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LÍNGUA PORTUGUESA 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2019 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em 
qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado 
com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da 
Loja do Concurseiro. 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
3 
 
PROGRAMA: 
1. Ortografia oficial. 
2. Acentuação gráfica. 
3. Flexão nominal e verbal. 
4. Pronomes: emprego, formas de tratamento e 
colocação. 
5. Emprego de tempos e modos verbais. 
6. Vozes do verbo. 
7. Concordância nominal e verbal. 
8. Regência nominal e verbal. 
9. Ocorrência de crase. 
10. Pontuação. 
11. Redação (confronto e reconhecimento de frases 
corretas e incorretas). 
12. Intelecção de texto. 
13. Redação oficial. 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL (NOVA ORTOGRAFIA) 
 
Ortografia é o sistema correto de representar na escrita 
os fonemas e as formas da língua. Ela trata da 
representação escrita dos sons que formam os 
vocábulos, por meio dos símbolos denominados letras. 
Uso do S 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe S: 
 pesquisa → pesquisador, pesquisado 
 casa → casinha, casebre, casarão 
 camisa → camisinha, camisola, camisolão 
 análise → analisar, analista, analisando 
 
2. Nos sufixos: 
• -ês, -esa (na indicação de título de nobreza, 
origem, nacionalidade) 
marquês → marquesa; burguês → burguesa; 
camponês → camponesa; milanês → milanesa 
• -ense (indicador de procedência, origem) 
santanense, manuaense, paranaense 
• -isa (indicador feminino de profissão, 
ocupação) 
diaconisa, sacerdotisa, papisa, profetisa 
• -oso, -osa (indicadores de adjetivos, 
formadores de estado pleno, abundância) 
manhoso, carinhoso, horrorosa, suntuosa 
 
3. Após ditongos: 
 Cleusa, causa, náusea, maisena 
 
4. Na conjugação dos verbos pôr (e derivados) e querer: 
 repus, repusera, repusesse, pus, pusera, 
pusesse, quis, quisera, quisesse, quiséssemos 
 
Uso do Z 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe Z : 
 raiz → enraizar 
 baliza → abalizado, balizador, balizado 
 rapaz → rapazola, rapazinho, rapazote 
 
2. Nas terminações –ez, -eza, formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos: 
 real → realeza 
 grande → grandeza 
 cru → crueza 
 certo → certeza 
 
3. Nas terminações –izar (formador de verbos) e –
ização (formador de substantivos) 
 canal → canalizar → canalização 
 humano → humanizar → humanização 
 atual → atualizar → atualização 
 global → globalizar → globalização 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
4 
Uso do X 
1. Depois de ditongo: 
 ameixa, baixo, caixa, feixe, paixão 
 
2. Depois da sílaba inicial en-: 
 enxaqueca, enxadrista, enxame, enxuto 
 
Fazem exceção: encher e derivados; enchova; e 
palavras iniciadas com ch que ganharam prefixo em-, 
como enchouriçar (em + chouriço + ar). 
 
3. Depois da sílaba inicial me -: 
 mexerica, mexicano, mexilhão, mexer 
 Exceção: mecha (substantivo) e derivados 
escrevem-se com ch. 
 
4. Em palavras de origem africana e indígena: 
 abacaxi, capixaba, macaxeira, morubixaba, 
pixaim, xará, xinxim, xique-xique 
 
5. Palavras aportuguesadas do inglês trocam o sh 
original por x: 
 xampu (de shampoo), xerife (de sheriff) 
Escrevem-se com x: 
almoxarife, bexiga, bruxa, capixaba, caxemira, caxumba, 
coaxar, coxo, elixir, enxada, engraxate, enxurrada, 
esdrúxulo, faxina, lagartixa, laxante, lixa, luxo, maxixe, 
mexer, mexerico, morubixaba, muxoxo, orixá, Oxalá, 
praxe, pixaim, puxar, relaxar, rixa, taxa (impostos, 
tributo), vexame, xale, xampu, xarope, xavante, xaxim, 
xereta, xerife, xícara, xingar. 
 
Escrevem-se com ch : 
apetrecho, archote, bochecha, boliche, crochê, cachaça, 
cachimbo, chá, chamariz, chamego, chafariz, 
cartucheira, charco, cheque, chimarrão, chimpanzé, 
chuchu, chucrute, chumaço, chutar, cacho, cochicho, 
cocho, colcha, colchão, comichão, coqueluche, fachada, 
ficha, flecha, galocha, inchar, macho, machado, 
machucar, mancha, nicho, pachorra, pichar, pechincha, 
piche, rachar, recheio, salsicha, sanduíche, tacha 
(prego), tacheiro, tacho, tocha. 
 
Uso do E e do I 
1. Todos os verbos terminados em –uir, -air, -oer 
escrevem-se com a letra i na segunda e terceira pessoas 
do singular do presente do indicativo. 
 contribuir → contribuis, contribui 
 cair → cais, cai 
 doer → dói 
 influir → influis, influi 
 sair → sais, sai 
 roer → róis, rói 
 
2. Todos os verbos terminados em –ir escrevem-se com 
a letra e na segunda e terceira pessoas do presente do 
indicativo. 
 acudir → acodes, acode 
 fugir → foges, foge 
 decidir → decides, decide 
3. Todos os verbos terminados em –uar ou em –oar 
escrevem-se com a letra e na primeira, segunda e 
terceira pessoas do presente do subjuntivo. 
 perdoar → perdoe, perdoes, perdoe 
 atuar → atue, atues, atue 
 caçoar → caçoe, caçoes, caçoe 
 jejuar → jejue, jejues, jejue 
 
4. Prefixos ante- e anti- 
• ante – (prefixo) significa “antes” (indica 
posição anterior) 
antecâmara, antemão, antepasto, 
anteontem, antebraço 
antediluviano, antever 
 
• anti - (prefixo) significa “contra” (indica 
posição contrária) 
antiacadêmico, antialcoólico, 
anticoncepcional, anticlerical 
antídoto, antiaéreo, anticonjugal, 
antifascista 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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5. Prefixos em /en e im/in: 
 emporcalhar 
 engraxar 
 empossar 
 entorpecer 
 imputar 
 incomodar 
 impugnar 
 infalível 
 
6. Prefixos des e dis: 
 desgarrar discernir 
 desinfetar dispensar 
 desmedido dislexia 
 
Escrevem-se com e: 
Abaeté, acareação, acreano, aldeola, alheado, 
antecipar, antedatar, anteprojeto, área (medida de uma 
superfície), barbárie, cadeado, candeeiro, caranguejo, 
cardeal, cereal, cumeada, cumeeira, decreto, deferido, 
deferir, descortino, descrição (exposição), descriminar 
(absolver de crime), despensa (lugar para guardar 
mantimentos), destilação, emergir, emigrar, eminência, 
eminente, empecilho, encabular, enteado, engolir, 
enxada, estropear, falsear, geada, grandessíssimo, 
himeneu, inquerição, lêndea, lenimento, meada, 
memoridade, mestiço, mexerica, murmúreo, níveo, 
óleo, parêntese, passeata, peão, petróleo, quase, 
quepe, recheado, reencanar, revalidar, róseo, senão, 
sequer, seringa, subentender, terráqueo, vadear, 
violáceo, vítreo. 
 
Escrevem-se com i: 
aborígine, adiantar, adiante, adivinho, amiúde, 
anticristo, ária (cantiga), azuis, camoniano, casimira, 
corrimão, crânio, crioulo, dentifrício, diante, diferido, 
discente (que aprende), discrição (que é discreto), 
disparate, dispêndio, dispensa (licença), imbuia, 
imigração, iminente, invés (contrário), miúdo, pardieiro, 
pátio, pião, privilegiado, privilegiar,recriação, (ato de 
recriar), réstia, siar, vadiar, vadiação 
 
 
Uso do O e do U 
 Às vezes se confundem usos do u e do o na 
grafia de algumas palavras. Compare as listas abaixo: 
com O com U 
Abolir acudir 
Boteco bueiro 
botequim burburinho 
comprido cumprido (de cumprir) 
comprimento (extensão) cumprimento (saudação) 
Cortiça cúpula 
Cobrir curtume 
Engolir embutir 
explodir entupir 
Focinho escapulir 
Goela jabuti 
lombriga jabuticaba 
mágoa lóbulo 
mochila mucama 
moleque pirulito 
Névoa rebuliço 
Nódoa suar (transpirar) 
Poleiro supetão 
Polenta tábua 
sortir (abastecer) tabuleiro 
Sotaque tabuleta 
Zoeira trégua 
 
Uso de C, Ç, S, SS, SC, XC 
1. Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, 
usam-se c e ç : 
 açaí, araçá, araçoia, caiçara, caçula, cacimba, 
canguçu, criciúma, Ceci. 
 Iguaçu, Juçara, miçanga, Moçoró, muçum, 
muçurana, paçoca, Paraguaçu, Turiaçu 
 
2. Depois de ditongos, grafam-se c e ç : 
 beiço, caução, coice, feição, foice, louça, 
refeição, traição 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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3. Nos substantivos e adjetivos derivados de verbos 
terminados em –nder e –ndir usa-se s: 
 pretender → pretensão 
 pender → pensão, pênsil 
 tender → tensão, tenso 
 ascender → ascensão, ascensor 
 expandir → expansão, expansivo 
 fundir → fusão 
 difundir → difusão 
 confundir → confusão, confuso 
 suspender → suspensão, suspensório 
 
4. Nos substantivos derivados de verbos terminados em 
–der, -dir, -tir e –mir usa-se s (depois de n ou r) ou ss : 
 aceder → acesso 
 regredir → regressão, regresso 
 repercutir → repercussão 
 descomprimir → descompressão 
 ascender → ascensão 
 interceder → intercessão 
 agredir → agressão 
 admitir → admissão 
 reprimir → repressão 
 compreender → compreensão 
 
5. Por razões etimológicas usa-se entre vogais sc e xc: 
 apascentar, ascender (subir), convalescer, 
crescer, descente (que desce), discernir, efervescente, 
enrubescer, fascínio, florescer, incandescer, intumescer, 
lascivo, miscelânea, nascer, néscio, obsceno, oscilar, 
piscina, prescindir, recrudescer, rescindir, suscitar, 
tumescer, vísceras, excelência, excêntrico, exceto, 
excesso, exceder 
 
OBSERVE AS SEGUINTES GRAFIAS 
Escrevem-se com s : 
aliás, alisar, análise, após, asa, atrás, atraso, através, 
aviso, bisar, brasa, casulo, catalisar, cisão, colisão, cós, 
crase, crise, despesa, detrás, deusa, diálise, empresa, 
fase, fusão, gás, gasolina, gasômetro, groselha, 
hesitante, hidrólise, ileso, inclusive, infusão, invés, jus, 
lapiseira, lisonjeiro, lisura, mariposa, marselhês, mês, 
mosaico, nasal, obséquio, obus, paisagem, pêsames, 
rasura, revés, síntese, sinusite, surpresa, tosar, três, uso, 
usina, visar. 
 
Escrevem-se com z : 
abalizar, aduzir, ajuizar, alcaçuz, alcoolizar, algoz, 
amizade, anarquizar, apaziguar, aprazível, aprendiz, 
arborizar, arroz, assaz, atriz, atroz, audaz, azar, azia, 
baliza, bazar, bizarro, buzina, cafuzo, capaz, capuz, 
capuz, carbonizar, cartaz, chafariz, coriza, cruz, cuscuz, 
delicadeza, deslize, desprezo, eficaz, enfezado, esvaziar, 
falaz, feroz, fertilizar, fugaz, gaze, giz, gentileza, 
horizonte, impureza, jaez, jazigo, lambuzar, lazer, 
lhaneza, luz, magazine, meretriz, morbidez, nariz, 
nudez, obstetriz, ozônio, palidez, perspicaz, petiz, 
pobreza, prazer, prazo, profetizar, rapaz, rezar, rodízio, 
sagaz, sazonal, talvez, tenaz, tez, trapézio, trezentos, 
vazio, veloz, verniz, voraz, xadrez 
 
Uso do G 
1. Nas palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, 
-úgio. 
 adágio, colégio, litígio, relógio, refúgio 
 
2. Nas palavras terminadas em –gem. 
 ferrugem, selvagem, massagem, mixagem 
 
3. Nas palavras derivadas de outras, já grafadas com g. 
 tingir → tingido → tingimento 
 fingir → fingido → fingimento 
 
Escrevem-se com g : 
abordagem, algibeira, algemar, angélico, aterragem, 
auge, cingir, constrangir, doge, estrangeiro, falange, 
ferrugem, gengibre, gengiva, gergelim, geringonça, giba, 
gibi, gíria, herege, impingem, logístico, margear, 
megera, monge, mugido, ogiva, pungente, rabugento, 
regurgitar, tangerina, tigela, vagem, vertigem, viagem 
(subst.) 
 
Uso do J 
1. Nas palavras de origem tupi (indígena) e africana: 
 biju (variante de beiju), canjarana, canjica, 
jabuticaba, jacaré, jenipapo, jerimum, jiboia, jirau, pajé. 
(Exceção: Sergipe.) 
 
2. Nos verbos terminados em –jar ou –jear: 
 arranjar, despejar, sujar, viajar, ultrajar, 
granjear, gorjear, lisonjear 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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3. Nas palavras derivadas de outras já grafadas com j: 
 granja → granjeiro 
 lisonja → lisonjeiro 
 laje → lajeado 
 majestade → majestoso 
Escrevem-se com j : 
ajeitar, alforje, berinjela, cafajeste, canjerê, canjica, 
cerejeira, desajeitar, enjeitar, gorjear, gorjeta, granjear, 
hoje, intrujice, jeca, jeito, jejum, jenipapo, jérsei, jiboia, 
jiló, jiu-jítsu, laje, laranjeira, lisonjeiro, majestade, 
majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pajé, 
pajem, pegajoso, sarjeta, sabujice, traje, trejeito, 
ultraje, varejo, varejista, viaje, viagem (do verbo viajar) 
 
ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS 
PORQUE /PORQUÊ/POR QUE/POR QUÊ 
PORQUE: É usado introduzindo: 
 - Explicação. 
 Ex.: Não reclames, porque é pior. 
 - Causa. 
 Ex.: Faltou à aula porque estava doente. 
 
PORQUÊ: É usado como substantivo; é sinônimo 
de motivo, razão. 
 Ex.: Não sei o porquê disso. 
 
POR QUE (separado e sem acento) É usado: 
• Como um equivalente a pelo qual / pela qual / 
pelos quais / pelas quais. 
Ignoro o motivo por que ele se demitiu. 
(pelo qual). 
Eis as causas por que não venceremos. 
(pelas quais). 
Estranhei a forma por que o estudante reagiu. 
(pela qual). 
• em interrogações diretas, onde o que equivale a 
qual motivo. 
Por que regressamos? 
(Por qual motivo regressamos ?) 
Por que não vieram os computadores ? 
• em interrogações indiretas, onde o que equivale a 
qual razão ou qual motivo. 
Perguntei-lhe por que faltara à aula. 
(por qual motivo). 
Não sabemos por que ele faleceu. (por qual razão). 
• Como um equivalente a motivo pelo qual ou razão 
pela qual. 
Não há por que chorar. (motivo pelo qual). 
 
Viajamos sem roteiro: eis por que nos atrasamos. 
(a razão pela qual). 
 
POR QUÊ: É usado ao final da frase interrogativa 
ou quando estiver sozinho. 
 Ex.: Você fez isso, por quê? 
 Por quê? 
 
ONDE E AONDE 
 A tendência no português atual é considerar a 
seguinte distinção: aonde indica a ideia de 
movimento ou aproximação (com verbos que 
exigem a preposição “A”), opondo-se a donde que 
exprime afastamento (com verbos eu exigem a 
preposição “DE”). Costuma referir-se a verbos de 
movimento. 
 Aonde você vai? 
 Aonde querem chegar com essas atitudes? 
 Aonde devo dirigir-me para obter esclarecimentos? 
 Não sei aonde ir. 
 Donde você veio? 
 
 Onde indica o lugar em que se está ou em que se 
passa algum fato. Normalmente refere-se a verbos 
que exprimem estado ou permanência, ou seja, 
verbos que exigem a preposição “EM”. 
 Onde você está? 
 Onde você vai ficar nas próximas férias? 
 Não sei onde começar a procurar. 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
8 
MAIS e MAS 
 Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a 
porém, contudo, entretanto. 
 Não conseguiu, mas tentou. 
 
 Mais é pronome ou advérbio de intensidade, 
opondo-se normalmente a menos. 
 Ele foi quem mais tentou, ainda assim não 
conseguiu. 
 É um dos países mais miseráveis do planeta. 
 
 
NA MEDIDA EM QUE E À MEDIDA QUE 
 
Na medida em que exprime relação de causa e equivale 
a “porque”, “já que”, “uma vez que”. 
Na medida em que os projetos foram abandonados, 
a população carente ficou entregue à própria sorte. 
 
 
À medida que indica proporção, desenvolvimento 
simultâneo e gradual. Equivale a “à proporção que”. 
 A ansiedade aumentava à medida que oprazo ia 
chegando ao fim. 
 
MAL E MAU 
 
Mal pode ser advérbio ou substantivo. Como advérbio 
significa “irregularmente”, “erradamente”, “de 
forma inconveniente ou desagradável”. Opõe-se a 
bem. 
 Era previsível que ele se comportaria mal. Era 
evidente que ele estava mal-intencionado porque 
suas opiniões haviam repercutido mal na reunião 
anterior. 
 Como substantivo, mal pode significar “doença”, 
“moléstia”, em alguns casos significa “aquilo que é 
prejudicial ou nocivo”. 
 A febre amarela é um mal que atormenta as 
populações pobres. 
 O mal é que não se toma nenhuma atitude 
definitiva. 
 O substantivo mal também pode designar um 
conceito moral, ligado à ideia de maldade, nesse 
sentido a palavra também opõe-se a bem. 
 Há uma frase de que a visão da realidade nos faz 
muitas vezes duvidar: “O mal não compensa” 
 
Mau é adjetivo. Significa “ruim”, “de má índole”, “de 
má qualidade”. Opõe-se a bom e apresenta a forma 
feminina má. 
 Não é mau sujeito. 
 Trata-se de um mau administrador. 
 Tem um coração mau. 
 
 
A PAR e AO PAR 
 A par tem o sentido de “bem-informado”, “ciente”. 
 Mantenha-me a par de tudo o que acontecer. 
 É importante manter-se a par das decisões 
parlamentares. 
 
 Ao par é uma expressão usada para indicar relação 
de equivalência ou igualdade entre valores 
financeiros (geralmente em operações cambiais): 
 As moedas fortes mantém o câmbio praticamente 
ao par. 
 
 
AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A 
 Ao encontro de indica “ser favorável a”, aproximar-
se de”. 
 Ainda bem que sua posição vai ao encontro da 
minha. 
 Quando a viu foi ao seu encontro e abraçou-a. 
 
De encontro a indica oposição, choque, colisão. 
Veja. 
 Suas opiniões sempre vieram de encontro às 
minhas, pertencemos a mundos diferentes. 
 O caminhão foi de encontro ao muro, derrubando-
o. 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
9 
A E HÁ NA EXPRESSÃO DE TEMPO 
 O verbo haver é usado em expressões que indicam 
tempo já transcorrido: 
 Tais fatos aconteceram há dez anos. 
 
 Nesse sentido, equivale ao verbo fazer: 
 Tudo aconteceu faz dez anos. 
 
 A preposição a surge em expressões em que a 
substituição pelo verbo fazer é impossível: 
 O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas 
semanas. 
 Eles partirão daqui a duas horas. 
 
 
ACERCA DE E HÁ CERCA DE 
 Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”: 
 Haverá uma palestra acerca das consequências 
das queimadas. 
 
 Há cerca de indica um período aproximado de 
tempo já transcorrido ou equivale ao verbo existir + 
aproximadamente: 
 Os primeiros colonizadores surgiram há cerca 
de quinhentos anos. 
 Há cerca de dez pessoas te procurando 
 
AFIM E A FIM 
 Afim é um adjetivo que significa “igual”, 
“semelhante”. Relaciona-se com a ideia de 
afinidade: 
 Tiveram ideias afins durante o trabalho. 
 São espíritos afins. 
 
 A fim surge na locução a fim de, que significa “para” 
e indica ideia de finalidade: 
 Trouxe algumas flores a fim de nos agradar. 
 
 
 
DEMAIS E DE MAIS 
 Demais pode ser advérbio de intensidade, com o 
sentido de “muito”, aparece intensificando verbos, 
adjetivos ou outros advérbios: 
 Aborreceram-nos demais: isso nos deixou 
indignados demais. 
Estou até bem demais. 
 
 Demais também pode ser pronome indefinido, 
equivalendo a “outros”, “restantes”: 
 Não coma todo o pudim. Deixe um pouco para 
os demais. 
 
 De mais opõe-se a de menos. Refere-se sempre a 
um substantivo ou pronome: 
 Não vejo nada de mais em sua atitude. 
 O concurso foi suspenso porque surgiram 
candidatos de mais. 
 
 
 
SENÃO E SE NÃO 
 
Senão equivale a “caso contrário” ou “a não ser”: 
 É bom que colabore, senão não haverá como 
ajuda-lo. 
 
 
Se não surge em orações condicionais. Equivale a “caso 
não”: 
Se não houver aula, iremos ao cinema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
10 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Resumão com as principais mudanças: 
 
Alfabeto 
Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras 
 
• Regra Antiga: O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas 
letras do nosso alfabeto. 
 
• Como é: Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, 
nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. 
Exemplos: km, watt, Byron, byroniano 
 
Trema 
 
Nova Regra: Não existe mais o trema em língua 
portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus 
derivados, por exemplo: Müller, mülleriano 
 
• Regra Antiga: agüentar, conseqüência, cinqüenta, 
qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, 
eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, 
linguiça 
 
• Como é: aguentar, consequência, cinquenta, 
quinquênio, frequência, frequente, eloquência, 
eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, 
linguiça. 
 
Acentuação 
 
Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais 
acentuados em palavras paroxítonas 
 
• Regra Antiga: assembléia, platéia, idéia, colméia, 
boléia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, 
heróico, paranoico 
 
• Como é: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, 
Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, 
paranoico. 
Observações: 
• nos ditongos abertos de palavras oxítonas e 
monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, 
anéis, papéis. 
 
• o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, 
véu, céu. 
 
Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado 
 
• Regra Antiga: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, 
abençôo. 
 
• Como é: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, 
abençoo. 
 
Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado 
 
• Regra Antiga: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, 
relêem. 
 
• Como é: creem, deem, leem, veem, descreem, 
releem. 
 
Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em 
palavras homógrafas 
 
• Regra Antiga: pára (verbo), péla (substantivo e verbo), 
pêlo (subst.), pêra (subst.), péra (subst.), pólo (subst.) 
 
• Como é: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo 
(subst.), pera (subst.), pera (substantivo), polo (subst.) 
 
Observação: 
• o acento diferencial ainda permanece no verbo 
'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 
'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 
'por' 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
11 
• Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas 
formas verbais com o “u” pronunciado de forma átona e 
tônica, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 
'i' (gue, que, gui, qui) 
 
• Regra Antiga: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, 
enxagüemos. 
 
• Como é: argui, apazigue, averigue, enxague, 
ensaguemos. 
 
Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em 
paroxítonas quando precedidos de ditongo 
 
• Regra Antiga: baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, 
feiúme 
• Como é: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, 
feiume 
 
Hífen 
1. Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) 
terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 
's', sendo que essas devem ser dobradas 
 
• Regra Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, 
anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, 
auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, 
contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-
sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-
real, semi-sintético, supra-renal. 
 
• Como é: antessala, antessacristia, autorretrato, 
antissocial, antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, 
extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, 
inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, 
suprarrenal. 
 
Observação: 
• em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se 
a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-
realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-
racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, 
super-realista, super-resistente. 
 
2. Nova Regra: O hífen não émais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) 
terminados em vogal + palavras iniciadas por outra 
vogal 
 
• Regra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-
aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-
instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-
ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, 
intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-
imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, 
semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular. 
 
• Como é: autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, 
autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, 
contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, 
intraocular, intrauterino, neoexpressionista, 
neoimperialista, semiaberto, semiautomático, 
semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado. 
 
 
Observações: 
• esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já 
existentes antes: antiaéreo, antiamericano, 
socioeconômico etc. 
• esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte 
iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, 
semi-herbáceo etc. 
 
3. Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra 
é formada por um prefixo (ou falso prefixo) 
terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma 
vogal. 
 
• Regra Antiga: antiibérico, antiinflamatório, 
antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, 
arquiirmandade, microondas, microônibus, 
microorgânico 
 
• Como é: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-
inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-
irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico 
 
Observações: 
• esta regra foi alterada por conta da regra anterior: 
prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal 
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12 
diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + 
palavra inicia com mesma vogal = com hífen 
 
• uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra 
palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO se utiliza hífen. 
 
4. Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos 
que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição 
 
• Regra Antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára-
quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-
vento 
 
• Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, 
paralama, parabrisa, parachoque, paravento 
 
Observação: 
• o uso do hífen permanece em palavras compostas que 
não contêm elemento de ligação e constitui unidade 
sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, 
bem como naquelas que designam espécies botânicas e 
zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, 
conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-
coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, 
bem-te-vi etc. 
 
O uso do hífen permanece 
 
• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto': 
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre 
 
• Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + 
palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, 
circum-navegação 
 
• Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' 
+ palavras que tem significado próprio: pré-natal, pró-
desarmamento, pós-graduação 
• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 
'recém', 'sem': além-mar, além-fronteiras, aquém-
oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, 
sem-teto 
 
 
 
Não existe mais hífen 
 
• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, 
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou 
conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com 
leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de 
vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. 
 
• Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-
rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à 
queima-roupa. 
 
Consoantes não pronunciadas 
 
5. Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não 
pronunciadas: ação, didático, ótimo, batismo em 
vez de acção, didáctico, óptimo, baptismo 
 
 
Grafia Dupla 
 
6. De forma a contemplar as diferenças fonéticas 
existentes, aceitam-se duplas grafias em algumas 
palavras: 
7. • António/Antônio, facto/fato, secção/seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REGRA GERAL 
 
1. Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em: 
A(S), E(S), O(S) 
Pá, fé, só, três, trás, nós, vês... 
 
2. Acentuam-se oxítonas terminadas em: 
A(S), E(S), O(S), EM(ENS) 
 Vatapá, café, cipó, alguém, parabéns, cajás, 
marajás, Bené, chulé, mantém, refém... 
 
3. Acentuam-se paroxítonas terminadas em: 
I(S), U(S), 
R, X, N, L, 
 ESSE, UM(UNS), Ã(S), 
 DITONGO 
 
Júri, lápis, ônus, vírus, 
cadáver, tórax, hífen, móvel, 
bíceps, álbum, álbuns, órfã(s), 
história, móveis, órgão... 
 
✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: ôo perde o acento, 
fica oo 
Antes ---------------------------------agora 
Vôo Voo 
Enjôo Enjoo 
 
Obs.: paroxítonas com a mesma terminação das 
oxítonas (a, e, o, em, ens) não são acentuadas. 
Mala, vara, pente, mestre, item, homem, hifens, 
homens, nuvens, jovens... 
 
 
4. Acentuam-se todas as proparoxítonas 
Mágico, fósforo, paralelepípedo, antítese... 
 
 
 
REGRAS ESPECIAIS 
 
 
5. Acentuam-se I e U na 2ª vogal do hiato, quando 
• sozinhas (ou + S) na sílaba; 
• não seguidas de NH. 
Graúdo, saída, açaí, Itaú, saúde, constituído, 
Janaína, juízes, Luíza... 
 
✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: I e U perdem o 
acento se paroxítonas, depois de ditongo: 
Antes ---------------------------------agora 
Baiúca baiuca 
Bocaiúva bocaiuva 
boiúna boiuna 
feiúra feiura 
 
6. Acentuam-se ditongos abertos ÉI, ÉU e ÓI se 
vierem no final da palavra (seguido ou não de S): 
Coronéis, chapéu, corrói, dói, anéis, fiéis, troféu, 
herói (o ditongo vem no final, mantêm o acento) 
 
✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: éi, éu, ói perdem o 
acento se forem paroxítonas: 
Todos os eia(s) e oia(s) perderam o acento 
Antes ---------------------------------agora 
 Idéia ideia 
 Estréia estreia 
 paralisar14 assembleia 
 jibóia jiboia 
 Tróia Troia 
 Jóia Joia 
 
7. Grupos QUE, QUI, GUE, GUI, O U recebia: 
Trema se fosse pronunciado de forma átona: 
tranqüilo14. 
 
Acento agudo se pronunciado de forma tônica: 
apazigúe. 
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✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: Hoje o U 
pronunciado desses grupos perdeu o trema e o 
acento agudo, mas a pronúncia continua a mesma: 
Antes ---------------------------------agora 
freqüentes frequentes 
cinqüenta cinquenta 
tranqüilo tranquilo 
averigúe averigue 
apazigúe apazigue 
 
8. Acento diferencial: era usado para diferenciar a 
classe das palavras: 
PÁRA (v.) ≠ PARA (prep.) 
PÔR (v.) ≠ POR (prep.) 
 
✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: hoje caíram os 
acentos diferenciais, só permaneceram os acentos 
de pôr(verbo) e de pôde (passado). 
Antes ---------------------------------agora 
Pára (verbo) para (verbo) 
Pêra (subst.) pera (subst.) 
Pelo (subst.) pelo (subst.) 
Pólo (subst.) polo (subst.) 
 
9. Os verbos crer, dar, ler, ver (e verbos derivados) 
dobram o “E” no plural: 
 
Na 3ª pessoa do sing. Na 3ª pessoa do plural 
 Ê EE 
Ele lê/vê – eles leem/veem 
 
✓ NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: êem perde o 
acento, fica eem: 
Antes ---------------------------------agora 
lêem leem 
vêem veem 
dêem deem 
crêem creem 
10. Acentuam-se os verbos ter e vir ( e todos os verbos 
derivados)na 3ª pessoa do plural. 
 
Na 3ª pessoa do sing. Na 3ª pessoa do plural 
 
 E Ê 
 Ele vem/tem – eles vêm/têm 
 Ele retém – eles retêm 
 
 
Muitos verbos produzem formas oxítonas ou 
monossilábicas que devem ser acentuadas. Observe: 
 
Cortar + a = cortá-la Pôs + os = pô-los 
 
Fazer + o = fazê-lo Fez + o = fê-lo 
 
 
 
Sinais diacríticos: sinais gráficos com os quais se 
distingue a modulação das vogais ou a pronúncia de 
certas palavras, para evitar confusões com outras. 
 
transito – trânsito 
ate – até 
veiculo – veículo 
secretaria – secretária 
sabia – sábia – sabiá... 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
 
1. (TRE-ES) "Aí" é acentuada pelo mesmo motivo de: 
a) aquí 
b) dá 
c) é 
d) baú 
e) porém 
 
2. (CETAP) Com o novo acordo da língua portuguesa, 
houve a eliminação do sinal de diérese intitulado trema. 
Indique a alternativa em que há palavra afetada por 
esta regra: 
A) Aguento. 
B) Intelectual. 
C) Incubação. 
D) Veludo. 
E) Colóquio. 
 
3. (ESAF) Em todas as alternativas as palavras foram 
acentuadas corretamente, exceto em: 
a) Eles têm muita coisa a dizer. 
b) Estude os dois primeiros ítens do programa. 
c) Afinal, o que contém este embrulho? 
d) Foi agradável ouvir aquele orador. 
e) Por favor, deem-lhe uma nova chance. 
 
4. (ADM. POSTAL CORREIOS) Assinale a opção em que 
os vocábulos não obedecem à mesma regra de 
acentuação gráfica: 
a) anéis - herói - escarcéu 
b) concluído - saúde - atribuí-lo 
c) amá-lo - fazê-lo - repô-lo 
d) consequência - mágoa - homogêneo 
e) cáqui - ninguém - amável 
 
5. (UEG) Indique o par em que o acento gráfico não 
tem a mesma função: 
a) círculo - líquido 
b) notícia - proprietário 
c) têm–intervêm 
d) água – pôde 
e) difíceis - amáveis 
 
6. (ESPCEX) Assinale a alternativa cujas palavras estão 
corretas quanto à acentuação (segundo o novo acordo 
ortográfico): 
a) Luis, apôio, nódoa, próton, chapéuzinho 
b) gratuíto, eu apoio, ítem, pêras, álbuns 
c) sanduíche, averigúe, refém, puni-lo, amável 
d) âmago, ônus, amá-lo-íeis, itens, biquíni 
e) biquini, juíz, áureo, joquei, eles mantém 
7. (FUVEST) Assinale a alternativa em que todas as 
palavras estejam corretamente acentuadas (segundo o 
novo acordo ortográfico): 
a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estrêla, advérbio 
b) fluido, geleia, Tatuí, armazém, caráter 
c) saúde, melância, gratuíto, amendoím, fluído 
d) inglês, cipó, cafèzinho, útil, réu 
e) canôa, heroismo, creem, Sergípe, bambú 
 
8. (TRE-MT) A alternativa em que as duas palavras 
acentuadas não seguem a mesma regra de acentuação 
é: 
a) ninguém - também 
b) dólar - pôr 
c) eficiência - próprio 
d) escrúpulos – síntese 
e) heróis – papéis 
 
9. (TRE-MT) Segue a mesma regra de acentuação de 
país a palavra: 
a) saúde 
b) aliás 
c) táxi 
d) grêmios 
e) heróis 
 
10. (LICEU) Acentue as palavras abaixo e encontre a 
alternativa que corresponda, respectivamente, a róseo, 
tímida e encontrará: 
a) Nobel, interim, papeis 
b) condor, avaro, alguém 
c) ruim, filantropo, condor 
d) pudico, palida, mister 
e) levedo, libido, ruim 
 
11. Assinale o único vocábulo cujo critério de 
acentuação gráfica é o mesmo que determinou o 
emprego do acento em "idéia", e que segundo o novo 
acordo ortográfico, assim como ideia, perdeu o acento: 
a) história 
b) difíceis 
c) jóia 
d) família 
e) fidéli 
 
12. (MACK) Assinale a única alternativa em que 
nenhuma palavra é acentuada graficamente: 
a) bonus, tenis, aquele, virus 
b) repolho, cavalo, onix, grau 
c) juiz, saudade, assim, flores 
d) levedo, caracter, condor, ontem 
e) caju, virus, niquel, ecloga 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
17 
13. (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à 
acentuação em um dos vocábulos é: 
a) lápis - júri 
b) bônus - hífen 
c) ânsia - série 
d) raízes – amável 
e) Anhangabaú - bambú 
 
14. (BB) Leva acento: 
a) pêso 
b) pôde 
c) êste 
d) tôda 
e) cêdo 
 
15. (OSEC) O plural (segundo o novo acordo 
ortográfico) de tem, dê, vê; é, respectivamente: 
a) têm, dêem, vêm 
b) tem, dêem, vêem 
c) têm, deem, veem 
d) têem, dêem, vêm 
e) têem, dêem, vêem 
 
16. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os 
vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação 
gráfica: 
a) pés, hóspedes 
b) sulfúrea, distância 
c) fosforescência, provém 
d) últimos, terrível 
e) satânico, porém 
 
17. (PUC) Na palavra consequência o acento gráfico se 
justifica em função de ser: 
a) proparoxítona terminada em ditongo decrescente 
b) paroxítona terminada em ditongo crescente 
c) paroxítona terminada em ditongo decrescente 
d) proparoxítona terminada em ditongo 
e) paroxítona terminada em ditongo nasal 
 
18. (OBJETIVO) Segundo o novo acordo ortográfico, os 
grupos gue, gui, que, qui em que o U é pronunciado 
perderam o trema, ou seja, não são mais acentuados, 
mas, como se pode usar esse acento até 2012, em que 
par só uma das palavras poderia receber o trema? 
a) cinqüenta, agüentar 
b) qüinqüênio, eloqüente 
c) tranqüilo, lingüística 
d) ungüento, freqüente 
e) lingüiça, güerra 
 
19. (VIÇOSA) Todas as palavras abaixo obedecem à 
mesma regra de acentuação, exceto: 
a) já 
b) nós 
c) pés 
d) dói 
e) há 
 
20. Há erro de acentuação em: 
a) O repórter havia afirmado que a canoa da 
República andava órfã. 
b) Ontem você não pode vir por água no fogo e 
souberam disso através dos colegas. 
c) Rui vem de ônibus, lê o jornal e sempre procura 
saber o nome dos partidos que retêm o uso do poder. 
d) Ainda não soube do porquê de sua desistência do 
voo de ontem. 
e) “Deus te abençoe” era o grito de para que 
acalmava a meninada na hora de dormir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 1.D, 2.A, 3.B, 4.E, 5.D, 6.D, 7.B, 8.B, 9.A, 
10.D, 11.C, 12.C, 13.E, 14.B, 15.C, 16.B, 17.B, 18.E, 
19.D, 20.B. 
 
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RESUMO DOS PRINCIPAIS CASOS ORTOGRÁFICOS 
 
 
Escreve-se com S 
 
01) as palavras derivadas de verbos terminados em -
nder e –ndir: pretender = pretensão, ascender = 
ascensão. 
 
02) as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção 
de gozo: gostosa, glamorosa, raivoso. 
 
03) as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, 
com exceção de gaze e deslize: fase, crase, tese, 
osmose. 
 
04) palavras femininas terminadas em –isa: poetisa, 
Marisa. 
 
05) As formas dos verbos pôr, querer e usar:• pus, quis, 
usei. 
 
Escreve-se com Ç ou S? 
Após ditongo, escreve-se com -ç-, quando houver som 
de /cê/, e escreve-se com -s-, quando houver som de 
/zê/. 
• eleição • traição 
 • Neusa • coisa 
 
Escreve-se com S ou Z? 
01 a) com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que 
indicarem nacionalidades, títulos ou feminino. 
• português • norueguesa 
• marquês • duquesa 
 
b) com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, 
substantivos abstratos que provêm de adjetivos. 
• embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza 
 
02) a) Escreve-se com -s- os verbos terminados em -isar, 
quando a palavra primitiva já possuir o –IS + 
VOGAL-. 
• análise = analisar 
• pesquisa = pesquisar 
• paralisia = paralisar 
 
b) Escreve-se com -z- os verbos terminados em -izar, 
quando a palavra primitiva não possuir -s- nem –IS + 
VOGAL-. 
• economia = economizar • terror = aterrorizar 
• catequese = catequizar • síntese = sintetizar 
 
03) a) Escreve-se com -s- os diminutivos terminados em 
-sinho e -sito, se a palavra primitiva já possuir -s- no 
final. 
• casinha 
• asinha 
• portuguesinho 
• camponesinha 
 
b) Escreve-se com -z- os diminutivos terminados em -
zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- 
no final. 
• mulherzinha 
• arvorezinha 
• alemãozinho 
• aviãozinho 
 
Verbos terminados em UIR e OERTerão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do 
Indicativo escritas com -i-: 
tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói 
 
exercícios 
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão grafadas corretamente. 
a) palidez - francezes - pretencioso 
b) fuzível - beleza - rigoroso 
c) holandezes - fuzarca - pesquisa 
d) quisesse - rapides - talentoso 
e) catequizar - burguês – análise 
 
2. (ES ou EZ – ESA ou EZA) 
acid___, marqu_____, arid___, campon___, cort___, 
estupid___, lucid___, mesquinh___, montanh___, 
milan___, nud___, palid___, pequen___ (pequeno), 
pequin___ (cão). 
 
3. (S ou Z) 
agili___ar, ali___ar, ameni___ar, bati___ar, canali___ar, 
carboni___ar, catali___ar, catequi___ar, capitali___ar, 
coti___ar, desli___ar, fiscali___ar, fri___ar, 
humani___ar, parali___ar. 
 
 
Gabarito 
Ortografia: 1.e, 2. acidEZ, marquÊS, aridEZ, camponÊS, 
cortÊS, estupidEZ,lucidEZ, mesquinhEZ, montanhÊS, 
milanÊS, nudEZ, palidEZ, pequenEZ(pequeno), 
pequinÊS(cão). 
3. agiliZar, aliSar, ameniZar, batiZar, canaliZar, 
carboniZar, cataliSar, catequiZar, capitaliZar, cotiZar, 
desliZar, fiscaliZar, friSar, humaniZar, paraliSar. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
19 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
DENOTAÇÃO: o sentido literal, real das palavras. 
 
CONOTAÇÃO: sentido figurado das palavras. 
 
Fenômenos Semânticos 
1. POLISSEMIA 
(Polys, do grego, significa “muito”) é a capacidade que 
uma palavra tem de assumir diferentes significações 
ou sentido. 
a) O sol é uma estrela de quinta grandeza. 
b) Clarissa é a estrela de sua turma. 
c) Fernanda Montenegro é uma estrela nacional. 
d) Não desanime, meu filho, confie em sua estrela. 
 
2. SINÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo 
significado. triste = melancólico. resgatar = 
recuperar 
maciço = compacto ratificar = confirmar 
 
3. ANTÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, sentidos 
contrários. 
bom x mau bem x mal condenar x absolver 
 
4. HOMÔNIMOS 
São palavras iguais na forma e diferentes na 
significação. Há três tipos de homônimos: 
 
4.1. HOMÔNIMOS HOMÓFONOS 
Têm o mesmo som e grafias diferentes. 
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de 
ceder); 
concerto (harmonia) e conserto (remendo). 
 
4.2. HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS 
Têm a mesma grafia e sons diferentes. 
almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); 
sede (vontade de beber) e sede (residência). 
 
4.3. HOMÔNIMOS PERFEITOS 
Têm a mesma grafia e o mesmo som. 
cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); 
meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo). 
 
