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Teoria e investigação dos processos socioafetivos
1) Desenvolvimento e aprendizagem afetiva: conceitos e teorias
· As boas práticas, baseadas nos princípios da justiça restaurativa, não se apoiam em estigmatização e punição, e têm como foco a criação de espaços seguros de escuta e diálogo onde os jovens possam falar, desabafar e trocar experiências, aprendendo a reconhecer e compartilhar emoções e sentimentos, em vez de se isolar ou se envergonhar deles. Segundo as educadoras, a escola deve olhar para o aluno, escutá-lo, perceber os sinais, porém não cabe a ela diagnosticar ou tratar.
· O desenvolvimento humano pode ser definido como um processo único, individual e regular, e que está associado ao padrão histórico evolutivo da raça humana. Marcado inicialmente pelo momento em que ocorre a concepção, o desenvolvimento só é encerrado no último segundo de vida. Após a gestação, o bebê nasce e traz consigo demandas biológicas e sociais, influenciando a dinâmica do mundo ao qual está inserido, e também sendo influenciado por ele. 
· A divisão do ciclo de vida em períodos é uma construção social: um conceito ou prática que é uma invenção de uma determinada cultura ou sociedade. Não há nenhum momento objetivamente definível em que uma criança se torna adulta ou um jovem torna-se velho. Como o conceito de infância é uma construção social, a forma que ela assume varia entre as culturas.
· Períodos do desenvolvimento humano:
· Período Pré-natal (da concepção ao nascimento)
· Primeira Infância (do nascimento aos 3 anos)
· Segunda Infância (3 a 6 anos)
· Terceira Infância (6 a 11 anos
· Adolescência (11 a aprox. 20 anos)
· Adultez Emergente (20 a 40 anos)
· Vida Adulta Intermediária (40 a 65 anos)
· Vida Adulta Tardia (65 anos em diante)
· As influências sobre o desenvolvimento podem ser descritas de duas formas principais:
· hereditariedade: Traços ou características inatas herdadas dos pais biológicos.
· Ambiente: Totalidade das influências não hereditárias ou experienciais sobre o desenvolvimento.Algumas influências são internas e motivadas pela hereditariedade e por processos biológicos. Outras influências vêm do ambiente externo ao corpo, iniciando na concepção, com o ambiente pré-natal no útero, e continuando por toda a vida.
· Maturação- Desdobramento de uma sequência natural de mudanças físicas e comportamentais.
· Seres humanos são seres sociais. Desde o começo, desenvolvem-se em um contexto social e histórico
· família nuclear - Unidade econômica e doméstica que compreende laços de parentesco envolvendo duas gerações e que consiste em pai e mãe, ou apenas um dos dois, e seus filhos biológicos, adotados ou enteados.
· família extensa - Rede de parentesco envolvendo muitas gerações e formada por pais, filhos e outros parentes, às vezes vivendo juntos no mesmo lar.
· Na concepção do inatismo, acre-dita-se que a inteligência e as ideias são inatas, ou seja, que já nascemos com elas. Essa concep-ção é defendida por uma corrente racionalista, para a qual o conhe-cimento e o amadurecimento hu-manos são pré-formados. Signifi-ca dizer que aprendemos através da realidade e da percepção de ideias verdadeiras do mundo. 
· o único meio de construir o conhecimento é pela razão, que é inata, certa, igual e imutável para todos.
· o homem, de acordo com o inatismo, é um ser fechado para si e para o mundo que o cerca, e seu desenvolvimento não sofre interferência do meio nem da sociedade.
· no processo de ensino-aprendizagem o professor tem o papel de facilitador 
· no empirismo o conhecimento é uma consequência da confluência de sentidos, valores, origens e significados, pois é por meio de experiências que é possível formular ideias. 
· O empirismo defende que todos nascem como uma página em branco, comple-tamente vazia e que, com o tempo, se adquire experiências. E é por meio dessas experiências que formamos nossos ideais e nos relacionamos com o meio e com os objetos ao nosso redor. Nessa concepção, o mundo é real e o homem interfere nesse meio empírico, não validando qualquer tipo de conhecimento por suposi-ções, como crenças ou o senso comum.
