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1 Implantodontia Perda dos dentes naturais: Existe um processo natural de perda dos dentes, embora que tome medidas de controle de saúde e que esteja diminuindo esse processo percebe-se que é enorme a quantidade de pacientes que ficam dentados parcialmente, até uma condição de edentado parcial. Quem são os candidatos a Implantes? - Pacientes dentados parciais; - Pacientes edentados totais. Opções reabilitadoras Prótese parcial fixa (PPF): Excelente opção de tratamento para reabilitar grandes destruições coronárias ou alguns espaços desdentados, desde que os dentes pilares tenham tratamento endodôntico e requeiram coroas protéticas. Não fazer desgaste em dente saudável para ele ser pilar de prótese fixa. Prótese parcial removível (PPR): - Muito usada; - Excelente opção de reabilitação, mas tem suas limitações, que são funcionais (própria mobilidade ou falta de estabilidade em alguns casos, principalmente em classe I de Kennedy), estéticas (presença de grampos) e questão de conforto; - Ótimo custo-benefício, mas não é a primeira indicação para o paciente, se ele tem condições ósseas, sistêmicas e financeiras para a reabilitação com implantes. Prótese total removível (PTR): - O desempenho mastigatório de quem usa prótese comparando com quem não usa é de 15%; - A prótese superior é mais tranquila, mas a inferior é mais complicada, por conta de retenção e estabilidade, então, muito desdentados totais param de usar a prótese inferior com ± 2 anos de uso; - Desdentados totais também possuem problemas nutricionais na maioria dos casos, pois passam a ter uma dieta rica em carboidratos e alimentos mais pastosos, em detrimento de alimentos que tenham mais proteínas (como carnes), por causa de dificuldade de uso, onde adquirem problemas sistêmicos, sobrepeso, problemas intestinais, etc; - A questão social também é importante, pois os usuários possuem vergonha e deixam de fazer as coisas. Prótese sobre implantes: - Consegue resolver o problema de maneira específica, não envolvendo os dentes adjacentes do paciente; - Carga imediata: quando faz a instalação do implante, precisa ter um bom travamento (acima de 32/35 newtons) e se coloca uma coroa provisória parafusada ou cimentada sobre esse implante (que tem estética imediata), mas não pode estar em função, senão o paciente vai perder esse implante (quando o paciente realiza o fechamento da boca em máxima intercuspidação habitual – MIH ou movimentos protrusivos, a coroa não toque nos dentes antagonistas e não tenha contato proximal com os dentes adjacentes, para ela ficar inerte e não levar nenhuma força danosa ao implante durante a osseointegração). - Osseointegração: maxila: em torno de 5/6 meses; mandíbula: em torno de 3/4 meses. → Geralmente, os primeiros molares inferiores são dentes a serem perdidos, pois são os primeiros dentes que erupcionam; → Quando perde um dente e não reabilita, a tendência é que os dentes adjacentes migrem para o espaço e o antagonista tenha uma extrusão e tente ocupar esse espaço desdentado (por causa de um dente, pode colocar em colapso toda a arcada dentária do paciente). → As reabilitações implantossuportadas sempre são a primeira opção reabilitadora para todo paciente que perdeu um ou mais dentes. - As condições financeiras faz com que os implantes não sejam utilizados para todos os casos. Existem também algumas contraindicações sistêmicas, mas são muito poucas. 2 - Reabilitação de pacientes totalmente edêntulos com prótese tipo protocolo; - Prótese tipo protocolo: reabilitar a maxila e/ou mandíbula totalmente edêntula por meio de 5 ou 6 implantes na maxila e 4 implantes na mandíbula (entre os forames mentonianos). - ± 24 dentes de resina ou porcelana (maior custo) e gengiva artificial de resina acrílica; - Protocolos dentogengivais metaloplásticos é o que são mais usados (possuem uma infraestrutura metálica que é recoberta por resina na gengiva e dentes em resina). → O implante é o melhor tratamento reabilitador, mas não é usado e todos os casos, sendo o financeiro um grande fator limitante. Assuntos abordados Histórico da Implantodontia: - Indicações e contraindicações. Princípios da osseointegração: - “Como o implante vai ficar grudado no osso”; - Osseointegração: processo de cicatrização do tecido ósseo ao redor do implante. - Osteoclastos, incialmente, removem toda a sujeira que fica ao redor dos implantes (partículas ósseas, fresagens, “osso queimado” que fica por conta da fresagem, osso necrótico) e depois tem a reação inflamatória “mais saudável”, que é a presença de fibrina, osteoblastos que se transformam em osteócitos, osteócitos depositam ao redor dessas espiras dos implantes fazendo osseointeração (união rígida do osso ao redor do implante), fazendo com que o implante não saia mais do osso. Planejamento em implantodontia: - Pensar primeiro na prótese, depois no implante (paciente espera a prótese/estética); - Planejamento reverso: fazer uma previsão da prótese e a partir dessa previsão, colocar os implantes na posição tridimensional adequada, para que esses implantes permitam que seja confeccionada a prótese da maneira desejada -> fazer um guia cirúrgico; - Download do Dental Slice. Tipos de implantes: Plataformas protéticas: haxágono interno, hexágono externo e cone morse. Técnica cirúrgica: - Técnica de colocação do implante e de fresagem; - O mais importante é o planejamento, a técnica é fácil. Implantes imediatos e carga imediata: - Mais usado em reabilitações de implantes de dentes anteriores; - Proporcionar bom travamento do implante (acima de 35 newtons); - Pensar na preservação do alvéolo (ex. não estragar a papilar) -> cirurgia atraumática. Acidentes e complicações: - Sucesso do implante: 99% em mandíbula de 95% em maxila; - Causas: doença periimplantar e posição do implante. 3 Diferença básica entre implante ≠ dente natural: - O dente natural tem ligamento periodontal (se movimenta) e o implante tem anquilose (não movimenta); - Quando fazemos MIH, os dentes naturais intruem e o implante não, pois tem uma anquilose; - Sempre que for fazer reabilitação unitária, os contatos oclusais da coroa unitária devem ser mais fracos do que os contatos oclusais os dentes adjacentes, pois quando o paciente fizer apertamento (MIH), possa equilibrar as forças/contatos oclusais, tanto com os dentes naturais, tanto com o implante (para que as forças sejam igualmente distribuídas). Introdução à prótese sobre implantes: Coroa aparafusada (menos estética, mas é reversível) ou coroa cimentada (+ estética e não é reversível). Pilares protéticos: - São intermediários entre o implante e a coroa protética; - Existem os para próteses aparafusas e os para próteses cimentadas; - Sempre em coroas cimentadas, embaixo delas vai ter um pilar protético aparafusado ao implante e a coroa vai ser cimentada ao corpo desse pilar protético, que deve lembrar um preparo total; - No caso de coroa aparafusada, posseum dois sistemas de aparafusamento. Tem o pilar protético (intermediário), que é 100% das vezes aparafusados ao implante e a coroa protética vai ser aparafusada sobre a cabeça/plataforma do pilar. Na maioria das vezes, o pilar tem uma rosca interna que permite a aparafusação da coroa sobre ele. Moldagem em prótese sobre implante: Usam-se transferentes e saca eles em uma moldagem. Etapas Primeira etapa cirúrgica: cirurgia para colocação dos implantes. - Vão ficar subgengivais: - Mandíbula: em torno de 4 meses; - Maxila: em torno de 5 a 6 meses. Segunda etapa cirúrgica: colocação do cicatrizador. Cicatrizador: pininho metálico que vai unir o implante a cavidade oral e o tecido gengival vai cicatrizar ao redor desse cicatrizador para que inicie a reabilitação protética (3ª fase). Reabilitação protética. Etapa cirúrgica (1ª etapa cirúrgica) Procedimentos: 1- Anestesia; 2- Incisão e rebatimento do retalho;3- Perfuração; 4- Instalação do implante e colocação do parafuso de cobertura; 5- Sutura. Incisão: - Sobre a crista óssea; - Atingindo periósteo. Descolamento do retalho: - Retalho de mucoperiósteo; - Remoção de todo tecido mole na região a ser colocada o implante. 4 Perfuração: -> quem determina a posição do implante é a prótese. - Broca espiral de 2,0 mm; - Movimento de vai e vem; - Determinar a profundidade planejada; - Indicador de direção 2 mm; - Qualquer correção utilizar a broca espiral de 2,0 m. → Vai aumentando o diâmetro da perfuração. Instalação do implante: Baixa rotação 15-20 rpm. - Tem um motor específico (é um pré-requisito). Tem um contra ângulo específico também e o kit cirúrgico. Instalação do parafuso de cobertura: - Chave manual; - Irrigação constante. Sutura: - Sem tensão; - Fechamento primário. 