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Índice 1 Fonética ...............................................................................................................2 Divisão Silábica ...................................................................................................4 Acentuação Gráfica .............................................................................................5 Ortografia.............................................................................................................8 2 Estrutura e Formação de Palavras ..................................................................... 17 3 Artigo ................................................................................................................... 33 Classes 1 Substantivo ..........................................................................................................35 Adjetivo .................................................................................................................36 Advérbio ............................................................................................................... 38 4 Conjunção(nexo) .................................................................................................40 Classes 2 Numeral ................................................................................................................ 43 Verbo .................................................................................................................... 44 Pronome ............................................................................................................... 49 Preposição ........................................................................................................... 58 Interjeição ............................................................................................................ 61 5 Concordância Nominal ........................................................................................62 Concordância Verbal ........................................................................................... 66 6 Oração, período e parágrafo................................................................................71 Sintaxe 1 Sujeito.................................................................................................................72 7 Outros elementos................................................................................................ 77 Sintaxe 2 8 Processo de Coordenação e subordinação .........................................................90 Sintaxe 3 9 Regência Verbal ...................................................................................................97 Regência Nominal ............................................................................................... 101 10 Crase ...................................................................................................................102 Pontuação ...........................................................................................................106 Vozes Verbais ..................................................................................................... 112 Funções do QUE e do SE ................................................................................... 115 FONÉTICA A fonética é o estudo dos sons dos elementos que compõem palavra. Fonema É a menor unidade sonora e distintiva da língua. É o som mais elementar. Sílaba É o conjunto de sons emitido em um só impulso respiratório. A estrutura da palavra não é a responsável pela divisão silábica e sim o bloco de sonoridade chamado sílaba (exemplos: pa-pa-gai-o; téc-ni-co; tran-sa-tlân-ti-co, mei-o, idei-a). Portanto, cuidado: tran-sa-tlân-ti-co (forma correta) Encontros Vocálicos 1. Ditongos Encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. Conforme o Novo Acordo Ortográfico, existem os seguinte ditongos orais decrescentes na língua portuguesa: ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou. Além disso, de também admite o ditongo ae (de Caetano) e ditongo ao (da combinação da preposição a mais o artigo o). a) ditongo oral crescente semivogal + vogal (exemplos: lí-rio, in-fân-cia, ó-cio, his-tó-ria) Observação: O ditongo oral crescente é chamado de encontro vocálico instável, pois pode ser pronunciado como hiato quando não precedido de u semivogal formando par com q ou g (exemplos: quase, aguar). b) ditongo oral decrescente vogal + semivogal (exemplos: pai, he-rói) Observação: O ditongo decrescente pode ser oral (como os exemplos apresentados acima) ou nasal. O ditongo nasal ocorre quando a vogal é pronunciada pela via oral e nasal. (exemplos: mãe,cãibra, vem, põe, muito) 2. Tritongo Encontro de uma vogal com duas semivogais (uma anterior e outra posterior)na mesma sílaba. semivogal + vogal + semivogal Exemplos: Paraguai,enxaguou, delinquiu, quais Observação: Se a pronúncia do tritongo apresentar uma natureza nasal, ele será chamado de tritongo nasal. Exemplos: saguão,enxáguam 3. Hiato Encontro de duas vogais, cada uma delas formando sílabas separadas. (exemplos: ra-iz, sa-ú-de) Encontro consonantal Encontro consonantal é o encontro de duas ou mais consoantes em um só vocábulo. Exemplos: absoluto, prato, blusa, primo Observação: Alguns encontros consonantais raros em língua portuguesa como gn, mn, pn, pt, ps apresentam uma peculiaridade (conforme Celso Cunha 5a Edição, Editora Nova Fronteira): a) No início da palavra, eles são inseparáveis. (exemplos: gno-mo, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go) b) Quando mediais, em pronúncia tensa podem ser articulados em uma só sílaba ou em sílabas distintas.(exemplo: ap-to ou a-pto) Dígrafo (consonantal) Dígrafo é o encontro de duas letras que representam um único fonema. Exemplos: chave,malha, carro, guerra, limpar Dígrafo (vocálico) Dígrafo vocálico é o encontro de duas letras que representam um único fonema quando a primeira letra for uma vogal e a segunda for a letra m ou n produzindo um só som. Exemplos: limpar, compras, assim, também Exercícios 1. Na pronúncia das palavras, às vezes acrescentamos ou suprimimos fonemas. Assinale a alternativa em que nenhum desses processos aconteça Prof. Betto 21 (a) perceptível (b) poucos (c) detecção (d) técnicas (e) desânimo 2. Observe os elementos sublinhados nas palavras seguintes: n a s c e r, t á x i, h o n e s t o, a s c e n s ã o, s e s s ã o A quantos fonemas correspondem, respectivamente, as letras sublinhadas? (a) um, um, dois, um, zero. (b) dois, dois, dois, um, zero. (c) dois, um, dois, dois, um. (d) dois, um, dois, dois, zero. (e) um, dois, zero, um, um. 3. A opção, cujas palavras, apresentam, respectivamente, tritongo, hiato e ditongo decrescente é (a) paraguaio, raiz, touro. (b) Uruguaiana, iguais, saguão. (c) piedoso, saudade, série. (d) falso, vaidoso, quase. (e) frio, suave, história. 4. Assinale a alternativa que contém o mesmo número de fonemas que na palavra GUERRILHA: (a) bonequinha (b) máscara (c) consequência (d) alegre (e) hélice 5. Coloque F (falso) ou V (verdadeiro), observando a classificação dos encontros vocálicos. 01. pronúncia – ditongo crescente – ( ) 03. sai – hiato - ( ) 02. renuncia – ditongo decrescente - ( ) 04. Itaú – ditongo crescente - ( ) 6. Assinale a alternativa em que o segmento sublinhado não corresponde ao fonema representado pela letra x na palavra "máximo". (a) astucioso (b) paz (c) profissionais (d) população (e) exige 7. Na fala, frequentemente, fazemos acréscimos ou supressões de fonemas nas palavras. Tais fatos de pronúncia, contudo, não são registrados na escrita. Todas as palavras abaixo, considerando sua pronúncia na linguagem coloquial, encaixam-se nesse caso, à exceção de (a) verdadeira (b) tampouco (c) capturado (d) balé (e) ficção 8. Indique a alternativa em que todas as palavras possuem o mesmo número de sílabas. (a) peito – granel – meus – piche. (b) alegoria – peremptório – imprescindível – escarlatina. (c) dístico – plêiade– rítmico – grafia. (d) estribilho – dissonância – minucioso – ludibriar. 9. Indique a alternativa que apresenta apenas dois ditongos. (a) sabiá – joia – renuncia (b) penitencia – ruim – Caetano (c) juiz – juízes – espontâneo (d) meu – dia – pneumonia (e) assessoria – preocupado – réu 10. A alternativa que não contém hiato é: (a) diálise (b) surpreender (c) hiato (d) campainha (e) denúncia GABARITO DE FONÉTICA 1 E 2 E 3 A 4 D 5 VFFF 6 E 7 D 8 C 9 D 10 E DIVISÃO SILÁBICA A separação silábica obedece a algumas regras de princípio fonético da palavra. 1. Não se separam os ditongos e os tritongos. Exemplos: ó-cio; lei-te; meu; lín-gua; sa-guão; quais-quer 2. Separam-se as letras que representam um hiato. Exemplos: sa-ú-de; co-o-pe-rar; po-e-ta 3. Não se separam os dígrafos: ch, lh, nh, qu, gu. Exemplos: cha-ve; mo-lho; ra-i-nha; que-ri-do 4. Separam-se os dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc. Exemplos: car-ro; mas-sa; nas-cer; cres-ça; ex-ce-to 5. Nunca se deve separar os encontros consonantais que terminarem por l ou r. Exemplos: plan-ta; fle-cha; cra-que; a-le-gre 6. Os grupos consonantais impróprios – aqueles cuja última consoante não é l ou r – não iniciais devem ser separados. Neste caso a consoante inicial do encontro consonantal deve permanecer com a sílaba anterior. Exemplos: sig-no; su-pers-ti-ção; ad-vo-ga-do [footnoteRef:2]Observação: Alguns encontros consonantais raros em língua portuguesa como gn, mn, pn, pt, ps apresentam uma peculiaridade (segundo alguns gramáticos): [2: Veja mais em Celso Cunha7a Edição.] a) No início da palavra, eles são inseparáveis. Exemplos: gno-mo, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go b) Quando mediais, em pronúncia tensa podem ser articulados em uma só sílaba ou em sílabas distintas. Exemplos: ap-to ou a-pto; dig-no ou di-gno; rit-mo ou ri-tmo 7. Com prefixo terminado em s ou r ocorrerá a separação do prefixo se a seguir se apresentar uma vogal. Exemplos: bi-sa-vô; tran-sa-tlân-ti-co; su-pe-res-tru-tu-ra 8. O prefixo sub não se separa quando antecede uma consoante, pois quando antecede uma vogal o b do prefixo se une à sílaba seguinte. Exemplos (consoantes): sub-li-nhar; sub-lin-gual; sub-tra-ir; sub-te-nen-te Exemplos (vogais): su-ba-li-men-tar; su-bo-fi-cial; su-bi-tem; su-bo-cu-lar Cuidado com a palavra sublime (e derivados), pois o sub nessa palavra não é um prefixo, portanto: su-bli-me; su-bli-ma-ção; su-bli-mar. Exercícios 1. Indique o vocábulo cuja separação silábica está incorreta? (a) des-ar-ma-do (b) di-ás-po-ra (c) al-ca-tei-a (d) mei-o (e) as-so-ci-a-ção 2. Dentre as palavras abaixo, quais estão separadas corretamente? I. ce-re-bra-is II. trans-o-ce-â-ni-co III. pe-cu-ni-á-ria (a) apenas I (b) apenas II (c) apenas III (d) apenas I e II (e) apenas I e III 3. Qual a alternativa não apresenta erro de separação silábica? (a) su-ble-va-ção (b) p-neu-mo-lo-gi-a (c) pa-pa-gai-o (d) sub-li-mar (e) ji-bo-ia GABARITO DE DIVISÃO SILÁBICA 1 A 2 C 3 B ACENTUAÇÃO GRÁFICA Na língua portuguesa ocorrem dois acentos gráficos para indicar a tonicidade da vogal na sílaba tônica. Acento agudo (´) que ocorre quando a vogal da sílaba tônica for aberta, ou, em alguns casos, quando for seguida de m. Exemplos: médico, histórico, sabiá, também Acento circunflexo (^) que indica a vogal da sílaba tônica quando essa for fechada. Exemplos: você, lâmpada, gôndola, compêndio Todas as palavras da nossa língua são classificadas como oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas. Oxítonas Ocorre quando a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: vatapá, você, javali, cipó, bilu, contém São acentuadas as oxítonas terminadas em: a(s), e(s), o(s), em, ens Paroxítonas Ocorre quando a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: mesa, cabelo, tórax, júri, fácil, remédio Acentuam-se graficamente as palavras paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), n, us, um, uns, ã, ão, ps e ditongo seguidos ou não de s, ou seja, acentuam-se todas paroxítonas que não terminem em a(s),e(s), o(s). l agradável n pólen r caráter x tórax i(s) lápis us vírus um, uns álbum ã órfã ão órgão ps bíceps ditongos ciências Se as oxítonas são acentuadas ao terminarem em a(s), e(s), o(s), em, ens, as paroxítonas que apresentarem estas terminações não podem ser acentuadas. Proparoxítonas Ocorre quando a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos: retângulo, hipótese, sílaba, plêiade. Todas as proparoxítonas são acentuadas. ACENTUAÇÃO GRÁFICA a(s), e(s), o(s), em, ens outras exemplos Oxítonas vatapá, cipós, pé Paroxítonas biquíni, Vítor, júri Proparoxítonas relâmpago, época Monossílabo Tônico[footnoteRef:3] [3: De acordo com o Formulário Ortográfico rerratificado pelo Novo Acordo Ortográfico, não existe regra das monossílabas tônicas, pois as monossílabos tônicas estão inseridas na mesma regra das oxítonas – conforme o inciso "a" do primeiro parágrafo da Base VIII do Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa.] A monossílaba, por ter apenas uma sílaba, já se caracteriza como uma oxítona, por isso respeita quase as mesmas regras de acentuação gráfica das oxítonas. De acordo com o Formulário Ortográfico, os vocábulos monossílabos tônicos se encaixam na regra das oxítonas. Acentuam-se todos os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s), o(s). Exemplos: pá, pé, já, vês (verbo), só, dê (verbo) Regra dos Hiatos Ocorrem muitos hiatos na escrita da língua portuguesa, mas, para acentuarmos graficamente, devemos levar em consideração as regras abaixo. "i" e "u" – quando forem: 1. Tônicos 2. Antecedido de vogal diferente que não faça parte de ditongo(se não for oxítona[footnoteRef:4]) [4: A palavra Piauí,assim como a palavra "tuiuiú", continua acentuada mesmo com as alterações do Novo Acordo Ortográfico, pois o "i" está em posição oxítona.] 3. Formarem sílabas sozinhas (ou com "s") 4. Forem orais (não nasais) Exemplos: baú, saúde, saída, Heloísa, Cuidado! Perderam acento gráfico: feiura, Bocaiuva, baiuca Ditongos Abertos ÉU, ÓI, ÉI Acentua-se graficamente apenas os ditongos abertos que não forem paroxítonos: Exemplos: réu, chapéu, dói, heróis, réis, papéis, assembleia, apoia, ideia, boia, alcaloide Trema Essa regra foi completamente abolida das palavras da língua portuguesa[footnoteRef:5] de acordo com o Novo Acordo Ortográfico. [5: Permanecem, porém, os tremas nas palavras estrangeiras, como nomes próprios, conforme a grafia da palavra na língua original (Exemplos: Müller, Bündchen, etc.)] Exemplos: tranquilo, frequentar, consequência Acento Diferencial Esta regra também sofreu pequena alteração. Verifique o quadro abaixo para esclarecer as alterações. pôr (verbo) por (preposição) pôde (pretérito perfeito) pode (presente indicativo) Acentuação de algumas formas verbais especiais A grafia dos verbos ter e vir, respeita o seguinte critério: eles recebem acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. Os verbos derivados de ter e vir (deter, conter, manter, convir, intervir, etc.) são acentuadas no presente do indicativo com acento agudo se estiverem se tratando da terceira pessoa do singular, ou acento circunflexo se pertencerem à terceira pessoa do plural. singular plural singular plural ele tem eles têm ele detém eles detêm ele vem eles vêm ele contém eles contêm Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo), cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente. Exs.: amá-lo amá = oxítona terminada em a (portanto, com acento) lo = monossílabo átono (portanto, sem acento) jogá-la-íamos amá = oxítona terminada em a (portanto, com acento) la = monossílabo átono (portanto, sem acento) íamos = proparoxítona (portanto, com acento) Exercícios 1. Qual das alternativas abaixo apresenta apenas uma palavra que não é acentuada por ser um hiato? (a) subaéreo, alcoólico (b) vírus, daí, (c) baú, saíste (d) países, Heloísa (e) constituíste, distraído2. (CONESUL) Qual das palavras abaixo, se tivesse o acento retirado, não geraria outra palavra do vocabulário da Língua Portuguesa? (a) e (b) sabia (c) pratica (d) so (e) esta 3. Indique a alternativa que apresenta erro de acentuação gráfica. (a) verificá-lo-íamos (b) hífen (c) rúbrica (d) pedir-te-á (e) ambígua 4. O par de vocábulos, do texto, acentuados pela mesma razão é: (a) atraíssem / espírito (b) água / substância (c) porém / caráter (d) lá / até (e) perceptível / mistério 5. A alternativa em que apenas uma palavra NÃO deve ser acentuada é (a) refem – pudico – interim – avaro (b) bauru – açoite – hipotese – rubrica (c) pantano – heroi – fel – eloquencia (d) fossil – torax – item – hifens (e) gratis – inoxidavel – fertil – autonomo 6. A frase em que apenas duas palavras devem ser acentuadas é (a) A saida do onibus rumo ao Rio de Janeiro esta marcada para amanhã. (b) Muitos pensavam que na cidade grande estaria escondido o paraiso. (c) O estudo permanece sendo fundamental para o progresso do individuo. (d) Aquela fabrica de utensílios domesticos dispensou centenas de funcionarios. (e) Para ajudar os amigos, o jovem prometeu encontra-los na Estação Rodoviaria. 7. As palavras há, preparatórios e títulos são acentuadas pela mesma razão que, respectivamente: (a) família, só e harém. (b) só, aparências e simpática. (c) até, harém e ninguém. (d) pó, lágrimas e existência. (e) princípio, após e música. 8. Além da forma Construíram , outras formas do verbo construir são acentuadas graficamente. Dentre as formas abaixo listadas, assinale a que está INCORRETAMENTE acentuada. (a) constrói (b) construímos (c) constróem (d) construirá (e) construísse. 9.(CONESUL) Assinale a única palavra que obedece à mesma regra de acentuação de área. (a) história (b) sintético (c) está (d) também (e) científico 10. Qual a frase apresenta erro de acentuação gráfica? (a) O fluido do carro sai sempre por esta junta. (b) O menino gosta de brincar com os heroizinhos dos pais. (c) Rute silencia durante a discussão sobre patologias do ureter. (d) O amor é importante, compreende-lo é fundamental. (e) A displicência construída na sociedade flui nos órgãos públicos. 11. Leia a frase abaixo e responda o que se pede. "Os administradores da empresa detêm o comando das decisões." Sobre a palavra "detêm" podemos afirmar que: (a) é acentuada porque é uma oxítona terminada em "em". (b) é uma palavra paroxítona que recebe acento para diferenciar da sua forma no singular "detém" (c) é acentuada para indicar que está flexionada na terceira pessoa do plural. (d) apresenta um dígrafo oral no final da palavra. (e) é acentuada pela mesma razão da palavra "também". 12. Qual alternativa apresenta uma palavra que, se fosse passada para o plural, perderia o seu acento gráfico? (a) caráter (b) pôster (c) sílaba (d) rádio (e) triângulo 13. Sobre a palavra "vitória" é possível afirmar: I. É uma palavra polissílaba. II. É uma palavra paroxítona como também é o vocábulo "pudico" III. Recebe acento gráfico pela mesma razão da palavra "dói". Qual a alternativa está correta? (a) apenas I (b) apenas II (c) apenas I e II (d) apenas II e III (e) apenas I e III 14. Separe as sílabas, sublinhe a sílaba tônica e acentue se necessário. A B C D E F G 1 alguem perdiamos quais obsessão espontaneo cateter faisca 2 caju digno occipital doi mister saida pernostico 3 juri meio crescimento transoceanico perspectiva pus (verbo) suave 4 ambiguo europeu papagaio joias Heloisa pus (subst.) ele detem 5 tupi intelecção excitar ritmo Luis coordenar eles mantem 6 professor apto explicito (adj.) aterrissagem Luiz pai adolescencia 7 hifen exceção tungstenio Angela Cesar pia (louça) fertil 8 hifens rubrica destroem aracnideo Cezar pia (menino) fistula 9 item consciencia jesuita bau Vitor gratuito humanidade 10 itens saude fiapo excelente Nobel fluido (subst.) humanistico GABARITO DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1 B 2 D 3 C 4 B 5 C 6 E 7 B 8 C 9 A 10 D GABARITO DA TABELA FINAL DE ACENTUAÇÃO A B C D E F G 1 al/guém per/dí/a/mos quais ob/ses/são es/pon/tâ/neo ca/te/ter fa/ís/ca 2 ca/ju dig/no oc/ci/pi/tal dói mis/ter sa/í/da per/nós/ti/co 3 jú/ri mei/o cres/ci/men/to tran/so/ce/â/ni/co pers/pec/ti/va pus (verbo) su/a/ve 4 am/bí/guo eu/ro/peu pa/pa/gai/o joi/as He/lo/í/sa pus (subst.) ele de/tém 5 tu/pi in/te/lec/ção ex/ci/tar rit/mo Lu/ís co/or/de/nar eles man/têm 6 pro/fes/sor ap/to ex/plí/ci/to (adj.) a/ter/ris/sa/gem Lu/iz pai a/do/les/cên/cia 7 hí/fen ex/ce/ção Tungs/tê/nio Ân/ge/la Cé/sar pia (louça) fér/til 8 hi/fens ru/bri/ca Des/tro/em a/rac/ní/deo Cé/zar pi/á (menino) fís/tu/la 9 i/tem cons/ci/ên/cia je/su/í/ta ba/ú Ví/tor gra/tui/to hu/ma/ni/da/de 10 i/tens sa/ú/de Fi/a/po ex/ce/len/te No/bel flui/do (subst.) hu/ma/nís/ti/co ORTOGRAFIA Ortografia é o sistema correto de representar os fonemas de uma língua na escrita dessa mesma língua. Uso do S 1. Nas palavras derivadas cuja primitiva contém s. · · pesquisa → pesquisador · análise → analisar · improviso → improvisar · preciso → precisar · paralisia → paralisar · friso → frisar Observação: Se a palavra primitiva contiver z ou não apresentar s, usa-se z na palavra derivada. · · canal → canalizar · deslize → deslizar · ágil → agilizar · indústria → industrializar · baliza→ balizar Exceções: · catequese → catequizar · batismo → batizar · hipnose → hipnotizar 2. Nos sufixos ês, esa, oso, osa. · · burguês · baronesa · perigoso · famosa 3. Após ditongos. · · coisa · pausa · faisão · Neusa 4. Nas conjugações dos verbos pôr, querer e usar ( e os seus compostos: compor, desusar, etc.) · · pusemos · quis · uso · usaste 5. Após as consoantes, um s só apresenta valor de s forte, mas, quando estiver entre duas vogais, são necessários dois ss para representar o fonema de s forte (pois, de outra forma, ele adquiriria o som de z). · · concurso (som de ss) · subsídio (som de ss) · pulso (som de ss) · aviso (som de z) Observação: O mesmo fenômeno do s ocorre com o r. · · genro (som derr) · surra (som de rr) · pare (som de r fraco) 6. Nas palavras derivados de verbos terminados em ender ou andir. · · pretender→ pretensão, pretensioso · expandir → expansão, expansivo · ascender→ ascensão, ascensional Uso do Z 1. Além do caso acima citado, ou seja, o uso do z em palavras derivadas de palavras primitivas com z ou sem s, usa-se o z em: 2. Terminações ez e eza formadoras de substantivo abstrato derivado de adjetivo. · real → realeza · certo → certeza 3. Na terminação (z)inho quando a palavra primitiva não contiver s final. · pé → pezinho · guri → gurizinho Observação: as palavras com s na parte final do radical continuam com s no sufixo inho. · casa → casinha · mesa → mesinha Uso do X 1. Depois de ditongo. · peixe · ameixa · faixa 2. Depois da sílaba inicial en. · enxada · enxame · enxaqueca Exceções: encharcar (charco);enchente (cheio) 3. Após a sílaba me. · México, mexer, mexeriqueiro, mexerica Exceções: mecha (e seus derivados) Uso do G 1. Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio. · · pedágio · egrégio · relógio · refúgio 2. Nos substantivos terminados em gem. · · aragem · vagem · fuligem · viagem Cuidado com as formas verbais terminadas em jar. · sujar → que eles sujem · viajar → que eles viajem · arranjar→ que eles arranjem · despejar → que eles despejem Exceções: lambujem, pajem 3. Usa-se o gu apenas quando for seguido das vogais eei. · · garrafa · guerra · guilhotina · governo · guri Uso do Ç 1. Nas palavras derivadas cuja primitiva contém t. · · absorto → absorção · abster → abstenção · conter → contenção · torto → torcer · executar → execução · exceto → exceção · 2. Depois de ditongo. · · refeição · calabouço · beiço Cuidado: Não se usa ç antes da vogal e. · · coice · foice 3. Nas palavras de origem tupi. · · araçá · caiçara· Iguaçu 4. Em palavras terminadas em tenção referentes a verbos derivados de ter: · · deter → detenção · reter → retenção · conter → contenção · manter → manutenção ( Usa-se S em vez de Z Usa-se X em vez de CH Usa-se C ou Ç em vez de SS ) ( Após ditongo ) ( pausa, coisa, lousa ) ( caixa, trouxa, frouxo ) ( beiço, louça, coice ) Uso do E e do I Na flexão de verbos que no infinitivo forem terminados em uir, air, oer, usa-se o i na composição do presente do indicativo; já nos verbos que no infinitivo forem terminados em uar, usa-se o e. · · possuir → ele possui · obstruir → ele obstrui · sair → ele sai · roer → ele rói · remoer → ele remói · continuar → ele continue · atuar → ele atue Terminação õe Os verbos podem apresentar a terminação õe na flexão do presente do modo indicativo. Neste caso, usa-se na terceira pessoa do singular a terminação õe (ele põe), já, na terceira pessoa do plural, usa-se a terminação õem (eles põem). · ele compõe → eles compõem · ele dispõe → eles dispõem · ele propõe → eles propõem Homônimos e Parônimos Homônimas são palavras que apresentam a mesma grafia (homógrafos) ou a mesma pronúncia (homófonos), porém com significados distintos. a) Homônimos homógrafos: · governo (substantivo) / governo (verbo) · sede (lugar) / sede (vontade de beber) b) Homônimos homófonos: · acento (tônico) / assento (lugar) · cegar (perder a visão) / segar (ceifar) c) Homônimos homógrafos e homófonos: São os homônimos perfeitos, pois apresentam a mesma grafia e o mesmo som apenas o significado é diferente. · pus (substantivo) / pus (verbo) · canto (verbo) / canto (música) Parônimas são palavras semelhantes na grafia e na pronúncia, mas que apresentam sentidos diferentes. Exemplos: sustar ► deter, suspender, interromper suster ► sustentar, manter, alimentar eminente ► alto, elevado iminente ► prestes a ocorrer Seguem alguns casos mais comuns de vocábulos homônimos e parônimos além de algumas particularidades ortográficas da nossa língua. Emprego de ABAIXO e A BAIXO /ACIMA e A CIMA As expressões abaixo e acima significam, respectivamente, em lugar menos elevado e em lugar mais elevado. Ex.: Os adversários mais abaixo na tabela de classificação do campeonato são menos perigosos do que os que estão acima. As expressões a baixo e a cima equivalem a, respectivamente, para baixo e para cima. Ex.: Ela subiu morro a cima só para me olhar de cima a baixo. Uso de A CERCA DE, CERCA DE, ACERCA DE e HÁ CERCA DE As expressões a cerca de e cerca de são equivalentes em sentido, ou seja, significam aproximadamente. Ex.: Cerca de vinte pessoas estavam a cerca de30 metros do acidente. A expressão acerca de é sinônimo de a respeito de. Ex.: Hoje trataremos acerca do verbo. Já a expressão há cerca de exprime o sentido de tempo decorrido (passado), ou seja, equivale a faz aproximadamente. Ex.: Ela saiu há cerca de cinco horas. Emprego de A FIM e AFIM A expressão a fim dá ideia de finalidade. Ex.: Rui chegou a fim de estudar contigo. Já a palavra afim dá ideia de afinidade. Ex.: João e Ana têm planos afins. Uso de A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE Em verdade, a forma a nível de está incorreta. Deste modo, devemos usar a expressão em nível de, mesmo assim somente quando houver níveis. Exemplos: Este problema só poderá ser resolvido em nível de diretoria. As decisões tomadas em nível federal poderão ser redefinidas. Observação: Quanto ao mar, é aceitável dizer ao nível do mar ou no nível do mar. Uso de A PRINCÍPIO e EM PRINCÍPIO A expressão a princípio significa inicialmente. Ex.: A princípio o negócio estava fechado, agora você quer cancelar? Já a expressão em princípio dá ideia de em tese ou antes de tudo. Ex.: Em princípio toda mulher é sensível. Observação Existe ainda a expressão por princípio que apresenta um significado de reforço de alguma ideia. Nesse caso assume valor de por forte razão, por convicção. Ex.: Por princípio, aquele político não aceita suborno. Emprego de AO ENCONTRO DE e DE ENCONTRO A O uso da expressão ao encontro de tem o valor semântico de a favor de. Ex.: As ideias de um bom governo sempre vêm ao encontro dos ideais do seu povo. A expressão de encontro a (que muitas vezes é utilizado na linguagem coloquial inadequadamente com sentido de a favor de) significa na forma culta oposição. Ex.: As atitudes do diretor da empresa foram de encontro aos princípios estabelecidos pelos acionistas. Uso de AO INVÉS DE e EM VEZ DE A expressão ao invés de indica oposição de ideias. Ex.: Ao invés de perder a equipe venceu. A expressão em vez de apresenta um sentido de em lugar de, portanto também pode ligar duas ideias opostas. Ex.: Em vez de Pedro jogar, jogou o Rui. PREVILÉGIO ou PRIVILÉGIO? A forma correta é privilégio, assim como a do verbo é privilegiar. Uso de RETIFICAR e RATIFICAR O verbo retificar significa corrigir, ao passo que o verbo ratificar significa confirmar. Ex.: Após o erro convém retificar a ação para que as pessoas possam sempre ratificar a integridade do árbitro da partida. Emprego de SE NÃO e SENÃO A expressão se não apresenta um sentido de caso não. Ex.: Se não vencer, o atleta tentará novamente na próxima competição. Já a expressão senão equivale a do contrário, a não ser ou defeito. Exs.: Lute muito, senão perderá a chance. Ele não fala senão do seu gol. O contrato foi fechado sem um senão. Emprego de SE ACASO e SE CASO? Junto à conjunção condicional se, deve-se utilizar acaso, e nunca caso. Mas o uso da conjunção caso é perfeitamente correta e inclusive apresenta o mesmo sentido do se condicional, por isso não se deve utilizar o se e o caso juntos. Exs.: Se acaso encontrar o livro, compre para mim. Caso encontre o livro, compre para mim. Uso de TAMPOUCO e TÃO POUCO A palavra tampouco apresenta um sentido de também não, enquanto que a expressão tão pouco equivale a muito pouco. Ex.: Quem não ama, tampouco pode entender que tão pouco carinho pode ferir a pessoa amada. Grafia do PORQUÊ POR QUE por que motivo, razão pelo qual, pelas quais Descubra por que Ana chegou tarde. POR QUÊ Final de oração Ana ainda não enviou a petição por quê? PORQUÊ Substantivo O porquê da ausência dela, eu não sei. PORQUE Explicativo Porque cheguei, estás tão feliz assim? Exercícios Completa as lacunas com as alternativas corretas. 1. A criança está estragando seu __________ novo ____ semanas, agora não tem mais _________. (a) babador – a – conserto (b) babadouro – a – conserto (c) babador – a – concerto (d) babadouro – há – conserto (e) babador – há – concerto 2. O diretor ____________ o que já havia informado e essa confirmação garantiu que a escola compraria outro ____________ . (a) retificou – bebedor (b) ratificou – bebedouro (c) retificou – bebedouro (d) ratificou – bebedor (e) ratificou – bebe dor 3. Venham ao chá ___________ e traga os itens ____________. (a) beneficente – abaixo (b) beneficiente – abaixo (c) benefissente – a baixo (d) benefissiente – a baixo (e) beneficente – a baixo 4. Ela não atendeu nossa __________ de ir ao _______ . (a) reivindicação – cabelereiro (b) reinvindicação – cabelerero (c) reivindicação – cabeleireiro (d) reinvindicão – cabeilereiro (e) reivindicação – cabeileireiro 5. As pessoas começaram a se _____ porque tratavam __________ de política pública. (a) degladiar – a cerca (b) degladear – acerca (c) degladear – a cerca (d) digladear – acerca (e) digladiar – acerca 6. Lembro que no início de nossa relação discutíamos muito, ___________ nossas diferenças eram muito valorizadas, mas agora não noto mais tanto _______ . (a) em princípio – empecilho (b) a princípio – impecilho (c) em princípio – empecílio (d) a princípio – impecílio (e) a princípio – empecilho 7. O advogado procurava o __________ no tribunal para tentar ______ o deputado criminoso que não tinha o menor bom _____. (a) meretíssimo – cassar – censo (b) meretícimo – caçar – senso (c) meretíssimo – caçar – censo (d) meritícimo – cassar – senso(e) meritíssimo – cassar – senso 8. Os ________ salvaram-se pela calma e a competência de usar uma __________ velha meio quebrada. (a) náufragos – bússula (b) náufragos – bússola (c) naufragos – bússula (d) nálfragos – bússola (e) naufragos – bússola 9. Os motoristas que ________ as leis do trânsito deveriam ser penalizados mais drasticamente. A justiça deveria ________ penas mais drásticas a esses incautos. (a) infringem – infligir (b) inflingem – infringir (c) infrinjem – inflijir (d) inflinjem – infrinjir (e) infringem – inflijir 10. Indique a alternativa que apresenta erro ortográfico (a) De há muito, Dóris vem tendo bons resultados. (b) A poucos metros de distância de sua casa, eu esperei até há pouco tempo. (c) Não a conheço muito bem. (d) Seu coração está há quilômetros de distância daqui. (e) Desde há tempos, não compreendo a que te referes nesta carta. 