· A escola e os professores são os detentores do saber, não há uma relação de diálogo e de trocas de saberes. O aluno não tem conhecimento e necessita sempre de um professor para que aprenda. O aprendizado não tem relação nenhuma com a sua realidade e identidade, ou seja, o conhecimento é depositado nele, apenas isso.
· Na concepção interacionista ou construtivista, o homem interage com o meio, responde aos estímulos externos, analisa e organiza o seu saber e, a partir do erro, constrói o conhecimento em um processo contínuo de fazer e refazer. O processo de desenvolvimento é dinâmico, privilegiando a interação com o meio e o objeto, a partir do qual se estabelece uma ação recíproca entre o conhecido e o que virá a ser descoberto. No interacionismo, a conduta humana deixa de ser vista como algo individual, hermético e fechado, ou seja, o sujeito se constitui produto e produtor de seu desenvolvimento. Para que ocorra o aprendizado, o indivíduo necessita compreender, organizar, perceber, observar e construir o conhecimento.
· Aluno e professor são os sujeitos da aprendizagem e do conhecimento no pro-cesso educativo, que é uma prática relevante para a construção do desenvolvi-mento de uma sociedade
· Freire (2004) evidencia que o processo de ensino-aprendizagem é construído a partir da interação socioafetiva entre o indivíduo que ensina e o que aprende. Todavia, aprender não se constitui como uma tarefa fácil: é necessário que a pessoa que aprende esteja preparada para acolher e assimilar a nova informação. Assim, um ambiente que se embasa na afetividade e em experiências prazerosas e positivas pode contribuir expressivamente para a construção do conhecimento.
2) Afetividade e Socialização
· ECA define como crianças aqueles indivíduos com até doze anos de idade incompletos.
· Segundo França (2013), podemos caracterizar a socialização, então, como: um processo contínuo no desenvolvimento humano; algo que se inicia na infância e continua durante toda a vida do indivíduo; permite que o indivíduo se reorganize e assimile novos conhecimentos a partir do contato com experiências de terceiros, acomodando esses novos conhecimentos; é um processo adaptativo na vida do indivíduo, uma vez que possibilita a aquisição de novas habilidades, tornando-o capaz de se integrar socialmente ao ambiente ao qual está inserido.
·  os laços afetivos desenvolvidos dentro dos diversos modelos atuais de parentalidade podem trazer consequências para o modo como a criança aprende, e também para o Eu adulto.
· Jean Piaget (1896-1980), psicólogo e epistemólogo, evidenciou em seus estudos as contribuições da biologia para a Psicologia, afirmando que a inteligência humana poderia ser concebida como uma "necessidade de adaptação do organismo às perspectivas propostas pelo ambiente no qual o indivíduo estaria inserido" (DUMARD, 2015, p. 28). No campo da afetividade, mesmo que não fosse seu foco principal de estudo, Piaget a considerou importante para o estudo da cognição e do desenvolvimento psicológico do indivíduo
· Piaget propunha que a biologia poderia ser um dos fundamentos para uma Psicologia voltada para questões problematizadas da Epistemologia. Essas visões fizeram com que a inteligência humana fosse vista como uma necessidade de adaptação do organismo às perspectivas propostas pelo ambiente no qual o indivíduo estaria inserido
· Piaget, em seus estudos, dividiu em quatro períodos, ou estágios, o desenvolvimento humano: sensório-motor; pré-operatório; operações concretas e operações formais. O intuito da divisão em períodos é a observação na mudança da qualidade do pensamento, que interfere diretamente no desenvolvimento global do indivíduo. Os períodos são sequenciais e não há saltos em relação a cada um deles.
· O período sensório-motor é também chamado de estágio da inteligência prática. A faixa etária característica é de 0 a 2 anos de idade
· Períodopré-operatório - Este período também é chamado de estágio da inteligência simbólica. A faixa etária característica deste período é de 2 a 7 anos de idade.
· Período das Operações Concretas A faixa etária característica deste período é de 7 aos 11/12 anos de idade.
· Período das operações formais A faixa etária característica deste período é a partir dos 11 ou 12 anos de idade.