2ª etapa cirúrgica: colocação do cicatrizador Incisão: Reabertura. Remoção do tapa implante/colocação do cicatrizador: Cicatrizador: pininho metálico que vai permitir a comunicação entre a plataforma do implante e a cavidade oral. - Paciente fica com ele até o momento da colocação do pilar protético; - Ficar no máximo de 7-15 dias. Reabilitação protética -> O pilar protético é aparafusado no implante 5 -> Coroa protética que é aparafusada ou cimentada sobre o pilar protético. -> Cinta protética: - Próteses múltiplas/protocolo: fica no nível gengival; - Próteses unitárias ou área estética: fica 1 mm subgengival. Histórico da Implantodontia A partir da década de 60, com os estudos do Prof. Brenemark, foi um marco na Implantodontia e mudou tudo para melhor. Ele descobriu um material biocompatível que realmente funciona para ancorar ou sustentar uma prótese, pois o que se tinha até a época não dava certo, porque a maioria dos materiais que tentavam implantar não eram biocompatíveis e sim ligas de diferentes materiais obtidos por rejeição, mas a maioria era rejeitado, formava fibrose e oxidava. Atualmente, o titânio é utilizado. Substituição de dentes: - Estabelecer função (ex. mastigação); - Reestabelecer estética; - Reinserção social. Osseointegração: União rígida do osso com o implante (material biocompatível, que no caso é o titânio). Idade antiga: - Civilizações egípcias, pré-colombianas (incas, maias, astecas) e chinesas – 3200 AC; - Utilização de dentes esculpidos em diferentes materiais para substituir dentes perdidos (amarravam os dentes naturais). Egito Antigo: tentativas de implantar diversos materiais em substituição aos dentes perdidos. - Dentes de escravos ou de pessoas de baixa renda que vendiam seus dentes; - Dentes de cabras, cães e macacos. -> Fazia muito isso depois do falecimento da pessoa, pois desejavam uma vida boa para as múmias. Idade média/moderna: - Albucais: reimplantes -> tentavam reimplantar os dentes perdidos; - Ambroise Paré: reimplantes em avulsões traumáticas; - 1615 – Louis Guyon: recolocação de dentes fixados por fio. Idade comtemporânea: evolução – aconteceu + rápido. - 1807 – Maggiolo: raiz metálica de ouro; - 1887 – Harris: implantes de platina; - 1913 – E.J. Greenfild: implantes de platina e irídio; - 1932 – Brill: raízes de porcelana; - 1939 – Strock: implantes de vitralium (quase deu certo, liga parecida com a PPR – Cobalto Cromo). Classificação * Existem relatos de tentativas de substituição de dentes em 4.000 a.C. 6 -> Implantes justa-ósseos/subperiostais (ficavam sobre o osso); -> Transósseos (materiais bicorticalizados -> transpassavam todo o osso); -> Implantes endósseos (usados hoje em dia). - Laminados: lâminas de alguma liga metálica que era inserida no osso; - Agulhados: agulhas inseridas no osso e as próteses eram confeccionadas entre elas; - Cilíndricos: 1960/1965 – Implantes osseointegrados. Implantes subperiostais: - Tem uma armação metálica e como se fossem pilares protéticos, substituindo uma coroa preparada (formato semelhante), para a coroa protética ser cimentada sobre essa estrutura; - Primeiro estágio cirúrgico: abertura do retalho -> moldagem óssea -> enviava ao protético, ele fazia enceramento e fundição da estrutura metálica; - Segundo estágio cirúrgico: reabertura -> adaptação da estrutura sobre o tecido ósseo -> sutura do retalho sobre a infraestrutura (por isso o nome subperiostais, pois fica implantado entre o tecido ósseo e a fibromucosa que o recobria); - Em cima ficava a parte destinada para a reabilitação protética, onde o CD moldava, para depois cimentar uma PT sobre a região; - Raríssimos casos de sucesso. Implantes Endo-ósseos I: -> 4 formatos, mas as agulhas e lâminas eram de alguma liga metálica. - Agulhas (Scialon, 1962); - Lâminas (Linkow, 1967); - Parafusos (Tramonte, 1965/Linkow, 1966/Tramonte, 1965/Heirinch, 1971); - Tinham formato muito próximo com os atuais, era um parafuso mesmo e de titânio. - Cilíndricos (de titânio e o usado atualmente). Implantes agulhados: - As agulhas eram inseridas no osso a base de martelada mesmo, eram instaladas em três agulhas e com formato de tripé (ex. tripé de uma máquina fotográfica); - As agulhas eram instaladas de forma divergente para terem sustentação da coroa protética e quando chegavam mais próximas da superfície oclusal ou da região coronária, as agulhas convergiam e tinham uma dobra para representar como se fosse à porção coronária de um dente preparado. Implantes laminados: - São lâminas de diferentes materiais, que eram inseridas no osso (eram lâminas fundidas e o protético fazia de acordo com o espaço desdentado); - Incisão, abertura do retalho -> descolamento -> exposição do tec. ósseo -> abertura no osso (instrumental tipo cinzel que batia no osso com um martelinho), de modo que o CD conseguisse abrir um espaço para a lâmina se encaixar dentro do tec. ósseo; - Raríssimos casos de sucesso. → Hoje, não tem como fazer uma união de um implante com o dente, pois o implante é uma anquilose no osso, não existe movimento nele e os dentes naturais sofrem movimentação por causa do ligamento periodontal. 7 Implantes endósseos cilíndricos: - A implantodontia moderna começou com os estudos do Prof. Brånemark; - Formato de roscas, que ajuda na parte de distribuição de esforços mastigatórios; - Titânio: material totalmente biocompatível, que permite a posição do tecido ósseo a esse material; - Todo um sistema elaborado a partir das décadas de 60/70, que permite o aparafusamento da prótese ao titânio; - Tem uma osseointegração verdadeira, que é a posição do tecido ósseo ao implante. Osseointegração - Prof. Brånemark: personagem que mudou a história da reabilitação oral. Foi um médico ortopedista sueco. 1960: estudo “in vivo” – câmera de titânio puro inserido na tíbia de coelho. - Seu foco não era implantodontia, estava estudando a microcirculação/microvascularização em tíbias de coelho e de cachorro. Mas, para isso, utilizava cânulas de titânio, onde acoplava câmeras. Percebeu que depois de um certo período, não conseguia remover as cânulas das tíbias e a partir dai começou a entender e mudou o foco de sua pesquisa. -> Percebeu que a câmera não podia ser removida do osso adjacente; -> O titânio se tornou completamente “incorporado ao osso”; -> Titânio (Ti) é o melhor material para a reposição radicular artificial; -> Em 1965, quando descobriu, começou fazer pesquisas exclusivamente para a cavidade oral. Foram feitas incialmente implantações em cães, reabilitando eles, para fazer teste de carga e para comprovar a efetiva osseointegração; -> Em 1965 também começou a estudar em humanos e após 10 anos, em 1975, publicou o 1º trabalho. A osseointegração pode ser definida dependendo do aspecto que tem como ponto de vista: Paciente: um implante está osseointegrados se ele promove estabilidade e imobilidade ao suportar uma prótese sob carga funcional, sem provocar dor, inflamaçãoou perda do elemento protético. Biológico: é uma ancoragem direta do osso a um corpo implantado, o qual pode proporcionar uma fundação para suportar uma prótese; tem a possibilidade de transmitir forças oclusais diretamente ao osso. Outra definição: processo pelo qual a fixação rígida e assintomática de um material aloplástico no osso é obtida e mantida durante a função. → Existem vários tipos de implantes (dedos, mãos, pés, faciais, etc) e os princípios são os mesmos para todos. Hoje em dia, as estruturas desses implantes passaram por diversas modificações para reabilitar qualquer dente/espaço desdentado. Desde a parte de tratamento de superfície (antes eram lisas e o tempo da osseointegração é maior), hoje são superfícies tratadas/jateadas e possuem como vantagem a criação de microporosidades, o que aumenta a adesão das células osteoprogenitoras, a superfície de contato, e, consequentemente a rapidez da osseointegração; criação de plataformas protéticas; diferentes diâmetros -> tudo paa conseguir ter versatilidade nas reabilitações protéticas. 8 Biologia da osseointegração Três células básicas são as que mais vão atuar nesse processo de aposição óssea e a ocorrência da osseointegração: Osteoclastos: função de reabsorção óssea e remoção de impurezas. São extremamente importantes no processo de osseointegração. - Ex. removem as sujeiras da perfuração óssea durante o ato cirúrgico; - Sem eles, a chance de falha na osseointegração é muito grande, pois agem no começo fazendo a limpeza e permitem que as células osteogênicas (osteoblastos que viram osteócitos) possam fazer a diferenciação celular e manutenção do tecido ósseo. -> Os bisfosfonatos inibem a atividade os osteoclastos e para a implantodontia isso é muito ruim. Osteoblastos: primeiras células osteogênicas que chegam. Secretam colágeno, matriz óssea e quando secretam essa matriz, ficam “presos” lá e se transformam em osteócitos. Osteócitos: células responsáveis pela manutenção da saúde do tecido ósseo. O que acontece quando o implante é colocado: A) Ocorre um hematoma próximo das roscas (ocorre uma hemorragia e tem a eliminação dela e dos restos necróticos por causa dos osteoclastos. Tem reação inflamatória grande no local); B) Após 3 semanas, os osteoblastos começam a formar matriz óssea; C) Após 4 meses, a matriz óssea está mineralizada e o osso organizado em lamelas, muito próximo ao implante (atualmente, pode falar de 2 á 3 semanas); D) Falha na ossointegração (alguns motivos podem causar essa falha no processo de aposição do tecido ósseo e tem a formação de tecido fibroso -> por carga excessiva, fresagem sem os devidos cuidados (ex. velocidade, muito alta do motor, não torque). Torque: capacidade retentiva do implante dentro do osso (o quanto ele está preso lá dentro) ou quantidade de força que faz para coloca-lo dentro do osso/de força que ele exerce dentro do osso por conta de seu travamento. Fatores importantes para ocorrer o processo de osseointegração: 1- Material do implante – biocompatibilidade; 2- Desenho do implante; 3- Ausência de calor durante a perfuração; 4- Ausência de carga durante a cicatrização (?) – não é uma verdade absoluta, pois pode ter desde que a carga seja controlada e o implante tenha estabilidade primária dentro do osso (32 até 45- 50 newtons de torque). 