5. PARÔNIMOS 
São palavras de significação diferente, mas de forma 
parecida. 
retificar e ratificar; 
emergir e imergir. 
6. AMBIGUIDADE 
Ocorre a ambiguidade quando o leitor vacila diante de 
mais de uma possibilidade de entendimento do que foi 
expresso. 
Uma série de causas estruturais pode causar 
ambiguidade. 
 
a) Pedro e Paulo vão desquitar-se. (Mau uso da 
coordenação) 
 
b) O aluno enjoado saiu da sala. (Má colocação de 
palavra) 
 
c) João encontrou Maria e lhe disse que sua prima 
estava doente. (Mau uso de possessivos) 
 
Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos: 
acender = atear fogo 
ascender = subir 
amoral = indiferente à moral 
imoral = contra a moral, libertino, devasso 
apreçar = marcar o preço 
apressar = acelerar 
arrear = pôr arreios 
arriar = abaixar 
bucho = estômago de ruminantes 
buxo = arbusto ornamental 
caçar = abater a caça 
cassar = anular 
cela = aposento 
sela = arreio 
censo = recenseamento 
senso = juízo 
cessão = ato de doar 
seção ou secção = corte, divisão 
sessão = reunião 
chá = bebida 
xá = título de soberano no Oriente 
chalé = casa campestre 
xale = cobertura para os ombros 
cheque = ordem de pagamento 
xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo 
comprimento = extensão 
cumprimento = saudação 
concertar = harmonizar, combinar 
consertar = remendar, reparar 
conjetura = suposição, hipótese 
conjuntura = situação, circunstância 
coser = costurar 
cozer = cozinhar 
deferir = conceder 
diferir = adiar 
descrição = representação 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
20 
discrição = ato de ser discreto 
descriminar = inocentar 
discriminar = diferençar, distinguir 
despensa = compartimento 
dispensa = desobrigação 
despercebido = sem atenção, desatento 
desapercebido = desprevenido 
discente = relativo a alunos 
docente = relativo a professores 
emergir = vir à tona 
imergir = mergulhar 
eminente = nobre, alto, excelente 
iminente = prestes a acontecer 
esperto = ativo, inteligente, vivo 
experto = perito, entendido 
espiar = olhar sorrateiramente 
expiar = sofrer pena ou castigo 
estada = permanência de pessoa 
estadia = permanência de veículo 
flagrante = evidente 
fragrante = aromático 
fuzil = carabina 
fusível = resistência de fusibilidade calibrada 
incerto = duvidoso 
inserto = inserido, incluso 
incipiente = iniciante 
insipiente = ignorante 
indefesso = incansável 
indefeso = sem defesa 
infligir = aplicar pena ou castigo 
infringir = transgredir, violar, desrespeitar 
intemerato = puro, íntegro, incorrupto 
intimorato = destemido, valente, corajoso 
intercessão = súplica, rogo 
interse(c)ção= ponto de encontro de duas linhas 
laço = laçada 
lasso = cansado, frouxo 
ratificar = confirmar 
retificar = corrigir 
soar = produzir som 
suar = transpirar 
sortir = abastecer 
surtir = originar 
sustar = suspender 
suster = sustentar 
tacha = brocha, pequeno prego 
taxa = tributo 
tachar = censurar, notar defeito em 
taxar = estabelecer o preço 
vultoso = volumoso 
vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face) 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Ao seguinte trecho: “Festejar ter que pagar pedágio / 
sem ter estradas para caminhar / Comemorar ter filho e 
mulher / Sem ter pão para dar de comer / Sem poder 
ter de levantar cedo / Para o emprego que não há...”, o 
verbo ter, nas suas várias ocorrências e contextos, 
A) adquire significados diferentes. Trata-se de um caso 
de polissemia. 
B) possui o mesmo significado. Trata-se de um caso de 
homonímia. 
C) sugere significados diversos para uma mesma 
mensagem. Trata-se de um caso de ambiguidade. 
D) estabelece relação de semelhança nos seus 
significados. Trata-se de um caso de sinonímia. 
 
2. Nas seguintes passagens do texto: “... dá as pistas 
que vão envolvendo o leitor.” e “E é um conhecimento 
vão.”, os vocábulos grifados têm, rigorosamente, a 
mesma forma fônica, o que aparenta se tratar de uma 
única palavra. Mas, ao primeiro exame, pode-se 
observar que, dentro dos seus respectivos contextos, 
não têm o mesmo sentido e pertencem a classes 
gramaticais diferentes. 
É um caso de: 
(A) sinonímia. 
(B) homonímia 
(C) antonímia 
(D) polissemia 
 
3. “Vai ser uma expectativa nervosa para quem gosta 
de futebol e, habitualmente, andar de avião.” 
O sentido do verbo andar, na frase acima , depende 
do contexto , isto é , da soma da relação entre as 
palavras, formada dentro desse conjunto. Nessa 
situação, o verbo andar apresenta a propriedade 
semântica da: 
A) sinonímia. 
B) polissemia 
C) ambiguidade 
D) paronímia 
 
 
Gabarito: 1.a, 2.b, 3.b 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
21 
EXERCÍCIOS COM PALAVRAS E EXPRESSÕES 
CONCORRENTES E DUVIDOSAS 
 
• ONDE =com verbos que exigem preposição EM; 
• AONDE = com verbos que exigem preposição A; 
• DONDE = com verbos que exigem preposição DE. 
 
• AO ENCONTRO DE = “a favor de, no mesmo 
sentido” 
• DE ENCONTRO A = “oposição, contra, colisão” 
 
• PORQUÊS – quatro são os porquês: 
• porque: conjunção, causa ou explicação. = pois: 
• porquê: substantivo, aceita pluralização. Vem 
acompanhado de artigo, numeral, pronome. 
• por que: preposição + pronome relativo; pode ser 
trocado fielmente por pelo qual (e variações): 
• por que: preposição + pronome interrogativo; 
pode-se pospor a palavra motivo, se vier no final 
por quê. 
 
• SE NÃO=conj. condicional + adv. de negação;= caso 
não: 
• SENÃO = a não ser, = do contrário,= defeito, erro. 
 
• HÁ = tempo decorrido. = (Faz ...que) 
• A = preposição, ideia de futuro, distância (daqui a) 
 
• ACERCA DE = “sobre, em relação a”: 
• A CERCA DE = preposição “a” + “aproximadamente” 
• HÁ CERCA DE = existe aproximadamente ou faz 
aproximadamente (tempo decorrido). 
 
• AFIM = igual, adjetivo que indica afinidade. 
• A FIM DE = para, locução prepositiva, indica 
finalidade. 
 
• EM VEZ DE = “no lugar de” (diferentes e opostos) 
• AO INVÉS DE = “ao contrário de” (oposição, 
antíteses) 
 
01. Complete com as palavras indicadas nos parênteses: 
(acerca de / a cerca de / há cerca de / cerca de) 
• ___________ uma hora chegaste. 
• ___________ duas pessoas na sala 
• Falávamos ___________ política 
• ___________ duas pessoas demos os ingressos. 
• ___________ duas pessoas compareceram à 
reunião. 
 
(afim / a fim de ) 
• Nossas ideias são ___________ 
• Estudamos ___________ passar. 
• Estou ___________ ti. 
 
 
(ao encontro de/ de encontro a) 
• Suas ideias sempre vão ___________ minhas, por 
isso brigamos tanto. 
• Genoveva foi ___________ namorado. 
• O caminhão foi ___________ muro. 
 
 
( a princípio/ em princípio) 
• ____________, o casamento é para sempre. 
• ____________ , no casamento tudo são flores. 
 
 
(em vez de / ao invés de) 
• ____________ almoçar, jantou. 
• ____________ subir, desceu. 
 
 
(há uma hora / a uma hora) 
• ____________ saíste. 
• Daqui ____________ sairás. 
 
 
(onde/ aonde/ donde) 
• ____________está você agora? 
• ____________ você veio? 
• _____________ você vai? 
• ____________ você foi morar? 
 
(por que/ por quê/ porque/ porquê) 
• Não sei ____________ você não veio. 
• Esse é o caminho ____________ sempre passo. 
• Você não veio ____________ estava cansado? 
• Não conheço esse ____________. 
• Ele não veio, não sei ____________. 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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22 
(Se não / Senão) 
• Corra, ____________ perderá condução. 
• Você perderá a condução, ____________ correr. 
• Não fez nada ____________ dormir. 
• Seu único ____________ é o egoísmo. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão 
grafadas corretamente. 
a) palidez - francezes - pretencioso 
b) fuzível - beleza - rigoroso 
c) holandezes - fuzarca - pesquisa 
d) quisesse - rapides - talentoso 
e) catequizar - burguês – análise 
 
2. assinale a alternativa com palavras corretamente 
escritas: 
a) Espero que vocês viajem bem; 
b) A poetiza escreveu belos versos; 
c) A lage daquela casa não é muito resistente; 
d) Não visitei minha tia que está com cachumba; 
e) O ladrão passou só três meses no xadrês. 
 
3. assinale a alternativa em que todas as palavras estão 
corretamente escritas: 
a) Aonde você estava? 
b) Brigamos porque suas ideias vão ao encontro das 
minhas. 
c) Você não veio por que estava dormindo? 
d) Estudas tanto afim de ter uma vida melhor 
e) Ele me perguntou, não sei por quê, se você viria. 
 
4. assinale a alternativa em que todas as palavras estão 
corretamente escritas: 
a) “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (JC) 
b) Não se sabe porque o Brasil investe pouco em 
educação. 
c) Ao invés de estudar, foi pra farra. 
d) Onde você pensa que vai? 
e) Distribuí informativos acerca de cem pessoas. 
5. Preencha as lacunas com há ou a e, a seguir, assinale 
a sequência obtida: 
Daqui _____ três anos atingirei a maioridade. 
De São Paulo _____ Belo Horizonte _____ uma distância 
de 600 km. 
_____ seis meses que não vejo o Juliano. 
Estou te esperando _____ horas! 
O sino soará daqui _____ cinco minutos. 
a) há – a – há –a – há – a 
b) a – a – há – há – há – a 
c) a – há – há – a – a – há 
d) a – a – há – há – a – a 
e) a – a – a – há – há – a 
 
6. Assinale o item em que a palavra destacada está 
incorretamente aplicada: 
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. 
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. 
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. 
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. 
e) A cessão de terras compete ao Estado. 
 
7. Complete as lacunas usando mal / mau / mas / 
mais: 
Pedro e João _____ entraram em casa, perceberam que 
as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula 
escolhera uma _____ momento para comunicar aos 
pais que iria viajar de férias; _____ seu irmão deixou os 
pais _____ sossegados afirmando que ela iria com as 
primas. 
a) mau – mal – mais – mas 
b) mal – mal – mais – mais 
c) mal – mau – mas – mais 
d) mal – mau – mas – mas 
e) mau – mau – mas – mais 
 
8. Qual é a incorreta? 
a) Quero saber o porquê desta briga. 
b) Ainda saberás porque saí do país 
c) Estudamos sem saber por quê 
d) Rápida foi a crise por que passou 
 
9. Indique a alternativa correta: 
a) O ladrão foi apanhado em flagrante. 
b) Ponto é a intercessão de duas linhas. 
c) As despesas de mudança serão vultuosas. 
d) Foi uma violenta coalizão de carros. 
e) O artigo incerto no jornal foi aplaudido. 
 
10. Assinale a alternativa em que a frase esteja 
gramaticalmente correta: 
a) Foi graças à interseção do Diretor que consegui 
renovar a matrícula. 
b) Entre os índios, a pior ofensa era ser tachado de 
covarde. 
c) Li, na sessão policial do matutino, que “o criminoso 
cozera o desafeto a faca”. 
d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu foi 
absorto. 
e) A falsificação de minha rúbrica não convenceu a 
ninguém. 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
23 
11. Assinale a frase em que há erro de grafia: 
a) Passou despercebido, para não ser um empecilho a 
mais. 
b) Mais uma vez queimou o fusível. 
c) Todos têm chegado atrasados, ultimamente. 
d) Deu apenas dez reais ao cabelereiro. 
e) É necessário descriminar melhor as despesas. 
 
12. O _________ do deputado foi _________. 
a) mandado – caçado d) mandato – caçado 
b) mandado – cassado e) mandato – cascado 
c) mandato – cassado 
 
13. Das palavras viajens – gorgeta – maisena – chícara: 
a) apenas uma está escrita corretamente; 
b) apenas duas estão escritas corretamente; 
c) três estão escritas corretamente; 
d) todas estão escritas corretamente; 
e) nenhuma está escrita corretamente. 
 
14. ______ uma semana eles ______ que nós 
deveríamos ______ nossa inscrição. 
a) acerca de, propuseram, ratificar; 
b) há cerca de, proporam, ratificar; 
c) a cerca de, proporam, ratificar; 
d) acerca de, propuseram, retificar; 
e) há cerca de, propuseram, ratificar. 
 
15. Qual alternativa substitui as palavras abaixo: 
Passou-me sem atenção que a sua intenção era 
estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os 
valentes. 
a) desapercebido - descriminar - incipientes - 
intemeratos. 
b) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos. 
c) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos. 
d) desapercebido - descriminar - insipientes - 
intemeratos. 
e) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos. 
 
16. O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza 
da noiva. A palavra destacada é sinônima de: 
a) imóvel c) firme 
b) admirado d) sem respirar e) indiferente 
 
17. Indique a alternativa errada: 
a) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com os 
outros. 
b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. 
c) Vivi maus momentos, naquela época. 
d) Temos que esclarecer os mau-entendidos. 
e) Os homens maus sempre prejudicam os bons. 
18. Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e 
costurar a roupa que você rasgou, do contrário não 
saíra de casa nesse final de semana. Substitua as 
palavras destacadas por: 
a) concertar, coser e se não. 
b) consertar, coser e senão. 
c) consertar, cozer e senão. 
 d) concertar, cozer e senão. 
e) consertar, coser e se não. 
 
19. Marque a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas: 
Da mesma forma que os italianos _____ para o Brasil 
no século passado, hoje os brasileiros _____ para a 
Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; 
internamente, os nordestinos_____ para o Sul, pelo 
mesmo motivo. 
a) imigraram - emigram - migram 
b) migraram - imigram - emigram 
c) emigraram - migram - imigram. 
d) emigraram - imigram - migram. 
e) imigraram - migram - emigram. 
 
20. Há erro de grafia em: 
a) Cláudia trabalha na seção de roupas. 
b) Hoje haverá uma sessão na Câmara de Vereadores. 
c) O prefeito resolveu fazer a cessão de seus bens à 
creche. 
d) Voto na 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral. 
e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez. 
Gabarito 
há cerca de há uma hora 
há cerca de a uma hora 
acerca de 
a cerca de onde 
cerca de donde ou de onde 
 aonde 
afins onde 
a fim de 
a fim de por que 
 por que 
de encontro às porque 
ao encontro do porquê 
de encontro ao por quê 
 
em princípio Senão 
a princípio Se não 
 Senão 
em vez de Senão 
ao invés de ou em vez de 
1.E, 2.A, 3.E, 4.A, 5.B, 6.C, 7.C, 8.B, 9.A, 10.B, 11.D, 12.C, 
13.A (Maisena), 14.E, 15.B, 16.B, 17.D, 18.B, 19.A, 20.D. 
 
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24 
FLEXÃO NOMINAL 
 
 
SUBSTANTIVO 
 
é a palavra variável em gênero, número e grau que dá 
nome aos seres em geral. 
 
Flexão de gênero 
 
1. Substantivos biformes 
 
 São aqueles que apresentam uma forma para o 
masculino e outra para o feminino: 
 
 masculino feminino 
 aluno aluna 
 cavaleiro amazona 
 
 
2. Substantivos uniformes 
 
 São os que apresentam uma única forma, tanto para 
o masculino como para o feminino. Subdividem-se 
em: 
 
a) epicenos - são os substantivos uniformes que 
designam alguns animais: onça, jacaré, foca. 
 Caso se queira especificar o sexo do animal, devem-
se, acrescentar as palavras macho ou fêmea. 
 a onça macho, a onça fêmea (o substantivo onça 
será sempre feminino) 
 
b) comuns de dois gêneros - são os substantivos 
uniformes que designam pessoas. Neste caso, a 
diferenciação de gênero é feita pelo artigo ou outro 
determinante qualquer: o artista, a artista; o 
estudante, a estudante; este dentista, aquela 
dentista; jornalista recém-formado, jornalista recém-
formada. 
 
c) sobrecomuns - são substantivos uniformes que 
designam pessoas. Neste caso, o gênero é fixo 
(sempre masculino ou sempre feminino) e os artigos 
e outros determinantes permanecem invariáveis: a 
criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura. 
 
 
 
 
 
 
 
Mudança de sentido com mudança de gênero 
 Há substantivos idênticos na forma, porém de 
gêneros diferentes e significados diferentes. Veja 
alguns exemplos: 
substantivo masculino Significado 
o cabeça o chefe, o líder 
o capital o dinheiro, os bens 
o rádio aparelho receptor 
o lotação Veículo 
 
substantivo feminino Significado 
a cabeça parte do corpo 
a capital cidade principal 
a rádio estação transmissora 
a lotação Capacidade 
 
 
1. Plural dos substantivos compostos 
 
 Não é fácil sistematizar o plural dos substantivos 
compostos, uma vez que ocorrem muitas oscilações, 
mesmo no padrão culto da língua. Cumpre, no 
entanto, observar as seguintes regras: 
 
 
a) Os substantivos compostos ligados sem hífen 
formam o plural como se fossem substantivos 
simples. 
 aguardente aguardentes 
 passatempo passatempos 
 vaivém vaivéns 
 
 
b) Nos compostos formados de palavras repetidas (ou 
muito semelhantes), só o segundo elemento varia. 
 teco-teco teco-tecos 
 reco-reco reco-recos 
 tico-tico tico-ticos 
 pingue-pongue pingue-pongues 
 
 
c) Nos compostos formados por dois substantivos, se o 
segundo elemento limita ou determina o primeiro, 
indicando tipo ou finalidade, a variação ocorre 
somente no primeiro elemento. 
 banana-maçã bananas-maçã 
 salário-família salários-família 
 peixe-espada peixes-espada 
 caneta-tinteiro canetas-tinteiro 
 manga-rosa mangas-rosa 
 samba-enredo sambas-enredo 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
25 
e) Nos compostos formados de verbo seguido de 
substantivo no plural, ambos os elementos ficam 
invariáveis. 
 o saca-rolhas os saca-rolhas 
 o tira-dúvidas os tira-dúvidas 
 
a) Para os demais substantivos compostos, convém 
observar o seguinte: 
 
✓ só devem ir para o plural os substantivos, os 
adjetivos e os numerais. 
 quinta-feira quintas-feiras 
 boa-vida boas-vidas 
 primeiro-ministro primeiros-ministros 
 cachorro-quente cachorros-quentes 
 obra-prima obras-primas 
 guarda-civil guardas-civis 
 
 
✓ Os verbos e os advérbios, assim como os 
prefixos que entram na formação dos 
substantivos compostos (co-, ex-, vice-, etc.) 
não variam. 
 guarda-comida guarda-comidas 
 ex-aluno ex-alunos 
 co-autor co-autores 
 vira-lata vira-latas 
 
 
 É importante ressaltar que alguns substantivos 
originalmente aumentativos ou diminutivos, não 
mais dão ideia de aumento ou diminuição. São, por 
isso mesmo, chamados de aumentativos e 
diminutivos formais. É o que ocorre em palavras 
como: 
✓ cigarrilha, 
✓ folhinha (calendário), 
✓ cartão, 
✓ portão, 
✓ caldeirão. 
 
 
 
 Há casos, também, em que os sufixos aumentativos 
e diminutivos são utilizados com valor afetivo 
(paizinho, amorzinho) ou pejorativo (livreco, 
gentinha). 
 
 
 
 
 
ADJETIVO 
 
Observe os exemplos 
 
 mulher cruel poema melancólico 
 coração duro pobre moça apaixonada 
 
 Os termos destacados referem-se aos substantivos 
com a função de atribuir-lhes uma característica, ou 
seja, uma qualidade, um estado, um modo de ser. As 
palavras que exercem essa função são chamadas de 
adjetivos. Portanto: 
 
 Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e 
grau que caracteriza o substantivo, indicando-lhe 
qualidade, estado, modo de ser ou aspecto. 
 
Flexão do adjetivo 
 O adjetivo apresenta flexão de gênero e número, 
concordando com o substantivo a que estiver se 
referindo. 
 
Os substantivos empregados como adjetivos ficam 
invariáveis. 
 blusa vinho / blusas vinho 
 mulher monstro / mulheres monstro 
 camisa rosa / camisas rosa 
 homem aranha / homens aranha 
 
 
Adjetivos compostos 
1. Como regra geral, nos adjetivos compostos somente 
o último elemento varia, tanto em gênero quanto 
em número. 
 acordos luso-franco-brasileiros 
 
camisas verde-claras 
 
2. Se o último elemento for substantivo, o adjetivo 
composto fica invariável. 
 camisas verde-abacate 
 
 sapatos marrom-café 
 
3. Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste 
ficam invariáveis. 
 blusas azul-marinho 
 camisas azul-celeste 
 
4. No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os 
elementos variam 
 menino surdo-mudo menina surda-muda 
 meninos surdos-mudos meninas surdas-mudas 
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26 
Esta casa é tão arejada quanto aquela. 
tão + adjetivo + quanto (ou como) 
Esta casa é mais arejada (do) que aquela. 
mais + adjetivo + (do) que 
Esta casa é menos arejada (do) que aquela. 
 menos + adjetivo + (do) que 
Flexão de grau 
 O adjetivo apresenta-se no grau comparativo 
quando a qualidade que ele expressa está em 
comparação com a de outros seres, e no grau 
superlativo quando essa qualidade se apresenta em 
grau elevado. 
 
Grau comparativo 
 O comparativo pode ser: 
1. de igualdade – a qualidade expressa pelo adjetivo 
aparece com a mesma intensidade nos elementos 
que se comparam. O comparativo e igualdade 
apresenta, geralmente, a seguinte forma: 
 
 
 
 
 
2. de superioridade – a qualidade expressa pelo 
adjetivo aparece mais intensificada no primeiro 
elemento da relação de comparação. O comparativo 
de superioridade apresenta, geralmente, a seguinte 
forma: 
 
 
 
 
 
3. de inferioridade – a qualidade expressa pelo 
adjetivo aparece menos intensificada no primeiro 
elemento da relação de comparação. O comparativo 
de inferioridade apresenta, geralmente, a seguinte 
forma: 
 
 
 
 
 
Comparativos sintéticos 
 Normalmente, o grau comparativo é obtido pelo 
processo analítico. Há, no entanto, alguns adjetivos 
que formam o comparativo de superioridade pelo 
processo sintético.Comparativo de superioridade 
adjetivo analítico sintético 
bom mais bom melhor 
mau mais mau pior 
grande mais grande maior 
pequeno mais pequeno menor 
 
 
Nesses casos, deve-se preferir a forma sintética na 
comparação entre dois seres. Só se deve usar a 
forma analítica quando se comparam duas 
qualidades do mesmo ser. 
 
 Esta sala é mais grande que arejada. (comparação 
de duas qualidades do mesmo ser) 
 
 As formas mais pequeno e menor podem ser usadas 
indiferentemente, mas na linguagem moderna tem-
se dado preferência à forma sintética. 
 
 Esta sala é menor que a outra. ou 
 
 Esta sala é mais pequena que a outra. 
Grau superlativo 
 
 O superlativo pode ser: 
 
1. absoluto – a qualidade atribuída pelo adjetivo não é 
expressa em relação a outros elementos. 
 
 Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto 
analítico) 
 
 Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto 
sintético) 
 
 O superlativo absoluto sintético é feito pelo 
acréscimo dos sufixos superlativos: -íssimo, ílimo, ou 
–érrimo. 
 
2. relativo – a qualidade atribuída pelo adjetivo é 
expressa em relação a outros elementos. 
 
 Este exercício é o mais fácil do capítulo. (superlativo 
relativo de superioridade) 
 
 Este exercício é o menos fácil do capítulo. 
(superlativo relativo de inferioridade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
27 
FLEXÃO VERBAL 
CLASSIFICAÇÃO DO VERBO 
 
1. QUANTO À FLEXÃO 
 
a) REGULARES – O radical se mantém em todas as 
formas e as terminações são as mesmas. 
 
b) IRREGULARES – afastam-se do modelo da 
conjugação, apresentando alteração ou no radical 
ou nas desinências. 
Para saber se um verbo é irregular, basta flexioná-lo 
na 2ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo 
(com desinência –STE), se houver alteração na base 
do verbo, ele é irregular. 
 
c) DEFECTIVOS – são verbos de conjugação 
incompleta. São exemplos falir, abolir, reaver e 
adequar no presente. 
 
d) ABUNDANTES – possuem duas formas de idênticos 
valor 
Infinitivo particípio regular particípio 
irregular 
Aceitar Aceitado aceito 
Benzer Benzido bento 
Exprimir Exprimido expresso 
imprimir imprimido Impresso 
Salvar salvado salvo 
acender Acendido aceso 
entregar entregado entregue 
 
 Alguns verbos apresentam só o particípio irregular. 
Infinitivo particípio irregular 
Dizer Dito 
Fazer Feito 
Escrever Escrito 
Abrir Aberto 
 
Os verbos pagar, gastar e ganhar são usados no 
particípio irregular, com qualquer auxiliar. 
 Ele havia pago a conta. 
Tinham gasto muito. 
 
 
ESQUEMA PARA VERBO ABUNDANTE 
V. AUX. PARTICÍPIO FORMA VOZ 
SER/ESTAR IRREGULAR REDUZIDA PASSIVA 
TER/HAVER REGULAR DESENVOLVIDA 
(-ADO/-IDO) 
ATIVA 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. preencha as lacunas com o particípio adequado: 
a) Eu tinha frit________ o bolinho. 
b) O bolinho foi frit______. 
c) O padre havia ben________ a casa. 
d) A casa havia sido ben_________. 
e) O prêmio foi ganh______. 
f) Eu havia ganh________o prêmio. 
g) Mário havia cheg________. 
 
2. QUANTO AO EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS 
 
A) MODO INDICATIVO: exprime certeza. 
• PRESENTE – exprime fato que ocorre no momento 
da fala: 
O presente do indicativo também é usado para: 
a) exprimir uma verdade científica, um axioma. 
b) exprimir uma ação habitual. 
c) dar atualidade a fatos ocorridos no passado. 
d) indicar fato futuro bastante próximo, quando se 
tem certeza de que ele ocorrerá. 
Exemplos: canto, cantas, canta, cantamos, cantais, 
cantam. 
 
• PRETÉRITO PERFEITO – exprime um fato já 
concluído anteriormente. Passado próximo. 
Exemplos: cantei, cantaste, cantou, cantamos, 
cantastes, cantaram. 
 
• PRETÉRITO IMPERFEITO – exprime um fato anterior 
ao momento em que se fala, mas ainda em curso. 
Passado contínuo. 
• Exemplos: cantava, cantavas, cantava, cantávamos, 
cantáveis, cantavam. Bebia, bebias, bebia, 
bebíamos... 
 
• PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – indica um fato 
passado que já foi concluído, em relação a outro 
fato também passado. Passado distante. 
Usa-se mais o pretérito mais-que-perfeito 
composto. 
Exemplos: cantara, cantaras, cantara, cantáramos, 
cantáreis, cantaram. = Tinha (havia) cantado. 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
28 
• FUTURO DO PRESENTE – exprime um fato posterior 
ao momento em que se fala, tido como certo. 
Exemplos: cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, 
cantareis, cantarão. 
 
• FUTURO DO PRETÉRITO – exprime um fato futuro 
tomado em relação a um fato passado. 
Exemplos: cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, 
cantaríeis, cantariam. 
 
B) MODO SUBJUNTIVO: apresenta o fato de modo 
incerto, impreciso, duvidoso. Normalmente é 
empregado em orações que dependem de outras. 
• PRESENTE: nas orações subordinadas expressa fatos 
presentes ou futuros.(-E/-A) 
Exemplos: caso cante, cantes, cante, cantemos, canteis, 
cantem. 
 
• PRETÉRITO IMPERFEITO – indica uma ação passada, 
presente ou futura em relação ao verbo da oração 
principal.(-SSE) 
Exemplos: se cantasse, cantasses, cantasse, cantasse, 
cantássemos, cantásseis, cantassem. 
 
• FUTURO – é empregado em orações subordinadas 
para indicar eventualidade no futuro. (-R) 
Exemplos: se cantar, cantares, cantar, cantarmos, 
cantardes, cantarem. 
 
C) MODO IMPERATIVO: exprime uma atitude de 
ordem, solicitação, convite ou conselho. É 
empregado em orações absolutas, principais ou 
coordenadas. 
Prestem atenção! (ordem) 
 
Exemplos: 
• AFIRMATIVO: ------, canta/bebe (tu), cante/beba 
(você), cantemos/bebamos (nós), 
cantai/bebei(vós), cantem/bebam (vocês). 
 
• NEGATIVO: ------, não cantes/bebas (tu), não 
cante/beba (você), não cantemos/bebamos (nós), 
não canteis/bebais (vós), não cantem/bebam 
(vocês). 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERBOS QUE APRESENTAM PROBLEMAS NA 
CONJUGAÇÃO 
 
1) Verbos derivados de outros (repor, conter, convir, 
rever etc.) conjugam-se como os verbos primitivos. 
Ex.: pus – repus; quando tiver – quando retiver 
 
2) O verbo requerer é irregular na 1ª pessoa do 
singular do presente do indicativo e em todo 
presente do subjuntivo, nos outros tempos é 
regular, conjuga-se como beber. 
Ex.: requeiro, requeres, requer etc.; requeira, etc. 
 
3) Verbos com terminação –UIR flexionam em –I na 3ª 
pessoa do singular do presente do indicativo. 
 
4) os verbos terminados em ear (frear, passear, 
homenagear...) apresentam ditongo ei só no 
presente(do indicativo e do subjuntivo), com 
exceção da 1ª e da 2ª pessoas do plural (nós e vós) 
Ex.: freio, freias, freia, freamos, freais, freiam... 
 
5) os verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR 
e ODIAR (MARIO) têm a mesma conjugação, 
flexionam como o verbo ODIAR (OD –EIO, -EIAS, -
EIA, -EIAM). 
 
6) Os verbos aderir, preterir, discernir, concernir, 
impelir, expelir, repelir, competir mudam o e do 
radical para i na primeira pessoa do singular do 
presente do indicativo e em todo presente do 
subjuntivo. 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
01. O verbo corretamente flexionado está grifado na 
frase: 
(A) As tropas americanas não conteram os ataques da 
população enfurecida à Biblioteca Nacional. 
(B) Saqueadores de museus contrabandeiam obras de 
raro valor arqueológico no mercado internacional. 
(C) Nazistas se proporam a destruir, em enormes 
fogueiras, livros considerados perigosos na Alemanha. 
(D) O problema que sobreviu à invasão americana no 
Iraque foi a destruição de peças arqueológicas 
raríssimas. 
(E) Os invasores do Iraque não antevieram as funestas 
consequências dos saques, como o contrabando de 
obras valiosas. 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
29 
02. O verbo flexionado corretamente está grifado na 
frase: 
(A) Empresários requiseram licença ambiental para 
desenvolver seus projetos. 
(B) Muitos turistas vinherão ao Brasil central, atraídos 
pelos esportes náuticos. 
(C) Os investidores disporam-se a desenvolver um 
turismo ecológico na região. 
(D) Sobrevieramalguns contratempos, logo resolvidos, 
no alojamento dos visitantes. 
(E) Poucos turistas obteram a licença para permanecer 
mais tempo na região. 
 
03. O verbo grifado está corretamente flexionado na 
frase: 
(A) Empresários do agronegócio manteram-se atentos 
às previsões de escassez de chuvas. 
(B) Técnicos do governo creem que serão resolvidos os 
conflitos entre investidores e ambientalistas. 
(C) O governo, atento às instáveis condições do 
mercado, interviu na cotação do dólar. 
(D) Como sobreviram contratempos, foi inevitável a 
quebra da safra de grãos no ano passado. 
(E) Técnicos preveram queda na arrecadação, devido às 
elevadas taxas de juros. 
 
04. (2014 – FGV – Prefeitura de Osasco/SP –Inspetor de 
alunos) “uma pessoa que mora no Brasil seja 
informada de um fato" 
Se trocarmos o início dessa frase para “uma pessoa 
que morasse no Brasil", a forma verbal seguinte a ser 
corretamente empregada deveria ser 
a) seria informada. 
b) será informada. 
c) fosse informada. 
d) fora informada. 
e) for informada. 
 
05. (2014 – FGV – SUSAM – Economista 
“Espero que esse novo passo não leve 50 anos”. 
 
A forma verbal sublinhada pertence ao presente do s
ubjuntivo do verbo “levar”. Assinale a opção que i
ndica a forma verbal que está incorretamente conj
ugada nesse mesmo tempo e pessoa. 
a) Requeira (requerer). 
b) Intervenha (intervir). 
c) Entretenha (entreter.) 
d) Frequente (frequentar). 
e) Antepõe (antepor). 
 
 
 
06. (2014 – FGV – SUSAM – Agente Administrativo) 
"Quando vier a grande hora de nosso destino nós 
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um 
café". 
 
A forma "vier" pertence ao futuro do subjuntivo do 
verbo "vir". 
 
Assinale a frase em que uma forma desse mesmo 
tempo verbal está conjugada incorretamente. 
a) Quando eu quiser... (querer). 
b) Quando eu tiver... (ter). 
c) Quando eu ver... (ver). 
d) Quando eu for... (ir). 
e) Quando eu rir... (rir). 
 
07. (2014 – FGV – FUNARTE – Assistente 
Administrativo) “Talvez a gratidão devesse ser uma 
rotina em nossas vidas...”; a forma verbal que está 
corretamente conjugada no mesmo tempo e modo 
da forma sublinhada é: 
a) requisesse (requerer); 
b) entretesse (entreter); 
c) passeiasse (passear); 
d) convisse (convir); 
e) desdissesse (desdizer). 
 
08. (2014 – FGV – DPE-RJ – Técnico Superior 
Especializado - Administração) Na frase “se você quiser 
ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua 
forma corretamente conjugada. A frase abaixo em 
que a forma verbal está ERRADA é: 
a) se você se opuser a esse desejo. 
b) se você requerer este documento. 
c) se você ver esse quadro. 
d) se você provier da China. 
e) se você se entretiver com o jogo. 
 
09. (2013 – FGV – DETRAN/MA – Assistente de Trânsito) 
"A experiência mundial mostra que as campanhas 
para alertar e convencer a população, de forma 
periódica, da necessidade de obedecer regras básicas 
de trânsito, não são suficientes para frear veículos...” 
Assinale a alternativa que apresenta a conjugação do 
verbo "frear” de forma incorreta. 
a) Para que freiem veículos. 
b) Para que freemos veículos. 
c) Para freiarmos veículos. 
d) Para veículos serem freados. 
e) Para frearem veículos. 
 
 
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30 
10. Não é possível o exercício da profissão advocatícia 
se o cliente não tiver confiança absoluta em que as 
informações e os documentos passados a seu advogado 
sejam invioláveis. 
Permanecerá correta a articulação entre os tempos e os 
modos verbais da frase acima caso se substituam as 
formas sublinhadas, respectivamente, por: 
(A) seria possível - não tenha - são 
(B) será possível - não ter - serão 
(C) teria sido possível - não tenha - são 
(D) seria possível - não tivesse - fossem 
(E) será possível - não teria - sejam 
 
11. O verbo grifado está corretamente flexionado na 
frase: 
(A) Seria necessária a existência de estudos que se 
detessem nas principais causas do desemprego no País. 
(B) O advogado ateu-se ao aspecto fundamental da 
causa, para exigir o pagamento devido ao cliente. 
(C) Os candidatos ao emprego não se satisfazeram 
comas propostas salariais oferecidas. 
(D) Sobreviu um impasse nas negociações, que 
interrompeu o fornecimento dos produtos 
encomendados. 
(E) A demanda só estará resolvida quando se 
propuserem condições dignas de um acordo entre as 
partes. 
 
12. ... que parecia suave anjo de voz tranquila. (final do 
2o parágrafo) 
O verbo de mesmo tempo e modo em que se encontra 
o verbo grifado acima está na frase: 
(A) ... em que se amarrava cachorro com linguiça ... 
(B) Só num único e mesmo jornal permaneci mais de 
vinte anos. 
(C) Algumas figuras se tornaram sombras ... 
(D) ... morreu nas masmorras do Chile ... 
(E) ... que largou o jornalismo ... 
 
 13. Saiba mais sobre nossos serviços, acessando o site 
www.com.br 
O verbo grifado em cada uma das alternativas, que está 
flexionado de maneira idêntica à do verbo também 
grifado na frase acima, é: 
(A) Estamos sempre dispostos a esclarecer suas dúvidas. 
(B) Aqui nós nos propomos a trabalhar com 
responsabilidade e cortesia. 
(C) Espere até sua senha ser apontada por um de nossos 
atendentes. 
(D) Esperamos que você esteja satisfeito com nosso 
atendimento. 
(E) Nosso atendimento personalizado busca o 
esclarecimento de possíveis dúvidas. 
14. Antes que se ...... reformas, os técnicos de inspeção 
...... a recursos que porventura ...... a faltar. 
(A) propossem - ativeram-se - vierem 
(B) propusessem - ativeram-se - vierem 
(C) propusessem - ateram-se - virem 
(D) propossem - ativeram-se - virem 
(E) propusessem - ateram-se - vierem 
 
15. ... esse tráfico seja responsável pela retirada de 38 
milhões de animais por ano... (2o parágrafo) 
O uso da forma verbal grifada na frase acima, 
considerando-se o contexto, indica 
(A) uma realidade presente e concreta. 
(B) uma hipótese provável. 
(C) um fato desejado no presente. 
(D) uma dúvida sem razão de ser. 
(E) uma ação futura. 
 
16. Há quem diga que isso não é urbano... 
(meio da resposta) 
O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os 
do 
verbo grifado acima está na frase: 
(A) ... que eu criei em 1985... 
(B) ... em que a ocupação da Amazônia foi uma 
prioridade. 
(C) ... a população ia para os núcleos urbanos. 
(D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem... 
(E) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa... 
 
17. ... os nobres enviavam marinheiros mundo afora ... 
(último parágrafo) 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que os 
do grifado acima está na frase: 
(A) ... todas tratam o colecionismo como algo mais que 
um simples passatempo de adolescentes. 
(B) Mas não pense que todo colecionador... 
(C) Quem passa da adolescência... 
(D) Os portos de Roterdã e Amsterdã enchiam-se de 
coisas maravilhosas e exóticas. 
(E) Sem elas, até mesmo a paisagem de alguns países 
seria diferente. 
 
 
Gabarito: 1. fritado, 2. Frito, 3.benzido, 4. Benta, 
5.ganho, 6. Ganhado ou ganho, 7. chego (não é verbo 
abundante – não é VTD – não passa para a voz passiva). 
Exercícios: 1.B, 2.D, 3.B, 4.A, 5.E, 6.C, 7.E, 8.C, 9.C, 10.D,11.E, 12.A, 13.C, 14.B, 15.B, 16.E, 17.D. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
31 
VOZES DO VERBO 
 
VOZ ATIVA: sujeito pratica a ação do verbo. 
Maria pintou o quarto. 
 
VOZ PASSIVA: sujeito sofre a ação do verbo. Só V.T.D. 
 Maria foi agredida pelo noivo. 
 Comeu-se o bolo 
 
VOZ REFLEXIVA: sujeito pratica e sofre a ação do verbo. 
Maria se pintou. 
Os noivos se beijaram. 
 
• A VOZ PASSIVA PODE SER: 
 
1. Analítica (Verbal): com locução verbal 
v. SER + v. principal no particípio (-ADO/-IDO). 
 
 Sujeito sofre a ação; o agente da passiva pratica. 
O texto será corrigido por um professor. 
OU 
2. Sintética (Pronominal): com pronome apassivador 
V.T.D.+ SE (pron. apassivador). 
Perdeu-se a oportunidade. (= A oportunidade foi 
perdida) 
 
TRANSFORMAÇÃO DE VOZ VERBAL 
 
Como passar da voz ativa para a passiva 
Lembre-se: só passa para a voz passiva VTD. 
1º. Transforme o Objeto Direto em sujeito da 
passiva; 
2º. Transforme o verbo da oração em locução 
verbal, acrescentando verbo auxiliar SER antes 
do principal (no particípio: –ADO/-IDO), sempre 
respeitando o mesmo tempo utilizado na ativa; 
3º. Transforme o sujeito em agente da passiva, 
introduzido por preposição (POR/DE). 
Fixação 
Transformação para a passiva das frases abaixo. 
A menina colheu a flor. (voz ativa) 
 ↓↓↓↓ 
A flor foi colhida pela menina. (voz passiva) 
 
A menina havia colhido a flor. (voz ativa) 
 ↓↓↓↓ 
A flor havia sido colhida pela menina. (voz passiva) 
 
Como passar da voz passiva para a ativa 
1º. Transforme o agente da passiva em sujeito; 
 
2º. Transforme a locução verbal em VTD, retirando 
o verbo auxiliar SER, sempre respeitando o 
mesmo tempo utilizado na passiva. 
 
3º. Transforme o sujeito em OD da ativa. 
 
Obs.: se não houver agente da passiva, o verbo (na 
passagem para a ativa) ficará na 3ª pessoa do plural, 
indicando indeterminação do sujeito. 
Fixação 
Transformação para a ativa das frases abaixo. 
O cão fora atropelado pelo guarda. (voz passiva) 
 ↓↓↓↓ 
O guarda atropelara o cão. (voz ativa) 
 
A carta tinha sido entregue. (voz passiva) 
 ↓↓↓↓ 
Tinham entregado a carta. (voz ativa) 
 
Exemplos da transformação de vozes verbais 
Colheram as flores. (voz ativa) 
 O.D. 
= 
 
Colheram-se as flores. (voz passiva sintética) 
 SUJEITO 
= 
As flores foram colhidas. (voz passiva analítica) 
SUJEITO 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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32 
EXERCÍCIOS 
 
01. (FGV-Técnico Legislativo/Sen. Fed.) Assinale a 
alternativa em que a estrutura não esteja na voz 
passiva. 
(A) o seu sentido não pode ser fixado 
(B) se dizia que era o texto 
(C) a disputa pelo seu sentido possa se fazer 
(D) mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988 
(E) Ele só se torna efetivo 
 
02. Transpondo-se para a voz ativa a frase Eficazes 
sistemas de irrigação teriam sido utilizados pelos 
antigos em suas culturas de cereais, a forma verbal 
resultante deverá ser 
(A) seriam utilizados. 
(B) teriam utilizado. 
(C) foram utilizados. 
(D) utilizaram-se. 
(E) haveriam de utilizar. 
 
03. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de 
Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de 
fungos com potencial de decomposição de diferentes 
tipos de plástico. (3o parágrafo) 
Ao transpor-se para a voz passiva a expressão 
sublinhada, a forma verbal resultante será: 
(A) está sendo testado 
(B) tem sido testadas 
(C) estão sendo testados 
(D) vêm sendo testadas 
(E) vem sendo testados 
 
04. Ao passar para a voz passiva a oração: 
“Daqui a vinte anos já teremos avaliado os políticos de 
hoje.” A forma verbal ficará como consta na alternativa: 
a) serão avaliados 
b) teriam sido avaliados 
c) se avaliarão 
d) foram avaliados 
e) terão sido avaliados 
 
05. Transpondo para a voz passiva a frase "Estão 
abrindo suas portas aos visitantes", a forma verbal 
resultante será... 
a) serão abertas 
b) são abertas 
c) têm sido abertas 
d) têm aberto 
e) estão sendo abertas 
 
06. Transpondo-se para a voz passiva a frase uma Copa 
do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares, a 
forma verbal sublinhada deverá ser substituída por 
(A) é posta. 
(B) são postos. 
(C) era posta. 
(D) tem posto. 
(E) tem sido posto. 
 
