição de força: Quando tem a conexão externa, tem muita força sendo dissipada na região de parafuso, logo risco maior de fratura. No cone morse a distribuição de força é muito melhor. • Conicidade variável • Indicações: indicada para qualquer tipo de prótese principalmente unitária • Afrouxamento do parafuso raro. Diferente do HE que tem conexão universal o cone morse não, o ideal que se o paciente chega com implante cone morse trabalhar com mesma marca do implante. • Inserção óssea: infra-óssea para melhor aproveitamento dos componentes protéticos, 1 a 2mm abaixo do nível ósseo, gera um aproveitamento melhor dos componentes, e no HE e HI é ao nível ósseo. • Saucerização (Perda óssea periimplantar) reduzida, estabilidade óssea melhor enquanto no He tem remodelação óssea aumentada. • Plataforma switching: Presença da plataforma, que é o degrau que existe entre a conexão e aborda do implante, o que diminui a quantidade de remodelação óssea. Desvantagem: não existe tantos componentes para usar no cone morse, como tem no hexágono externo. Tem que pensar e planejar um pouco mais no cone morse. PERFIL TRANSMUCOSO • 1 a 2mm abaixo da margem gengival aparente • 1 a 5 mm acima da crista óssea • Comprimento variável • O perfil transmucoso, também, conhecido como colar ou cinta, pode estar ou não presente no mini-implante. Corresponde à surperfície lisa logo abaixo da cabeça, deve ficar localizado no espaço transmucoso depois de instalado o mini-implante. • É necessário para, justamente por ele ser enterrado no osso, muitas vezes precisa variar esse transmucoso para que a margem da prótese fique mais superficial possível, pode ter diferença de inserção óssea, espessura da mucosa. Então vai selecionar ele para que saia da base do implante e sua margem da prótese fiquem próxima a superfície. • Protesista seleciona o transmucoso Transmucoso grande: pode ter exposição na base da protese Transmucoso pequeno: pode bater na crista óssea e não consegue parafusar seu componente, podendo ter processo de remodelação óssea. Como seleciona o transmucoso? • Mede com sonda milimetrada da base do implante a margem gengival • Sempre o implante deve ficar 1 a 2 mm abaixo da gengiva. DIÂMETROS • Incisivo lateral, incisivo inferior: 3,5 • Molar, incisivo inferior: 4,5 Exemplo: Em 1º molar inferior para reabilitar, na sonda mediu 3mm qual das opções selecionaria? Sempre o implante deve ficar 1 a 2 mm abaixo da gengiva. Se mede 3mm de altura, não pode trabalhar com transmucoso de 3mm porque significa que a margem da prótese vai ficar no nível da gengiva, qualquer detalhe vai ver o metal. Se colocar um de 4mm de altura vai ver parte do metal exposto em boca. Nesse caso pega de 4,5mm diâmetro /2mm altura. Perfil de emergência: forma como a protese sai da gengiva. • Exemplo: Componente de 4mm de altura e clinicamente essa base está exposta, se colocar prótese em cima vai ficar aparecendo esse metal. • Conduta: trocar esse componente para um transmucoso menor para ver somente coroa. MEDIDOR DE TRANSMUCOSO • Com sonda não é a melhor forma para medir para o cone morse. • O HE e HI estão mais superficializado a sonda até funciona bem, mas para o cone morse ele está enterrado os 2mm existe os medidores de transmucoso. • Encaixa o medido dentro do cone, e este deve ser especifico da marca que vai trabalhar. Implante da Straumus: muito diferente dos outros. Padrão ouro, porem mais caro. Exemplo: Transmucoso – 1 a 2mm abaixo da margem gengival, não observa parte metálica. Teoricamente não tem problema de ficar + de 2mm abaixo da gengiva, porem se pega um transmucoso muito pequeno também, como seu implante está enterrado essa base podeficar para dentro da crista óssea, logo não consegue parafusar o componente do implante pois o transmucoso esta muito pequeno. ETAPA CIRURGICA 1. ETAPA CIRURGICA Instalação do implante. Osseointegração: 3 a 6 meses dependendo do tipo ósseo. Vedamento do implante com cover (tapa implante até o período de osteointegração do implante). Encaixada no implante, suturada e fechada com gengiva por cima. Impede a entranda de detritos entrem no implante e no futuro possa atrapalhar. 