· Lev Vygotsky (1896-1934), cientista bielo-russo, defendia em sua teoria que o homem é um indivíduo em processo de formação, que se desenvolve e interage com seu ambiente por meio da dialética, isto é, modifica e é modificado pelo ambiente ao qual está inserido. Seu processo evolutivo se originaria através da linguagem, do comportamento e da interrelação com o meio que o cerca, e essa interação ocorre a partir da sua experienciação com valores, com a cultura e as crenças ali existentes (CÔRREA, 2015). O sociointeracionismo seria, então, demarcado pela linguagem, a qual é desenvolvida a partir dos vínculos da criança com o mundo ao redor.
· O conceito sociointeracionista do autor caracteriza-se pelo homem inserido na sociedade em busca de compreender os aspectos do seu comportamento com este meio. Ele acreditava que o homem construía seu conhecimento a partir da troca com o coletivo, e que até mesmo as suas percepções individuais ocorriam a partir do outro, o que quer dizer que, por mais que o homem tentasse indi-vidualizar-se, a construção do seu processo evolutivo sempre se daria a partir de suas relações.
· Para Vygotsky, o desenvolvimento humano ocorre de fora para dentro, ou seja, em nossas ações. Assim, passamos a agregar significados e sentidos próprios sobre o mundo e os processos psicológicos necessários para a vida em sociedade.
· A proposta de estudo de Henri Wallon envolve o desenvolvimento infantil a partir da análise do contexto de relações interpessoais, históricas e culturais que envolvem o indivíduo. Essa relação, para ele, se constrói por meio de um movimento dialético, atravessado pela afetividade, pela cognição e pelos níveis biológicos e socioculturais, contribuindo para o processo de ensino e aprendizagem (CÔRREA, 2015).
· Para Wallon, a afetividade é imprescindível para o desenvolvimento humano. Desde o nascimento, o indivíduo estabelece diferentes modos de se comunicar e interagir com o mundo. Assim, Wallon acreditava que a afetividade se exterioriza através da emoção, tanto de modo fisiológico quanto como um comportamento social (CÔRREA, 2015).
· Para ele, o desenvolvimento infantil faz parte de um contexto de relações interpessoais, históricas e culturais, com o qual o indivíduo se relaciona e, em um movimento dialético, engloba a afetividade, a cognição e os níveis biológi-cos e socioculturais, proporcionando contribuições para o processo de ensino e aprendizagem.
Wallon procurou compreender o desenvolvimento infantil por meio das relações estabelecidas entre a criança e seu espaço, vendo-a como um ser total, tanto em sua individualidade como em sua relação com o coletivo. Sendo assim, ele não propôs um sistema definido por fases de evolução psíquica, organizado e linear.
Colocar a tabela com o resumo dos três
3) Afetividade e desenvolvimento na infância e na adolescência
- a afetividade faz parte de todo o desenvolvimento estrutural e psicológico do ser humano
- Freud (apud ENDERLE, 1990, p. 28). “A afetividade é o fundamento de todo o crescimento, relacionamento e aprendizagem humana.”
Sistemas relacionais presentes desde o nascimento
•	Sistema exploratório ou tendência a se interessar pelo mundo físico e social e a conhecê-lo. Como está presente desde o nascimento, os bebês agem em seus primeiros meses sem nenhum medo ou temor: tocam, chupam e examinam tudo o que está a seu alcance; ao mesmo tempo, estão em estado de alerta diante de tudo que é novo que possam ver, ouvir, cheirar, etc. São, definitivamente, verdadeiros exploradores do mundo, que é para eles inteiramente novo.
•	Sistema afiliativo ou tendência a se interessar pelas pessoas e a estabelecer relações amigáveis com elas. Presente desde o nascimento, mantém-se ativo durante toda a vida. Nos primeiros meses, a criança não manifes- ta preferência por algumas pessoas ou outras, e as pessoas desconhecidas também não lhe produzem nenhum temor. Por isso, nos primeiros meses, são os adultos que devem cuidar totalmente das crianças, mantendo-as em lugares seguros e evitando que delas se aproximem pessoas ou animais perigosos.
Sistemas relacionais que aparecem próximo da primeira metade do primeiro ano de vida
•	Vínculo de apego com uma ou várias pessoas com as quais o bebê procura manter a proximidade e uma intera- ção privilegiada. É o sistema relacional básico, que, uma vez formado, irá regular em boa parte os demais e, sobretudo, irá determinar o tipo de relação que a criança estabelecerá com as pessoas e, até certo ponto, com as coisas e as situações.