07. Ele não é emitido por motores... (2o parágrafo) 
Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma 
verbal correta passa a ser 
(A) emitia. 
(B) emitem. 
(C) tinham emitido. 
(D) serão emitidos. 
(E) é para ser emitido. 
 
08. Transpondo-se para voz passiva a frase M. aceita 
essa ideia com gosto, a forma verbal resultante será 
(A) é aceita. 
(B) foi aceita. 
(C) tinha aceitado. 
(D) tinha sido aceitada. 
(E) aceitou-a. 
 
09. (IBFC/2014) Observe o seguinte fragmento do 
texto: 
 
“não se diz a ninguém que ele tem o nariz torto, 
mas, se for alguém que estiver em outra mesa,” 
 
Para construir sua crítica, a autora utilizou, na 
primeira oração desse trecho, um tipo específico de 
voz verbal. Sobre essa voz é correto afirmar que: 
A) se trata da passiva. 
B) se trata da ativa. 
C) tem caráter reflexivo. 
D) tem caráter recíproco. 
 
10. (IBFC/2010) A oração abaixo se encontra na: 
 
O trabalho foi publicado no "American Journal of 
Clinical Nutrition". 
A) voz ativa 
B) voz passiva sintética 
C) voz passiva analítica 
D) voz reflexiva 
 
 
Gabarito: 1.E, 2.B, 3.D, 4.E, 5.E, 6.A, 7.B, 8.A, 9.A, 10.C. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
33 
PRONOMES 
 
 É a palavra que substitui ou determina o nome. 
 De acordo com essas funções, o pronome pode 
ser classificado em pronome substantivo ou pronome 
adjetivo. 
 
 PRONOME SUBSTANTIVO - É aquele que substitui 
o substantivo. 
 Ex.: A casa é tua? 
 Ele foi embora. 
 
 
 PRONOME ADJETIVO - É aquele que acompanha o 
substantivo, determinando-o. 
 Ex.: Meu irmão viajou e levou minha mochila. 
 
 
Os pronomes classificam-se em: 
PESSOAIS, POSSESSIVOS, DEMONSTRATIVOS, 
INDEFINIDOS, INTERROGATIVOS E RELATIVOS. 
 
1. PRONOMES PESSOAIS 
 
 Substituem as três pessoas gramaticais 
 
RETOS OBLÍQUOS 
eu 
tu 
ele, ela 
nós 
vós 
eles, elas 
me, mim, comigo 
te, ti, contigo 
se, lhe, o, a, si, consigo, ele, ela 
nos, conosco 
vos, convosco 
se, lhes, os, as, si, consigo, eles, 
elas 
 
OS PRONOMES OBLÍQUOS PODEM SER: 
ÁTONOS: ME, TE, SE, NOS, VOS, O, A, OS, AS, LHE, LHES 
E 
TÔNICOS: MIM, COMIGO, TI, CONTIGO, SI, CONSIGO, 
ELE(A)(S), NÓS, VÓS (precedidos de preposição) 
 
 
 PRONOME OBLÍQUO REFLEXIVO- É o pronome 
oblíquo da mesma pessoa do pronome reto, 
significando a mim mesmo, a ti mesmo, etc. 
 Ex.: Eu me vesti rapidamente. 
 
 PRONOME OBLÍQUO RECÍPROCO - É representado 
pelos pronomes nos, vos, se, quando traduzem a ideia 
de um ou outro, reciprocamente. 
 Ex.: Nós nos cumprimentamos. 
 Eles se abraçaram. 
 
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 
 
1. Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, podem assumir 
as seguintes formas: 
a) LO, LOS, LA, LAS, depois de verbos terminados em 
r, s, z 
 
Ex.: Os habitantes da aldeia resolveram matá-lo 
 Fizemo-lo sair. 
 Meu filho brincava. Fi-lo estudar. 
 
 
b) NO, NOS, NA, NAS, depois de verbos terminados 
em ditongo nasal (am, em, ão, õe) 
 Ex.: Ouçam-na. 
 Peguem-no. 
 Eles não vendem o produto. Dão-no aos 
pobres. 
 Eles não têm certeza dessas resoluções. 
Supõe-nas. 
 
2. As formas tônicas dos pronomes oblíquos sempre 
vêm precedidas de preposição. 
 Ex.: Não houve nada entre mim e ti. 
 
Obs.: Se houver um verbo acompanhando o pronome, 
este será pessoal do caso reto. 
 Ex.: Empreste o livro para eu ler. 
 Disseram que é para tu viajares. 
 
3. As formas conosco e convosco serão substituídas 
por com nós e com vós se vierem seguidas de 
numeral ou de palavra como: todos, outros, 
mesmos, próprios, ambos. 
 Ex.: Deixaram o recado com nós mesmos. 
 Falei também com vós todos.4. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da 
frase for uma 3ª pessoa e o pronome referir-se a 
esse mesmo sujeito. 
 Ex.: Ela trazia a prova consigo. 
 
5. Se a palavra até tiver o valor de mesmo, também, 
inclusive, usa-se a forma reta do pronome. 
Ex.: Até eu tive problemas com essa empresa. 
 
6. Os pronomes oblíquos podem ser usados como 
possessivos. 
 Ex.: Não lhe entendo a intenção. 
 = 
 Não entendo a sua intenção. 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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7. Os pronomes O(S), A(S) são usados como OBJETO 
DIRETO e o pronome LHE(S) como OBJETO 
INDIRETO. 
 Ex.: Isto o compromete. 
 Isto lhe convém. 
 
8. Os pronomes pessoais do caso reto de 3ª pessoa 
(na função de complemento) podem contrair-se 
com as preposições de ou em. 
 Ex.: Ninguém cuida de melhorar a sorte dele. 
 
9. Quando esses pronomes exercem a função de 
sujeitos, essa contração não deve haver. 
 Ex.: É capaz de ele não poder chegar. 
 
10. Na linguagem coloquial, o pronome nós é 
frequentemente substituído por a gente. O verbo 
deverá ficar na 3ª pessoa do singular. 
 Ex.: É verdade que a gente está só. 
 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO 
 
Você v. tratamento 
familiar 
Vossa Alteza V.A príncipes , 
duques 
Vossa Eminência V.Em.ª Cardeais 
Vossa Excelência V.Ex.ª altas autoridades 
Vossa Magnificência V.Mag.ª Reitores 
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores 
Vossa Meritíssima juízes de direito 
Vossa Onipotência Deus 
Vossa 
Reverendíssima 
V.Rev.ª Sacerdotes 
 Vossa Senhoria V.S.ª altas autoridades 
 Vossa Santidade V.S. papa 
 
Emprega-se vossa quando 2ª pessoa, isto é, em relação 
a com quem falamos. 
 
Emprega-se sua quando 3ª pessoa, isto é, em relação à 
de quem falamos. 
 
 
 
 
 
2. PRONOMES POSSESSIVOS 
 
 Indicam aquilo que pertence a cada uma das 
pessoas gramaticais. 
 1ª: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 
 2ª: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 
 3ª: seu(s), sua(s) 
 
1. Esses pronomes nem sempre indicam posse. Podem 
indicar afetividade, cortesia, cálculo aproximado, 
valor indefinido. 
 Ex.: Meu caro amigo. 
 Não se incomode, meu filho. 
 Ana, com seus três anos, não era nenhum 
anjo. 
 Ela tem lá suas manias. 
 
2. Os pronomes seu(s), sua(s) podem referir-se à 2ª e 
à 3ª pessoas. Por isso, seu emprego pode gerar 
ambiguidade. 
 Ex.: Ele saiu com sua namorada. 
 
 
3. A forma seu não é um possessivo quando resultar 
da alteração fonética da palavra senhor: 
 Ex.: Muito obrigado, seu Eduardo. 
 
 
 
 
3. PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
 
São pronomes que situam o ser no espaço e no tempo, 
tomando como ponto de referência as três pessoas 
gramaticais. 
 
 
Variáveis Invariáveis 
este(s), esta(s) 
esse(s), essa(s) 
aquele(s), aquela(s) 
 isto 
 isso 
 aquilo 
 
1. As palavras o, a , os, as, mesmo, próprio, 
semelhante e tal podem ser pronomes 
demonstrativos. 
 Ex.: Hoje o que vejo é muita violência. 
 Eles viram tal grandeza. 
 Nunca ouvi semelhante besteira. 
 
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2. Este(s), esta(s), isto, indicam o tempo presente em 
relação ao falante. 
 Ex.: Esta noite está bonita. 
 
3. Esse(s), essa(s), isso indicam o tempo passado ou o 
futuro pouco distante. 
 Ex.: Procurei Frederico essa noite. 
 
4. Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam tempo muito 
distante em relação ao falante. 
 Ex.: Naquele tempo não havia noite. 
5. Para situar o que já foi anteriormente expresso: 
esse(s), essa(s), isso. 
 Ex.: Encontramos várias soluções. Essas 
soluções são boas. 
 
6. Para situar o que vai ser expresso, utiliza-se este(s), 
esta(s), isto. 
 Ex.: O fato é este: estamos sem dinheiro. 
 
7. O pronome este retoma o elemento anterior mais 
próximo e aquele retoma o mais distante. 
 Ex.: Jogarão hoje Japão e Brasil, este com um 
futebol mais criativo e aquele com um mais 
calculado. 
 
 
4. PRONOMES INDEFINIDOS 
 
 Referem-se à 3ª pessoa gramatical de modo vago, 
indeterminado. 
 Variáveis Invariáveis 
algum(a), alguns, algumas 
nenhum(a), nenhuns, 
nenhumas 
bastante, bastantes 
todo(s), toda(s) 
outro(s), outra(s) 
muito(s), muita(s) 
pouco(s), pouca(s) 
certo(s), certa(s) 
vário(s), vária(s) 
tanto(s), tanta(s) 
quanto(s), quanta(s) 
qualquer, quaisquer 
alguém 
ninguém 
tudo 
outrem 
nada 
cada 
algo 
quem 
menos 
mais 
 
 
 
 
5. PRONOMES INTERROGATIVOS 
 
São aqueles empregados na formulação de perguntas. 
 Ex..: Quem chegou? 
 
Os pronomes interrogativos são que, quem, quanto e 
qual, onde, como... 
 
Não admitem resposta SIM/NÃO. Exigem resposta 
específica. 
 
 
6. PRONOMES RELATIVOS 
 
Referem-se a termos já expressos e, ao mesmo tempo, 
introduzem uma oração dependente. 
 Ex.: Esta é a pessoa que eu amo. 
 
Variáveis Invariáveis 
o qual, a qual, os quais, as 
quais 
cujo(s), cuja(s) 
quanto(s), quanta(s) 
que 
quem 
onde 
 
 
✓ Introduzem oração subordinada adjetiva. 
✓ Substituem substantivo ou pronome 
antecedente. 
✓ Exercem função. 
 
 
 
 
 
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USO PRONOMINAL 
 
Usam-se os pronomes como processo coesivo, 
substituindo termos citados, e, assim, evitando 
repetições. Mas é preciso estar atento para não usá-los 
inadequadamente. 
 
 
Pronomes oblíquos como objetos 
O, A, OS, AS→ substituem nomes sem preposição 
(sempre OD): 
 
Todos criticaram ø Pedro =Todos O criticaram. 
 
 
LHE, LHES→substituem nomes com preposição 
(sempre OI): 
 
Sempre obedeço A Pedro Sempre LHE obedeço. 
 
 
ME, TE, SE, NOS, VOS→substituem nomes com e sem 
preposição (podem ser OD ou OI)a classificação 
depende do verbo: 
 
Todos ME criticaram 
 
Sempre ME obedecem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Vou conseguir o material 
= 
vou conseguir + o = vou consegui-lo. 
 
 
 
Conseguimos o material 
= 
conseguimos + o = conseguimo-lo. 
 
 
 
Fiz o material 
= 
fiz + o = Fi-lo. 
 
 
 
Conseguiram o material 
= 
Conseguiram-no. 
 
 
 
Vou entregar a Pedro o convite 
= 
Vou entregar-lhe o convite ou Vou entregar a 
ele o convite. 
 
 
 
Gosto de Pedro 
= 
Gosto dele. 
 
 
 
Entrei na sala 
= 
Entrei nela. 
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EXERCÍCIOS 
 
1. ... entregar todos os seus pertences. 
... os delinquentes escolhem suas vítimas. 
 
Substituindo-se os termos grifados pelos pronomes 
correspondentes, a forma correta será 
a) entregá-los - escolhem-nas 
b) entregá-los - escolhem elas 
c) entregar-lhes - escolhem-as 
d) entrega-lhes - escolhem-nas 
e) entregá-los - escolhê-las 
 
2. O editorial foi considerado um desrespeito à 
soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba 
como uma questão menor, pretenderam reduzir a 
soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os 
habitantes do país não tivessem construído a 
soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas. 
Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se 
os 
segmentos sublinhados, respectivamente, por 
(A) trataram a ela - reduzir-lhe - a tivessem construído. 
(B) trataram-na - reduzi-la - a tivessem construído. 
(C) a trataram - a reduziram - tivessem-na construído. 
(D) trataram-lhe - reduziram-lhe - lhe tivessem 
construído. 
(E) trataram-na - reduziram-lhe - lhe tivessem 
construído. 
 
3. (2015 – FGV – Câmara Municipal de Recife/PE – 
Enfermeiro) Texto 5 – Nossa nova língua 
portuguesa - Julia Michaelis, Galileu, agosto 
2009 . Logo que comecei a trabalhar como 
editora, reparei que a diferença entre a língua 
falada e a escrita é maior em português do que 
em inglês, meu idioma nativo. Um estrangeiro 
pode passar anos sem topar com uma ênclise. De 
repente, abre um livro e “paft!” As pessoas não se 
sentam; sentam-se. Uma porta não se fecha; 
fecha-se. O ex-presidente Jânio Quadros uma vez 
falou “fi-lo porque qui-lo”.Tradução: fiz porque 
quis – e foi por causa da ênclise falada que a frase 
entrou na história. 
Com base no texto 5, o ex-presidente Jânio Quadros 
negou várias vezes ter dito essa frase porque, sendo 
ele professor de Língua Portuguesa, jamais poderia 
tê-la dito em função de estar errada. Sua forma 
correta e mais adequada seria: 
a) Fi-lo porque o quis; 
b) Fiz isso porque qui-lo; 
c) Porque qui-lo, o fiz; 
d) Fiz isso porque isso quis; 
e) Fi-lo porque quis-lhe. 
4. São evidentes os avanços tecnológicos, ninguém 
duvida dos avanços tecnológicos, mas não se deve 
atribuir aos avanços tecnológicos a propriedade de 
já representarem aquele pleno desenvolvimento 
social que não cabe aos avanços tecnológicos 
produzir. 
Evitam-se as abusivas repetições da frase acima 
substituindo-se os segmentos sublinhados, 
respectivamente, por: 
(A) duvida deles / não se os deve atribuir-se / não lhes 
cabe 
(B)) deles duvida / não se lhes deve atribuir / não lhes 
cabe 
(C) os duvida / não se deve atribuí-los / não lhes cabe 
(D) duvida deles / não se deve atribuí-los / não os cabe 
(E) deles duvida / não se deve atribuir-lhes / não os 
cabe 
 
5. Meus olhos estão bastante usados, mas não 
considero meus olhos inaptos para ver as miragens 
que seduzem meus olhos, e não atribuo a meus 
olhos o poder de alguma autêntica revelação. 
Evitam-se as repetições da frase acima substituindo-se 
os elementos sublinhados por, respectivamente, 
(A) não lhes considero - que seduzem-os -não lhes 
atribuo 
(B) não considero-os - que seduzem-nos -não os atribuo 
(C) não os considero - que lhes seduzem -não atribuo-
lhes 
(D)) não os considero - que os seduzem -não lhes 
atribuo 
(E) não lhes considero - que os seduzem -não lhes 
atribuo 
 
 
6. (2015 – FGV – TJ/BA – Técnico Judiciário) A frase 
“Deixamos eles bêbados”, dita por Hagar no 
segundo quadrinho do texto 6, mostra uma 
linguagem coloquial; a forma adequada à norma 
culta seria: 
a) deixamo-nos bêbados; 
b) deixamos-nos bêbados; 
c) os deixamos bêbados; 
d) deixamo-los bêbados; 
e) deixamos-los bêbados. 
 
Gabarito: 1.A, 2.B, 3.A, 4.B, 5.D, 6.D. 
 
 
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
1. Próclise: Colocação do pronome antes do verbo. 
Ela te iludiu. 
 
2. Mesóclise: É a colocação do pronome no meio do 
verbo. Ajudar-te-ia se pudesse. 
 
3. Ênclise: Colocação do pronome depois do verbo. 
Vendem-se casas. 
 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS DE PRÓCLISE 
1. Partícula atrativa na frente do verbo. 
a) Pronome demonstrativo: Isto, isso, aquilo... 
b) Pronome indefinido: Tudo, nada, alguém... 
c) Pronome relativo: O qual, cujo, onde, que... 
d) Palavra negativa: não, nunca, jamais... 
e) Conjunção Subordinativa: que, se, quando... 
f) Advérbio ou locução adverbial: ali, hoje... 
 
2. EM+GERÚNDIO(-NDO): Verbo no gerúndio 
antecedido da preposição em. Em se tratando de 
diversão, prefiro o Vôlei. 
 
3. Nas frases INTERROGATIVAS / EXCLAMATIVAS / 
OPTATIVAS. 
A senhora me chamou? A terra se abalou! Deus 
te ajude. 
 
Frase Optativa: Aquela que expressa desejo espiritual 
ao próximo. Seja de cunho positivo ou negativo. 
 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS DE MESÓCLISE 
1. Com verbo no FUTURO DO PRESENTE ou DO 
PRETÉRITO, desde que não haja Partícula Atrativa na 
frente do verbo. Dar-te-ei o bolo. Eu te darei o bolo. 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS DE ÊNCLISE 
1. Usaremos a ênclise quando não for possível nem o 
uso da Próclise, nem o da mesóclise. 
Compram-se apartamentos. Cale-se, por favor. 
 
2. Não se inicia frase com o pronome oblíquo. 
Me dê o livro. (errado) Dê-me o livro (correto) 
 
 
USO DO PRONOME COM LOCUÇÕES VERBAIS 
 
VERBO AUXILIAR +INFINITIVO: Qualquer colocação 
pode 
Eu te quero paquerar. Eu quero te paquerar. 
Eu quero-te paquerar. Eu quero paquerar—te. 
 
VERBO AUXILIAR+GERÚNDIO: Qualquer colocação 
pode. 
Eu te estou ajudando. Eu estou te ajudando. 
Eu estou-te ajudando. Eu estou ajudando-te. 
 
VERBO AUXILIAR + PARTICÍPIO: Só não pode depois do 
particípio (ADO/IDO) 
Eu te tenho namorado. Eu tenho-te namorado. 
Eu tenho te namorado. 
Eu tenho namorado-te (Forma incorreta). 
 
SE HOUVER PARTÍCULA ATRATIVA, NÃO OCORRERÁ 
ÊNCLISE NO VERBO AUXILIAR. 
Não te tenho namorado ou Não tenho te namorado. 
Nunca: Não tenho-te namorado ou 
 Não tenho namorado-te 
 
EXERCÍCIOS 
 
7. Numa das frases abaixo, a colocação do pronome 
pessoal átono não obedece às normas vigentes. 
Assinale-a: 
a) Ter-lhe-ia falado a meu respeito? 
b) Tenho prevenido-o várias vezes. 
c) Quem nos dará as razões? 
d) Nunca nos diriam a verdade. 
e) Haviam-no procurado por toda a parte. 
 
8. Indique a frase em que o pronome está colocado de 
acordo com o padrão culto. 
a) Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas. 
b) Pouco se sabe sobre esse caso. 
c) Que Deus acompanhe-te por toda parte. 
d) Agora, se ajeite e durma tranquilo. 
e) Contaria-me tudo, se eu quisesse. 
 
9. Entre eles e ________ existe um compromisso que 
só_______ se __________ ao sacrifício. 
a) eu - se cumprirá - dispusermo-nos 
b) mim - cumprir-se-á - nos dispuser-mos 
c) mim - se cumprirá - nos dispusermos 
d) eu - cumprir-se-á - dispursermo-nos 
e) eu - se cumprirá - dispuser-mo-nos 
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10. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que 
contraria a norma culta: 
a) Ter-me-ão elogiado. 
b) Tinha-se lembrado. 
c) Teria-me lembrado. 
d) Temo-nos esquecido. 
e) Tenho-me alegrado. 
 
11. Em todas as alternativas, o pronome átono 
destacado pode, segundo as regras da norma culta, 
ocupar pelo menos mais uma outra posição na 
frase, exceto: 
a) Uma aluna telefonou-me bem cedo. 
b) Quem me indicará o caminho? 
c) Ele disse que pretendia se formar antes de começar 
a trabalhar. 
d) A garota foi-se distanciando das outras crianças, 
pois queria ficar sozinha. 
e) Aparentemente, a criança estava se sentindo um 
pouco melhor. 
 
12. O emprego e a colocação dos pronomes estão 
corretos em: 
a) Lhe envio amanhã os livros e as fitas; trate-lhes com 
carinho. 
b) Ela havia negado-me um favor, e agora quer que eu 
a retribua? 
c) Acompanhe aquele rapaz, siga-lhe todos os passos, 
não o perca de vista. 
d) Entrei na casa, a examinei bem e não notei-lhe 
nenhum defeito. 
e) Deu o carro para pintarem-no, pediu o orçamento e 
lhe achou muito caro. 
 
13. (BB) Colocação incorreta: 
 a) Preciso que venhas ver-me. 
 b) Procure não desapontá-lo. 
 c) O certo é fazê-los sair. 
 d) Sempre negaram-me tudo. 
 e) As espécies se atraem. 
 
14. (TFT-MA) "O individualismo não a alcança." A 
colocação do pronome átono está em desacordo 
com a norma culta da língua, na seguinte alteração 
da passagem acima: 
 a) O individualismo não a consegue alcançar. 
 b) O individualismo não está alcançando-a. 
 c) O individualismo não a teria alcançado. 
 d) O individualismo não tem alcançado-a. 
 e) O individualismo não pode alcançá-la. 
 
 
15. Os pronomes oblíquos átonos podem ocupar três 
posições na oração em relação ao verbo: antes, no 
meio e depois. Das alternativas abaixo, aponte 
aquela que obedece à norma culta da língua. 
A) Ninguém chamar-te-ia para a convenção, uma vez 
que você jamais demonstrou interesse por ela. 
B) Em contando-me todos os fatos acontecidos durante 
a reunião, poderei compreendê-lo melhor. 
C) Todas as situações que foram-me apresentadas, 
merecem um maior estudo. 
D) Ainda que me considerem um amigo, não concordo 
com suas ideias. 
 
16. (AOCP) “Constatou-se que a área perto da antena 
do celular sofreu um aumento de 7% em consumo 
de glicose em relação ao escaneamento anterior, se 
tornando um pouco mais ativa. ”Considere as regras 
gramaticais da língua padrão culta e assinale a 
alternativa correta quanto ao que se afirma a 
respeito da colocação pronominal e do verbo que se 
encontra em destaque. 
(A) O pronome estáem posição de mesóclise. 
(B) O pronome está em posição de ênclise. 
(C) Por estar após a vírgula e iniciando a oração, o 
pronome deveria estar após o verbo. 
(D) O verbo, por estar no gerúndio, jamais poderia 
iniciar a oração. 
(E) Esse uso é facultativo na língua escrita. 
 
17. (AOCP) Em “Hoje, me sinto melhor e mais 
saudável.”, na expressão em destaque, 
(A) o pronome “me” tem função de sujeito e, por isso, 
encontra-se antes do verbo. 
(B) o pronome “me” é um pronome do caso reto. 
(C) o verbo tem um sujeito desinencial, está elíptico. 
(D) para se adequar à norma padrão da língua, o 
pronome “me” deveria ser substituído pelo pronome 
“se”. 
(E) de acordo como a norma padrão da língua, a 
colocação do pronome “me” nessa posição de 
mesóclise está adequada. 
 
Gabarito: 1.B, 2.B, 3.C, 4.C, 5.B, 6.C, 7.D, 8.D, 9.D, 10.C, 
11.C. 
 
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Exercício 
1. Corrija, se for necessário, as frases abaixo: 
a) Eu odeio ela. 
b) Eu gosto dela. 
c) É hora dela partir. 
 
2. Substitua pelo pronome adequado as formas 
repetidas. 
a) Tenho uma sombrinha, mas vou deixar a sombrinha 
aqui. 
b) Ontem pediste um presente; hoje, trouxemos o 
presente. 
c) Era para entregar o relatório, mas fiz o relatório só 
hoje. 
d) A menina está atrapalhando o assalto, amarrem a 
menina. 
 
3. Complete as lacunas com o pronome adequado. 
a) O livro é para _______________. (eu/mim) 
b) O livro é para _________ ler. (eu/mim) 
c) Entre ______e ______ não existe mais nada 
(eu/mim/tu/ti) 
 
 
USO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
1. As palavras o, a, os, as, mesmo, próprio, 
semelhante e tal podem ser pronomes 
demonstrativos. 
 
2. Este(a) indica o tempo presente em relação ao 
falante. 
 
3. Esse(a) indica o tempo pouco distante. 
 
4. Aquele(a) indica tempo distante em relação ao 
falante. 
 
5. Este(a)(s), isto indicam que um objeto está perto da 
pessoa que fala (1ª pessoa). 
 
6. Esse(a)(s), isso indicam que um objeto está perto da 
pessoa com quem se fala (2ª pessoa). 
 
7. Aquele(a), aquilo indicam que o objeto está perto 
da pessoa de quem se fala (3ª pessoa), ou seja, 
longe da pessoa que fala. 
 
8. Para situar o que já foi expresso: esse(a), isso. 
 
9. Para situar o que vai ser expresso, utiliza-se este(a), 
isto. 
 
10. Em uma enumeração, o pronome este retoma o 
elemento anterior mais próximo e aquele retoma o 
mais distante. 
Exercício 
1. Use o pronome demonstrativo adequado nas. 
a) __________noite está bonita.(agora) 
b) __________noite dormi mal. (ontem) 
c) ________ noite foi terrível. (semana passada) 
d) _________caneta em minha mão é de quem? 
e) _________pasta em sua mesa é minha. 
f) _________bolsa da Genoveva é linda. 
g) Ontem houve uma discussão na Assembleia 
Legislativa. ____________ fato atrasou a votação. 
h) ___________ evento marcará o ano: os jogos 
olímpicos. 
i) Jogarão hoje Alemanha e Brasil, _________ com um 
futebol mais criativo e ___________ com um mais 
calculado. 
 
 
2. Preencha as lacunas das frases abaixo: 
a. _______________carro que dirijo não é meu 
 
b. _______________teu fascínio é que me apaixona 
 
c. ______cadeiras que usamos são confortáveis, mas 
__________do Teatro Nacional são bem melhores 
 
d. _____que vês lá em alto-mar é a tempestade, o 
ciclone 
 
e. De todos os livros que li _ ____aqui foi o mais 
complicado 
 
f. Paula, de quem é _ ____ moto que o teu irmão 
dirige? 
 
g. Os tipos de predicado são _ ______: nominal, verbal 
e verbo-nominal 
 
h. Sei que vou alcançar meus objetivos e __está bem 
próximo 
 
i. Ao observar o juiz e o bandeirinha, percebi que _ 
____ confirmou o sinal que ____lhe fizera, e anulou 
o nosso gol 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
41 
3. Assinale a opção que completa adequadamente as 
lacunas da frase seguinte: 
Os pesquisadores e o Governo frequentemente 
assumem posições distintas ante os problemas 
nacionais: __________ se preocupam com a 
fundamentação científica, enquanto __________ se 
guia mais pelos interesses políticos. 
a) aqueles / este; 
b) esses / aquele; 
c) estes / esse; 
d) estes / aquele; 
e) aqueles / aquele 
 
 
 
4. (IBGE) Assinale o par de frases em que as palavras 
sublinhadas são substantivo e pronome, 
respectivamente: 
a) A imigração tornou-se necessária. / Pratique o bem. 
b) Ela é responsável. / Havia muito movimento na 
praça. 
c) Fale tudo o que precisa. / O consumo de drogas é 
condenável. 
d) Pessoas inconformadas lutaram. / Pesca-se muito em 
Angra. 
e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / 
Não entendi o que você disse. 
 
 
 
5. (TTN) Observe as palavras grifadas da seguinte 
frase: "Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do 
Edital nº 19/82." Elas são, respectivamente: 
a) verbo, substantivo, substantivo 
b) verbo, substantivo, advérbio 
c) verbo, substantivo, adjetivo 
d) pronome, adjetivo, substantivo 
e) pronome, adjetivo, adjetivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a locução 
grifada tem valor adjetivo: 
a) "Comprei móveis e objetos que entrei a utilizar com 
receio." 
b) "Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos." 
c) "Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis." 
d) "Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as 
serras..." 
e) "Abri o olho para que vizinhos sem escrúpulos não 
se apoderassem do que era delas." 
 
 
7. (UF-MG) As expressões sublinhadas correspondem 
a um adjetivo, exceto em: 
a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. 
b) Demorava-se de propósito naquele complicado 
banho. 
c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. 
d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da 
caatinga sem fim. 
e) E ainda me vem com essa conversa de homem da 
roça. 
 
 
8. (UM-SP) Na frase "As negociações estariam meio 
abertas só depois de meio período de trabalho", as 
palavras destacadas são, respectivamente: 
a) adjetivo, adjetivo 
b) advérbio, advérbio 
c) advérbio, adjetivo 
d) numeral, adjetivo 
e) numeral, advérbio 
 
 
9. (UN-UBERLÂNDIA) Das frase seguintes, uma contém 
uma locução adjetiva. Marque-a: 
a) Esta é a torneira de água quente. 
b) Comprei uma lâmpada vermelha. 
c) O piano dela é alemão. 
d) Esta boneca é muito feia. 
e) Ela é uma mulher corajosa. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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42 
10. (UNIFOR-CE) Na frase: "Passaram dois homens a 
discutir, um a gesticular e o outro com a cara 
vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, 
como: 
a) artigo, preposição preposição 
b) pronome, preposição, artigo 
c) preposição, preposição, artigo 
d) preposição, pronome, preposição 
e) preposição, artigo, preposição 
 
 
11. Assinale a frase em que "meio" funciona como 
advérbio: 
a) Só quero meio quilo. 
b) Achei-o meio triste. 
c) Descobri o meio de acertar. 
d) Parou no meio da rua. 
e) Comprou um metro e meio. 
 
 
12. (UEPG-PR) Na oração: "Certos amigos não 
chegaram a ser jamais amigos certos", o termo 
destacado é sucessivamente: 
a) adjetivo e pronome 
b) pronome adjetivo e adjetivo 
c) pronome substantivo e pronome adjetivo 
d) pronome adjetivo e pronome indefinido 
e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto 
 
 
13. (FESP) Assinale a alternativa correspondente à 
classe gramatical da palavra a, respectivamente: Esta 
gravata é a que recebi; Estou disposto a tudo; Fiquei 
contente com a nota; Comprei-a logo que a vi. 
a) artigo - artigo - preposição - preposição 
b) preposição - artigo - pronome demonstrativo - artigo 
c) pron. demonstrativo - preposição - artigo – pron. 
pessoal 
d) pronome pessoal - preposição - artigo - pronome 
pessoal 
e) nenhuma das alternativas 
 
 
14. (CETRO) Assinale a alternativa que apresenta a 
classificação morfológica correta da palavra que: 
(A) ... e lhes ensinariam que há uma enorme diferença 
entre eles e os peixinhosdos outros tubarões. 
(conjunção comparativa) 
(B) Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, 
inimigos, (pronome relativo) 
(C) ... mas silenciam em línguas diferentes, e por isso 
não podem se entender que silenciam em outra língua, 
(pronome demonstrativo) 
(D) belos quadros, que representavam os dentes dos 
tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins 
onde se brinca deliciosamente. (conjunção integrante) 
(E) e a música seria tão bela, que a seus acordes todos 
os peixinhos, (pronome relativo) 
 
Gabarito: 
 
morfologia: 
1. os: artigo, meus:pronome, dois: numeral, primos: 
substantivo, chatos:adjetivo, estão:verbo, 
2. advérbio modificando o verbo joga, 
3. advérbio modificando o advérbio mal, 
4. advérbio modificando o adjetivo cansada, 
5. numeral, 
6. preposição: liga termos, 
7. conjunção: liga orações, 
8. interjeição, 
9. eu: pronome pessoal reto, os: pronome pessoal 
oblíquo, me = meu: pronome possessivo, 
10. nada: pronome indefinido, 
11. o= aquilo: pronome demonstrativo, que = pronome 
relativo, 
12. quem: pronome interrogativo; você: pronome de 
tratamento. 
 
Uso de pronome pessoal: 1. a) Eu A odeio, b) Eu gosto 
DELA, c) É hora DE ELA partir. 2.a) ...vou deixá-LA em 
casa, b) ...trouxemo-LO, c) ...fi-LO somente hoje, d) 
...amarrem-NA. 
3. a) mim, b) eu, c) mim e ti. 
 
Uso de pronome demonstrativo: 1. a) esta, b) essa, c) 
aquela, d) esta, e) essa, f) aquela, g) esse, h) este, i ) 
este, aquela. 2. a) este, b) esse, c) estas/aquelas, d) 
aquilo (=lá), e) este (=aqui), f) aquela (do teu irmão = 
dele), g) estes, h) isso, i) aquele/este. 3.Alternativa a) 
aqueles / este; 4. e, 5. c, 6. e, 7. b, 8. c, 9. a, 10.c, 11. b, 
12. b, 13. C, 14.B 
 
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Termos da oração e suas funções morfossintáticas. 
 
 
MORFOSSINTAXE 
 
1. Substantivo: palavra nuclear 
 
2. Artigo 
 
3. Numeral 
 PALAVRAS ADJETIVAS 
4. Adjetivo referem-se a substantivo 
 e concordam com ele 
5. Pronome 
 Refere-se ao sujeito|=| 
6. Verbo 
 Se incompleto, 
 pede complemento |OD, OI, AP| 
 verbo 
7. Advérbio refere-se a adjetivo 
 (modificando) advérbio. 
 não concorda 
 
8. Preposição: liga termos, introduz orações reduzidas. 
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, 
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
 
9. Conjunção: liga orações. As coordenativas (e, nem, 
ou...) também ligam termos 
 
10. Interjeição: exprime sentimento repentino, indica 
saudação, apelo. Ai! Oh! Oi. Bom dia! Pelo amor da 
vaca preta! 
 
 
 
 
 
 
 
 
BASE PARA A PONTUAÇÃO 
 
SINTAXE DA ORAÇÃO 
 
1. SUJEITO→(substantivo) termo essencial 
 
2. OBJETO DIRETO → (substantivo) completa 
sentido de VTD sem preposição, não ocorre na 
voz passiva. (O.D. se transforma em sujeito na 
VOZ PASSIVA) 
 
3. OBJETO INDIRETO → (substantivo) completa 
VTI c/ preposição. 
 
4. AGENTE DA PASSIVA → (substantivo) completa 
locução verbal, pratica a ação na voz passiva, é 
introduzido por preposição por ou de. 
 
5. ADJUNTO ADVERBIAL → (advérbio – sem 
preposição - ou locução adverbial – com 
preposição) indica circunstância de tempo, 
modo, lugar, instrumento... 
 
6. ADJUNTO ADNOMINAL → artigo, numeral, 
pronome, adjetivo ou locução adjetiva, juntos 
do nome. Indicam característica própria. (=É) 
 
7. PREDICATIVO → (adjetivo) 
DO SUJEITO é separado do nome por verbo ou 
vírgula, indica uma característica não-própria. 
(=ESTAVA) 
DO OBJETO fica junto do nome, mas fica 
implícita a expressão “como sendo” e indica 
característica atribuída ao objeto pelo sujeito. 
 
8. APOSTO → substantivo → esclarece um termo 
anteriormente citado, geralmente com 
pontuação. 
 
9. COMPLEMENTO NOMINAL → (substantivo) 
completa o sentido de um nome incompleto 
que exige esse complemento preposicionado 
(regência nominal). 
 
10. VOCATIVO → (substantivo) 
chamamento, indica com quem se fala, vem 
separado por vírgula. 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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TERMOS DA ORAÇÃO 
 
 
• SUJEITOÉ o termo ao qual o verbo se refere e com 
que deve concordar. 
 
Tipos de sujeito 
Inexistente: com verbos impessoais. 
 
simples: um único núcleo. 
Núcleo: palavra fundamental (sem preposição) 
Uma grande mesa de mármore sumiu. 
 
composto: mais de um núcleo. 
O pai da noiva e o noivo choravam. 
 
 
Oculto/elíptico/desinencial 
Fomos à feira. (nós) Desce daí. (tu) 
 
indeterminado: 
• Verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito 
expresso ou subentendido. 
(Tocaram a campainha) 
 
• Verbo na 3ª pessoa do singular (menos o 
VTD/VTDI) com o índice de indeterminação do 
sujeito SE. 
(Vive-se pouco. Aqui se trabalha.) 
 
 
Classifique os sujeitos 
1. Três homens estranhos havia na rua de casa. 
2. Aconteceu ontem à noite um incidente estranho. 
3. Choveu granizo. 
4. Ligaram para ti 
5. Elegeu-se político corrupto. 
6. Votou-se em político corrupto. 
7. Quem fez o exercício? 
8. Bebe logo o remédio. 
9. É necessário fazer o exercício. 
10. Maria não gosta do rapaz que chegou. 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heroico o brado retumbante...” 
O sujeito da afirmação com que se inicia o Hino 
Nacional é: 
a) indeterminado 
b) um povo heroico 
c) as margens plácidas do Ipiranga 
d) do Ipiranga 
e) o brado retumbante 
 
2. A oração “Não faltam interessados em patrocinar o 
sonho da eternidade.” apresenta um sujeito: 
(A) oculto. 
(B) indeterminado. 
(C) inexistente. 
(D) claro (“interessados”). 
(E) expresso (“o sonho da eternidade”). 
 
3. Assinale a opção em que a oração NÃO tem sujeito. 
(A) “Em três décadas, haverá tantos idosos quantos 
jovens.” 
(B) “Dessa questão tratam agora a ONU, demógrafos e 
economistas [...] social.” 
(C) “Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,” 
(D) “Incerto é o momento...” 
(E) “...em que a chamada vida ativa já se transformou 
para a maioria em tempo livre,” 
 
4. Na expressão “faz calor”, o verbo está empregado 
impessoalmente. Assinale a opção em que o verbo 
sublinhado também está empregado impessoalmente: 
a) A chuva caiu a noite inteira, sem parar. 
b) Existe muita polêmica sobre o assunto. 
c) Não entrou porque havia esquecido a chave em casa. 
d) Deve haver muita gente na praia hoje. 
e) Choveram perguntas de todos os lados do auditório. 
 
Gabarito: 1. Oração sem sujeito, 2. Sujeito Simples, 3. 
Sujeito Simples, 4. Suj. Indeterminado, 5. Sujeito 
Passivo/Simples, 6. Suj. Indeterminado, 7. Sujeito 
Simples (Quem), 8. Suj. oculto (tu), 9. Suj. Oracional, 
10. Sujeito simples (QUE). 
Exercícios: 1.C, 2.D, 3.A, 4.D. 
E
X
P
R
E
S
S
O
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
45 
TERMOS QUE SE REFEREM A VERBO 
 
1. OBJETO DIRETO: complemento verbal sem 
preposição. 
Poucas pessoas já leram esse livro. 
 VTD OD 
O objeto direto caracteriza-se pelo seguinte: 
• Frase com OD pode ser transposta para a voz 
passiva. 
Eu aplaudi o cantor. (voz ativa) 
 VTD OD 
= 
O cantor foi aplaudido por mim. (v. passiva) 
 SUJEITO 
O OD da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva. 
Objeto direto preposicionado: a preposição, no 
entanto, não é exigida pelo verbo e pode até ser 
eliminada. 
A notícia surpreendeu a todos. 
SUJEITO VTD OD PREP. 
 
2. OBJETO INDIRETO: é o complemento verbal que, 
obrigatoriamente, vem iniciado por uma preposição. 
Muitos já desconfiavam de você. 
V.T.I.OBJ. IND. 
 
3. AGENTE DA PASSIVA: pratica a ação verbal na voz 
passiva, corresponde ao sujeito da ativa e sempre se 
inicia pela preposição POR/PELO e DE. 
 
Muitas árvores foram destruídas pelo vento. 
 suj paciente ag. da passiva 
 
4. ADJUNTO ADVERBIAL: termo que se relaciona ao 
verbo para acrescentar uma circunstância qualquer 
(tempo, modo, negação, causa, lugar, dúvida etc.). 
Talvez ele não vá à cidade hoje. 
 adj. adv. adj. adv. adj. adv. adj. adv. 
 de dúvida de negação de lugar de tempo 
 
 
TERMOS QUE SE REFEREM A NOME 
 
 
1. ADJUNTO ADNOMINAL: se relaciona a um nome 
(substantivo) para detalhar melhor esse nome. Pode 
ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. 
Pequenos flocos de espuma boiavam. 
adj. adn. nome adj, adn. 
 
2. PREDICATIVO: (adjetivo) termo que expressa uma 
característica, um estado, um modo de ser do 
nome. O predicativo relaciona-se ao nome sempre 
através de um verbo de ligação (expresso ou 
subtendido). 
O predicativo pode ser: 
Predicativo do sujeito: quando a característica é 
atribuída ao sujeito da oração. 
Os jogadores estavam nervosos. 
 suj. v. lig. predicat. do suj. 
 
Predicativo do objeto: quando a característica é 
atribuída ao objeto da oração. 
Ninguém considerou certa sua atitude. 
 suj. v.t.d. predicat. do obj. obj. dir. 
 
 Observe que o verbo de ligação está subtendido: 
Ninguém considerou (como sendo) certa sua atitude. 
 
3. COMPLEMENTO NOMINAL: relaciona-se a nomes 
de sentido incompleto a fim de completá-los. 
Assemelha-se ao objeto indireto, mas o objeto 
indireto inicia-se por uma preposição e completa o 
sentido de verbos, enquanto o complemento 
nominal completa o sentido de nomes. 
A população ficou revoltada com as mudanças. 
 nome incomp. (adjetivo) compl. nom. 
 
4. APOSTO: explica melhor um termo anteriormente 
citado, esclarecendo-lhe o sentido. 
Explicativo: 
O veículo, um caminhão velho e torto, desapareceu. 
Denominativo 
A professora Genoveva chegou. 
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46 
• VOCATIVO 
O vocativo é um termo usado para chamar a 
atenção da pessoa com quem se fala. O vocativo não 
pertence nem ao sujeito, nem ao predicado da oração. 
A vida, meu pai, está triste agora. 
 suj. vocativo predicado 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO 
A classificação do predicado depende do tipo de verbo 
que ele contém. 
1. VERBAL: sem predicativo. 
Núcleo: verbo (de ação) 
O homem partiu cedo. 
 