1- Material do implante – biocompatibilidade: - Titânio comercialmente puro; - 99.75% Ti, 0.05% Fe, 0.10% O, 0.03%N, 0.01% C, 0.06% de outros; - Titânio tem camada de óxidos (que é hidrofílica) – 50-100 ångstron de espessura. -> Para ocorrer a osseointegração, precisa ter um material biocompatível e era uma das principais falhas em 1960, pois usavam ligas metálicas; 9 -> Agora, estão fazendo pesquisas com zircônia, pois alguns querem fazer a substituição do titânio. Pergunta: dois materiais bicompatíveis em que é possível se obter a osseointegração? R: Titânio e zircônia. 2- Desenho do implante: - Forma de parafuso (hoje, também tem os cilíndricos e os cônicos); - Também tem as roscas em fora de parafusos com duas funções básicas: 1- Facilitam a inserção e remoção do implante, pois penetram no osso como se fossem parafusos; 2- Vantagem: distribuição de cargas mastigatórias/dos esforços mastigatórios, pois permitem o aumento da superfície de contato dos implantes. 3- Ausência de calor durante a perfuração: A viabilidade das células ósseas é preservada quando um protocolo cirúrgico menos traumático é adotado, incluindo irrigação adequada, a velocidade de perfuração e movimentos intermitente durante a perfuração. No entanto, o uso repetido de fresas, no sistema estudado, apresenta alterações no equilíbrio das proteínas a partir da trigésima perfuração. - Prevenção de calor (irrigação constante com soro fisiológico); - Temperatura limite de 43°C; - Como evitar o aumento da temperatura? 1- Irrigando sempre; 2- Rotação da perfuração: maxila: 800-850 rpm/ mandíbula: 1.100-1.150 rpm. - Instalação do implante a 15-20 rpm (rotações por minuto) -> precisa instalá-lo tranquilamente, pois nesse momento não irriga e pode ter problema com aquecimento. → Trocar as brocas constantemente, pois nesse momento não irriga e pode ter problema com aquecimento. 4- Ausência de carga durante a cicatrização: * - Ausência de forças oclusais; - Implantes devem ficar em repouso; - 5-6 meses maxila; - 3-4 meses mandíbula; * No começo, pensava-se que para a osseointegração ter sucesso, não poderia carregar de forma alguma o implante (colocá-lo, esperar os meses e só depois trabalhar com a carga), mas os estudos mostraram que não. -> Se tiver uma boa estabilidade primária (+32 newtons), ele teve um bom travamento dentro do osso e pode fazer a carga imediata. Mas, se tiver -32 newtons, o implante não travou bem dentro o osso e não pode fazer a carga imediata. Carga imediata: instalar o implante e reabilitar com uma coroa protética provisória pós a instalação dele. - Precisa tomar cuidado com a carga. Se for unitário, deixar a coroa em infraoclusão (a coroa provisória é de resina acrílica) e a única carga que esse dente vai receber é quando o paciente mastigar pela própria interposição dos alimentos e pelo próprio movimento funcional de línguas e bochechas; - Evitar que o dente antagonista toque a coroa provisória quando estiver em MIH e quando fizer movimentos protrusivos (desoclusão e lateralidade); - É somente para estética imediata e o recebimento de cargas é mínimo (somente mastigação, línguas e bochechas); - Reabilitações extensas (ex. protocolo): está apto para receber carga, desde que tenha estabilidade primária, pois vai ter um sistema diferente, onde os 4,5 implantes estão unidos ou explintados (com barra metálica) para suportar uma prótese única e dividir as cargas. Indicações: sempre a 1ª indicação caso o paciente possa. 10 - Edentulismo parcial e total; - Confecção de elementos unitários; - Insatisfação ou rejeição a próteses totais ou parciais removíveis; - D.V.O. (dinheiro, vontade e osso). Contra-indicações: - Falta de osso em altura e espessura (é uma contra-indicação relativa, pois tem vários diâmetros de implantes e enxertos); - Comprometimento sistêmico (não é uma contra-indicação absoluta); - Exame CTX: se estiver abaixo do valor de referência, pode fazer, mas com cautela. - Radioterapia sobre a região edêntula (risco de osteonecrose, por isso é uma contra-indicação absoluta); - Pacientes em fase de crescimento; - Expectativa irreal do paciente. Vantagens: - Caráter fixo da dentição; - Simula dentes naturais; - Preserva dentes adjacentes; - Estética. Desvantagens: - Ausência de amortecimento (porque não tem ligamento periodontal); - Técnica invasiva (?) (desvantagem muito relativa). - Tempo de espera; - Osseointegração; - Cicatrização. Perda da osseointegração: - Reabsorção óssea periimplantar por: - Inflamação provocadapela placa bacteriana; - Trauma oclusal;* *Principais causas da perda óssea perrimplantar - Sobrecarga.* - Uma vez o osso reabsorvido por trauma primário não há regeneração fisiológica; - Sobrecarga oclusal do implante → falha do implante/perda óssea na crista; - Oclusão: fator determinante para sucesso ou falha do implante -> o que coloca em cima do implante é tão importante ou mais importante do que todos os cuidados que teve na cirurgia. Ou seja, para o sucesso da osseointegração, não focar somente na cirurgia. Critérios para o sucesso: 1- Imobilidade clínica (implante rígido ao longo dos anos); 2-Ausência de radiolucudez periimplantar (fibrose formada ao invés da osseointegração); 3 - Perda óssea anual menor que 0,2 mm após primeiro ano (no implante hexágono externo, é esperado que tenha perda óssea de 1mm no 1º ano e a partir dos outros anos, espera-se 0,1mm de perda por ano. Vai ter estabilidade a partir do 3º ano -> isso é um padrão -> por isso, não é indicado para reabilitações unitárias em dentes anteriores, pois a perda óssea é uma característica dessa plataforma protética. 4 - Ausência de dor, persistente/e ou reversível, infecções e parestesias. → A reabilitação protética deve proporcionar estética, fonética e restabelecer funções mastigatórias de forma adequada. - A porcelana é + dura; - O osso cortical do dente suporta mais carga que o trabecular do implante (+ frágil e reabsorve com + rapidez). 11 - Preocupação grande com a estética rosa. Razões para o uso de Implantes Perda dos dentes naturais: - Está relacionado com o aumento da expectativa de vida; - Muitos não higienizam corretamente, possuem problemas oclusais, periodontais, etc. Crescimento do tratamento com implantes: - População envelhecida com mais expectativa de vida; - Perda dentária relacionada à idade; - Consequências de falhas da prótese fixa/PPR; - Consequências anatômicas do edentulismo; - Performance ruim das próteses removíveis; - Aspectos psicológicos da perda dentárias. → Público alvo do implantodontista: pessoas de 60 a 75 anos. As outras idades também precisam. Consequências do edentulismo: -> Nutricionais; - Paciente que perdeu os dentes não possuem nutrição igual aos que tem (a capacidade mastigatória é menor). Ele também evita comer alimentos mais duros (que tem mais proteínas) para comer os mais pastosos (que são massas e carboidratos); - Sobrepeso: o uso de próteses é um fator contribuinte para o paciente ter sobrepeso, devido a essa alteração na sua dieta. -> Físicas/estéticas; - O edentulismo, com o tempo causa hipotonicidade da musculatura facial (principalmente do terço inferior da face), hipotonicidade do lábio, projeção do mento e reabsorção acentuada da maxila e mandíbula. -> Sociais; - As pessoas edentulas se privam e ficam com vergonha de realizarem suas atividades. -> Reabsorção óssea; - Para que não tenha, precisa de um estímulo que é dado pelos dentes e pela mastigação. Quando perde os dentes, não tem esse estímulo; - A reabsorção acontece principalmente nos dois primeiros anos e depois é contínua. No 1º ano, é maior esse processo, perde cerca de 20% da altura óssea; - Perda contínua por 25 anos -> chega ao osso basal da mandíbula e não reabsorve mais; - O implante sessa essa reabsorção quando é colocado; - Quando usa PT, a reabsorção óssea é mais acelerada do que se o paciente não usasse. Mandíbula sem reabsorção x mandíbula sem reabsorção. → A reabsorção é muito