11. A _____________ informa tempo bom para se tirar uma ________ depois do almoço. Dormir sempre é bom apenas quando estamos bem alimentado. Por isso trouxe esta _______ de frutas frescas. (a) metereologia – sexta – sesta (b) meteorologia – sesta – cesta (c) metereologia – cesta – sesta (d) metereologia – sesta – cesta (e) meteorologia – cesta – sesta 12. A funcionária _____________ na sempre sai discretamente totalmente __________. (a) superticiosa – despercebida (b) supersticiosa – despercebida (c) supersticiosa – desapercebida (d) superticiosa – desapercebida (e) superstissiosa – despercebida 13. O Maranhão foi afetado por um surto de ___________ após a _________ dos holandeses, esta chegada desse povo europeu afetou até os hábitos alimentares do povo nativo. O povo _________ duras penas pela invasão estrangeira. (a) desinteria – emigração – espiou (b) disenteria – imigração – expiou (c) desenteria – imigração – expiou (d) disenteria – emigração – espiou (e) desinteria – imigração – expiou 14. Qual a palavra correta? (a) explêndido (b) encalso (c) pesquizas (d) expontâneo (e) disfarça 15. Todas as alternativas abaixo estão corretamente grafadas com exceção de (a) Muitos conseguem suportar o mal tempo, embora detestem o vento. (b) Este caso está muito mal contado. (c) Mal a chuva começou, o mau time retirou-se do campo. (d) Roberto só deseja mal aos outros. (e) Quem dá um mau conselho é um mau amigo. 16. Assinale a única frase em que a grafia da palavra PORQUE está incorreta: (a) Bebo, porque gosto. (b) Desabafou, porque estava angustiado. (c) Não atino com o porquê de tanta preocupação. (d) Por que saíste mais cedo? (e) Nunca ficamos sabendo porque foi demitido do cargo. 17. Assinale a única frase em que a grafia da palavra PORQUE está incorreta: (a) Finalmente chegou o dia por que a turma tanto ansiava. (b) Quanto aos candidatos, porque não compareceram na data marcada? (c) Não vieram, por quê? (d) Mostra-nos o porquê do porquê. (e) Todos ficaram sabendo por que fomos atraiçoados. 18. Assinale a alternativa correta: Pense nos ideais _______ batalhamos há tanto tempo, e diga-me _______ fracassamos. Será _______ fomos incapazes ou descuidados em algum ponto? (a) por que - por que - por que (b) por que - por que - porque (c) porque - porque - por que (d) porque - por que - porque (e) por que - porque - por que 19. (FUNRIO – 2007) “Se, em vez de atender prontamente à solicitação, o negociante começar a gaguejar, demonstrar impaciência, o cliente, que já não estava muito inclinado a ceder, termina por não assinar o contrato (...)”.Ao invés de; em vez de; ao encontro de e de encontro a são expressões que podem possuir empregos distintos.Assinale a alternativa em que há ERRO no emprego de uma dessas expressões: (a) Em vez de apenas se preocupar com a apresentação do produto, o executivo deve acompanhá-lo ao longo do curso de sua comercialização. (b) Ao invés de tropeçar no uso da língua, o homem de negócios deve acertar naquilo que concerne à norma culta e à adequação linguística. (c) Se o negociante vai ao encontro do bom uso da língua, facilita a negociação do produto. (d) O negócio não foi fechado, pois os clientes foram ao encontro da proposta dos negociantes. (e) Indo de encontro à vontade do cliente, o negociante tem poucas chances de vender o produto. 20. Ninguém é dono da verdade, mas a mentira tem acionista ____________ estava em uma faixa _________ nas costas do casaco entre dois estudantes. (a) a beça – cosido (b) à bessa – cosido (c) a bessa – cosido (d) à beça – cozido (e) à beça – cozido Complete com as letras dispostas na coluna da esquerda nas 119 palavras abaixo. A B C D E F G g / j ál__ebra can__ica __e__um adá__io en__eitar al__ema __eito __enipapo estran__eiro ma__estoso a__eitar ti__ela reló__io __irafa fri_ir gerin__onça vir__em here__e intru__ice falan__e al__ibeira x / ch a__ar fei__e ta__a (prego) me__er fi__a eli__ir __iste pra__e __enofobia bu__a amei__a ra__ar coa__ar pena__o capa__o rou__inol col__ete en__ofre pu__ar __adrez bai__o c, ç / ss lingui__a endo__ar ali__er__e bene__e man__ão ber__o ge__o val__a __etim a__eio imen__o preten__ão pan__a man__o po__e__o obse__ão alma__o reme__a a__ervo ca__ula deva__ar x / s / z atrá__ ave__tru__ atravé__ bali__a ine__ato Sou__a aneste__ia trans__ surpre__a e__orbitar bu__ina qui__ be__untar a__ar e__alar improvi__o ob__équio a__orrague a__edo e__uberante abali__ado e / i am__aça possu__ ens__ada bor__al pát__o várz__a sem__ar __nt__ado crân__o __nigualável constitu__ lênd__a continu__ lamp__ão o / u ent__pir g__ela rég__a c__stume b__lir êmb__lo Man__el trég__a p__lir al__vião eng__lir esbor__ar név__a c__biça mág__a epíst__la l__cubração míng__a ób__lo fem__ral emb__tir GABARITO DE ORTOGRAFIA 1 - D 2 - B 3 - A 4 - C 5 - E 6 - E 7 - E 8 - B 9 - A 10 - D 11 - B 12 - B 13 - B 14 - E 15 - A 16 - E 17 - E 18 - B 19 - D 20 - D GABARITO DA TABELA FINAL DA ORTOGRAFIA A B C D E F G g / j Álgebra canjica jejum adágio enjeitar algema jeito jenipapo estrangeiro majestoso ajeitar tigela relógio girafa frigir geringonça virgem herege intrujice falange algibeira x / ch achar feixe tacha (prego) mexer ficha elixir chiste praxe xenofobia bucha ameixa rachar coaxar penacho capacho rouxinol colchete enxofre puxar xadrez baixo c, ç / ss linguiça endossar alicerce benesse mansão berço gesso valsa cetim asseio imenso pretensão pança manso possesso obsessão almaço remessa acervo caçula devassar x / s / z atrás avestruz através baliza inexato Sousa anestesia transe surpresa exorbitar buzina quis besuntar azar exalar improviso obséquio azorrague azedo exuberante abalizado e / i ameaça possui enseada boreal pátio várzea semear enteado crânio inigualável constitui lêndea continue lampião o / u entupir goela régua costume bulir êmbolo Manuel trégua polir aluvião engolir esboroar névoa cobiça mágoa epístola lucubração míngua óbolo femoral embutir FORMAÇÃO DE PALAVRAS A língua portuguesa utiliza vários processos para criar e ampliar o vocabulário. No estudo sobre a formação das palavras, examinaremos, antes, as partes que poderão compor uma palavra: radical, tema, afixos, desinências, vogal de ligação ou consoante de ligação. Exemplos: menino cantávamos menin ► radical o ► desinência nominal cant ► radical canta ► tema a ► vogal temática va ► desinência modo-temporal mos ► desinência número-pessoal Radical é a menor unidade significativa de uma palavra. Exemplos: pedra, feliz, ferro, sol, livro Tema é o radical acrescido de uma vogal chamada de vogal temática. Exemplos: cantar, vender, partir Afixos são os elementos que se acrescentam antes ou depois do radical da palavra para a formação de uma nova palavra. · prefixo: antes do radical (antever,dispor, empobrecer, infeliz) · sufixo: após o radical (casamento, felizmente, lealdade, empobrecer) Desinências são elementos que terminam as palavras indicando flexões gramaticais. · nominais: quando indicam flexões de gênero e de número dos nomes (médico / médica; menino / meninos) · verbais: quando indicam as flexões de número, de pessoa, de tempo e de modo do verbo PROCESSOS DE FORMAÇÃO Composição Formação de uma palavra através da união de dois ou mais vocábulos primitivos. Justaposição: formação de palavra sem que ocorra alteração fonética da primitiva Exemplos: guarda + chuva = guarda-chuva / passa + tempo = passatempo / gira + sol = girassol Aglutinação: formação de uma palavra com a alteração da estrutura fonética da primitiva Exemplos: plano + alto = planalto / em + boa + hora = embora / vossa + mercê = você Derivação Progressiva Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva Prefixação (Derivação Prefixal): é a formação de uma palavra pelo acréscimo de um prefixo ao radical da primitiva. Exemplos: antever, conter, inapto, ilegal, desleal. Sufixação (Derivação Sufixal): formação de uma palavra pelo acréscimo de um sufixo ao radical da primitiva. Exemplos: lealdade, laranjal, menininho, felizmente. Prefixação e Sufixação (Derivação Prefixal e Sufixal): formação de uma palavra pelo acréscimo de um prefixo e de um sufixo ao radical da primitiva. Exemplos: deslealdade, impraticável,infelizmente. Parassíntese (Derivação Parassintética): é a formação de uma palavra pelo acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo ao radical da palavra primitiva. Exemplos: empobrecer, desalmado, envergonhar Principais prefixos latinos Prefixos Sentidos Exemplos a-; ab-; abs- afastamento abjurar ad-; a- aproximação adjunto ante- posição anterior antepor com-, co- companhia, contiguidade compatriota; compor ex-; es-; e- movimento para fora; separação exportar; emigrar extra- posição exterior extraterreno inter-; entre- posição intermediária interpor sub-; sus-; so- movimento de baixo para cima subir, suster; soterrar super-; sobre- posição superior superpor; sobreposto Principais radicais gregos Radicais Significados Exemplos auto próprio autocrítica biblio livro biblioteca bio vida biologia cracia força, poder democracia crono tempo cronologia dromo corrida hipódromo hidro água hidrômetro logia estudo cronologia macro grande macrocéfalo neo novo neolatino neuro nervo neurologia tele ao longe telegrama zoo animal zoologia Principais prefixos gregos Prefixos Sentidos Exemplos a-; an negação ateu di- duas vezes dígrafo dis- dificuldade dislalia ex-; ec- movimento para fora êxodo hiper- posição superior hipertensão hipo- posição inferior hipoderme Derivação Regressiva (deverbal) Formação de uma nova palavra a partir da troca da terminação verbal pelas vogais a, eeo. resultando assim em um substantivo abstrato. Exs.: combater → combate / cantar → canta Derivação Imprópria Este processo não altera a estrutura da palavra, ele consiste apenas na mudança da classe gramatical da palavra. Exs.: Os bons vencem no final.(bons que é adjetivo aqui funciona como substantivo) Onomatopeia É a tentativa de reprodução, pela escrita, de determinados sons ou ruídos. Exs.: tique-taque, zunzum, tico-tico, xixi, pum Hibridismo É o nome que se dá ao processo de formação de palavras quando os elementos da sua formação pertencerem a línguas diferentes. Exemplos: automóvel (auto – grego; móvel – latim); televisão (tele – grego; visão – latim) sociologia (sócio – latim; logia – grego) Abreviação (ou redução) Consiste na utilização de parte de uma palavra no lugar de sua totalidade. Exemplos: forró (abreviação de forrobodó) pneu (abreviação de pneumático) tevê (abreviação de televisão) quilo (abreviação de quilograma) Exercícios 1. Considere as seguintes afirmações sobre a formação de palavras. I. As palavras realmente e negativamente são formadas por sufixação. II. As palavras influência e insubordinadas apresentam prefixos de mesmo sentido. III. As palavras deformação e informação são formadas por aglutinação. Quais estão corretas? (a) apenas I (b) apenas II (c) apenas III (d) apenas I e II (e) apenas I e III 2. Assinale a letra em que as palavras listadas não pertencem à mesma família. (a) supor -- suposição (b) valor – avaliação (c) pretenda – pretensioso (d) interferência – interfone (e) ocasionado – ocasião 3. Abaixo são feitas três afirmações sobre a formação de palavras do texto. I - As palavras étnica e etólogos contêm o mesmo radical. II - As palavras inegável, inflexibilidade e imutáveis são todas formadas com o mesmo prefixo. III - Tanto a palavra instigante quanto a palavra ardiloso apresentam um sufixo que forma adjetivos derivados de substantivos. Quais estão corretas? (a) Apenas I. (b) Apenas II. (c) Apenas I e II. (d) Apenas II e III. (e) I, II e III. 4. No vocábulo invalidação ocorre (a) aglutinação (b) sufixação (c) prefixação (d) parassíntese (e) prefixação e sufixação 5. Todas as palavras abaixo são formadas pelo processo da derivação com exceção de: (a) ex-aluno (b) neuroquímica (c) desprezível (d) verificação (e) amoral 6. (FAURGS) A palavra que apresenta prefixo é (a) tardezinha (b) Municipal (c) Federação (d) confraternização (e) Diretoria 7. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de aglutinação (a) pontiagudo (b) bisneto (c) livrinho (d) beija-flor (e) antepassado 8. Com o mesmo radical da palavra díspares é formada a palavra (a) discreto (b) ímpar (c) disparar (d) aparar (e) disperso 9. (FDRH) Assinale a afirmação INCORRETA sobre a estrutura de palavras do texto. (a) As palavras triunfante e conclusivo contêm sufixos formadores de adjetivos. (b) A diferença de significado entre as palavras desempregados e subempregados é estabelecida por seus respectivos prefixos. (c) A palavra marginalidade tem estrutura semelhante à de palavras como normalidade. (d) A palavra enlatados origina-se da palavra lata. (e) As palavras insatisfação e expansão são formadas por prefixação em português. 10. Considerando o processo de formação da palavra antipoluentes, é correto afirmar que: (a) Apresenta flexão de gênero. (b) Apresenta prefixo com sentido de oposição. (c) É uma palavra primitiva. (d) Apresenta prefixo com sentido de anterioridade. (e) Não apresenta flexão de número. 11. Assinale a alternativa em que apresentada uma palavra em que não ocorre a presença de prefixo. a) desleal b) descabido c) antever d) impacto e) irracional 12. Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em destaque está corretamente analisado. a) menina (-a-) = desinência nominal de gênero. b) vendeste (-e-) = vogal de ligação. c) gasômetro (-ô-) = vogal temática de 2ª conjugação. d) amassem (-ssem) = desinência de 2ª pessoa do plural. e) cantaríeis (-is-) = desinência do imperfeito do subjuntivo. 13. “Chapechape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. (...) “ (Graciliano Ramos) Identifique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape : a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque d) tim-tim e) vivido 14. Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo rizotônico. a) permites b) escreverá c) fingimento d) correria e) partirá 15. Em qual dos exemplos a seguir está presente um caso de derivação parassintética? a) Lá vem ele, vitorioso do combate. b) Ora, vá plantar batatas! c) Começou o ataque. d) Assustado, continuou a se distanciar do animal. e) Não quero me entristecer, vou é cantar. GABARITO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 1 A 2 D 3 B 4 E 5 B 6 D 7 A 8 B 9 E 10 B 11 D 12 A 13 E 14 A 15 E CLASSES DE PALAVRAS Neste capítulo será tratado sobre as categorias das palavras na língua portuguesa.Examinaremos as flexões e empregos das palavras no texto. ARTIGO São palavras que se antepõem aos substantivos para determiná-los ou indeterminá-los. 1. Definidos: a, as, o, os 2. Indefinidos: um, uns, uma, umas 3. Anteposto por uma preposição a) Normalmente o artigo combina com a preposição. Ex.: Notei os olhos da Mariana. (de + a) b) Quando o artigo fizer parte do sujeito, não se deve combinar. Ex.: Notei a forma de a Mariana estudar. (a Mariana é sujeito do verbo estudar.) 4. Palavras substantivadas pelo artigo O artigo, definido ou indefinido, transforma tudo a que ele se refere em substantivo (essa é uma propriedade de qualquer outro determinante: adjetivo, pronome adjetivo e numeral). Exs.: Impressionou-nos o falar do Nei (falar = substantivo) A Rita sempre tem um mas para comentar. (mas = substantivo) 5. Artigo com um substantivo elíptico O artigo apresenta a propriedade de poder estar diante de um substantivo presente no discurso, mas ausente na forma, ou seja, o substantivo existe pela coerência do texto, mas não está grafado (essa é uma propriedade de qualquer outro determinante: adjetivo, pronome adjetivo e numeral). Ex.: Vimos o carro velho, mas não o novo. (... não o carro novo) 6. Emprego do artigo com os pronomes A maioria dos pronomes não admite a anteposição de artigos, ou qualquer outro determinante. A) Artigo indefinido com pronomes indefinidos não se deve usar, pois fica redundante. Exemplos: Notei Rui com um certo ar jovial. (um certo é redundante) Notei Rui com certo ar jovial. (o certo já estabelece o sentido de indefinição) B) Artigo definido diante de pronomes possessivos deve ser evitado nos casos em que o possuído não puder pertencer senão ao possuidor Exemplos: Raquel dirigiu-me o seu olhar. (seu só poderia ser da Raquel - redundância) Raquel dirigiu-me seu olhar. (o pronome seu já garante a definição) C) Artigo não pode seguir – vir após – o pronome relativo cujo e suas variações (cujos, cuja, cujas) Exemplos: Vi o carro cujo o dono morreu. (o artigo é redundante, pois o cujo determina) Vi o carro cujo dono morreu. (a ausência do artigo evita a redundância) 8. Artigo proibido casos explicação exemplos · casa (sentido de lar) Não admite artigo. Troquei a porta lá de casa. · terra (oposição a mar) Não admite artigo. Os marinheiros aportaram em terrasdistantes. · pronome de tratamento O artigo deixa muito informal. Vossa Senhoria está preparado? · entre palavras repetidas Não admite artigo. cara a acara; passo a passo 9. Artigo opcional casos explicação exemplos · pronome possessivo Costume da língua Encontrei meu amigo na festa. Encontrei o meu amigo na festa. · nome de pessoa Deixa a pessoa mais conhecida (informal). Pedi ajuda ao Rui. Pedi ajuda a Rui. 10. Algumas palavras não admitem artigo Para verificarmos a existência ou não do artigo, ou seja, para comprovarmos a existência do artigo na frente de um substantivo, basta tentar encaixá-lo na frase: "A ____________________ é importante" ou "O ____________________ é importante" Exercícios 1. Qual a alternativa que apresenta todas as palavras ou expressões que podem ser empregadas com o uso de artigo posto antes da palavra ou expressão? (a) camiseta escura; Livro importado; qualquer homem (b) reta final; outra mulher; este documento (c) cada oportunidade; Mulher inteligente; Rio de Janeiro (d) Curitiba das festividades; aquela abelha; Espanha (e) Porto Alegre dos casais; Brasília amarela; geladeira nova 2. Levando-se em conta que, para ocorrer o fenômeno da crase, devemos necessariamente a presença do artigo "a" nos casos abaixo, assinale a alternativa que destaca o caso no qual a crase poderia ocorrer? (a) Entreguei o meu novo livro a ela na reunião passada. (b) Refiro-me a Sua Excelência quando desejo mais atenção. (c) Serão concedidas a ti todas as honrarias e respeitos. (d) Forneceremos nossos auxílio a cidade inteira. (e) O documento está anexo a toda informação concedida por essa repartição. 3. Assinale a alternativa em que apresenta erro no emprego do artigo. (a) Não reconheceu o meu amigo com aquela roupa? (b) A tua mesa de vidro chegou na loja. (c) Encontraram a prova da Sua Senhoria o Deputado que foi afastado. (d) Desenvolveram grandes projetos no meu país. (e) A residência mais valorizada hoje é a do litoral. 4. Todas as alternativas estão perfeitamente corretas exceto: (a) Ninguém desconfiava que a mala foi entregue a Vossa Excelência. (b) Gostei do proprietário de cujo apartamento falamos. (c) O criminoso revelou um certo fato que alterou o rumo da investigação. (d) As pessoas revelaram todos os fatos ocorrido naquela festa. (e) A verdade das pessoas aparece revelada em um simples sorriso. 5. Quantos erros no emprego do artigo de acordo com a norma culta na frase abaixo? “Foi muito discutida a forma da direção mudar o ritmo da equipe fechar negócios no exterior.” (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5 GABARITO DE ARTIGO 1 D 2 D 3 C 4 C 5 B SUBSTANTIVO Os substantivos, assim como os adjetivos e os pronomes, apresentam algumas características próprias. O substantivo é uma palavra variável em gênero, número e grau que dá nome aos seres em geral. O carro de João ficou na estrada. O azul do céu estimula o amar. Eu não entendo isso, meu amigo.(Eu e isso são pronomes substantivos) Estudar muito ajuda na aprovação. (Estudar muito é uma oração substantiva) Ana sabe que Rui foi à festa.(que Rui foi à festa é uma oração substantiva) Como podemos perceber, um substantivo pode ser algo (carro), alguém (João), um adjetivo substantivado (azul), um verbo substantivado (amar) – assim como qualquer classe gramatical desde que substantivada – um pronome (Eu, isso) ou mesmo uma oração (Estudar muito; que Rui foi à festa). Os substantivos subdividem-se em: 1) simples ► apresentam apenas um radical (podem ser primitivas ou derivadas): Exs.: mel, casa livro, pedra 2) compostos ► apresentam mais de um radical Exs.: pedra-sabão, pontapé, guarda-sol 3) comuns ► nomeiam os seres de uma espécie Exs.: criança, cão, escola, homem 4) próprios ► nomeiam um ser específico dentro de uma mesma espécie Exs.: Curitiba, Rui, Terra, Roma 5) primitivos ► não provêm de outras palavras Exs.: casa, árvore, pedra, terra 6) derivados ► advêm de uma palavra primitiva Exs. casinha, arvoredo, terreno 7) concretos ► referem-se a um ser real ou imaginário Exs.: pedra, Roma, ar, fantasma, água 8) abstratos ► referem-se a uma ação, noção, qualidade ou estado considerados como seres Exs.: justiça, viagem, doença, beijo, fuga 9) coletivos ► são substantivos comuns que designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie Flexão de Gênero — Substantivos Biformes — MASCULINO FEMININO menino menina boi vaca homem mulher — Substantivos Uniformes — EPICENO COMUNS DE DOIS GÊNEROS SOBRECOMUNS Refere-se a animais Refere-se a pessoas É igual para os 2 sexos Para esclarecer o sexo, requer as palavras macho ou fêmea. Para esclarecer o sexo, requer um artigo, adjetivo ou pronome. Para esclarecer o sexo do ser, deveremos buscar no contexto. Exemplos:a onça; o jacaré Exemplos: o dentista; a estudante Exemplos: a criança; a presa Flexão de Número — Substantivos Simples — Os substantivos simples, cabe ressaltar, que não forem oxítonos formam seu plural de modo invariável, ou seja, apenas um artigo, um adjetivo e até mesmo um pronome podem ser definidores do singular ou plural. Exs.: o lápis — os lápis seu ônibus — seus ônibus belo tênis — belos tênis Flexão de Grau Além do grau normal, o substantivo pode se apresentar acrescentando a ideia de aumentativo ou diminutivo. — Sintético — Ocorre quando é acrescentado ao radical do substantivo um sufixo que indique aumento ou diminuição.Ex.: Rui ainda era um garotinho. — Analítico — Ocorre quando um adjetivo modifica o substantivo indicando um aumento ou uma diminuição. Ex.: Rui ainda era um garoto pequeno. Exercícios 1. Quantos substantivos existem na frase "A lealdadedo espírito faz crescer um grande homem". (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (d) 5 2. Qual alternativa apresenta um termo destacado que não funcione como substantivo? (a) O meu meditar, ao final da tarde, é fundamental para o equilíbrio. (b) Não admito mais nenhum não para as minhas ordens. (c) A letra a pode assumir várias funções sintáticas. (d) A sala amarela deu mais vida àquela casa. (e) O amarelo despertou mais vida naquele ambiente. 3. Marque a alternativa que apresenta uma oração substantiva. (a) Nós descobriremos que os engenheiros fizeram este equipamento. (b) Eles viram o carro que Mariana comprou para os pais. (c) Os policiais identificaram toda a trama da quadrilha. (d) Eles voltaram apesar de estarem sendo procurados pelos criminosos. (e) Os jovens valorizam as rádios que falam a linguagem deles. 4. Indique a alternativa que destaca um pronome que não funciona como um substantivo. (a) Ela participou na maratona no ano passado. (b) Não poderá mais ocorrer aquilo na sala de aula. (c) Você encontrou o melhor diretor que a escola já teve. (d) Adriano não jogará mais por esse clube. (e) Juliana encontrou-nos apenas ao final da festa. 5. São feitas algumas afirmativas sobre a frase abaixo: “ O livro tratava sobre a menina mulher na era Vargas.” I – A palavra “mulher” deve ser classificada nesta frase como substantivo. II – Se a palavra “mulher” fosse posposta à palavra “mulher”, alteraria a sua classe gramatical. III – A palavra “Vargas” não atua como um substantivo. Quais as afirmativas estão corretas? (a) Apenas I (b) Apenas III (c) Apenas I e II (d) Apenas I e III (e) Apenas II e III GABARITO DE SUBSTANTIVO 1 C 2 D 3 A 4 D 5 B ADJETIVO O adjetivo é uma palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza de alguma forma um substantivo atribuindo-lhe qualidade. O carro grande não cabe nessa vaga. (essa é pronome adjetivo) Nós vimos em essa mulher chorar. (essa é pronome adjetivo) Os trabalhadores homens já votaram. (a palavra homens está determinando o substantivo trabalhadores) Os homens trabalhadores votaram. (a palavra trabalhadores está determinando o substantivo homens) O carro que venceu a corrida é meu. (que venceu a corrida é uma oração adjetiva) O carro que comprei é novo. (que comprei é uma oração adjetiva) Flexão de Gênero UNIFORME BIFORME moço alegre homem feio moça alegre mulher feia homem livre homem bondoso mulher livre mulher bondosa Flexão de Número — Adjetivo Simples — Como os substantivos simples, a formação dos adjetivos simples é muito simples e comum. Exs.: mulher bonita — mulheres bonitas prova fácil — provas fáceis rapaz líder — rapazes líderes Cuidado: Quando o adjetivo for um substantivo que está sendo empregado como adjetivo, ele permanece invariável. Exs.:blusa creme — blusas creme / quarto laranja — quartos laranja Flexão de Grau A qualidade apresentada pelo adjetivo pode ser expressa pelo grau comparativo e pelo grau superlativo. — Grau Comparativo — Ocorre quando a qualidade do adjetivo expressa uma comparação: · de superioridade Ex.: João é mais inteligente do que eu. · de inferioridade Ex.: Hoje ela está menos alegre do que ontem · de igualdade Ex.: Rui é tão inteligente quanto o pai. — Grau Superlativo — Ocorre quando a qualidade expressa pelo adjetivo aparece intensificada. Ex.: O passeio foi agradabilíssimo. Observação: A norma culta aconselha evitarmos utilizar os adjetivos em suas formas comparativa e superlativa sintética ("melhor", por exemplo) diante de verbos no particípio. Os gramáticos recomendam que, nestes casos, o uso dos adjetivos nas formas comparativa e superlativa analítica (“mais bem”, por exemplo). Exs.: A atleta está melhor preparada do que eu esperava. (melhor preparada é inadequado) A atleta está mais bem preparada do que eu esperava. (mais bem preparada é o recomendado) Exercício 1. Assinale a alternativa em que o termo grifado não é um adjetivo: (a) Nós ficamos muito felizes com a sua chegada. (b) Muitas mudanças ocorreram no governo Lula. (c) Era um dia abafadiço e aborrecido. (d) Não me sinto livre, sinto-me responsável. (e) Ninguém é bom juiz em causa própria. 2. Observe a oração destacada no seguinte exemplo: “Nunca pude esquecer a conversação que tive com uma senhora...”. Assinale em qual das alternativas abaixo há uma oração que deve receber a mesma classificação da que está grifada anteriormente: (a) “... combinei que eu iria acordá-lo à meia noite.” (b) “... pedi-lhe que me levasse consigo.” (c) “Mais tarde é que eu soube...”. (d) “... e acabou achando que era muito direito...”. (e) “A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão...”. 3. “aparências novas e novas aspirações”; a posição do adjetivo nesse segmento altera o seu significado. O mesmo pode ocorrer em: (a) cidade velha e velha cidade; (b) ruas esguias e esguias ruas; (c) lamentáveis corredores e corredores lamentáveis; (d) escandalosa atenção e atenção escandalosa; (e) morte imediata e imediata morte. 4. Em “...o trabalho da Polícia Federal na Operação I-Commerce 2, que teve início nesta terça-feira...”, o vocábulo “que” é um pronome relativo. Outro exemplo no qual o vocábulo “que” possui a mesma classificação gramatical é (a) “Barreto informou que se trata de uma segunda fase da operação..." (b) “...numa forte demonstração de que o governo está atento...” (c) “...para não permitir que a Internet...” (d) “...informou, ainda, que a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho...” (e) “...uma segunda fase da operação, que começou em 2006...” 5. (FUNRIO) O vocábulo grifado só NÃO é pronome relativo em: (a) “... com a compra de doces, que são distribuídos com grande alegria entre os moradores da vila.”. (b) “... as mulheres da vila explicam que o ressentimento das mães em relação às suas filhas recém-nascidas...”. (c) “O mínimo é 25 mil rupias por dote, que inclui o preço de uma bicicleta...”. (d) “... com a chegada da tecnologia de ultra-som que permite que as mulheres evitem ter bebês do sexo feminino.”. (e) “Aqui, o alto índice de analfabetismo e a baixa idade para o casamento são os fatores que fazem...”. 6. Estão todos os países informados que o Brasil aceita qualquer desaforo e que, além de não responder, promete ajuda ao país que o ofende. Os casos grifados acima da ocorrência da palavra QUE classificam-se, respectivamente, como: (a) conjunção integrante – pronome relativo – conjunção integrante. (b) pronome relativo – conjunção integrante – conjunção integrante. (c) pronome relativo – pronome relativo – conjunção integrante. (d) conjunção subordinativa final – conjunção subordinativa final – pronome relativo. (e) conjunção integrante – conjunção integrante – pronome relativo. GABARITO DE ADJETIVO 1 A 2 E 3 A 4 E 5 B 6 E ADVÉRBIO Advérbio é simplesmente uma palavra que modifica, qualifica ou altera uma ação. Como o advérbio indica o modo de uma ação ocorrer, algumas vezes é chamado de modalizador. O advérbio pode modificar um verbo, um adjetivo ou mesmo um outro advérbio. Verbo Rui chorou muito. (muito é um qualificador do verbo chorar) Ana chorou ontem. (ontem é um modalizador do verbo chorar) Ana chegou quando o jogo já terminara. (quando o jogo já terminara é um qualificador do verbo chegar) Ela lê lentamente as cartas. (a palavra lentamente é um advérbio por qualificar o verbo ler) Adjetivo Ela tem um carro muito belo. (muito é um qualificador do adjetivo belo) Ela tinha os cabelos bem loiros. (a palavra bem é um advérbio por estar modificando o adjetivo loiros) Advérbio Ela estuda bem pouco. (bem é um modalizador do advérbio pouco) Ela chora muito frequentemente. (a palavra muito é um advérbio porque modifica um outro advérbio frequentemente) Os advérbios podem ser classificados de acordo com as circunstâncias que eles expressam. Circunstância Exemplos afirmação sim, certamente, realmente, sem dúvidas, etc. negação não, nunca, de jeito nenhum, etc. dúvida talvez, acaso, possivelmente, etc.intensidade bastante, demais, mais, menos, pouco, etc. lugar abaixo, acima, longe, à esquerda, por dentro, etc. modo assim, bem mal, pior, às pressas, etc. tempo agora, amanhã, sempre, à noite, já, de repente, etc. Exercícios 1. Marque a alternativa que contenha uma oração subordinada destacada que funcione como um advérbio. (a) João comprou muitas ações e depois as vendeu pelo dobro. (b) Para recuperar o fôlego, ela saiu da piscina. (c) O caminho foi descoberto, por isso deveremos mudar de estratégia. (d) Instalaram a CPI, mas não investigaram os principais documentos. (e) Hoje em dia, a paz foi esquecida, tomemos cuidado nas ruas. 2. Quantos advérbios ou locuções adverbiais existem no texto baixo? "Júlio está bem impressionado com o desempenho da sua atleta. A moça teve um bom resultado nas pistas, porém o técnico a orientou que tomasse cuidado, pois ela não deveria correr rápido demais." Prof. Betto (a) 2 (b) 3 (c) 4 (d) 5 (e) 6 3. Indique a alternativa que apresenta o termo destacado atuando como advérbio. (a) A grande massa aplaudiu a grande jogada de efeito do atleta. (b) As paredes externas daquele aparelho de empacotar nunca quebram porque, provavelmente, são moles. (c) O atleta totalmente ensanguentado foi até o final daquela partida decisiva para o campeonato. (d) O setor de metalurgia do sul do país trabalhou duro para conquistar o mercado externo. (e) O rapaz chegou atrasado ao compromisso com o advogado. 