2. NOMINAL: com verbo de ligação. 
Núcleo: predicativo do sujeito. 
O homem estava furioso. 
 
3. VERBO-NOMINAL: com verbo intransitivo ou 
transitivo + predicativo. 
Núcleos: verbo e predicativo. 
O homem partiu furioso. 
Achei minha cidade diferente 
 
DICAS 
 
 
Os pronomes átonos me, te, nos, vos e lhe que 
assumem valor possessivo (=meu, teu, nosso, vosso, 
seu), classificam-se, em tais situações, como adjuntos 
adnominais. 
 
Corte-me o cabelo (=meu) 
 
Analisei-lhe a questão (=sua) 
 
 
 
 
PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS 
O, A, OS, AS → sempre OD. 
 Todos O criticaram. 
 OD VTD 
LHE, LHES→sempre OI. 
 Sempre LHE obedeço. 
 OI VTI 
ME, TE, SE, NOS, VOS →a classificação depende do 
verbo. 
 Eu TE conheço. Eu TE obedeço. 
 OD VTD OI VTI 
 
 
Termo preposicionado referindo-se a nome 
pode ser: 
ADJUNTO ADNOMINAL ou COMPLEMENTO NOMINAL 
Para distinguir um do outro: 
 
Analise o nome ao qual o termo preposicionado se 
refere: 
 
• Se o nome for substantivo concreto, o termo 
preposicionado é Adjunto Adnominal. 
 Ruas de terra 
 
• Se o nome for adjetivo ou advérbio, o termo 
preposicionado é Complemento Nominal. 
 Ele é rico de coceira 
 Moro perto da igreja 
 
• Se o nome for um substantivo abstrato que indicar 
uma ação, se o termo preposicionado PRATICAR a 
ação expressa pelo nome, é Adjunto Adnominal; se 
RECEBER a ação, é Complemento Nominal 
 A conquista do atleta 
Adjunto adnominal – pratica a ação do nome 
“conquista” 
 A conquista da medalha 
Complemento nominal – recebe a ação do nome 
“conquista” 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
47 
( )O cão por que fui atacado morreu 
( ) Ladrão é o que ele é 
( ) O beco por que passas fede. 
( )Preencha a vaga a que estás apto 
( ) A moça cujo pai morreu fugiu 
( ) O menino que caiu no rio morreu 
( ) O menino que conheci morreu 
( )O menino de que te falei morreu 
 
PRONOME RELATIVO - RESUMO 
 
 
1. Introduz oração subordinada adjetiva; 
2. Substitui na oração subordinada o termo citado na 
oração principal; 
3. Tem a função que o termo citado exerceria; 
4. Dependendo da função, vem precedido de 
preposição. 
 
Substituem: 
Que= coisa/pessoa/lugar 
O qual = coisa/pessoa/lugar. 
Quem = pessoa 
Onde = lugar 
 
Cujo = coisa/pessoa/lugar 
introduz ideia de posse (=dele(a)) 
Relaciona dois substantivos, indicando posse (=dele) 
em relação ao substantivo antecedente. 
O menino que se jogou no rio morreu. 
O menino cujo pai se jogou no rio está triste. 
 
 
FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO 
 
Além de indicar a subordinação, o pronome relativo 
por meio do qual se inicia a oração adjetiva exerce uma 
função sintática na oração a que pertence. 
Os pronomes relativos desempenham as seguintes 
funções: 
1. sujeito: As cartas que estão na gaveta são para você. 
2. objeto direto: Aqui está o livro que você me 
emprestou. 
3. objeto indireto: As musicas de que gosto são 
muitas. 
4. predicativo: “Reduze-me ao pó que fui” (Cecília 
Meireles). 
5. complemento nominal: O projeto com o qual ficou 
entusiasmado não foi aprovado pela diretoria. 
6. adjunto adnominal: O homem cuja moto comprei 
fugiu. 
7. adjunto adverbial: A cidade onde nasci é muito 
tranquila. 
8. agente da passiva: O colega por que fui enganada 
sumiu. 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Relacione as duas colunas, indicando qual a função 
sintática do pronome relativo. 
( 1 ) sujeito 
( 2 ) obj. direto 
( 3 )obj. indireto 
( 4 ) agente da passiva 
( 5 ) adj. adverbial 
( 6 ) adj. adnominal 
( 7 ) predicativo 
( 8 ) comp. Nominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 4/7/5/8/6/1/2/3. 
 
 
Classifique os verbos abaixo 
 
1. João estava triste. 
 
2. João estava em casa. 
 
3. João estava dormindo. 
 
4. Moro em Belém. 
 
5. Ele não comeu o bolo. 
 
6. Preciso de ajuda. 
 
 
 
Gabarito: 1. V. de ligação, 2. V. intransitivo, 3. V. 
auxiliar, 4. V. intransitivo, 5. VTD, 6. VTI. 
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48 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Em todos os enunciados abaixo, os termos 
sublinhados foram corretamente analisados, 
EXCETO: 
a) Não existe outro trabalho para mim? (= sujeito) 
b) Faltava-lhe ali um complemento. (= objeto 
direto) 
c) Os alunos, sonolentos, saíram da sala cedo. (= 
predicativo do sujeito) 
d) A situação a que ele se referiu foi triste. (= obj. 
indireto) 
e) Ele não compreende a nós.(= obj. direto prep.) 
 
 
 
2. Somente é objeto indireto o termo sublinhado em: 
a) Sabe-se que Judas traiu a Cristo. 
b) Não ofendemos a ninguém. 
c) Eles nunca me entenderam. 
d) Ele cumpriu com o seu dever. 
e) Tal atitude não me convém. 
 
 
 
3. Sabendo-se que o PREDICATIVO é um termo da 
oração que, por meio de um verbo, exprime 
qualificação ou caracterização do SUJEITO ou 
do OBJETO, identifique a oração que não 
apresenta predicativo do Sujeito ou do Objeto: 
a) Os alunos receberam entusiasmados as notas das 
provas. 
b) O juiz julgou desonesto o procedimento do réu. 
c) Os funcionários sonolentos não conseguiram 
trabalhar. 
d) Eles sempre me consideraram um bom professor. 
e) Os marinheiros, eufóricos, partiram para o mar. 
 
4. Em todas as orações abaixo, as pressões 
sublinhadas desempenham a função de 
complemento nominal, EXCETO: 
a) A obediência ao estatuto deve ser observada. 
b) A invenção da bomba atômica foi bastante 
celebrada. 
c) O interesse do aluno por Física é evidente. 
d) A resposta do aluno foi bastante agressiva. 
e) A conclusão do trabalho exigiu significativo 
esforço 
 
 
5. Em todas as orações abaixo, o LHE é adjunto 
adnominal, EXCETO: 
a) Uma ideia súbita LHE entrou no cérebro. 
b) Todos LHE elogiaram o trabalho. 
c) Era-LHE agradável presentear a esposa. 
d) Quando LHE morreu o marido, deixou-se estar em 
casa. 
e) Os filhos não LHE seguiram os passos. 
 
 
6. Todos os termos abaixo sublinhados 
desempenham a função de complemento 
nominal, EXCETO: 
a) O amor ao próximo é aconselhável aos 
governantes 
b) A crença dos índios em Tupã é belíssima. 
c) Ela sempre foi capaz de tudo. 
d) A predileção do avô pelo neto caçula é evidente. 
e) A colocação do cartaz foi trabalhosa. 
 
 
7. Todos os pronomes átonos destacados abaixo 
desempenham a função de adjunto adnominal, 
EXCETO: 
a) Era-me fácil estudar alemão. 
b) O médico tomou-nos o pulso. 
c) Todos me criticaram a inusitada atitude. 
d) Fazia tudo para saciar-me a curiosidade. 
e) A cobra picou-me o calcanhar. 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
49 
8. É nominal o predicado de todas as frases abaixo, 
EXCETO: 
a) O tronco virou canoa. 
b) A farmácia era perto da faculdade. 
c) O estudante fez-se doutor. 
d) Os meninos permaneciam imóveis. 
e) Eles saíram prejudicados com a queda do dólar. 
 
9. (FTM-ARACAJU) Das expressões sublinhadas abaixo, 
com as ideias de tempo ou lugar, a única que tem a 
função sintática do adjunto adverbial é: 
a) "Já ouvi os poetas de Aracaju" 
b) "atravessar os subúrbios escuros e sujos" 
c) "passar a noite de inverno debaixo da ponte" 
d) "Queria agora caminhar com os ladrões pela noite" 
e) "sentindo no coração as pancadas dos pés das 
mulheres da noite" 
 
10. (ETF-SP) Na oração "Esperei-o até tarde", o 
pronome o tem a mesma função sintática do termo 
grifado na frase: 
a) "Estamos confiantes em você" 
b) "É amado pelos pais" 
c)"Não me perguntaram nada" 
d) "Acompanharam o menino" 
e) "Emprestei-lhe o carro" 
 
11. A função sintática do Que em "Que existe entre o 
meu desejo" é: 
a) objeto direto 
b) adjunto adverbial 
c) objeto indireto 
d) sujeito 
e) predicativo do sujeito 
 
12. Na frase A loja ficou repleta de clientes, o termo 
destacado é: 
A) objeto direto 
B) objeto indireto 
C) agente da passiva 
D) complemento verbal 
E) complemento nominal 
13. (CETRO) O termo grifado, no trecho abaixo, tem a 
função sintática de: 
O sociólogo José Pastore, especialista em relações do 
trabalho, cita o crescimento econômico sustentado, 
uma educação de boa qualidade e a modernização da 
legislação trabalhista como três fatores fundamentais 
para reverter o quadro de desemprego. "Se tivermos 
essas três coisas, podemos ter perspectivas de dias 
melhores pela frente. Mas é preciso fazer os três", diz. 
(A) Objeto direto 
(B) aposto 
(C) sujeito 
(D) vocativo 
(E) adjunto adnominal 
 
14. (CETRO)Assinale a alternativa incorreta quanto à 
sintaxe do termo grifado no período: 
(A) O presidente da Bolsa de Tóquio, Takuo Tsurushima, 
pediu demissão nesta terça-feira.(objeto direto) 
(B) O erro provocou o caos no mercado de 
Tóquio.(adjunto adverbial) 
(C) A saída de Tsurushima já era esperada. (núcleo do 
sujeito) 
(D) O operador se equivocou em uma operação 
vinculada à entrada na Bolsa de uma pequena empresa. 
(adjunto adverbial) 
(E) Ao invés de vender uma ação da J-Com por 610 mil 
ienes, ele colocou 610 mil ações da J-Com a um iene a 
unidade. (núcleo do objeto direto) 
 
15. (CETRO)Assinale a alternativa que possua, na 
mesma ordem, dois verbos com a mesma transitividade 
dos grifados na oração: 
Um jogador que confunde o entrevistador, pois não 
corresponde à expectativa... 
 
(A) O rapaz agrediu o chefe, porque não tinha 
argumentos de defesa. 
(B) Embora gostasse de praia, preferiu o campo. 
(C) Jorge conversou com a filha e resolveu as mágoas. 
(D) A atriz conquistou a plateia que necessitava daquele 
humor. 
(E) O acidente provocou mortes e atrapalhou o trânsito. 
 
 
 
 
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16. (CETRO)“Seu coração é um barco de velas içadas...” 
O verbo destacado no verso é 
(A) intransitivo. 
(B) transitivo direto e indireto. 
(C) transitivo indireto. 
(D) transitivo direto. 
(E) de ligação. 
 
17. (CETRO)Assinale a alternativa que justifica 
corretamente a análise do verbo analisado na questão 
anterior (verbo ser, presente do modo indicativo). 
(A) O verbo é intransitivo porque não vem 
acompanhado de objeto. 
(B) O verbo é transitivo direto e indireto porque vem 
acompanhado de dois objetos: barco e velas. 
(C) O verbo é transitivo indireto porque vem 
acompanhado da preposição “um”. 
(D) O verbo é transitivo direto porque vem 
acompanhado do substantivo comum: um barco, que 
por sua vez, faz uma afirmação acerca do sujeito(seu 
coração). 
(E) O verbo é de ligação porque está ligando o sujeito 
“seu coração” a um predicativo “um barco de velas 
içadas”, que qualifica o sujeito. 
 
18. (UM-SP) Apesar de vistosa, a construção acelerada 
daquele edifício deixou-nos insatisfeitos novamente. Os 
termos em destaque no período são, respectivamente: 
a) adjunto adnominal, objeto indireto, adjunto adverbial 
b) complemento nominal, objeto direto, adjunto 
adverbial 
c) adjunto adnominal, objeto direto, predicativo do 
objeto 
d) complemento nominal, objeto direto, predicativo do 
objeto 
e) adjunto adnominal, objeto indireto, adjunto 
adnominal 
 
19. (FMU) Em: Tinha grande amor à humanidade / As 
ruas foram lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. 
Os termos destacados são, respectivamente: 
a) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto 
b) complemento nominal, objeto indireto, 
complemento nominal 
c) objeto indireto, complemento nominal, agente da 
passiva 
d) complemento nominal, agente da passiva, 
complemento nominal 
 
20. (UF-UBERLÂNDIA) "Ele observou-a e achou aquele 
gesto feio, grosseiro, masculinizado." Os termos 
sublinhados são: 
a) predicativos do objeto 
b) predicativos do sujeito 
c) adjuntos adnominais 
d) objetos diretos 
e) adjuntos adverbiais de modo 
 
21. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em 
negrito exerce a função de sujeito, exceto em: 
a) Quem sabe de que será capaz essa mulher? 
b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de 
edifícios. 
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso foram às 
piscinas. 
d) Era somente uma velha, jogada num catre de 
solteiros. 
e) É preciso que haja muita compreensão contigo. 
 
22. (EPCAR) A partícula apassivadora está exemplificada 
em: 
a) Fala-se muito nesta casa. 
b) Grita-se nas ruas.. 
c) Ouviu-se um belo discurso. 
d) Ria-se de seu próprio retrato. 
e) Precisa-se de um dicionário 
 
23. Assinale a opção em que o pronome “lhe” não tem 
o mesmo sentido que em: “O tempo arrebata-lhe a 
garganta” (v.10). 
A) Afagou-lhe os cabeloscom amor. 
B) A luz sempre lhe afugenta o sono. 
C) O marido sempre lhe nega a resposta. 
D) Ajeitou-lhe o colar e saiu mansamente. 
Gabarito: 1.b, 2.e, 3.c, 4. d, 5.c, 6.b, 7.a, 8.b, 9.d, 10. d, 
11.d, 12.e, 13.e, 14.d, 15.d, 16.e, 17.e, 18. d, 19.d, 20.a, 
21.d, 22.c, 23.c. 
 
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51 
COESÃO E COERÊNCIA. CONECTORES 
 
I) Coesão e coerência 
 
o texto é um conjunto harmônico de elementos, 
associados entre si por processos de coordenação ou 
subordinação. Os fonemas (sons da fala), representados 
graficamente pelas letras, se unem constituindo as 
palavras. Estas, por sua vez, ligam-se para formar as 
orações, que passam a se agrupar constituindo os 
períodos. A reunião de períodos dá origem aos 
parágrafos. Estes também se unem, e temos então o 
conjunto final, que é o texto. 
No meio de tudo isso, há certos elementos que 
permitem que o texto seja inteligível, com suas partes 
devidamente relacionadas. Se a ligação entre as partes 
do texto não for bem feita, o sentido lógico será 
prejudicado. Observe atentamente o trecho seguinte. 
 
Levantamos muito cedo. Fazia frio e a água 
havia congelado nas torneiras. 
Até os animais, acostumados com baixas 
temperaturas, permaneciam, preguiçosamente, em 
suas tocas. Apesar disso, deixamos de fazer nossa 
caminhada matinal com as crianças. 
 
O trecho é composto por vários períodos, 
agrupados em dois segmentos distintos. No primeiro, 
fala-se do frio intenso e suas consequências; no 
segundo, a decisão de não fazer a caminhada matinal. O 
que aparece para fazer a ligação entre esses dois 
segmentos? A locução apesar disso. Ora, esse termo 
tem valor concessivo, liga duas coisas contraditórias, 
opostas; mas o que segue a ele é uma consequência do 
frio que fazia naquela manhã. Dessa forma, no lugar de 
apesar disso, deveríamos usar por isso, por causa disso, 
em virtude disso etc. 
Conclui-se o seguinte: as partes do texto não 
estavam devidamente ligadas. Diz-se então que faltou 
coesão textual. 
Consequentemente, o trecho ficou sem 
coerência, isto é, sem sentido lógico. 
Resumindo, podemos dizer que a coesão é a 
ligação, a união entre partes de um texto; coerência é o 
sentido lógico, o nexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II) Elementos conectores 
Qualquer vínculo estabelecido entre as palavras, as 
orações, os períodos ou os parágrafos podemos chamar 
de coesão. Toda palavra ou expressão que se refere a 
coisas passadas no texto, ou mesmo às que ainda virão, 
são elementos conectores. Os termos a que eles se 
referem podem ser chamados de referentes. Eis os 
conectores mais importantes: 
 
1) Pronomes pessoais, retos ou oblíquos 
Ex.: Meu filho está na escola. Ele tem uma prova hoje. 
Ele = meu filho (referente) 
 
Carlos trouxe o memorando e o entregou ao chefe. 
o = memorando (referente) 
 
2) Pronomes possessivos 
Ex.: Pedro, chegou a sua maior oportunidade. 
Sua = Pedro (de Pedro) 
 
3) Pronomes demonstrativos 
Os demonstrativos estão entre os mais 
importantes conectores da língua portuguesa. 
Frequentemente se criam questões de interpretação ou 
compreensão com base em seu emprego. Veja os casos 
seguintes. 
 
a) O filho está demorando, e isso preocupa a mãe. 
Isso = O filho está demorando. 
 
b) Isto preocupa a mãe: o filho está demorando. 
Isto = o filho está demorando. 
 
Isso (esse, esses, essa, essas) é usado para fazer 
referência a coisas ou fatos já citados no texto. 
 
Isto (este, estes, esta, estas) refere-se a coisas ou fatos 
que ainda serão citados no texto. 
 
c) O homem e a mulher estavam sorrindo. Aquele 
porque foi promovido; esta por ter recebido um 
presente. 
Aquele = homem esta = mulher 
 
 
 
 
 
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52 
Temos aqui uma situação especial de coesão: 
evitar a repetição de termos por meio do emprego de 
este (estes, esta, estas) e aquele (aqueles, aquela, 
aquelas). Não se usa, aqui, o pronome esse (esses, essa, 
essas). Com relação ao exemplo, a palavra aquele 
refere-se ao termo mais afastado (homem), enquanto 
esta, ao mais próximo (mulher). 
 
 
4) Pronomes indefinidos 
Ex.: Naquela época, os homens, as mulheres, as 
crianças, todos acreditavam na vitória. 
 todos = homens, mulheres, crianças 
 
 
5) Pronomes relativos 
Ex.: Havia ali pessoas que me ajudavam. (que= as quais) 
que = pessoas 
 
No caso do pronome relativo, o seu referente costuma 
ser chamado de antecedente. 
 
 
6) Pronomes interrogativos 
Ex.: Quem será responsabilizado? O rapaz do 
almoxarifado, por não ter conferido os materiais. 
Quem = rapaz do almoxarifado 
 
7) Substantivos 
Ex.: José e Helena chegaram de férias. Crianças ainda, 
não entendem o que aconteceu com o professor. 
Crianças = José e Helena 
 
 
8) Advérbios 
Ex.: A faculdade ensinou-o a viver. Lá se tornou um 
homem. Lá = faculdade 
 
 
9) Preposições: ligam palavras dentro de uma mesma 
oração. Em casos excepcionais, ligam duas orações. Elas 
não possuem referentes no texto, simplesmente 
estabelecem vínculos. 
Ex.: Preciso de ajuda. 
Morreu de frio. 
 
 
 
 
 
 
Nas duas frases, a preposição liga um verbo a um 
substantivo. Na primeira, em que introduz um objeto 
indireto (complemento verbal com preposição exigida 
pelo verbo), ela é destituída de significado. Diz-se que 
tem apenas valor relacional. Na segunda, em que 
introduz adjunto adverbial, ela possui valor semântico 
ou nocional, uma vez que a expressão que ela inicia tem 
um valor de causa. Veja, a seguir, os principais valores 
semânticos das preposições. 
• De causa: Perdemos tudo com a seca. 
• De matéria: Trouxe copos de papel. 
• De assunto: Falavam de politica. 
• De fim ou finalidade: Vivia para o estudo. 
• De meio: Falaram por telefone. 
• De instrumento: Feriu-se com a tesoura. 
• De condição: Ele não vive sem feijão. 
• De posse: Achei o livro de André. 
• De modo: Agiu com tranquilidade. 
• De tempo: Retomaram de manhã. 
• De companhia: Passeou com a irmã. 
• De afirmação: Irei com certeza. 
 
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54 
PERÍODO COMPOSTO (BASE PARA O 
RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS) 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
SUBORDINAÇÃO 
A oração subordinada exerce uma função sintática da 
principal. 
Lucra | quem investir já. (a 2ª oração é sujeito da 1ª) 
 
SUBORDINADA SUBSTANTIVA 
 
Pode ser substituída pela palavra ISSO. 
Disse que viria . (=Disse isso) 
Introduzida por conjunção integrante 
Pode ser: 
1. OR. SUB. SUBS. SUBJETIVA (ISSO = sujeito) 
2. OR. SUB. SUBS. OBJETIVA DIRETA (ISSO = OD) 
3. OR. S. SUBS. OBJET. INDIRETA (ISSO = OI) c/ prep. 
4. OR. S. S. COMPLETIVA NOMINAL (ISSO = CN) c/ 
prep. 
5. OR. S. S. PREDICATIVA (suj + VL(ser) + ISSO = PS) 
6. OR. SUB. SUBS. APOSITIVA (ISSO = aposto) c/ 
pontuação 
 
SUBORDINADA ADJETIVA 
 
Iniciada por pronome relativo - o(a) qual, os(as) quais e 
sinônimos: que, quem, onde, cujo, quanto e como. 
1. Restritiva - restringe o substantivo. Sem vírgula. 
(=somente) 
Cria duas leituras QUE É... e QUE NÃO É... 
 
Sofre menos a mãe que só tem um filho. 
 
(Há a mãe que só tem um filho e há a mãe que NÃO 
tem só um filho) 
 
2. Explicativa - não restringe o substantivo. 
Com vírgula. (=TODOS) 
Tem uma única leitura (um único referente). 
 
Minha mãe, que não me esperava, ficou emocionada. 
 
(É uma mãe em particular) 
 
SUBORDINADA ADVERBIAL 
 
1. CAUSAL: Expressa o que origina o fato da oração 
principal. 
2. CONSECUTIVA: Expressa a consequência, o 
resultadode fato relatado pela oração principal, ou 
o que acontece a seguir. 
3. CONDICIONAL: Expressa a condição para que o fato 
da oração principal aconteça. 
4. CONCESSIVA: Expressa o que poderia impedir ou 
modificar o fato da oração principal, sem que o 
faça. 
5. COMPARATIVA: Há dois elementos em confronto, a 
oração comparativa revela o segundo elemento 
desse conjunto. 
6. CONFORMATIVA: O fato da oração principal realiza-
se de conformidade com o que expressa a oração 
Conformativa. 
7. FINAL: Expressa o objetivo, a finalidade daquilo que 
ocorre na oração principal. 
8. PROPORCIONAL: Expressa a dimensão entre os 
fatos. 
9. TEMPORAL: Expressa o momento em que acontece 
ou começa a acontecer o fato da oração principal. 
 
 
 
REDUZIDA: Oração subordinada com verbo em forma 
nominal. Sem conectivo. 
 
a) De infinitivo - substantiva, adjetiva ou adverbial. 
 
Eu era o único homem a sorrir. (adjetiva restritiva) 
 
 
b) De gerúndio - adjetiva ou adverbial. 
 
Chegando à cidade, receberás a carta. (adverbial 
temporal) 
 
 
c) De particípio – adjetiva e adverbial. 
 
Concedido o aumento, voltaremos. (adverbial 
condicional) 
 
 
 
 
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55 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
 
São as que iniciam as orações subordinadas. Podem ser: 
 
1) Integrantes: são as únicas desprovidas de valor 
semântico; iniciam orações que completam o sentido da 
outra; tais orações são chamadas de subordinadas 
substantivas (= ISSO). 
São apenas duas: que e se 
 
Ex.: É bom que o problema seja logo resolvido. 
Veja se ele já chegou. 
 
Obs.: As palavras que e se, nos exemplos acima, iniciam 
orações que funcionam, respectivamente, como sujeito 
e objeto direto da oração principal. 
 
2) Causais: iniciam orações que indicam a causa do que 
está expresso na oração principal. 
 
Principais conjunções: porque, pois, que, porquanto, já 
que, uma vez que, como, visto que, visto como. 
 
Ex.: O gato miou porque pisei seu rabo. 
Estava feliz pois encontrou a bola. 
Triste que estava, não quis passear. 
Já que me pediram, vou continuar. 
Visto que vai chover, sairemos agora mesmo. 
Como fazia frio, pegou o agasalho. 
 
3) Condicionais: introduzem orações que estabelecem 
uma condição para que ocorra o que está expresso na 
oração principal. 
Principais conjunções: se, caso, desde que, a menos 
que, salvo se, sem que, contanto que, dado que, uma 
vez que. 
 
Ex.: Explicarei a situação, se isso for importante para 
todos. 
Caso me solicitem, escreverei uma nova carta. 
Você será aprovado, desde. que se esforce mais. 
Sem que digas a verdade, não poderemos prosseguir. 
Contanto que todos participem da reunião, os projetos 
serão apresentados. 
Uma vez que ele tente, poderá alcançar o objetivo. 
 
 
 
4) Concessivas: começam orações com valor de 
concessão, isto é, ideia contrária à da oração principal. 
Principais conjunções: embora, ainda que, mesmo que, 
conquanto, posto que, se bem que, por mais que, 
suposto que, apesar de que, sem que, que, nem que. 
 
Ex: Embora gritasse, não foi atendido. 
Perderia a condução mesmo que acordasse cedo. 
Conquanto estivesse com dores, esperou 
pacientemente. 
Posto que me tenham convidado bastante, não quis 
participar. 
Por mais que tentem explicar, o caso continua confuso. 
Sem que tenha grandes virtudes, é adorado por todos. 
Doente que estivesse, participaria da maratona. 
 
5) Comparativas: introduzem orações com valor de 
comparação. 
Principais conjunções: como, (do) que, qual, quanto, 
feito, que nem. 
 
Ex.: Ele sempre foi ágil como o pai. 
Maria estuda mais que a irmã. (ou do que) 
Nada o entristecia tanto quanto o sofrimento de seu 
povo. 
Estava parado feito uma estátua. 
Rastejávamos que nem serpentes. 
Ele agiu tal qual eu lhe pedira. 
 
Observações 
a) Geralmente o verbo da oração comparativa é o 
mesmo da principal e fica subentendido. É o que ocorre 
nos cinco primeiros exemplos. 
b) As conjunções feito e que nem são de emprego 
coloquial. 
 
6) Conformativas: principiam orações com valor de 
acordo em relação à principal. 
Principais conjunções: conforme, segundo, consoante, 
como. 
Ex.: Fiz tudo conforme me solicitaram. 
Segundo nos contaram, o jogo foi anulado. 
Pedro tomou uma decisão consoante determinava a sua 
consciência. 
Carlos é inteligente como os pais sempre afirmaram. 
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56 
7) Consecutivas: iniciam orações com valor de 
consequência. 
Principais conjunções: que (depois de tão, tal, tanto, 
tamanho, claros ou ocultos), de sorte que, de maneira 
que, de modo que, de forma que. 
 
Ex.: Falou tão alto que acordou o vizinho. 
Gritava que era uma barbaridade. (Gritava tanto ... ) 
Eu lhe expliquei tudo, de modo que não há motivos para 
discussão. 
 
 
8) Proporcionais: começam orações que estabelecem 
uma proporção. 
Principais conjunções: à proporção que, à medida que, 
ao passo que, quanto (em correlações do tipo quanto 
mais ... mais, quanto menos ... menos, quanto mais ... 
menos, quanto menos ... mais, quanto maior...maior, 
quanto menor...menor). 
 
Ex.: Seremos todos felizes à proporção que amarmos. 
À medida que o tempo passava, crescia a nossa 
expectativa. 
O ar se tornava rarefeito ao passo que subíamos a 
montanha. 
Quanto mais nos preocuparmos, mais ficaremos 
nervosos. 
Quanto menos estudamos, menos progredimos. 
Quanto maior for o preparo, maior será a oportunidade. 
 
9) Finais: introduzem orações com valor de finalidade. 
Principais conjunções: para que, a fim de que, que, 
porque. 
 
Ex. : Fechou a porta para que os animais não entrassem. 
Trarei minhas anotações a fim de que você me ajude. 
Faço votos que sejas feliz. (= para que) 
Esforcei-me porque tudo desse certo. (= para que) 
 
10) Temporais: introduzem orações com valor de 
tempo. 
Principais conjunções: quando, assim que, logo que, 
antes que, depois que, mal, apenas, que, desde que, 
enquanto. 
 
Ex.: Cheguei quando eles estavam saindo. 
Assim que anoiteceu, fomos para casa. 
Mal a casa foi reformada, a família se mudou. 
Hoje, que não tenho tempo, chegaram as propostas. 
Estávamos lá desde que ele começou a lecionar. 
Enquanto o filho estudava, a mãe fazia comida. 
 
Observações finais 
a) Apesar de e em que pese a são locuções prepositivas 
com valor de concessão. Ligam palavras dentro de uma 
mesma oração ou introduzem orações reduzidas de 
infinitivo. 
Ex.: Apesar do aviso de perigo, ele resolveu escalar a 
montanha. 
Apesar de ventar muito, fomos para a pracinha. 
Em que pese a vários pedidos do gerente, o caixa não 
fez serão. 
Em que pese a ter treinado bem, foi colocado na 
reserva. 
 
b) Algumas conjunções coordenativas às vezes ligam 
palavras dentro de uma mesma oração. 
 
Ex. Carlos e Rodrigo são irmãos. 
Não encontrei Sérgio nem Regina. 
Comprarei uma casa ou um apartamento. 
 
 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
São independentes, não exercem função sintática 
umas em relação às outras. Podem ser: 
 
a) ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: sem 
conjunção 
 
b) ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS: com 
conjunção 
 
1. Aditivas: Estabelecem soma, adição de ideias. 
2. Conclusivas: Estabelecem ideia de conclusão. 
3. Adversativas: Estabelecem ideia oposta, contrária à 
apresentada na oração anterior. 
4. Explicativas: Estabelecem uma justificativa ou 
explicação. 
5. Alternativas: Estabelecem ideia de alternância ou 
escolha. 
 
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57 
LOCUÇÕES E CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
 
Conjunções coordenativas 
São as que iniciam orações coordenadas. Podem 
ser: 
1) Aditivas: estabelecem uma adição, somam coisas ou 
orações de mesmo valor. 
Principais conjunções: e, nem, (não só) mas também, 
(não só) como também, senão também, como, bem 
como, quanto, tampouco. 
Ex. : Fechou a porta e foi tomar café. 
Não trabalha nem estuda. 
Tanto lê como escreve.Não só pintava, mas também fazia versos. 
 
2) Adversativas: estabelecem ideias opostas, 
contrastantes. 
Principais conjunções: mas, porém, contudo, todavia, 
entretanto, no entanto, não obstante, senão, que. 
Ex.: Correu muito, mas não se cansou. 
As árvores cresceram, porém não estão bonitas. 
Falou alto, todavia ninguém escutou. 
Peça isso a outra pessoa, que não a mim. 
 
Obs.: Às vezes, a palavra e, normalmente aditiva, 
assume valor adversativo. 
Ex.: Fiz muito esforço e nada consegui, (mas nada 
consegui) 
 
3) Conclusivas: estabelecem conclusões a partir do que 
foi dito inicialmente. 
 
Principais conjunções: logo, portanto, por conseguinte, 
pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, 
em vista disso. 
 
Ex.: Chegou muito cedo, logo não perdeu o início do 
espetáculo. 
É bastante cuidadoso; consegue, pois, bons resultados. 
Estava desanimado, por conseguinte deixou a empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
4) Alternativas: ligam ideias que se alternam ou mesmo 
se excluem. 
Principais conjunções: ou, ou ... ou, ora ... ora, já .. .já, 
quer...quer, seja... seja. 
 
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro emprego. 
Ora narrava, ora comentava. 
"Já atravessa as florestas, já chega aos campos do Ipu. " 
(J.A.) 
 
5) Explicativas: justificam o que se diz na 1ª oração. 
 
Principais conjunções: porque, pois, que, porquanto. 
Ex.: Chorou muito, porque os olhos estão inchados. 
Choveu durante a madrugada, pois o chão está 
alagado. 
Volte logo, que vai chover. 
Era uma criança estudiosa, porquanto tirava boas 
notas. 
 
Obs.: Depois de imperativo, elas só podem ser 
coordenativas explicativas, como no terceiro exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONJUNÇÕES COM MAIS DE UM VALOR 
 
Mas pode ser: 
a)Coordenativa adversativa (=porém) 
b)Coordenativa aditiva (seguida de também; equivale a 
como) 
 
E pode ser: 
a)Coordenativa aditiva 
b)Coordenativa adversativa (= mas) 
c) Coordenativa conclusiva. (=portanto) 
 
Pois pode ser: 
a)Coordenativa explicativa/causal (=porque) 
b) Coordenativa conclusiva (=portanto) 
 
Porque pode ser: 
a)Coordenativa explicativa/causal 
b)Subordinativa final(= para que) 
 
Uma Vez Que pode ser: 
a)Subordinativa causal (= porque) 
b)Subordinativa condicional (=se = caso) 
 
Como pode ser: 
a)Coordenativa aditiva (= e) 
b)Subordinativa causal(= Porque) 
c)Subordinativa comparativa (=tal qual) 
d) Subordinativa conformativa (=conforme) 
 
Se pode ser: 
a)Subordinativa condicional (= caso) 
b) Subordinativa integrante (oração = ISSO) 
 
Desde Que pode ser: 
a) Subordinada condicional(=se = caso) 
b)Subordinativa temporal (=momento) 
 
Sem Que pode ser: 
a)Subordinativa condicional(=se = caso) 
b)Subordinativa concessiva (=embora) 
 
Quanto pode ser: 
a)Coordenativa aditiva 
b)Subordinativa comparativa 
c) Subordinativa proporcional 
 
Porquanto é sempre igual a Porque 
Conquanto é sempre igual a Embora 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Classifique as orações: 
a) Ficou sozinho para que pudesse refletir melhor. 
b) Enquanto a mulher trabalha, o marido lava a roupa. 
c) Tão nervoso estávamos, que não ouvimos a 
absolvição. 
d) Ainda que falte luz, continuaremos o trabalho. 
e) Como era Domingo, ninguém apareceu. 
f) Desde que ele concorde, indicaremos o seu nome. 
g) Segundo decidiu a assembleia, o capital será 
aumentado. 
h) Assim como a flor desabrocha, a mulher chega aos 
trinta. 
i) À medida que estudava, aprendia. 
j) Na medida em que estudei, aprendi. 
 
2. 
(1) coordenativa aditiva 
(2) coordenativa conclusiva 
(3) coordenativa adversativa 
 
( ) Genoveva estava doente e foi trabalhar. 
( ) Mário comeu muito e passou mal. 
( ) Maria saiu ontem à noite e se divertiu muito. 
( ) Ele não só espancou a mulher, mas agrediu os 
filhos. 
( ) Maria gosta muito de Genovevo, mas não quer 
vê-lo hoje. 
 
3. Classifique as conjunções abaixo, usando o código: 
(1) Coordenativa aditiva 
(2) Subordinativa causal 
(3) Subordinativa comparativa 
(4) Subordinativa conformativa 
(5) Subordinativa integrante (pron. interrogativo) 
 
( ) Como Maria estava doente, não foi trabalhar. 
( ) Como combinamos, viajaremos amanhã. 
( ) Como um asno tu agiste. 
( ) Como tu agiste, não sei dizer 
( ) Tanto lê como escreve. 
 
4. Classifique as conjunções abaixo, usando o código: 
(1) Subordinativa condicional 
(2) Subordinativa integrante 
(3) Subordinativa temporal 
(4) Subordinativa concessiva 
 
( ) Se Maria vem, não sei. 
( ) Se Maria não vier, não sei o que vou fazer. 
( ) Desde que casaste, sumiste. 
( ) Desde que corras, pegarás a carona. 
( ) Sem que tivesse estudado, passou. 
( ) Sem que estudes, não passarás. 
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5. "O homem que cala e ouve não dissipa o que sabe e 
aprende o que ignora." (Marquês de Maricá: Máximas) 
Separando por barras (/) as orações desse período, 
teremos: 
a) O homem que cala / e ouve / não dissipa o que sabe 
/ e aprende o que ignora . 
b) O homem / que cala e ouve / não dissipa / o que 
sabe e aprende / o que ignora. 
c) O homem que / cala e ouve / não dissipa o que sabe 
/ e aprende o que ignora. 
d) O homem que cala e ouve / não dissipa o que sabe / 
e aprende o que ignora. 
e) O homem / que cala / e ouve / não dissipa o / que 
sabe / e aprende o / que ignora. 
 
6. "É da história do mundo que (1) as elites nunca 
introduziram mudanças que(2) favorecessem a 
sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se 
achássemos que(3) estas lideranças empresariais teriam 
motivação para fazer a distribuição de rendas que(4) 
uma nação equilibrada precisa ter." 
O vocábulo que se classifica como conjunção integrante 
e como pronome relativo. Assinale a alternativa correta. 
a) 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. 
pronome relativo, 4. conjunção integrante; 
b) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. 
pronome relativo, 4. conjunção integrante 
c) 1. pronome relativo, 2. pronome relativo, 3. 
conjunção integrante, 4. conjunção integrante 
d) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. 
conjunção integrante, 4. pronome relativo. 
e) 1. pronome relativo , 2. conjunção integrante, 3. 
conjunção integrante, 4. pronome relativo. 
 
7. Assinale o período que contém oração coordenada 
sindética conclusiva. 
a) Fiquem calmos, pois o perigo já passou. 
b) Meu time venceu; está, portanto, classificado. 
c) Na festa, as pessoas não comiam nem bebiam. 
d) O atleta esforçou-se, mas não venceu a competição. 
 
8. (CETAP) Somente em uma das estruturas o que é 
pronome relativo, identifique-a: 
A) "O que somos mesmo,...". 
B) "Eu digo que é filho de nossa agitação...". 
C) "Que pena". 
D) Lya Luft fala que viramos robôs. 
E) Fala-se que os deuses são culpados. 
 
 
 
 
9. A alternativa que preenche a lacuna do período 
“Haveria protestos ______ que o diretor saísse.” para 
que a segunda oração se classifique em subordinada 
adverbial temporal é: 
a) para c) ainda que 
b) logo d) a menos 
 
10. Observe: 
1. “Todo dia 
 o sol levanta, 
 e a gente canta 
 ao sol de todo dia.” 
2. “Deve haver alegria dentro do peito 
 ou nas ondas do ar.” 
3. “Uma parte de mim 
 pesa, pondera, 
 mas a outra parte 
 delira.” 
Nos textos acima, as orações coordenadas em destaque 
classificam-se, respectivamente, em 
a) aditiva, alternativa, adversativa. 
b) aditiva, adversativa, alternativa. 
c) adversativa, alternativa, adversativa. 
d) adversativa, adversativa, alternativa. 
 
11. Assinale a alternativa em que a oração 
subordinada adverbial destacada está incorretamente 
classificada. 
a) À medida que os convidados chegavam, a festa se 
animava. (proporcional) 
b) Ela escreve tão bem quanto fala. (comparativa) 
c) Só venderei a casa se me ofereceram um bom 
dinheiro. (condicional) 
d) Quando você quiser, iremos ao teatro. (causal) 
 
12. Assinalea alternativa em que as conjunções 
completam, correta e respectivamente, as frases 
seguintes de acordo com o que se pede entre 
parênteses. 
Não quis ir à festa, _______ fiquei sozinha. (conclusão) 
Você irá comigo ________ ficará em casa? (alternância) 
Todos deveriam sair, _____ a maioria não quis. 
(adversidade) 
a) porém, ora, logo c) contudo, pois, portanto 
b) portanto, ou, mas d) logo, ou, porquanto 
 
13. (CETAP) Em: “O homem cuja orelha cresceu”, o 
vocábulo cuja dá ideia de: 
A) adição. D) posse. 
B) conclusão. E) tempo. 
C) lugar. 
 
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14. Em “Se eu quiser falar com Deus / Tenho que ficar 
a sós...”, a conjunção destacada estabelece, entre as 
ideias relacionadas, o sentido de 
a) tempo. 
b) condição. 
c) conformidade. 
d) concessão. 
 
15. Em “Ele assistiu ao jogo; sabe, pois, o resultado 
da partida.”, a oração coordenada sindética destacada 
classifica-se em 
a) aditiva. 
b) conclusiva. 
c) explicativa. 
d) adversativa. 
 
16. Marque a alternativa cuja oração em destaque 
desempenha a mesma função sintática da seguinte 
oração destacada: “O Brasil é o país onde a natureza é 
abundante”. 
a) A natureza no Brasil é tão exuberante que encanta 
pessoas do mundo inteiro. 
b) Queremos que haja as mesmas oportunidades para 
todos. 
c) Muitas pessoas não conhecem onde fica a sede do 
governo. 
d) É desenvolvido o país cujas leis são rigorosamente 
respeitadas. 
 
17. No texto 
“Era uma vez um homem tão covarde 
tão covarde, tão covarde 
que chegava cedo 
porque tinha medo de chegar tarde.”, 
a oração destacada classifica-se como subordinada 
adverbial 
a) temporal. 
b) causal. 
c) consecutiva. 
d) concessiva. 
 
18. (CETAP) Em: "Quanto mais compromissados, mais 
estressados. . .", estabeleceu-se uma relação de: 
A) adição. 
B) proporcionalidade. 
C) causa 
D) tempo. 
E) fim. 
 
 
 
 
19. “Isso tem sua lógica, na medida em que essas 
sociedades se preocupam também com os custos, mas 
se acostumaram a lidar com dados sobre os quais quase 
nada é debatido por parte de nossos mandatários da 
esfera política.” (L.47-50) 
 
Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura 
grifada, sem incorrer em alteração semântica. 
(A) à proporção que (D) conforme 
(B) já que (E) ao ponto em que 
(C) à medida que 
 
20. No enunciado “a população afro-descendente, que 
ainda vive muito pior que os brancos e mesmo outras 
minorias”, os elementos destacados classificam-se, 
respectivamente, como 
(A) pronome relativo e conjunção integrante. 
(B) pronome relativo e conjunção comparativa. 
(C) conjunção integrante e conjunção comparativa. 
(D) conjunção integrante e conjunção consecutiva. 
 