séria e pode inviabilizar a colocação dos implantes. -> Redução da largura do osso de suporte; -> Redução da altura do osso de suporte; -> Linhas milo-hioide e oblíqua interna proeminentes, com aumento dos pontos doloridos; 12 -> Diminuição progressiva da superfície de mucosa queratinizada; -> Tubérculos genianos superiores proeminentes, com pontos doloridos e aumento do movimento da prótese; -> Inserção muscular próxima à crista do rebordo; -> Movimento da prótese para frente devido à inclinação anatômica (angulação da mandíbula com perda óssea moderada a severa); -> Adelgaçamento da mucosa, com sensibilidade à abrasão; -> Papel mais ativo da língua na mastigação; -> Efeito da perda óssea na aparência estética do terço inferior da face; -> Risco de fratura do corpo mandibular devido à perda óssea avançada; -> Perda do rebordo anterior e da espinha nasal, causando um movimento maior da prótese total e pontos doloridos durante a função. Tipos de próteses Classificação protética PF-1: Prótese fixa - apenas a coroa; PF-2: Prótese fixa - coroa e porção da raiz; PF-3: Prótese fixa – coroas, porção e cor de áreas edêntulas (dentes artificiais e base de acrílico ou porcelana); PR-4: Prótese removível, overdenture suportada totalmente pelo implante; PR-5: Prótese removível, overdenture suportada por tecido mole e implante. PF-1: Prótese fixa - apenas a coroa: - Não houve reabsorção; - Coroa fica na altura natural; - Pode ser de 1 ou + elementos. PF-2: Prótese fixa - coroa e porção da raiz: - Coroa é um pouco mais alongada, para cobrir o osso perdido, pois reabsorveu um pouco; - Tem reabsorção do processo alveolar (altura dos níveis gengivais ficam diferentes); - Pode ser de 1 ou + elementos. PF-3: Prótese fixa – coroas, porção e cor de áreas edêntulas (dentes artificiais e base de acrílico ou porcelana): - Reabsorveu muito (reabilita dente + gengiva); - Reabilitação das coroas e porção periodontal perdida (gengiva artificial). PR-4: Prótese removível, overdenture suportada totalmente pelo implante: - Prótese implantossuportada; - Mucosa do paciente não ajuda a suportar a prótese, só os implantes que suportam. PR-5: Prótese removível, overdenture suportada por tecido mole e implante: 13 - Prótese implantomucossuportada; - Máximo 2-3 implantes; - A reabsorção óssea da região posterior é 4x maior do que se o paciente estivesse usando dentadura, pois faz mais força quando morde (+ força compressiva), aumentando o processo de reabsorção. Tipos de implantes -> Existem centenas de marcas comerciais de implantes. -> Todo implante tem o seu comprimento e diâmetro. Diâmetro: existem de vários milímetros, como: 3.3, 3.5, 3.75, 4, 4.4, 4.3, 5, 5.5. - Selecionar o diâmetro de acordo com a disponibilidade óssea do caso em questão; - Considerar pelo menos 1/1,5mm de osso na vestibular e na lingual. Se for dois implantes um do lado do outro, considerar 3 mm entre eles; - Ex.: se o paciente tiver 5 mm de osso, selecionar de 3.3. Comprimento do implante: existem de vários milímetros, como: 7, 8, 9, 10, 11.5, 13, 15, 16, 18. - Selecionar de acordo com o tamanho das estruturas anatômicas e deixar 2 mm se na região tiver alguma importante; - Maxila: região anterior – cavidade nasal / região posterior – seio maxilar; - Mandíbula: região posterior – nervo alveolar posterior. → Em região anterior, se preocupa mais com a espessura do que com comprimento e em região posterior, se preocupa mais com o comprimento do que a espessura. Diâmetro da plataforma: plataforma é a região do implante que vai conectar a prótese. Divisão anatômica do implante: Plataforma: região do implante aonde a prótese vai se conectar/ser aparafusada. Corpo: sua porção maior (vai ao osso). Ápice: tem o 1º contato com o osso e diferentes desenhos (depende do tipo de implante). 14 Tipos de conexão (plataformas protéticas) - Os implantes possuem diferentes conexões protéticas; - Conexão protética = plataforma do implante. Hexágono interno: tem um sextavado externo no implante. Hexágono externo: tem um sextavado interno no implante. Cone morse: não tem sextavado, é liso, onde o componente protético é justaposto à superfície interna do implante. - Os melhores que existem e mais usados. Hexágono externo (HE): - Diâmetro da plataforma do implante; - O diâmetro da sua plataforma muda de acordo com otamanho do implante (no cone morse não muda). - Altura do hexágono; - Largura do hexágono; - Sempre prótese parafusada. SD (plataforma pequena): implantes de 3.3 e 3.5 mm de diâmetro -> plataforma 3.3. RD (plataforma regular): implantes de 3.75 e 4 mm de diâmetro -> plataforma de 4.1. WD (plataforma grande): implantes de 5 e 6 mm de diâmetro -> plataforma de 5. Vantagens: - Facilidade na resolução protética (compatibilidade entre as marcas); - Mais opções de componentes; - Menor custo (cirúrgico e protético); - Compatibilidade entre diferentes sistemas. Desvantagens: são significativas a ponto de contraindicar seu uso em implantes unitários. - Micromovimento pelo tamanho do hexágono (a superfície de contato do componente protético com o implante é aproximadamente 1 mm, então tem tendência muito grande de soltar o parafuso, pois a superfície de contato é muito pequena); - Baixa resistência a movimentos rotacionais e laterais (consequência da baixa superfície de contato); - Centro de rotação mais alto; - Afrouxamento de parafusos; - Forças oblíquas são mais prejudiciais aos implantes e tecidos de suporte que forças axiais; - Níveis de tensão aumentados nas áreas críticas dos implantes; - Primeiras roscas Conexão protética; - Concentração de tensões na região de assentamento do componente protético no hexágono externo. Problemas principais do HE: - Soltura do parafuso e salserização. 15 Salserização: nome dado ao fenômeno de reabsorção ao redor das primeiras espiras do implante. Ocorre com maior frequência no HE, como consequência da própria característica do sistema que gera forças, principalmente na região coronária. - Dois motivos principais que causam salserização: concentração de forças/micromovimentos do componente protético ou da prótese e são terríveis para a manutenção do tecido gengival e/ou ósseo nessa região. → A perfuração na cirurgia de HE e HI é a nível ósseo (ex. implante de 8 mm, fura 8mm) e no cone morse deve ser 2mm intraósseo (ex. implante de 8mm, perfura 10 mm). Hexágono interno (HI): Esse tipo de conexão favorece o reabilitador a oferecer maior longevidade protética, biomecânica e redução do “stress” do parafuso de retenção do componente, uma vez que o componente protético se adapta dentro do implante a 2,6 mm. - 60% mais resistente; - Veio para tentar sanar os problemas do HE, mas a resolução protética é difícil de reabilitar. Vantagens: - Maior proteção do parafuso do abutment; - Menos micromovimentos durante ação de cargas; - Redução de complicações: afrouxamento e fratura de parafusos; - Alta resistência a cargas laterais; - Centro de rotação mais baixo, melhorando distribuição de forças. Desvantagens: parede mais fina próxima da área do componente protético, concentrando níveis elevados de tensão. Cone morse: - A resolução e plataforma protética são sempre a mesma, independente do diâmetro do implante; - São dois cones justapostos gerando força entre eles. Vantagens: - Esse tipo de conexão traz a excelência na vedação do tráfego bacteriano (implantecomponente) permitindo melhor saúde periodontal e proteção do nível estético combatendo a recessão óssea marginal; - As cargas oclusais se concentram ao longo de seu corpo, pois formam corpo único com o componente utilizado; - Toda superfície interna do cone morse distribui tensões; - O atrito entre duas superfícies levemente divergentes, combinado com uma pressão criada pela força de inserção, fixa o cone macho ao cone fêmea; - Maior estabilidade a cargas laterais pela extensão da plataforma e à angulação do cone; - Alta precisão e maior proteção ao parafuso diminuindo o afrouxamento; - Travamento por fricção do abutment diminuindo vibração e micromovimentos; - Maior selamento bacteriano na interface com redução do microgap. Desvantagens: - Soluções protéticas menores (consegue usar só os componentes da marca); - Custo maior; - Menor domínio da técnica pelos profissionais. 