4. Assinale a alternativa em que se encontra destacado um advérbio. (a) Nós podemos compreender que a vitória fácil valorizou a bem merecida conquista do título. (b) Nós podemos compreender que a vitória fácil valorizou a bem merecida conquista do título. (c) Nós podemos compreender que a vitória fácil valorizou a bem merecida conquista do título. (d) Nós podemos compreender que a vitória fácil valorizou a bem merecida conquista do título. (e) Nós podemos compreender que a vitória fácil valorizou a bem merecida conquista do título. 5. Assinale a frase com maior número de advérbios. (a) Definitivamente, o Rui não é o atleta que se destaca fácil nas jogadas ofensivas. (b) As festas sempre acabam com muitas bebedeiras. (c) O rompimento da barreira que inundou toda a cidade teve grande responsabilidade na emigração das pessoas dos bairros carentes. (d) O flanco da equipe sofreu muito com as ofensivas da equipe adversária ontem. (e) O ontem frequentemente estabelece com precisão os rumos do amanhã. GABARITO DE ADVÉRBIO 1 B 2 D 3 D 4 D 5 A CONJUNÇÃO COORDENATIVAS 1. SOMA (ADIÇÃO): ocorre quando une duas orações simplesmente com uma ideia de acréscimo. Exemplos: Buscou o carro e leu o livro ontem. Ele não só trabalha muito, mas também estuda bastante. e, nem, também, não só ...mas também 2. OPOSIÇÃO (CONTRARIEDADE): ocorre quando a união das duas orações são marcadas pela oposição, ou seja, o nexo une duas ideias (característica ou circunstancialmente) contrárias. Exemplo: Toda a sua família é colorada, mas ele é gremista. mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, já, e 3. CONCLUSÃO (causa / consequência -na ordem direta) Exemplo: Preparou-se muito bem, portanto ganhou a corrida. portanto, por isso, por conseguinte, logo Observação: O POIS, deslocado, também é conclusivo. Exemplo: Estudei muito; estava, pois, bem tranquilo na hora da prova. 4. EXPLICAÇÃO (consequência / causa -na ordem direta) Exemplo: Ganhou a corrida, porque estava bem preparado. pois, porque, que, porquanto 5. ALTERNATIVO: só ocorre quando o conetivo apresenta uma ideia de exclusão, ou seja, se a primeira oração for verdadeira a segunda deverá ser necessariamente deverá ser falsa. Exemplo: Prepara-te logo ou não participarás do jogo. ou ...ou, ora ...ora, quer ...quer, seja .. seja SUBORDINATIVAS Os conetivos subordinativos apresentam uma função mais forte do que os coordenativos na união das orações. Isso faz com que os nexos subordinativos ganhem valor de significado no texto. Exemplos: 1. Comprei o livro e andei de carro. (e nexo coordenativo que apresenta apenas uma função de união das duas orações.) 2. Comprei o livro quando andava de carro. (quando nexo subordinativo que apresenta além da função de união das duas orações ainda confere uma ideia de tempo.) 1. CAUSAL: une as duas orações dando uma ideia de causa (consequência e causa) Exemplo: (como a EXPLICATIVA) pois, uma vez que, visto que, porque, que, porquanto, como, já que, 2. INTEGRANTE: une as duas orações dando uma ideia de simples soma porém subordinada Ex.: Renato perguntou se nós iríamos chegar cedo ao evento. que, se 3. COMPARATIVA: une as duas orações dando uma ideia de comparação. Ex.: Paulo é tão dedicado quanto tu. tão ... que, tão ... quanto 4. CONCESSIVA (= oposição subordinada): une duas orações, sendo que uma concede a outra o lugar de maior importância. Ex.: Não queria casar comigo, embora dissesse que me amava. embora, conquanto, posto que, apesar de, ainda que, a despeito de, não obstante. 5. CONDICIONAL (hipótese): une duas orações dando ideia de condição ou possibilidade. Ex.: Tomarei vinho, se esfriar. Se tiver cerveja na festa, eu participarei. se, desde que, caso, a menos que, a não ser que, contanto que, dado que, desde que, exceto se, no caso de, salvo se 6. CONFORMATIVA (modo): une duas orações conferindo uma ideia de conformidade estabelecida entre dois elementos. Ex.: Faça o serviço como puder. segundo, conforme, para, consoante 7. PROPORCIONAL: une duas orações dando uma ideia de proporcionalidade entre elas. Ex.: Quanto maior a angústia do ser humano, maior será a sua produtividade. à medida que[footnoteRef:6], quanto mais, à proporção que [6: A locução conjuntiva à medida que é uma conjunção subordinativas proporcional; portanto, tem o mesmo significado de à proporção que. Exemplo: À medida que o a inflação baixa, o país ganhava mais segurança. A segunda locução, na medida em que, se encaixa nas conjunções causais, tendo o sentido de "pelo motivo de que, uma vez que, já que": Exemplo: O sindicato, na medida em que autorizou a greve, passa a dividir a responsabilidade. ] 8. CONSECUTIVA: une duas orações dando uma ideia de consequência da oração principal. Ex.: De tal forma perturbou o ambiente que foi convidada a se retirar. tão ... que, tal ... que, tamanho ... que, tanto ... que 9. TEMPORAL: une duas orações dando uma ideia de tempo. Exs.: A polícia chegou, quando já não era mais preciso. Mal soou o sinal, os alunos entraram. quando, logo que, mal, só, sempre que, enquanto, apenas, antes que, assim que, desde que, até que, todas as vezes que, à medida que, ao passo que 10. FINAL: une duas orações dando uma ideia de finalidade ou objetivo. Ex.: Corri muito para alcançá-lo ontem. para que, a fim de que, para Exercícios Leia o texto abaixo e responda. "Todos sabemos que essa receita não tem nada de simples. A vida não tem regras Claras. O convívio com as perdas pode levar à depressão e ao desânimo." 1. O primeiro e o segundo períodos poderiam ser unidos em período composto por meio do emprego do nexo (a) porque. (b) por que (c) por quê (d) posto que. (e) conquanto. 2. “Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da 'maquiagem'. Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O que estava errado na prática da 'maquiagem', e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo.”; entre os três períodos desse parágrafo do texto, os conectores adequadamente empregados em lugar dos pontos seriam: (a) pois – no entanto; (b) já que – embora; (c) visto que – apesar de; (d) porque – pois; (e) então – já que. 3. “O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha”; “Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora”. Os gerúndios sublinhados transmitem, respectivamente, ideiasde: (a) modo e tempo; (b) tempo e causa; (c) causa e condição; (d) condição e meio; (e) meio e modo. 4. A ação benéfica do sol é um fato, mas, paradoxalmente, ele nunca foi tão perigoso. Isso por causa dos rombos na camada de ozônio. Localizada entre 25 e 35 quilômetros da superfície da Terra, ela filtra dois tipos de raios ultravioleta. Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, por penetrar em camadas mais profundas. A frase grifada acima introduz, no contexto, noção de (a) causa. (b) condição. (c) consequência. (d) finalidade. (e) temporalidade. As questões de números 5 até a 8 referem-se ao texto abaixo. 01. Aprender a falar um idioma estrangeiro consiste não apenas em 02. assimilar seus elementos, mas também em evitar a interferência 03. negativa da língua materna. Embora este tipo de interferência seja mais 04. evidente na pronúncia, também ocorre no plano gramatical, levando o 05. aluno a produzir frequentemente frases desestruturadas e 06. incompreensíveis. O próprio aluno normalmente sente que algo está 07. errado, mas a ideia que ele está tentando colocar está tão intimamente 08. associada à estrutura usada no português, que parece não haver outra 09. maneira. O estudo comparativo de dois idiomas leva à clara 10. identificação dessas diferenças entre eles e permite prever os erros bem 11. como procurar evitá-los antes de se tornarem hábitos. 12. Este trabalho é resultado de uma minuciosa análise dos erros mais 13. frequentemente observados no ensino de EFL (English as a Foreign 14. Language) a brasileiros. Muitos destes erros podem ser observados 15. mesmo em alunos que já alcançaram níveis avançados de fluência, e 16. resultam da falta de contato com a língua ou de um contato através de 17. instrutores que falam um inglês "aportuguesado". 18. __________ interferência negativa da língua materna, temos aquela 19. proveniente da generalização de regras do idioma estrangeiro; ou seja, 20. da não-observância de exceções. Alguns destes pontos também são 21. abordados neste trabalho. (adaptado) http://www.sk.com.br/sk-gram.html 5. Levando em conta a estrutura do texto e o sentido determinado pelo fluxo de informações em suas orações e parágrafos, qual a alternativa que melhor completa a lacuna da linha 18? (a) Além da (b) Apesar da (c) Por causa da (d) Em virtude da (e) Enquanto a 6. No primeiro período do texto ocorre o nexo mas também (l. 2) para ligar duas ideias que se relacionam com um sentido de (a) oposição (b) causa (c) tempo (d) soma (e) consequência 7. A oração subordinada levando o aluno a produzir frequentemente frases desestruturadas e incompreensíveis (l. 4 – 6) apresenta uma circunstância de (a) causa (b) tempo (c) consequência (d) proporção (e) conformidade 8. Os três parágrafos que compõem o texto poderiam ser ligados por nexos mantendo o sentido original de cada parágrafo. A alternativa que apresenta a sequência correta de ideias contidas em cada parágrafo do texto é (a) soma – consequência – causa (b) consequência – causa – soma (c) causa – consequência – soma (d) oposição – consequência – causa (e) soma – consequência – oposição 9. Leia o texto abaixo e responda. “Luiz Paulo Barreto informou, ainda, que a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho no mercado formal.” No trecho destacado, “ainda” pode ser substituído, mantendo o mesmo significado da prova original, por (a) porém. (b) apenas. (c) aliás. (d) conquanto. (e) também. Leia o texto abaixo e responda. 01. A história, a arqueologia, a história da arte e a restauração, bem como outras áreas 02. afins nos mostram o caminho percorrido pelo homem para realizar e representar suas 03. atividades, independentemente da finalidade inicial com que foram concebidas. Durante um 04. imenso período histórico o ser humano só pôde recorrer aos materiais naturais de seu 05. entorno. No entanto, a seleção de um material sintético como meio expressivo revela que 06. muito distantes estamos daquele homem pré-histórico que deixou a marca de sua 07. passagem pelas cavernas. 10. O nexo no entanto , na linha 05, estabelece relação de (a) causa. (b) consequência. (c) oposição. (d) explicação. (e) adição. 11. O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria. Nesse período, nota-se a presença da palavra SE três vezes. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, a correta classificação morfológica das três ocorrências dessa palavra. (a) Conjunção – conjunção – pronome. (b) Conjunção – pronome – pronome. (c) Preposição – advérbio – pronome. (d) Pronome – conjunção – conjunção. (e) Partícula apassivadora – conjunção – conjunção. 12. "Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade." A oração "como ela devia ter sido na realidade" é: (a) adverbial conformativa (b) adverbial proporcional (c) adjetiva (d) adverbial causal (e) adverbial consecutiva 13. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.", a segunda oração é: a) subordinada adverbial causal b) subordinada adverbial consecutiva c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada adverbial subjetiva 14. Assinale a alternativa em que a subordinada não traduza idéia de consequência, comparação, concessão e causa: a) Porquanto, não fosse um ancião convencional, enterrou-se de sobrecasaca e polainas. b) Desde que era um ancião convencional, enterrou-se de sobrecasaca e polainas. c) Ele era um ancião tão convencional que se enterrou de sobrecasaca e polainas. d) Ele era um ancião mais convencional do que o que se enterrou de sobrecasaca e polainas. e) Ele era um ancião convencional, na medida em que se enterrou de sobrecasaca e polaina. 15. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica idéia de: a) concessão b) lugar c) oposição d) consequência e) condição 16. A opção em que a oração subordinada pode ser considerada adverbial condicional é: a) Desde que o vi, me apaixonei. b) Desde que tenho muito trabalho hoje, não poderei sair. c) Permanecerei aqui, desde que você permaneça. d) Diga-me se a proposta lhe interessa. e) Falou sem que nos convencesse. 17. As orações subordinadas adverbiais assinaladas estão classificadas. Assinale a alternativa cuja classificação esteja errada: a) “Nunca chegará ao fim por mais depressa que ande.” (oração subordinada adverbial concessiva) b) “Era tal a serenidade da tarde que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.” (oração subordinada adverbial consecutiva). c) Mesmo que faça calor, não poderemos nadar. (oração subordinada adverbial concessiva) d) Ela era tão medrosa, que não saía de casa. (oração subordinada adverbial comparativa) e) Se tudo correr bem, levar-te-ei à Europa. (oração subordinada adverbial condicional) 18. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.", a segunda oração é: a) subordinada adverbial causal b) subordinada adverbial consecutiva c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada adverbial subjetiva 19. Assinale o período em que há oração subordinada adverbial consecutiva: a) Diz-se que você não estuda. . b) Falam que você não estuda. c) Fala-se tanto que você não estuda. d ) Comeu tanto que ficou doente e) Quando saíres, irei contigo. 20. Qual das orações subordinadas pode ser considerada adverbial causal? a) Mesmo que partas antes, precisarei do resultado das provas. b) Chegamos tão cedo, que o portão da faculdade ainda estava fechado. c)Já que possuo pouco dinheiro tomarei apenas um lanche. d) Opúblico aplaudia euforicamente para que o circense bisasse o número. e) Realizou os exercícios de acordo com as instruções. 21. No período - “E quanto mais andava mais tinha vontade”, ocorre ideia de proporção. Assinale a opção em que tal ideia NÃO ocorre: a) quanto mais leio este autor menos o entendo; b) choveu tanto, que não pudemos sair; c) à medida que corria o ano, o nosso trabalho era maior; d)quanto menos vontade, mais negligência; e) quanto mais se lê, mais se aprende. 22. Em: "O moço ficou tão emocionado que chorou", a segunda oração é subordinada adverbial: a) comparativa; b) proporcional; c) consecutiva; d) causal; e) temporal. 23. Em: “ Ele planejou tudo segundo combinamos”, a segunda oração é uma subordinada adverbial: a) final b) concessiva c) condicional d) conformativa e) temporal 24. A oração destacada no período: “ ... mesmo que eu juntasse, um por um, os cacos todos, nunca mais o espelho seria como antes.” Expressa um aspecto: a) temporal b) concessivo c) causal d) conformativo e) condicional 25. Assinale a alternativa CORRETA quanto à classificação da oração adverbial, destacada no período abaixo: “Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada forte a atravessava de ponta a ponta.” a) Subordinada adverbial causal b) Subordinada adverbial final c) Subordinada adverbial temporal d) Subordinada adverbial consecutiva e) Subordinada adverbial conformativa 26. Assinale a oração classificada corretamente. a) Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. (subordinada adverbial comparativa) b) Não serás bom advogado, sem que estudes muito. (subordinada adverbial consecutiva) c) Cumprirei minhas tarefas mesmo que a oposição critique. (subordinada adverbial concessiva) d) Quanto mais se tem, mais se deseja. (subordinada adverbial causal) e) Aproximei-me a fim de que pudesse ouvi-la. (subordinada adverbial proporcional) 27. Numa das frases abaixo, não se encontra exemplo da conjunção anunciada. Assinale-a: a) subordinativa concessiva -” Conquanto estivesse cansado, concordou em prosseguir”; b) subordinativa condicional - “Digam o que quiserem contanto que não me ofendam”; c) subordinativa temporal - “Mal anoiteceu, iniciou-se a festa com grande entusiasmo” ; d) subordinativa final - “Saiu sem que ninguém percebesse”; e) subordinativa causal - “Como estou doente, não comparecerei”. 28. As orações subordinadas adverbiais, exercem função de adjunto adverbial. Analise os períodos abaixo identificando a circunstância de cada um. Em seguida assinale a opção CORRETA: I. Só fui ter consciência disso, quando mais tarde percebi que poderia perder outro filho. II. A reação da mãe foi tamanha que procurou recuperar o tempo perdido. As orações em destaque são respectivamente: a) Subordinada adverbial temporal e conformativa. b) Subordinada adverbial causal e concessiva. c) Subordinada adverbial temporal e consecutiva. d) Subordinada adverbial causal e proporcional 29. "A reação do adversário foi tamanha que assustou o campeão". A oração em destaque é: a) subordinada adverbial causal; b) subordinada adverbial proporcional; c) subordinada adverbial consecutiva; d) subordinada adverbial concessiva; e) subordinada adverbial comparativa. 30. Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. A 2ªafirmativa introduz, em relação à 1ª , noção de: a) condição. b) temporalidade. c) consequência. d) finalidade. e) restrição. GABARITO DE CONJUNÇÃO 1 A 2 D 3 A 4 A 5 A 6 D 7 C 8 B 9 E 10 C 11 A 12 A 13 B 14 E 15 E 16 C 17 D 18 B 19 D 20 C 21 B 22 C 23 D 24 B 25 D 26 C 27 C 28 C 29 C 30 E NUMERAL É uma palavra que pode qualificar os seres em termos numéricos, ou seja, atribuir quantidade aos seres ou os situar em determinada sequência. Os numerais podem ser: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. 1. Os numerais cardinais indicam a quantidade exata de seres: zero, um, dois, quarenta, trezentos, milhão. Ex.: Meus dois amigos chegaram tarde. ( o numeral dois determina amigos) Na numeração de documentos oficiais (artigos de leis, decretos e portarias e outros documentos oficiais) usam-se numeral ordinal até o nono e o cardinal de dez em diante. Exs.: Observe o artigo 2o da lei. (lê-se artigo segundo) Veja o artigo 11 da constituição. (lê-se artigo onze) 2. Os numerais ordinais indicam a ordem dos seres numa determinada série: primeiro, quadragésima. Ex.: Este é o meu terceiro lápis este ano. ( o numeral terceiro determina lápis) 3. Os numerais multiplicativos indicam o aumento proporcional da quantidade: dobro,duplo, triplo, quádruplo. Ex.: A prova tem o dobro de erros da tua. ( o numeral dobro determina erros) 4. Os numerais fracionários indicam a diminuição proporcional da quantidade: meio, quarto, dois quinze avos. Ex.: Você comeu apenas meio bife? ( o numeral meio determina bife) VERBOS O verbo geralmente representa o núcleo da ação de uma dada frase. Conjugar um verbo significa flexioná-lo em modo, tempo, número e pessoa. Os verbos classificam-se em Verbos Regulares Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical. Ex.: cantar, correr, partir. Verbos Irregulares Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical. Ex.: fazer = faço, fazes; fiz, fizeste Verbos Anômalos Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes alterações no radical. Ex.: ser = sou, é, fui, era, serei. Verbos Defectivos Verbos defectivos são aqueles que não possuem conjugação completa. Ex. falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pessoa do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro. Verbos Abundantes Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar. Exemplos de verbos abundantes: Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular aceitar aceitado aceito acender acendido aceso entregar entregado entregue enxugar enxugado enxuto expulsar expulsado expulso imprimir imprimido impresso tingir tingido tinto Estrutura do Verbo Indicativo: exprime fatos concretos;usado em orações independentes Subjuntivo: registra possibilidade;usado em orações subordinadas;os verbos dependem de outros MODOS Imperativo: indica ordem, pedido Infinitivo: marca a indefinição temporal Infinitivo Impessoal Marca o nome do verbo. cantar correr partir INDICATIVO Presente do Indicativo[footnoteRef:7] [7: O Presente do Indicativo pode: a) indicar frequência.Exemplo: O sol nasce para todos. b) ser empregado no lugar do futuro. Exemplos: Amanhã vou ao teatro. (irei);Se continuam as indiretas,perco a paciência. (continuarem; perderei) c) ser empregado no lugar do pretérito (presente histórico) Exemplo: É 1939: alemães invadem o território polonês (era; invadiram)] O fato ocorre no momento em que se fala. canto corro parto cantas corres partes canta corre parte cantamos corremos partimos cantais correis partis cantam correm partem Pretérito Perfeito do Indicativo Mostra um fato já ocorrido e acabado. cantei corri parti cantaste correste partiste cantou correu partiu cantamos corremos partimos cantastes correstes partistes cantaram correram partiram Pretérito Perfeito do Indicativo (composto) Mostra um fato já ocorrido e contínuo. tenho cantado tenho corrido tenho partido tens cantado tens corrido tens partido tem cantado tem corrido tem partido temos cantado temos corrido temos partido tendes cantado tendes corrido tendes partidotêm cantado têm corrido têm partido Pretérito Imperfeito do Indicativo Revela um passado distante ou inacabado. cantava corria partia cantavas corrias partias cantava corria partia cantávamos corríamos partíamos cantáveis corríeis partias cantavam corriam partiam Pretérito + Q Perfeito do Indicativo Apresenta um passado de um passado. cantara correra partira cantaras correras partiras cantara correra partira cantáramos corrêramos partíramos cantáreis corrêreis partíreis cantaram correram partiram Pretérito + Q Perfeito do Indicativo (composto) Apresenta um passado de um passado. tinha cantado tinha corrido tinha partido tinhas cantado tinhas corrido tinhas partido tinha cantado tinha corrido tinha partido tínhamos cantado tínhamos corrido tínhamos partido tínheis cantado tínheis corrido tínheis partido tinham cantado tinham corrido tinham partido Futuro do Presente (Indicativo) Mostra um fato futuro vinculado a um presente. cantarei correrei partirei cantarás correrás partirás cantará correrá partirá cantaremos correremos partiremos cantareis correreis partireis cantarão correrão partirão Futuro do Pretérito (Indicativo) Mostra um fato futuro vinculado a um passado. cantaria correria partiria cantarias correrias partirias cantaria correria partiria cantaríamos correríamos partiríamos cantaríeis correríeis partiríeis cantariam correriam partiriam Atenção: As principais particularidades dos tempos verbais futuro do presente e o futuro do pretérito são: Futuro do presente e do pretérito · são os únicos tempos verbais que admitem mesóclise · na linguagem coloquial muitas vezes são substituídos por uma locução verbal para quebrar a formalidade Futuro do pretérito · na linguagem coloquial muitas vezes é substituído pelo pretérito imperfeito do indicativo · usado em situações de polidez, cortesia e educação · tempo verbal mais formal e muitas vezes indica "possibilidade" SUBJUNTIVO Presente do Subjuntivo Indica uma possibilidade do presente. cante corra parta cantes corras partas cante corra parta cantemos corramos partamos canteis corrais partais cantem corram partam Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Indica uma possibilidade de uma ação passada. cantasse corresse partisse cantasses corresses partisses cantasse corresse partisse cantássemos corrêssemos partíssemos cantásseis corrêsseis partísseis cantassem corressem partissem Futuro do Subjuntivo Indica uma que poderá ocorrer no futuro. cantar correr partir cantares correres partires cantar correr partir cantarmos corrermos partirmos cantardes correrdes partirdes cantarem correrem partirem IMPERATIVO Afirmativo -x- -x- -x- canta corre parte cante corra parta cantemos corramos partamos cantai correi parti cantem corram partam Negativo -x- -x- -x- cantes corras partas cante corra parta cantemos corramos partamos canteis corrais partais cantem corram partam Gerúndio Dá uma ideia de continuidade. cantando correndo partindo Particípio Registra uma ação acabada. cantado corrido partido Infinitivo Pessoal Apresenta um fato ou acontecimento indeterminado temporalmente. cantar correr partir cantares correres partires cantar correr partir cantarmos corrermos partirmos cantardes correrdes partirdes cantarem correrem partirem Exercícios Conjugue os verbos apresentados abaixo no espaço devido conforme a indicação de cada coluna[footnoteRef:8]. [8: Resposta do quadro de verbos apresentada nesta página. ] VIR Presente Indicativo QUERER Futuro Pretérito QUERER Imperfeito Indicativo INTERVIR Pretérito Perfeito VER Futuro Subjuntivo Leia o texto abaixo e responda. Consciente do que Ihe é efêmero o homem busca incansavelmente meios de prolongar a sua vida útil. Já sabemos que os progressos alcançados no campo da Medicina - em especial na área da Geriatria e Gerontologia - permitem a prevenção e a detecção precoce de inúmeras moléstias típicas da idade avançada. Novas terapias, técnicas cirúrgicas e medicamentos com maior precisão de cura, também contribuem para esse avanço. No entanto mais do que o tratamento adequado o que pressupõe o envelhecimento saudável é a manutenção das independências física, social e econômica. São esses os pré-requisitos que possibilitarão a preservação da liberdade do indivíduo na idade avançada. E assim como faz o tempo, a mais por meio da prática sistemática, dia após dia. Atividade física faz bem em qualquer fase da vida e a alimentação adequada também. A prática de meditação e o cuidado com a espiritualidade (independente de religião) não possuem contra-indicações. No nível profissional o caminho é encontrar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e financeira. E se a esse conjunto de práticas somar-se uma pitada de alegria, está dada a receita. Mas todos sabemos que essa receita não tem nada de simples. A vida não tem regras Claras. O convívio com as perdas pode levar à depressão e ao desânimo. As novas situações geram ansiedade perda da auto-estima e uma série de outros complicadores. Nesses momentos, a saída não é se isolar não se esquecer de que inúmeras pessoas estão vivenciando a mesma situação. Um caminho possível ao encontro delas. Um bate-papo em grupo pode resgatar a confiança perdida. Um baile no fim-de-semana pode mudar a vida de alguém. Porque a vida pode ser reinventada a cada minuto. E só dar asas à liberdade (e. de preferência, compatibilizá-la com alegria). Como ensina Montaigne. "a verdadeira liberdade é poder tudo sobre si". E como canta Gilberto Gil (um sessentão pra lá de jovem). "a alegria é a prova dos nove". 1. A flexão do verbo "saber" (último parágrafo – 1ª frase) I - Indica que a autora esta entre os que sabem que a receita não tem nada de simples. II - Demonstra que a linguagem do texto e informal. III – Deveria ser, obrigatoriamente, com a 3ª pessoa do plural. Qual(is) esta(ao) correta(s)? (a) Apenas a I. (b) Apenas a II. (c) Apenas a III. (d) Apenas a I e a II. (e) Apenas a II e a III. 2. “... quando vim de Mangaratiba para o Rio...” – o verbo deste seguimento aparece também na frase: (a) Se o vir, fale com ele. (b) Todos viram o que ele fez. (c) Quando o vimos, ele estava abatido. (d) Ficaremos tranquilos se o virmos com você. (e) Nós vimos aqui para rezar. 