21. (CETAP) Em: "Creio que foi Manuel Bandeira", o 
termo em negrito é: 
A) preposição. 
B) pronome relativo. 
C) pronome interrogativo. 
D) conjunção integrante. 
E) interjeição. 
 
22. (CETAP) Pode-se substituir em: “Sou, portanto, um 
menino excluído”, o termo “portanto” pelo que consta 
na seguinte alternativa: 
A) por conseguinte. 
B) mas. 
C) no entanto. 
D) em vez disso. 
E) aliás. 
 
Gabarito 
1. Classifique as orações: 
a) (oração subordinada adverbial final) 
b) (oração subordinada adverbial temporal) 
c) (oração subordinada adverbial consecutiva) 
d) (oração subordinada adverbial concessiva) 
e) (oração subordinada adverbial causal) 
f) (oração subordinada adverbial condicional) 
g) (oração subordinada adverbial conformativa) 
h) (oração subordinada adverbial comparativa) 
i) (oração subordinada adverbial proporcional) 
j) (oração subordinada adverbial causal) 
2. 3-2-1-1-3, 3. 2-4-3-5-1, 4. 2-1-3-1-4-1, 5.E, 6.D, 7.B, 
8.A, 9.B, 10.A, 11.D, 12.B, 13.D, 14.B, 15.B, 16.D, 17.C, 
18.B, 19.B, 20.B, 21.D, 22.A. 
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PONTUAÇÃO 
 
 
Observação: Não se admite, no interior de orações, 
o uso da vírgula para separar o sujeito do predicado 
verbal, o verbo do seu complemento, o núcleo 
substantivo de um adjunto adnominal ou de um 
complemento nominal. 
 
Usa-se a vírgula no interior de orações para: 
 
1. separar termos coordenados, que compõem uma 
enumeração, termos com mesma função sintática. 
Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos tinham 
morrido. 
Nota: Não se deve usar vírgula, no entanto, se 
constituintes sintáticos idênticos vêm relacionados 
pelas conjunções "e", "nem" e "ou" (a menos que essas 
conjunções estejam repetidas). 
 
2. isolar o aposto. 
Vitória, capital do Espírito Santo, é uma ilha. 
 
3. isolar o vocativo. 
Saci, Seu Pedrinho, é uma coisa que eu juro que 
existe. 
 
4. indicar adjunto adverbial deslocado. 
No Brasil, os corruptos ficam soltos. 
 
5. indicar que complementos nominais ou verbais 
foram deslocados para o início da oração. 
De sua terra natal, ele sente saudades. 
 
6. Indicar predicativo do sujeito deslocado (antes do 
verbo) Cansado, o homem seguia sua jornada. 
 
7. indicar conjunções intercaladas: 
A ferida foi tratada. É preciso, porém, cuidar dela. 
 
8. isolar nomes de lugares, quando se transcrevem 
datas. Campinas, 18 de dezembro de 1997. 
 
9. intercalar expressões explicativas, como "em 
suma", "isto é", "ou seja", "vale dizer", "a 
propósito". 
Viajarei amanhã, ou seja, domingo. 
 
10. indicar que uma palavra foi suprimida 
(elipse/zeugma). 
A terra é redonda; meu pai, quadrado. (A vírgula 
está indicando a supressão do verbo "é".) 
 
PONTUAÇÃO ENTRE ORAÇÕES 
 
Usa-se a vírgula entre orações para: 
1. separar oração subordinada substantiva (=ISSO) 
apositiva da oração principal. 
Maria só quer uma coisa: que você volte logo. 
 
2. separar a oração subordinada adverbial deslocada 
(antes ou no meio da principal); 
Caso a subordinada adverbial venha depois da 
principal, a virgula será facultativa. 
Logo que o filho nasceu, o pai correu para a 
maternidade. 
O pai correu para a maternidade(,) logo que o filho 
nasceu. 
 
3. separar a oração subordinada adjetiva explicativa 
da oração principal. 
As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. 
 
4. separar orações coordenadas assindéticas. 
Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o 
colégio. 
 
5. separar orações coordenadas sindéticas. 
Há os que se esforçam muito, porém nunca são 
premiados. 
 
Observação: Não se usa a vírgula para separar 
orações coordenadas sindéticas ligadas pela conjunção 
e, exceto quando os sujeitos forem diferentes ou 
quando essa conjunção aparecer repetida: 
 Elas sairão de férias, e eu tomarei conta da casa. 
"Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua." Olavo 
Bilac 
6. para separar orações intercaladas. 
E o ladrão, perguntei eu, foi condenado ou não? 
Outros sinais de pontuação 
 
7. ponto-e-vírgula - Emprega-se principalmente para: 
• separar partes de períodos que já apresentam 
divisões assinaladas por vírgulas. 
A terra é redonda; meu pai, quadrado. 
 
• separar os itens de enunciados enumerativos. 
Compramos três filhotes: o primeiro, macho, de 
capa preta; o segundo, também macho, 
predominantemente marrom; o terceiro, uma 
fêmea, brincalhona e de olhinhos carentes. 
 
• separar orações coordenadas extensas. 
Cheguei a supor que fosse uma cilada; mas adverti 
logo que havia outros meios de capturar-me. 
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8. Dois-pontos - Usam-se os dois-pontos: 
• antes de uma citação ou fala de alguém. 
Disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa...". 
 
• para indicar o início de uma enumeração. 
Há três modos de enriquecer com facilidade: 
herdando uma fortuna, ganhando na loteria, ou 
casando-se com um rico! 
 
• para introduzir um esclarecimento ou explicação a 
respeito de algo previamente mencionado. 
Só quero uma coisa: paz 
 
9. Aspas - As aspas costumam ser utilizadas para: 
• indicar uma citação. 
Celso Luft afirma que "pontuar bem é ter visão clara 
da estrutura do pensamento e da frase.” 
 
• indicar estrangeirismos,neologismos, gírias. 
Tem gente que passa horas e horas "surfando" na 
Internet. 
 
• indicar ironia. 
Hoje o Ricardo, aquele "gênio", interrompeu várias 
vezes a aula com mais um de seus comentários 
absurdos. 
 
10. Reticências - as reticências são empregadas para: 
• indicar hesitação, interrupção, a suspensão de um 
pensamento que fica a cargo de o leitor completar. 
Se forem capazes de adivinhar qual foi minha 
ideia... 
• indicar que determinado trecho de um texto citado 
foi suprimido. Nesse caso, as reticências devem vir 
entre parênteses. Veja o exemplo: 
A língua compreende uma organização de sons 
vocais específicos, ou fonemas (... ), com que se 
constroem as formas linguísticas. J. M. Camara 
Jr. Dicionário de Linguística e Gramática 
 
11. Parênteses- utilizam-se os parênteses para 
intercalar observações, explicações ou comentários 
acessórios. 
 
Era um restaurante francês (tão francês que ficava 
na França) e perto da nossa mesa almoçava, 
sozinho, um homem ruivo. 
 Luís Fernando Veríssimo 
 
 
 
 
 
12. Travessão - o travessão é utilizado: 
• para indicar o discurso direto. 
O Que Dizem 
- Você sabe como funciona um computador? 
- Em tese, sei. 
- Verdade? 
- Não. Na verdade, não sei nem como funciona 
televisão. Luís Fernando Veríssimo 
 
• para isolar palavras ou enunciados intercalados. 
Nesse caso, usa-se o travessão duplo. 
Naquele dia - uma segunda-feira do mês de maio, 
deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa, 
a ver onde iria brincar a manhã. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de 
pontuação: 
a) Sem reforma social, as desigualdades entre as 
cidades brasileiras, crescerão sempre... 
b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante 
preocupação. 
c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste 
no IBGE. 
d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não 
demora a mudar. 
e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as 
providências serão tomadas. 
 
 
2. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está 
pontuada corretamente: 
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o 
resultado do concurso. 
b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o 
resultado do concurso. 
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o 
resultado do concurso. 
d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado 
do concurso, em fila. 
e) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o 
resultado do concurso. 
 
 
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3. Assinale a alternativa com pontuação correta: 
 a) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina e, 
mais análise. 
b) Hoje eu daria o mesmo conselho: menos doutrina e 
mais análise. 
c) Hoje, eu, daria o mesmo conselho, menos doutrina e 
mais análise. 
d) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina e 
mais análise. 
e) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos doutrina, e, 
mais análise. 
 
 
4. Assinale a alternativa com pontuação correta: 
a) Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. 
b) Cada qual, tem o ar que Deus, lhe deu. 
c) Cada qual, tem o ar, que Deus lhe deu. 
d) Cada qual tem o ar, que Deus, lhe deu. 
e) Cada qual tem, o ar que Deus lhe deu. 
 
 
5. A pontuação está correta em: 
a) É esta creio eu, a fita que por motivos políticos, foi 
censurada. 
b) É esta, creio eu, a fita, que por motivos políticos, foi 
censurada. 
c) É esta creio eu, a fita, que, por motivos políticos, foi 
censurada. 
d) É esta, creio eu, a fita que, por motivos políticos, foi 
censurada. 
e) É esta, creio eu, a fita que, por motivos políticos foi 
censurada. 
 
 
6. Há erro, por falta ou uso indevido de vírgula, em: 
a) Teus feitos, grande e imortal Ayrton Senna, jamais 
serão esquecidos. 
b) Um cientista moderno chegou à conclusão de que a 
vida, na Terra existe por um triz. 
c) A mulher aceita o homem por amor ao casamento, e 
o homem aceita o casamento por amor à mulher. 
d) Vencemos; não fique, pois, tão triste. 
e) Estou convencido de que a disparada da inflação 
guarda relação com a perda de confiança da 
sociedade nos governantes e nas instituições. 
 
 
7. Considere o texto seguinte e as afirmações 
subsequentes: 
"Noel Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto 
do samba — o Café Nice — e preferia a Lapa, onde vivia 
o pessoal da madrugada." 
 
I- Na frase, os travessões poderiam ser substituídos 
por vírgulas ou parênteses, sem prejuízo 
contextual da mesma. 
II- Os travessões desempenham aqui a mesma função 
que exercem num diálogo escrito. 
III- No caso específico desta frase, os travessões 
poderiam ser simplesmente abolidos, sem que isso 
resultasse em erro. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. d) Apenas II o III. 
b) Apenas II. e) I, II o III. 
c) Apenas I e III. 
 
 
8. Assinale a alternativa em que falta um sinal de 
pontuação. 
a) Aquela mãe só se preocupa com uma coisa: o futuro 
dos filhos. 
b) Ela só gostava de autores antigos, tais como: Mozart, 
Chopin e Verdi. 
c) Castro Alves (lamentavelmente, viveu pouco) é o 
criador imortal dos poemas "Navio Negreiro" e 
"Vozes da África". 
d) Da sacada, descortinava-se tudo o rio, a montanha e 
o vale. 
e) Não, amigo meu — eu conheço meus amigos — não 
faria isso. 
 
 
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9. Assinale a alternativa em que o período está 
incorretamente pontuado. 
a) Juliane, no início da tarde de ontem, encontrou, sua 
velha amiga. 
b) Juliane, ontem, encontrou sua velha amiga e 
conversaram bastante. 
c) Juliane encontrou sua velha amiga; não conseguiu, 
porém, conversar com ela. 
d) Juliane, moça simples e educada, encontrou ontem 
sua velha amiga. 
 
10. Observe: 
“Alguns jovens trabalham, estudam; outros, entretanto, 
só vivem à custa dos pais.”. 
A frase acima poderia ser redigida de modo diferente, 
sem desobedecer à regra da pontuação em: 
a) Alguns jovens, trabalham. Estudam. Outros, 
entretanto, só vivem à custa dos pais. 
b) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros 
entretanto só vivem à custa dos pais. 
c) Alguns jovens trabalham estudam. Outros, 
entretanto, só vivem à custa dos pais. 
d) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros, 
entretanto, só vivem à custa dos pais. 
 
11. Coloque V (verdadeiro) e F (falso) para as 
afirmações feitas quanto às frases abaixo, utilizadas em 
duas propagandas de duas marcas de cervejas 
nacionais. A seguir, assinale a alternativa que apresenta 
a sequência correta. 
I. “Desce redondo.” 
II. “Desce, redondo.” 
( ) Em I, redondo imprime uma circunstância de modo 
ao verbo, e não é necessário o uso da vírgula nesse 
caso. 
( ) Em II, a presença da vírgula permite que se 
classifique redondo como vocativo. 
( ) Em II, redondo é sujeito posposto ao verbo, por 
isso deve vir separado por vírgula. 
a) V - F - F c) V -V - F 
b) F - V - V d) F - F – V 
12. (cesgranrio) Assinale a opção que apresenta 
mudança de pontuação adequada para o início do 
primeiro parágrafo do texto. 
(A) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz 
uma análise da vida cotidiana, especificamente dos 
hábitos de vestimenta na França, durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
(B) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz 
uma análise da vida cotidiana, especificamente dos 
hábitos de vestimenta, na França, durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
(C) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon traz 
uma análise da vida cotidiana. Especificamente, dos 
hábitos de vestimenta na França durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
(D) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz 
uma análise, da vida cotidiana, especificamente dos 
hábitos de vestimenta, na França durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
(E) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz 
uma análise da vida cotidiana, especificamente dos 
hábitos de vestimenta na França durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
 
 
13. Assinale a opçãoem que foram corretamente 
empregados os sinais de pontuação, sem prejuízo da 
informação original contida no seguinte trecho do 
texto: “Surpreso, o garoto procura o lugar de onde vem 
o comando” (l.5-6). 
A O garoto surpreso procura o lugar de onde vem o 
comando. 
B O garoto, surpreso, procura o lugar de onde vem o 
comando. 
C O garoto procura surpreso, o lugar de onde vem o 
comando. 
D O garoto procura o lugar, surpreso de onde vem o 
comando. 
 
 
 
 
 
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14. “A zeugma consiste na supressão de um termo já 
expresso anteriormente e deve ser assinalada por 
vírgula.” William Roberto Cereja 
Pode-se afirmar que ocorre um desrespeito à regra 
antes transcrita em: 
A) “Não, não aguento mais.” 
B) “Minha amiga, você é vítima de uma crença 
absurda.” 
C) “... – replicou a outra, enquanto descobria mais uma 
minhoca gorda na terra úmida.” 
D) “ – Uééé ! – fez a outra, entre pensativa e incrédula.” 
E) “Uma era empírica-analítica, a outra intuitiva-
metafísica.” 
 
 
15. As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. 
Em uma única árvore da Amazônia já foram 
encontradas 95 espécies de formigas – 10 a menos do 
que em toda a Alemanha. (2o parágrafo) 
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de 
pontuação empregados no segmento transcrito. 
I. O ponto-e-vírgula pode ser substituído por dois-
pontos, sem alteração do sentido original. 
II. A vírgula assinala a ausência do verbo na frase, cuja 
repetição é desnecessária, por ser o mesmo da frase 
anterior. 
III. Uma vírgula pode ser empregada em substituição ao 
travessão, sem alterar o sentido original. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. (C) I e II, apenas. 
(B) III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 
 
16. Está correto o emprego do ponto-e-vírgula em: 
a) Solteiro, foi um menino turbulento; casado, era um 
moço alegre; viúvo, tornara-se um macambúzio. 
b) Solteiro; foi um menino turbulento, casado; era um 
moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. 
c) Solteiro, foi um menino; turbulento, casado; era um 
moço alegre viúvo, tornara-se um macambúzio. 
d) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um 
moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. 
e) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; era um 
moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. 
17. 
I Os alunos que chegaram atrasados não fizeram a 
prova. 
 Os alunos, que chegaram atrasados, não fizeram a 
prova. 
II Hoje sairei mais tarde, disse-me o vendedor, 
porque preciso terminar o gráfico. 
Hoje sairei mais tarde - disse-me o vendedor - 
porque preciso terminar um gráfico. 
III O rapaz comprou o relógio; não poderia, porém, 
pagá-lo à vista. 
O rapaz comprou o relógio, mas não poderia pagá-
lo à vista. 
Observe o emprego dos sinais de pontuação nos 
conjuntos acima. É correto afirmar que há alteração de 
sentido 
a) em I. 
b) em III. 
c) em II e III. 
d) em II. 
e) em I e III. 
 
8. (AOCP) Em “Se passasse para 21, cairia 12%”, a 
vírgula foi empregada para separar 
(A) aposto. 
(B) orações coordenadas. 
(C) oração adverbial e oração principal. 
(D) termos de mesmo valor sintático. 
(E) data. 
 
 
 
Gabarito: 1.A, 2.B, 3.B, 4.A, 5.D, 6.B, 7.A, 8.D, 9.A, 10.D, 
11.C, 12.B, 13.B 14.E, 15.D, 16.A, 17.A, 18.C. 
 
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CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL - verbo deve flexionar-se 
(variar de forma) para se ajustar ao sujeito da oração. 
 
VERBOS IMPESSOAIS: não têm sujeito, ficam sempre na 
3ª p. do singular 
 
São eles: 
1. Verbo HAVER = como sinônimo de "existir" ou 
"acontecer", e indicando tempo decorrido. 
 
Observações 
1ª) O verbo existir (ou acontecer, ou ocorrer), 
diferentemente do verbo haver, tem sujeito e, 
obviamente, concorda com ele. 
Ex: Aconteceram muitos acidentes. 
 
2ª) O verbo haver, quando usado com sentido diferente 
de "existir, acontecer". tem sujeito, com o qual, 
evidentemente, concorda. 
Ex.: Eles hão de pagar o que devem. 
 
2. Verbo FAZER = na indicação de tempo transcorrido 
de outra ação verbal (ou a transcorrer). Nesses 
casos, como ele não tem sujeito, fica na 3ª pessoa 
do singular. 
Ex.: Faz cinco anos que parei de estudar. 
 
Nas locuções verbais, os verbos haver/fazer, 
como todo verbo impessoal, transmitem o singular para 
o auxiliar 
Ex.: Deve haver muitos acidentes nos feriados. 
Deve fazer muitos anos que ele não vê os pais. 
 
SUJEITO SIMPLES 
3. Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do 
sujeito em número (singular/plural) e pessoa ( 
1ª,2ª, 3ª). 
 
4. Sujeito Oracional: o verbo que tem sujeito oracional 
fica no singular 
 
• VTD + pronome SE (SUJEITO PASSIVO): se o 
conjunto verbo + se admite a transformação em 
locução verbal (dois verbos), o verbo concorda com 
o sujeito, que está na frase. Veja: 
 
Divulgaram-se os planos. Os planos foram divulgados. 
 sujeito sujeito locução verbal 
 
 
 
Compare essas duas construções e observe que: 
1°) elas são equivalentes quanto ao sentido; 
2º) em ambas o sujeito é o mesmo; 
3°) em ambas o verbo concorda com o sujeito. 
 
Obs.: Nesse caso, o se funciona como pronome 
apassivador. 
 
• V.LIG/V.INT./VTI + SE (SUJEITO INDETERMINADO) 
Se o conjunto verbo + se não admite a 
transformação em locução verbal, o sujeito é 
indeterminado e o verbo fica na 3ª pessoa do 
singular: 
 
Veja: 
Não se confiava nos planos. "Nos planos não eram confiados." 
 3ª pessoa não é o sujeito construção inexistente 
 do singular (é obj. indireto) no idioma 
 
 
Observações: 
1ª) convém lembrar que o núcleo do sujeito nunca é 
regido por preposição. 
2ª) Na maioria dos casos, o que impossibilita a 
transformação é a presença de uma preposição exigida 
pelo verbo (no exemplo: confiar em). 
Obs.: Nesse caso, o se funciona como índice de 
indeterminação do sujeito. 
 
Concordância dos verbos ter e vir EM ÊM 
 Ele tem/vem 
 eles têm/vêm 
 
 verbos derivados: conter/convir ÉM ÊM 
 Ele contém/convém – 
 eles contêm/convêm 
 
 
 
 
 
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 Verifique a concordância, corrigindo as incorreções 
a) Houveram muitos acidentes. 
b) Fazem cinco anos que você foi embora. 
c) O número de inscritos em concursos aumentaram. 
d) Inúmeros problemas econômicos têm havido nos 
EUA. 
e) Havia chegado muitas pessoas à festa. 
f) Fez-se ontem à noite todos os trabalhos pendentes. 
g) Precisam-se de políticos honestos. 
 
 
 
5. A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE, UMA 
PORÇÃO DE etc. + determinante 
Com esse tipo de expressão há duas concordâncias 
corretas: com o núcleo do sujeito (indicativo de parte) 
ou com o determinante 
Ex.: A maioria dos alunos está gorda. 
 A maioria dos alunos estão gordos. 
 
6. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE, PERTO DE + 
numeral: o verbo concorda com o numeral. 
Ex.: Mais de uma aluno faltou. 
 Cerca de dez pessoas te procuraram 
 
Observação: se a expressão mais de um for sujeito de 
um verbo que indica reciprocidade, o verbo vai para o 
plural. 
Ex.: Mais de um deputado se agrediram. 
 
7. Pronomes de tratamento: o verbo fica na 3ª 
pessoa. 
Ex: Vossa Senhoria passeava com seu cachorro? 
 
8. Nome próprio que só tem plural 
• Se o nome próprio apresenta artigo o verbo 
assume o número (singular ou plural) do artigo. 
 
• Se o nome próprio não apresenta artigoverbo 
no singular 
 
 
Verifique a concordância, corrigindo as incorreções 
h) A maioria dos alunos faltaram. 
i) Mais de um aluno participaram do simulado. 
j) Menos de duas pessoas chegou à estação 
k) Vossa Excelência saireis com vosso carro? 
l) EUA _____ uma grande potência. 
m) O EUA _____ uma grande potência. 
n) Os EUA _____ uma grande potência. 
 
 
9. Pronomes relativos QUE e QUEM 
• Relativo que o verbo concorda com o 
antecedente desse pronome. 
Ex.: Não confio nas pessoas que chegaram. 
 
• Relativo quem o verbo pode ficar na 3ª pessoa 
do singular (concordância recomendável) ou 
concordar com o antecedente. 
 Ex.: Fui eu quem fez o bolo ou Fui eu quem fiz o bolo. 
Foram eles quem fez o bolo ou Foram eles quem 
fizeram o bolo. 
 
Verifique a concordância, corrigindo as incorreções 
 
o) Maria não gosta dos rapazes que chegou. 
p) Foram eles quem participou daquele nobre projeto. 
 
SUJEITO COMPOSTO 
 
10. Sujeito composto antes do verbo- verbo no plural. 
Ex.: A chuva e o vento impediram a festa 
 
Obs.: Quando o sujeito composto está resumido por um 
aposto (pronome indefinido: tudo, nada, ninguém, 
alguém, todos...) o verbo concorda com esse pronome. 
Ex.: A Genoveva, a Esmeguilina, a Giguifrida, ninguém 
veio. 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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11. Sujeito composto depois do verbo 
o verbo pode concordar apenas com o primeiro 
núcleo ou 
 ir para o plural. 
Ex.: Sumiu a caneta e o papel ou 
Sumiram a caneta e o papel. 
 
Verifique a concordância, corrigindo as incorreções 
q) Maria e Rita cai_______ do cavalo. 
r) Cai_________ do cavalo Maria e Rita. 
s) As carteiras, o armário, a mesa, tudo queim______. 
 
Concordância do verbo SER: o verbo ser pode, às vezes, 
concordar com o sujeito e, às vezes, com o predicativo. 
 
1. Quando o sujeito e o predicativo são nomes de 
coisas(e não pessoas), o verbo ser pode concordar 
com o sujeito ou com o predicativo, 
indiferentemente. 
 
2. Quando o sujeito ou o predicativo designam 
pessoas: a concordância é feita com a palavra que 
designa pessoa. 
 
3. Quando o sujeito ou o predicativo são pronomes 
pessoais do caso reto: a concordância é feita 
obrigatoriamente com o pronome pessoal do caso 
reto. 
 
4. Quando o sujeito ou o predicativo são pronomes 
indefinidos: a concordância é feita com o 
substantivo. 
 
5. Verbo SER indicando horas, distâncias e datas 
• Na indicação de horas e distâncias, o verbo ser 
concorda com a expressão numérica. 
 
• Na indicação de datas, o verbo ser concorda com a 
palavra dia(s), que pode estar expressa ou 
subentendida na frase. 
Ex.: Hoje é 10 de janeiro ou Hoje são 10 de janeiro. 
 
6. Expressões É MUITO, É POUCO, É DEMAIS: Nessas 
expressões, que indicam quantidade (preço, peso, 
medida etc.), o verbo ser fica sempre no singular. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. (BB) Verbo deve ir para o plural: 
a) Organizou-se em grupos de quatro. 
b) Atendeu-se a todos os clientes. 
c) Faltava um banco e uma cadeira. 
d) Pintou-se as paredes de verde. 
e) Já faz mais de dez anos que o vi. 
 
2. (BB) Verbo certo no singular: 
a) Procurou-se as mesmas pessoas 
b) Registrou-se os processos 
c) Respondeu-se aos questionários 
d) Ouviu-se os últimos comentários 
e) Somou-se as parcelas 
 
3. Assinale a alternativa correta: 
a) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, 
ninguém foram demitidos. 
b) José chegou ileso, embora houvessem muitas ciladas. 
c) Fomos nós que resolvemos aquela questão. 
d) Ele referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua 
petição. 
 
4. (MACK) Assinale a incorreta: 
a) Dois reais é pouco para esse fim. 
b) Nem tudo são sempre tristezas. 
c) Quem fez isso foram vocês. 
d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos. 
e) Vós ainda tendes paciência? 
 
5. (EPCAR) Não está correta a frase: 
a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou. 
b) Vossa Excelência deveis aceitar o meu convite. 
c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores. 
d) Na mocidade tudo são flores. 
e) Deve haver muitos jovens nesta casa. 
 
6. (SANTA CASA) Suponho que ....... meios para que se 
....... os cálculos de modo mais simples. 
a) devem haver - realize 
b) devem haver - realizem 
c) deve haverem - realize 
d) deve haver - realizem 
e) deve haver - realize 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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7. O verbo está no plural porque o sujeito é composto 
em: 
a. À autora e à maioria das pessoas não interessam as 
vantagens da morte. 
b. Os sentimentos de gratidão e de amor só 
conseguem ser eternos enquanto duram. 
c. Amigos e amigas, não me chamem de inesquecível. 
d. Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma 
esbagaçada. 
e. Limpos estão os meus olhos e o meu coração. 
 
8. (FRANCISCANAS-SP) Assinale a alternativa correta 
quanto à concordância verbal: 
a) Sou eu que primeiro saio. 
b) É cinco horas da tarde. 
c) Da cidade à praia é dois quilômetros. 
d) Dois metros de tecido são pouco para o terno. 
e) Nenhuma das anteriores está correta. 
 
9. (UF-SC) Assinale o item que apresenta erro de 
concordância: 
a. Prepararam-se as tarefas conforme havia sido 
combinado. 
b. Deve haver pessoas interessadas na discussão do 
problema. 
c. Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás 
Cubas teve sua primeira edição. 
d. Devem existir razões para ele retirar-se do grupo. 
e. Um e outro descendiam de famílias ilustres. 
 
10. (CESGRANRIO) Assinale o item que não apresenta 
erro de concordância: 
a) Ainda resta cerca de vinte alunos. 
b) Haviam inúmeros assistentes na reunião. 
c) Tu e ele saireis juntos. 
d) Foi eu quem paguei as suas dívidas. 
e) Há de existir professores esforçados. 
 
12. (UM-SP) Assinale a oração em que o verbo não 
concorda em número e pessoa com o sujeito, 
ferindo os princípios da concordância: 
a) Faltam ainda alguns passos seguros para a aquisição 
de uma vida pacífica. 
b) Existem criações sensatas. 
c) As desilusões que a perturbam hoje já passaram 
alguns dias comigo. 
d) De sinceras intenções, as pessoas estão saturadas. 
e) Suas palavras só contém valores supérfluos. 
 
 
 
 
12. Todos os enunciados abaixo admitem outra 
concordância verbal, exceto: 
a) A maior parte dos interessados compareceu à 
reunião. 
b) Perto de cem funcionários aderiram à greve. 
c) A maioria deles eram judeus. 
d) Somos nós quem vamos decidir a questão. 
e) Chegaram ao escritório o advogado e quatro 
estagiários. 
 
13. Apenas a forma singular entre parênteses preenche 
corretamente a lacuna do enunciado em: 
a) Uma porção de fatos novos _______________ após 
a reunião. (aconteceu/aconteceram). 
b) Por volta de vinte alunos ________________ 
presente à solenidade. (esteve/estiveram). 
c) Quais dentre nós _____________ preparados para o 
vestibular? (estão/estamos). 
d) Já _________________ ser uma e quinze quando 
terminou o comentado inquérito. (devia/deviam). 
e) _____________________ duas horas para o início 
da esperada competição. (faltava/faltavam). 
 
14. Marque a alternativa correta quanto à concordância 
verbal. 
a) Por ser domingo, haviam muitos torcedores no 
estádio. 
b) Apesar de ser segunda-feira, havia comparecido 
muitos torcedores. 
c) Foi-se, por analogia, verificando as convenções 
comuns aos dois países. 
d) Segundo o ministro, há de haver em breve sensíveis 
alterações no sistema bancário. 
e) Inúmeros casos têm havido em que se tem 
resolvido os problemas entre os próprios 
envolvidos. 
 
15. A frase cuja concordância verbal está de acordo 
com as normas gramaticais é: 
a) Se houvesse mais homens honestos, não existiriam 
tantas brigas por justiça. 
b) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da 
apatia. 
c) É precaríssima as condições do prédio. 
d) Não veio daí os males sofridos pela sociedade 
brasileira. 
e) Houveram dificuldades para eu assumir o cargo.POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
71 
16. Qual a frase com erro de concordância? 
a) Para o grego antigo a origem de tudo se deu com o 
caos. 
b) Do caos, massa informe, nasceu a terra, 
ordenadora e mãe de todos os seres. 
c) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que 
o homem precisava para seu equilíbrio. 
d) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o 
céu. 
e) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que 
nascerá todos os seres viventes. 
 
17. (CETAP) No texto, consta o seguinte fragmento: 
“Passaram-se mais dezoito dias, depois desse colóquio”. 
Considerando as regras de concordância verbal em 
português, indique a alternativa em que o sujeito se 
apresenta com estrutura similar à do fragmento: 
A) “Os pintinhos acudiam pressurosos...” 
B) “ – Como se houvesse tal coisa.” 
C) “Houve momento de silêncio entre as duas 
galináceas!” 
D) “Há três dias e três noites...” 
E) “Então, havia mesmo vida naquelas cascas brancas.” 
 
18. (CETAP) Justifica a concordância verbal em: "...num 
desses matutinos que se empenham na publicidade do 
crime,..." (6º parágrafo do Texto) a seguinte afirmativa: 
A) O verbo da oração adjetiva concorda com o 
antecedente do pronome relativo. 
B) O verbo concorda com a expressão partitiva da 
oração anterior. 
C) O núcleo do sujeito é um substantivo coletivo. 
D) O sujeito é uma expressão indicativa de quantidade 
aproximada. 
E) O sujeito posposto, publicidade, leva o verbo ao 
plural. 
 
19. (CETAP) Marque a alternativa em que o verbo 
impessoal NÃO vai ao plural: 
A) “O cheirinho passou a estimular cães”. 
B) “O resultado foi satisfatório”. 
C) “Dias depois o bar reabriu com sistema antirruído”. 
D) “Não é civilizado”. 
E) “...houve sugestões radicais”. 
 
20. (CETAP) NÃO obedeceu à norma culta a frase: 
a) Faz anos que a Astrologia rege o destino dos 
homens. 
b) Existem mais de seis planetas no universo. 
c) Deve haver pessoas tristes. 
d) Analisaram-se os dicionários em busca do significado 
correto. 
e) Bastante estudiosos se preocupam em zelar pelo 
idioma. 
21. (CETAP) Assinale a alternativa em que o sujeito é 
formado por um coletivo e tem o verbo concordando 
com ele. 
A) “Uma comissão foi até a outra esquina tentar uma 
convivência pacífica”. 
B) “Alguém argumentou”. 
C) “Os empregados do barzinho se recusaram”. 
D) “...o bar reabriu com sistema antirruído”. 
E) “Os cachorrinhos voltaram alegres aos seus lugares 
preferidos”. 
 
22. (CETAP) Houve pluralização do verbo em: "todos 
nós, homens e mulheres, botamos nos ombros cruzes 
de vários tamanhos...". 
A) por inadequação de concordância nominal. 
B) por falha de concordância verbal. 
C) para concordar com homens e mulheres. 
D) para concordar com o sujeito "todos nós". 
E) para concordar com o objeto "cruzes". 
 
23. (CETAP) NÃO ocorreu o emprego de verbo 
impessoal em: 
A) “Há um ano, seis amigos, sem muita grana, 
alugaram...” 
B) “...já havia três pessoas instaladas...” 
C) “Faz dois anos que os inquilinos estão lá.” 
D) “Todos haviam pago antecipadamente”. 
E) “Havia dois ventiladores, um no quarto, outro na 
sala”. 
 
24. (CETAP) O verbo com o pronome “se” apassivado 
foi empregado corretamente em: 
A) Analisaram-se os contratos de locação. 
B) Alugou-se uns flats em Ipanema. 
C) Contestou-se os carnavalescos. 
D) Precisava-se de pessoas honestas para assinar 
contratos. 
E) Ferraram-se o locatário com aluguel de temporada. 
 
25. É mister que se ................. os reajustes do aluguel e 
se ................. os prazos para o pagamento, a fim de 
que, no futuro, não ................... mal-entendidos. 
a) façam fixem surja 
b) façam fixe surja 
c) façam fixem surjam 
d) faça fixe surja 
e) faça fixe surjam 
 
 
 
 
26. .............................. as compensações espirituais e 
não lhe .............................. os trabalhos; por isso, não 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
72 
................... meios de convencê-lo a abandonar aquela 
tarefa áspera. 
a) Bastavam-lhe importavam poderia haver 
b) Bastava-lhe importava poderia haver 
c) Bastava-lhe importava poderiam haver 
d) Bastava-lhe importavam poderiam haver 
e) Bastavam-lhe importavam poderiam haver 
 
27. Na Ilha de Nanja, não .................. histórias em 
quadrinhos: ............... de simples pescadores. 
a) se lêem trata-se 
b) se lê trata-se 
c) se lêem tratam-se 
d) se lêem se tratam 
e) lê-se tratam-se 
 
28. Na Ilha de Nanja não ............... Árvores de Natal; se 
.............., provavelmente ................. também muitos 
brinquedos. 
a) têm houvessem existiria 
b) tem houvessem existiria 
c) há houvesse existiriam 
d) há houvesse existiria 
e) há houvessem existiriam 
 
29. As crianças não sabem que........... pistolas e 
que........ armas nucleares; se soubessem,...... de 
chorar. 
a) existem pode haver haveria 
b) existe podem haver haveriam 
c) existem podem haver haveriam 
d) existe pode haver haveria 
e) existem pode haver haveriam 
 
30. Elas .................. disseram que ................. tu que 
............. . 
a) mesmo seria iria 
b) mesmas serias irias 
c) mesmas seria irias 
d) mesmo serias irias 
e) mesmo serias iria 
 
31. ................ várias semanas que não se realizam 
torneios; ............... motivos suficientes para tal 
procedimento. 
a) Faz deve haver 
b) Fazem deve haver 
c) Fazem devem haver 
d) Faz devem de haver 
e) Faz devem haverem 
 
32. ................... muitas das qualidades que se 
.................. para esta tarefa; portanto, não seremos nós 
quem .................. esta escolha. 
a) Faltam-lhe exigem fará 
b) Falta-lhe exige fará 
c) Falta-lhe exige faremos 
d) Falta-lhe exigem faremos 
e) Faltam-lhe exige fará 
 
33. Talvez não ................... receber-me; entre 
................. e ela .............. abismos intransponíveis. 
a) quizesse mim havia 
b) quisesse mim havia 
c) quizesse eu haviam 
d) quisesse mim haviam 
e) quisesse eu haviam 
 
34. Saiu daqui .................... uma hora, pois ............... diversas 
providências a tomar. Estará de volta daqui .................. meia 
hora. 
a) há havia há 
b) a havia a 
c) há havia a 
d) há haviam há 
e) a haviam a 
 
 
35. Que ................... ou não existido os deuses 
mitológicos, pouco importa; já ................ séculos que a 
arte os ................ vivos. 
a) houvesse faz mantêm 
b) houvesse fazem mantém 
c) houvessem faz mantêm 
d) houvessem fazem mantém 
e) houvessem faz mantém 
 
36. Embora não ................ palavras que ................. 
minha alegria, tentarei dizer o que sinto. 
a) exista traduzam 
b) exista traduza 
c) existam traduzam 
d) existam traduza 
e) exista traduzem 
 
37. Os Estados Unidos ................. grandes universidades de 
.............. fama e mérito. 
a) possuem reputada 
b) possui reputado 
c) possui reputados 
d) possuem reputado 
e) possui reputada 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
73 
38. Tudo isso ............... mentiras; e não ....................... 
pessoas que o conhecem ................. muitos anos e que 
podem dizer a verdade! 
a) é faltam fazem 
b) é falta faz 
c) são faltam faz 
d) são falta faz 
e) é falta fazem 
 
39. Quando ................ seis horas no campanário, 
alguém sempre .............. acender as luzes. 
a) bate veem 
b) bate vêem 
c) bate vém 
d) batem vem 
e) batem vêm 
 
40. Já ................ muitos anos que se ................ da 
cidade o pai e o filho, mas a todos ainda ................... 
sua cordial simpatia 
a) fazia fora lembravamb) fazia foram lembravam 
c) fazia foram lembrava 
d) faziam foram lembravam 
e) faziam fora lembrava 
 
41. Quando se ................. de situações como estas, 
onde se .............. rápidas medidas, não .............. tantos 
embaraços. 
a) trata exige devem haver 
b) tratam exigem devem haver 
c) tratam exige deve haver 
d) trata exigem devem haver 
e) trata exigem deve haver 
 
42. No mundo ................ diariamente 8.000 periódicos e 
........... 250 milhões de revistas a cada quinze dias. 
a) publicam-se distribui-se 
b) publicam-se distribue-se 
c) publica-se distribui-se 
d) publicam-se distribuem-se 
e) publica-se distribue-se 
 
43. ................. , em 1939, as transmissões regulares 
entre Nova Iorque e Chicago, mas quase não .............. 
aparelhos. Atualmente, ............ 400 televisores para 
cada mil habitantes. 
a) Iniciaram-se haviam existem 
b) Iniciou-se havia existem 
c) Iniciou-se haviam existe 
d) Iniciou-se havia existe 
e) Iniciaram-se havia existem 
44. ................... onze horas ou ............. talvez doze, 
quando bateu à minha porta. 
a) Eram deviam ser 
b) Era devia ser 
c) Era deviam ser 
d) Eram devia ser 
e) Eram deviam serem 
 
GABARITO DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
• A alegria da mãe é/são as conquistas do filho. 
(quando o verbo SER liga coisas (alegria/conquistas) 
pode concordar tanto como sujeito quanto com o 
predicativo) 
• A preocupação da avó são os netos. (quando o 
verbo SER liga coisa (preocupação) à pessoa (netos), 
concorda necessariamente com a pessoa). 
• O responsável pela obra sou eu. (quando o verbo 
SER liga pessoa (responsável) à pronome pessoal do 
caso reto (eu), concorda necessariamente com o 
pronome pessoal) 
• Tudo são flores. (Quando o verbo SER liga pronome 
indefinido(tudo) a substantivo (flores), concorda 
necessariamente com o substantivo) 
• são dez horas. (quando o verbo SER indica tempo 
não tem sujeito, mas ele concorda com a expressão 
numérica 
• Daqui a Mosqueiro são 70 Km. (quando o verbo SER 
indica distância não tem sujeito, mas ele concorda 
com a expressão numérica) 
• Hoje é/são 3 de fevereiro. (quando o verbo SER 
indica DATA, refere-se a apalavra DIA, que está 
implícita no enunciado; então, pode-se pressupor 
que a palavras esteja antes (DIA) 10 ou depois 10 
(DIAS) da expressão numérica, admitindo, assim, 
dupla concordância 
• Cinco quilos de carne é pouco para o churrasco. 
(quando o verbo SER tem sujeito que indica 
quantidade, fica necessariamente no singular, nesse 
caso vem sempre acompanhado de advérbio de 
intensidade (muito, menos, bastante, demais...) 
 