16 Planejamento em Implantodontia Classificação óssea Estabilidade primária: resistência ao movimento que o implante tem no momento exato de sua instalação, ou seja, é a solidez que ele é instalado no receptor/ausência de movimento quando é instalado/resistência que tem durante a instalação. - Não pode instalar um implante sem estabilidade primária (sem que ele esteja rígido/fixo no osso após sua instalação), senão ele solta do osso e não vai ocorrer a osseintegração; - É um pré-requisito para a osseointegração; - A estabilidade primária depende de 3 fatores importantes: 1- Tipo de osso; 2- Macro desenho e macro geometria do implante; 3- Técnica cirúrgica. Tipos de ossos: - Existem diferentes tipos e cada um vai gerar uma estabilidade primária. Associado a isso, tem uma macro geometria e o desenho do implante; - Dependendo do tipo de osso, vai usar uma técnica cirúrgica e um tipo de fresagem (ex. não pode usar as mesmas fresas e brocas para maxila e mandíbula); - O osso é classificado a partir de sua densidade. O que diferencia é a quantidade de cortical e de medular óssea. D1: Osso cortical denso. - Extremamente denso e corticalizado. Praticamente não tem a porção medular. - Encontrado principalmente em região anterior da mandíbula, mas só está em 10, 15% da população (a maioria tem D2). D2: Osso cortical espesso e denso e osso trabecular no seu interior (predomina em mandíbula). - É considerado o tipo de osso ideal para instalação de implantes, devido à espessura ideal do osso cortical que permite uma boa estabilidade primária e o osso trabecular que possui maior vascularização em comparação com o osso tipo 1; - Tem certa quantidade de cortical e sua porção interna também existe. D3: Osso cortical poroso e fino e osso trabecular fino em seu interior (predomina em mandíbula). - Tem menor cortical e tem um pouco mais na região medular. D4: Osso trabecular fino (predomina em mandíbula). - Praticamente não tem cortical, é mais poroso. → O melhor osso para implante é o tipo 2, pois tem as melhores características para ocorrer a osseointegração. Quem garante a estabilidade primária é a cortical óssea. 17 Áreas nobres: regiões que tem osso tipo 2 (tira enxertos daqui): - Região anterior de mandíbula; - Região de caninos na maxila; - Região de túber na maxila. Implantes – macro geometria Implantes cônicos: - Roscas principais quadradas; - Promovem compressão do tecido ósseo; - Sub-fresagem (perfurar com o diâmetro um pouco menor). - Câmaras cortantes no sentido anti-horário distribuídas ao longo do corpo do implante; - Ápice arredondado com borda cortante. -> Parecem um cone (vai afinando). Indicação: - Tecido ósseo com densidade III e IV; - Instalação pós-extração e em região enxertada com biomaterial. Implantes cilíndricos: - Implante com paredes paralelas (cilíndrico); - NÃO permitem compressão do tecido ósseo. - Roscas triangulares (ou piramidais); - Implante com roscas duplas para trauma mínimo e instalação mais rápida; - Ápice cortante ativo com câmaras autocortantes. Indicações: para osso tipo I e II e áreas de enxerto ósseo em bloco (pois não pode fazer compressão do tecido ósseo). Implantes híbridos: - Contorno híbrido com a porção coronal cilíndrica e porção apical cônica; - Ápice ativo, incluindo uma ponta suave e arredondada e câmaras helicoidais; - Desenho progressivo dinâmico das roscas: de trapezoidais compressivas na porção coronal, a triangulares cortantes na região apical; - Implante com roscas duplas para trauma mínimo e instalação mais rápida. Indicações: - Todas as situações clínicas e diferentes densidades ósseas; - Instalação em osso tipo III e IV (com possibilidade de sub instrumentação), I e II com uso de broca cônica de sobre contorno. -> É cilíndrico até a metade e depois cônico; -> Fresagem. Planejamento da distância -> distância mínima para colocar um implante. 1,5 + di+ 1,5 Ex. 1,5 mm + 4 mm + 1,5 mm = 7 mm -> então, um implante de 4 mm, precisa de 7 mm de espaço. 18 Estruturas importantes -> áreas nobres. Planejamento reverso Significa realizar o planejamento protético e estético em modelo de diagnóstico previamente ao procedimento cirúrgico -> pensar na prótese antes da cirurgia. - Com o planejamento no dental slice, tem o comprimento e o diâmetro do osso para escolher o do implante, mas falta a noção exata tridimensional para a colocação do implante, pois está sem guia, por isso faz um guia cirúrgico laboratorial; - Molda o paciente -> manda para o lab. -> faz o enceramento -> duplica esse enceramento em resina transparente (guia cirúrgico) -> no momento da cirurgia, encaixa o guia em cima dos dentes adjacentes e faz a perfuração respeitando exatamente a posição vestibulolingual e mesiodistal do implante. - O que se chama planajemento reverso. Técnica cirúrgica em Implantodontia Atos cirúrgicos nas intervenções -> 4 tempos: Diérese: Visam interromper a integridade tecidual, penetrando no interior dos tecidos e atingindo áreas anatômicas de interesse do cirurgião. - Divide-se em duas partes: incisão e divulsão. Incisão: É a manobra cirúrgica no qual os tecidos são separados pela penetração da lâmina cortante do bisturi. -> Instrumentos de incisão: - Lâminas: 11, 12, 15 e 15c -> a mais usada é a 15, pelo seu formato, depois a 15c e com menos frequência a 11 e a 12. 19 -> Incisão na crista do rebordo: principal tipo de incisão usada em Implantodontia. - Penetra com a lâmina de bisturi até que encontre resistência óssea, em movimentos únicos e faz a incisão até a área desejada; - Tomar alguns cuidados, principalmente em mandíbula que sofreu processo de reabsorção mais severo, pois pode ter a superficialização dos forames mentonianos, que muitas vezes ficam na superfície oclusal da mandíbula totalmente edêntula. Então, nesses casos, a incisão não pode ser na crista do rebordo. Deve ser deslocada para a língua, evitando cortar o nervo mentoniano e provocar parestesia no paciente. -> Incisão palatina: - A 1ª escolha é a na crista do rebordo; - Indicação: reabsorções severas (ex. mandíbula “lâmina de faca”) -> Se fizer a incisão cristal em maxila muito reabsorvida, onde a espessura óssea está reduzida, na hora que penetrar a lâmina, vai ter muita dificuldade para encontrar a crista do rebordo, pois está muito fina, causando dificuldade no deslocamento e divulsão dos tecidos moles, então, recomenda-se a incisão um pouco para a lingual, de modo que a lâmina de bisturi entre perpendicular a curvatura do palato (não reta). A vantagem, é que consegue encontrar o osso do palato mais facilmente; - Usa também quando precisa ganhar/deslocar tecido queratinizado para a vestibular -> coloca o cicatrizador deslocando o retalho para a vestibular e com isso ganha mucosa cretinizada. -> Incisão para implantes unitários: - Preservação da papila: existe uma preocupação muito grande com as papilas dentárias. Então, se houver espessura óssea suficiente e se a área não requerer enxertos ósseos e/ou mucosos, opta-se por uma incisão mais delicada e conservadora, onde vai preservar as papilas. -> Incisão para implantes unitários/múltiplos, ROG e enxertos ósseos (pouca quantidade óssea disponível): - Incisões verticais (oblíquas ou relaxantes): nunca faz no meio da papila, sempre na região que antecede ela (fazer entre o zênite gengival e o início da papila); - Princípios da incisão relaxante: 1- Altura deve ser sempre menor que a base (para garantir suporte sanguíneo); 2- Deve ser divergente do sentido ocluso-cervical. -> Incisão intra-sulcular: - Incisão direcionada do sulco gengival para a crista alveolar; - Indicada para cirurgia de carga imediata e extrações. 20 Divulsão: separação ou divisão cuidadosa dos tecidos por meio de separadores rombos ou bisturi. - Retalho de espessura total ou mucoperiósteo; - Principais instrumentais: descolador de Molt e espátula 7. Hemostasia: complemento de toda técnica cirúrgica obtida, durante uma intervenção cirúrgica, por meio de compressões com gaze (hemorragias capilares) ou dos métodos de pinçagem e ligadura. - Principais instrumentais: pinças hemostáticas, esponjas de colágeno ou de fibrina e gazes. Exérese: manobra cirúrgica em que removemos totalmente ou parcialmente tecidos duros (fórceps, brocas, cinzéis e serras) e moles (tesoura). Síntese: conjunto de manobras para aproximar ou reunir os tecidos que foram divididos ou separados pelo ato cirúrgico. - Instrumentos de síntese de tecido mole: - Porta-agulhas; - Pinças de dissecção (prendedores de tecido); - Tesouras. - Suturas interrompidas ou simples: são suturas isoladas (interrompidas) que passam uma vez em cada retalho, é dado nó e as extremidades separadas após o corte. - Suturas contínuas: é uma série de suturas sem interrupção, sem cortar ou apertar o nó em cada laçada. Pré-operatório - Anamnese; - Exame bucal: dentes adjacentes, problemas periodontais, oclusão, estética e estudo protético; - Exame radiográfico: - Periapical; - Panorâmica (20 a 25% de distorção); - Tomografia computadorizada. - Altura, diâmetro, inclinação, posição e número dos implantes -> define-se pela tomografia; - Planejamento reverso; - Guia radiográfico-cirúrgico; - Opções protéticas (parafusadas-cimentadas). Planejamento reverso: elaboração de passos prévios ao procedimento cirúrgico, que estão diretamente relacionados com a prótese e irão identificar fatores decisivos nas conclusões quanto ao tamanho, tipo e nº de implantes a serem colocados (enceramento diagnóstico executado nos modelos de estudo montados em articulador). Kit cirúrgico: kit cirúrgico de implantes cone morse da Neodent, pois cada marca tem seu kit, que pode variar os diâmetros das brocas, mas as sequências são parecidas. - Vai ampliando o diâmetro da boca até que chegue ao do implante desejado. 