3. Se os verbos sublinhados da frase " Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo." fossem escritos no presente do indicativo, teríamos, respectivamente, as formas: (a) Víamos – vimos (c) Vemos – vamos (e) Vejamos – venhamos (b) Vemos – vimos (d) Vimos – vínhamos 4. Se os fatos narrados no trecho "O garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a resposta aparecerá na tela mais próxima" tivessem acontecido repetidas vezes no passado, o autor, ao referi-los, deveria usar as formas verbais (a) apertou – apareceu (c) apertava – aparecia (e) apertara – aparecera (b) aperta – aparece (d) apertaria – apareceria 5. Na frase "Um dia, as pessoas não precisarão ter livros e tudo que quiserem estará ao alcance delas" substituindo-se a expressão UM DIA pela palavra ANTIGAMENTE, os verbos deverão ser empregados nas formas (a) precisaram – quiseram – esteve (d) precisaram – quisessem – estivera (b) precisavam – queriam – estaria (e) precisavam – queriam – estava (c) precisariam – quisessem – estaria GABARITO DE VERBOS 1 - D 2 - E 3 - B 4 - C 5 - E PRONOME Pronome é uma palavra que substitui uma outra palavra a quem ela se refere. Muitas vezes é fundamental para a compreensão do texto que possamos precisar com clareza este processo de referência ocorrido no texto. Esta relação de referência entre pronome e o seu elemento referido é um dos recursos linguísticos responsáveis pela coesão do texto. Nocapítulo sobre conjunções, examinaremos a existência de palavras que exercem o papel de ligar apenas elementos constitutivos do texto capazes de cumprir também essa função coesiva, porém a conjunção liga blocos de ideias estabelecendo um processo lógico ou determinando o aspecto semântico. Além destes elementos responsáveis pela transição de um bloco de informações (uma oração, um período, um parágrafo), ocorre outro tipo de recurso linguístico responsável pela mesma atividade. Existem também os elementos responsáveis pela argumentatividade do texto que organizam a transição das informações através de orações, períodos e parágrafos. Veja no capítulo das conjunções os nexos responsáveis pelas transições semânticas (tanto de caráter coordenativo quanto subordinativo). Nos capítulos em que se trata do estudo dos pronomes, procuraremos nos centrar nas especificidades de cada um dos pronomes. Por isso, por hora, deixaremos de lado os outros recursos coesivos que podem ser apresentados no texto e voltaremos brevemente ao tópico do estudo pronominal para evidenciar o seu caráter de substituição no texto, ou seja, seu caráter de referenciação. Vejamos a frase: Pedro comprou flores para Ana. Ele jamais havia feito isso para aquela menina. Nesse parágrafo composto por dois períodos, encontramos: (no primeiro período) dois referentes, Pedro e Ana; e (no segundo período) três pronomes, Ele, isso e aquela. Repare que o referente – aquele a quem ele se refere – do pronome Ele é o substantivo Pedro, já o de aquela é Ana. Porém o referente do pronome isso é toda a ação verbal anterior, ou seja, é a própria oração anterior. Todos os seis tipos de pronomes (pronomes pessoais, relativos possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos) podem acompanhar o substantivo a quem ele se refere, ou podem representar o substantivo que está fora da oração em que ele se apresenta. No primeiro caso, o pronome será classificado como um pronome adjetivo; no segundo caso, pronome substantivo. Exemplos Aquele rapaz encontrou meu livro azul. Aquele, meu: pronomes adjetivos Nós não víamos isso há muito tempo. Nós, isso: pronomes substantivos Os pronomes se dividem em: Pessoal reto, oblíquo, de Tratamento Relativo que, quem, qual, onde, cujo, quando, quanto Possessivo meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa PRONOME Indefinido algo, alguém, fulano, nada, quem Demonstrativo este, esse, aquele, esta essa, aquela, isto isso, aquilo Interrogativo que, qual, quantos — Pronome Pessoal— 1. Pronome Pessoal Reto Indicam diretamente uma das três pessoas do discurso (singular ou plural) ou representam, quando na terceira pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa. eu, tu ele, ela, nós, vós eles, elas Todos os pronomes pessoais não admitem o uso de artigo ou qualquer outro determinante (numeral, adjetivo, pronome adjetivo), portanto a crase antes de pronomes pessoais será proibida. Geralmente funciona como sujeito. Aliás, os pronomes pessoais retos eu e tu só funcionam como sujeitos. Ex.: Eu encontrei a resposta ontem. Nós estaremos esperando a solução. Observação Normalmente os pronomes pessoais retos funcionam com caráter definido, mas algumas vezes ele pode ser utilizado com uma característica semântica indefinida. Ex.: As pessoas, Renato, devem valorizar a vida. Tu não podes se dar o direito de abortar um ser dentro de ti só porque ele não se encontra em condições de poder se defender. (Repare que o pronome tu equivale a qualquer pessoa no mundo) 2. Pronome Pessoal Oblíquo Também indicam uma das três pessoas do discurso (singular ou plural), porém de forma oblíqua, ou seja, assumindo função sintática de objeto. me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, o(s), a(s), lhe(s), nos, conosco, vos, convosco Observação1: O lhe é um pronome oblíquo que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a, ante, de, em ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Emprego do “o(s)”, “a(s)” e “lhe(s)” Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Indiretos O pronome o (lo, no) sempre atua como objeto direto. O pronome lhe sempre atua como objeto indireto. Há muito tempo não vejo meu pai, por isso quero convidá-lo para a festa. Gosto muito de meu pai mas não lhe obedecerei. Observações: 1) Os pronomes o, a, os, as podem assumir as formas lo, la, los, las nas seguintes situações: a) Quando vierem depois de verbos terminadas em r, s, z. Exemplos: Vou pegar o livro →Vou pegá-lo. Vimos o rapaz. →Vimo-lo. Mário faz as lições agora. → Mário fá-las agora. (Os dois últimos casos são típicos da língua escrita e o último não é uso corrente no Brasil.) b) Quando vierem depois da palavra eis e dos pronomes nos, vos. Exemplos: A prova do crime ? Ei-la. O motivo de sua fuga? O tempo no-lo dirá. 2) Os pronomes o, a, os, as podem assumir as formas no, na, nos, nas, quando vierem depois de verbos terminados em m, õe, ão. Exemplos: Pegaram o ladrão→Pegaram-no. Põe o livro aqui→Põe-no aqui. 3) Quando usados com a preposição com, os pronomes nós e vós assumem a forma conosco, convosco. Mas, se vierem acompanhados por um modificador como todos, mesmos, outros, próprios ou um numeral, não se modificam. Exemplos: Ela sairá conosco hoje. Ela sairá com nós todos hoje. Ela sairá com nós dois hoje. COLOCAÇÃO PRONOMINAL ( Principais t ermos atrativos: )1) PRÓCLISE: pronomes oblíquos antes do verbo. a) Nunca te vi antes ! b) Quem me viu chegar? c) Ele sempre nos repete os mesmos conselhos? d) Que Deus o abençoe, meu filho! e) Quando nos viu, saiu depressa. f) "Em se plantando, tudo dá." g) Este é o amigo do qual lhe falei. h) Alguém se lembra da regra citada ontem? g) Por se considerarem discriminados, protestaram. ( Só ocorre com : )2) MESÓCLISE: pronomes oblíquos no meio do verbo. a) Mais tarde, contar-lhe-ei a verdade. b) Calar-me-ia, se fosse necessário. 3) ÊNCLISE: pronomes oblíquos depois do verbo. a) Vou encontrá-lo amanhã cedo. b) Levantando-se da mesa, pôs-se a discursar. 4) LOCUÇÕES VERBAIS: a) Ele já nos havia avisado do acidente. b) Ele havia nos informado do acidente. c) Estou-me lembrando. d) Estou lembrando-me. 3. Pronome de Tratamento Os pronomes de tratamento são formas respeitosas tratar uma pessoa geralmente em situações de extrema formalidade. Pronome de tratamento Abreviatura Usado para Vossa Excelência V. Ex.a Presidente da República, Senadores da República, Ministro de Estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores, Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares, Desembargador da Justiça, curador, promotor Vossa Magnificência V. M. Reitores de Universidade Vossa Senhoria V. S.ª Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais Meritíssimo M. Juízes de Direito Vossa Santidade V. S. Papa Vossa Eminência Reverendíssima V. Em.ª Revm.ª Cardeais, arcebispos e bispos Vossa Reverendíssima V. Revmª Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral Para flexionar o pronome de tratamento, devemos levá-lo em consideração como se ele fosse você, ou seja, a terceira pessoa e concordarmos com o sexo. Ex.: Vossa Excelência está cansado? Observação Quanto ao emprego da referência direta ou indireta dos pronomes de tratamento. Emprega-se Sua na forma indireta, ou seja, ao se falar da autoridade. Ex.: Sua Excelência o Deputado Rui permitiu que ela entrasse aqui? Emprega-se Vossa na forma direta, ou seja, ao se falar com a própria autoridade. Ex.: Vossa Excelência permitiu que ela entrasse em sua sala. Exercício Leia o texto abaixo e responda a questão que segue. Pensamento Metropolitano Colonizadores ingleses no meio da selva, mantendo os costumes da metrópole - traje a rigor para o jantar e um bom claret com a lagartixa - enquanto os nativos em volta sucumbem à peste. É a imagem que me ocorre quandoouço ou leio analistas econômicos que desdenham, com superioridade colonial, qualquer tentativa dos nativos de escaparem das ortodoxias imperativas. A ortodoxia dos credores, pagar e não chiar senão não tem mais, e a da globalização com proveito só para um lado, que é abrir e entregar tudo, senão vai ter. A moral dominante, segundo a qual o calote e a desobediência a Washington são mais escandalosos do que a fome, é a dos ricos do mundo. Os que a encampam, aqui nas colônias, não são ingleses, mas cultivam os hábitos e o pensamento metropolitano e não conseguem ser e pensar de outro jeito. Está certo que é preciso resistir ao simplismo de achar que o Brasil pode abandonar completamente a engrenagem e seguir seu próprio romântico caminho, tudo com a gente e vamo lá. Mas o pensamento metropolitano não defende o bom senso, defende o bom-tom, o nosso conceito entre as nações finas. Luís Fernando Veríssimo 1. Na oração Os que a encampam, aqui nas colônias, aqui nas colônias, não são ingleses (2º parágrafo), o "a" refere-se a (a) desobediência. (b) engrenagem. (c) colônia. (d) moral dominante. (e) fome. Leia o texto abaixo e responda. Consciente do que Ihe é efêmero o homem busca incansavelmente meios de prolongar a sua vida útil. Já sabemos que os progressos alcançados no campo da Medicina - em especial na área da Geriatria e Gerontologia - permitem a prevenção e a detecção precoce de inúmeras moléstias típicas da idade avançada. Novas terapias técnicas cirúrgicas e medicamentos com maior precisão de cura também contribuem para esse avanço. 2. O pronome "Ihe" (1ª frase) tem como referente: (a) consciente (b) efêmero (c) homem (d) meios (e) vida Leia o texto abaixo e responda. Pilar das revoluções que transformaram o mundo a partir do século XVII, a liberdade é um dos bens mais preciosos de que dispomos. O poder de ir, e vir, agir e pensar é pressuposto básico para a manifestação da nossa essência. Não e por acaso que em qualquer sociedade, desde os mais remotos tempos, a forma mais usual de punição àqueles que comentem algum delito é a prisão. Mas, e quando a doença ou as perdas naturais do processo de envelhecimento nos priva da liberdade? Nas implicações naturais decorrentes do processo de envelhecimento estão previstas perdas gradativas de muitas de nossas principais capacidade. E isso é perceptível ainda muito cedo. Uma ginasta olímpica na faixa dos vinte e poucos anos já não realiza com a mesma destreza e desenvoltura os movimentos que praticava na adolescência. Um jogador de futebol, ao ultrapassar os 35 anos já se prepara para a aposentadoria. A visão de um sexagenário não tem a mesma definição dos primeiros anos da juventude. Consciente do que Ihe é efêmero o homem busca incansavelmente meios de prolongar a sua vida útil. Já sabemos que os progressos alcançados no campo da Medicina - em especial na área da Geriatria e Gerontologia - permitem a prevenção e a detecção precoce de inúmeras moléstias típicas da idade avançada. Novas terapias, técnicas cirúrgicas e medicamentos com maior precisão de cura, também contribuem para esse avanço. No entanto mais do que o tratamento adequado o que pressupõe o envelhecimento saudável é a manutenção das independências física, social e econômica. São esses os pré-requisitos que possibilitarão a preservação da liberdade do indivíduo na idade avançada. E. assim como faz o tempo, a mais por meio da prática sistemática, dia após dia. Atividade física faz bem em qualquer fase da vida alimentação adequada também. A prática de meditação e o cuidado com a espiritualidade (independente de religião) não possuem contra-indicações. No nível profissional, o caminho é encontrar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e financeira. E se a esse conjunto de práticas somar-se uma pitada de alegria, está dada a receita. Mas todos sabemos que essa receita não tem nada de simples. A vida não tem regras Claras. O convívio com as perdas pode levar à depressão e ao desanimo. As novas situações geram ansiedade perda da auto-estima e uma série de outros complicadores. Nesses momentos, a saída não é se isolar não se esquecer de que inúmeras pessoas estão vivenciando a mesma situação. Um caminho possível ao encontro delas. Um bate-papo em grupo pode resgatar a confiança perdida. Um baile no fim-de-semana pode mudar a vida de alguém. Porque a vida pode ser reinventada a cada minuto. E só dar asas à liberdade (e. de preferência, compatibilizá-la com alegria). Como ensina Montaigne. "a verdadeira liberdade é poder tudo sobre si". E como canta Gilberto Gil (um sessentão pra lá de jovem). "a alegria é a prova dos nove". 3. Sobre a colocação dos pronomes oblíquos átonos, são feitas as seguintes afirmações: I. Em “já se prepara" (2° parágrafo). o pronome poderia estar depois do verbo sem que isso causasse prejuízo ao que preceitua a norma culta. II. Em "do que lhe é efêmero" (3° parágrafo), o pronome está empregado corretamente, pois "que" atrai o pronome para antes do verbo. III. Em "não se isolar" (5° parágrafo). o pronome está empregado corretamente, pois "não" atrai o pronome para antes do verbo. Qual(is) esta(ao) correta(s)9 (a) Apenas a I. (b) Apenas a II (c) Apenas a III (d) Apenas a II e III (e) I, II e II — Pronome Relativo — que, quem, qual, como, onde, cujo, quando e quanto Exemplos: Esta é a casa que comprarei. Era a Ana quem estava lá na casa. Li o livro o qual me recomendaste. Não gostei do modo como ele falou. Conhecerei o lugar onde eu nasci. Este é moço cuja moto eu pintei. Cuide da infância quando preparamos a velhice. Aconteceu tudo quanto eu imaginava. O pronome relativo como equivale geralmente a pelo qual, através do qual. O pronome relativo quanto exige sempre como antecedente um pronome indefinido (tudo, todos, todas, tantos, tantas). O pronome relativo qual é o único que pode carregar consigo o artigo do referente, ou seja, a palavra a quem ele se refere, portanto só haverá crase antes do pronome relativo qual (salvo se houver uma palavra elíptica antes dos outros pronomes relativos). O pronome relativo onde só é usado adequadamente quando empregado em situações que designam lugar, espaço físico. A preposição e os pronomes relativos: Linguagem coloquial – sem preposições: O programa que assistimos não agradou. A música que mais gosto será reapresentada. O adversário que me refiro era melhor que o seu. Linguagem culta – com preposição O programa a que assistimos não agradou. A música de que mais gosto será reapresentada. O adversário a que me refiro era melhor do que o seu. O pronome cujo (e suas variações) liga dois substantivos, estabelecendo ideia de posse: Ex.: Aquele é o piloto cujo carro venceu ontem. (piloto = possuidor) (carro = posse) Observação: Não existe cujo o, nem cuja a. Exercícios 4. O único dos trechos abaixo que não contém exemplo de um que relativo é (a) "Manter sob controle as emoções que nos afligem." (b) "Gosto de emoções que vêm de forma súbita." (c) "Admiro decisões que permanecem por muito tempo." (d) “É claro que não devemos sentir." (e) "Vi roupas que foram moda nos anos sessenta. " 5. Conforme sua função no texto, a palavra "que" pode substituir uma palavra ou expressão anteriormente explicitada. Este é o caso de todas as ocorrências sublinhadas de "que", nas sequências abaixo, à exceção de (a) É assim que, na ficção e na publicidade, reina o videobucolismo, esse gênero de fantasia em que a grama não tem formiga, as cobras não têm veneno e as mulheres não têm vergonha. (b) E há também caminhonetes enormes, as tais "off-road", que se anunciam rodando sobre escarpas, pântanos e rochas cortantes. (c) É curiosa essa mesma fabricação imaginária que santifica a natureza contribui para agravar ainda mais a selvageria nas cidades. (d) Relógios de mergulhadores são ostentados por garotos que mal sabem ver as horas. (e) No coração desses dois homens, que se olham sem se ver através dessa estranha televisão que é o vidro de um carro, a cidade embrutecida é a pior de todas as selvas. 6. No período "Alguém fez, umavez, uma lista dos atos de comunicação que um homem qualquer realiza desde que se levanta pela manhã". A palavra em destaque poderia ser substituída por (a) os quais (b) cujos (c) onde (d) nos quais (e) a quem 7. O vocábulo grifado só NÃO é pronome relativo em: (a) ”... eu acharia muito mais simples dizer que as coisas essenciais são as necessárias.” (b) “... uma reação que se impõe.” (c) “É a mesma vergonha do artista que se pergunta...” (d) “...é o supérfluo, que resiste, mesmo na miséria...” (e) “Numa prisão onde a Gestapo interrogava, torturava e matava presos políticos na Polônia...” Leia o texto abaixo e responda. 01. A história, a arqueologia, a história da arte e a restauração, bem como outras áreas 02. afins nos mostram o caminho percorrido pelo homem para realizar e representar suas 03. atividades, independentemente da finalidade inicial com que foram concebidas. Durante um 04. imenso período histórico o ser humano só pôde recorrer aos materiais naturais de seu 05. entorno. No entanto, a seleção de um material sintético como meio expressivo revela que 06. muito distantes estamos daquele homem pré-histórico que deixou a marca de sua 07. passagem pelas cavernas. Hoje, em qualquer parte do planeta a atividade humana está 08. explorando outros confins do universo. 8. Analise os trechos abaixo. I. ... com que foram concebidas. (linha 03). II. ... revela que muito distantes estamos daquele homem pré-histórico... (linhas 05 e 06). III. ... que deixou a marca de sua passagem pelas cavernas. (linhas 06 e 07). Em qual(is) delas a palavra sublinhada não retoma um antecedente? (a) Apenas na I. (b) Apenas na II. (c) Apenas na III. (d) Apenas na I e na II. (e) Na I, na II e na III. — Pronome Possessivo — meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso(a), vosso(a) e todos os seus plurais O pronome possessivo é geralmente usado como um pronome adjetivo. Além de substituir uma outra palavra, ele ainda dá uma qualidade àquela palavra (a qualidade de posse). O uso de artigo antes de pronome possessivo é opcional, portanto a crase também passa a ser opcional antes do pronome possessivo – já que a crase nada mais é, na grande maioria dos casos, do que a combinação do artigo “a” com a preposição “a”. Exemplo: Entreguei o livro à minha amiga (ou "a minha amiga). Exercício 9. Assinale a alternativa em que o pronome possessivo foi usado incorretamente. (a) Vossa Senhoria trouxe seu discurso? (b) Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho. (c) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falará a fiéis de todas as partes. (d) Informamos que Vossa Excelência e seus auxiliares conseguiram muitas adesões. (e) Sua Excelência, o senhor Presidente, chegou cedo. — Pronome Indefinido — algo, alguém, algum, certa, cada, demais, fulano, nada, que, quem, qualquer, outro, muito, ninguém, outrem, pouco, todo, tudo, tanto , vários, etc. São usados para nos referirmos de modo vago ou impreciso à terceira pessoa do texto. Alguns pronomes indefinidos admitem artigos antes, mas outros não. Se você tiver dúvidas quanto ao emprego do artigo antes de um determinado pronome indefinido, basta tentar usá-lo como sujeito de uma frase. Exemplo: "A ____________________ é importante" ou "O ____________________ é importante" Demonstração: Alguém aceita o emprego do artigo? A alguém é importante. (INCORRETO) → Logo, a palavra "alguém" não admite artigo, nem crase. Outra aceita o emprego do artigo? A outra é importante. (CORRETO) → Logo, a palavra "outra" admite artigo e, se houver regência de uma preposição, crase. — Pronome Demonstrativo — 2 pessoas tempo referência 2 ou 3 elementos esse(s); essa(s); isso próximo do ouvinte intermediário refere-se a algo já citado (ANÁFORA) intermediário este(s); esta(s); isto próximo do falante próximo refere-se a algo não citado (CATÁFORA) refere-se ao mais próximo aquele(s); aquela(s); aquilo distante dos dois distante refere-se ao mais distante Os pronomes demonstrativos clássicos – esse(s), este(s), aquele(s), essa(s), esta(s), aquela(s), isso, isto e aquilo – não admitem a anteposição de artigo, portanto também não ocorrerá crase antes desses pronomes. Observação1 Pronomes demonstrativos a(s) e o(s) Ex.: É maravilhoso o que te espera. o ► equivale a aquilo Estudar muito, nunca mais o fizeste. o ► equivale a isso Observação2 As palavras tal, mesmo, próprio e semelhante também podem funcionar como pronomes demonstrativos. Exs.: Baixar os olhos, tal foi a sua ação. Nunca vi semelhante beleza na terra. Exercício Leia o texto abaixo e responda. Pilar das revoluções que transformaram o mundo a partir do século XVII, a liberdade é um dos bens mais preciosos de que dispomos. O poder de ir, e vir, agir e pensar e pressuposto básico para a manifestação da nossa essência. Não é por acaso que em qualquer sociedade, desde os mais remotos tempos, a forma mais usual de punição ___ que comentem algum delito e a prisão. Mas, e quando a doença ou as perdas naturais do processo de envelhecimento nos priva da liberdade? Nas implicações naturais decorrentes do processo de envelhecimento estão previstas perdas gradativas de muitas de nossas principais capacidade. E isso é perceptível ainda muito cedo. Uma ginasta olímpica na faixa dos vinte e poucos anos já não realiza com a mesma destreza e desenvoltura os movimentos que praticava na. ___. Um jogador de futebol, ao ultrapassar os 35 anos já se prepara para a aposentadoria. A visão de um sexagenário não tem a mesma definição dos primeiros anos da juventude. Consciente do que Ihe é efêmero o homem busca incansavelmente meios de prolongar a sua vida útil. Já sabemos que os progressos alcançados no campo da Medicina - em especial na área da Geriatria e Gerontologia - permitem a prevenção e a detecção precoce de inúmeras moléstias típicas da idade avançada. Novas terapias, técnicas cirúrgicas e medicamentos com maior precisão de cura também contribuem para esse avanço. No entanto mais do que o tratamento adequado o que pressupõe o envelhecimento saudável é a manutenção das independências física, social e econômica. São ____ os pré-requisitos que possibilitarão a preservação da liberdade do indivíduo na idade avançada. E. assim como faz o tempo, a mais por meio da prática sistemática, dia após dia. Atividade física faz bem em qualquer fase da vida alimentação adequada também. A prática de meditação e o cuidado com a espiritualidade (independente de religião) não possuem contra-indicações. No nível profissional o caminho é encontrar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e financeira. E se a esse conjunto de práticas somar-se uma pitada de alegria, está dada a receita. 10. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto. (a) aqueles - adolescência - estes (b) àqueles - adolessência - esses (c) àqueles – adolescência - esses (d) aqueles - adolescência - esses (e) àqueles – adolessência – estes 11. O pronome "isso" (2°parágrafo – 2ª frase) tem como referente (a) “A liberdade e um dos bens mais preciosos de que dispomos". (b) "perdas gradativas de muitas de nossas principais capacidades' (c) "perceptível ainda muito cedo” (d) a 3ª oração do parágrafo (e) a 4ª oração do parágrafo — Pronome Interrogativo — Os pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos (que, quem, qual e quanto) usados de forma interrogativa direta ou indireta. Exercícios 12. O segmento do texto que tem o antecedente do pronome relativo que ERRADAMENTE indicado é: (a) “Considerando a importância QUE o turismo tem para a cidade...” – importância; (b) “...o turismo tem para a cidade – QUE anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes...” – cidade; (c) “...são números QUE reforçam o alerta do Departamento de Estado...” – números; (d) “Impunidade é também a sensação QUE resulta do deficiente trabalho...” – impunidade; (e) “...seria o QUE não está acontecendo...” – o. GABARITO DO PRONOME 1 - D 2 - C 3 - D 4 - D 5 - A 6 - A 7 - A 8 - B 9 - B 10 - C 11 - B 12- D PREPOSIÇÃO Preposição é uma palavra que estabelece uma relação de dependência entre dois ou mais termos da oração. Portanto é sempre uma relação subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado ou individualizado. Esse processo de subordinação do qual a preposição faz parte une basicamente duas partes: (1) a primeira, chamada de termo antecedente que é o elemento que exige a presença da preposição – e por isso é denominado termo regente – e (2) a segunda, chamada de termo consequente que é o elemento regido, ou seja, aquele que cumpre o regime linguístico estabelecido pelo termo antecedente. As preposições regidas por verbos serão tratadas mais adiante no capítulo sobre regência verbal e os termos que são regidos por nomes (substantivos) serão devidamente avaliados no capítulo que trata sobre a regência nominal. As preposições são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem sobre, sob, trás 1. Preposição a: É a única preposição que pode combinar com o artigo a e com o a inicial do pronome demonstrativo aquele (e todas as suas variações) provocando o fenômeno da crase. Exemplos: Nós perguntamos tudo à professora. (à = combinação da preposição a regida pelo verbo perguntar + o artigo a da palavra professora) Ana chegou aqui graças à ambulância. (à = combinação da preposição a regida pelo substantivo graças + o artigo a da palavra ambulância) 2. Preposição até: A preposição até é a única que pode estar ao lado da preposição a. Isso faz com que seja opcional o registro da preposição a após a preposição até (tornando, muitas vezes, a sinalização da crase também opcional) Exemplos: Arrumei o carro e fui até a praia. (neste caso não há preposição após o até) Arrumei o carro e fui até à praia. (neste caso existe a preposição após o até) Já que a preposição a só pode ocorrer após a preposição até, as preposições perante e após jamais deverão ser acompanhadas da preposição a. Exemplos: O réu negou tudo perante ao juiz. (perante a é inadequado) O réu negou tudo perante o juiz. (perante o juiz é adequado) 3. Preposição contra: Na linguagem coloquial, muitas vezes a preposição contra é substituída pela preposição com mantendo o mesmo sentido de contra. É claro que esse uso desrespeita a norma culta. Exemplo: O Brasil irá jogar com a Argentina? (com aqui assumindo o sentido de contra) 4. Preposição de: A preposição de, quando utilizada junto com o verbo ter, assume o lugar da conjunção integrante que. Exemplo: O diretor teve de deixar o documento. (teve de = teve que) 6. Preposições com os pronomes pessoais: eu, tu, mim e ti Os pronomes pessoais do caso reto eu e tu não podem exercer a função de complemento das preposições no português. Neste caso, devem ser usadas as formas pessoais oblíquas tônicas mim e ti. Exemplos: Vamos examinar as diferenças teóricas entre eu e tu? (entre eu e tu é um uso inadequado) Vamos examinar as diferenças teóricas entre mim e ti? (entre mim e ti é um uso adequado) Mas, quando a preposição estiver iniciando orações subordinadas substantivas, os pronomes eu e tu podem assumir a função sintática de sujeito da oração substantiva, neste caso a presença do caso reto é requisitada pelo verbo da oração subordinada substantiva. Exemplos: A diferença entre mim e ti é grande. (entre mim e ti simplesmente complementa o substantivo diferença) A diferença entre eu e tu falarmos é grande. (entre eu e tu complementa o substantivo diferença e é sujeito do verbo falar) Exercícios 1. O segmento do texto cujo elemento destacado tem seu valor semântico incorretamente indicado é: (a) "EM oito anos..." = tempo; (b) "...visitantes DE outros estados..." = origem; (c) "...da economia DA cidade..." = propriedade; (d) "...não sabe lidar, POR falta de ação integrada..." = causa; (e) "...falar EM dinheiro mal aplicado..." = oposição. 2. Entre os segmentos abaixo, aquele cuja preposição destacada tem emprego inadequado por gerar ambiguidade é: (a) "Isso existe em todas as classes"; (b) "é comum a rejeição pelo filho, um estorvo"; (c) "há avós para cuidar de uma criança"; (d) "Para o pediatra Lauro Monteiro Filho"; (e) "a pobreza em nada influencia o gesto das mães". Leia o texto abaixo e responda as questão 3. 01. A rigor, o quadro atual, marcado pela presença do Poder Judiciário na arena pública, 02. não é novo. A novidade está em seu robustecimento, em sua profusão de cores e 03. contrastes. A constitucionalização deu ensejo a uma atuação ampla por parte do Poder 04. Judiciário e particularmente de sua corte suprema, o STF. Não é acidental que o STF seja 05. levado a se pronunciar sobre tantos assuntos e menos ainda que eles digam respeito a tão 06. ampla gama de temas. A Constituição de 1988 consagrou extenso rol de direitos, conferiu 07. condições que garantem status de poder ao Judiciário, ampliou o número de legitimados 08. com acesso direto ao STF. Ademais, a expressiva judicialização de questões políticas, 09. econômicas e sociais implicou a composição dos tribunais como arena de disputas políticas 10. e instância decisória final. Maria Tereza AinaSadek. O Estado de S.Paulo, 31/8/2008 (com adaptações) 3. Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue e marque (V) verdadeiro ou (F) falso ( ) Na linha 8, o emprego de preposição em "ao STF" justifica-se pela regência de "acesso". Leia o texto abaixo e responda a questão que segue. 01. Vimos informar que o plenário do Conselho Nacional de Justiça aprovou, por 02. unanimidade, em sessão plenária — depois de ampla consulta pública e de três anos de 03. trâmites —, o Código de Ética da Magistratura Nacional. Num texto sintético, o conjunto de 04. regras é dividido em 42 artigos, entre os quais o que dispõe:"Os preceitos do presente 05. Código complementam os deveres funcionais dos juízes que emanam da Constituição 06. Federal, do Estatuto da Magistratura e das demais disposições legais". Em breves 07. capítulos, o documento trata dos princípios fundamentais imprescindíveis para o exercício 08. da magistratura: independência, imparcialidade, transparência, integridade pessoal e 09. profissional, diligência e dedicação, cortesia, prudência e sigilo profissional, dignidade, 10. honra e decoro. Jornal do Brasil, Editorial, 30/8/2008 (com adaptações). 4. Acerca do texto acima, julgue o item a seguir marcando (V) verdadeiro ou (F) falso. ( ) Estaria gramaticalmente correta a substituição de "os quais" (l. 4) por cujos. Leia o texto abaixo e responda. 01. A imprensa internacional cobre a violência no Brasil de uma maneira tão sensacionalista que os 02. estrangeiros ficam com a impressão de que nossas ruas são muito mais perigosas do que elas 03. realmente são. Essa cobertura não apenas afugenta os turistas como também pinta uma imagem 04. falsa, do país e do mundo em geral. 05. Veja minha mãe, por exemplo. Ela já jurou que nunca virá me visitar, apesar de eu ter saído dos 06. Estados Unidos para morar no Rio há 21 anos. Como suas principais fontes de notícias sobre o Brasil 07. são os noticiários de TV, ela acredita que o Rio é habitado principalmente por traficantes e 08. sequestradores. Anos atrás ela viu uma reportagem sobre a morte de Daniela Perez. Parece incrível, 09. mas eu tive que explicar para minha mãe que não, não é comum atrizes de novela serem mortas 10. pelos galãs no Brasil. E recentemente tive que convencê-la de que era improvável que eu fosse vítima 11. de uma bala perdida parecida com a que matou a personagem Fernanda na novela Mulheres 12. Apaixonadas – episódio que serviu de gancho para reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro 13. em jornais na França e nos Estado Unidos. 14. A cobertura da imprensa de Primeiro Mundo sobre a violência no Brasil tende a ser 15. sensacionalista nãoapenas porque esse tipo de notícia vende, mas porque faz o público pensar que 16. vive no melhor dos mundos possíveis ironicamente, para mim, o Brasil preenche essa descrição muito 17. melhor que os Estados Unidos. Nunca fui vítima de um assalto de nenhum tipo na Cidade 18. Maravilhosa. Uma vez ladrões arrombaram meu apartamento no Rio quando eu estava viajando, mas 19. isso me ocorreu duas vezes em Nova Iorque, onde eu vivi apenas três anos, nos anos 70. 20. É claro que eu tomo precauções. Dirijo um carro barato, não uso joias e não fico passeando na 21. orla da zona sul à noite. Como não me sinto em perigo e não quero propagar falsas impressões, eu, 22. como jornalista, não escrevo histórias sobre a violência urbana brasileira nas crônicas que escrevo 23. para revistas e jornais brasileiros. Afinal de contas, eu venho de um país que também tem cultura 24. violenta. Se é verdade que o Brasil tem uma cota de violência maior do que seria razoável, pelo 25. menos não estamos acuados por garotos de 11 anos que massacraram seus colegas de escola ou 26. por assassinos adolescentes escondidos em picapes, que matam desconhecidos usando rifles de 27. longo alcance. A alienação social e a pobreza de espírito que uma pessoa precisa ter para cometer 28. esse tipo de assassinato aleatório e insensível são produtos mais da cultura americana. Naquela 29. cultura individualista e competitiva, a maioria dos jovens, sob tremenda pressão para vencer, deixa a 30. casa dos pais logo depois do colegial, uma ruptura que os deixa alienados. 31. O Brasil ainda não se parece coma sociedade americana porque os brasileiros valorizam a 32. família, sua instituição cultural mais importante. Os pais mimam as crianças, em vez de negligenciá- 33. las. E não as encorajam a deixar o lar tão rapidamente. Eu mesmo deixei a casa dos meus pais aos 34. 18 anos para cursar faculdade. Mas na família que eu ajudei a criar, à moda brasileira, o filho de 23 35. anos da minha mulher, como os da maioria dos brasileiros, são parte da rede social que me faz sentir 36. sortudo por viver aqui. É por esse tipo de característica da cultura brasileira que, embora não viva no 37. melhor dos mundos possíveis, ainda o considero muito melhor do que o mundo de onde eu vim. (KEPP, M., Superintenressante, out. de 2003. Texto adaptado.) 