2. ETAPA CIRÚRGICA ou PRÉ ABERTURA RADIOGRAFIA PERIAPICAL: observar o vedamento do implante com cover e sua localização. Clinicamente não se observa nada. 3. LOCALIZAR A TAMPA: Sonda exploradora, agulha, sonda milimetrada. Pode ir tateando, perfurando tecido para sentir onde está. 4. ACESSO: ponta diamantada, lâmina de busturi, bisturi circular, acesso linear, Acesso com retalho- bisturi (área de difícil acesso ou não tem a tomografia. Precisa sutura) – nessa ordem das figuras. 5. DESPARAFUSAR O COVER: depois do acesso realizado. Kit para remoção total de implante, instrumento de implante dentário para remoção de equipamentos e cirurgia: Vista do cover e acesso do encaixe da chave e remoção do cover. OBS: durante o procedimento de remoção colocar gaze em cima da lingua para paciente não engolir essa tampa. CICATRIZADORES O componente de cicatrização também pode ser chamado por outros nomes como: healing abutment, tampa de cicatrização, cicatrizador, cover, cover screw (tampa do implante). Normalmente quem realiza é o cirurgião. • Cover: fica enterrado na 1º etapa cirurgica p/ tampar implante. • Cicatrizador: fica exposto na cavidade, normalmente colocado na 2º etapa cirúrgica. A escolha da colocação do cover ou do cicatrizador vai depender da região que se está trabalhando e do travamento do implante. • Implante não travou bem: colocar cover. Se colocar o cicatrizado na hora que o paciente mastigar vai incomodar. • Implante travou bem: pode colocar o cicatrizador direto. • Implante travou ótimo: pode colocar a prótese provisória de imediato. OBS: Tomografia consegue observar densidade óssea, então tem uma previsibilidade se este implante vai travar bem ou não. Cicatrizador de implante, instalado enquanto ocorre a osseointegração / retirada do cicatrizador para instalação da coroa definitiva. REABILITAÇÃO PROTÉTICA • Profissional: cirurgião, normalmente chega já cicatrizado para o protesista para realizar a reabilitação. • Cicatrização demora 7 a 15 dias depois da remoção do cicatrizador. CICATRIZADORES PERSONALIZADOS Os implantes podem ser classificados de acordo com o tempo de sua instalação. Os implantes tardios são realizados quando o osso está completamente cicatrizado, ou seja, após 3 meses após a extração. Os implantes precoces ocorrem entre um mês de extração, quando a gengiva já cicatrizou e menos do que três meses, quando o osso não cicatrizou completamente. A técnica mais rápida existente é a de carga imediata, em que a colocação do novo dente pode ser feita em até 72 horas após a colocação do parafuso de titânio. O paciente precisa ter resistência óssea no momento da instalação. Caso ele for adequado, pode ser feita a carga imediata. Se não for, deve- se seguir o protocolo tradicional, de esperar o processo de osseointegração. Quando feita a instalação de um implante imediato pode se optar entre a instalação de uma coroa provisória clínica, um cicatrizador ou pode se optar pelo fechamento do implante para um tratamento em duas etapas cirúrgicas. Os implantes recebem parafusos ou cicatrizadores padronizados e, mantidos submersos ou expostos, não previnem a descaracterização do contorno cervical das coroas dentárias naturais. O uso de cicatrizadores personalizados sela os implantes e leva a uma cicatrização individualizada, que favorece a confecção das coroas subsequentes. O resultado clínico é mais estável, com mais conforto para o paciente, estabilidade dos tecidos peri-implantares