21 Brocas iniciais de perfuração: - Broca lança: é a principal. Primeira broca usada para perfurar osso e tem a ponta extremamente aguda e afiada. - Broca 2.0: usa após a lança e é usada para todo tipo de espessura de implante. Tem a Alvim (para implante cônico) e a Titamax (para implante cilíndrico). Pararalelizadores: são instrumentos que se coloca dentro da perfuração para saber se ela está paralela com outras perfurações ou com os dentes adjacentes. Usa depois que utiliza a lança ou a 2.0, quando o orifício está estreito e ainda permite correção. → Em maxila, o diâmetro da última broca é um pouco menor que o diâmetro do implante, para compactação do implante ao osso. - Opções em maxila: 1- Osso tipo II ou III: passar completamente a última broca no comprimento do implante. 2- Osso tipo III indo para o IV: dar uma entradinha no orífico da perfuração com a última broca, mas não passar ela no comprimento total que precisa ser perfurado. Implantes cone híbrido (brocas para implantes Alvim): maxila - Brocas para os diâmetros 3.5, 4.3 e 5.0; - Ex. se o implante tiver 3.0 mm de diâmetro, usar a broca 3.5; - Ex. se o implante tiver 4.3 mm de diâmetro, usar a broca 3.5 e 4.5; - Ex. se o implante tiver 5.0 mm de diâmetro, usar a broca 3.5 e 4.5 e 5.0. Brocas para implantes Titamax: mandíbula - Tem uma broca a mais. Técnica cirúrgica Broca lança: para máxima e mandíbula. - Velocidade de 800 á 1.200 rpm; - Função: perfuração da cortical óssea, até atingir o osso medular (perfuração do osso); - Estabelecimento das distâncias mesio-distal e vestíbulo- lingual/palatal. Broca 2 mm (2.0): - Tem a cônica (Alvim) e a cilíndrica (Titamax); - Velocidade de 800 á 1.200 rpm (maxila: + velocidade/mandíbula: - velocidade); - Movimentos intermitentes de “vai-e-vem” (e sob irrigação com soro fisiológico estéril -> condição primordialpara que ocorra a osseointegração); - Função: alargar a perfuração em 2 mm e aprofundá-la até o comprimento estabelecido no planejamento; - Após o uso, usar os paralelizadores, para observar o paralelismo entre as perfurações ou os dentes adjacentes no sentido MD ou VL; - Estabelecimento das inclinações mesio-distal e vestíbulo-lingual/palatal -> aqui, ainda consegue corrigir a perfuração se ela foi errada, pois foram só 2 mm de diâmetro perfurados. Medidor de profundidade: - Parece uma sonda periodontal, porém com a ponta mais romba; - Duas funções: usa depois da última broca. 1- Comprovar a profundidade -> 7, 8, 10, 13, 15, 18 e 20 mm; 2- Faz a inspeção das paredes do orifício realizado (para saber se tem osso nas paredes e checar se perfurou as estruturas nobres). 22 Broca piloto de 2 para 3-3.5 mm: - Depende do sistema para escolher qual e da região; - É uma broca de transição, principalmente para ossos tipo I e II, de um diâmetro menor para um maior; - Ex. em mandíbula, depois que usa a broca 2, não passa para a 3-3.5 direto, passa a broca piloto antes; - Não é usada em todos os casos, mas a maioria de mandíbula e osso tipo I irá utilizar; - Velocidade de 800 á 1.200 rpm; - Parte inicial com largura de 2 mm para 3 – 3.5 mm de diâmetro (facilitar a entrada da próxima broca que tem 3 mm de diâmetro). Broca de 3 ou 3.5 mm: - Utilizada para todo tipo de implante; - Velocidade de 800 á 1.200 rpm; - Realiza o alargamento da perfuração em 3 mm; - Posicionada exatamente no local delimitado pela broca piloto; - Atinge a profundidade estabelecida pela broca fresa de 2 mm. Instalação dos implantes: - A perfuração varia de 800 á 1.200 rpm, feita por meio de motor elétrico + contra ângulo cirúrgico 20:1. Instala o implante por meio desse contra ângulo também, tem uma chavinha específica que se encaixa dentro do implante e leva-o para o alvéolo na região; - O implante desce com o motor em 25-30 newtons de um torquímetro manual, já dando a inserção/aperto final (no cone morse, dá os 2 mm infra-ósseo aqui). Sequência de brocas: Sempre: lança -> paralelizador -> 2.0 -> depois varia de cada sistema de implantes. * A diferença é que na mandíbula a 3,5+ é obrigatória e na maxila é opcional (depende das características ósseas). Mas, a broca 3,5+ para a mandíbula é diferente que a para a maxila. Torque final para a instalação dos implantes: até 60-65 newtons, se for maior que isso, pode ter sérios riscos trans-operatórios e pós-operatórios. Riscos pós-operatórios: falta de suprimento sanguíneo e perda da osseointegração por causa da necrose que pode ocorrer. Riscos trans-operatórios: fratura do implante, fratura da chave dentro do implante, fratura da tábua óssea ou do osso por completo (ex. se a mandíbula for atrófica, ela fratura toda). 23 Introdução à prótese sobre implantes -> Não esquecer da Classificação protética de Misch. Etapas do tratamento: - Primeira etapa cirúrgica -> cirurgia para colocação dos implantes (aguardar a osseointegração). Osseointegração: - Maxila: 5 a 6 meses -> novos estudos: 3 a 4 meses; - Mandíbula: 3 a 4 meses -> novos estudos: 2 a 3 meses. - Segunda etapa cirúrgica -> colocação do cicatrizador (ele que faz a comunicação da plataforma do implante com a cavidade bucal). - Reabilitação protética. Reabilitação protética: Tem duas possibilidades de fazer a reabilitação protética: 1. Prótese fixa direto sobre implante: - Tem o implante a aparafusa a prótese direto sobre ele; - Molda a plataforma do implante e o protético faz uma prótese que vai aparafusar direto nessa plataforma; - Não existe prótese cimentada direto na plataforma do implante. Obrigatoriamente, precisa ser aparafusada. 2. Prótese fica sobre pilar protético: - Tem um intermediário entre o implante e a coroa protética, que é chamado de pilar, intermediário ou abtment protético; - Todos os pilares protéticos são aparafusados no implante e depois que tem ele, pode fazer prótese parafusada ou cimentada sobre o pilar protético. - Existem pilares destinados para prótese parafusadas e os para as cimentadas. Funções/importância dos pilares protéticos: 1- Regular a altura/fazer que o assentamento protético fique na altura desejada; - Todos os pilares protéticos tem diferentes alturas de cinta e seleciona ela de modo que a plataforma protética fique: - Dentes anteriores: no nível gengival; - Dentes posteriores: 1 mm sub gengival. 2- Corrigir a angulação dos implantes. - Controlar a direção da prótese, principalmente quando é aparafusada, o orifício de a saída do parafuso protético; - Existem pilares angulados e consegue corrigir com eles se o implante estiver vestibularizado, para melhor estética. 24 Terminologia genérica Componentes: - Parafusos protéticos: aparafusam as próteses sobres os pilares ou diretamente sobre os implantes; - Cilindros protéticos: se encaixam sob os pilares para os protéticos confeccionarem as estruturas ou aplicarem porcelana; - Análogos ou réplicas: réplicas de latão dos implantes ou dos pilares. Encaixa dentro dos transferentes para vazar o gesso e o protético conseguir aparafusar; - Transferentes de moldagem: encaixa sobre os pilares ou na plataforma dos implantes e faz a moldagem por meio dessas pecinhas; - Tampa de pilares: coloca sobre os pilares quando acaba de colocá-los para protege-los; - Pilares protéticos; - Cicatrizadores: permitem a comunicação do implante com a cavidade bucal, para fazer a utilização dos pilares protéticos; - Parafuso de cobertura: coloca quando acaba de instalar o implante e fica até terminar a osseointegração. Parafuso de cobertura, Cover Screw, tampa de cobertura, vedante ou tapa implante: - Tem ao nível e 2 mm acima do nível gengival; - Geralmente, usa o 2 mm acima do nível gengival, para facilitar a abertura; - Função: proteção/cobertura do implante. Impede que o tecido mole e o tecido ósseo cresçam dentro do implante, para dar sequência a reabilitação protética. Cicatrizadores, Healing abutment, Abutment de cicatrização ou pilar de cicatrização: -> A reabilitação protética começa na 2ª fase cirúrgica após a osseointegração. Faz uma reabertura por incisão cristal sobre a região implantada, pega uma chavinha 1,2, solta os parafusos de cobertura, faz a seleção de um cicatrizador (escolher um de altura que permita a comunicação do implante com a cavidade bucal e faz essa medida com o medidor de altura do implante); - O cicatrizador precisa ficar acima do nível gengival (ex. se tiver 3 mm de gengiva, escolher um de 4- 5mm), para permitir que o tecido gengival cicatrize ao redor do mesmo, permitindo a comunicação do implante com a cavidade oral -> considerar o nível gengival vestibular (a região mais baixa). -> Tem os paralelos (retos) e os divergentes; - A vantagem do divergente, principalmente se tratando de áreas estéticas (anteriores), é que já vai dar o perfil de emergência da coroa protética; - Perfil de emergência: saída do provisório ou coroa protética, seja do pilar protético ou dente preparado, onde a gengiva tem formato de taça, para a coroa ficar esteticamente agradável. -> Diferentes opções de altura; -> Marcações. 