5. Considere os seguintes empregos da preposição de ou de suas combinações no texto acima. I – de (linha 02) II – de (linha 10) III – da (linha 28) Em quais dos casos acima a preposição é exigida por uma forma verbal? (a) Apenas em I. (b) Apenas em II. (c) Apenas em III. (d) Apenas em I e II. (e) Apenas em II e III. GABARITO DE PREPOSIÇÃO 1 E 2 B 3 V 4 F 5 B INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra que expressa emoções, sentimentos ou pensamentos súbitos. Trata-se de um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: Ah, como eu queria voltar a ser criança! ...[ah: expressão de um estado emotivo = interjeição] Hum! Esse cuscuz estava maravilhoso! ...[hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição] As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de palavra-frase, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Bravo! Bravo! Bis! ...[bravo e bis: interjeição] ...[sentença [sugestão]: "Foi muito bom! Repitam!"] CONCORDÂNCIA NOMINAL É o processo de adaptação que considera as flexões de gênero e número do adjetivo, do artigo, do numeral e do pronome em relação ao substantivo a que eles estão ligados. Os meus dois amigos colorados sumiram. Repare que todos os quatro adjuntos adnominais (artigo, adjetivo, numeral e pronome adjetivo) concordam com o núcleo (o substantivo amigos). Esses determinantes, portanto, sempre flexionarão em gênero e número para se adaptarem ao substantivo a que eles estão vinculados. Regra Geral As palavras que se referem ao substantivo devem concordar com ele em: · Gênero: masculino e feminino · Número: singular e plural Casos Especiais Há, na língua portuguesa, casos de concordância que respeitam normas distintas do princípio básico da concordância. Enumeraremos, a seguir, um total de 10 casos especiais de concordância nominal. Os três primeiros casos ocorrem quando o adjetivo estiver posposto aos substantivos. Regra 1 Quando o adjetivo exercer função de adjunto adnominal e estiver se relacionando com mais de um substantivo. Existem cinco possibilidades: a) Substantivos de mesmo gênero Concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Exs.: Casa e moto linda compraste. Casa e moto lindas compraste. b) Substantivos de gêneros diferentes Concorda com o mais próximo ou vai para o plural masculino. · Ir para o masculino plural. Ex: O carro e a moto usados são teus? A irmã e o pai preocupados viajaram. · Concordar com o mais próximo. Ex: Tinha o cabelo e a unha pintada. Tinha a unha e o cabelo pintado. c) Substantivos de gêneros e números diferentes Concorda com o mais próximo ou vai para o plural masculino. Exs.: Vi a fé e os anseios gaúchos. Vi os anseios e a fé gaúcha. Vi os anseios e a fé gaúchos. Os dois casos a seguir ocorrem quando o adjetivo estiver anteposto aos substantivos. d) Substantivos quaisquer Concorda obrigatoriamente como mais próximo. Exs.: Avistamos belos montes e escarpas. Avistamos belas escarpas e montes. e) Substantivos nomes próprios Obrigatoriamente irá para o plural quando estiver se tratando de nomes próprios ou substantivos que indiquem pessoas. Exs.: Li os grandes Quintana e Vinícius. O juiz expulsou os atletas Rui e Nei. Negociei com as calmas irmã e prima de Natália. Regra 2 Quando o adjetivo exercer função de predicativo do sujeito ou predicativo do objeto e estiver se relacionando com mais de um substantivo. Existem duas possibilidades: a) Adjetivo posposto aos substantivos Neste caso o adjetivo irá obrigatoriamente para o plural. Exs.: O carro e a moto estão novos. A moto e o carro estão novos. (novos = predicativo do sujeito) Encontrei o carro e a moto furtados. Encontrei a moto e o carro furtados. (furtados = predicativo do objeto) b) Adjetivo anteposto aos substantivos Neste caso o adjetivo concordará com o mais próximo ou irá para o plural. Exs.: Está novo o carro e a moto. Estão novos a moto e o carro. (novo e novos = predicativo do sujeito) Encontrei furtada a moto e o carro. Encontrei furtados a moto e o carro. (furtada e furtados = predicativo do objeto) Regra 3 Quando o adjetivo estiver concordando com numerais ordinais, ocorreram quatro possibilidades. a) Numerais empregados com artigo, o substantivo poderá ficar no singular ou irá para o plural. Exs: O segundo e o terceiro andar serão pintados. O segundo e o terceiro andares serão pintados. b) Não havendo repetição do artigo, o substantivo irá para o plural. Ex: A quarta e quinta fileiras são maiores. c) Se estiver anteposto aos numerais, o adjetivo irá para o plural. Ex: As nossas séries primeira e segunda necessitam de maior atenção. d) Junto à expressão meio-dia o numeral fracionário meio modernamente no Brasil deixou de flexionar com o substantivo elíptico hora e permanece no masculino. Exs.: Ele chegou meio-dia e meia (hora). (meia - forma mais usada em Portugal) Ele chegou meio-dia e meio. (meio - forma mais usada no Brasil) Regra 4 Os adjetivos especiais mesmo, próprio, quite, leso, incluso, anexo, obrigado devem concordar sempre com o nome a quem se referem. Ex: Os alunos mesmosfizeram a festa. Elas próprias elaboraram o plano. Recebemos inclusos todos os documentos. Anexa à carta, segue a foto da moça. As meninas disseram muito obrigadas. Estamos quites com o serviço militar. Observação: o adjetivo anexo, quando acompanhado da preposição em não deverá flexionar. Ex.: Os dados seguem em anexo ao fax. Regra 5 Palavras que ora são adjetivos ora advérbios flexionam quando assumem papel de adjetivo; mas, quando são advérbios, permanecem sem flexão. Essas palavras são: meio, caro, bastante, barato, só, muito, pouco. Exs.: Gritamos bastante nos jogos. A atleta esta meio cansada. Dietas só beneficiam os médicos. (bastante, meio, caro e só = advérbios) O atleta jogou bastantes jogos. Ele bebeu meia cerveja. As dúvidas nunca vêm sós. (bastantes, meia, caras e sós = adjetivos) Regra 6 Quando houver um substantivo acompanhado de dois adjetivos, existem três possibilidades de concordância. a) Substantivo no plural acompanhado ou não de determinante no plural: Exs.: Pesquiso as culturas tupi e aimoré. Pesquiso culturas tupi e aimoré. b) Substantivo no singular acompanhado ou não de determinante no singular: Exs.: Pesquiso a cultura tupi e aimoré. Pesquiso cultura tupi e aimoré. c) Substantivo e o último adjetivo acompanhados de determinante no singular: Ex.: Pesquiso a cultura tupi e a aimoré. Regra 7 Quando o adjetivo for um predicativo de sujeito simples do tipo bom,proibido, necessário, gostoso, duas possibilidades de concordância são recomendadas. a) Sujeito sem determinante exige adjetivo invariável. Exs.: Cerveja é gostoso. Pesquisa é bom para mim. É proibido entrada. b) Sujeito com determinante exige adjetivo flexionado. Exs.: A cerveja é gostosa. Minha pesquisa é boa para mim. É proibida a entrada. Regra 8 Algumas palavras são sempre invariáveis: pseudo, alerta, monstro, menos. Exs.: Descobrimos os pseudo-inquéritos. Elas estavam sempre alerta. Antes ocorriam comícios monstro. Ela está menos agitada hoje. Regra 9 Quando o adjetivo for cor, existem quatro possibilidades: a) Se a cor for um simples adjetivo, a flexão é total (número e gênero) Exs.: Marco Aurélio tem ternos azuis. Ana vendeu dois carros brancos. b) Se a cor for um substantivo, permanecerá invariável. Exs.: Marco Aurélio tem ternos cinza. Ana vendeu dois carros creme. c) Se a cor for um substantivo composto, flexionará apenas o último elemento. Exs.: Beatriz tem olhos verde-claros. Gosto de tons azul-escuros. d) Se a cor for um substantivo composto, com o último elemento substantivo, nesse caso não flexionará. Exs.: Seus carros são vermelho-sangue? Gostei dos modelos verde-limão. Exceções: a) azul-marinho e azul-celeste não flexiona nenhum elemento. Ex.: Rute tem olhos azul-celeste. b) surdo-mudo flexionam os dois elementos. Ex.: As crianças surdas-mudas chegaram. Regra 10 Concordância com os adjetivos compostos: apenas o segundo elemento do adjetivo composto flexiona. Exs.: Assisti a lutas greco-romanas. Comprei luvas médico-cirúrgicas. Exercícios 1. Preencha as lacunas do texto abaixo com base nas alternativas propostas. No princípio, estávamos _______ temerosas, mas depois recebemos _______ encomendas de ______ cidade, por isso ficamos muito _______ a todos que nos prestigiaram. (a) meio – bastante – toda – obrigadas (b) meias – bastantes – toda a – obrigado (c) meio – bastantes – toda a – obrigadas (d) meia – bastante – toda – obrigada (e) meia – bastante – toda a – obrigadas 2. Todas as concordâncias nominais estão corretas, exceto em (a) Seguem anexas as notas promissórias. (b) Escolhemos má hora e lugar para a festa. (c) A justiça declarou culpados o réu e a ré. (d) A moça usava uma blusa verde-clara. (e) Estou quites com meus compromissos. 3. Marque a alternativa cuja sequência preencha adequadamente as lacunas do seguinte período: Nós _______ socorremos o rapaz e a moça _______. (a) mesmos – bastante machucados. (b) mesmo – bastantes machucados. (c) mesmos – bastantes machucados. (d) mesmo – bastante machucada. (e) mesmos – bastante machucado. 4. A concordância nominal está incorreta em: (a) O anel contém dois gramas de ouro. (b) Ficou claro, na reunião, a necessidade de mudar os estatutos do clube. (c) O tratamento será à base de raios infravermelhos. (d) Anexa remetemos a documentação solicitada. (e) A menina tem olhos verde-claros 5. Agora, destaque a opção em que há erro de concordância nominal. (a) Os alunos ficaram bastante felizes com a atitude do professor. (b) Mais hora, menos hora, sabíamos que isso iria acontecer. (c) “Muito obrigado”, disse a senhora. (d) Estou meio cansada. (e) É absolutamente fundamental este ano a conquista. 6. Destaque a alternativa com erro de concordância nominal: (a) O jovem atleta tinha extraordinárias criatividade e talento. (b) Preciso, com urgência, que você analise os documentos anexos. (c) Houve bastantes questões sem resposta na prova. (d) A entrada é proibida. (e) Os atletas estão com suas aparências meio sisudas. GABARITO DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 1 C 2 E 3 A 4 B 5 C 6 A CONCORDÂNCIA VERBAL O sujeito de uma oração exerce todo o seu poder hierarquicamente superior exigindo que o verbo se adapte à estrutura do próprio sujeito. As formas de adaptação do verbo são o objeto de estudo da chamada concordância verbal. A concordância nominal procura colocar em harmonia nomes e determinantes. Já a concordância verbal, também obrigatória na língua portuguesa, busca a harmonia entre o verbo e o seu sujeito, ou seja, o verbo deve se flexionar de acordo como sujeito que o comanda. Para ser corretamente estabelecida a concordância entre o sujeito e o seu verbo, basta observar as regras abaixo. Regra1 Sujeito simples O verbo sempre concorda com o núcleo do sujeito simples. Exs.: A menina falou sobre nós. Cresciam as flores no campo. O núcleo dos sujeitos comanda sempre o verbo. A empresa de produtos e equipamentos eletrônicos para crianças deficientes auxilia a educação nas escolas especiais. Regra 2 Sujeito Composto Sujeito composto caracteriza-se por apresentar dois ou mais núcleos. Com o sujeito composto, duas possibilidades de concordância se apresentam: a) Sujeito anteposto ao verbo exige a flexão do verbo: Exemplo:Renato e Artur compram a empresa. b) Sujeito posposto ao verbo admite o verbo no singular ou no plural[footnoteRef:9]: [9: Essa concepção não é aceita pela totalidade dos gramáticos.] Exemplos:Viram o esconderijo Rui e seu amigo. Viu o esconderijo Rui e seu amigo. c) Se o verbo indicar uma ação recíproca, independentemente de sua posição, ele irá para o plural: Exemplo: Nunca se entendiam o Rui e a Ana. Regra 3 Substantivo coletivo O verbo ficará sempre na terceira pessoa do singular. Exemplos: O bando fugiu ontem. A boiada disparou sem rumo. Observação: Quando o coletivo vier seguido de um adjunto adnominal no plural, o verbo poderá ficar no singular ou irá para o plural. Exemplos: O bando de bandidos fugiu ontem. O bando de bandidos fugiram ontem. Regra 4 Verbos impessoais Os verbos impessoais nunca flexionam o verbo em uma frase. a) Haver (existir, ocorrer) Exemplo: Lá havia muitas pessoas na festa. b) Fazer (indicando tempo) Ex.: Faz dois anos que te conheço. c)Ser e Estar(no sentido de tempo e temperatura) Exemplos: Agora é tarde demais. Eram dez horas da manhã[footnoteRef:10]. [10: Quando se trata de número de horas, os verbos "ser" e "estar" concordam com número de horas.] É 15 de maio hoje? d) Verbos de fenômenos meteorológicos Exemplo :Nevou nos últimos natais. Observação: As locuções com verbos impessoais impessoalizam todos os verbos. Exemplos: Deve haver bons atletas nesta equipe. Amanhã vai fazer três anos que te beijei. Regra 5 Voz passiva sintética Para ser voz passiva sintética, ou passivapronominal, deverá ter o sujeito como nos exemplos abaixo. Exemplos: Aluga-se casa. (casa sujeito da voz passiva) Alugam-se casas. (casas é o sujeito da voz passiva) Regra 6 Índice de Indeterminação de Sujeito Se o sujeito está indeterminado, o verbo não poderá flexionar. O se ligado ao verbo é chamado de Índice de Indeterminação de Sujeito. Exemplos: Precisa-se de nova chance. (de nova chance é objeto indireto) Precisa-se de novas chances. (de novas chances é objeto indireto) Regra 7 Expressões especiais 1. Expressões partitivas Sujeito representado por expressões partitivas admitem dupla concordância – o verbo poderá concordar com o núcleo da expressão ou poderá concordar com o substantivo. São exemplos de expressões partitivas que estão inseridas nessa regra: · a maioria de; · a maior parte de; · a metade de; · grande parte de Exs.: A maior parte dos alunos estudam. A maior parte dos alunos estuda. 2. Expressões cerca de, perto de Sujeito representado por expressões aproximativas solicitam a concordância do verbo com o substantivo determinado por essas expressões. São expressões aproximativas: cerca de, perto de. Exs.: Cerca de doze pessoas morreram. Perto de mil pessoas voltaram. Regra 8 Substantivos próprios no plural Sujeito representado por substantivo próprio no plural depende do emprego do determinante anteposto ao substantivo. Três possibilidades ocorrem. a) Sem determinante ou com determinante no singular, o verbo não flexiona: Exemplos: O Estados Unidos importa maçã. Esse Amazonas encanta qualquer um. Minas Gerais implantou o projeto. b) Com determinante no plural, o verbo irá para o plural: Exemplos: Os Estados Unidos importam maçã. Os Titãs irão se apresentar hoje? Os Andes ficam na América do Sul c) Seguidos do verbo ser, o verbo ser permanecerá no singular se o predicativo estiver também no singular: Exemplo:Os Sertões é uma obra-prima da literatura. Regra 9 Pronomes Relativos que e quem Nas orações adjetivas iniciadas com os pronomes relativos que e quem a concordância segue a seguinte orientação: a) Com o pronome que o verbo concorda com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu que vi a festa de comemoração. Foste tu que viste a festa de comemoração. Fomos nós que vimos a festa de comemoração. Foram eles que viram a festa de comemoração. b) Com o pronome quem o verbo irá para a terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente. Exemplos: Fui eu quem vi a prova do crime. (adequada) Fui eu quem viu a prova do crime. (adequada) Fomos nós quem vimos a prova do crime. (adequada) Fomos nós quem viu a prova do crime. (adequada) Regra 10 Sujeito oracional Se o sujeito for oracional, o verbo permanecerá no singular, mesmo que seja um sujeito composto. Exs.: Estudar ajuda a aprovação. Estudar e descansar ajuda a aprovação Ler livros de autores consagrados melhora a nossa cultura. Observação: Se o verbo for substantivado por um determinante, não se estará tratando de sujeito oracional. Exs.: O estudar e o descansar ajudam. O ler livros e o fazer resumos melhoram nossa aprendizagem. Regra 11 Verbos: dar, bater e soar Quando os verbos dar, bater e soar forem empregados em referência a horas, eles concordarão com o numeral que indica a hora. Exs.: Dava meio-dia no meu relógio. Soaram sete horas na igreja central. Observação: É claro que, se o texto oferecer um sujeito para esses verbos (dar, bater e soar), o verbo concordará com o sujeito do texto. Exs.: Os relógios davam meio-dia. O relógio da sala soava sete horas. Exercícios Leia o texto abaixo e responda. Pilar das revoluções que transformaram o mundo a partir do século XVII, a liberdade é um dos bens mais preciosos de que dispomos. O poder de ir, e vir, agir e pensar é pressuposto básico para a manifestação da nossa essência. Não e por acaso que em qualquer sociedade, desde os mais remotos tempos, a forma mais usual de punição àqueles que comentem algum delito é a prisão. Mas, e quando a doença ou as perdas naturais do processo de envelhecimento nos priva da liberdade? Nas implicações naturais decorrentes do processo de envelhecimento estão previstas perdas gradativas de muitas de nossas principais capacidade. E isso é perceptível ainda muito cedo. Uma ginasta olímpica na faixa dos vinte e poucos anos já não realiza com a mesma destreza e desenvoltura os movimentos que praticava na adolescência. Um jogador de futebol, ao ultrapassar os 35 anos já se prepara para a aposentadoria. A visão de um sexagenário não tem a mesma definição dos primeiros anos da juventude. Consciente do que Ihe é efêmero o homem busca incansavelmente meios de prolongar a sua vida útil. Já sabemos que os progressos alcançados no campo da Medicina - em especial na área da Geriatria e Gerontologia - permitem a prevenção e a detecção precoce de inúmeras moléstias típicas da idade avançada. Novas terapias, técnicas cirúrgicas e medicamentos com maior precisão de cura, também contribuem para esse avanço. No entanto mais do que o tratamento adequado o que pressupõe o envelhecimento saudável é a manutenção das independências física, social e econômica. São esses os pré-requisitos que possibilitarão a preservação da liberdade do indivíduo na idade avançada. E. assim como faz o tempo, a mais por meio da prática sistemática, dia após dia. Atividade física faz bem em qualquer fase da vida alimentação adequada também. A prática de meditação e o cuidado com a espiritualidade (independente de religião) não possuem contra-indicações. No nível profissional o caminho é encontrar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e financeira. E se a esse conjunto de práticas somar-se uma pitada de alegria, está dada a receita. Mas todos sabemos que essa receita não tem nada de simples. A vida não tem regras Claras. O convívio com as perdas pode levar à depressão e ao desânimo. As novas situações geram ansiedade perda da auto-estima e uma série de outros complicadores. Nesses momentos, a saída não é se isolar não se esquecer de que inúmeras pessoas estão vivenciando a mesma situação. Um caminho possível ao encontro delas. Um bate-papo em grupo pode resgatar a confiança perdida. Um baile no fim-de-semana pode mudar a vida de alguém. Porque a vida pode ser reinventada a cada minuto. E só dar asas à liberdade (e. de preferência, compatibilizá-la com alegria). Como ensina Montaigne. "a verdadeira liberdade é poder tudo sobre si". E como canta Gilberto Gil (um sessentão pra lá de jovem). "a alegria é a prova dos nove". 1. Qual das modificações sugeridas abaixo e necessária para adequar o verbo as regras de concordância da norma culta? (a) Passar o verbo "transformar" (1° parágrafo) para a 3" pessoa do singular. (b) Passar o verbo "privar" (1° parágrafo) para a 3ª pessoa do plural. (c) Passar o verbo "realizar" (2° parágrafo) para a 3ª pessoa do plural. (d) Passar o verbo "possuir" (4° parágrafo) para a 3ª pessoa do singular (e) Acrescentar acento circunflexo na segunda ocorrência de "tem" no 5° parágrafo. Leia o texto abaixo e responda. 01. A história, a arqueologia, a história da arte e a restauração, bem como outras áreas 02. afins nos mostram o caminho percorrido pelo homem para realizar e representar suas 03. atividades, independentemente da finalidade inicial com que foram concebidas. 2. Se passarmos o substantivo atividades (linha 03) para o singular, quantas outras modificações serão necessárias na frase para ajustes de concordância? (a) Uma. (b) Duas. (c) Três. (d) Quatro. (e) Cinco. 3. Destaque a alternativa com erro de concordância verbal: (a) Mais de um jornal divulgou a lista dos envolvidos no escândalo. (b) Alagoas é um dos estados do nordeste brasileiro. (c) Bateu três horas no relógio da estação. (d) A maior parte das pousadas ficam na beira da praia. (e) O relógio da matriz bateu duas horas. 4. As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na seguinte frase: (a) Qual, exatamente, os índicesde culpa que tem a juventude, ninguém sabe ainda. (b) A violência das gangues juvenis assumiram hoje uma intensidade muito maior do que apresentava as de ontem. (c) Ficaram mais difíceis coibir as violências, incentivadas em todas as telas. (d) A perda da coesão e de aglutinação das famílias vêm constituindo um fator de desintegração social. (e) Quaisquer que sejam os fatores responsáveis, a violência que entre os jovens se propagou já atingiu um nível insuportável. 5. O item em que a passagem para o plural do segmento inicial traz um ERRO gramatical é: (a) Cobra-se, agora, o compromisso” – cobram-se, agora, os compromissos; (b) “Sabiamente, esse conceito evoluiu” – sabiamente, esses conceitos evoluíram; (c) “Não poderia haver reivindicação mais justa” – não poderiam haver reivindicações mais justas; (d) “faça como eu, use” – façam como eu, usem; (e) “a responsabilidade de pais e professores continua sendo intransferível” – as responsabilidades de pais e professores continuam sendo intransferíveis. 6. (FCC). A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase: (a) No fim dos anos 80, ocorreram o bombardeio de informações sobre os efeitos nocivos dos raios ultravioleta, que levaram os frequentadores das praias a cuidar mais de sua saúde. (b) Um dermatologista americano criou uma escala com seis variações comuns de pele, os chamados fototipos, sistema usado para determinar os cuidados que cada pessoa deve ter ao se expor ao sol. (c) É bastante agradável os dias ensolarados, que permite a todas as pessoas aproveitar a praia, a beleza do mar, as ondas e a companhia dos amigos, além de adquirir uma bela cor bronzeada. (d) Uma das mais inovadoras linhas de pesquisa é as que investigam o papel da vitamina D na prevenção de doenças, e estão em andamento uma centena de estudos sobre esse tema. (e) Pessoas mais velhas, que tende a sair menos de casa, assim como os habitantes dos países do hemisfério norte, menos ensolarados, é mais suscetível à falta de vitamina D porque não se expõe ao sol habitualmente. 7. ... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ... (3o parágrafo) O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: (a) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ... (b) ... e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora ... (c) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. (d) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. (e) ... para gerar produtos de alto valor ambiental. 8. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase: (a) Urge que seja definido as metas de oferta de energia em quantidade suficiente e preço adequado, para impulsionar o desenvolvimento do país. (b) É imprescindível que se cumpram os acordos firmados em relação à oferta de energia e aos preços adequados, e que se atenda ao aumento da demanda. (c) Uma política fiscal aplicada sobre as ofertas de energia devem controlar o cumprimento dos contratos que se estabeleceu nesse setor. (d) Os países importadores de derivados de petróleo paga o preço estabelecido na Europa, o que gera efeitos negativos na economia. (e) Existe metas brasileiras que foram estabelecidas em relação à auto-suficiência em petróleo e o momento oferece a oportunidade de cumpri-las satisfatoriamente. GABARITO DE CONCORDÂNCIA VERBAL 1 - B 2 - C 3 - C 4 - E 5 - C 6 - B 7 - E 8 - B ANÁLISE SINTÁTICA INTERNA Para desenvolvermos um estudo sobre a análise sintática precisamos esclarecer alguns conceitos básicos. Trate-se da distinção entre o entre frase, oração, período e parágrafo. 1. Frase A frase é um enunciado linguístico de sentido completo e, muitas vezes vem acompanhada de entoação para que a frase possa adquirir um sentido lógico. Exemplos: Bom dia! Hum! A vitória faz parte do meu destino. Repare que nem sempre uma frase pode se submeter a uma avaliação sintática. 2. Oração Toda frase ou parte de uma frase que se organiza em torno de um verbo ou um núcleo verbal. Uma oração sempre poderá ser submetida a uma análise sintática. Exemplos: O menino leu o livro todo. (oração independente) Eu comprei o livro que querias. (Eu comprei o livro ► oração principal) (que querias ► oração subordinada adjetiva) 3. Período Toda ideia completa em forma de frase constituída por uma ou mais orações. Quando a ideia completa é constituída por apenas uma oração, trata-se de um período simples; mas, se houver mais de uma oração, chamaremos de período composto. A expressão sentença, por ter seu sentido obrigatoriamente completo, é perfeitamente adequado à definição de período, mas é inadequado usar o termo sentença como sinônimo de oração. Exemplos: A empresa surpreendeu seus funcionários. (período simples) A verdade faz parte da vitória, mas geralmente a mentira acompanha a derrota. (período composto) 4. Parágrafo Toda ideia expressa completa e organizada em orações e períodos. Exemplo: O Projeto Apollo foi a solução americana para o desafio de mandar o homem à Lua e fazê-lo retornar a salvo. Logo se viu que seria impraticável lançar uma espaçonave à Lua e fazê-la retornar diretamente à Terra. Seria muito mais prática a realização da viagem em estágios. O primeiro estágio seria a entrada da nave em órbita terrestre; o segundo estágio, a entrada em órbita lunar. Além disso, ao invés da construção de uma espaçonave que aterrissaria e decolaria da Lua, uma nave menor seria criada exclusivamente para a aterrissagem em solo Lunar. Predicação Tudo o que apresentar uma oração que não seja o sujeito é o predicado, isto é, predicado é tudo o que se declara na oração sobre o sujeito. 1.Predicado verbal Ocorre quando o núcleo da informação expressa pelo predicado for um verbo significativo (nocional, qualquer verbo que não seja de ligação). Exemplos: A sociedade brasileira sentiu a queda da inflação. Onde: sujeito → A sociedade brasileira verbo significativo → sentiu predicado verbal → sentiu a queda da inflação 2. Predicado nominal Ocorre quando o núcleo da informação expressa pelo predicado for um nome (o qual apresentará a função sintática de predicativo do sujeito). Nesse caso o verbo utilizado será o verbo de ligação. Exemplos: A menina estava preocupada. Onde: sujeito → A menina verbo de ligação → estava predicado nominal → estava preocupada 3. Predicado verbo-nominal Ocorre quando o predicado contiver dois núcleos de informação: (1) o verbo significativo – transitivo ou intransitivo – e (2) um nome – predicativo do sujeito ou do objeto. Exemplos: O atleta treinava entusiasmado no parque da cidade. Onde: sujeito → O atleta predicado verbo-nominal → treinava entusiasmado no parque da cidade verbo significativo → treinava predicativo do sujeito → entusiasmado (= estava entusiasmado) SUJEITO O sujeito é o ser de quem se diz alguma coisa. O método prático para se identificar o sujeito de um verbo em uma oração é fazer a seguinte pergunta ao verbo: Quem é que verbo? ou Que é que verbo? 1. Sujeito simples: Ocorre com a presença de um só núcleo. Exs.: Pedro comprou canetas. sujeito simples: Pedro Os bons catálogos de endereços telefônicos do Rio Grande do Sul estão sumidos. sujeito simples: Os bons catálogos de endereços telefônicos do Rio Grande do Sul núcleo do sujeito: catálogos 2. Sujeito composto: Ocorre com a presença de dois ou mais núcleos do sujeito. Exs.: Ana e Rui compraram canetas. sujeito composto: Ana e Rui núcleos do sujeito: (1) Ana; (2) Rui Ontem os diretores da empresa e os funcionários do alto escalão fizeram greve. sujeito composto: os diretores da empresa e os funcionários do alto escalão núcleos do sujeito: (1) diretores; (2) funcionários 3. Sujeito oracional: (oração subordinada substantiva subjetiva) Ocorre com a presença de um sujeito organizado e estruturado como oração, ou seja, com ideias organizadas em tornode um núcleo verbal. Exemplos: Os alunos estudarem agradou muito. sujeito: Os alunos estudarem Ler livros de autores modernos auxilia nosso crescimento. sujeito: Ler livros de autores modernos Observação: Com sujeito oracional simples ou composto o verbo permanecerá sempre no singular. Ex.: Respeitar a esposa e valorizar a mulher facilita a paz no casamento sujeito composto: respeitar a esposa e valorizar a mulher núcleos do sujeito: (1) respeitar; (2) valorizar 4. Sujeito indeterminado: (A pessoa – agente humano – existe, mas não se sabe quem é.) a) Verbo na 3a pessoa do singular + se + (Objeto Indireto e/ou Adjunto Adverbial) Exemplos: Precisa-se de funcionário. Precisa-se de funcionários. Trabalha-se muito aqui. Vende-se. b) Verbo na 3a pessoa do plural (sem uma prévia determinação do sujeito) Exemplos: Falaram que o policial é corrupto. Dizem que tu estás diferente. c) Verbo no infinitivo (sem uma prévia determinação do sujeito) Exemplos: Amar é importante. Criticar é muito fácil. O que fazer agora? 5. Sujeito na voz passiva sintética A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal por contar sempre com a presença do pronome oblíquo se, apresenta algumas semelhanças com a voz passiva analítica. Transformação da Passiva Analítica Ex.: Ana influenciou a turma. (Ativa) onde: sujeito – Ana verbo – influenciou objeto direto – a turma A turma foi influenciada por Ana. (Passiva) onde: sujeito – A turma locução apassivada – foi influenciada agente da passiva – por Ana Repare que o objeto direto da voz ativa – a turma – passou a atuar como sujeito na voz passiva analítica. Esse fenômeno também se processa na voz passiva sintética. Exemplos: A) Contrata-se digitador experiente. onde: verbo transitivo direto – contrata partícula apassivadora – se sujeito – digitador experiente B) Contratam-se digitadores experientes. onde: verbo transitivo direto – contratam partícula apassivadora – se sujeito – digitadores experientes Observação: Como o sujeito sempre comanda o verbo, no exemplo B o verbo deve flexionar em número, por isso ele vai para o plural. 6. Sujeito inexistente: (O verbo não flexiona por se tratar de verbo impessoal, ou seja, verbo que não tem pessoa para concordar). São verbos impessoais: haver (sentido de existir); fazer, ser e estar (todos no sentido de tempo ou temperatura); e os verbos que expressam fenômenos meteorológicos. Observação: Ver capítulo da Concordância verbal – regra 4 7. Sujeito elíptico: Também chamado de sujeito desinencial ou sujeito oculto, ocorre quando o sujeito não se encontra expresso na oração, da qual ele faz parte. Exemplos: Chegamos perto da resposta certa. (sujeito elíptico: nós) Encontraste a encomenda de Pedro? (sujeito elíptico: tu) Observação: Quando o texto trouxer previamente um substantivo que estiver representado elipticamente em uma oração, deve-se afirmar que o sujeito é o substantivo, mas na oração faz-se referência à pessoa pronominal. 