e prevenção de traumas sobre esta área delicada. Existem cicatrizadores personalizados, não é a forma como a prótese sai do implante, vai precisar confeccionar o perfil de emergência e já pode confeccionar isso na etapa de cicatrizador. Pode colocar resina acrílica, resina flow, materiais plásticos e tem um formato de como quer que sua prótese saia da gengiva. Indicação: muito utilizado em casos de extração imediata, colocou implante e pode copiar a anatomia e colocar cicatrizador direto e personalizar ele. PLANEJANDO A REABILITAÇÃO • Direto na cabeça do implante: prótese diretamente encaixada na cabeça do implante (coroa parafuso e implante). • Utilizando intermediários protéticos: no implante encaixo o pilar protético, e coroa vai a cima do pilar protético parafusada (coroa, componente protético, parafuso, implante) DIRETO NA CABEÇA DO IMPLANTE VS UTILIZANDO INTERMEDIARIO CIMENTADA VS PARAFUSADA UNITÁRIA VS MULTIPLA ESQUEMA AULA 03: ESTRATEGIAS DE REABILITAÇÃO EM PSI RESUMO Imediatamente após a operação o implantodontista vai por o cover, vai esperar o período de 3 a 6 meses. Após esse período, vai reabrir, vai se instalar o cicatrizador, que fica cerca de 7 a 14 dias, e após esse período o protesista inicia a reabilitação protética, com a gengiva relativamente bem condicionada. INICIANDO A REABILITAÇÃO PROTÉTICA • Pode se reabilitar a prótese direta no implante, ou utilizar os intermediários protéticos, o profissional fará essa escolha. • As próteses pode ser múltipla ou unitária, contudo, aqui não será uma escolha do profissional, e sim uma condição do caso. • Pode ser cimentada ou parafusada, que também é uma escolha do profissional. REABILITAÇÃO DIRETA NA CABEÇA DO IMPLANTE Componentes: (coroa, parafuso e implante). 1ºCoroa se encaixa no implante -> 2º vem com parafuso. Quando se tem um implante, independente de ser um HI, HE ou cone morse, com um componente protético conhecido como UCLA – componente mais simples, básico e versátil da prótese sobre implante. É um componente que é instalado direto no implante. Formado por um plástico (parte branca) e o prótese insere a coroa de forma que coroa é diretamente parafusada no implante – não tem algo intermediário entre a coroa e implante. UCLA Universal Castable Long Abutment. É um cilindro plástico calcinável (que vai ao fogo e derrete, e aquilo que é plástico se transforma em metal ou cerâmica). A cora se encaixa em cima do implante, e o profissional passa o parafuso por dentro. Componente que é instalado direto no implante e essa parte branca é um plástico que o protético encera a coroa de cera e funde isso com objeto metálico ou de cerâmica de forma que no formato do enceramento. A coroa é diretamente parafusada no implante. TIPOS • Totalmente calcináveis (totalmente plásticos). Durante a fundição a distorções, fica gaps o que pode infiltra bactérias, sangue, saliva. Deve ser evitado ao máximo, não tem boa adaptação. • Calcináveis de base metálica (liga de cobalto cromo). Melhor, porque é encerado vai ao forno, pode ter alguma distorção, mas não é distorcido suficiente para causar uma desadaptação no hexágono externo. CARACTERÍSTICAS • Fácil e pratico • Versatil: porque pode ser reabilitar com ele prótese unitária, dois elementos, de vários elementos (protocolo) • Barato • Base metálica vs totalmente calcinável • Comum de ser utilizada em HE, deve ser evitado em Cone morse Quando se funde um objeto totalmente calcinável hádistorções durante a fundição, então, a adaptação entre a base fundida e o implante fica um gap relativamente grande, que pode entrar bactéria, sangue, saliva. Por isso que o cilindro totalmente calcinável deve ser evitado ao máximo – não tem uma boa adaptação. Por isso, que quando usar a UCLA usar com a base metálica. Em reabilitações diretas na cabeça do implante, corre o risco do parafuso faturar, e se isso acontecer tem-se um acesso mais difícil, e riscos de danificar a rosca interna e ficar preso. Por isso que existem varias técnicas para tirar o parafuso de dentro, mas há o risco de perder a reabilitação e iniciar do zero. REABILITAÇÃO COM INTERMEDIARIOS PROTÉTICOS Componentes (coroa, componente protético, parafuso, implante). No implante encaixo o pilar protético, e coroa vai a cima do pilar protético parafusada. 