25 Pilares protéticos, Abutment ou pilar intermediário: - Existem para próteses parafusadas, cimentadas e de encaixe; - Pilar para prótese aparafusada: é obrigatoriamente aparafusado sobre a plataforma do implante e a prótese é aparafusada sobre esse pilar; - Pilar para prótese cimentada: é obrigatoriamente aparafusado sobre a plataforma do implante e a prótese é cimentada sobre esse pilar; - Pilar para prótese de encaixe: é obrigatoriamente aparafusado sobre a plataforma do implante e a prótese é encaixada sobre esse pilar. -> Em algumas situações, o dentista pode escolher se quer fazer prótese cimentada ou parafusa, mas em outras, não pode eprecisa seguir a indicação. - Pouco espaço oclusal e geralmente casos de HE: prótese aparafusada; - Geralmente casos de CM e vários implantes em posições não anguladas, que nem com os pilares angulados consegue corrigir: prótese cimentada. Vantagens e desvantagens das próteses parafusas e cimentadas: PILARES PARA PRÓTESES PARAFUSADAS: - Pilar cônico -> único implante; - Mini pilar -> para próteses fixas múltiplas (ex. fazer pôntico com 2 implantes para reabilitar 3 dentes); - Micro pilar -> para próteses fixas múltiplas (ex. fazer pôntico com 2 implantes para reabilitar 3 dentes); - UCLA. → A plataforma protética é idêntica para os 3 tipos, o que muda é a parte que parafusa no implante; → Tem para HE, HI e CM. PILAR CÔNICO (HE): - Indicação: prótese fixa aparafusada unitária; - Possui diferentes alturas de cintas: 1/2/3 mm; - Pilar sextavado com paredes inclinadas 15°; - Composto por duas partes; - Altura do corpo do pilar 4 mm; - Torque 20 N.cm (torque do pilar no implante); - Espaço mínimo interoclusal: 6, 7 mm. Pilar cônico angulado: - Cone angulado; - Composto por duas partes; - Base com encaixe em forma de dodecaero; - Diâmetro: 4.8 mm (Ø regular) -> sempre tem esse diâmetro, exceto o mini pilar; - Torque 20 N. 26 → Função: corrigir a angulação do implante, mas a biomecânica não fica satisfatória, porém em alguns casos, precisa pensar na estética primeiro. → Em todos os tipos de pilares tem o reto e o angulado. Indicações: - Próteses unitárias – anti-rotacional; - Correção de angulações de 17° e 30°. Contra-indicações: - Profundidade de sulco pequena < 1 mm -> sua menor altura de cinta é 1mm; - Altura interoclusal menor que 6/7mm -> senão, não consegue colocar a coroa protética. PILAR CÔNICO (CM): - Praticamente a mesma coisa que o para HE; - Diâmetro: 4.8 mm; - Antirrotacional; - Indicado para prótese parafusada em região posterior e anterior; - Espaço mínimo interoclusal de 5.0mm a partir do nível da mucosa; - Considerar mais 1.5-2.0mm de material restaurador; - Alturas de transmucoso 0.8, 1.5, 2.5, 3.5, 4.5 e 5.5 mm. Mini pilar: - Indicação: próteses fixas múltiplas; - Tem os retor e os angulados 17° e 30°; - Pilar sextavado com paredes inclinadas 20°; - Altura do corpo do pilar: 2.5 mm; - Altura de cinta (depende da marca): - Para HE: 1.0/2.0/3.0/4.0/5.5; - Para CM: 0.8/1.5/2.5/3.5/4.5/5.5. Indicações: - Próteses tipo protocolo; - Próteses Parciais Fixas estéticas; - Restaurações retidas por parafusos; - Implantes com angulação de até 40°. Contra-indicações: - Restaurações unitárias; - Angulação vestibular ou lingual, comprometendo a estética; - Profundidade de sulco pequena < 1mm; - Altura interoclusal menor que 4,5mm; - Angulações maiores que 40°. MICRO PILAR: - Possui as mesmas indicações do mini pilar, mas com a vantagem de poder ser utilizado em espaços mesiodistais reduzidos, principalmente regiões adjacentes a pré-molares em espaços protéticos de extremidades livres ou entre implantes e/ou dentes; - A primeira indicação sempre vai ser o mini pilar, mas senão der para usá-lo por conta de distâncias mesiodistais, precisa usar o micro pilar, pois ele vai resolver essa questão; O que guardar do Pilar cônico: - Indicado para prótese unitária aparafusada -> pilar é parafusado no implante e a prótese parafusada sobre ele; - Tem 4.8 mm de diâmetro; - Tem diferentes alturas de cinta (depende da marca); - Precisa de pelo menos 6.7 mm de altura interoclusal para utilizá-lo; - Tem os formatos retos 17° e 30°. Os angulados servem para corrigir a angulação do implante, prejudica a biomecânica, mas tem ganho estético, pois o parafuso vai sair aonde deseja. 27 - Surgimento recente: veio para suprir uma GAP/falha/situação clínica difícil que as vezes não consegue resolver com o mini pilar; - Rotacional; - Indicado para prótese parafusada e implantes próximos entre si; - Espaço mínimo interoclusal de 3.5mm a partir do nível da mucosa; - Considerar mais 1,5-2,0 mm de material restaurador; - Alturas de transmucoso: 1.5, 2.5, 3.5, 4.5 e 5.5 mm. UCLA: - Prótese diretamente aparafusada na plataforma do implante, com ausência de pilares intermediários; - Não é um pilar propriamente dito, pois aparafusa a prótese direto sobre a plataforma do implante; - É um “tubinho” de plástico calcinável, onde o protético vai fazer o enceramento da infraestrutura metálica; - Prova na boca do paciente -> registra mordida -> volta para o protético aplicar porcelana -> aparafusa ela direto na plataforma do implante; - É a forma mais simplista de confeccionar a prótese sobre implante; - Somente molda a plataforma do implante com o transferente e o análogo; - Molda o implante -> envia para o técnico -> ele obtém o modelo -> envia para ele o UCLA -> ele confecciona a infraestrutura metálica -> recebe ela, faz a prova clínica, registro interoclusal e seleção de cor -> envia novamente -> ele aplica a porcelana -> na 3ª sessão faz a instalação. Vantagens: - Versatilidade; - Facilidade de conferir à peça o formato desejado; - Possibilidade de fundição com vários tipos de ligas; - Baixo custo; - Simplifica o processo de confecção da coroa; - Sem exposição da cinta metálica. Desvantagens: - Retido diretamente ao implante; - Qualquer problema ocorre no corpo do implante -> o principal que pode ocorrer é a fratura do parafuso protético dentro do implante; - Adaptação inferior em relação aos componentes pré-fabricado, pois passa pelo processo convencional de fundição. Indicações: - Próteses unitárias (AR) ou múltiplas sem (AR) -> AR= anti-rotacional; - O UCLA AR não roda, é indexado na plataforma do implante. - Restaurações parafusadas; - Fácil preparação; - Sulco gengival raso; - Espaço interoclusal mínimo. Contra-indicações: sempre que for possível outro pilar. PILARES PARA PRÓTESES CIMENTADAS: - Ceraone; - Munhão universal; - Pilares personalizáveis por desgaste; - Pilares personalizáveis por acréscimo (UCLA). 28 CERAONE: - Foi o primeiro desenvolvido, mas não é mais utilizado; - Tem um cilindro protético, onde o técnico vai confeccionar a coroa; - A plataforma protética é sempre igual para HE, HI e CM, o que muda é a pecinha que encaixa no implante; - Várias alturas de cinta: 1/2/3/4 mm. Indicações: - Coras unitárias cimentadas anteriores e posteriores (restaurações anteriores ou posteriores unitárias cimentadas); - Estética; - Implantes bem posicionados -> só tem o reto, não tem o angulado. MUNHÃO UNIVERSAL: - O mais utilizado; - Reto ou angulado; - Indicação: prótese unitária cimentada; - Pré-fabricado/personalização em laboratório (?); - Sem parafuso passante ou com parafuso passante; - Oferece várias alturas de cinta, de corpo e de diâmetro de corpo (é muito dinâmico, então dá para reabilitar vários casos com ele); - Alturas de cintas: 0.8/1.5/2.5/3.5/4.5/5.5. O que considerar do munhão universal? 1- Altura do transmucoso (altura de cinta) -> seleciona de acordo com a quantidade de tecido gengival que tiver ao redor do implante; 2- Altura de corpo -> tem de: 4 mm e de 6 mm de altura -> seleciona de acordo com o espaço interoclusal; 3- Diâmetro de corpo -> tem de: 3.3 e de 4.5 mm. - Até o 2° PM, na maioria das vezes, usa o corpo de 3.3 mm; - A partir do 1°M, na maioria das vezes, usa o corpo de 4.5 mm. Pilar angulado: - Tem de 17° e 30° -> depende da angulação; - É igual ao reto, mas possui menos alturas de cinta. Término em Chanfro: - Melhor assentamento da prótese; - Melhor escoamento do cimento; - Menor linha de cimento. Desvantagem: - Cinta uniforme. Moldagem em prótese sobre implantes - As chances de falhas são menores do que a moldagem de dentes naturais. Objetivos da moldagem em PSI: -> Copiar as posições dos implantes/pilares no arco dental para um modelo de estudo e/ou de trabalho. - Permite fazer umaúnica moldagem em quase todos os casos; - Possui duas opções de moldagem: moldar a plataforma do implante ou a do pilar protético (para escolher qual fazer, depende da situação clínica). -> União passiva entre a conexão da prótese e o implante propriamente dito. - Para implantes unitários e principalmente múltiplos. Materiais moldadores: silicones de condensação e de adição. 