8. Sujeito posposto: Sujeito localizado em uma posição rara por estar depois do verbo. Exemplos: Conta a história que a grande Rússia foi invadida naquele ano. No mês passado, caiu uma chuva terrível. Cuidado com o sujeito posposto, pois facilmente ele é confundido com objeto direto. 9. Sujeito pronominal: Ocorre quando o núcleo do sujeito recair sobre um pronome. Exemplo: Eu sempre encontro saídas. (sujeito: eu - pronome pessoal reto) 10. Sujeito com verbo de ligação a) Quando o verbo de ligação estiver no meio da frase, o que antecede o verbo é o sujeito. Exemplos: A solução para a equipe é o Pedro. SUJEITO O Pedro é a solução da equipe. SUJEITO b) Quando o verbo de ligação estiver no início da frase, o que segue imediatamente após o verbo é o predicativo, e o restante geralmente constitui o sujeito. Exemplos: É necessário o chimarrão. SUJEITO É necessário que possas trazer o chimarrão. SUJEITO Exercícios 1. Assinale a alternativa em que está apresentado um sujeito indeterminado. (a) Isto foi determinante para a decisão. (b) Na reunião do clube decidiram construir novas quadras. (c) Nada mais importa na questão da transferência de sede. (d) Descobriu-se a razão do sucesso da empresa. (e) Não há nada de definitivo nas medidas governamentais. Leia o texto abaixo e responda. 01. Por que cargas d’água o futebol não tem 02. na literatura brasileira a correspondência de 03. sua verdadeira dimensão na nossa 04. sociedade? Na verdade, pode-se expandir 05. essa questão para as demais manifestações 06. artísticas – música, cinema, teatro e artes 07. plásticas. De há muito, o futebol se infiltrou de 08. tal forma no tecido social brasileiro que está 09. presente no nosso dia-a-dia de maneira 10. sufocante. Respiramos futebol e falamos de 11. futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele 12. já faz parte da própria natureza do brasileiro. 13. Mas isso não está devidamente expresso na 14. poesia ou na prosa, nem impresso nas obras 15. espalhadas pelas galerias de arte, tampouco 16. projetado nas telas de cinema, representado 17. devidamente nos palcos ou capturado em seu 18. rico gestual pelas coreografias de balé. 2. Assinale a alternativa em que o substantivo indicado não seja núcleo do sujeito. (a) futebol (linha 1) (b) tecido (linha 8) (c) Ele (linha 11) (d) futebol (linha 7) (e) isso (linha 13) 3. Assinale a alternativa em que está apresentado um sujeito inexistente. (a) O livro recebeu a primeira premiação. (b) Ninguém entrará na sala amarela. (c) Nada foi encontrado no cinema. (d) Choveu muito no ano passado. (e) Organizar a empresa ampliou a margem de lucro dos acionistas. 4. O exemplo em que aparece uma oração sem sujeito, é (a) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e informal...” (b) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de ganhar a vida’ sem cometer crimes.” (c) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...” (d) “Isso é quase um sonho para muitos" (e) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$300 por mês.” A questão de número 5 refere-se ao texto abaixo. 01. No Parque do Xingu, os habitantes 02. caçam, jogam e criam seus filhos. Por 03. trás dessa aparência de harmonia, se 04. esconde uma babel: lá são faladas 17 05. línguas, com uma média de 200 falantes 06. cada uma. O interessante é que a 07. distância entre eles é maior do que, por 08. exemplo, a que existe entre espanhol e 09. português, de tal forma que os índios do 10. parque não entendem a língua dos povos 11. vizinhos. Algumas dessas línguas são 12. estruturalmente bastante sofisticadas: o 13. Kamaiurá possui declinações, como o 14. latim, para marcar a função da palavra na 15. frase (sujeito, objeto direto, etc.). 16. Também se expressa através de um 17. sistema de declinações o grau de certeza 18. do falante quanto ao assunto de que fala 5. Quando lemos um texto, intuitivamente vamos identificando os sujeitos das frases que o compõem. Assim, para compreendermos o período que se inicia na linha 16, deveremos identificar como núcleo do sujeito de "se expressa". (a) Kamaiurá (b) Sistema (c) Grau (d) Certeza (e) Assunto 6. Assinale a alternativa cujo sujeito da oração é indeterminado: (a) Há uma gota de sangue em cada poema. (b) O mistério é o encanto da vida. (c) O magistrado e sua família eram idosos ao pai de Teresa. (d) Pediram silêncio. 7 Na frase "Embora o orador tenha falado bem, não entendi nada", é correto dizer que há a ocorrência de: (a) Período simples. (b) Período composto por coordenação. (c) Período composto por subordinação. (d) Período composto por coordenação e subordinação. Leia o texto abaixo e responda a questão 8. 01. Por causa da sua pureza, produz uma queima limpa e uniforme, ou seja, os produtos resultantes 02. da combustão são isentos de partículas de fuligem e outros resíduos que se........... verificar no meio 03. ambiente, os equipamentosutilizados na queima ou o próprio produto, no caso de uso industrial. Com 04. isso também ........... gastos com sistemas antipoluentes e .............. de afluentes. 8. As lacunas pontilhadas das linhas 2 e4podem ser correta e respectivamente preenchida pela alternativa: (a) podem – evita-se – trata-se (b) podem – evitam-se – tratam-se (c) pode – evitam-se – trata-se (d) pode – evita-se – tratam-se (e) pode – evitam-se – tratam-se 9. Verifica-se um caso de oração sem sujeito em (a) “Já o nascimento de uma menina, na maioria dos casos, não é comemorado.”. (b) "Ninguém se deu ao trabalho de olhar para mim...”. (c) “Mas nada na aparência externa de Machrihwa, no norte de Shravasti, perto da fronteira com o Nepal, indica esse recorde triste.”. (d) "Estamos impressionados...”. (e) “E além disso há o próprio custo do casamento...”. Leia o texto abaixo e responda. "Sim, a Bolívia pode querer alterar o preço do gás que vende ao Brasil ou a qualquer país. Se ela se sente lesada comercialmente, pode e deve propor uma negociação para rever isso. Não, nem de longe a maneira como a Bolívia fez é a forma correta de propor uma revisão de preços; não se agride um parceiro com o qual se quer chegar a uma solução negociada; não há espaço para uma negociação quando a opção é aceitar os termos ou abandonar o país." 10. Em "não se agride um parceiro", o termo grifado classifica-se como: (a) partícula apassivadora. (b) índice de indeterminação do sujeito. (c) pronome reflexivo. (d) parte integrante do verbo. (e) conjunção integrante. 11. (...) mas não o espírito que lhe conferia a vontade de existir (“espírito” e “alma” não são sinônimos no imaginário quimbundo).” Nesse período, a oração destacada classifica-se como subordinada adjetiva. Dessa forma, qual a função sintática do pronome relativo QUE? (a) Sujeito. (b) Objeto direto. (c) Objeto indireto. (d) Complemento nominal. (e) Predicativo do sujeito. GABARITO DE PREDICAÇÃO E SUJEITO[footnoteRef:11] [11: No Anexo II é apresentado um exercício complementar.] 1 - B 2 - E 3 - D 4 - A 5 - C 6 - D 7 - C 8 - C 9 - E 10 - A 11 - A OUTROS TERMOS DA ORAÇÃO Além do sujeito, outros termos também compõem o plano sintático de um texto. Repare que sintaxe é relação, por isso a análise sintática trata de verificar a função exercida por cada termo na relação com os demais termos do texto. Os elementos que compõem o plano sintático de uma frase são: Objeto direto e indireto Complemento nominal Adjunto adverbial e adnominal Aposto Agente da passiva Predicativo Objeto Direto O objeto direto (OD) é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto, ou seja, um verbo que não exige preposição para a sua complementação. O método prático para se identificar o objeto direto de um verbo é fazer a seguinte pergunta ao verbo: Quem verbo verbo? ou raramente O que verbo verbo? Neste caso deverá surgir como resposta alguma coisa ou alguém. Exemplos: Ontem Ana vendeu o livro. Quem vende vende? o livro (OD) Júlia encontrou-me na sala. Quem encontra encontra? me (OD) O quadro impressionou a moça. O que impressiona impressiona? a moça (OD) Casos Especiais 1. Objeto Direto Pronominal: O objeto direto pronominal é o pronome da oração regido por um verbo que é empregado em um sentido que não exige a presença da preposição. Exemplo: Joguei-os na lata do lixo. Quem joga joga? alguma coisa – OD (alguma coisa → os = eles) (pronome oblíquo “os” atua como OD) 2. Objeto Direto Oracional: O objeto direto oracional existe quando o complemento direto regido pelo verbo for uma oração. Exemplos: Perguntei se ela viria à festa. Quem pergunta pergunta? algo – OD (algo → se ela viria à festa) (a oração “se ela viria à festa” atua como OD do verbo “perguntar”) Notei que já chovia muito. Quem nota nota? algo – OD (algo → que já chovia muito) (a oração “que já chovia muito” atua como OD do verbo “notar”) Nestes casos, as orações são classificadas como orações objetivas diretas – que analisaremos mais adiante no capítulo da análise sintática externa. 3. Objeto Direto Deslocado: O lugar adequado para a colocação de um objeto direto – assim como o indireto – é após o verbo, já que ele complementa o próprio verbo. Mas algumas vezes o objeto aparece na frase anteposto ao verbo – neste caso objeto estará deslocado. Exemplos: O fumo, Rui ainda não abandonou. Quem abandona abandona? algo – OD (algo → o fumo) (“o fumo” atua como objeto direto, e a frase na ordem correta seria "Rui ainda não abandonou o fumo"). A vitória, a atleta conquistou no final da partida. Quem conquista conquista? algo – OD (algo → a vitória) (“a vitória” atua como objeto direto, e a frase na ordem correta seria "A atleta conquistou a vitória no final da partida"). 4. Objeto Direto Pleonástico: O objeto direto pleonástico caracteriza uma redundância que muitas vezes é utilizada para conferir um sentido mais enfático do termo o qual funciona como objeto direto do verbo. Exemplos: O fumo, Rui ainda não o abandonou. Quem abandona abandona? algo – OD (algo → o fumo; o) (“o fumo” atua como objeto direto, já o “o” funciona também como objeto direto, por isso é chamado de objeto direto pleonástico) A vitória, a atleta conquistou-a no final. Quem conquista conquista? algo – OD (algo → a vitória; a) (“a vitória” atua como objeto direto, já o “a” funciona como objeto direto pleonástico) 5. Objeto Direto Preposicionado: O objeto direto preposicionado é o complemento com preposição regido por um verbo que não exige preposição. Exemplos: A criança pintou a todas as bonecas. Quem pinta pinta? algo ou alguém – OD (algo → todas as bonecas) (a preposição “a” antes do pronome “todas” só é explicado por uma situação de realce, pois pode ser retirado da frase sem alteração semântica alguma) O visitante bebeu do vinho com total tranquilidade. Quem bebe bebe? alguma coisa – OD (alguma coisa → o vinho) (a preposição “de” que aparece combinada com o artigo “o” é desnecessária para o fluxo semântico da oração) 6. Objeto Direto na voz passiva sintética Não existe objeto direto na passiva sintética. A voz passiva sintética (“Compra-se livro.”) apresenta equivalência com a voz passiva analítica (“Livro é comprado”). Repare que o sujeito, na passiva analítica – o substantivo “livro” – é o mesmo da voz passiva sintética. Por isso devemos identificar como sujeito passivo o vocábulo “livro” no exemplo “Compra-se livro”. Quando o verbo estiver acompanhado do pronome se e estiver regendo um termo que deveria ser objeto direto, devemos classificar esse termo como sujeito e o se como partícula apassivadora ou pronome apassivador. Exemplo: Elaborou-se o programa de férias. Elaborou → verbo transitivo direto se → partícula apassivadora o programa de férias → sujeito Se realizássemos a pergunta comum para a identificação da transitividade do verbo (Quem elaboraelabora? algo – OD) encontraríamos “o programa de férias” numa posição de objeto direto, mas, como não existe OD na passiva sintética, devemos classificá-lo como sujeito. Ou seja, como ocorre a equivalência da passiva sintética com a passiva analítica, então “Elaborou-se oprograma de férias” é igual a “O programa de férias foi elaborado”. Em ambos os casos “o programa de férias” é o sujeito. Exercícios sobre objeto direto 1. Qual a alternativa apresenta um objeto direto destacado? (a) Fernanda está à mesa confortavelmente acomodada. (b) Leandro encontrou, na loja de antiguidades, a mesa de centro. (c) Nunca se refira a mesas de consagração como algo mundano. (d) Na reforma a mesa embelezou o canto da sala. (e) Aquele móvel parece a mesa da casa de Pedro. 2. Indique a alternativa que o termo em destaque é um objeto direto. (a) A grande maioria dos estudantes chegou cedo. (b) Mostramos o projeto ao diretor acadêmico. (c) Na semana passada, comprei umcomputador. (d) Os gaúchos gostam muito de música nativista. (e) Trabalhar émuito saudável. 3. Aponte a frase em que se destacou um objeto direto preposicionado. (a) Sempre obedeça a seus chefes. (b) Mariana nunca desistiu daquilo. (c) Eles não carecem de ajuda. (d) Ele jamais se furtou à responsabilidade. (e) Renata pegou da agulha 4. Todas as alternativas abaixo apresentam um objeto direto destacado com exceção de (a) A direção convidou a todos para a festa de final de ano. (b) A vitória, conquistamos com luta e determinação. (c) Os policias encontraram-no escondido no banheiro. (d) Na sociedade moderna, procura-se sempre o sucesso. (e) A bibliotecária entregou a essa menina o catálogo. 5. Indique a frase que apresenta objeto direto. (a) No cinema assisto a filmes de ação. (b) Nunca se sabe se a Sônia virá para o treino. (c) Falaremos a todos os candidatos do concurso. (d) Gustavo será o novo gerente da loja. (e) Fomos incluídos na lista de aprovados depois dos recursos. Objeto Indireto O objeto indireto (OI) é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo indireto, ou seja, um verbo que exige preposição explícita ou implícita para a sua complementação. O método prático para se identificar o objeto indireto de um verbo é fazer a seguinte pergunta ao verbo: Quem verbo verbo? ou raramente O que verbo verbo? Neste caso, deverá surgir como resposta alguma coisa ou alguém antepostos por uma preposição. Exemplos: A menina falou com a amiga. Quem fala fala? com alguém (OI) Ricardo carece de mais calma. Quem carece carece? de algo (OI) Esse problema precisa de um bom advogado. O que precisa precisa? de alguém (OI) Casos Especiais 1. Objeto Indireto Pronominal: O objeto indireto pronominal é o pronome da oração regido por um verbo que é empregado em um sentido que exige a presença, implícita ou explícita, da preposição. Exemplo: Isso não me convém. O que convém convém? a alguém – OI (a alguém → me = a mim) (pronome oblíquo “me” atua como OI) Repare que, neste caso, o objeto indireto não se apresenta na oração com uma preposição explícita. Apenas a investigação da regência do verbo é que vai determinar a presença do objeto indireto. Procure avaliar sempre a regência do verbo no texto, ou seja, apenas o uso do verbo nas relações do texto é que estabelecerá a transitividade do verbo. 2. Objeto Indireto Oracional: O objeto indireto oracional ocorre quando o complemento indireto regido pelo verbo for uma oração. Exemplos: Necessito de que voltes logo. Quem necessita necessita? de algo – OI (algo → se ela viria à festa) (a oração “se ela viria à festa” atua como OD do verbo “perguntar”) Nós gostamos de chegar cedo. Quem gosta gosta? de algo – OI (algo → de chegar cedo) (a oração “de chegar cedo” atua como OI do verbo “gostar”) Nestes casos, as orações são classificadas como orações objetivas indiretas – que veremos mais adiante no capítulo da análise sintática externa. 3. Objeto Indireto Deslocado: O lugar adequado para a colocação de um objeto indireto – assim como o direto – é após o verbo, já que ele complementa o próprio verbo. Mas algumas vezes o objeto aparece na frase anteposto ao verbo – neste caso objeto estará deslocado. Exemplo: Aos pais, a criança obedece. Quem obedece obedece? a alguém – OI (a alguém → Aos pais) (“Aos pais” atua como objeto direto, e a frase na ordem correta seria "A criança obedeceaos pais"). 4. Objeto Indireto Pleonástico: O objeto indireto pleonástico caracteriza uma redundância, assim como o objeto direto pleonástico, porém redundância essa regida por um verbo que exige preposição. Também é utilizada para conferir um sentido mais enfático do termo que funciona como objeto indireto. Exemplo: Aos pais, a criança obedece-lhes. Quem obedece obedece? a alguém – OI (a alguém → Aos pais; lhes) (“Aos pais” atua como objeto direto, já o “lhes”, como objeto indireto pleonástico) Exercícios de objeto indireto 6. Qual alternativa apresenta objeto indireto? (a) Nós enfrentaremos a todas as dificuldades. (b) João bebeu do suco que eu havia preparado. (c) Os alunos leram os livros de Machado de Assis. (d) A corrupção surpreendeu-lhe de modo contundente. (e) Ele foi o responsável pela vitória no segundo tempo. 7. A oração sublinhada que exerce função de objeto indireto está na alternativa: (a) Recebo o pedido de que Ana seja transferida de seção. (b) Ela falou de que forma nós iríamos chegar lá. (c) O governo necessita de que a população economize energia elétrica. (d) Nós estudaremos o “lhe” no próximo capítulo. (e) Anita comprou uma casa nova. 8. A frase que apresenta objeto indireto é: (a) A moça contou-me toda a verdade. (b) Sua rebeldia agrediu-me profundamente. (c) Ontem te insultaram na escola? (d) Ouvimos a música clássica na entrada do salão. (e) Trabalharam à beça durante o feriado. 9. Qual o objeto indireto abaixo é pleonástico. (a) Refiro-me àquele estudante de medicina. (b) A esperança, nós devolvemos-lhe através do amor. (c) Feriram-lhe o corpo e a alma. (d) A esse homem, foi dedicada toda a segurança. (e) A Vossa Senhoria, o Congresso Nacional conferiu-lhe o prêmio. 10. Qual alternativa abaixo não apresenta objeto indireto? (a) falamos para a turma (b) precisas de força (c) cumplicidade de decisão (d) pedi para ela (e) entregaram ao administrador Adjunto Adverbial O adjunto adverbial (A Adv) é o termo da oração que modifica o sentido de um verbo, um adjetivo, ou de um advérbio indicando a circunstância em que se desenvolve o processo verbal. O método prático para se identificar o adjunto adverbial é, primeiramente, verificar a ligação do termo com o verbo e, em seguida, fazer a seguinte pergunta ao verbo: Quem verbo verbo? ou raramente O que verbo verbo? Neste caso, não poderá surgir nenhuma resposta do verbo em relação ao termo avaliado. Exemplos: A minha amiga falou tudo ontem. (adjunto adverbial → ontem) 1º Passo: Observe que o vocábulo “ontem” não está ligado às palavras “minha”, “amiga” ou “tudo”; e sim está relacionada ao verbo “falar”. O termo “ontem” não está qualificando a “amiga” ou o “tudo”, note que ele qualifica o processo verbal (“falou ontem”). 2º Passo: Efetuar a pergunta clássica. Quem fala fala? algo (OD) Repare que a resposta não atingiu o vocábulo “ontem”, por isso ele deverá ser identificado apenas como um termo que acompanha o verbo, ou seja, que se apresenta semanticamente junto com o verbo, portanto classificado como adjunto adverbial. Na semana passada, ela trabalhou. (adjunto adverbial → Na semana passada) Certamente o jogo já acabou. (adjunto adverbial → Certamente, já) Casos Especiais 1. Adjunto Adverbial Oracional: O adjunto adverbial oracional ocorre quando o termo qualificador do verbo for uma oração. Exemplos: Sara chegou quando amanhecia. (adjunto adverbial oracional → quando amanhecia) (a oração “quando amanhecia” atua como A Adv do verbo “chegar”) Ele trabalhou para comprar a casa. (adjunto adverbial oracional → para comprar a casa) (a oração “para comprar a casa” atua como A Adv do verbo “trabalhar”) Nestes casos, as orações são classificadas como orações adverbiais – que mais adiante trataremos no capítulo da análise sintática externa. 2. Adjunto Adverbial ou Objeto Indireto? Muitas vezes, constitui-se uma tarefa árdua a distinção entre o complemento verbal – objeto indireto – e o adjunto adverbial[footnoteRef:12]. [12: Optamos, neste ponto, por seguir a concepção do filólogo Celso Pedro Luftem seu Dicionário Prático de Regência Verbal. Editora Ática, Ed. 2003] Há que se levar em consideração a abrangência semântica do verbo na medida exata de seu uso no texto, ou seja, é o significado em uso do verbo que vai determinar se um termo atua como adjunto adverbial ou funciona como objeto. Exemplos: O rapaz lavou a moto na garagem. Onde: O rapaz → sujeito lavou → verbo (VTD) a moto → objeto direto na garagem → adjunto adverbialRepare que Quem lava lava algo (OD) O rapaz pôs a moto na garagem. Onde: O rapaz → sujeito pôs → verbo (VTDI) o carro → objeto direto na garagem → objeto indireto Repare que Quem põe põe algo (OD) em algum lugar (OI) Nos casos acima o verbo “lavar” prevê apenas o complemento “o carro” (pois podemos afirmar “O rapaz lavou o carro”), já o verbo “pôr” prevê, além do objeto, a meta, ou seja, o lugar (porque não podemos afirmar “O rapaz pôs a moto”). Observe um exemplo em que a circunstância semântica é que determina a função sintática: O arquiteto trabalha naquele prédio. 1º Situação Se o arquiteto tiver um escritório no prédio e lá atender seus clientes, o termo “naquele prédio” funcionará como adjunto adverbial, pois o verbo trabalhar será intransitivo, ou seja, não estará prevendo complemento algum. 2º Situação Se o arquiteto estiver reformando o prédio, neste caso, ele estará profissionalmente atuando naquela obra, então o verbo estará prevendo o complemento verbal, por isso será caracterizado como verbo transitivo indireto, e o termo “naquele prédio” assumirá a função de objeto indireto. Exercícios sobre adjunto adverbial 11. Qual a frase não apresenta adjunto adverbial. (a) O governo bateu forte na inflação. (b) Durante a reunião ele fez duras críticas ao projeto. (c) Não encontrei nenhuma prova do crime. (d) O aluno chegou tarde ao encontro da escola. (e) Mariana estudou verbos, já o irmão dela esqueceu-se da prova. 12. Todas as alternativas abaixo apresentam adjunto adverbial com exceção de: (a) O ano passado marcou a vida daquele clube de futebol. (b) Durante a palestra conheci Daniel. (c) Hoje já posso entregar-lhe o livro de matemática. (d) Leila chegou bruscamente na sala do apartamento. (e) A conquista mais comemorada é aquela que conseguimos com luta. 13. Indique a alternativa que não apresenta uma oração adverbial sublinhada. (a) Fernando comemorará muito se ela for aprovada. (b) Perguntei se ela seria aprovada. (c) Descansarei se ela também puder repousar. (d) Utilizaram a fórmula de báskara para resolver o problema. (e) Quando percebi, eu estava no final da prova. 14. Marque a alternativa que apresenta uma oração adverbial sublinhada. (a) Participaste da reunião quando escolheram o novo presidente? (b) Fiquei muito surpreso quando te vi aqui. (c) Valorize a velhice quando a sabedoria está consolidada. (d) Nós descobriremos quando ocorrerá outra prova. (e) O quando ele chegará deve ser investigado pela polícia 15. Leia o texto e responda. “Ontem não pude falar facilmente com Pedro na sala de aula. Eu estava com muita vontade de comprar sua casa de praia para levar minha família.” Quantos adjuntos adverbiais aparecem no texto acima sob forma de palavra, locução ou oração? (a) 3 (b) 4 (c) 5 (d) 6 (e) 7 Agente da Passiva O agente da voz passiva (Ag Pass) é o termo da oração que complementa o verbo, ou melhor, a locução apassivada. É quem pratica a ação na voz passiva analítica. O agente da passiva corresponde ao sujeito na voz ativa e vem sempre introduzido por uma preposição: por, de ou a (combinadas ou não). Exemplos: A corrida foi vencida pelo Felipe. Onde: A corrida → sujeito passivo foi vencida → locução apassivada pelo Felipe → agente da passiva Note que a locução apassivada é sempre formada por (1) verbo de ligação e (2) verbo no particípio. A festa será oferecida pelo chefe. Onde: A festa → sujeito passivo será oferecida → locução apassivada pelo chefe → agente da passiva A decisão está, desde o final do ano, tomada pelos alunos. Onde: A decisão → sujeito passivo está tomada → locução apassivada pelos alunos → agente da passiva desde o final do ano → adjunto adverbial Meu carro é movido a gás. Onde: Meu carro → sujeito passivo é movido → locução apassivada a gás → agente da passiva O atleta foi cercado de fãs. Onde: O atleta → sujeito passivo foi cercado → locução apassivada de fãs → agente da passiva Casos Especiais 1. Agente da Passiva Oracional[footnoteRef:13] [13: A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) não prevê a existência da oração subordinada agente da passiva, mas os gramáticos mais conceituados reconhecem a existência dessa estrutura.] O agente da passiva oracional ocorre quando o complemento verbal da locução apassivada for uma oração. Ex.: O resultado foi obtido por quem merecia. Onde: O resultado → sujeito passivo foi obtido → locução apassivada por quem merecia → agente da passiva 2. Verbo de Ligação elíptico: É possível a ocorrência da voz passiva analítica com a locução apassivada sem a presença explícita do verbo de ligação. Exemplos: A moça, influenciada pela amiga, visitou o museu. Onde: “ela” – a moça → sujeito elíptico “foi” influenciada → locução apassivada pela amiga → agente da passiva Exercícios sobre agente da passiva 16. A frase que não apresenta agente da passiva é: (a) A crase é formada pelo encontro da preposição “a” com o artigo “a”. (b) O bandido foi encontrado por ocasião da festa da igreja. (c) A música será apresentada pela orquestra municipal. (d) A prosperidade de uma cidade é medida pelo número de escolas. (e) Ana deverá ser, no próximo ano, transferida pelo seu chefe. 17. Assinale a alternativa em que o termo sublinhado é agente da passiva. (a) Tomado de alegria, ele abriu o presente de aniversário. (b) Comprado do revendedor autorizado, esse aparelho não deveria dar problemas. (c) A beira da panela pegou fogo na cozinha. (d) O carro foi retirado da garagem sem cuidado. (e) Encontrei Ângela com uma ânsia de resposta inigualável. 18. Marque a alternativa em que o termo sublinhado é agente da passiva. (a) Fernando está sentado à mesa. (b) O fugitivo foi encontrado a correr na avenida. (c) As reféns serão libertadas à noite. (d) A moça da novela foi filmada a cavalo. (e) A vitória no campeonato foi conquistada a esforço gigantesco. 19. Qual das alternativas não apresenta agente da passiva? (a) Por todos, Joana foi cumprimentada no final da festa. (b) O resultado do problema era sempre encontrado por ela. (c) Os direitos ao voto foram reclamados pelas congressistas. (d) Por mim, a pena de morte já deveria ser instituída no Brasil. (e) Os apenados foram, pelos carcereiros, libertados ao anoitecer. 20. Um agente da passiva sublinhado pode ser encontrado em todas as alternativas abaixo com exceção de (a) A região inundada pelo lago fica depois da serra. (b) No momento da dor, Sônia foi tomada de ódio e atirou no Rui. (c) Os exportadores foram impedidos de negociar com aquele país. (d) Na guerra nosso batalhão foi surpreendido pelos inimigos. (e) Fernando faz tudo impelido pelo amor de Deus. Adjunto Adnominal O adjunto adnominal é o termo da oração que determina ou modifica um substantivo ligando-se a ele com ou sem preposição. O adjunto adnominal não pode modificar adjetivo ou advérbio. Exemplo: Os meus três livros velhos sumiram da biblioteca. Onde: Os → adjunto adnominal meus → adjunto adnominal três → adjunto adnominal livros → substantivo velhos → adjunto adnominal Todo adjunto adnominal sempre se refere a um substantivo que sempre funciona como núcleo de uma função sintática. O adjunto adnominal pode ser expresso pelas seguintes classes gramaticais: 1. artigo Exemplo: O trabalho está finalmente acabado. 2. numeral Exemplo: Não encontro Juliano há três anos. 3. adjetivo Exemplo: Nesta prova atingirei uma nota alta. 4. pronome adjetivo Exemplo: Meu amigo foi aprovado no concurso do banco. Exercícios sobre adjunto adnominal 21. Qual o termo sublinhado apresenta a função de adjunto adnominal? (a) Ficaremos atentos a esta oportunidade. (b) Notei a fidelidade ao teu grande clube. (c) A taxa de juros, graças a Deus, caiu um pouco mais. (d) Já foi reprimida a subversão da ordem no batalhão. (e) Participei do Congresso de Informática no ano passado. 22. Qual a frase abaixo apresenta uma ambiguidade em que o termo sublinhado pode assumir a função de adjunto adnominal ou outra função sintática? (a) Sumiu o livro de exercíciosque estava em cima da mesa. (b) Tiramos a foto do atleta que ficou lesionado no joelho. (c) Os presidentes dos clubes foram homenageados ontem. (d) Aplaudimos de pé a manifestação de Ronaldo. (e) Deixe claro que você não gosta daquele comportamento. 23. Indique a alternativa que não apresenta adjunto adnominal sublinhado. (a) A violência da sociedade deve ser mais contida pelas autoridades. (b) Senhor Joaquim estava sempre com aquele cigarro de palha. (c) Consertaram o nosso apartamento de aluguel. (d) No ano passado ele já havia apresentado seu pedido de desculpas. (e) Amanhã teremos nuvens de chuva no litoral. 24. A alternativa que apresenta um termo com função de adjunto adnominal sublinhado é: (a) O cavalo estava descansando perto da igreja. (b) Surpreendeu a todos o discurso de despedida no final. (c) As músicas da periferia invadiram os clubes da alta sociedade. (d) Destacou-se durante a competição o poder de luta da equipe. (e) A distância da capital prejudicou o desenvolvimento da região. 25. A alternativa que não apresenta adjunto adnominal é: (a) A menina comprou um coelho preto. (b) Os três amigos de Lúcia voltaram da praia. (c) Quando ela escreve, eu nunca consigo entender nada. (d) A solução para a fome é semear justiça na lavoura da política. (e) Apetite consumista marca o comportamento no norte da Europa. Complemento Nominal O complemento nominal (CN) é o termo obrigatoriamente preposicionado que completa o substantivo, adjetivo ou advérbio. A diferença básica do complemento nominal para o adjunto adnominal é que o complemento nominal é absolutamente necessário para completar o sentido do termo regente. Exemplos: Preocupa-me a demora da resposta. Onde: demora → substantivo (termo regente) da resposta → complemento nominal A paciente tinha medo de si mesma. Onde: medo → substantivo (termo regente) de si mesma → complemento nominal Casos Especiais 1. Complemento Nominal Pronominal Normalmente o complemento nominal que se apresenta em forma de pronome se encontra na oração distante do seu termo regente. Exemplos: Ninguém lhe tem ódio aqui. Onde: Ninguém → sujeito lhe → complemento nominal tem → verbo transitivo direto ódio → substantivo (termo regente) (A frase exemplo equivale a dizer “Ninguém tem ódio de você aqui”) Meu plano não lhe diz respeito. Onde: Meu plano → sujeito lhe → complemento nominal diz → verbo transitivo direto respeito → substantivo (termo regente) (A frase exemplo equivale a dizer “Meu plano não diz respeito a você”) 2. Complemento Nominal Oracional Algumas vezes, o termo regente de um complemento nominal pode apresentar como termo regido uma oração. Exemplo: Adriana sofre do temor de que a guerra volte. Onde: temor → substantivo (termo regente) de que a guerra volte → CN (oracional) Nestes casos, as orações são classificadas como orações completivas nominais – que veremos mais adiante. Exercícios sobre complemento nominal 26. Só não há complemento nominal destacado na alternativa: (a) O gosto pelo estudo ajuda a vencer. (b) É fundamental abster-se dos vícios. (c) O atleta estava apto para a disputa. (d) A realização da prova foi normal. (e) O médico estava ciente de tudo. 27. Qual a frase abaixo apresenta um complemento nominal? (a) O frio prejudicou a saúde do menino. (b) Débora ficou seis anos sem sair de casa. (c) Os jovens normalmente têm uma saúde de ferro. (d) Do sítio, só tenho lembranças boas. (e) A chuva chegou de repente no final da tarde. 