Gabarito das frases de fixação de concordância 
a) Houve muitos acidentes. (verbo haver fica no 
singular quando = ACONTECER) 
b) Faz cinco anos que você foi embora. (o verbo fazer, 
indicando tempo, fica no singular) 
c) O número de inscritos em concursos aumentou. (o 
verbo concorda com o núcleo do sujeito – que não 
vem precedido de preposição) 
d) Inúmeros problemas econômicos tem havido nos 
EUA. (o verbo auxiliar (o 1º) fica no singular quando 
o principal (o último) é verbo haver = EXISTIR) 
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74 
e) Haviam chegado muitas pessoas à festa. (o verbo 
auxiliar (o 1º) concorda sempre com o núcleo do 
sujeito quando o principal (o último) não é verbo 
haver = EXISTIR, nem fazer = TEMPO) 
f) Fizeram-se ontem à noite todos os trabalhos 
pendentes. 
= ontem à noite todos os trabalhos pendentes 
foram feitos. 
(VTD + SE não tem OD (objeto direto), tem SUJEITO 
PASSIVO, com quem o verbo concorda) 
g) Precisa-se de políticos honestos. (VTI + SE + 
COMPLEMENTO, não tem sujeito expresso, tem 
SUJEITO INDETERMINADO, por isso o verbo fica no 
singular) 
h) A maioria dos alunos faltou. (o verbo concorda 
como núcleo do sujeito – que não vem precedido de 
preposição: maioria) 
Ou 
A maioria dos alunos faltaram. (há um caso especial 
em que o verbo concorda com o termo 
preposicionado que acompanha o núcleo do sujeito, 
quando o núcleo indica PARTE, como é o caso de 
maioria, que indica uma PARTE dos alunos, então o 
verbo pode concordar com alunos) 
i) Mais de um aluno participou do simulado. (Quando 
o sujeito contém a expressão MAIS DE + NUMERAL, 
o verbo concorda como numeral) 
j) Menos de duas pessoas chegaram à estação. 
(Quando o sujeito contém a expressão MENOS DE + 
NUMERAL, o verbo concorda como numeral) 
k) Vossa Excelência sairá com seu carro? (Quando o 
sujeito é pronome de tratamento a concordância é 
feita em 3ª pessoa) 
l) EUA é uma grande potência. (com sujeito: nome 
próprio no plural, o verbo concorda com o artigo, na 
ausência de artigo o verbo fica no singular) 
m) O EUA é uma grande potência. 
n) Os EUA são uma grande potência. 
o) Maria não gosta dos rapazes que chegaram. (o 
verbo chegar tem como sujeito o pronome QUE (= 
O QUAL), mas concorda com o substantivo 
antecedente desse pronome: rapazes) 
Atenção: não importa que o antecedente esteja 
com preposição, este é um caso em que o verbo 
não concorda com o sujeito, e quem não pode ter 
preposição é o sujeito. 
p) Foram eles quem participou... (o verbo participar 
tem como sujeito o pronome QUEM – de 3ª pessoa 
do singular – e com ele concorda) 
ou Foram eles quem participaram. (o verbo 
participar tem como sujeito o pronome QUEM (= O 
QUAL), pode concordar como QUEM, mas também 
pode concordar com o antecedente desse 
pronome: eles) 
q) Maria e Rita caíram do cavalo. (com sujeito 
composto, o verbo vai para o plural) 
r) Caíram do cavalo Maria e Rita 
ou 
Caiu do cavalo Maria e Rita. (com sujeito composto 
depois do verbo, o verbo pode ir para o plural ou 
pode concordar com o 1º núcleo do sujeito) 
s) As carteiras, o armário, a mesa, tudo queimou 
(quando o sujeito é composto por uma enumeração 
e seguido de aposto resumitivo (pronome 
indefinido) o verbo concorda com o aposto) 
 
Gabarito dos exercícios do concordância: 1.D, 2.C, 3.C, 
4. D, 5. B, 6. D, 7. E, 8. A, 9. C, 10. C, 11. E, 
 
12. B) Perto de cem funcionários aderiram à greve. 
(com expressões como “mais de”, “menos de”, “perto 
de”, o verbo concorda como numeral.) 
Justificativa das demais: 
a) A maior parte dos interessados compareceu/ 
compareceram (núcleo do sujeito indica parte). 
c) A maioria deles eram judeus/era judia. (núcleo do 
sujeito indica parte), 
d) Somos nós quem vamos decidir/vai decidir.(com 
sujeito pronome relativo quem, pode-se concordar com 
o sujeito quem ou com o antecedente)., 
e) Chegaram/chegou ...o advogado e quatro 
estagiários.(sujeito composto depois do verbo), 
 
13. D) Já devia ser uma e quinze quando..., 
Justificativa das demais: 
a) Uma porção de fatos novos 
aconteceu/aconteceram.(núcleo do sujeito indica 
parte), 
b) Por volta de vinte alunos estiveram. (com expressões 
como “mais de”, “menos de”, “perto de”, o verbo 
concorda como numeral.), 
c) Quais dentre nós estão/estamos preparados, 
e) faltava/faltavam duas horas... 
 
14.D, 15. A, 16. E, 17.A, 18.A, 19.E, 20. E, 21.A, 22.D, 
23.D, 24.A, 25.C, 26.A, 27. A, 28.C, 29.E, 30.B, 31.A, 
32.A, 33.B, 34.C, 35.E, 36.C, 37.A, 38.C, 39.D, 40.C, 41.E, 
42.D, 43.E, 44.A 
 
 
 
 
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75 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL - toda palavra variável 
referente ao substantivo deve se flexionar (alterar a 
forma) para se adaptar a ele. 
 
1. Regra geral: Toda palavra variável que se refere ao 
substantivo concorda com ele em gênero 
(masculino/feminino) e número (singular/plural). 
As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro 
 Artigo pronome numeral substantivo adjetivo 
 
2. MEIO, MUITO, BASTANTE, CARO, BARATO e 
MESMO 
a. Quando se referem a substantivo, concordam com 
ele. 
 
b. Quando se referem a adjetivo, verbo ou advérbio, 
funcionam como advérbio;por isso, são invariáveis. 
 
3. ANEXO, OBRIGADO, QUITE, EXTRA. 
Concordam com o substantivo a que se referem. 
 
Observação: A expressão em anexo é invariável. 
 
4. SÓ: essa palavra estabelece concordância assim: 
• vai para o plural quando equivale a sozinhos ou 
sozinhas. 
 
• Fica no singular quando equivale a 
apenas/somente. 
 
Observação: A expressão a sós é invariável: Eu fiquei a 
sós. 
 
5. V. SER + ADJ. É BOM, É PROIBIDO e É NECESSÁRIO 
a) Se o substantivo é precedido de artigo ou pronome, 
o adjetivo concorda com o substantivo. 
 
b) Se o substantivo não é precedido de artigo ou 
pronome, o adjetivo não varia. 
 
6. Substantivo adjetivado: fica invariável. 
 
7. Adjetivo composto: flexiona apenas o último 
elemento: base jurídico-normativa, reunião luso-
brasileira 
Exceção: surdo-mudo (surda-muda, surdas-mudas, 
surdos-mudos), azul-celeste e azul-marinho 
(invariáveis). 
 
 
8. Nas formações o mais possível, o menos possível: 
• Possível concorda com o artigo. 
 
9. Substantivo + adjetivos 
Artigo e substantivo no plural + adjetivos no 
singular. Ou 
Artigo e substantivo no singular + adjetivos no 
singular (2° adjetivo com artigo). 
As cores vermelha e amarela. 
Ou 
A cor vermelha e a amarela 
 
10. Concordância do adjetivo com vários substantivos 
a. Quando o adjetivo vem após substantivos 
• Se for adj. adn., concorda com mais próximo ou com 
todos. 
Só usa terno e carro novo ou Só usa terno e carro 
novos 
 
• Se for predicativo, concorda com todos. 
O terno e o carro são novos 
 
b. Quando o adjetivo vem antes de vários 
substantivos. 
• Se for adjunto adnominal, só concorda com o 1º 
substantivo. 
Ele tem boas ideias e planos 
 
• Se predicativo, concorda com o 1º ou com todos os 
subst. 
Está vazia a casa e o quintal. 
Ou 
Estão vazios a casa e o quintal. 
 
FRASE PARA FIXAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL 
1. Você estudou bastant________ leis. 
2. Vocês estavam bastant________ cansadas. 
3. Ela estava mei________ triste. 
4. Compramos mei________ melancia. 
5. Elas ficaram muit________ alegres. 
6. Elas escreveram muit________ cartas. 
7. Ela mesm________ fez o bolo. 
8. Ela fez mesm________ o bolo. 
9. A bolsa estava car_______. 
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76 
10. A bolsa custou car_______. 
11. Elas disseram: - Muit_______ obrigad________. 
12. Às cartas vão anex__________ os documentos. 
13. As fotografias vão em anex__________. 
14. Gastamos men____ água. 
15. Os soldados estavam alert_____. 
16. É proibid______ entrada. 
17. É proibid__________ a entrada. 
18. Comprei sapatos laranjas. 
19. Comprei camisas verd____ - clar_____. 
20. Tenho olhos verd____ - esmerald____. 
21. Comprei pães o mais claros possív___. 
22. Comprei carro e moto nov________. 
23. Comprei nov________ moto e carro. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (CESGRANRIO) Há erro de concordância em: 
a) atos e coisas más 
b) dificuldades e obstáculo intransponível 
c) cercas e trilhos abandonados 
d) fazendas e engenho prósperas 
e) serraria e estábulo conservados 
 
2. (MACK) Indique a alternativa em que há erro: 
a) Os fatos falam por si sós. 
b) A casa estava meio desleixada. 
c) Os livros estão custando cada vez mais caro. 
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes 
possíveis. 
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça. 
 
3. "Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...". 
Aponte a opção em que, substituídos os substantivos 
destacados acima, fica incorreta a concordância de 
"amontoado". 
a) nuvens e brisas amontoadas 
b) odores e brisas amontoadas 
c) nuvens e morros amontoados 
d) morros e nuvens amontoados 
e) brisas e odores amontoadas 
4. Assinale a frase gramaticalmente correta. 
a) A praia estava meia deserta porque chovera muito. 
b) Bastante alunos fizeram suas matrículas ontem. 
c) Sobraram lugares no ônibus, viajaram menas 
pessoas. 
d) Não pude comprar a cal porque estava sem 
dinheiro. 
e) Tomei dois meio copos de vinho. 
 
5. Concordância nominal é a dependência que o artigo, 
o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo mantêm 
com o substantivo referido, em gênero e número. 
Diante do exposto, aponte a única alternativa em que 
há a correta concordância. 
a) Aqui sempre foi proibido a colocação de cartazes 
políticos. 
b) Parece-me que são livros e frutos saborosos. 
c) Sós viajaram pai e filha. 
d) Nunca encontrei meio medidas para suas atitudes. 
 
6. (MED-ITAJUBÁ) Em todas as frases a concordância 
nominal se fez corretamente, exceto em: 
a) Os soldados, agora, estão todos alerta. 
b) Ela possuía bastante recursos para viajar. 
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. 
d) Rosa recebeu o livro e disse: "Muito obrigada". 
e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia. 
 
7. Marque a alternativa correta. 
a) Encaminhamos-lhes anexo as listas solicitadas. 
b) Os soldados continuam alertas. 
c) Ele nos contava casos os mais estranhos possível. 
d) Os convivas chegaram aos quinze para as quatro. 
e) As blusas cinzas eram, sem dúvida, as mais 
disputadas. 
 
8. Indique a alternativa incorreta. 
a) Ele sempre trazia o bolso e as mãos cheios de 
dinheiro. 
b) Aquele aluno não está quite com a mensalidade. 
c) Eles compraram calças marrom-escuras. 
d) Escolheste tempo e hora maus. 
e) O estudante queria saber a respeito dos raios 
ultravioletas. 
 
9. A concordância nominal está incorreta, exceto em: 
a) No cemitério havia bastantes sepulturas. 
b) Tratava-se de excessivos orgulho e vaidade. 
c) O poder da propaganda é discutível, haja visto a 
acentuada queda de consumo nos últimos meses. 
d) É necessário, para melhor aprendermos, a 
paciência. 
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77 
 
10. (CETAP) Há perfeito emprego da norma culta em 
relação à concordância nominal na alternativa 
a) A educação no Brasil não custa barata. 
b) Vi bastante professoras compromissadas. 
c) Faça reclamações por escritos contra professores 
omissos. 
d) Os discentes dizem muito obrigados aos mestres. 
e) Não estão incluso dedicação e carinho no salário do 
professor? 
 
11. (UE-MARINGÁ) Assinale a alternativa em que a 
concordância nominal está correta: 
a) Seguem anexas as certidões solicitadas. 
b) As portas estavam meias abertas. 
c) Os tratados lusos-brasileiros foram assinados. 
d) Todos estavam presentes, menas as pessoas que 
deveriam estar. 
e) Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor 
Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados 
financeiros-comerciais. 
 
12. Assinale a alternativa com concordância nominal 
CORRETA. 
a) A anulação deste dispositivo do orçamento é 
considerada um dos recursos para a abertura de 
crédito suplementar. 
b) Segundo informações confiáveis, fica proibido, por 
prazo indeterminado, a formação de novos 
consórcios. 
c) Com a Constituição de 1988, a organização política-
administrativa do Brasil não sofreu quaisquer 
alterações. 
d) Chegou-se à conclusão de que, para combater o 
tráfico de drogas, seria necessário a intervenção do 
exército. 
 
13. Que frase não apresenta concordância nominal? 
a) Escolheram má hora e lugar para a manifestação. 
b) A criança vestia uma blusa verde-clara. 
c) Estou quites com meus compromissos. 
d) Seguem anexos os bilhetes aéreos. 
e) A justiça declarou culpados o réu e a ré. 
 
14. Qual a alternativa cuja concordância nominal está 
correta? 
a) Nem uma nem outra maneiras me agradam. 
b) Há uma e outra frutas podres. 
c) Guardou bastante moedas de prata. 
d) Cerveja é boa para a saúde. 
e) Não apareceu no terceiro e no quarto dia. 
 
 
 
Gabarito: 
1. bastantes leis, 2. bastante cansadas, 3. meio tristes, 
4. meia melancia, 5. muito alegres, 6.muitas cartas, 7. 
mesma fez, 8. fezmesmo, 9. estavacara, 10. custoucaro, 
11. Elas disseram: - Muitoobrigadas, 12. anexos os 
documentos, 13. emanexo, 14. menos, 15. 
estavamalerta, 16. É proibido entrada, 17. É proibida a 
entrada, 18. Sapatos laranja, 19. camisasverde-claras,20. olhosverde-esmeralda,21. o mais claros possível,22. 
carro e moto nova/novos, 23. Comprei nova moto e 
carro. 
 
Exercícios 
1. D) correção: fazendas e engenhos prósperos, 
2. D) correção: o mais pertinentes possível, 
3. E) brisa e odores amontoados, 
4. D) correção: a) meio, b) bastantes, c) menos, e) 
meios, 
5. B) correção: a) foi proibida a colocação..., c) só, d) 
meias, 
6. B) correção: ...bastantes recursos..., 
7. D) Os convivas chegaram aos quinze (minutos – 
masculino) para as quatro(horas – feminino). Correção: 
a) anexas as listas , b) Os soldados continuam alerta 
(invariável), c) casos os mais estranhos 
possíveis(concorda com o artigo), e) As blusas cinza 
(substantivo adjetivado – invariável), 
8. E) raios ultravioleta. (substantivo adjetivado – 
invariável), 
9. A) bastantes sepulturas. (bastante está se referindo 
ao substantivo sepultura, por isso concorda com ele), 
Correção: b) excessivo orgulho e vaidade. (adjetivo 
antes de dois substantivos concorda só com o primeiro), 
c) haja vista (invariável), d) É necessária... a paciência. 
O adjetivo da expressão “é necessário” concorda com o 
substantivo se ele estiver determinado com artigo. 
10. D) 
11. A) 
Correção: b) meio abertas, c) luso-brasileiros, d) menos, 
e) financeiro-comerciais, 
12. A) 
Correção: b) fica proibida... a formação..., c) político-
administrativa, d) seria necessária a intervenção, 
13. correção: quite (eu), 
14. E) 
Correção: a) outra maneira, b) uma e outra fruta 
podres, c) Cerveja é bom... 
 
 
 
 
 
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78 
REGÊNCIA 
 
 
A Regência trata das relações entre o termo 
regente (exigente) e seu subordinado (termo regido – 
exigido). 
Quando o termo regente é um verbo, há regência 
verbal. 
Os amigos necessitavam de apoio 
 Regente regido 
 
Quando o termo regente é um nome, há regência 
nominal 
Eles eram fiéis aos amigos 
 Regente regido 
Para verificar a regência do verbo ou do nome, basta 
repeti-los para saber que preposição eles exigem. 
 
Regência de alguns verbos 
 
I. Verbos cujo uso popular está em desacordo com a 
norma culta 
 
• Chegar & ir: exigem a preposição A , e não EM. 
 
• Custar = ser difícil – VTI –c/ preposição A. 
 
• Implicar =acarretar – VTD – s/preposição. 
 
• Obedecer – VTI – c/preposição A. 
 
• Preferir - VTDI – um s/outro com preposição A. O 
verbo preferir não admite termo intensivo, nem a 
palavra antes. 
1. Chegamos na sala. 
2. Fomos na feira. 
3. Imóvel sito à feira. 
4. Os convidados custaram a chegar. 
5. Seu atraso implicará em sua demissão. 
6. Obedeça a sinalização. 
7. Prefiro muito mais estudar do que trabalhar. 
 
II. Verbos que apresentam mais de uma regência. 
• aspirar 
a) =inspirar, sorver – VTD – s/ preposição. 
b) = almejar, pretender – VTI – c/ preposição A. 
 
• assistir: 
6. =dar assistência – VTD – de preferência s/ 78rep.. 
Também se admitem, no entanto, as 
construções assistir ao paciente, assistir ao 
trabalhador. 
7. =ver, presenciar- VTI – c/ preposição A. 
 Esse filme? Assisti-lhe. Deve-se dizer: Assisti a ele. 
8. =caber, pertencer – VTI – c/ preposição A. 
 
• visar 
a) =mirar, dar visto – VTD – s/ preposição 
c) =almejar, ter em vista – VTI – c/ preposição. 
 Esse cargo? Viso-lhe. Deve-se dizer: Viso a ele. 
 
• esquecer – lembrar 
a) não-pronominais– VTD – s/ preposição. 
b) pronominais– VTI – c/ preposição DE. 
 
• informar: - VTDI – s/ preposição e c/ preposição. 
Admite duas construções. 
 
(=avisar, certificar, notificar, prevenir, cientificar). 
 
• pagar – perdoar: - VTDI – com coisa, s/preposição. 
Com pessoa, c/preposição A. 
8. Ela aspirou _____ o aroma das flores. 
9. A funcionária aspirava _____o cargo de chefia. 
10. Uma junta médica assistiu _____o paciente. 
11. Assisti _____um filme. 
12. O caçador visou ______ o alvo. 
13. O professor visou ______ o caderno. 
14. Visamos ____ uma vaga na PRF. 
15. Ele esqueceu______ o caderno. 
16. Ele se esqueceu _______ o caderno. 
17. Paguei _____ o médico. 
18. Perdoei _____ os erros do meu irmão. 
19. Informei _____ o aluno _____ a nota. 
20. Informei _____ o aluno _____ a nota. 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
79 
Observações finais 
 
• VTI (exceto o verbo obedecer) não admite voz 
passiva. 
21. O filme foi assistido pelos alunos. 
 
• Não se deve dar um único complemento a verbos 
de regências diferentes. 
22. Entrou e saiu da sala. 
 
• o, a, os, as = O.D., enquanto lhe, lhes = O.I. 
Convide o amigo. Convide-o. Obedeça ao amigo. 
Obedeça-lhe. 
23. Eu lhe amo. 
 
• Com pronome relativo, a preposição desloca-se 
para antes do pronome. 
Esta é a faculdade a que aspiro. 
Este é o autor a cuja obra me refiro. 
 
PRONOME RELATIVO – RESUMO 
• Introduz oração subordinada adjetiva; 
• Substitui na oração subordinada o termo citado na 
oração principal; 
• Tem a função que o termo citado exerceria; 
• Dependendo da função, vem precedido de 
preposição. 
 
Que= coisa/pessoa/lugar. 2X 
O qual = coisa/pessoa/lugar. Os verbos fazem 
Quem = pessoa referência 
Onde = lugar ao mesmo substantivo 
Cujo = coisa/pessoa/lugar 
introduz ideia de posse (=dele(a)) 1x 
Os verbos fazem referência a substantivos diferentes. 
 
O menino que se jogou no rio morreu. 
 
O menino cujo pai se jogou no rio está triste. 
 
O menino de que você gosta sumiu. 
 
A moça com a qual você conversava chegou. 
 
O menino de cujo pai você gosta está aí. 
 
Os rapazes a cujas tias te referiste querem te pegar. 
 
 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
 Muitos nomes (substantivos e adjetivos) admitem 
mais de uma regência e, assim como ocorre com certos 
verbos, o sentido de uma frase pode ser modificado 
com a simples troca da preposição que acompanha o 
termo regente. 
 Para orientá-lo, apresentamos a seguir uma breve 
relação de substantivos e adjetivos com suas regências 
mais usuais e alguns exercícios que complementarão 
esta unidade. 
 
01. acostumado (a, com) 39. fecundo (de, em) 
02. afável (a, com, para 
com) 
40. fértil (de, em) 
03. aflito (com, por) 41. fiel (a, em, para com) 
04. alheio (a, de) 42. gosto (a, de, em, para, 
por) 
05. amor (a, para com, 
por) 
43. habituado (a, com) 
06. ansioso (de, para, 
por) 
44. horror (a, de, por) 
07. antipatia (a, com, 
contra, por) 
45. hostil (a, contra, para 
com) 
08. apegado (a) 46. idêntico (a, em) 
09. apto (a, para) 47. imune (a, de) 
10. assíduo (a, em) 48. inclinação (a, por, para) 
11. atenção (a, com, 
para, para com, sobre) 
49. ingrato (a, com, para, 
para com) 
12. atencioso (a, com, 
para com) 
50. insensível (a) 
13. atento (a, em) 51. intransigente (com, 
em) 
14. aversão (a, para, 
por) 
52. inveja (a, de) 
15. avesso (a) 53. medo (a, de) 
16. bom (a, com, de, 
em, para, para com) 
54. nocivo (a) 
17. capacidade (de, 
para) 
55. obediência, obediente 
(a) 
18. capaz (de) 56. ódio (a, contra, entre, 
para com) 
19. cego (a, para, por) 57. ojeriza (a, com, contra, 
por) 
20. compaixão (de, para, 
para com, por) 
58. orgulhoso (com, de, 
em, por) 
21. comum (a, entre) 59. peculiar (a, de) 
22. confiança (com, em) 60. predileção (para com, 
por) 
23. conforme (a, com) 61. preferência (por, 
sobre) 
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24. consideração (a, 
acerca de, a respeito de, 
de, sobre, com, por) 
62. preferível (a) 
25. contente (com, em, 
de, por) 
63. pronto (a, em, para) 
26. contrário (a) 64. próprio (a, de, para) 
27. cruel (com, para, 
para com) 
65. próximo (a, de) 
28. curioso (de, por) 66. relacionado (com) 
29. desejoso (de) 67. respeito (a, de, para 
com, por) 
30. desprezo (a, de, 
para, para com, por) 
68. satisfeito (com, de, em, 
por) 
31.devoto (a, de) 69. simpatia (com, para 
com, por) 
32. digno (de) 70. surdo (a) 
33. empenho (de, em, 
por) 
71. suspeito (a, de) 
34. equivalente (a, de) 72. último (a, de, em) 
35. estima (a, de, por) 73. união (a, com, de, 
entre) 
36. fácil (a, de, em, para) 74. único (a, entre) 
37. fanático (de, por) 75. vazio (de) 
38. farto (de, em) 76. vizinho (a, com, de) 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Uso Cotidiano Diverso da Norma 
a. As testemunhas não assistiram _______(o/ao) 
confronto, pois só chegaram ______(no/ao) local 
depois da confusão. 
b. Tal atitude implicará_____(em multa/multa) 
prevista em lei. 
c. Ele é residente e domiciliado___(na/à) Rua das 
Flores, 100. 
d. Aspiramos ______ uma vida melhor (a/ ø) 
e. O indiciado pagou primeiro ______(o/ao) vizinho e 
em seguida ______(o/ao) supermercado. 
f. O enfermeiro assistiu _______(o/ao) doente. 
g. A mulher não perdoou _______(o/ao) marido, disse 
que jamais _______(o/lhe) perdoaria. 
h. Ele se lembrou _____ que precisava de você (de/ ø) 
i. _______(Custei/Custou-me) entender o exercício. 
j. Preferiu a condenação ____(do que/a/à) confessar 
os erros. 
k. Com o rigor na prova, visavam___(a/ø)) uma 
seleção rigorosa. 
l. Eles eram ___________(em cinco/cinco). 
m. Esse trabalho visa ______(o/ao) respeito à lei e ao 
direito. 
n. O embrulho foi entregue ______(em/à/a) domicílio. 
2. Um só Complemento para Verbos de Regência 
Distinta 
Corrija as frases. 
a) Ninguém será levado e mantido na prisão sem 
motivos. 
b) Ouvimos e gostamos da ideia. 
 
 
3. Verbo com mais de uma regência, mas com o 
mesmo sentido 
a) Afirmou que não se lembrava 
_______________ da briga. (o porquê/do porquê ) 
b) Quanto aos candidatos, já _______________ 
informaram ontem a classificação. (os/lhes) 
c) Ocorreu, paralela à festa, a explosão 
_______________ o avisamos. (que/de que) 
d) Avise _______________ alunos da 
obrigatoriedade da identificação. (aos/os) 
 
 
4. Pronomes Pessoais Átonos 
a) A cultura indígena não separava homem, natureza e 
deuses, adorando-__________dentro de um mesmo 
valor. (os/lhes) 
b) Quanto ao credor, o réu deve _______________ 
dentro do prazo estipulado. (pagá-lo/pagar-lhe) 
c) A intenção era de ______ ___. (obedecê-
lo/obedecer-lhe) 
 
 
5. Pronomes Relativos(Corrija as frases) 
a) As ideias que discordamos podem revelar outras 
verdades. 
________________________________________ 
 
b) Poucas eram suas palavras que podemos acreditar. 
________________________________________ 
 
 
6. Limites para a Voz Passiva(Corrija as frases) 
a) O cargo foi visado por muitos. 
________________________________________ 
 
b) O jogo foi assistido por mil pessoas. 
________________________________________ 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência 
verbal incorreta, de acordo com a norma culta da 
língua: 
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. 
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do 
corte de cana. 
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. 
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. 
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao 
lucro pretendido. 
 
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes 
relativos, regidos ou não de preposição, que completam 
corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... 
donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém 
conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava. 
a) nos quais / que 
b) cujos / com quem 
c) que / cujo 
d) de cujos / com quem 
e) cujos / de quem 
 
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se 
completam corretamente com o pronome lhe: 
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. 
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. 
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, 
João. 
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / 
Desejou-..... felicidades. 
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de 
tolo. 
 
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos 
devem ser seguidos pela mesma preposição: 
a) ávido / bom / inconsequente 
b) indigno / odioso / perito 
c) leal / limpo / oneroso 
d) orgulhoso / rico / sedento 
e) oposto / pálido / sábio 
 
5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado 
indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. 
a) Não lhe agrada semelhante providência? 
b) A resposta do professor não o satisfez. 
c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. 
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema 
dedicação. 
e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 
 
 
6. (BB) Regência imprópria: 
a) Não o via desde o ano passado. 
b) Fomos à cidade pela manhã. 
c) Informou ao cliente que o aviso chegara. 
d) Respondeu à carta no mesmo dia. 
e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago. 
 
7. (BB) Alternativa correta: 
a) Precisei de que fosses comigo. 
b) Avisei-lhe da mudança de horário. 
c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. 
d) Recusei-me em fazer os exames. 
e) Convenceu-se nos erros cometidos. 
 
8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria 
regido de preposição na opção: 
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. 
b) Eis a razão ....... não compareci. 
c) Rui é o orador ....... mais admiro. 
d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. 
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. 
 
9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles 
....... o diretor se referia. 
a) de que – que d) cujos – cujo 
b) a cujos – cujos e) a que – a que 
c) por que – que 
 
9. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta 
faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração 
bate de noite, no silêncio. 
A alternativa que completa corretamente as lacunas da 
frase acima é: 
a) as quais / de cujo d) às quais / cujo 
b) a que / no qual e) que / em cujo 
c) de que / o qual 
 
11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a 
redação desse documento, que ele não comporta as 
formalidades ....... demais. 
a) que – os d) em que – nos 
b) de que – aos e) a que – dos 
c) com que – para os 
 
12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... se 
pode submeter o texto literário. Sempre se deve 
aspirar, no entanto, ....... objetividade científica, fugindo 
....... subjetivismo. 
a) à que, a, do d) a que, a, do 
b) que, a, ao e) a que, à, ao 
c) à que, à, ao 
 
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13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão 
..... exames, porque nunca se empenharam o suficiente 
..... utilização do tempo ..... dispunham para o estudo. 
a) com – pela – de que d) com – na – que 
b) por – com – que e) a – na – de que 
c) a – na – que 
 
14. (BB) “Ele não ..... viu”. Não cabe na frase: 
a) nos d) te 
b) lhe e) o 
c) me 
 
15. (BB) Emprego indevido de o: 
a) O irmão o abraçou. D) O irmão o obedeceu. 
b) O irmão o encontrou. E) O irmão o ouviu. 
c) O irmão o atendeu. 
 
16. (UF-RS) Isso ..... autorizava ..... tomar a iniciativa. 
a) o – à d) o – a 
b) lhe – de e) lhe – a 
c) o – de 
 
17. (CESESP-PE) “... trepado numa rede afavelada cujas 
varandas serviam-lhe de divisórias do casebre”. Em qual 
das alternativas o uso de cujo não está conforme a 
norma culta? 
a) Tenho um amigo cujos filhos vivem na Europa. 
b) Rico é o livro cujas páginas há lições de vida. 
c) Naquela sociedade, havia um mito cuja memória não 
se apagava. 
d) Eis o poeta cujo valor exaltamos. 
e) Afirmam-se muitos fatos de cuja veracidade se deve 
desconfiar. 
 
10. (CESGRANRIO) Assinale a opção cuja lacuna não 
pode ser preenchida pela preposição entre 
parênteses: 
a. uma companheira desta, ..... cuja figura os mais 
velhos se comoviam. (com) 
b. uma companheira desta, ..... cuja figura já nos 
referimos anteriormente. (a) 
c. uma companheira desta, ..... cuja figura havia um 
ar de grande dama decadente. (em) 
d. uma companheira desta, .....cuja figura andara 
todo o regimento apaixonado. (por) 
e. uma companheira desta, ..... cuja figura as crianças 
se assustavam. (de) 
 
19. (UF-PR) Assinale a alternativa que substitui 
corretamente as palavras sublinhadas: 
1. Assistimos à inauguração da piscina. 
2. O governo assiste os flagelados. 
3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. 
4. Ele aspirava o aroma das flores. 
5. O aluno obedece aos mestres. 
a) lhe, os, a ela, a ele, lhes 
b) a ela, os, a ela, o, lhe 
c) a ela, os, a, a ele, os 
d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes 
e) lhe, a eles, a ela, o, lhes 
 
20. (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa 
corretamente as lacunas da seguinte frase: Toda 
comunidade, ..... aspirações e necessidades devem 
vincular-se os temas da pesquisa científica, possui uma 
cultura própria, ..... precisa ser preservada. 
a) cujas / de que d) cuja / que 
b) a cujas / que e) a cujas / de que 
c) cujas / pela qual 
 
21. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente 
correta: 
a) Não tenham dúvidas que ele vencerá. 
b) O escravo ama e obedece o seu senhor. 
c) Prefiro estudar do que trabalhar. 
d) O livro que te referes é célebre. 
e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no. 
 
22. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale o período em que foi 
empregado o pronome relativo inadequado: 
a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite. 
b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém 
duvida. 
c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este. 
d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito 
agradável. 
e) O moço de cujo lhe falei ontem é este. 
 
23. (PUC) Assinale a alternativa que preencha 
corretamente as lacunas abaixo: 
1. Veja bem estes olhos ....... se tem ouvido falar. 
2. Veja bem estes olhos ....... se dedicaram muitos 
versos. 
3. Veja bem estes olhos ....... brilho fala o poeta. 
4. Veja bem estes olhos ....... se extraem confissões e 
promessas. 
a) de que – a que – sobre o qual – dos quais 
b) que – que – sobre o qual – que 
c) sobre os quais – que – de que – de onde 
d) dos quais – aos quais – sobre cujo – dos quais 
e) em quais – aos quais – a cujo – que 
 
 
 
 
 
 
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24. (SANTA CASA) São excelentes técnicos, ....... 
colaboração não podemos prescindir. 
a) cuja d) de que a 
b) de cuja e) dos quais a 
c) que a 
 
25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: 
a) Preferia brincar do que trabalhar. 
b) Preferia mais brincar a trabalhar. 
c) Preferia brincar a trabalhar. 
d) Preferia brincar à trabalhar. 
 
26. (cesgranrio) Observe a frase. 
Ficou-nos a lembrança _______ a água do açude era 
sadia e doce. 
 
A frase se completa corretamente com 
(A) que. 
(B) a que. 
© com que. 
(D) de que. 
(E) em que. 
 
27. (cesgranrio) Assinale a opção em que há uso 
INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma 
culta da língua. 
(A) É interessante a obra de Freyre com a qual a de 
Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral. 
(B) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos 
caracterizados. 
© Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande 
admiração, é filho de Sérgio Buarque. 
(D) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele 
possa se comparar. 
(E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as 
pessoas traçam suas vidas. 
 
28. (cesgranrio) O drama ________ estavam assistindo 
era incompatível __________ manifestações de alegria 
que ouviam ao longe. 
Assinale a opção que preenche, de forma correta, as 
lacunas acima, completando o significado do trecho. 
(A) de que – com as 
(B) a que – com as 
(C) à que – as 
(D) que – às 
(E) que – as 
 
 
 
 
 
 
29. Assinale a alternativa em que a frase está 
gramaticalmente CORRETA. 
A) Muitos homens aspiram mulheres que os respeitem. 
B) Falar mal do parceiro desagrada Rosa Avelar. 
C) Um comentário desabonador implica uma reação 
igual e contraria. 
D) Em tempo de falta de discrição, é preferível, milhões 
de vezes, calar do que falar. 
E) Os estranhos assistem às cenas da vida privada dos 
outros mesmo não lhes conhecendo. 
 
 
 
 
 
Gabarito 
 
Exercícios 
1. a) ao – ao, b) multa, c) na, d) a – a – à, e) ao – o, f) 
o/ao, g) ao – lhe, h) custou-me, i) a, j) a, k) cinco, l) 
ao, m) em. 
2. a) Ninguém será levado à prisão e mantido nela 
sem motivo. 
b) Ouvimos a ideia e gostamos dela. 
3. a) do porquê, b) lhes, c) de que, d) os. 
4. a) os, b) pagar-lhe, c) obedecer-lhe 
5. a) As ideias de que discordamos..., b) Poucas eram 
suas palavras em que podemos acreditar. 
6. a) Muitos visavam ao cargo. B) Mil pessoas 
assistiram ao jogo. 
 
Exercícios: 1. D, 2. B, 3. C, 4. D, 5. E, 6. E, 7. A, 8. C, 9. E, 
10. D, 11. C, 12. E, 13. E, 14. B, 15.D, 16.D, 17.B.,18.E, 
19.B, 20.B, 21.E, 22.E, 23.A, 24.B, 25.C, 26.D, 27.D, 28.B, 
29.C. 
 
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CRASE 
 
 
 É a fusão de dois sons idênticos. 
 O acento indicador da crase é o acento grave (`) 
 
O ACENTO GRAVE DEVE SER USADO: 
a) Diante de palavras femininas definidas. 
 Ex.: Ele foi à aula. 
 
b) Em locuções femininas. 
 Ex.: Saímos às escondidas. 
 
c) Quando vierem subentendidas as expressões moda, 
moda de, maneira de. 
 Ex.: Eles comeram tutu à mineira. 
 
d) Diante de nomes de cidades que aceitem o artigo 
feminino. 
 Ex.: Vamos à Itália. 
 
e) Nas indicações de número de horas. 
 Ex.: Saímos às 10 horas. 
 
f) Diante das palavras casa, terra e distância quando 
estiverem determinada. 
 Ex.: Vamos à casa de Fábio. 
 Ex.: Voltarei à terra de nossos antepassados. 
 Ex.: Fiquei à distância de dois metros. 
 
g) Diante dos pronomes demonstrativos aquele(s), 
aquela(s), aquilo. 
 Ex.: Ele dirigiu-se àquele lugar. 
 
 
NÃO PODEMOS USAR ACENTO GRAVE: 
a) Diante de palavras masculinas. 
 Ex.: Vende-se a prazo. 
 Caminhamos a pé. 
 
b) Diante de verbo. 
 Ex.: Começou a chover. 
 Chegaram a falar. 
 
c) Diante de pronomes pessoais. 
 Ex.: Obedeceu a mim. 
 Disse a ele. 
 
d) Diante de pronomes de tratamento. 
 Ex.: Faço a V.S.ª este pedido. 
 Exceções: Senhora, Senhorita e Dona 
 
 
 
e) Diante de palavras de sentido indefinido. 
 Ex.: Matéria referente a pesquisas. 
 
f) Com expressões formadas por palavras repetidas. 
 Ex.: Ele ficou face a face diante do medo. 
 
g) Diante de artigo indefinido, pronome indefinido e 
pronomes demonstrativos esta e essa. 
 Ex.: Dirigiu-se a uma pessoa. 
 
CASOS FACULTATIVOS: 
a) Diante de pronomes possessivos femininos. 
 Ex.: Ele fez referência a (à) sua irmã. 
 
b) Depois da preposição até. 
 Ex.: Ele foi até a (à) janela. 
 
c) Diante de nomes próprios femininos de pessoa. 
 Ex.: Escrevi a (à) Cristina. 
 
 
 
Fixação – Crase 
 
a) Fui a festa 
 
 
b) Referi-me aquele rapaz 
 
c) Vire a direita 
 
 Estávamos a beira de um ataque de nervos. 
 
 A medida que estudava, aprendia. 
 
d) Comi bacalhau a Gomes de Sá 
 
e) Cheguei a Belém. 
 Fui a França. 
 Voltei a Belém do Pará. 
 
f) Cheguei a uma hora 
 
g) Cheguei a casa de Genoveva. 
 
 Voltei a terra de meus pais. 
 
 Estávamos a distância de dois metros. 
 
 
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✓ Crase proibida 
a) Andávamos a pé. 
 
b) Começou a chover. 
 
c) Referi-me a ela. 
 
d) Dirigi-me a V. S.// Dirigi-me a Senhora. 
 
e) Estávamos frente a frente. 
 
f) Entreguei a cada pessoa presente o convite. 
 
g) Referi-me a pessoas ausentes. 
 
 
Crase facultativa 
Escrevi a / a Rita. 
 
Fui até a / a praia. 
 
Referi-me a / a sua prima. 
 
Dicas: 
Obs.: a locução (adverbial, prepositiva e conjuntiva) é 
introduzida por preposição, se feminina é marcada com 
o acento indicativo de crase para evitar ambiguidade 
com o sujeito e com o objeto direto. 
 
Diante de nome de lugar 
Voltar + lugar = de, crase pra quê? (s/art.) 
 = da, crase há!!!!! (c/ art.) 
 
Nome de lugar determinado tem artigo, logo há crase. 
• Obs.: Diante do pronome relativo que 
normalmente não há crase, uma vez que esse 
pronome repele o artigo.• Porém, ocorrerá crase antes do pronome relativo 
que quando antes aparecer o pronome 
demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas). 
• Lê-se: A AQUELA QUE = À QUE 
 
A cena a que assisti me surpreendeu. 
 
Esta cena é semelhante a que me surpreendeu. 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (FMU) Assinale a alternativa em que não deve haver 
crase: 
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra. 
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir. 
c) Enriqueço, a medida que trabalho. 
d) Filiei-me a entidade, sem querer. 
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra. 
 
2. (FGV) ..... tarde, acampadas já ..... horas, as tropas 
verificaram ..... perdas sofridas. 
a) Há - a - às 
b) À - há - as 
c) À - a - às 
d) Há - à - as 
e) A - há - as 
 
3. (BB) Dizer ....... toda gente o que pensava ....... 
respeito das coisas era sua maior ambição, mas não 
....... confessava sequer ....... sua melhor amiga. 
a) a, à, a, à 
b) à, à, a, a 
c) a, a, a, a 
d) a, à, à, à 
e) à, a, a, a 
 
4. (BB) Estarei ....... frente do prédio, ....... poucos 
metros daqui; chegue, exatamente ....... uma hora. 
a) à, há, à 
 b) a, à, à 
c) à, a, à 
d) à, a, a 
e) à, há, a 
 
5. (BB) Quando for ....... Bahia, quero visitar ....... igreja 
do Bonfim e assistir ....... uma missa para dar 
cumprimento ....... promessa que fiz. 
a) a, a, à, à 
b) à, à, a, a 
c) a, à, a, à 
d) à, a, a, à 
e) a, a, a, a 
 
6. (BB) Qual das alternativas completa corretamente 
os espaços vazios? 
 "E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de 
verdade o apito de um trem igual ....... que ouvia em 
Limoeiro." (José Lins do Rego) 
 "Habituara-se ....... boa vida, tendo de tudo, 
regalada." (J. Amado) 
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 "Os adultos são gente crescida que vive sempre 
dizendo pra gente fazer isso e não fazer ....... ." (M. 
Fernandes) 
a) àquele, aquela, aquilo 
b) àquele, àquela, àquilo 
c) àquele, àquela, aquilo 
d) aquele, àquela, aquilo 
e) aquele, aquela, aquilo 
 
7. (UF SANTA MARIA-RS) Assinale a alternativa que 
completa, corretamente, as lacunas da frase inicial: 
Nesta oportunidade, volto ....... referir-me ....... 
problemas já expostos .......... Vossa Senhoria ....... 
alguns dias. 
a) à, àqueles, a, há 
b) a, àqueles, a, há 
c) a, aqueles, à, a 
d) à, àqueles, a, a 
e) a, aqueles, à, há 
 
8. (UF-PR) Quais as formas que completam, pela 
ordem, as lacunas das frases seguintes? Daqui ..... 
pouco vai começar o exame; Compareci ..... cerimônia 
de posse do novo governador; Não tendo podido ir ..... 
faculdade hoje, prometo assistir ..... todas as aulas 
amanhã. 
a) à, a, a, à 
b) há, na, à, a 
c) a, há, na, à 
d) a, na, à, à 
e) a, à, à, a 
 
9. Assinale a alternativa que preenche correta e 
respectivamente as lacunas do texto abaixo. 
Existe uma ideia ____ ser explorada e colocada ____ 
disposição dos alunos que chegam defasados ____ 
escola, sem preparo para ____ provas. 
a) à, à, a, as 
b) a, à, à, as 
c) à, a, à, às 
d) a, a, a, às 
 
10. Quanto ao acento indicador de crase, coloque (1) 
uso obrigatório, (2) uso facultativo e (3) sem ocorrência. 
A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta. 
( ) Todos se referiam a invasão dos tubarões. 
( ) Saíram os dois correndo as gargalhadas. 
( ) Convido-vos agora a voltar aos vossos lugares. 
( ) Fui até a loja, mas não estava aberta. 
a) 1, 3, 3, 1 
b) 3, 2, 2 ,3 
c) 2, 3 ,1, 1 
d) 1, 1, 3 ,2 
11. Assinale a alternativa em que o segmento destacado 
está incorreto quanto ao acento indicador da crase: 
“Às sete horas, o calor era insuportável. Às moscas 
denunciavam a sujeira do local. À medida que o tempo 
passava, a situação tornava-se insuportável. Às vezes, 
temos a impressão de que somos sufocados pelo 
ambiente.”. 
a) “Às sete horas...” 
b) “Às moscas...” 
c) “À medida que...” 
d) “Às vezes...” 
 
12. Em qual alternativa o uso do acento grave indicativo 
da crase é obrigatório nas duas frases? 
a) I. Disse a Maria o segredo. 
 II. Ficamos a olhar o que o garoto fazia. 
b) I. Fez tudo as escondidas. 
 II. Tudo aconteceu a distância de cem metros. 
c) I. Voltarei a casa mais cedo hoje. 
 II. Voltarei a casa de meus pais mais cedo hoje. 
d) I. Mandarei o livro a Dona Teresa assim que puder. 
 II. Entreguei o dinheiro a uma senhora que passou. 
 
13. (cesgranrio) Na estrada cheia de sol, um convite: 
 
Para completar o cartaz corretamente, a sequência é 
(A) A – À – A. 
(B) A – À – À. 
(C) À – A – À. 
(D) À – À – A. 
(E) À – À – À. 
 