29 - O de adição é melhor, porém é de maior custo. Já o de condensação, precisa ser vazado rapidamente, pois continua tendo contração de polimerização, fazendo com que a cópia seja infiel. Moldeiras: Estoque: encontradas no mercado, já prontas para uso, constituídas de metal (alumínio ou inox) ou plástico, com tamanhos padronizados (em PSI, usa muito a de plástico). Individuais: são confeccionadas especialmente para o paciente, geralmente em resina acrílica, a partir do modelo preliminar obtido na primeira moldagem (em overdentures, usa em todos os casos, pois segue os princípios de uma PTR). → Sempre que pensar sobre moldagem em PSI, precisa vir na cabeça: o material que vai utilizar, o tipo de moldeira, os transferentes e os análogos. Transferentes: São pecinhas que se encaixam na região onde deseja moldar. Vão ser aparafusadas ou encaixadas sobre a plataforma do pilar protético ou do implante e consequentemente, são moldadas e saem junto com o material moldador. Quando vai moldar a plataforma do implante: usar um transferente que se encaixe nela (para prótese que vai direto na plataforma do implante). Quando vai moldar a plataforma do pilar protético: usar um transferente que se encaixe nela (para prótese com pilar protético). Formatos dos transferentes: - Quadrados: para moldagem de arrasto; - Cônicos: para moldagem de transferência. Análogos: Réplica do implante ou do pilar protético que instala dentro do modelo de gesso, que faz a função deles. - O transferente sai junto com o material moldador na moldagem a aparafusa o análogo para obter o modelo de gesso; - Transferentes são aparafusados na plataforma do pilar protético -> após a moldagem, solta os parafusos, saca a moldeira e os transferentes saem junto -> aparafusa neles o análogo -> vaza o gesso. 1- Fases da reabilitação com implantes: 1ª fase cirúrgica: osseointegração (esperar o tempo correto); 2ª fase cirúrgica: cicatrização (colocação do cicatrizador). - Moldagem de estudo (pode pular essa etapa e ir direto para a de trabalho); - Seleção do intermediário e confecção de provisório; - Moldagem de trabalho (réplica sobre qual a prótese definitiva vai ser confeccionada); - Confecção e instalação da prótese. → Remoção do cicatrizador -> moldagem com o transferente -> obtenção do modelo na condição exata do paciente -> seleção do pilar ou intermediário -> protético confecciona a coroa provisória. - 2ª sessão: remove o cicatrizador, coloca o pilar e instala a coroa provisória; - 3ª sessão: moldagem de trabalho (molda a plataforma dos pilares protéticos instalados anteriormente). 30 2- Tipos de moldagem (dois tipos): 2.1- Moldagem do implante; 2.2- Moldagem do intermediário. 2.1- Moldagem do implante: O que precisa considerar/saber sempre (muito importante): - Qual a plataforma protética/conexão protética dele (HI, HE ou CM), para selecionar o transferente, pois cada uma tem um; - Qual a marca comercial; - Qual a plataforma protética (SD, RD ou WD), pois em HE e HI elas diferem e os componentes também. Quando fazer a moldagem da plataforma do implante: - Obtenção de modelo de estudo; - Seleção do intermediário e provisório; - Quando se utiliza o UCLA. 2.2- Moldagem do intermediário: Quando fazer: Para obtenção do modelo de trabalho quando o intermediário já foi instalado sobre a plataforma do implante. 3- Técnicas de moldagem 3.1- Moldagem de arrasto (utiliza transferentes quadrados); 3.2- Moldagem de transferência (utiliza transferentes cônicos). 3.1- Moldagem de arrasto: -> O transferente sai junto com o material moldador e aparafusa nele o análogo. - Moldeira aberta (vai ser personalizada/adaptada para o caso em questão, fazendo uma abertura na região do implante a ser moldado); - Transferente quadrado; - Moldeira de estoque (de preferência de plástico, por causa da perfuração); - Moldeira individual. Vantagens: - Maior precisão da técnica. - Ex. de HE, marca conexão e plataforma 4.1 → Para fazer a moldagem, precisa: do transferente da plataforma protética, análogo e da marca comercial do implante. → Transferente aparafusado na plataforma do implante, com um acréscimo de resina acrílica Duralay em formato de hélice na região do corpo do transferente, para gerar mais estabilidade e para que ele não rode no interior do material de moldagem (só faz quando são implantes unitários). → Perfurou a moldeira para que no momento da moldagem, o parafuso a transpasse e consiga enxergá-lo. Depois, solta-o com uma chave, para que o corpo do transferente venha dentro do material moldador e aparafusar o análogo. Desvantagens: - Maior tempo clínico; - Dificuldade em pacientes com pouca abertura bucal e/ou com náuseas; - Dificuldade em soltar parafuso. 31 Implante unitário: faz a hélice Implantes múltiplos: faz a união dos corpos dos transferentes com resina, para estabilizar o sistema e evitar alterações de posição dos transferentes e dos análogos. → O CM não precisa radiografar, pois sempre adapta os transferentes. Já os HE e HI, possuem essa chance de não adaptar o transferente na plataforma do implante, então precisa radiografar, pois se fizer a união com desadaptação, a peça protética vai vir desadaptada. → Os parafusos dos transferentes quadrados PRECISAM transpassar a moldeira e o material moldados. - Depois que o material moldado toma presa, solta os parafusos. Até não os soltar, a moldeira está presa na boca do paciente, por isso não pode utilizar essa técnica para pacientes com pouca abertura de boca e que possuem muitas náuseas. - Ex. de moldagem para protocolo moldando o pilar protético; - O pilar protético é mais simples de moldar, pois não precisa se preocupar em saber o diâmetro do implante; - Diferentes diâmetros e conexões protéticas de implantes, podem obter a mesma plataforma protética quando utiliza o mesmo pilar, ou seja, pode usar o mesmo transferente. → Às vezes é difícil acertar a posição da moldeira e não encontrar todos os parafusos, por isso é bom fazer a perfuração bem grande. → É a técnica mais precisa que existe e utiliza os mesmos passos para moldar a plataforma do implante e a do pilar protético. 3.2- Moldagem de transferência: - Moldeira fechada (não precisa perfura-la, usa transferentes curtos que não a transpassam); - Transferente cônico (possuem ranhuras de extrema importância para que possa posicioná-lo dentro do material moldador após a realização da moldagem) -> ele não sai com o material moldador, posiciona-o depois; - Moldeira de estoque; - Transferente parafusado em posição; - Permanece sobre o implante ou pilar após remoção do molde da boca; - Removido e unido a réplica do implante ou pilar; - Transferido para o molde na sua exata posição; - A superfície biselada do transferente deve estar alinhada com a reprodução biselada no material de moldagem. Importância de fazer a hélice ou a união dos corpos dos transferentes com resina: Estabilizar o sistema e evitar alterações de posição dos transferentes e dos análogos. 32 → É a mesma técnica para moldagem da plataforma do implante e do pilar protético; → Precisa de uma cópia perfeita das ranhuras do transferente, senão a posição do análogo não vai ser fiel; → Como os transferentes não ficam unidos entre si, se a cópia das ranhuras não estiver perfeita, pode ter alterações/desadaptações dimensionais durante a moldagem. Por isso, não é uma técnica muito indicada quando vai fazer PFs múltiplas, pois as chances de acontecerem errossão maiores; → É muito indicada para pacientes com pouca abertura bucal e/ou que possuem náuseas; Dica: verificar a adaptação transferente-análogo antes de iniciar o procedimento de moldagem. Indicações: - Impossibilidade de uso da técnica de moldeira aberta; - Limitação de abertura de boca; - Espaço reduzido; - Acesso restrito; - Obtenção de modelos de estudo. Vantagens: - Fácil manipulação (técnica); - Menor tempo clínico. Desvantagens: Apresenta menor precisão. → Usada em 100% dos casos de PF cimentadas. Variações na moldagem de arrasto nos transferentes para próteses cimentadas: - Na prótese cimentada, o transferente não é aparafusado na plataforma do pilar protético, então, eles são somente encaixados. - Encaixa o transferente no pilar, molda o conjunto, ele sai com o material moldador e aparafusa os análogos nele. Transferente Bobynskcam: próprio para fazer moldagem digital (escaneamento). - Tira o provisório -> encaixa o transferente sobre a plataforma do pilar -> faz o escaneamento -> protético ou CD faz o enceramento diagnóstico. Moldagem para Overdentures: A sequência é idêntica em moldagem para PT. - Moldagem anatômica (molda por cima de tudo – “esquece que tem cicatrizador”); - Moldeira individual – é perfurada na região que obtém os implantes. Na moldagem funcional, faz a cópia de toda a área chapeável e de suporte. Para fazer isso, precisa da moldeira individual; Referências bibliográficas: aulas e slides do Prof. André Paleari. Resumo sobre moldagem: a técnica mais fiel vai ser sempre a moldagem de arrasto/de moldeira aberta e com transferentes unidos em resina, porém é a mais difícil de ser realizada, para o dentista e o paciente.