•	Medo diante dos desconhecidos ou tendência a se relacionar com cautela ou até mesmo repelir as pessoas desconhecidas. Que as crianças acabem ou não dando uma resposta de medo depende, fundamentalmente, da “avaliação” que elas mesmas fazem em função de fatores, tais como o grau de controle que têm da relação com o desconhecido, o grau de intrusão do desconhecido, a presença ou ausência da figura de apego, etc. Esse sistema permite à criança identificar perigos potenciais para, assim, pedir ajuda
Do ponto de vista subjetivo, a função do apego é proporcionar segurança emocional; o sujeito quer as figuras de apego, porque com elas se sente seguro, aceito incondicionalmente, protegido e com os recursos emocionais e sociais necessários para seu bem-estar. A ausência ou perda das figuras de apego é percebida como ameaçadora, como perda irreparável, como situação de desproteção e desamparo, como situação de risco.' 
De acordo com Erikson, a identidade forma-se quando os jovens resolvem três questões importantes:
a escolha de uma ocupação, a adoção de valores sob os quais viver e o desenvolvimento de uma identida-de sexual satisfatória.
4 - Processos socioafetivos na juventude, idade adulta e velhice
os jovens adultos procuram apenas a ideia certa, e não outras possibilidades. Em uma evolução cognitiva, os adultos de meia-idade têm a maturidade
e vivência para aceitar outras verdades. Aceitam, ainda, que essas verdades podem ser tomadas a partir de visões diferentes de mundo, incluindo as so-cioculturais. Essa nova etapa de desenvolvimento cognitivo é chamada de pensamento relativista ou pós-formal
plasticidade é definido como “a capaci-dade de diferenciar-se frente a estímulos diferentes”, ou seja, uma determinada célula ou órgão se diferencia de acordo com os diferentes estímulo e intensida-des que agem sobre ela(e).
Erikson considerava o desenvolvimento dos relacionamentos íntimos a tarefa crucial no período da jovem adultez. A necessidade de estabelecer relacionamentos fortes, estáveis, próximos e afetuosos é um forte motivador do comportamento humano.
Os relacionamentos íntimos requerem autoconsciência; empatia; capacidade de comunicar emoções, resolver conflitos e manter compromissos; e, se o relacionamento é potencialmente sexual, tomar decisões sobre sexo. Essas habilidades são fundamentais quando os jovens adultos decidem se querem se casar ou formar parcerias íntimas e ter ou não ter filhos (Lambeth & Hallett, 2002).
· A adultez emergente é frequentemente um tempo de experimentação antes de assumir papéis e responsabilidades adultos. Tarefas tradicionais do desenvolvimento como encontrar um emprego estável e desenvolver relacionamentos amorosos de longo prazo podem ser adiadas até os 30 anos ou até mais tarde.
· Os caminhos para a vida adulta podem ser influenciados por fatores como gênero, capacidade acadêmica, primeiras atitudes em relação à educação, expectativas no final da adolescência, classe social e desenvolvimento do ego.
· O desenvolvimento da personalidade na adultez emergentepode assumir a forma de recentralização, o desenvolvimento gradual de uma identidade adulta estável. Para os grupos minoritários raciais/étnicos, a tarefa de formação da identidade pode ser acelerada.
· A adultez emergente oferece uma moratória, um período no qual os jovens estão livres da pressão de formar compromissos duradouros.
· Uma medida de como os adultos emergentes lidam de maneira bem-sucedida com a tarefa do desenvolvimento de sair da casa da infância é sua capacidade de manter relacionamentos próximos, mas autônomos com seus pais.
· Permanecer na casa dos pais é cada vez mais comum entre adultos emergentes e jovens, que o fazem frequentemente por questões financeiras. Isso pode complicar a negociação de um relacionamento adulto com os pais.
generatividade versus estagnação
O sétimo estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson, no qual o adulto de meia-idade desenvolve uma preocupação relacionada a estabelecer, orientar e influenciar a próxima geração ou então experimenta a estagnação (um senso de inatividade ou falta de significado para a vida).
generatividade
Termo de Erikson para as preocupações dos adultos maduros com encontrar significado através de contribuições para a sociedade e a criação de um legado para as gerações futuras.