14. (cesgranrio) Preenche-se a lacuna corretamente 
com à na opção: 
(A) morrem .... cada ano. 
(B) fomenta .... noção. 
(C) associados.... miséria. 
(D) estimulam .... nação. 
(E) levarem .... sério. 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
87 
15. (cesgranrio) Assinale a frase em que há uso 
INADEQUADO do acento grave, indicativo da crase. 
(A) O piazinho chegou à cidade rapidamente. 
(B) Foi, às pressas, contar o que tinha visto. 
(C) Todos ficaram à beira da estrada para ouvi-lo. 
(D) Então ele deu todas as informações àquelas pessoas 
espantadas. 
(E) A multidão quase mata o motorista à porretadas. 
 
16. (cesgranrio) Assinale a única frase em que o a deve 
receber acento indicativo de crase. 
(A) Dedicava-se a crônica semanal com prazer. 
(B) Pegou um lápis e pôs-se a trabalhar. 
(C) Leu o texto de ponta a ponta. 
(D) A crônica fazia referência a pessoas comuns. 
(E) Algumas vezes dirigia-se a seu computador. 
 
17. (cesgranrio) Assinale a opção em que está correto o 
uso do acento indicativo da crase. 
(A) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do 
Brasil. 
(B) O autor refere-se, no texto, à uma monumental 
desigualdade. 
(C) O Brasil passou a ser entendido à partir desses 
estudos. 
(D) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas. 
(E) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes 
dois autores. 
 
18. (cesgranrio) Indique a opção que apresenta um 
ERRO no uso do acento indicativo da crase. 
(A) Os documentos pertencem àquele cientista 
brasileiro. 
(B) Os poluentes nos rios causam danos às regiões em 
volta. 
(C) Todos gostariam de assistir à novelas em TVs de alta 
definição. 
(O) Novas tecnologias podem ser muito úteis à 
humanidade. 
(E) Na palestra, o professor se referiu à nova tecnologia. 
 
19. “’É um atentado às liberdades constitucionais!’”(L.3-
4) Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento 
grave para indicar a crase. Assinale a alternativa em que 
isso não tenha ocorrido. 
(A) O evento vai da segunda à sexta. 
(B) Fomos à Bahia. 
(C) Ela sempre sai às pressas. 
(D) Sempre pedimos filé à Osvaldo Aranha. 
(E) Nós nos enfrentamos cara à cara. 
 
20. Em à tarde (L.54-55), à Grécia (L.57) e às quatro 
horas da tarde (L.62-63), utilizou-se corretamente o 
acento indicativo da crase. 
Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. 
 
(A) Dirigimo-nos a Fortaleza dos nossos antepassados. 
(B) Eles se referiram às horas que passamos juntos. 
(C) Sempre nos falamos à noite. 
(D) Eles se encontraram à uma hora da manhã. 
(E) A ida à Itália fez bem aos noivos. 
 
21. O uso do sinal indicador da crase é facultativo em: 
a) ''castigo duro à nossa reverência''; 
b) ''reverência pagã à figura de Papai Noel''; 
c) ''ato de se empanturrar à mesa''; 
d) ''damos à mercadoria um valor''; 
''estamos inclinados à simplicidade da manjedoura'' 
 
22. Está correto o emprego do sinal de crase em: 
(A) Quem recorre às escolas de jornalismo deve saber 
que terá acesso apenas às informações básicas acerca 
da profissão. 
(B) Não dá para ensinar jornalismo à todo aquele que se 
dispõe à fazer o curso. 
(C) Ocorrendo à falta de talento, um diplomado não 
terá acesso à nenhum órgão da imprensa. 
(D) Instituindo-se à obrigatoriedade do diploma, muitos 
profissionais competentes poderão ficar à ver navios. 
(E) Deve-se à essa obrigatoriedade o fato de que muita 
gente se obrigoua frequentar às faculdades de 
comunicação. 
 
23. A ciência produz resultados passo ...... passo, como 
se fosse um quebra-cabeça ...... ser devidamente 
montado, para chegar-se ...... confirmação de uma 
hipótese qualquer. 
As lacunas da frase acima estão corretamente 
preenchidas, respectivamente, por 
(A) à - à – a 
(B) a - a – à 
(C) a - à - à 
(D) à - à – à 
(E) a - a - a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
88 
24. O exame apurado das contas destinava-se ...... 
verificação de erros ou desvios na aplicação das verbas, 
tanto em relação ...... despesas ordinárias, quanto ...... 
eventuais situações de emergência, durante o semestre. 
As lacunas da frase acima serão corretamente 
preenchidas,respectivamente, por 
(A) à - às – a 
(B) à - as – a 
(C) à - as - à 
(D) a - às – à 
(E) a - as – a 
 
25. A necessidade ou não do sinal de crase está 
inteiramente observada na frase: 
(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos 
que cabem também às outras parcelas de injustiçados 
que integram a nossa sociedade. 
(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova 
edição do Código Civil, à qual, aliás, já se fizeram 
objeções à torto e à direito. 
(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à 
ninguém a condição "natural" de cabeça de casal, à 
qual, até então, se reservava para o homem. 
(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja 
obsoleto em vários pontos, à exemplo do que ocorreu 
com o antigo. 
(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter 
lutado por seus direitos; todas as pressões sociais 
sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação. 
 
26. No apogeu da exploração de diamantes, no então 
arraial do Tijuco, o português João Fernandes era o 
responsável pelo envio das pedras ...... Coroa, 
obrigando a sociedade da época ...... estender seus 
tapetes ...... uma ex-escrava, que se tornou sua mulher. 
As lacunas da frase acima serão corretamente 
preenchidas por 
(A) a - à – a 
(B) a - a – à 
(C) à - a - à 
(D) à - a – a 
(E) à - à - a 
 
27. Ambientalistas que passaram ...... lutar pelo 
controle do desmatamento na Amazônia são vistos 
como inimigos ...... serem neutralizados, originando-se 
daí os assassinatos relacionados ...... luta pela posse da 
terra. 
As lacunas da frase acima serão corretamente 
preenchidas por 
(A) à - à – a 
(B) à - a – a 
(C) a - à – à 
(D) a - a – à 
(E) a - à - a 
 
28. Atente para as seguintes frases: 
I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas 
de guerra. 
II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à 
transmissão das cenas da guerra. 
III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a 
comunicação que o Presidente fará à Nação. 
Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está 
inteiramente correto o que se lê em 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, somente. 
(C) I e III, somente. 
(D) II, somente. 
(E) II e III, somente. 
 
29. A preocupação com as condições do trabalho 
assalariado levou ...... elaboração de leis que se 
destinavam ...... preservar os direitos dos trabalhadores 
e o respeito ...... essa mão-de-obra. 
(A) a - a – a 
(B) à - a – a 
(C) à - à – a 
(D) à - à - à 
(E) a - a – à 
 
30. (AOCP) Em “Ingressos estão à venda”, 
(A) o acento empregado em “à” é denominado “agudo”. 
(B) a crase se justifica pela junção de duas vogais com a 
mesma função. 
(C) o acento se justifica por se apresentar em uma 
locução adverbial de base feminina. 
(D) a crase se justifica tendo em vista a fusão da 
preposição “a” exigida pelo verbo e do artigo feminino 
“a” antes de “venda”. 
(E) a crase foi empregada inadequadamente. 
 
Gabarito: 1. E, 2. B, 3. C, 4. C, 5. D, 6. C, 7. B, 8. E, 9. B, 
10. D, 11. B, 12. B, 13. D, 14. C, 15. E, 16. A, 17. E, 18. C, 
19. E, 20. A, 21. A, 22. A, 23. B, 24. A, 25. A, 26. D, 27. D, 
28. D, 29. B, 30.C. 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
89 
REDAÇÃO 
(CONFRONTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS) 
 
 
1. Está clara e correta a redação da seguinte frase: 
(A)) São sempre muito pessoais os critérios de quem vai, 
aos poucos, formando sua biblioteca, adquirindo livros 
conforme o gosto ou a necessidade dos diferentes 
momentos. 
 
(B) Quando se adquire livros segundo o gosto pessoal 
ou a necessidade, de acordo com tais critérios vai-se 
formando, aos poucos, sua biblioteca, a cada momento. 
 
(C) É muito normal que uma biblioteca seja composta 
segundo às necessidades ou o gosto de cada um, razão 
pela qual elas se formam aos poucos, de momento em 
momento. 
 
(D) É aos poucos que uma biblioteca vai formando-se, a 
cada momento, graças ao gosto ou mesmo a 
necessidade de quem a adquire, revelando-se deste 
modo os critérios pessoais. 
 
(E) Uma biblioteca se forma aos poucos, a cada 
momento, de sorte que se revele critérios muito 
pessoais daquele que se vale tanto de sua necessidade 
quanto do gosto em si. 
 
 
2. Está clara e correta a redação da seguinte frase: 
(A) Costumam ser nas experiências cotidianas que as 
leis se revelam ou não práticas, quando em voga num 
país determinado. 
 
(B)) É nas experiências cotidianas que o cidadão comum 
pode dar-se conta da efetiva aplicabilidade das leis 
vigentes em seu país. 
 
(C) Exemplos históricos existem, desde sempre, que as 
leis com frequência não correspondem ao que delas se 
esperam. 
 
(D) É de fato lamentável, que tão importante 
organização internacional não veja cumprido as 
indicações que nascem de seu contexto. 
 
(E) Por mais que desejamos nos convencer do contrário, 
a eficácia das leis não constitue uma garantia intrínseca 
delas. 
 
 
3. A má construção tornou confusa a redação da 
seguinte frase: 
(A) Nos ônibus apinhados, os passageiros perdem a 
dignidade de usuários e se equiparam a cargas que vão 
sendo transportadas. 
 
(B) O poder dos sindicatos de trabalhadores vem-se 
esvaziando com a crise econômica e o aumento do 
desemprego. 
 
(C)) Nenhuma das atuais medidas surtirá efeito, 
porquanto efetivamente se ponham em prática. 
 
(D) Muito embora as intenções do projeto sejam boas, 
na prática ele não trará benefícios para a maioria dos 
funcionários. 
 
(E) Não obstante haja desconfiança quanto ao sucesso 
do espetáculo, investiu-se nele uma enorme soma de 
dinheiro. 
 
 
4. Está clara e correta a redação da seguinte frase: 
(A) Se antes Aracampinas contava com 460 habitantes, 
já passados sete anos tem agora 600, sendo que este 
acréscimo não foi a única mudança, que também 
ocorreram nas condições de vida. 
 
(B) O antropólogo Hilton da Silva não se iludiu com a 
pressuposta melhoria de vida dos moradores de 
Aracampinas, pois notou que lhes predominavam 
também um quadro de hipertensão, efetuado através 
da modernização dos costumes. 
 
(C) Mudanças de dieta com muita frequência chega a 
acarretar distúrbios na pressão arterial, tal se verificou 
entre os moradores de Aracampinas, em virtude da 
adesão que foram vítimas diante dos avanços 
tecnológicos. 
 
(D) Muito embora os caboclos já não pescam tanto, 
ainda assim houve redução da atividade física por conta 
dos novos hábitos alimentares, haja vista os 
industrializados, a que se deve um fator de hipertensão. 
 
(E)) As mudanças que se verificaram na fisiologia do 
organismo de muitos dos moradores de Aracampinas 
deveram-se a um novo estilo de vida, que incorporou 
hábitos urbanos e produtos da moderna tecnologia. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
90 
5. Está inteiramente clara e correta a redação da frase: 
(A) É na constância da prática que os valores culturais se 
retificam, confirmando-se assim como valores onde sua 
legitimidade torna-se indiscutível. 
 
(B) Embora elogiáveis sobre muitos aspectos, as 
alterações do novo código não obtiveram mais do que 
buscar acompanhar fatos há muito consolidados. 
 
(C) O autor do texto ao tratar de práticas e convenções 
está referindo às ações nas quais cujos seus valores nem 
sempre são imediatamente acompanhados pela 
legislaçãovigorosa. 
 
(D)) A demarcação de um campo de direitos não 
prescinde de muita luta, tal como pode observar quem 
venha acompanhando o processo das batalhas 
feministas. 
 
(E) Não obstante haja quem o discorde, muitos 
acreditam que o que é justo decorre do texto legal, não 
se passando o mesmo com a prática das ações. 
 
 
6. Está clara e correta a redação da seguinte frase: 
(A) Deu-lhe um sonho de simplicidade em face dessas 
desarrumações na vida, que aliás acomete a qualquer 
um, nestes tempos modernos de hoje que 
atravessamos. 
 
(B)) O cronista demonstra, talvez, excesso de rigor, 
quando considera seu ofício não mais que uma banal 
operação, com a qual amontoa pequenas pilhas de 
palavras inúteis. 
 
(C) Se estamos emersos num sonho e o telefone toca, 
saímos deste e perdemos toda a continuidade do 
devaneio que vale mais à pena do que viver assim 
mecanicamente. 
 
(D) A verdade é que nem mesmo certo prazer é mais 
obtido pelo cigarro, cujo vício alimentamos sem pensar, 
assim como ocorrem em outros fatos da vida. 
 
(E) Apenas viver simplesmente torna-se um sonho em 
nosso tempo, onde a rotina nos faz mergulharmos em 
inúteis atividades que nem paramos para pensar nelas. 
 
 
 
 
 
7. A frase que precisa ser reconstruída, por apresentar 
problemas em sua estruturação, é: 
(A) Provendo os homens de tudo o que necessitam, a 
cultura social acaba por integrar a identidade mesma de 
cada indivíduo. 
(B) Nenhum indivíduo pode se gabar de sua absoluta 
autonomia como sujeito, já que há nele marcas 
inalienáveis da vida social. 
(C) Caso não fôssemos indivíduos fadados a viver em 
sociedade, todos poderíamos encontrar prazer na 
solidão absoluta. 
(D) Na língua, nas formas do pensamento, no conteúdo 
das ideias – em toda parte encontram-se legados dos 
que viveram antes de nós. 
(E)) Por onde quer que procuremos, os homens se 
deparam com valores que comprovam nossa 
dependência dos antepassados. 
 
8. É preciso corrigir a redação da seguinte frase: 
(A) Li o novo código e, no fundamental, nada tenho a 
lhe opor. 
(B) É louvável, reconheça-se, a coragem com que as 
feministas pioneiras se lançaram à luta. 
(C) Os povos primitivos orientam-se por uma tradição 
de valores mais precisos e mais permanentes que os 
nossos. 
(D) Há sempre quem discuta as leis; mais difícil é haver 
quem discuta os valores já estabelecidos na prática 
social. 
(E)) Se contra fatos não há argumentos, esta é uma 
afirmação autoritária, na qual não se deve recorrer. 
 
9. Atente para a redação das seguinte frases: 
I. Costuma passar por verdadeiro a afirmação que todos 
os meios são válidos onde os fins são legítimos, mas 
nem por isso devemos considerá-la enquanto uma 
afirmação óbvia. 
II. Há casos que tornam difíceis a distinção entre o que é 
justo ou não, por isso é necessário uma educação 
atenta para que se descrimine os valores morais, os 
vícios e as virtudes. 
III. A rigor, não constitui exatamente um privilégio o 
fato de sabermos avaliar moralmente os nossos atos, 
pois tal discernimento implica maior responsabilidade 
em todas as nossas decisões. 
Está clara e correta APENAS a redação de 
(A) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I. 
(D) II. 
(E)) III. 
 
Gabarito: 1.A, 2.B, 3.C, 4.e, 5.D, 6.B, 7.E, 8.E, 9.E. 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
91 
INTELECÇÃO DE TEXTO 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público 
a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar 
no momento de responder às questões relacionadas a 
textos. 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando 
condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de 
seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de 
uma interpretação de um texto é a identificação de sua 
ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias 
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou 
explicações, que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
Nesse processo, buscam-se: 
a) a ideia principal (ou básica); 
b) as ideias secundárias; 
c) o reconhecimento de palavras ou expressões que 
possam dar validade ao entendimento das ideias 
expressas no texto. 
 
 
 
 
ORIENTAÇÃO: 
Com a finalidade de auxiliar o raciocínio de quem deve 
responder a questões de compreensão de textos, 
observe o seguinte: 
1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 
2) Proceda através de eliminação de hipóteses. 
3) Compare o sentido das palavras; às vezes, uma 
palavra decide a melhor alternativa. 
4) Tente encontrar o tópico frasal, ou seja, a frase que 
melhor sintetiza o texto. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. IDENTIFICAR – reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram-se termos, como 
os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. COMPARAR – descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto. 
3. COMENTAR - relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
5. PARAFRASEAR – reescrever o texto com outras 
palavras. 
 
 
EXEMPLO 
 
 TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
 "O HOMEM UNIDO ” 
 A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA 
HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU 
(SÁTIRA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
92 
Atentem para esta distinção: 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR 
SIGNIFICA 
 COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, 
COMENTAR, JULGAR, 
TIRAR CONCLUSÕES, 
DEDUZIR. 
- TIPOS DE 
ENUNCIADOS 
• Através do texto, 
INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR 
que... 
• O autor permite 
CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO 
do autor ao afirmar 
que... 
- INTELECÇÃO, 
ENTENDIMENTO, ATENÇÃO 
AO QUE REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor 
que... 
• De acordo com o texto, é 
CORRETA ou ERRADA a 
afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
 
 
 
É preciso estar atento para a ideia principal de 
cada parágrafo, só assim se assegura um caminho que 
levará à compreensão do texto. Pode-se, 
tranquilamente, ser bem-sucedido numa interpretação 
de texto. Para isso, deve-se observar o seguinte: 
✓ Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
✓ Se encontrar palavras desconhecidas,não 
interrompa a leitura, vá até o fim, 
ininterruptamente; 
✓ Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas 
entrelinhas; 
✓ Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
✓ Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as 
do autor; 
✓ Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
✓ Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
parte) do texto correspondente; 
✓ Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão; 
✓ Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de 
...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, 
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem 
nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender 
o que se perguntou e o que se pediu; 
✓ Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa, às vezes 
a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia 
a resposta; 
✓ Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
✓ Não se deve procurar a verdade exata dentro 
daquela resposta, mas a opção que melhor se 
enquadre no sentido do texto; 
✓ Procure estabelecer quais foram as opiniões 
expostas pelo autor, definindo o tema e a 
mensagem; 
✓ O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
✓ As orações coordenadas não têm oração principal, 
apenas as ideias estão coordenadas entre si; 
✓ Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele 
maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou 
determinando-lhe o significado. 
A interpretação não depende de cada um, mas, sim, 
do que está escrito. "O que está escrito, escrito está." 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
93 
DICA DE INTERPRETAÇÃO: comece pelas questões mais 
curtas; diante das opções, elimine as improváveis; 
muitas vezes há alternativas tão absurdas que 
dispensam a leitura integral do texto. Às vezes, citam 
dados, informações que sequer são mencionados no 
texto. 
 
PASSOS PARA LEITURA E ENTENDIMENTO DO TEXTO 
O candidato deve fazer dois tipos de leitura: 
 
1ª leitura informativa: para buscar as palavras mais 
importantes de cada parágrafo, que constituem as 
palavras-chave do texto em torno das quais as outras se 
organizam para dar significação e produzirem sentidos. 
 
2ª leitura interpretativa: para compreender, analisar e 
sintetizar as informações do texto. 
 
A leitura interpretativa requer: 
 
* compreensão: entender a mensagem literal contida 
no texto. As questões versam sobre a postura 
ideológica do autor, a ideia central, a tese defendida. 
 
* análise: depreender do texto a informação essencial. 
Para isso é importante buscar as palavras mais 
importantes de cada parágrafo, elas constituirão as 
palavras-chave do texto. Atentar para os modos de 
articulação das ideias. 
 
* síntese: organizar as ideias principais do autor para 
chegar à expressão que constitui a tese defendida pelo 
autor durante todo o texto. 
 
Nas questões de compreensão / interpretação de texto, 
o candidato deve, além da compreensão, análise e 
síntese, destacar, em cada parágrafo, a informação 
básica, para facilitar a compreensão do texto. 
 
 
Há diferença no objetivo das questões de 
compreensão e de interpretação de textos 
 
1. Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em 
analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar 
dados do texto. 
 
2. Interpretação de Texto – consiste em saber o que se 
infere (conclui) do que está escrito. 
 
 
 
Dicas importantes para a análise de textos: 
 
1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas 
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato 
interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente 
às informações que estão relatadas. 
 
2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto 
deve ser considerado como um todo, não se atenha à 
parte dele. 
 
3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar 
entender justamente o contrário do que está escrito. 
Leia duas vezes o comando da questão, para saber 
realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas 
palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, 
é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro etc. 
 
4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, 
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
 
5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se 
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 
 
6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, 
mas sim o que ele disse; escreveu. 
 
7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que 
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes 
demonstrativos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
94 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
 
A Tipologia Textual define, em linhas gerais, os 
seguintes tipos (básicos) de texto em prosa: 
1. Descritivo 
2. Narrativo 
3. Dissertativo 
 
1. Descritivo: é o texto do objeto - da impressão física, 
da imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do 
relevo, da paisagem, da precisão quanto aos aspectos 
físicos. 
 
✓ Predomina o tempo pretérito imperfeito ou 
mesmo o presente ( indicativo e subjuntivo). 
 
Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de uma 
favela carioca, a obra de um sociólogo que descreve o 
biótipo de um determinado povo, o texto de um “folder” 
turístico etc. 
 
 
2. Narrativo: texto utilizado para contar um caso, narrar 
fato(s), historiar acontecimentos, não importando se 
fictícios ou verídicos. 
 
✓ Predominam neste texto os tempos pretéritos: 
perfeito ou imperfeito. 
✓ A ação é um dos principais ingredientes da 
narração. 
✓ O tempo é outro dos ingredientes. 
✓ O autor, muitas vezes, utiliza personagens que 
dialogam. 
 
Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma notícia 
de jornal, uma partida de futebol, um romance, uma 
parábola, uma historinha infantil etc. 
 
 
3. Dissertativo: é o texto da ideia - da opinião, do ponto 
de vista. 
 
✓ Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa ), 
embora possa redigido na 1ª pessoa. 
✓ Aborda, quase sempre, um tema palpitante do 
comportamento humano: justiça social, ética 
(práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), 
paz (violência urbana), democracia, liberdade, 
futuro do homem ( seus medos e anseios) etc. 
 
Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do Diogo 
Mainardi (Veja), um texto de pensamentos filosóficos 
etc. 
Há ainda outros tipos de textos: 
 
 
• Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a 
finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por 
esse motivo, sua estrutura se caracteriza por 
verbos no imperativo: ordenando ou sugerindo. 
 
a) Injuntivo-instrucional: quando a orientação não é 
coercitiva, não estabelece claramente uma ordem, mas 
uma sugestão, um conselho. Exemplos: 
a) o texto que predomina num livro de autoajuda; 
b) o manual de instruções de um eletroeletrônico; 
c) o manual de instruções ( programação ) sobre metas, 
funções etc.; 
d) uma ingênua receita de bolo escrita pela avó... 
 
 
b) Injuntivo-prescritivo: a orientação é uma imposição, 
uma ordem baseada em condições sine qua non. 
Exemplos: 
a) a receita de um médico (a um paciente) transmitida à 
enfermeira responsável; 
b) os artigos da Constituição ou do Código de Processo 
Penal; 
c) a norma culta da Língua Portuguesa; 
d) as cláusulas de um contrato; 
e) o edital de um concurso público... 
 
 
• Texto expositivo: apresenta informações sobre 
um objeto ou fato específico, sua descrição, a 
enumeração de suas características. Esse deve 
permitir que o leitor identifique, claramente, o 
tema central do texto. 
 
Um fato importante é a apresentação de bastante 
informação, caso se trate de algo novo esse se faz 
imprescindível. 
 
Quando se trata de temas polêmicos a apresentação de 
argumentos se faz necessário para que o autor informe 
aos leitores sobre as possibilidades de análise do 
assunto. 
 
O texto expositivo deve ser abrangente, deve permitir 
que seja compreendidopor diferentes tipos de pessoas. 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
95 
• A fábula é uma narrativa figurada, na qual as 
personagens são geralmente animais que 
possuem características humanas. Pode ser 
escrita em prosa ou em verso e é sustentada 
sempre por uma lição de moral, constatada na 
conclusão da história. 
 
A fábula está presente em nosso meio há muito 
tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. 
Muitos provérbios populares vieram da moral contida 
nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa 
é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e 
“Um amigo na hora da necessidade é um amigo de 
verdade” em “A cigarra e as formigas”. 
 
Portanto, sempre que redigir uma fábula 
lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além 
disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata-
se de uma narrativa. 
 
Por ser exposta também oralmente, a fábula 
apresenta diversas versões de uma mesma história e, 
por este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, 
dependendo da intenção do escritor ou interlocutor. 
 
É um gênero textual muito versátil, pois permite 
diversas situações e maneiras de se explorar um 
assunto. É interessante, principalmente para as 
crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro 
de preceitos morais sem que percebam. 
 
E outra motivação que o escritor pode ter ao 
escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um 
concurso que tenha essa modalidade de escrita como 
opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar 
da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se 
sempre de escolher personagens inanimados e/ou 
animais e uma moral que norteará todo o enredo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A Crônica é uma reflexão sobre o acontecido. 
 
A crônica é um gênero que tem relação com a 
ideia de tempo e consiste no registro de fatos do 
cotidiano em linguagem literária, conotativa. 
 
A origem da palavra crônica é grega, vem de 
chronos (tempo), é por isso que uma das características 
desse tipo de texto é o caráter contemporâneo. 
 
A crônica difere da notícia, e da reportagem 
porque, embora utilizando o jornal ou a revista como 
meio de comunicação, não tem por finalidade principal 
informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. 
Desta finalidade resulta que, neste tipo de texto, 
podemos ler a visão subjetiva do cronista sobre o 
universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se 
invariavelmente na 1ª pessoa. 
 
Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao 
cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se 
move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o 
literário, entre a narração impessoal dos 
acontecimentos e a força da imaginação. Diálogo e 
monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o 
sujeito da enunciação. A subjetividade percorre todo o 
discurso. 
 
A crônica não morre depressa, como acontece 
com a notícia, mas morre, e aqui se afasta 
irremediavelmente do texto literário, embora se vista, 
por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a 
ambiguidade, a antítese, a conotação, etc. 
 
A sua estrutura assemelha-se à de um conto, 
apresentando uma introdução, um desenvolvimento e 
uma conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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96 
Discurso 
Os personagens que participam da história 
evidentemente falam. É o que se conhece como 
discurso, que pode ser: 
 
1) Direto: O narrador apresenta a fala do personagem, 
integra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois 
pontos e travessão. 
Ex.: o funcionário disse ao patrão: 
- Espero voltar no final do expediente. 
 
Rui perguntou ao amigo: 
- Posso chegar mais tarde? 
 
2) Indireto: O narrador incorpora à sua fala a fala do 
personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, 
porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) 
para fazer a ligação. 
Ex.: O funcionário disse ao patrão que esperava voltar 
no final do expediente. 
 Rui perguntou ao amigo se poderia chegar mais 
tarde. 
 
 
Obs.: O conhecimento desse assunto é muito 
importante para as questões que envolvem as 
paráfrases. Cuidado, pois, com o sentido. Procure ver se 
está sendo respeitada a correlação entre os tempos 
verbais e entre determinados pronomes. Abaixo, outro 
exemplo, bem elucidativo. 
Minha colega me afirmou: 
- Estarei aqui, se você precisar de mim. 
 
Minha colega me afirmou que estaria lá se eu 
precisasse dela. 
 
O sentido é, rigorosamente, o mesmo. Foi necessário 
fazer inúmeras adaptações. 
 
3) Indireto livre 
É praticamente uma fusão dos dois anteriores. 
Percebe-se a fala do personagem, porém sem os 
recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) 
nem do discurso indireto (conjunções que ou se). 
Ex.: Ele caminhava preocupado pela avenida deserta. 
Será que vai chover, logo hoje, com todos esses 
compromissos!? 
 
 
 
 
 
 
Exemplo prático de tipos textuais (fragmentos de Cora 
Coralina): 
 
“Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa simples, mas 
de cômodos bem amplos e confortáveis. Um jardim 
colorido e aromático. Beija-flores por aqui não faltam. 
Tenho duas filhas. Ana, uma menina alta, meio 
desengonçada, mas de um brilho especial nos olhos 
muito pretos. Virgínia, uma menina muito magra, 
gestos e rosto delicados, tem uma cabeleira tão ruiva 
que poderia ser confundida com uma dessas atrizes do 
cinema americano....” 
Texto descritivo. 
 
 
“Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear pelo 
sítio. Na margem do rio havia uma pequena canoa. O 
espírito de aventura falou mais alto. Entramos na canoa 
e, no meio do leito, notamos a água infiltrando-se. 
Percebi o desespero das meninas, mas 
tive de aparentar toda a calma e...” 
Texto narrativo. 
 
 
“A vida de uma mulher não é fácil em parte alguma 
deste mundo. A sociedade machista impõe-lhe regras e 
destinos que ela jamais pode escolher. A mulher será 
sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, às 
tradições, aos costumes e à hipocrisia chauvinista 
dos...” 
Texto dissertativo. 
 
 
“Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana. 
Caramelize uma forma com açúcar, corte 10 bananas 
no sentido do comprimento, coloque-as na forma, bata 
4 ovos com uma xícara de leite, duas de farinha de trigo 
e uma colher de fermento. Despeje a massa na forma, 
polvilhe (a gosto) com canela e açúcar e leve ao forno 
pré-aquecido em 180ºC. Deixe...” 
Texto injuntivo (instrucional). 
 
 
“Como fazer um parto de emergência ( recado para 
minhas filhas e netas). Mantenha a calma. Prepare uma 
superfície limpa para ela se deitar. Pegue uma tesoura e 
três pedaços de linha de 25cm. Ferva tudo por 10 
minutos. Dobre um cobertor e coloque-o sobre a futura 
mamãe. Lave bem as mãos e as unhas com água e 
sabão. Quando as contrações aumentarem...” 
Texto injuntivo-prescritivo. 
 
 
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97 
Paráfrase: é a reescritura de um texto sem alteração de 
sentido. Questões de interpretação com frequência se 
baseiam nessa técnica. Vários recursos podem ser 
utilizados para parafrasear um texto. 
 
1) Emprego de sinônimos 
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais 
preocupados. 
Conquanto retomasse cedo, deixava os genitores 
preocupados. 
 
2) Emprego de antônimos, com palavra negativa. 
Ex.: Ele era fraco. = Ele não era forte. 
 
3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que 
remetem a outros já citados no texto. 
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; 
Antônio, ao cinema. 
 Paulo e Antônio já saíram. Aquele foi ao colégio; 
este, ao cinema. Aquele = Paulo este = 
Antônio 
 
4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
Ex.: É necessário que todos colaborem. 
 É necessária a colaboração de todos. 
 
5) Omissão de termos facilmente subentendidos. 
Ex.: Nós desejávamos uma missão 'mais delicada, mais 
importante. 
 Desejávamos missão mais delicada e importante. 
 
6) Mudança de ordem dos termos noperíodo. 
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo 
aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de 
investigação. 
 Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo 
aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria 
esquecido. 
 
7) Mudança de voz verbal 
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz 
ativa) 
Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. 
(voz passiva) 
 
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3a 
pessoa do plural), haverá duas mudanças possíveis. 
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) 
 Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica) 
 Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 
 
 
 
8) Troca de discurso 
Ex.: Pedro disse: - Cortarei a grama sozinho. (discurso 
direto) 
 Pedro disse que cortaria a grama sozinho. (discurso 
indireto) 
 
 
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas 
(vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa 
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. 
 O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele 
ano. 
 
10) Troca de locuções por palavras e vice-versa: 
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do 
céu. 
 O homem urbano não conhece a linguagem celeste. 
 
 
Vamos então fazer um exercício. Leia o trecho abaixo e 
anote a alternativa em que não ocorre uma paráfrase. 
O homem caminha pela vida muitas vezes 
desnorteado, por não reconhecer no seu íntimo a 
importância de todos os instantes, de todas as coisas, 
simples ou grandiosas. 
a) Frequentemente sem rumo, segue o homem pela 
vida, por não reconhecer no seu íntimo o valor de 
todos os instantes, de todas as coisas, sejam 
simples ou grandiosas. 
b) Não reconhecendo em seu âmago a importância de 
todos os momentos, de todas as coisas, simples ou 
grandiosas, o homem caminha pela vida muitas 
vezes desnorteado. 
c) Como não reconhece no seu íntimo o valor de todos 
os momentos, de todas as coisas, sejam elas 
simples ou não, o homem vai pela vida 
frequentemente desnorteado. 
d) O ser humano segue, com frequência, vida afora, 
sem rumo, porquanto não reconhece, em seu 
interior, a importância de todos os instantes, de 
todas as coisas, simples ou grandiosas. 
e) O homem caminha pela vida sempre desnorteado, 
por não reconhecer, em seu mundo íntimo, o valor 
de cada momento, de cada coisa, seja ela simples 
ou grandiosa. 
 
Gabarito: Alternativa e) 
O advérbio “sempre” não significa “muitas vezes”. 
 
 
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98 
EXERCÍCIO DE TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
1. identifique o tipo de redação apresentando: 
(1) descrição 
(2) narração 
(3) dissertação 
 
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto 
de toda a nação brasileira conseguirá vencer os 
gravíssimos problemas econômicos, por todos há 
muitos conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por 
si sós, não são capazes de alterar a realidade, se as 
autoridades que elaboram não contarem com o apoio 
da opinião pública, em meio a uma comunidade de 
cidadãos conscientes. 
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe 
uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se 
um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a 
dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste 
lago pairam, imponentes, árvores seculares que 
parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se 
sucedem pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, 
estende-se por todo aquele local, imprimindo à 
paisagem um clima de tranquilidade e aconchego. 
 
( ) As crianças sabiam que a presença daquele 
cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da 
mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer 
cabimento; um apartamento tão pequeno que mal 
acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda 
tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos 
esconderam o animal em um armário próximo ao 
corredor e ficaram sentados na sala à espera dos 
acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do 
trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a 
expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos. 
( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 
12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá 
avistava todos os dias a movimentação incessante dos 
transeuntes, os frequentes congestionamentos dos 
automóveis e a beleza das arrojadas construções que 
sucedem do outro lado da avenida. Estes prédios 
moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões 
antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, 
contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, 
imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem 
desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do 
progresso. 
 
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia 
que são incalculáveis os danos que o homem vem 
causando ao meio ambiente. O desmatamento de 
grandes extensões de terra, transformando-as em 
verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da 
poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies 
são apenas alguns aspectos a serem mencionados. Os 
que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar 
das futuras gerações temem que a ambição desmedida 
do homem acabe por tornar esta terra inabitável. 
 
( ) O candidato à vaga de administrador entrou 
no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia 
inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre 
se sentia assim quando estava por ser testado. O dono 
da firma sentou-se com ar de extrema seriedade e 
começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele 
interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela 
sensação desagradável dissipou-se quando ele foi 
informado de que o lugar era seu. 
 
 
Gabarito: (3), (1), (2), (1), (3), (2) 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
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99 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
Texto I 
Detector de mentira por e-mail. 
 
Cientistas norte-americanos garantem que 
criaram método para identificar uma mentira contada 
em mensagens eletrônicas (Revista Língua, nº 18, 2007 
– Texto adaptado) 
 
Cientistas da Universidade de Cornell, nos 
Estados Unidos, anunciaram no fim de fevereiro, início 
de março, ser capazes de identificar uma mentira 
contada por e-mail. Analisando cinco características de 
textos falaciosos, identificaram “pistas” que mentirosos 
deixam em textos escritos. 
Segundo os cientistas, a margem de acerto nos 
testes é de 70%. Os conhecimentos podem ser 
condensados em um programa de computador 
disponível já a partir do próximo ano. 
Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais 
palavras que textos verdadeiros, descobriram os 
cientistas. Mas a ocorrência de frases casuais, que 
possam despertar ambigüidade, é bem menor nos 
verdadeiros que nos mentirosos. Mais detalhadas que 
as verdades, mentiras são contadas por meio daquilo 
que os pesquisadores chamam de “expressão de 
sentido”, como “sentir”, “ver”, e “tocar” – usadas para 
criar um cenário que nunca existiu. 
Mentirosos desconfortáveis com a própria 
lorota tenderiam ainda a usar palavras com sentido 
negativo, como “triste”, “estressado”, “irritado”. [...] 
O professor Jeff Hancock, coordenador do 
estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a 
identificar mentirinhas privadas contadas por seus 
parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos 
públicos. 
 
01. A leitura global do texto nos permite inferir que o 
autor quer: 
A) chamar a atenção para uma descoberta 
revolucionária: a mentira por e-mail pode estar com 
os seus dias contados. 
B) mostrar que a mentira é comum nos e-mails: todos 
mentem porque não serão descobertos. 
C) enfatizar que há recursos modernos para o homem 
se esconder atrás de uma cortina, a da mentira 
eletrônica. 
D) lembrar de que a mentira faz parte da vida dos 
homens: tanto faz mentir como dizer a verdade, não 
há problemas. 
 
 
02. No texto: “Detector de mentira por e-mail” 
predominam as marcas de um texto: 
A) narrativo.C) descritivo. 
B) dissertativo. D) narrativo-argumentativo. 
 
TEXTO II 
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, 
dois anos sem Senna ... Não há calendário para a 
saudade. 
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 
 
03. Segundo o texto, a saudade: 
a) aumenta a cada ano. 
b) é maior no primeiro ano. 
c) é maior na data do falecimento. 
d) é constante. 
e) incomoda muito. 
 
04. A segunda oração do texto tem um claro valor: 
a) concessivo c) causal 
b) temporal d) condicional e) proporcional 
 
05. A repetição da palavra não exprime: 
a) dúvida c) tristeza 
b) convicção d) confiança e) esperança 
 
TEXTO III 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os 
leitores. (José Sarney, na Veja) 
 
06.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a) esportiva c) profissional 
b) intelectual d) sentimental e) religiosa 
 
07.O autor do texto sugere estar passando de: 
a) escritor a político d) senador a escritor 
b) político a jornalista e) político a escritor 
c) político a romancista 
 
08.Infere-se do texto que a atividade inicial do autor 
foi: 
a) agradável c) simples 
b) duradoura d) honesta e) coerente 
 
09.O trecho que justifica a resposta ao item anterior 
é: 
a) e agora c) passei a vida 
b) os leitores d) atrás de eleitores e) busco 
 
10.A expressão que não pode substituir o termo 
agora é: 
a) no momento c) presentemente 
b) ora d) neste instante e) recentemente 
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100 
TEXTO IV 
Os animais que eu treino não são obrigados a 
fazer o que vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
11.O sentimento que melhor define a posição do autor 
perante os animais é: 
a) fé c) solidariedade 
b) respeito d) amor e) tolerância 
 
12.O autor do texto é: 
a) um treinador atento d) um adestrador consciente 
b) um adestrador frio e) um adestrador filantropo 
c) um treinador qualificado 
 
13.Segundo o texto, os animais: 
a) são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b) fazem o que não lhes permite a natureza. 
c) não fazem o que lhes permite a natureza. 
d) não são objeto de qualquer preocupação para o 
autor. 
e) são treinados dentro de determinados limites. 
 
Texto V 
 
14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela 
leitura: 
(A) do primeiro quadrinho, somente. 
(B) do segundo quadrinho, somente. 
(C) do terceiro quadrinho, somente. 
(D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. 
(E) do segundo e do terceiro quadrinhos. 
 
TEXTO VI 
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa 
vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço 
SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A 
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de 
dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há 
dois anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, 
que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. 
Os estudos para a implantação da fábrica foram 
recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, 
pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito 
atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, 
com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 
italiana Cirio, no Brasil. 
(Denise Brito, na Exame, dez./99) 
15) Segundo o texto, a SIG Combibloc: 
a) produz menos embalagem que a Tetrapak. 
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. 
c) possui oito clientes no Brasil. 
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. 
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não 
esteja instalada no país. 
 
16) Segundo o texto: 
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma 
fábrica no Sul. 
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de 
atomatado. 
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na 
produção de embalagem longa vida. 
d) a Unilever é empresa chilena. 
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do 
grupo. 
 
17) Os estudos apontam para o Sul porque: 
a) o clima favorece a produção de embalagens longa 
vida. 
b) está próximo aos demais países que compõem o 
Mercosul. 
c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. 
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. 
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 
 
18) " ... que detém cerca de 80% dos negócios 
nesse mercado." Das alterações feitas nessa 
passagem do texto, a que não mantém o sentido 
original é: 
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal 
mercado. 
b) quepossui perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios 
em tais mercados. 
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios 
nesse mercado. 
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
 
19) " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho 
destacado só não pode ser entendido, no texto, 
como: 
a) e indicam o Sul do pai 
b) e recomendam o Sul do país 
c) e incluem o Sul do país 
d) e aconselham o Sul do país 
e) e sugerem o Sul do país 
Gabarito: 1. A, 2. A, 3. D, 4. C, 5. B, 6. C, 7. E, 8. B, 9. C, 10. E, 
11. B, 12. D, 13. E, 14. E, 15. E, 16.E, 17.B, 18.C, 19.C. 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
101 
2015 - EBSERH/HU-FURG - ASSISTENTE 
ADMINISTRATIVO - IBFC 
Texto l: Rito de Passagem 
 Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como 
quem não quer nada: “Pai, fiz a barba". E, a menos que 
se trate de um pai desnaturado ou de um barbeiro 
cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E 
será uma complexa emoção essa, um misto de 
assombro, de orgulho, mas também de melancolia. O 
seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, e um 
homem. O tempo passou. 
 Barba e importante. Sempre foi. Patriarca bíblico 
que se prezasse usava barba. Rei também. E um fio de 
barba, ou de bigode, tradicionalmente se constitui 
numa garantia de honra, talvez não aceita pelos 
cartórios, mas prezada como tal. Fazer a barba e um rito 
de passagem. 
 Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer 
a barba. No início, e uma revelação; logo passa à 
condição de rotina, e às vezes de rotina aborrecida. 
Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, 
para se ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. 
Mas, quando seu filho se olha no espelho, e constata 
que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem 
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de 
satisfação. 
 Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira 
vez, pensa que a infância ficou pra trás. E, no entanto, e 
exatamente isto: o rosto que nos mira do espelho já não 
e mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto 
que seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo 
da pia levam consigo sonhos e fantasias que não mais 
voltarão. 
 É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. 
Esta pergunta e como a própria barba: surge 
implacavelmente, cresce não importa o que façamos. 
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós 
expiramos lembrando certamente o rosto da criança 
que, do fundo do espelho, nos olha sem entender. 
(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto 
Alegre: L&PM, 2003) 
 
1) Em relação ao rito de passagem apresentado pelo 
texto, é correto afirmar que: 
a) se trata de um estágio duradouro uma vez que 
introduz a fase adulta. 
b) representa uma alteração que não é só física, mas 
também comportamental. 
c) independente da situação, constitui garantia de 
honra como nos tempos bíblicos. 
d) traz, de imediato, ao rapaz a consciência de que a 
infância ficou para trás. 
e) é entendido como algo trivial para os pais que já são 
mais experientes. 
2) Em “E. a menos que se trate de um pai desnaturado 
ou de um barbeiro cansado da profissão” , a emoção 
do pai será inevitável.” (1°§), o fragmento em 
destaque sugere uma relação de sentido com a oração 
que encerra o período. Desse modo, tal fragmento 
introduz um sentido de:a) ratificação d) exclusão 
b) conclusão e) indefinição 
c) comparação 
 
3) No trecho “Barba e importante. Sempre foi.” (2°§), o 
autor apresenta duas afirmações que assumem um 
sentido generalizante, podendo ser entendidas como 
verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os 
seguintes recursos Linguísticos: 
a) O substantivo “Barba", na primeira oração e sua 
omissão na segunda. 
b) O emprego do adjetivo “importante" e as frases 
curtas. 
c) O uso do presente do indicativo e do advérbio 
“sempre". 
d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda 
oração. 
e) A construção de períodos simples e a omissão de um 
dos sujeitos. 
 