1º Intermédiario protético no implante -> 2ºParafuso -> 3º Coroa -> 4º Parafuso Há um intermediário (Abutment), que vai ser encaixado no implante no local da coroa, tem-se um parafuso para prender o abutment ao implante, e em cima dele é que a coroa se encaixa e vem um segundo parafuso que fixa os dois. CARACTERISTICAS – COM ABUTMENT vs DIRETO NO IMPLANTE • Adiciona o custo do abutment • Observar a distancia interoclusal - se os implantes estão instalados na mesma altura e tem pouco espaço interoclusal , não da pra montar uma coisa em cima da outra. As vezes a única opção é trabalhar direto na cabeça do implante. • Facilita grau de intercorrencia, mais cara. • Desvantagem de requerer mais distância interoclusal • Parafuso da coroa é mais frágil • Maior facilidade em casos de fratura de parafuso. PARAFUSO DO INTERMEDIÁRIO ( 1º PARAFUSO DO ABUTMENT) X PARAFUSO QUE FIXA A COROA DIRETO NO IMPLANTE Parafuso do intermediário: • Parafuso que fixa o abutment é muito menor, delgado, frágil propositalmente, caso fraturar, frature o parafuso. Muito melhor. • Mais superficializado, mais facil de visualizar. A dificuldade técnica de remoção é semelhante. Remove o parafuso quebrado, remove coroa e troca o parafuso e o aboutment se tiverem sido danificado e repoe mesma coroa. • Chance de reversibilidade maior. Parafuso que fixa a coroa direto no implante • Se fratura tem que remover de dentro do implante, risco de perder o implante e perde a reabilitação. UNITÁRIA vs MULTIPLA • Protese unitária – Prótese com um único elemento dentário • Prótese múltipla – É uma prótese mais de um elemento dentário. COMPONENTES PARA PRÓTESES UNITÁRIAS • Em próteses unitárias, seja ela anterior seja posterior, a mecânica é mais complexa. A chance de folgar o parafuso ou fratura. • Na unitária a força no parafuso para segurar é maior. • Precisam possuir um sitema antirotacional • Alguns componentes possuem opção de rotacional ou antirrotacional. SISTEMA ANTIRROTACIONAL X ROTACIONAL • Antirrotacional: Não gira, tem hexágono na parte interna. A coroa vai de encaixar de um único jeito dentro do hexágono e depois de encaixado e parafusado não consegue gira por 2 motivos: tem um parafuso fixando e 2º por conta das paredes. • Indicação: proteses unitárias. • Rotacional: Na parte interna não tem hexágono é um circulo, se encaixar e girar ele gira, e é feito assim para reabilitar protese multiplas. • Indicação: proteses multiplas (reabilitação de 2, 3 elementos ou protocolo). COMPONENTES PARA PROTESES MÚLTIPLAS Outros componentes são exclusivamente rotacional ou antirotacional Mini pilar: rotacional, utilizado para realizar protocolo. Se encaixar ele em um implante unitário e reabilitar em uma protese unitária, consegue porem vai folgar muito rápido porque toda carga vai esta dependendo do parafuso minúsculo. Qualquer carga fora do longo eixo dele vai tender a força esse parafuso e ele vai folgar. A coroa não copia essa anatomia, por mais que pareça não é um sistema antirrotacional. Coroa sai da base passa direto e fica vazio no meio, então se gira a coroa ela gira, pois não está retida nesse espaço. Dependendo único exclusivamente do parafuso, se fez reabilitação unitária vai folgar com certeza, precisaria de outros elementos unindo essa reabilitação. COMPONENTES MULTIFUNCIONAIS Funcionamento: O mesmo componente pode reabilitar próteses unitárias e múltiplas o que vai mudar é o sistema de encaixe dele. 1º imagem: Sistema de encaixe que não enconsta nas paredes (próteses múltiplas, gira). 