Generatividade, uma preocupação em orientar a geração mais jovem, pode ser expressa por meio do treinamento ou do aconselhamento.
· o apoio socioemocional é um elemento importante na interação social da meia-idade em diante.
· Os relacionamentos na meia-idade são importantes para a saúde física e mental, mas também podem apresentar demandas estressantes.
A socioafetividade na velhice, como nas demais fases do desenvolvimento, é complexa e constituída de uma ampla rede de conexões sociais, culturais, econômicas e históricas: a saída do mercado de trabalho e entrada na aposentadoria, a ressignificação dos laços familiares e de amizade, a reestruturação da rotina, possíveis sensações de incapacidade, diminuição da energia física e desgastes fisiológicos, possibilidade da perda da autonomia, entre outros fatores
Segundo a teoria do comboio social, os adultos, ao envelhecer, mantêm seus níveis de apoio social identificando os membros de seu círculo social que podem ajudá-los e afastando-se daqueles que não lhes dão apoio
5 - Educação Socioemocional
As principais características da emoção
É uma forma de prevenção, correção e defesa da nossa sobrevivência, pois, conforme o seu próprio significado, a emoção é uma energia que nos prepara e nos leva a agir.
É uma ferramenta importante da comunicação humana, já que nos avisa das intenções do nosso interlocutor por meio da expressão corporal proveniente de sinais fisiológicos próprios da emoção.
A emoção funciona como um controle em nossas relações sociais, porque é por meio dela que avaliamos uma situação e regulamos nosso comportamento. Um exemplo: quando sentimos raiva, precisamos processá-la adequadamente para não causar prejuízos a nós e aos outros. Assim, o que sentimos funciona como um filtro para lidarmos com os estímulos internos e externos.
A aprendizagem socioemocional visa o desenvolvimento da capacidade de manejar suas emoções, construir e manter relações saudáveis nos âmbitos pessoais e profissionais, lidar com situações complexas e conflituosas de forma equilibrada e preocupar-se com as necessidades de outros de forma empática e altruísta. É por meio dela que as pessoas desenvolvem competências socioemocionais e comportamentos pró-sociais que envolvem a consciência social e de cidadania
Metodologias ativas: são estratégias, abordagens e técnicas que dão a estudantes e profissionais o protagonismo de seu processo de aprendizagem. Em outras palavras, é uma forma de promover a aprendizagem que não está centrada na figura de um professor. Já o papel deste profissional, por sua vez, é ensinar o conteúdo que, muitas vezes, está desconectado da realidade do estudante ou profissional
A aprendizagem socioemocional abarca aspectos vinculados à afetividade, emoções e sentimentos de uma pessoa e abrange o desenvolvimento de competências vinculadas às dimensões socioemocionais e pró-sociais. Pode ocorrer em qualquer idade. Dessa forma, não é só na infância que podemos desenvolver a capacidade de nos conhecer melhor (identidade, emoções, sonhos, valores, talentos etc.), de construir e manter relacionamentos saudáveis (pautados no respeito, colaboração, valorização do outro etc.) e que podemos agir em prol de outras pessoas (pela prática da empatia, compaixão etc.). Para isso, é importante definir o conceito de competências socioemocionais e condutas pró-sociais.
As competências socioemocionais abarcam conhecimentos (o que sei), práticas e habilidades (o que sei fazer) e atitudes (o que quero fazer). Abrangem aspectos afetivo-emocionais (como o autoconhecimento, autoconceito e autocontrole), comportamentais (como condutas pró-sociais e escolhas responsáveis) e cognitivos (como a empatia e criatividade).
Para Piaget, a inteligência de uma pessoa está associada à sua afetividade. Dessa forma, o afeto tem um papel essencial na inteligência de uma pessoa e impacta nos comportamentos e na forma como ela aprende
•Inteligência: é a capacidade de uma pessoa se adaptar ao contexto em que está inserida para que, a partir de novos conhecimentos, possa potencializar a sua capacidade de adaptação à realidade que está vivenciando.
•Afetividade: é a dimensão do psiquismo que abarca as emoções, sentimentos e vontades. É como se fosse a mola propulsora ou a energia que move alguém a agir (e a querer aprender sobre algo).

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