4) Ao falar da rotina, no terceiro parágrafo, o autor 
permite ao leitor inferir que ela: 
a) assume, invariavelmente, um caráter aborrecido. 
b) pode representar, inicialmente, uma experiência 
positiva. 
c) limita-se, exclusivamente, ao ato de barbear-se. 
d) e sempre o resultado de uma revelação. 
e) corresponde a uma condição que não pode ser 
rompida. 
 
5) Em “logo passa à condição de rotina” (3°§), ocorre o 
acento grave indicativo de crase. Dentre as 
reescrituras do fragmento propostas abaixo, assinale a 
que NÃO ilustra um erro no emprego desse acento. 
a) logo passa à esta situação de rotina 
b) logo passa à situações de rotina 
c) logo passa à fazer parte da rotina 
d) logo passa à um contexto de rotina 
e) logo passa à construção da rotina 
 
6) No texto, o vocábulo “expiramos” poderia ser 
substituído por: 
a) Morremos 
b) Renascemos 
c) Respiramos 
d) Refletimos 
e) Compreendemos 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
102 
7) Em “o rosto que nos mira do espelho já não e mais o 
rosto da criança que fomos” (4°§). Os termos em 
destaque tem sua correta classificação gramatical 
indicada em: 
a) Os dois são conjunções integrantes. 
b) O primeiro e uma conjunção integrante e o segundo 
um pronome relativo. 
c) Ambos são pronomes relativos, porem os referentes 
são distintos. 
d) Os dois são conjunções consecutivas. 
e) Nos dois casos, os pronomes são indefinidos. 
 
8) Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela 
primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás.”, a 
concordância do verbo em destaque justifica-se pela 
mesma regra aplicada em: 
a) Ninguém chegou. 
b) Qual de nós nunca errou? 
c) A maioria das pessoas chegaram tarde. 
d) Houve muitos problemas. 
e) Mais de um carro se chocaram. 
 
 
9) Na tirinha, a associação entre as linguagens verbal e 
não-verbal sugere que a personagem Mafalda: 
a) convida o amigo para vivenciar experiências 
decorrentes da passagem do tempo. 
b) questiona a real necessidade da marcação da 
passagem do tempo. 
c) critica a rapidez na passagem do tempo por culpa dos 
relógios. 
d) sugere novas possibilidades de marcação do tempo 
em função de experiências pessoais. 
e) espanta-se diante da constatação de que ainda há 
muito tempo pela frente. 
 
10) Mafalda, personagem criada por Quino, tem sua 
notoriedade justificada pelo fato de ser uma criança 
capaz de reflexões profundas e comentários 
perspicazes. Destaca-se também a linguagem 
empegada por ela, que geralmente faz uso do registro 
formal e da conotação. Assim, no primeiro quadrinho, 
o tema é abordado por meio de uma: 
a) hipérbole 
b) metonímia 
c) personificação 
d) sinestesia 
e) ironia 
 
Gabarito: 1.B, 2.D, 3.C, 4.B, 5.E, 6.A, 7.C, 8.B, 9.E, 10.C 
 
2015 - EBSERH/CHC - EFPR - ASSISTENTE 
ADMINISTRATIVO - IBFC 
 
Plataforma 
O Rio vive uma contradição no carnaval que 
parece não ter saída. Não vai longe o tempo em que 
reclamava da decadência da folia nas ruas. O carnaval 
tinha se transformado no desfile de escolas de samba, 
uma festa elitista que se resumia ao que acontecia nos 
limites do Sambódromo e que era vista por apenas 30 
mil pessoas que pagavam caro para participar da 
brincadeira. E que só durava duas noites. Para quem se 
diz o maior carnaval do mundo, convenhamos que e 
muito pouco mesmo. Agora quando os blocos voltaram 
a animar as ruas da cidade durante toda a folia e ainda 
nas semanas que a antecedem, o Rio continua 
reclamando. Tem bloco demais, tem gente demais, tem 
pouco banheiro. Tem muito banheiro... Carnaval é festa 
espontânea. Quanto mais organizado, pior. Chico 
Buarque fala sobre isso no ótimo samba “Plataforma". 
“Não põe corda no meu bloco/ Nem vem com teu carro-
chefe¡ Não dá ordem ao pessoal", já dizia ele num disco 
de antigamente. Bem, como antigamente as letras de 
Chico sempre queriam dizer outra coisa, é capaz de ele 
não estar falando de organização do carnaval. Mas à 
certa altura ele é explícito: “Por passistas à vontade que 
não dancem o minueto". Para quem está chegando 
agora, pode parecer o samba do crioulo doido. Mas o 
compositor faz uma referência ao desfile do Salgueiro de 
1963, quando “Xica da Silva" foi apresentada à avenida. 
A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 ares de 
nobres que dançavam o minueto. Foi um escândalo. Não 
pode. Passista tem que desfilar livre, leve e solto. 
Falando disso agora, quando passistas não tem a menor 
importância. Quando eles mal são vistos na avenida, 
percebe- se que o minueto era o de menos. Mas isso é 
escola de samba, e o assunto aqui é carnaval de rua (faz 
tempo que escola de samba não é carnaval de rua). Com 
o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a alegria do 
carnaval nas calçadas, no asfalto, na areia. E agora? 
Basta dar uma olhada nas cartas dos leitores aqui do 
jornal. Reclama um leitor: “Para os moradores de 
Ipanema. (o carnaval de rua 2011) transformou-se num 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
103 
tormento. Ruas bloqueadas até para o trânsito de 
pedestres, desrespeito à Lei do Silêncio, atos de 
atentado ao pudor e, por vezes, de vandalismo". Escreve 
outro, sobre os mijões, figura que ficou tão popular no 
período quanto a colombina e o pierrô: “A Guarda 
Municipal deveria agir com mais atenção e no rigor da 
lei. Está muito sem ação." Mais um: “Com que direito a 
prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas 
avenidas da orla, onde se paga dos lPTUs mais caros do 
mundo, ocupando vagas de carros que já são tão 
poucas?" Como se vê, e voltando a citar o samba do 
Chico, o carioca tem o peito do contra e mete bronca 
quando o assunto é carnaval. Mas carnaval de rua muito 
organizado... não sei, não. É como botar o pessoal que 
sai nos blocos para dançar o minueto. Carnaval de rua e 
organização não combinam. 
(Artu Xexéo. Revista O Globo. dezembro de 2011) 
 
1) Tendo em vista o sentido global do texto, podemos 
afirmar que a crônica de Artur Xexéo: 
a) desenvolve a temática carnavalesca sob o prisma 
cultural, focando a diversidade que impera nas festas de 
rua brasileiras. 
b) questiona a importância cultural do carnaval, tendo 
em vista os problemas logísticos que a festa traz para os 
moradores de bairros nobres. 
c) relativiza a hegemonia do samba enquanto ritmo 
representativo do carnaval carioca e brasileiro. 
d) reflete acerca do carnaval de rua carioca a partir da 
existência de posicionamentos divergentes entre si. 
e) contribui para o renascimento dos blocos de rua, que 
antes do texto eram relegados a uma posição inferior na 
hierarquia carnavalesca. 
 
 
2) A contradição a que se refere a primeira frase do 
texto está corretamente apontada em: 
a) As escolas de samba fazem mais sucesso do que os 
blocos embora sejam mais populares. 
b) Chico Buarque, embora não seja sambista, foi 
bastante feliz ao falar sobre a organização do Carnaval. 
c) As pessoas reclamavam do fim do carnaval de rua, 
mas quando ele voltou a ter força, isso gerou 
insatisfação. 
d) Os blocos de rua renasceram há pouco, mas já estão 
causando transtornos Imensos para a população. 
e) Apesar da existência de blocos e das tradicionais 
escolas de samba, o carnaval do Rio ainda permanece 
com um ar melancólico. 
3) Sobre o trecho indicado a seguir, assinale o único 
comentário INCORRETO: 
 
“Não vai longe o tempoem que reclamava da 
decadência da folia nas ruas." 
 
a) O sujeito da segunda oração é “Rio", termo 
recuperável na frase anterior. 
b) Ao dizer “não vai longe o tempo" o cronista afirma 
“fazer pouco tempo". 
c) Nesse contexto, “folia" é sinônimo de carnaval. 
d) “Em que" traduz um valor semântico temporal. 
e) O sujeito da forma verbal “vai" é indeterminado. 
 
4) Em “Tem bloco demais, tem gente demais, tem 
pouco banheiro tem muito banheiro... Carnaval é festa 
espontânea”, o autor utiliza uma estrutura paralelística 
cuja principal finalidade, tendo em vista o sentido 
global do texto, é: 
a) enumerar as insatisfações dos moradores onde 
ocorrem os blocos de rua, ratificando as suas criticas. 
b) enfatizar as demasiadas críticas dos moradores, que 
considera descabidas tendo em vista a natureza da 
festa. 
c) ironizar os organizadores dos eventos, que não se 
preocupam com a criação de um ambiente ordeiro e 
agradável. 
d) recuperar falas reais de moradores para, em 
consonância com as mesmas, provocar a reação das 
autoridades. 
e) destacar uma série de problemas vivenciados por ele 
ao longo de sua experiência em carnavais antigos e 
atuais. 
 
5) Na crônica, a referência a Chico Buarque e sua 
canção tem o objetivo de: 
a) embasar a defesa da ideia do cronista. 
b) usar ideias do senso comum como base da 
argumentação. 
c) construir argumentos a partir de uma relação de 
causa e consequência. 
d) evidenciar um posicionamento contrário ao do autor 
do texto. 
e) corroborar as reclamações dos moradores de 
Ipanema. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
104 
6) Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que 
apresenta um ponto de vista de Artur Xexéo 
diretamente relacionado à canção de Chico Buarque: 
a) “Para quem se diz o maior carnaval do mundo, 
convenhamos que é muito pouco mesmo." 
b) “Carnaval de rua e organização não combinam". 
c) “A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 
pares de nobres que dançavam o minueto". 
d) “Mas isso é escola de samba. e o assunto aqui é 
carnaval de rua". 
e) “Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a 
alegria do carnaval nas calçadas, no asfalto, na areia". 
 
7) O título do texto justifica-se, corretamente: 
a) Pela criação de um conteúdo metafórico. 
b) Para estabelecer uma relação de oposição. 
c) Pela referência à canção de Chico Buarque. 
d) Para criar um efeito de humor. 
e) Para ironizar a crítica aos moradores. 
 
8) Ao Iongo do texto, faz-se a utilização intensa das 
aspas. Assinale a alternativa que justifica corretamente 
o emprego desse sinal de pontuação nos trechos em 
destaque abaixo: 
l. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo samba 
“Plataforma" 
ll. A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 pares 
de nobres que dançavam o minueto. 
lll. “Com que direito a prefeitura coloca esses banheiros 
horrorosos nas avenidas da orla, onde se paga dos lPTUs 
mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já 
são tão poucas?" 
a) Nos três casos as aspas marcam a citação do discurso 
alheio. 
b) No primeiro e no segundo casos, temos exemplo de 
ironia, ao passo que, no terceiro, as aspas marcam a fala 
literal de um morador insatisfeito. 
c) No primeiro trecho, as aspas ocorrem porque o autor 
está citando seu próprio texto; na sequência, temos uma 
ironia e uma reflexão pessoal do autor. 
d) No primeiro e no terceiro casos, temos a citação do 
discurso alheio, e no segundo destaca-se, positivamente, 
a atitude da escola. 
e) Respectivamente, temos: o nome de uma obra, o 
questionamento de uma atitude e o discurso direto. 
9) Analise as afirmativas sobre o trecho em destaque 
abaixo e assinale a alternativa correta: 
 
“Mas carnaval de rua muito organizado... não sei, não. É 
como botar o pessoal que sa¡ nos blocos para dançar o 
minueto." 
l. As reticências contribuem para reforçar o tom de 
desconfiança do cronista em relação ã organização do 
carnaval. 
ll. A compreensão da crítica feita pelo autor está 
centrada na palavra “minueto”, desenvolvida 
anteriormente pelas referências a Chico Buarque e ao 
desfile de uma escola de samba. 
Ill. O autor acredita que a ausência de regras e 
característica básica do carnaval de rua. 
IV. Entre a primeira frase e a segunda, há uma relação 
de causa e consequência. 
 
a) Todas as afirmativas estão corretas. 
b) Apenas as afirmativas l, ll e Ill estão corretas. 
c) Apenas as afirmativas Ill e IV estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas l e ll estão corretas. 
e) Apenas as afirmativas ll e IV estão corretas. 
 
 
 
10) Em “Falando disso agora, quando passistas não têm 
a menor importância, quando eles mal são vistos na 
avenida, percebe-se que o minueto era o de menos”, o 
termo em destaque tem os corretos comentários 
morfológicos e semânticos indicados em: 
a) Advérbio de tempo; indica uma referencia ao 
momento atual vivido pelo Carnaval. 
b) Pronome indefinido; expressa vagamente o momento 
da ação. 
c) Advérbio de tempo; indica uma referencia exclusiva 
ao momento de escrita da crônica. 
d) Advérbio de modo; destaca a pouca relevância das 
passistas na atualidade. 
e) Advérbio de afirmação: realça a imagem negativa das 
passistas, nos tempos atuais, incluindo o autor nesse 
grupo que lhes nega importância. 
 
 
GABARITO: 1.D, 2.C, 3.E, 4.B, 5.A, 6.B, 7.C, 8.E, 9.B, 10.A 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
105 
REDAÇÃO OFICIAL 
 
De acordo com o Manual de Redação da Presidência da 
República, Redação Oficial é a maneira pela qual o 
poder público redige atos normativos e comunicações. 
Desse modo, a finalidade principal da Redação Oficial é 
comunicar com impessoalidade e clareza para que a 
mensagem ali transmitida seja compreendida por 
todos os cidadãos. Em resumo, a Redação Oficial deve 
ser: clara, concisa, impessoal, formal e padronizada 
 
Características: 
1. impessoalidade: uso de 3ª pessoa. 
2. objetividade: centrada no assunto (objeto). 
3. formalidade: uso de tratamento adequado. 
4. uniformidade: mesmo tratamento do início ao fim 
5. clareza: texto compreensível 
6. concisão: sem redundância. 
7. norma culta: respeitando as regras gramaticais. 
 
Observações Gerais 
✓ Nos altos escalões devem ser evitadas as 
abreviaturas dos pronomes de tratamento. 
 
✓ As formas Ilustríssimo e Digníssimo ficam abolidas 
das comunicações oficiais. 
 
✓ Doutor é título acadêmico e não forma de 
tratamento, sendo empregado apenas em 
comunicações dirigidas a pessoas que tenham 
concluído cursos de doutorado. 
 
✓ Com o objetivo de simplificar o fecho das 
correspondências oficiais devem-se utilizar somente 
dois tipos para todas as modalidades de 
comunicação oficial: 
 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente 
da República: 
Respeitosamente, 
 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de 
hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
✓ O tratamento, no texto da correspondência e no 
destinatário, deve ser coerente, vindo por extenso 
ou abreviado. 
 
✓ Não se deve confundir respeito e impessoalidade 
com o uso de expressões artificiais que estão em 
desuso como “Venho por meio desta”, “Tenho a 
honra de" ou "Cumpre-me informar que". Tais 
expressões devem dar lugar à forma direta, à 
objetividade. 
 
 
 
Os Pronomes de Tratamento 
 
✓ levam a concordância para a terceira pessoa: 
 
"Vossa Senhoria nomeará o substituto" 
 
 
✓ fazem com que os pronomes possessivos estejam 
sempre na terceira pessoa: 
 
"Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não 
"vosso"). 
 
 
✓ fazem com que os adjetivos que se referem a esses 
pronomes concordem com o sexo da pessoa a que 
se referem. Assim, 
 
se o interlocutor for homem, o correto é 
"Vossa Excelência está atarefado"; 
 
se for mulher, 
"Vossa Excelência está atarefada". 
 
 
✓ Não se usa artigo diante de pronome de 
tratamento, à exceção de senhor, senhora e 
senhorita. 
 
 
✓ Não ocorre crase diante de pronome de 
tratamento, à exceção de senhora e senhorita.✓ Os pronomes de tratamento precisam estar 
adequados à categoria hierárquica da pessoa a 
quem se vai dirigir. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ManualRedPR2aEd.PDF
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ManualRedPR2aEd.PDF
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106 
É de uso consagrado: 
 
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
 
a) do Poder Executivo 
✓ Presidente da República; 
✓ Vice-Presidente da República; 
✓ Ministro de Estado; 
✓ Secretário-Geral da Presidência da República; 
✓ Consultor-Geral da República; 
✓ Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; 
✓ Chefe do Gab. Militar da Presidência da República; 
✓ Chefe do Gab. Pessoal do Presidente da República; 
✓ Secretários da Presidência da República; 
✓ Procurador – Geral da República; 
✓ Governadores e Vice-Governadores de Estado e do 
DF; 
✓ Chefes de Estado – Maior das Três Armas; 
✓ Oficiais Generais das Forças Armadas; 
✓ Embaixadores; 
✓ Secretário Executivo e Secretário Nacional de 
Ministérios; 
✓ Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
✓ Prefeitos Municipais. 
 
 
b) do Poder Legislativo: 
✓ Presidente, Vice –Presidente e Membros da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal; 
✓ Presidente e Membros do Tribunal de Contas da 
União; 
✓ Presidente e Membros dos Tribunais de Contas 
Estaduais; 
✓ Presidente e Membros das Assembleias Legislativas 
Estaduais; 
✓ Presidente das Câmaras Municipais. 
 
 
c) do Poder Judiciário: 
✓ Presidente e Membros do Supremo Tribunal 
Federal; 
✓ Presidente e Membros do Superior Tribunal de 
Justiça; 
✓ Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar; 
✓ Presidente e Membros do Tribunal Superior 
Eleitoral; 
✓ Presidente e Membros do TST; 
✓ Presidente e Membros dos Tribunais de Justiça; 
✓ Presidente e Membros dos TRF’s; 
✓ Presidente e Membros dos TRE’s; 
✓ Presidente e Membros dos TRT’s; 
✓ Juízes e Desembargadores; 
✓ Auditores da Justiça Militar” 
 
 
Enfatiza ainda: 
 
O vocativo a ser empregado em comunicações 
dirigidas aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, 
seguido do cargo respectivo: 
✓ Excelentíssimo Senhor Presidente da República; 
✓ Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso 
Nacional; 
✓ Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. 
 
 
E mais: 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo 
Senhor, seguido do cargo respectivo: 
✓ Senhor Senador, 
✓ Senhor Juiz, 
✓ Senhor Ministro, 
✓ Senhor Governador... 
 
Vocativo ou invocação: 
É a expressão pela qual se chama a atenção da pessoa a 
quem se escreve o qualificativo que indica a expressão 
de tratamento a ser empregada no texto do 
expediente. 
Os vocativos mais usuais são: 
 
Para Excelência: Excelentíssimo Senhor 
Para Eminência: Eminentíssimo Senhor 
Para Senhoria: Senhor 
Para Juiz: Meritíssimo 
Para os Tribunais: Colendo, Egrégio, Venerando 
Para Reitor: Magnífico 
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107 
Alguns Atos administrativos 
 
1. exposição de motivos – é forma de correspondência 
oficial assinada por Ministro de Estado ou por 
dirigentes dos órgão da Presidência da República, 
encaminhando e submetendo assuntos de sua 
administração à deliberação presidencial, ou, ainda, 
projeto de lei, decreto ou medida provisória. 
 
2. Aviso – é correspondência assinada por Ministro de 
Estado ou por dirigentes de órgãos integrantes da 
Presidência da República para comunicação como 
outra autoridade de igual nível hierárquico ou com 
seus subalternos. 
 
3. ofício - é forma de correspondência oficial utilizada 
por autoridades públicas e por particulares pra 
tratar de assuntos de serviço ou de interesse da 
administração. 
 
4. memorando - é correspondência interna utilizada 
entre unidades de um mesmo órgão , no qual se 
expõem assuntos referentes à atividade 
administrativa. Na área militar o memorando recebe 
o nome de papeleta. 
 
5. Decreto – é ato do Presidente da República ou de 
Órgão do Poder Público Executivo com força 
obrigatória e destinado a assegurar ou normalizar 
situações políticas, sociais, jurídicas, administrativas 
ou a reconhecer, proclamar, atribuir, extinguir ou 
modificar um direito, uma obrigação ou uma 
responsabilidade. 
 
 
 
6. Ordem de Serviço - é o expediente interno de um 
órgão pelo qual o seu titular regula procedimentos 
pra a execução de serviços, fixa comandos de ação 
ou estabelece normas para o cumprimento de 
determinado serviço. 
7. Carta – é forma de correspondência com 
personalidade pública para fazer solicitações ou 
transmitir informações. As cartas expedidas por 
autoridade pública, fora do exercício de suas 
funções, são atos de correspondência paraoficial. 
Seu objetivo é formular pedido, convite, externar 
agradecimento, oferecer resposta, fazer 
apresentações e outros assuntos. 
8. circular – é ato de correspondência que tem vários 
destinatários e texto idêntico, transmitindo 
instruções, ordens, recomendações determinando 
execução de serviços ou esclarecendo o conteúdo 
de leis, normas e regulamentos. Quando toma a 
forma de ofício recebe o nome de ofício-circular. 
9. edital – é o instrumento de comunicação 
publicamente expedido, que dá conhecimento a 
interessados sobre diversos assuntos, tais como 
abertura de licitação, provimento de cargos 
públicos, convocação de funcionários, citações, 
avisos, etc. 
10. mensagem – é a forma oficial pela qual o presidente 
da República se dirige ao Congresso Nacional e a 
forma pela qual o Senado Federal e a Câmara do 
Deputados se dirigem ao Presidente. Serve para 
expor as realizações do Governo, propor 
orçamentos, encaminhar projetos de lei e medidas 
provisórias e apresentar razões de vetos a projetos 
de lei. 
11. relatório – é documento em que se expõe à 
autoridade superior a execução de trabalhos 
concernentes a situações de serviços públicos, a 
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108 
execução de serviços inerentes ao exercício do 
cargo em determinado período, condições de 
pesquisas científicas, investigações policiais, fatos e 
questões que ocorreram durante um processo, 
prestações de contas., etc. 
 
12. requerimento – é o instrumento pelo qual o 
requerente se dirige a uma autoridade pública pra 
solicitar o reconhecimento de um direito ou 
concessão de algo sob o amparo da lei. É a única 
forma escrita oficial de comunicação pessoal de um 
subordinado com um superior. Quando um 
requerimento é indeferido, sua renovação é feita 
com outro requerimento que recebe o nome de 
pedido de reconsideração. Se este for, também, 
indeferido, faz-se um outro requerimento agora, à 
instância administrativa superior, com nome de 
recurso. O requerimento é feito na terceira pessoa e 
só tem dois parágrafos. No primeiro, deve constar a 
identidade completa do peticionário, inclusive a 
profissão, residência e domicílio, e a explicitação do 
que é solicitado. No segundo, ocorre a forma 
terminal, em uma ou duas linhas. O requerimento 
com várias assinaturas recebe o nome de “abaixo-
assinado”. 
 
13. informação – é uma opinião técnica 
suficientemente fundamentada e emitida por 
especialista em atendimento a uma solicitação. 
Fornece subsídios para tomada de decisões, 
interpreta textos legais e aprecia fatos esclarecendo 
dúvidas ou realçando pontos controversos. 
 
14. parecer - é instrumento de esclarecimento pelo 
qual são fornecidos dados sobre determinado 
assunto, tendo como base o exame do processo ou 
o fato de que se tenha conhecimento. 
 
15. Ata – É o registro sucinto de fatos, ocorrências, 
resoluções e decisões de uma assembleia, sessão ou 
reunião. Geralmente é lavrada em livro próprio, 
devidamente autenticado, com suas páginas 
rubricadas pela autoridade que redigiu os termos de 
abertura e de encerramento. 
16. Atestado – É documento firmado por uma oumais 
pessoas, a favor de outra, declarando a verdade de 
qualquer fato de que tenha conhecimento. No 
serviço publico um servidor pode, em razão de seu 
oficio ou função, fornecer atestado e outrem, para 
que sirva de comprovação. Como medida 
desburocratizante, o Decreto nº 83.936, de 6 de 
Setembro de 1979 aboliu, “nos órgãos e entidades 
da administração federal direta indireta, a 
exigência da apresentação dos seguintes atestados: 
de vida, de residência, de pobreza, de dependência 
econômica, de idoneidade moral e de bons 
antecedentes”, restringindo-os pura e 
simplesmente a uma declaração verbal feita a quem 
solicitar. Todavia essa medida não se estendeu aos 
Estados e Municípios e entidades particulares, que 
continuam exigindo esses documentos. 
17. certidão – é documento de fé pública, de fim 
comprobatório, emitido por funcionário autorizado 
e baseado em documentos ou papéis oficiais. A 
certidão recebe o nome de verbum ad verbum ou 
de inteiro teor quando reproduz, integral e 
fielmente, o texto de um documento. Chama-se 
certidão em breve relatório quando transcreve em 
resumo os dados ou pontos solicitados pelo 
requerente. Já a certidão parcial refere-se apenas a 
uma parte do ato ou documento. A certidão 
negativa comprova a falta de inadimplência, 
restrições ou qualquer outro impedimento legal. A 
certidão positiva atesta a ausência de ações e/ou 
execuções cíveis e/ou criminais contra pessoa. 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
109 
O Padrão Ofício 
 
◼ Há três tipos de expedientes que se diferenciam 
antes pela finalidade do que pela forma: a 
exposição de motivos, o ofício, e o aviso (o 
memorando, a carta e a circular também 
seguem o mesmo padrão). Com o fito de 
uniformizá-los, pode-se adotar uma 
diagramação única, que siga o que chamamos 
de padrão ofício. Eles devem conter as 
seguintes partes: 
 
1) tipo e número do expediente, seguido da sigla do 
órgão que o expede: 
Exemplos: 
Mem. 123/2002-MF 
Of. 123/2002-MME 
Aviso 123/2002-SG 
 
 
2) local e data em que foi assinado, por extenso, com 
alinhamento à direita: 
 
Exemplo: 
Brasília, 15 de março de 1991. 
 
 
3) [ementa] assunto: resumo do teor do documento 
 
Exemplos: 
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. 
Assunto: Necessidade de aquisição de novos 
computadores. 
 
É obrigatória na lei, geralmente no padrão ofício vem 
omitida. 
 
 
4) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é 
dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser 
incluído também o endereço. 
 
5) texto: nos casos em que não for de mero 
encaminhamento de documentos, o expediente 
deve conter a seguinte estrutura: 
– introdução, que se confunde com o parágrafo de 
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a 
comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra 
de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, 
empregue a forma direta; 
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o 
texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas 
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que 
confere maior clareza à exposição; 
 
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente 
reapresentada a posição recomendada sobre o assunto. 
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto 
nos casos em que estes estejam organizados em itens 
ou títulos e subtítulos. 
 
 
6) fecho; 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente 
da República: 
Respeitosamente, 
 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de 
hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
 
 
7) assinatura do autor da comunicação; e 
 
 
8) identificação do signatário. 
 
Excluídas as comunicações assinadas pelo 
Presidente da República, todas as demais comunicações 
oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade 
que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A 
forma da identificação deve ser a seguinte: 
 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
110 
Ofício 
Definição 
Ofício é o meio de comunicação utilizado entre 
dirigentes de órgãos e entidades e titulares de unidades 
da Administração pública (direta ou indireta) ou ainda 
destes para com Empresas Privadas. 
 
Estrutura 
1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem 
hierárquica; 
2. denominação do ato - OFÍCIO; 
3. numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data 
na mesma direção do número; 
4. endereçamento/destinatário - tratamento, nome, 
cargo, instituição e cidade/ estado; 
5. assunto/ementa; 
6. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido 
de vírgula; 
7. texto - exposição do assunto; 
8. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula; 
9. assinatura; 
10. nome; 
11. cargo; 
 
Observações 
1. Se o ofício tiver mais de uma folha, numerar as 
subsequentes com algarismos arábicos, no canto 
superior direito, a partir da número dois. 
 
 
[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
[Endereço para correspondência] 
Endereço – continuação] 
[Telefone E Endereço de Correio Eletrônico] 
 
 OFÍCIO nº 524/2010/SG-PR 
 
Brasília, 2 de maio de 2010. 
 
 A Sua Excelência o Senhor 
 Deputado [Nome] 
 Câmara dos Deputados 
 70.160-900 – Brasília - DF 
 
 Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 
 Senhor Deputado, 
 
 1. Em complemento às observações 
transmitidas pelo telegrama nº 154, de 24 
de abril último, informo Vossa Excelência de 
que as medidas mencionadas em sua carta 
nº 6708, dirigida ao... 
 (...) 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o 
procedimento estabelecido assegura que a 
decisão... com necessária transparência e 
agilidade. 
 
 Atenciosamente, 
 
Assinatura 
NOME POR EXTENSO 
Cargo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
111 
Memorando 
Definição 
Memorando é a correspondência utilizada pelas 
chefias no âmbito de um mesmo órgão ou entidade 
para expor assuntos referentes a situações 
administrativas em geral. 
 
Estrutura 
1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem 
hierárquica; 
2. denominação do ato - MEMORANDO; 
3. numeração / ano, sigla do órgão emissor, local e data, 
na mesma direção do número; 
4. destinatário – PARA/AO, seguido de dois pontos; 
5. assunto/ementa; 
6. texto - exposição do assunto; 
7. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula; 
8 assinatura; 
9. nome; 
10. cargo. 
 
 
Observação 
 
O memorando pode ser usado no mesmo nível 
hierárquico ou em nível hierárquico diferente. 
 
Ata 
Definição 
Ata é o documento que registra, com o máximo 
de fidelidade, o que se passou em uma reunião, sessão 
pública ou privada, congresso, encontro, convenção e 
outros eventos, para comprovação, inclusive legal, das 
discussões e resoluções havidas. 
Observações 
1. A redação obedece sempre às mesmas normas, quer 
se trate de instituições oficiais ou entidades 
particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e 
sem entrelinhas, evitando-se os parágrafos ou espaços 
em branco. 
2. A linguagem utilizada na redação é bastante sumária 
e quase sem oportunidade de inovações, exatamente 
por sua característica de simples resumo de fatos. 
Também, em decorrência disso, os verbos são 
empregados sempre no tempo passado e, tanto quanto 
possível, devem ser evitados os adjetivos. 
3. A redação deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o 
relator emita opinião sobre eles. 
4. Sintetiza clara e precisamente as ocorrências 
verificadas. 
5. Registra-se, quando for o caso, na ata do dia, as 
retificações feitas à anterior. 
6. O texto é manuscrito, digitado, ou se preenche o 
formulário existente, como é usual em 
estabelecimentos de ensino, por exemplo. 
7. Para os erros constatados no momento da redação, 
consoanteo tipo de ata, emprega-se a partícula 
retificativa "digo". 
8. Se forem notados erros após a redação, há o recurso 
da expressão "em tempo". 
9. Os números fundamentais, datas e valores, de 
preferência, são escritos por extenso. 
10. É lavrada por um secretário, indicado em geral pelo 
plenário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
112 
Requerimento 
Definição 
Requerimento é o instrumento dirigido à 
autoridade competente para solicitar o reconhecimento 
de um direito ou a concessão de um benefício sob 
amparo legal. 
 
Estrutura 
1. denominação do ato - REQUERIMENTO; 
2. destinatário - Senhor, seguido da indicação do cargo 
da pessoa a quem é dirigido o requerimento; 
3. preâmbulo: 
3.1. qualificação do requerente: nome, nacionalidade, 
estado civil, profissão, residência, dentre outros; 
4. texto - objeto do requerimento com indicação dos 
respectivos fundamentos legais ou justificativas da 
solicitação; 
5. solicitação final; 
6. local e data; 
7. assinatura; 
8. nome. 
 
Observação 
Na solicitação final, tradicionalmente, usa-se: 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
___________________________________________ 
Enfatizando: 
• Aviso e ofício são modalidades de comunicação 
oficial praticamente idênticas. A única diferença 
entre eles é que o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado, para 
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o 
ofício é expedido para e pelas demais 
autoridades. Ambos têm como finalidade o 
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da 
Administração Pública entre si e, no caso do 
ofício, também com particulares. 
 
• O memorando é a modalidade de comunicação 
entre unidades administrativas de um mesmo 
órgão, que podem estar hierarquicamente em 
mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, 
portanto, de uma forma de comunicação 
eminentemente interna. 
Pode ter caráter meramente administrativo, ou 
ser empregado para a exposição de projetos, ideias, 
diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor 
do serviço público. 
Sua característica principal é a agilidade. A 
tramitação do memorando em qualquer órgão deve 
pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de 
procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário 
aumento do número de comunicações, os despachos ao 
memorando devem ser dados no próprio documento e, 
no caso de falta de espaço, em folha de continuação. 
Esse procedimento permite formar uma espécie de 
processo simplificado, assegurando maior transparência 
à tomada de decisões, e permitindo que se historie o 
andamento da matéria tratada no memorando. 
 
• Exposição de motivos é o expediente dirigido ao 
Presidente da República ou ao Vice-Presidente 
para: 
a) informá-lo de determinado assunto; 
b) propor alguma medida; ou 
c) submeter a sua consideração projeto de ato 
normativo. 
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao 
Presidente da República por um Ministro de Estado. 
Nos casos em que o assunto tratado envolva 
mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá 
ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, 
por essa razão, chamada de interministerial. 
 
• Correio Eletrônico 
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo 
custo e celeridade, transformou-se na principal forma 
de comunicação para transmissão de documentos. 
Forma e Estrutura 
Um dos atrativos de comunicação por correio 
eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa 
definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, 
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com 
uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e 
Comunicações Oficiais). 
O campo assunto do formulário de correio 
eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a 
facilitar a organização documental tanto do destinatário 
quanto do remetente. 
Para os arquivos anexados à mensagem deve 
ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A 
mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer 
informações mínimas sobre seu conteúdo.. 
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso 
de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, 
deve constar da mensagem pedido de confirmação de 
recebimento. 
Valor documental 
Nos termos da legislação em vigor, para que a 
mensagem de correio eletrônico tenha valor 
documental, i. é, para que possa ser aceito como 
documento original, é necessário existir certificação 
digital que ateste a identidade do remetente, na forma 
estabelecida em lei. 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
113 
EXERCÍCIOS 
 
1. Assinale a opção incorreta a respeito de 
correspondência oficial. 
a. O resumo do assunto, na correspondência oficial, é 
chamado de ementa. 
b. Se a forma de tratamento do destinatário da 
correspondência for Vossa Excelência ou Vossa 
Senhoria, por força da concordância exigida para os 
pronomes pessoais que a ele se referem, não se 
pode usar vosso e suas flexões. 
c. Introduzir um ofício usando frases como “Viemos, 
por intermédio do presente, acusar recebimento da 
petição e levar ao conhecimento de V. Sa. que ...” é 
sinal de elegância, concisão, correção linguística e 
respeito. 
d. Denomina-se circular o instrumento de 
comunicação que se envia a vários destinatários 
simultaneamente, com vistas à transmissão de 
instruções, ordens, esclarecimento de conteúdo de 
leis, regulamentos etc. 
e. Os fechos Atenciosamente e Respeitosamente são 
adequados para um ofício. 
 
2. Assinale a opção incorreta com relação ao uso das 
formas de tratamento na redação oficial. 
a. Os pronomes ou expressões de tratamento podem 
ser grafados por extenso nas correspondências oficiais. 
b. Nas formas de tratamento, os pronomes Vossa e Sua 
devem ser empregados, respectivamente, em relação à 
pessoa com quem se fala, isto é, a quem se dirige a 
correspondência, e à pessoa de quem se fala. 
c. É gramaticalmente correto e adequado ao padrão 
ofício o seguinte trecho de início de correspondência 
oficial: “Encaminhamos a Vossa Senhoria as 
informações referentes a seu pedido de 16 de fevereiro 
de 2006”. 
d. A concordância de gênero com as formas de 
tratamento deve ser feita no masculino, 
independentemente do sexo da pessoa a quem a forma 
de tratamento se refira, pois o gênero deve ser mantido 
neutro nas correspondências oficiais. 
e. Não se emprega a crase diante das formas de 
tratamento, ainda que estas sejam subordinadas a 
termos que exijam preposição, com exceção dos 
tratamentos senhora e senhorita. 
 
3. Nas comunicações oficiais, segundo o Manual de 
Redação da Presidência da República, o fecho a ser 
usado para autoridades de mesma hierarquia ou 
hierarquia inferior é: 
(A) "Agradecidamente". 
(B) "Atenciosamente". 
(C) "Com consideração e apreço". 
(D) "Respeitosamente".- 
(E) "Sinceramente". 
 
4. Os itens abaixo identificam possíveis inícios ou fechos 
de textos de caráter oficial. Assinale o que está 
construído inadequadamente 
 
a) Início de requerimento: 
Brasília, 8 de outubro de 2000. 
Senhor Diretor, 
 
Venho, por meio desta, requerer minha inscrição no 
concurso de redações sobre os 500 anos do 
Descobrimento do Brasil. 
 
b) Início de memorando: 
Brasília, 8 de outubro de 2000. 
 
Ao Sr. Chefe do Almoxarifado Geral 
Assunto: Compra de papel para máquinas copiadoras 
 
c) Início de ata: 
Aos oito dias do mês de outubro do ano de um mil 
novecentos e noventa e nove, com início às vinte horas, 
em primeira convocação, realizou-se, na sede da 
companhia, situada na rua Gonçalves Dias, 298, terceiro 
andar, São Paulo, capital, a terceira Assembleia Geral 
Ordinária da Companhia XYZ. 
 
d) Fecho de ofício: 
 Atenciosamente, 
 
Antônio Fulano da Silva 
Diretor de Serviços Gerais 
 
e) Fecho de parecer: 
Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2000. 
 
José Fulano de Sousa 
Procurador do Estado 
 
5. Qual das frases abaixo está inteiramente correta, de 
acordo com as normas de redação oficial? 
(A) Vossa Eminência podes acreditar que o prazo será 
cumprido. 
(B)Vossa Senhoria nomearás o melhor funcionário. 
(C) Vossa Senhoria alegrar-se-á com as boas notícias. 
(D) Vossa Excelência contais com a minha fidelidade. 
(E) Vossa Excelência surpreender-se-ias com as novas 
decisões. 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
114 
 
6. A respeito das orientações do Manual de Redação da 
Presidência da República quanto à redação oficial, 
analise as afirmativas a seguir: 
I. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial 
praticamente idênticas. 
II. O aviso é expedido por Ministros de Estado para 
autoridades de mesma hierarquia. 
III. O ofício é expedido para e por outras autoridades 
que não Ministros de Estado. 
Assinale: 
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
7. A redação oficial deve caracterizar-se pela: 
a) Pessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, 
inclareza, concisão, informalidade e uniformidade. 
b) Impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, 
clareza, concisão, informalidade e formidade. 
c) Pessoalidade, uso do padrão diferente de linguagem, 
clareza, concisão, informalidade e uniformidade. 
d) Impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, 
clareza, concisão, formalidade e uniformidade. 
e) Naturalidade, uso do padrão culto de linguagem, 
clareza, concisão, formalidade e uniformidade. 
 
8. Abaixo, acham-se relacionados cargos de autoridades 
associados à forma de tratamento e ao vocativo que 
devem ser usados em correspondência que lhes for 
dirigida. Indique a única opção em que esta relação está 
feita de modo correto. 
(A) Senador – Vossa Eminência – Exmo. Senador. 
(B) Juiz – Vossa Excelência – Sr. Dr. Juiz. 
(C) Prefeito – Vossa Senhoria – Ilmo. Sr. Prefeito. 
(D) Ministro – Vossa Magnificência – Sr. Ministro. 
(E) Vereador – Vossa Senhoria – Sr. Vereador. 
 
9. Uma das normas abaixo não pertence ao padrão 
ofício. Assinale-a: 
a) O local e a data são colocados por extenso, com 
alinhamento à esquerda do texto. 
b) O tipo e o número de expediente vêm antes da 
sigla do órgão que o expede. 
c) O vocativo é colocado de acordo com a alínea 
paragrafal. 
d) Os parágrafos devem ser numerados à exceção 
do primeiro e do último. 
e) A numeração dos parágrafos deve estar com 
alinhamento à esquerda do texto. 
10. Em relação à redação de correspondências oficiais, 
considere as afirmações abaixo. 
I – As comunicações oficiais, incluindo as assinadas pelo 
Presidente da República, devem trazer o nome e o 
cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da 
assinatura. 
II – No ofício, além do nome e do cargo da pessoa a 
quem é dirigida a comunicação, deve-se incluir também 
o endereço. 
III – No memorando, o destinatário deve ser 
mencionado pelo cargo que ocupa. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): 
(A) I, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) II e III, apenas. 
 
11. Considerando as normas de redação de documentos 
oficiais, o fecho abaixo estará correto em documento 
do padrão 
 
Recife, 13 de novembro de 2009 
 
Fulano de Tal (Assinatura) 
 
Fulano de Tal (nome por extenso ou carimbo) 
Secretário da COD/DRH (cargo ou carimbo) 
 
 
a) atestado. 
b) aviso. 
c) circular. 
d) memorando. 
e) ofício. 
 
12. Com relação à estrutura de um oficio, na parte 
relativa ao endereçamento segue-se a seguinte ordem 
(A) cargo ou função seguido do nome do destinatário, 
instituição, quando necessário, e endereço. 
(B) forma de tratamento, seguido do nome do 
destinatário, instituição, quando necessário, e 
endereço. 
(C) Local e data. 
(D) forma de tratamento, cargo ou função seguido do 
nome do destinatário, instituição, quando necessário, e 
endereço. 
 
 
Gabarito: 1.C, 2.D, 3.B, 4.A, 5.C, 6.E, 7.D, 8.E, 9.A, 10.E, 
11.A, 12.D.

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