2º imagem: sistema que copia internamente (não gira, esta travada). PROTÉSES CIMENTADAS X PARAFUSADAS PROTESE CIMENTADAS • Existe parafuso, mas não é parafuso que vai reter a coroa. Tem pilar (aboutment) que vai se encaixar no implante e for parafusado e coroa não é parafusada ela é cimentada. • Sequência: 1º Implante -> 2º pilar -> parafuso -> Coroa (cimentada). • Clinicamente: Quando olha parece dente normal, não sabe olhando clinicamente não sabe que é uma protese sobre implante • Desvantagens: dificil manutenção, remoção de cimento. • Resquicios de cimento pode gerar periimplantite • Indicação: mal posicionamento do implante. • Exemplo: está com cicatrizador que seria removido e faria todas as etapas, finalizou a coroa é cimentada. PROTESE PARAFUSADA • Sequência: Direta e Intermediário • Clinicamente: deve se observar a transição, pois precisa muitas vezes fazer a manutenção da protese. Se o parafuso folgar, acessa e reaperta o parafuso. Se tiver uma perimplatite, acessa, tira o parafuso, coroa, pilar e trata e reposiciona novamente depois do tratamento. • Exemplo: Quando a coroa é parafusada precisa ter um canal de acesso para esse parafuso passar e fixar essa coroa. Depois observa esses orofícios, precisa tampa-los com resina composta, da pra ver a diferença de cor, de material. FOLGA DO PARAFUSO • Parafusada: Acessa e reaperta • Cimentada: Remove a coroa cimentada com saca protese e é muito dificil sair. Manutenção é muito mais dificil é arriscado ter que refazer o tratamento. Quando isso ocorre existe 2 possibilidade: supõe ou faz tomografia, acessa, desparafusa e vem a coroa e pilar junto (pois estão cimentado), troca o parafuso ou reaperta. Essa prótese que era antes cimentada vai se transformar em parafusada porque vai ter que restaurar. O difícil é quando não acha o parafusa, desgasta a coroa inteira, muitos casos troca coroa, componente, reaperta. Exemplo: prótese reabilitada unitária parafusada com implante vestibularizado. Se for fazer prótese parafusada o acesso sai por vestibular. Posicionamento ideal x Posicionamento inadequado VESTIBULARIZAÇÃO DO IMPLANTE • Causas: mal posicionamento por erro do profissional ou que só tinha aquele local com tecido ósseo para sustentação do implante. • Resolução com coroa cimentada: Implante, abutment, coroa , parafuso e acesso saindo por vestibular. Resolução: ao invés de fazer uma coroa, fazer um copen (parte reduzida da coroa) e está infraestrutura é parafusado no abutment e coroa vai ser cimentada. • Dessa forma mesmo mal posicionada, não tem acesso ao parafuso se tivesse sairia por vestibular, mas nesse caso o acesso do copen a coroa ta cimentada ta fechando tudo. • Sequencia: Implante, abutment, copen e parafuso fixando copen, cimenta a coroa sobre o copen e resolve problema estético. Se parafuso folgar continua tendo aquela desvantagem de manutenção. • Prótese anterior cimentada o acesso não ta por palatina provavelmente. COPEN • Pode ser confeccionado de zircônia, pois é um dos únicos materiais que tem excelente biocompatibilidade do tecido periodontal, tende a simular muito mais a raiz, estética perimplantar melhor.Quando coloca cerâmica comum (feldspatica, silicato de lítio) o tecido periodontalse enrosca. • Faz também esse tipo de reabilitação não porque está mal posicionado, mas porque quer esse perfil gengival mais bonito, estético. • Indicação de copen: mal posição de implantes e perfil gengival estético. RESUMO Opte pela prótese parafusada por questões de manutenção e cimentada em caso de implantes mal posicionados quando não quer ver aquele parafuso por vestibular.