28. Indique o complemento nominal. (a) entregaram à turma (b) falei à plateia (c) entrada à esquerda (d) estacionamento ao lado (e) avesso à declaração 29. Assinale a alternativa que a crase ocorre devido à presença de um complemento nominal. (a) Ela apresenta sempre uma disposição á luta. (b) O policial entregou a prova à chefia do departamento. (c) Às vezes volto a pensar nos tempos de infância. (d) Procure solicitar à direção uma nova oportunidade. (e) Eles pediram reconsideração à diretoria referente ao processo. 30. Leia o texto abaixo e responda. “O grupo de estudante, com medo de sua expulsão da escola, não saiu mais do prédio da instituição durante as aulas de educação física. A garantia de permanência no ambiente escolar fez com que a direção tomasse a decisão de acolher os alunos.” Quantos complementos nominais existem no texto acima? (a) 4 (b) 5 (c) 6 (d) 7 (e) 8 Predicativo O predicativo é o termo que atribui ao sujeito ou objeto uma qualidade, estado, característica, etc. Existem dois tipos de predicativo: · predicativo do sujeito · predicativo do objeto O predicativo do sujeito é o termo da oração que informa algo sobre o sujeito através do uso de um verbo de ligação ou de um verbo significativo. Exemplos: A roupa está molhada. Onde: A roupa → sujeito está → verbo de ligação molhada → predicativo do sujeito A menina será a narradora. Onde: A menina → sujeito será → verbo de ligação a narradora → predicativo do sujeito Mariana chegou atrasada. Onde: Mariana → sujeito atrasada → predicativo do sujeito (Nesse exemplo, é como se a frase fosse “Mariana chegou e estava atrasada.”) O predicativo do objeto é o termo da oração que informa alguma coisa a respeito do objeto través da mediação de um verbo significativo. Exemplos: O juiz julgou o homem culpado. Onde: O juiz → sujeito julgou → verbo significativo o homem → objeto direto culpado → predicativo do objeto (Nesse caso é como se a frase fosse “O juiz julgou o homem e ele era culpado.”) Considerei um insulo esta proposta. “Eu” → sujeito elíptico Considerei → verbo significativo um insulto → predicativo do objeto esta proposta → objeto direto (Nesse caso é como se a frase fosse “Considerei esta proposta e ela é um insulto.”) Casos Especiais 1. Predicativo Pronominal: Ocorre quando um pronome atua como predicativo. Exemplo: A salvação da equipe fomos nós. Onde: A salvação da equipe → sujeito fomos → verbo de ligação nós → predicativo do sujeito 2. Predicativo Oracional: Ocorre quando o termo da oração, que funciona como predicativo, for uma oração. Exemplo: Viver é valorizar cada momento. Onde: Viver → sujeito é → verbo de ligação valorizar cada momento → predicativo do sujeito Nestes casos, as orações são classificadas como orações predicativas – assunto que veremos mais adiante. Exercícios sobre predicativo 31. Qual das frases abaixo apresenta predicativo? (a) O empreendimento imobiliário mudou o panorama da cidade. (b) A solenidade de formatura será no salão nobre da escola. (c) A leitura consolida a formação cultural de uma pessoa. (d) Os atletas do ano passado eram os melhores que já jogaram aqui. (e) Recuperar os pontos perdidos mudará o perfil da equipe. 32. Indique a alternativa que não apresenta um predicativo do sujeito. (a) A solução do problema é comprarmos um carro novo. (b) Gustavo foi o único atleta que não se machucou. (c) Depois da reunião, Hugo saiu preocupado da sala. (d) É fundamental que possas participar do processo em questão. (e) O evento musical foi em pleno estádio do clube da cidade. 33. Assinale a alternativa com um predicativo do objeto sublinhado. (a) A comissão de apreciação avaliou o projeto inadequado à empresa. (b) A comissão de apreciação avaliou o projeto inadequado à empresa. (c) A comissão de apreciação avaliou o projeto inadequado à empresa. (d) A comissão de apreciação avaliou o projeto inadequado à empresa. (e) A comissão de apreciação avaliou o projeto inadequado à empresa. 34. Assinale a alternativa com um predicativo do objeto sublinhado. (a) A diretora julgou a crise preocupada com suas atribuições na empresa. (b) A autoridade policial considerou o rapaz suspeito do crime (c) O técnico avaliou mal a estratégia da equipe no último campeonato. (d) Os marinheiros chegaram exaustos no litoral do continente. (e) O mediador da questão avalia a proposta da parte querelante. 35. Qual alternativa apresenta o núcleo do predicativo sublinhado? (a) Foi muito bem escolhida a nova proposta de gestãoda empresa. (b) Foi muito bem escolhida a nova proposta de gestão da empresa. (c) Foi muito bem escolhida a nova proposta de gestão da empresa. (d) Foi muito bem escolhida a nova proposta de gestão da empresa. (e) Foi muito bem escolhida a nova proposta de gestão da empresa. Aposto O aposto é o termo da oração que se refere sempre a um nome e apresenta a função de explicar, esclarecer, desenvolver ou resumir a ideia contida nesse nome. Exemplos: Raul, o meu amigo, voltou. Onde: Raul → sujeito o meu amigo → aposto voltou → verbo intransitivo A prova do crime – a faca – sumiu. Onde: A prova do crime → sujeito a faca → aposto sumiu → verbo intransitivo Eu vi o presente de Ana: uma moto. Onde: Eu → sujeito vi → verbo transitivo direto o presente de Ana → objeto direto uma moto → aposto Casos Especiais 1. Aposto Pronominal: Ocorre quando o aposto está sendo representado na oração por um pronome. Exemplo: O responsável pelo crime, você, foi descoberto. Onde: O responsável pelo crime → sujeito você → aposto 2. Aposto Oracional: Ocorre quando o termo da oração, que funciona como aposto, for uma oração. Exemplo: A paz, permanecer em equilíbrio, é fundamental. Onde: A paz → sujeito permanecer em equilíbrio → aposto Nestes casos, as orações são classificadas como orações apositivas – tema tratado mais adiante. 3. Aposto Especificativo: O aposto especificativo que atua sempre junto ao nome a que se refere o aposto. Nesse caso ele se torna muito parecido com um simples adjetivo, porém, enquanto o adjetivo apenas funciona como um atributo de nome a que se refere, o aposto especificativo representa uma equivalência de identidade com o termo referido. Exemplos: Não compre nas Casas Pernambucanas da Avenida Paulista Onde: Pernambucanas → aposto especificativo (aposto de “Casas”) Paulista → aposto especificativo (aposto de “Avenida”) Repare que existe uma identidade grande entre os apostos e os seus referentes. A cidade de Brasília tem um clima seco. Onde: de Brasília → aposto especificativo (aposto de “cidade”) O rei D. João VI era confuso. Onde: D. João VI → aposto especificativo (aposto de “rei”) Para destacar a diferença entre o aposto especificativo e o adjunto adnominal classificado como adjetivo, observe os exemplos abaixo. Exemplos: As casas pernambucanas são grandes. A moda paulista impressiona o país. O clima de Brasília é muito seco. As atitudes de D. João VI surpreenderam. Em todos estes casos acima os termos destacados representam simples adjetivos. Exercícios sobre aposto 36. Qual alternativa apresenta um aposto? (a) Falei com a Camila que é enfermeira do exército. (b) Falei com a Camila, enfermeira do exército. (c) Encontrei Camila, na casa de Mariana, com o cabelo pintado. (d) Encontrei, Camila, o livro que procuravas. (e) Apesar de conhecer Camila, a moça ficou assustada. 37. Todas as alternativas apresentam um aposto com exceção de: (a) Ana fez compras: roupas e calçados. (b) Hoje, 25 de maio, Hugo está de aniversário. (c) Na Europa, a três graus negativos, eu estava congelando. (d) Lucas, primo de Gustavo, joga tênis. (e) Ela recebeu uma grande amiga, Tânia. 38. Sobre o aposto só não é possível garantir que: (a) ele apresenta características de explicação. (b) deve estar obrigatoriamente entre vírgulas. (c) está vinculado sintaticamente a um nome. (d) pode ser apenas uma palavra. (e) pode ser formado por uma oração. 39. Qual alternativa apresenta uma vírgula devido à presença de um aposto? (a) Juliana encontrou uma amiga, duas colegas e um antigo namorado. (b) O rapaz, ontem, veio consertar o computador. (c) A vida, meu amigo, não apresenta surpresas. (d) A taça, peça valiosíssima, foi roubada do museu. (e) Buscamos o carro, mas não conseguimos falar com Marcos. 40. Sobre a frase “A vida de João, um péssimo exemplo, será apresentada em filme”, podemos afirmar que: (a) o núcleo do aposto é “péssimo”. (b) a vírgula após a palavra “exemplo” pode ser retirada sem nenhum prejuízo à norma culta da língua portuguesa. (c) o núcleo do aposto é “vida”. (d) a vírgula após a palavra “João” pode ser substituída por dois-pontos, pois é comum o aposto ser apresentado após esse sinal de pontuação. (e) o núcleo do aposto é “exemplo”. Vocativo O vocativo é um termo isolado dos demais termos de uma oração; a sua função é chamar ou interpelar o elemento a quem o texto se dirige. Exemplos: O trabalho, meu amigo, é fácil. Onde: O trabalho → sujeito meu amigo → vocativo é → verbo de ligação fácil → predicativo Ana, eu comprei um carro. Onde: Ana → vocativo eu → sujeito comprei → verbo transitivo direto um carro → objeto direto Cuidado! Natália, faça os temas. Onde: Natália → vocativo “você” → sujeito elíptico faça → verbo transitivo direto os temas → objeto direto No último exemplo acima, as provas de concursos geralmente perguntariam se o sujeito pode ser “Natália”. Lembre-se de que o vocativo funciona de modo isolado, portanto ele nunca poderá ser sujeito. Exercícios sobre vocativos 41. Assinale a frase em que se destacou um vocativo. (a). Fala alto aquele policial. (b). O diamante, pedra muito cara, foi roubado. (c). Cheguei, depois de dois anos, ao coração do deserto. (d). Não quero, Artur, que tenhas dificuldades. (e). O carro de Rui venceu a corrida. 42. Em qual alternativa o substantivo “Pedro” pode funcionar não como vocativo? (a) Pedro, tentarei encontrar um amigo no cinema da zona sul. (b) Tentarei, Pedro, encontrar um amigo no cinema da zona sul. (c) Tentarei encontrar, Pedro, um amigo no cinema da zona sul. (d) Tentarei encontrar um amigo, Pedro, no cinema da zona sul. (e) Tentarei encontrar um amigo no cinema, Pedro, da zona sul. 43. Indique a alternativa em que não ocorre vocativo. (a) Mulher, venha! (b) Venha, mulher! (c) Mulher, voltarei bem. (d) Voltarei bem, mulher. (e) Voltarei bem mulher. 44. Marque a frase que garantidamente contém vocativo. (a) O diretor, Renato, foi promovido na empresa. (b) Renato, o diretor da empresa, foi promovido. (c) O diretor da empresa, Renato, foi promovido. (d) O Renato, promovido, é diretor da empresa. (e) Renato, o diretor da empresa foi promovido. GABARITO DE OUTROS TERMOS DA ORAÇÃO 1 - B 2 - C 3 - E 4 - D 5 - B 6 - D 7 - C 8 - A 9 - E 10 - C 11 - E 12 - A 13 - B 14 - B 15 - C 16 - B 17 - A 18 - E 19 - D 20 - C 21 - E 22 - B 23 - D 24 - C 25 - C 26 - B 27 - C 28 - E 29 - A 30 - B 31 - D 32 - E 33 - D 34 - B 35 - A 36 - B 37 - C 38 - B 39 - D 40 - E 41 - D 42 - D 43 - E 44 - E ANÁLISE SINTÁTICA EXTERNA As relações estabelecidas entre as orações de um determinado texto só podem ser coordenadas (quando as duas orações oferecerem um certo padrão de independência) ou subordinadas (quando a relação entre as duas orações ocorrerem numa situação de dependência de uma delas em relação à outra). Exemplos: Eu dormi hoje, mas amanhã trabalharei. 1a oração: Eu dormi hoje – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: mas “eu” amanhã trabalharei – oração coordenada sindética (oração independente) Eu dormi hoje para trabalhar amanhã. 1a oração: Eu dormi hoje – oração principal (oração independente) 2a oração: “Eu” trabalhar amanhã – oração subordinada adverbial (oração dependente) Período Composto por Coordenação É um período formado por orações independentes que poderão ser sindéticas ou assindéticas. As orações assindéticas são dessa forma classificadas por não contarem com a presença do elemento responsável pela ligação das duas orações, ou seja, o nexo (conjunção). Classificação: 1. oração coordenada aditiva Oração que simplesmente se agrega a uma outra sem nenhuma outra característica a não ser o próprio acréscimo de ideias. Exemplos: Ele joga futebol e mora ao lado. 1a oração: Ele joga futebol – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: e mora ao lado – oração coordenada sindética aditiva (oração independente) 2. oração coordenada adversativaOração que se une a outra expressando um sentido de oposição, contrariedade ou contradição. Exemplos: Trabalhas, mas vives à custa da mãe. 1a oração: Trabalhas – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: mas vives à custa da mãe – oração coordenada sindética adversativa (oração independente) 3. oração coordenada explicativa[footnoteRef:14] [14: Mais detalhes ver Celso Pedro Luft “Gramática Resumida” página 175 – Editora Globo] Oração que se une à outra apresentando a explicação da informação expressa na outra oração. Exemplos: Venha, porque te amamos muito. 1a oração: Venha – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: porque te amamos muito – oração coordenada sindética explicativa (oração independente) Observação: Note a diferença entre motivo e causa. Motivo é a justificativa apresentada por que algo ocorre; já a causa é o fator ou circunstância responsável por tal ocorrência. Exemplo de oração explicativa Choveu, porque o campo está alagado. 1a oração: Choveu – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: porque o campo está alagado – oração coordenada sindética explicativa (oração independente) Exemplo de oração causal (subordinada) Artur nunca é aprovado porque não estuda. 1a oração: Artur nunca é aprovado – oração principal (oração independente) 2a oração: porque não estuda – oração subordinada adverbial causal (oração dependente) 4. oração coordenada conclusiva Oração que se une a outra exprimindo uma conclusão ou uma consequência. Exemplos: O goleiro é bom, portanto não pode sair. 1a oração: O goleiro é insubstituível – oração coordenada assindética (oração independente) 2a oração: portanto não pode sair do time – oração coord. sindética conclusiva (oração independente) 5. oração coordenada alternativa Oração que se une a outra de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato o outro não se cumpre. Portanto fica implícita uma ideia de exclusão. Exemplos: Ou Ana chega tarde em casa, ou ela fica acordada até altas horas. 1a oração: Ou Ana chega tarde em casa – oração coord. sindética alternativa (oração independente) 2a oração: ou ela fica acordada até altas horas – or. coord. sindética alternativa (oração independente) Período Composto por Subordinação É um período formado por orações dependentes e são: Orações Subordinadas são dependentes e apresentam funções sintáticas como se fossem termos da oração principal (substantivo, adjetivo e advérbio) e, por isso mesmo, acabam assumindo funções sintáticas em relação à oração principal. As orações subordinadas podem apresentar o verbo flexionado no modo indicativo ou no subjuntivo, neste caso, as classificaremos de orações desenvolvidas; mas, se elas se apresentarem como verbo nas formas nominais gerúndio, particípio ou infinitivo, chamaremos de orações reduzidas. Classificação 1. oração subordinada substantiva As orações subordinadas substantivas exercem funções próprias de substantivos (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento, adjunto adnominal, predicativo e aposto). 2. oração subordinada adjetiva As orações subordinadas adjetivas apresentam funções de adjetivos (adjunto adnominal, aposto), restringem ou “explicam” um substantivo da oração principal. 3. oração subordinada adverbial As orações subordinadas adverbiais exercem funções de advérbios (adjuntos adverbiais) da oração principal. As orações subordinadas adverbiais poderão ser causal, condicional, conformativa, concessiva, comparativa, consecutiva, temporal, proporcional ou final. Classificação das orações substantivas 1. Subjetivas As orações subjetivas exercem função de sujeito da oração principal. Ex: Amar é fundamental. 1a oração: Amar – oração subordinada substantiva subjetiva (oração mais dependente - reduzida) 2a oração: é fundamental – oração principal (oração mais independente) 2. Objetivas Diretas As orações objetivas diretas exercem função de objeto direto da oração principal. Ex: Temo que ele venha à festa. 1a oração: Temo – oração principal (oração independente) 2a oração: que ele venha à festa – or. subord. substantiva objetiva direta (or. dependente - desenvolvida) 3. Objetivas Indiretas As orações objetivas indiretas atuam sintaticamente com função de objetos indiretos da oração principal. Por isso as orações objetivas indiretas são regidas por verbos transitivos indiretos. Ex.: Lembrou-se de que veria a roupa. 1a oração: Lembrou-se – oração principal (oração independente) 2a oração: de que veria a roupa – or. subord. substantiva objetiva indireta (or. dependente - desenvolvida) 4. Completivas Nominais As orações completivas nominais exercem função de complemento nominal de um substantivo, adjetivo ou particípio da oração principal. Ex.: Tenha esperança de que ela volte. 1a oração: Tenha esperança – oração principal (oração independente) 2a oração: de que ela volte – or. subord. substantiva completiva nominal (or. dependente - desenvolvida) 5. Predicativas As orações predicativas exercem funções sintáticas de predicativo da oração principal de que elas dependem. Ex.:Que tenhas um bom ano são meus votos. 1a oração: Que tenhas um ano próspero – or. subord. subst. predicativa (or. dependente - desenvolvida) 2a oração: são os meus votos – oração principal (oração independente) 6. Apositivas As orações apositivas são as orações que funcionam como aposto de uma palavra da oração principal. Ex.: Receba esse aviso: não voltes mais. 1a oração: Receba esse aviso – oração principal (oração independente) 2a oração: não voltes mais – oração subordinada substantiva apositiva (oração dependente - desenvolvida) 7. Agente da Passiva As orações agentes da passiva são orações subordinadas que funcionam como agente da passiva regido pelas preposições por e de. Ex.: O prêmio é recebido por quem merece. 1a oração: O prêmio é recebido – oração principal (oração independente) 2a oração: por quem merece – or. subord. substantiva agente da passiva (or. dependente - desenvolvida) Exercícios 1. Na frase "Nós compreendemos que o amor é importante", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva objetiva direta (c) subordinada substantiva apositiva (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva predicativa 2. Na frase "Estudar certo influencia no resultado da prova", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva objetiva direta (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva predicativa 3. Na frase "Ana está feliz devido ao alvorecer do sol", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva predicativa (b) subordinada substantiva objetiva indireta (c) subordinada substantiva objetiva direta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva subjetiva 4. Na frase "Valorizar o casamento é surpreender a pessoa amada",as orações subordinadas destacadas devem ser classificadas respectivamente como (a) substantiva subjetiva e substantiva objetiva direta (b) substantiva subjetiva e substantiva predicativa (c) substantiva subjetiva e substantiva subjetiva (d) substantiva predicativa e substantiva subjetiva (e) substantiva predicativa e substantiva objetiva direta 5. Na frase "A verdadeira vitória, ultrapassar barreiras, é a marca dos campeões", a oração destacada deve ser classificada como (a) oração subordinada substantiva adjetiva (b) oração subordinada adjetiva (c) oração subordinada substantiva predicativa (d) oração subordinada adjetiva apositiva (e) oração subordinada substantiva apositiva 6. Na frase "O diretor garantiu que as férias serão coletivas",a oração destacada exerce a mesma função que o termos destacado na alternativa (a) A prova será fácil, garantiu a professora de matemática. (b) Nós nunca mais o vimos na biblioteca da cidade. (c) Renato semprefoi o que demonstrou mais capacidade. (d) Os atletas jamais se esqueceram de que o treinamento é importante. (e) O computador deixa o ser humano propenso a abandonar o hábito da escrita a mão. 7. Na frase "Perguntei se ela estava preparada para a festa", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva objetiva direta (c) subordinada substantiva predicativa (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva apositiva 8. Na frase "Atualmente nos permite evoluir muito pesquisar genética",as orações subordinadas destacadas devem ser classificadas respectivamente como (a) substantiva subjetiva e substantiva objetiva direta (b) substantiva subjetiva e substantiva predicativa (c) substantiva subjetiva e substantiva subjetiva (d) substantiva objetiva direta e substantiva objetiva direta (e) substantiva objetiva direta e substantiva subjetiva 9. Na frase "Economizar é comprar bem", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva objetiva direta (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva predicativa 10. Na frase "A garantia de que uma equipe é equilibrada está em seu técnico", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva objetiva indireta (b) subordinada substantiva objetiva direta (c) subordinada substantiva predicativa (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva subjetiva 11. Na frase "Durante as férias, sabe-se que o corpo relaxa", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva objetiva direta (b) subordinada substantiva subjetiva (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva apositiva 12. Na frase "Lembre-se de que Rafaela está em casa", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva apositiva (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva objetiva direta 13. Na frase "Demonstrar que houve justiça faz parte da tarefa de qualquer homem de caráter", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva apositiva (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva objetiva direta 14. Na frase "Amar é doar-se", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva objetiva direta (b) subordinada substantiva subjetiva (c) subordinada substantiva predicativa (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva apositiva 15. Na frase "A competência para estudar caracteriza o bom aluno", a oração destacada deve ser classificada como uma oração (a) subordinada substantiva subjetiva (b) subordinada substantiva apositiva (c) subordinada substantiva objetiva indireta (d) subordinada substantiva completiva nominal (e) subordinada substantiva objetiva direta Classificação das orações adjetivas As orações adjetivas são orações dependentes que exercem função sintática própria de adjetivo de uma palavra que se apresenta na oração principal. Iniciam por pronomes relativos (a não ser que sejam reduzidas): o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quem, que, onde (em que), quando. 1. Restritivas As orações subordinadas adjetivas restritivas delimitam, restringem o substantivo a que se anexam. Essas orações poderiam ser chamadas de determinativas por determinar sempre o substantivo regente. Ex.: Homem que é calmo vence na vida. 1a oração: Homem vence na vida – oração principal (oração independente) 2a oração: que é calmo – oração subordinada adjetiva restritiva (oração dependente - desenvolvida) 2. Explicativas As orações subordinadas adjetivas explicativas são aquelas que funcionam como meros apostos. Podem ser eliminadas sem prejuízo algum ao fluxo das informações que transitam no texto. Ex.: O homem, que é racional, pensa. 1a oração: O homem pensa– oração principal (oração independente) 2a oração: que é racional – oração subordinada adjetiva explicativa (oração dependente - desenvolvida) Classificação das orações adverbiais As orações subordinadas adverbiais (O. S. Adv.) são nove[footnoteRef:15] tipos de orações dependentes que exercem função sintática própria de advérbio do verbo que se apresenta na oração principal. Essas orações podem iniciar por uma conjunção ou sem o nexo relacional. [15: De acordo com a NGB, as orações adverbiais são apenas nove.] 1. Causais As orações subordinadas adverbiais causais apresentam uma causa do que afirma o predicado da oração principal. Ex.: A equipe venceu porque jogou bem. 1a oração: A equipe venceu – oração principal (oração independente) 2a oração: porque jogou bem – O. S. Adv. Causal (oração dependente - desenvolvida) Jorge foi preso por furtar na igreja. 1a oração: Jorge foi preso – oração principal (oração independente) 2a oração: por furtar na igreja – O. S. Adv. Causal (oração dependente – reduzida de infinitivo) 2. Comparativas As orações subordinadas adverbiais comparativas traduzem uma comparação e são sempre desenvolvidas. Ex.: Nunca faça como os afobados. 1a oração: Nunca faça – oração principal (oração independente) 2a oração: como os afobados– O. S. Adv. Comparativa (oração dependente - desenvolvida) 3. Concessiva As orações subordinadas que expressam ideia de concessão apresentam um sentido de oposição subordinada. Ex.: Sorriu muito embora estivesse triste. 1a oração: Sorriu muito – oração principal (oração independente) 2a oração: embora estivesse triste– O. S. Adv. Concessiva (oração dependente - desenvolvida) Apesar de não comer, Ana engordou. 1a oração: Apesar de não comer – O. S. Adv. Concessiva (oração dependente – reduzida de infinitivo) 2a oração: Ana engordou – oração principal (oração independente) 4. Condicional As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem uma ideia de condição (ou hipótese) em relação às informações contidas na oração principal. Ex.: Eu irei caso não chova. 1a oração: Eu irei – oração principal (oração independente) 2a oração: caso não chova – O. S. Adv. Condicional (oração dependente - desenvolvida) Ao acreditarmos nisso, ele é inocente. 1a oração: Ao acreditarmos nisso – O. S. Adv. Condicional (oração dependente – reduzida de infinitivo) 2a oração: ele é inocente – oração principal (oração independente) 5. Conformativa As orações subordinadas conformativas indicam conformidade (modo). Ex.: Segundo o júri, o réu é culpado. 1a oração: Segundo o júri – O. S. Adv. Conformativa (oração dependente - desenvolvida) 2a oração: o réu é culpado – oração principal (oração independente) 6. Consecutiva As orações subordinadas consecutivas denotam resultado, consequência. Ex.: Dormiu tanto que perdeu a hora. 1a oração: Dormiu tanto – oração principal (oração independente) 2a oração: que perdeu a hora – O. S. Adv. Consecutiva (oração dependente - desenvolvida) 7. Final As orações subordinadas adverbiais finais indicam circunstâncias de finalidade. Ex.: Trabalhou, para que eu vencesse. 1a oração: Trabalhou – oração principal (oração independente) 2a oração: para que eu vencesse – O. S. Adv. Final (oração dependente - desenvolvida) Trabalhou duro para eu vencer. 1a oração: Trabalhou duro – oração principal (oração independente) 2a oração: para eu vencer – O. S. Adv. Final (oração dependente – reduzida de infinitivo) 8. Proporcionais As orações subordinadas proporcionais exprimem o sentido de proporção. Ex.: À medida que cresce, fica mais bela. 1a oração: À medida que cresce – O. S. Adv. Proporcional (oração dependente - desenvolvida) 2a oração: fica mais bela – oração principal (oração independente) 9.Temporal As orações subordinadas adverbiais temporais exprimem circunstâncias de tempo. Ex.: Quando chegaste, a festa melhorou. 1a oração: Quando chegaste – O. S. Adv. Temporal (oração dependente - desenvolvida) 2a oração: a festa melhorou – oração principal (oração independente) Antes de dormir, ele sonha com o melhor. 1a oração: Antes de dormir – O. S. Adv. Temporal (oração dependente – reduzida de infinitivo) 2a oração: ele sonha com o melhor – oração principal (oração independente) Exercícios 16. Assinale a única alternativa em que a ideia introduzida pelo conetivo destacado não é de condição. (a)Caso me apoies, serei candidato. (b)Como irás me apoiar, serei candidato. (c) Serei candidato, contanto que me apoies. (d)A menos que me apoies, não serei candidato. (e)Sem que me apoies, não serei candidato. 17. Assinale a alternativa em que se modifica o significado da oração sublinhada no período “Ainda que a crítica o acuse de superficialidade, o público vibra”. (a) Embora a crítica o acuse de superficialidade, (b) Conquanto a crítica o acuse de superficialidade, (c) Sem que a crítica o acuse de superficialidade, (d) Mesmo que a crítica o acuse de superficialidade, (e) Apesar de a crítica o acuse de superficialidade, 18. João andava com um amigo. A polícia desconfiava desse amigo. Ele era um sujeito de hábitos muito estranhos. Se construirmos um período complexo, a partir desses três períodos simples, mantida a ordem de apresentação, podem aparecer como conetivos (a) de quem – porque. (d) que – porque. (b) quem – conquanto . (e) de quem – conquanto que. (c) que – já que. GABARITO DE ANÁLISE SINTÁTICA EXTERNA 1 - B 2 - A 3 - D 4 - B 5 - D 6 - B 7 - B 8 - E 9 - E 10 - D 11 - B 12 - C 13 - E 14 - C 15 - D 16 - B 17 - A 18 - A REGÊNCIA VERBAL A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos (ou locuções verbais) e seus complementos (objeto direto e objeto indireto). Por isso estudamos na regência verbal a transitividade direta, transitividade indireta, transitividade direta e indireta ou intransitividade do verbo e qual a preposição regida pelo verbo (se houver). Lembre que os verbos não apresentam regências isoladas, eles só apresentam regências inseridas no contexto. Portanto nunca pergunte qual a regência de um verbo e sim pergunte qual é a regência do verbo em um determinado contexto. Por exemplo, observe as várias formas de emprego do verbo ler. · João leu muito na infância.(ler ► verbo intransitivo, sem objetos) · João leu o livro pedido.(ler ►verbo transitivo direto, sem uma preposição exigida pelo verbo) · João leu para todos na igreja.(ler ►verbo transitivo indireto, com a Preposição para exigida pelo verbo) · João leu a carta para mim.(ler ► verbo transitivo direto e indireto, com um objeto sem preposição e outro com a preposição para) VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS Verbos transitivos diretos são verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto. Exs.: Gustavo comprou uma casa. (Gustavo – sujeito – pratica a ação de comprar sobre o objeto direto casa.) Ela recebeu flores de sua mãe. (Ela – sujeito – pratica a ação de receber sobre o objeto direto mãe.) O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome. Mas a apresentação do objeto direto nunca se faz com uma preposição anteposta exigida pelo verbo. VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição regida – exigida – pelo verbo. O complemento é denominado objeto indireto. Exs.: Raul falou com o chefe ontem. (Raul – sujeito – pratica a ação de falar sobre o objeto indireto chefe, com um verbo que rege a preposição com neste contexto.) O político aspirava à presidência. (o político – sujeito – pratica a ação de aspirar sobre o objeto indireto a presidência, com um verbo que rege a preposição a neste contexto.) Assim como o objeto direto, o objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome. Porém o aparecimento do objeto indireto na frase realiza-se sempre com um verbo que esteja atuando com um sentido capaz de reger – exigir – uma preposição. VERBOS INTRANSITIVOS São verbos que se ligam apenas ao sujeito, ou seja, são verbos que não apresentam complementos na oração. Esses verbos aparecem sozinhos ou, no máximo, poderão ser acompanhados de adjuntos adverbiais. Exs.: Todo o grupo descansou. (Todo o grupo – sujeito – apenas pratica a ação de descansar) Na semana passada, Gil chegou. (Gil – sujeito – apenas pratica a ação de chegar, o sintagma na semana passada é um adjunto adverbial) Vejamos alguns verbos especiais: 1. Agradar (desagradar) Sentido1: causar agrado; ser agradável. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Ex.: O professor agradou aos alunos. Sentido2: acarinhar Transitividade: VTD Ex.: O filho agradou o pai. 2. Agradecer, Pagar, Perdoar Sentido1: relacionado a alguma coisa. Transitividade: VTD Exs.: Agradecemos a oportunidade. Pagamos o aluguel. Perdoarei os juros. Sentido2: relacionado a alguém. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs.: Agradeço ao meu pai. Pagarei ao locador. Perdoe sempre aos amigos. 3. Aspirar Sentido1: desejar; anelar. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Ex.: Ana Carolina aspira ao cargo. Sentido2: cheirar, inalar, sorver. Transitividade: VTD Ex.: Aspiro o aroma das flores. 4. Assistir Sentido1: presenciar, ver, pertencer. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Ex.: Assistiremos ao jogo Sentido2: dar assistência, ajudar. Transitividade: VTD Ex.: O médico assiste o paciente. Sentido3: (com advérbio de lugar) atender. Transitividade: VI Ex.: O Embaixador assiste em Brasília. 5. Chegar, Ir Sentido1: (com expressão de lugar) Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs.: Cheguei ao colégio adiantado. Irei ao colégio amanhã. Sentido2: (com expressão de tempo) Transitividade: VTI Preposição exigida: em Ex.: Cheguei na hora marcada. Sentido3: (com expressão de meio) Transitividade: VTI Preposição exigida: de Ex.: Chegamos de carro. Vou de carro. Observação: Na linguagem coloquial o verbo ir constantemente é utilizado de forma inadequada com a preposição em. Exs.: Adriano foi no banheiro. (inadequado) Adriano foi ao banheiro. (adequado) A diretora foi na sala. (inadequado) A diretora foi à sala. (adequado) 6. Comunicar Sentido: fazer saber, participar. Transitividade: VTDI Preposição exigida: a A regência padrão do verbo comunicar é alguém comunicar algo a alguém ou algo ser comunicado a alguém. Exs: O menino comunicou os fatos aos pais. (voz ativa) Os fatos foram comunicados aos pais pelo menino. (voz passiva) Como se vê, na língua padrão o que se deve comunicar é a coisa, o fato, e não a pessoa. São cada vez mais comuns, no entanto, construções inadequadas e fora desse padrão. Exs.: O secretário comunicou o governador da rebelião. (voz ativa) O governador foi comunicado da rebelião pelo secretário. (voz passiva) Esse uso coloquial do verbo comunicar certamente se explica pela influência da regência de sinônimos, entre os quais se destaca informar, que na língua padrão ocorre com as construções "Alguém informa alguém de algo" (O secretário informou o prefeito dos fatos.) e "Alguém informa algo a alguém" (O secretário informou os fatos ao prefeito.). 7. Considerar O correto é dizer que fulano foi considerado o melhor, e não como o melhor. Ex.: Pelé foi considerado o melhor do mundo. 8. Dar, Pedir (informação) Deve-se dar ou pedir mais informações, outras informações, nunca maiores, já que se deseja ter mais quantidade ou detalhes de uma informação, e não saber o seu tamanho. 9. Entregar ... domicílio Situação1: verbos queindicam movimento em relação ao domicílio Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs.: Nós fomos ao seu domicílio. Enviamos encomendas a domicílio. Não entregamos a domicílio. Situação2: verbos que não indicam movimento em relação ao domicílio Transitividade: VTI Preposição exigida: em Exs.: Dou aulas em seu domicílio. Fazes massagem em domicílio? Ela deverá dormir no domicílio. 10. Estar (ao telefone) Situação culta: uma vez que telefone não é um lugar, é inadequado afirmar que se está no telefone. Portanto uma pessoa está ao telefone e não no telefone. Exs.: Ana está no telefone falando com a sua mãe. (inadequado) Ana está ao telefone falando com a sua mãe. (adequado) 11. Implicar Sentido1: resultar, acarretar. Transitividade: VTD Exs.: A vitória implica suor. (adequado) A vitória implica em suor. (inadequado) Sentido2: antipatizar, não concordar. Transitividade: VTI Preposição exigida: com Exs.: Lia implica com os colegas novos. Sentido3: envolver. Preposição exigida: em Transitividade: VTDI Ex.: Implicaram o rapaz no roubo. 12. Lembrar, Esquecer Situação1: sem pronome reflexivo Transitividade: VTD Exs.: Lembrei aquele assunto importante. Esqueci o segredo do cadeado. Situação2: com pronome reflexivo Transitividade: VTI Preposição exigida: de Exs.: Lembrei-me dos velhos sonhos. Esqueci-me da chave sobre a mesa. 13. Morar, Residir, Habitar Sentido: ter habitação ou residência. Transitividade: VTI Preposição exigida: em Exs.: Moro em Porto Alegre. Moro na Rua da Saudade. Resido na Avenida Getúlio Vargas. 14. Namorar Sentido1: cortejar. Transitividade: VTD Ex.: Rui só namora as loiras. Observação: Provavelmente a relação semântica com os verbos noivar e casar (que são verbos transitivos indiretos) é a responsável pelo uso coloquial do verbo namorar com a transitividade indireta. Exs.: Ana namora com Rui. (inadequado) Ana namora o Rui. (adequado) 15. Obedecer, Suceder, Obstar Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs.: Obedecemos ao regulamento. Obedeça sempre aos seus pais. A vitória sucede à persistência. Nada obsta a que venhas visitar-me. Observação: Quando o verbo obedecer estiver relacionando a algo, alguma coisa e não a alguém, ele poderá ser passado para a voz passiva mesmo tendo apenas objeto indireto. Ex.: (Voz Ativa) Rute obedeceu ao regulamento. (Voz Passiva) O regulamento foi obedecido pela Rute. 16. Preferir Transitividade: VTDI Preposição exigida: a Exs.: Prefiro o frio ao calor. (adequado) Prefiro o frio do que calor. (inadequado) Ela prefere arroz a carne. (adequado) Ela prefere arroz do que carne. (inadequado) Prefiro mais alimentos naturais. (inadequado) Prefiro alimentos naturais. (adequado) 17. Proceder Sentido1: portar-se, ter fundamento, provir. Transitividade: VI Exs.: Heraldo procedeu corretamente. Sua reivindicação não procede Sentido2: efetuar, realizar. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Ex.: O secretário procedeu à leitura da ata. A Caixa Federal procederá ao sorteio? 18. Responder Sentido1: em relação à pergunta. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs.: João respondeu às perguntas. Respondeste às minhas cartas? Sentido2: para exprimir a resposta. Transitividade: VTD e VI Preposição exigida: a Exs.: Ela não respondeu nada. Só Júlio me respondeu a data certa. Depois disso, ele me respondeu. 19. Visar Sentido1: apontar, dar vista. Transitividade: VTD Exs.: O atirador visou o alvo. O gerente não mais visou os cheques. Sentido2: ter em vista, almejar. Transitividade: VTI Preposição exigida: a Exs: O ensino visa ao progresso social. Ana visava a um futuro melhor. 20. Verbos com regências diferentes Verbos com regência diferente não podem reger um mesmo complemento. Estariam, pois, inadequadas as frases: Exs.: Entraram e saíram da sala. (entrar em - sair de). Compreendeu e participou da alegria do marido. (compreender algo - participar de algo) Fui e voltei a Porto Alegre. (ir a - voltar de) O correto seria: Entraram na sala e saíram dela. Compreendeu a alegria do marido e participou dela. Fui a Porto Alegre e voltei (de Porto Alegre). Exercícios 1. No trecho a seguir, assinale o verbo que não apresente a mesma predicação dos demais. (a) Ele interrogou-nos ainda algum tempo acerca da doutrina (b) e dos fundamentos dela, e depois de reconhecer que (c) a entendíamos, incitou-nos a (d) praticá-la, a (e) divulgá-la cautelosamente... 2. Aponte a alternativa em que a regência verbal está errada. (a) A velhota tinha a mania de namorar os rapazes elegantes da cidade. (b) Perdoou ao amigo o esquecimento. (c) Os alunos não obedeceram o regulamento da escola. (d) Simpatizo muito com meus colegas de classe. (e) A menina não pagou o doce consumido. 3. Em “Estamos dispostos a ouvi-los”, o verbo “ouvir” é: (a) Transitivo direto. (b) Transitivo indireto. (c) Transitivo direto e indireto. (d) Intransitivo. (e) Verbo de ligação. 4. "Uma política de distribuição de renda necessariamente tirará de alguns para favorecer os mais carentes". O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: (a) produziram regimes totalitários com milhões de mortos. (b) a especulação obedece precisamente a esse jogo de interesses. (c) o seu mau-humor imediatamente se manifesta... (d) torna esse conjunto um ser dotado de vontade. (e) não segue regras econômicas básicas. 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas em: (a) Costumam haver nas pessoas extrovertidas traços marcantes de timidez. (b) Não se devem imputar aos muito tímidos a culpa por sua notoriedade. (c) Não deixam de ocorrer a um tímido as vantagens de sua timidez. (d) Interessam a certos extrovertidos encobrir aspectos de sua timidez. (e) O fato de serem tímidas não impossibilitam as pessoas de serem notadas. 6. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacunada frase: (a) Entre as várias qualidades de seus poemas .... (destacar-se), acima de todas, a virtude da contenção. (b) Como não ...... (haver) de surpreender, em seus poemas, a precisão dos recursos estilísticos? (c) Aos poetas confessionais ...... (costumar) apresentar-se o risco de excessos emotivos. (d) Mais que tudo me ...... (agradar), naquele livro, os recursos formais que intensificavam o lirismo. (e) As duas práticas a que ...... (fazer) referência o texto não são, de fato, inconciliáveis. REGÊNCIA NOMINAL Um texto é composto por orações formadas por palavras interdependentes que se inter-relacionam muitas vezes assumindo papéis de palavras subordinadas ou palavras subordinantes. Quando a palavra subordinante não for um verbo, a palavra ou sintagma subordinado será chamado de complemento nominal. A Regência Nominal tratará exatamente da forma de comando estabelecida por uma palavra em relação ao(s) seu(s) termo(s) subordinado(s). As palavras subordinantes são substantivos, adjetivos e advérbios. Elas podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido precedida de preposição. Segue abaixo uma lista de palavras e as devidas preposições exigidas por elas. · · acostumado a, com · afeiçoado a, por · aflito com, por · alheio a, de · ambicioso de · amizade a, por, com · amor a, por · ansioso de, para, por · apaixonado de, por · apto a, para · atencioso com, para · aversão a, por · ávido de, por · conforme a · constante de, em · devoção a, por, para, com · devoto a, de · dúvida em, sobre, acerca de · empenho de, em, por · falta a, com, para · imbuído de, em · imune a, de · inclinação a, para, por · incompatível com · junto a, de · preferível a · propenso a, para · próximo a, de · respeito a, com, de, por, para · situado a, em, entre Exercício 7. Agora, identifique a alternativa com erro de regência nominal: (a) Nãoaceitaram a justificativa que aquilo tinha sido um equívoco. (b) Estava curioso em saber das novidades do fim de semana. (c) Sua resposta foi uma censura às minhas palavras. (d) Ficou aflito com a falta de notícias do amigo. (e) A adolescente deu à luz uma criança linda. GABARITO DA REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 1 C 2 C 3 A 4 B 5 C 6 D 7 A CRASE É a fusão ou contração de vogais idênticas geralmente ocorre com a preposição "a" e o artigo definido feminino “a” ou com o primeiro fonema “a” dos pronomes demonstrativos "aquele(s)", "aquela(s)", “aquilo” ou ainda com o pronome demonstrativo "a" (aquele que quase sempre antecede um pronome relativo). Lembre que o acento indicativo tem o nome de acento grave. Artigo a Feminina, definida e concorda com o número e gênero Pode ocorrer de modo elíptico Proibido: casa (sentido de lar), terra (oposição a mar), pronome de tratamento[footnoteRef:16], entre palavras repetidas, distância (indeterminada) [16: O único pronome de tratamento que admite a crase é o pronome "Senhora" (particularmente considero o pronome de tratamento "Senhora" uma forma de tratamento e não um pronome).] Opcional: pronome possessivo e nome de ser feminino CRASE Preposição a Costume: locuções à esquerda, à noite, às escuras, às escondidas, à medida que etc. Regência Verbal: Refiro-me à menina. Regência Nominal Preste atenção à sinalização Para que ocorra a presença da preposição "a" na língua portuguesa são necessárias três hipóteses: (1) o verbo pode exigi-la; (2) um nome – substantivo, adjetivo, advérbio – também pode exigi-la; e (3) ela pode surgir em locuções adverbiais, adjetivas ou conjuntivas por razões históricas da língua. 1. Crase regida por verbo: Exemplos: O chefe do setor falou com os funcionários. Ontem nós entregamos o relatório ao FBI. Na cerimônia de formatura, a moça agradeceu à professora. No primeiro exemplo, o verbo falar exige um objeto indireto, mas não admite o acento indicativo da crase porque a preposição exigida é a preposição com. Já, no segundo exemplo, o verbo entregar exige a preposição a – só não ocorre a crase porque a sigla FBI é do gênero masculino. Porém, no último exemplo, ocorre a crase porque o verbo "agradecer", quando se trata de pessoa, exige um objeto indireto com a preposição “a” que, combinada com o artigo “a” do substantivo feminino “professora”, promove o fenômeno da crase e passa a exigir o acento grave. 2. Crase regida por um nome Exemplos: Hoje, estudaremos a descoberta do Brasil. Eles prestaram atenção aos fatos. A Laura voltou graças à saudade de casa. Os jogadores eram totalmente alheios às opiniões do técnico. No primeiro exemplo, a palavra descoberta exige um complemento nominal, mas não admite a crase porque a preposição exigida é a preposição de. Já, no segundo exemplo, a palavra atenção exige a preposição a – só não ocorre a crase porque o substantivo fatos pertence ao gênero masculino. Mas, nos últimos exemplos, a presença da crase acontece, respectivamente, devido à regência da palavra "graças" e da palavra "alheios" as quais pedem complementos nominais iniciados pela preposição “a” que, combinada com os artigos “a” dos substantivos femininos "saudade" e "alheios", criam o fenômeno da crase e passam a exigir o acento grave. 3. Crase para iniciar uma locução Exemplos: O cavalo de corrida dormiu ao relento. Os policiais entraram à esquerda. No primeiro exemplo, o adjunto adverbial ao relento só não admite crase porque conta com o substantivo relento que é do gênero masculino; já, no segundo exemplo, como o substantivo esquerda pertence ao gênero feminino; ocorre, portanto, o fenômeno da crase. Nos três casos acima, observamos as possibilidades da existência da preposição, agora passaremos a analisar o outro fonema “a” com o qual a preposição se une para configurar a crase. 1. Crase com artigo feminino (de substantivo que aceite artigo[footnoteRef:17]) [17: No capítulo sobre o artigo, analisa-se todos os casos em que o substantivo admite ou não o artigo.] Exemplos: Entregou o livro à menina. (o substantivo "menina" aceita artigo) Refiro-me à cadeira quebrada. (o substantivo "cadeira" aceita artigo) Fui à Espanha no ano passado. (o substantivo "Espanha" aceita artigo) Não entreguei o livro a menina alguma. (a expressão "menina alguma" não aceita artigo) Fui a Brasília no ano passado. (o substantivo "Brasília" não aceita artigo) Fui à Brasília dos poderes no ano passado. (a expressão "Brasília dos poderes" aceita artigo) Observação: Ocorre a presença de artigo antes do local de uma palavra elíptica, portanto pode surgir a crase antes de palavra subentendida desde que seja uma palavra garantida pelo sentido do texto. Exemplos: Sônia nunca foi à casa de campo e nem à da paia da empresa. (A crase ocorre antes da palavra elíptica "casa") Fernando fez um gol à Ronaldinho. (A crase ocorre antes da palavra elíptica "moda") 2. Crase com pronome relativo "aquele" e seus variantes Exemplos: Refiro-me àquela piada que você contou. (termo de sentido incompleto "referir-se") Fiz críticas àquilo com que não concordo. (termo de sentido incompleto "crítica") Dirigi-me àquele senhor de óculos pretos. (termo de sentido incompleto "dirigir-se") 3. Crase com o pronome demonstrativo a (s) Exemplos: Eu vi a moça à qual te referiste ontem. (= aquela que te referiste ontem) Minha vitória está ligada à de todo o time. (= aquela vitória de todo o time) Não se usa crase em: 1. Antes de palavra masculina. Exemplos: A prova de biologia foi feita a lápis. Nós jamais chegaremos a cavalo. 2. Antes de verbo no infinitivo. Exemplos: De repente começou a chover. Rita pôs-se a conversar com todos os membros da plateia. 3. Antes de palavra no plural quando o a estiver no singular Exemplos: Desde o ano passado, eu sempre vou a inaugurações. Refiro-me a meninas inteligentes da turma. 4. Antes de pronomes em geral. Exemplos: Entreguei o livro a ela. Quanto a ela, decidiremos depois. Proporcionaremos felicidade a ti. Quanto a mim, decidiremos depois. Pedimos tudo a Vossa Excelência. Entreguei o livro a Vossa Senhoria. Vi a menina a que te referiste ontem. Ela é a moça a quem pedimos ajuda. Fizemos críticas a esta empresa. Nunca fomos a essa praia. Exceções: os pronomes indefinidos "outra" e "fulana" 5. Entre termos iguais. Exemplos: face a face; dia a dia; frente a frente; passo a passo. 6. Antes de adjunto adverbial de meio ou instrumento[footnoteRef:18]. [18: O adjunto adverbial de instrumento só admitirá o acento grave da crase quando esclarecer uma situação de ambiguidade. Veja o exemplo: Fernando pintou a máquina. Nesse caso, o sintagma "a máquina" pode ser um objeto direto (Fernando pintou a máquina), ou um adjunto adverbial de instrumento (Fernando pintou à máquina), no primeiro caso, "a máquina" está sendo pintada, mas, no segundo caso, "a máquina" está sendo usada para se pintar algo.] Exemplos: João morreu a faca naquela festa. As roupas entraram a chute na mala. As melhores pratos são feitos em forno a lenha. 7. Quando o paralelismo proíbe. Exemplos: Ana Maria sai de segunda a sexta. (o termo segunda está sem o artigo, por isso a sexta também) Ana Maria trabalha da segunda à sexta. (o termo segunda está com o artigo, por isso a sexta também) MODO PRÁTICO PARAIDENTIFICAR A CRASE 1. Passar o complemento feminino para o masculino: 2. Substituir a preposição a por para 3. Substituir a preposição a por de O fumo é prejudicial à saúde. O fumo é prejudicial ao corpo. Iremos à Espanha. Iremos para a Espanha. Iremos a Roma. Iremos para Roma. Retornaremos à Bolívia. Voltaremos da Bolívia. Iremos a Brasília. Voltaremos de Brasília. Ocorre crase em locuções a) adverbiais: às vezes, às pressas, às claras, à toa, à beça, à vontade, à noite, às três horas, às escuras, à queima-roupa, às cegas,às avessas, à vista[footnoteRef:19]etc. [19: A expressão "à vista" indicativa de forma de pagamento recebe acento grave indicativo de crase para esclarecer a possívelambiguidade que poderia surgir com o outro sentido de "a vista" igual a "o olho". Mas quando indicar lugar – adjunto adverbial de lugar – sempre exigirá acento grave. Exemplos: Comprarei à vista e não a prazo. (à vista = forma de pagamento) Comprei a vista de um distribuidor de próteses oculares nos Estados Unidos. (vista = olho) Terra à vista. (à vista = adjunto adverbial de lugar)] b) conjuntivas:à medida que, à proporção que. c)prepositivas.à custa de, à esquerda de, à direita de, à procura de, etc. Exercícios 1. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: “........ noite, assistimos ...... peça teatral e ...... seguir fomos ....... estação rodoviária, onde ficamos ........ espera de nossos amigos que iam chegar de viagem.” (a) À – à – a – à – a (b) A – à – a – à – a (c) À – à – à – a – a (d) À – à – a – à – à (e) À – a – à – a – à 2. Considere o emprego de a, à, há nas frases abaixo: I - Ele viveu aqui no Sul há muito tempo. II - Os jogadores obedecem à orientação do técnico novo. III - O jogador permanece fiel à sua meta maior: jogar na Espanha. IV - Daqui a dez anos voltará ao Brasil. Estão corretas: (a) somente I, II e III. (b) somente II, III e IV. (c) somente I e III. (d) somente I e II. (e) todas as frases. 3. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. “O rapaz foi obrigado ___ embarcar no trem que saía ____ onze horas, mas mostrou ____ todos seu descontentamento.” (a) a – as – à. (b) à – as – à. (c) a – às – a. (d) à– às – a. (e) a – às – à. 4. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado incorretamente. (a) A seleção treinou muitos chutes à gol de longa distância. (b) Não me refiro à menina, mas ao menino. (c) Entreguei o documento à amável dona Carmem. (d) À proporção que a chuva aumentava, ficávamos mais preocupados. (e) Estude mais a área à qual o prova irá se referir. 5. Na frase “Havendo ajustado com um vizinho irmos à Missa do Galo...”, observa-se a utilização de sinal indicativo de crase. A utilização deste mesmo sinal também é obrigatória em: (a) Eles sempre saíam a passeio pelas ruas do Rio. (b) A mulher acostumara-se a sofrer com a traição do marido. (c) A aceitação das tristezas é prejudicial a saúde do indivíduo. (d) Eu mostrei a ela o programa do teatro. (e) O marido a viu entrando na igreja. 6. Chegar ao desrespeito ...... propriedade privada, na cidade e no campo, e ...... um eventual não-cumprimento de contratos, pode levar ...... ruptura das instituições democráticas vigentes no País. As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas por (a) à - a - à (b) a - a - a (c) à - à - à (d) à - a - a (e) a - à - a 7. Considere as seguintes afirmações e responda. I - Caso substituíssemos a expressão ocupou-se por dedicou-se, na frase "Vale lembrar que Darwin ocupou-se da expressão não-verbal das emoções" seriam criadas as condições necessárias para o uso da crase. II - Caso substituíssemos emprestados pela expressão tomados por empréstimo, na frase "Matt Ridley transita nesse instigante, mesclando saberes emprestados às ciências humanas e naturais", seriam mantidas as condições necessárias para o uso da crase. III - Caso substituíssemos relativas por sobre no fragmento "... considerações pormenorizadas relativas à conduta animal ...", seriam mantidas no contexto da frase as condições para o emprego da crase. Quais estão corretas? (a) Apenas I. (b) Apenas II. (c) Apenas I e II. (d) Apenas II e III. (e) I, II e III. 8. “A elite política brasileira, salvo honrosas exceções, ainda não compreendeu a especificidade da política de segurança pública em relação às políticas sociais convencionais e às políticas penais baseadas no código criminal.” O uso da crase no período acima se justifica pela seguinte razão. (a) regência verbal. (b) regência nominal. (c) concordância verbal. (d) concordância nominal. 9. Atente para as seguintes frases: I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. II. Não cabe às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção. III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos. Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em (a) II e III. (b) I e II. (c) I e III. (d) I. (e) III. 10. Assinale a alternativa em que há ERRO no emprego do acento grave: (a) Vamos à feira. (b) Falávamos àquela que nos decepcionou (c) Os amantes encontravam-se às escondidas (d) O homem dirigia-se à qualquer local (e) Encontremos nosso professor à uma hora! GABARITO DA CRASE 1 - D 2 - A 3 - C 4 - A 5 - C 6 - A 7 - C 8 - A 9 - A 10 - D PONTUAÇÃO A pontuação representa um sistema de sinalização que serve para organizar e esclarecer todas as informações registradas textualmente. A estrutura básica de uma oração é composta por sujeito, verbo, objetos (direto e indireto) e adjunto adverbial. sujeito verbo objeto adjunto adverbial Pedro comprou um carro ontem Ponto O ponto final é utilizado basicamente por dois motivos: (1) encerrar uma ideia ou (2) em abreviaturas. Exemplos: Meu resultado na prova foi excelente. Encontramos a saída. Sr. Dra. Vírgula Quando a oração apresenta a sequência correta de estruturas básicas da composição dos elementos sintáticos, ela não necessita do uso da vírgula no interior da oração. Porém algumas regras fundamentam o uso da vírgula no texto. São elas: 1.Separar termos iguais (coordenados entre si): A vírgula pode ser utilizada para separar termos de mesma função, ou seja, termos que exerçam a mesma valor sintático. Exemplos: Pedro, Rui e Anita partiram cedo.(repetição de sujeito) João compra casa, carro, moto e lancha.(repetição de objeto direto) Os atletas lutaram, insistiram e venceram a partida.(repetição de verbo; portanto, de oração) Observação: Os nexos e, ou e nem são separados por vírgulas quando vierem repetidos. Exemplos: Lá havia árvores, e flores, e cascatas. Vieste por ódio, ou rancor, ou vingança? Nem eu, nem tu, nem ela, nem a editora mudará o texto. 2. Marcar a elipse do verbo (significativo): A vírgula deve sempre ser utilizada para marcar a elipse de um verbo desde que ele esteja sendo requerido semanticamente no meio do texto e desde que não seja um verbo de ligação. Exemplo: Nós buscamos a paz; eles, a guerra. (repare que neste caso as orações deverão ser separadas por ponto e vírgula) 3. Marcar deslocamentos drásticos: A vírgula pode ser utilizada para destacar palavras ou expressões deslocadas drasticamente no texto. Exemplos: A sinceridade, Nica trazia no peito. Que a vitória nos aguarda, sabemos. 4. Adjunto Adverbial: A vírgula, com referência ao uso do adjunto adverbial, depende da localização e das dimensões do adjunto adverbial. a) No lugar certo (final da oração) Neste caso não se usa vírgula. Exemplos: Ela chegou ontem. Nós partiremos no final do próximo ano. b) Deslocado (pequeno) A vírgula é opcional. Exemplos: Hoje receberemos a notícia. Compreendas que, amanhã, não ocorrerá o passeio da turma. c) Deslocado (longo) A vírgula é obrigatória. Exemplos: No final do ano, receberás presente. As questões, nas provas de concursos públicos, ganham uma importância grande. 5. Marcar elementos explicativos: A vírgula pode ser utilizada para destacar termos explicativos (desnecessários ao fluxo normal das informações da oração). Mas lembre que o elemento destacado deverá apresentar vírgula antes e após. a) Palavra ou expressão explicativa Exemplos: A constituição brasileira, por exemplo, foi criada em 1824. Refiro-me ao triângulo equilátero, isto é, o que tem todos os lados iguais. As mulheres, ou melhor, as mulheres mais antigas eram mais calmas. Os livros, aliás, os livros, infantis são muito imaginativos. b) Aposto Exemplos: Joaquim, o deputado, mudou-se ontem. Descobrirão a verdade,Ana está grávida.[footnoteRef:20] [20: Observe que, neste caso, a vírgula poderia ser substituída por dois-pontos.]c) Oração explicativa Exemplos: Respeitem os bebês, que são inocentes. Os homens, que são seres vivos, deveriam valorizar mais a natureza. 6. Vírgula entre orações: a) Coordenadas Como as orações coordenadas apresentam uma estrutura de maior independência entre uma oração e outra, usa-se vírgula sempre (com exceção das orações que são ligadas pelo nexo e). Porém lembre-se de que a vírgula deverá aparecer sempre antes do nexo. Exemplos: Ela estuda muito, por isso será aprovada. João está rico, mas continua trabalhando. Observação: A vírgula é recomendada antes de e quando esse e estiver ligando duas orações, coordenadas entre si, de sujeitos diferentes. Exemplo: Rui comprou um carro, e Anita mudou-se para Brasília. b) Subordinadas adverbiais Recomenda-se vírgula apenas quando elas estiverem deslocadas para o início da frase. Quando estiverem intercalando outra oração, as vírgulas serão indispensáveis. Os adjuntos adverbiais também são acentuados apenas quando deslocados (sendo longos). Exemplos: Se ela estiver lá, eu não irei. Quando fizer frio, tomaremos café quente. Observação: Se as orações subordinadas adverbiais estiverem na ordem certa, elas não admitirão, em tese, o uso da vírgula. c) Subordinadas substantivas Como as orações substantivas assumem sempre um papel sintático dentro de uma outra oração (que passa a ser a principal), a oração substantiva pode ser sujeito, objeto, complemento nominal, agente da passiva,predicativa e aposto. Desses termos somente o aposto deverá ser isolado pelo uso da vírgula, portanto, se uma oração subordinada substantiva atuar como um aposto (oração apositiva), será o único caso de a oração substantiva ser sinalizada por vírgula. 7. Oração explicativa e oração restritiva: a) Oração adjetiva explicativa Apresenta uma informação desnecessária para a sequência das informações do texto. A oração adjetiva explicativa, como o caso do aposto, sempre devem vir isoladas por vírgula, travessão ou parênteses. Exemplo: O homem, que é um ser animal, deveria valorizar a natureza. b) Oração adjetiva restritiva Apresenta uma informação absolutamente necessária para o fluxo da sequência das informações do texto. A oração adjetiva restritiva nunca deverá ser isolada no texto, pois ela apresenta uma função de determinar o termo a que ela se refere. Exemplo:O homem que é educado cuida da natureza. 8. Continuidade: A vírgula, quando apresentada antes do último elemento de uma sequência, pode dar uma ideia de continuidade. Exemplos:Os participantes do evento receberam lápis, bloco de anotações, pasta. Elas chegaram, olharam, analisaram. Observação: Repare a diferença (muito mais definidora dos exemplos abaixo). Os participantes do evento receberam lápis, bloco de anotações e pasta. Elas chegaram, olharam e analisaram. Dois pontos 1. Podem ser utilizados para apresentar uma citação. Exemplos:Dona Bina gritou: Saiam daqui agora. Segundo Freud: tudo é o inconsciente. 2. Podemos utilizar antes de uma explicação ou esclarecimento. Exemplos: Foi eleita a diretoria da empresa: senhor Nei e senhor Rui. Vencemos com goleada: quatro a zero. Ponto-e-vírgula É uma pausa um pouco mais longa do que do que a vírgula e um pouco mais curta do que o ponto, mas, na prática redacional moderna, tem sido muito substituída pelo ponto ou pela vírgula. 1. Deve, obrigatoriamente, ser usado em orações adversativas e conclusivas quando a conjunção vier após o verbo (conjunção deslocada). Exs.: Ana estudou pouco; foi, entretanto, muito bem aprovada. Os atletas estão bem preparados; jogaram, pois, com facilidade. 2. Deve, também, ser usado para separar orações quando a segunda tiver o verbo elíptico. Ex.: A direção quer provas descritivas; os alunos, provas objetivas. 3. É recomendado o uso do ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas extensas (principalmente quando se tratar de ideias opostas) Ex.: A empresa de produtos periféricos para o computador foi instalada no ano passado; mas o produto interno bruto da cidade não foi substancialmente alterado. 4. Separar partes de um período que já estejam usando vírgulas. Ex.: O ser humano busca sempre a felicidade: quando criança, nos pais; quando adolescente, no grupo; quando adulto, na profissão; e, na velhice, em Deus. Travessão 1. Pode-se utilizar para substituir os parênteses numa expressão intercalada. Ex.:A sociedade brasileira — hoje mais madura — não abre mão da eleição direta. 2. Também pode ser usada para marcar a fala de um personagem. Ex.:— Que beleza! — Gritou a menina. 3. Deve ser usada para marcar a mudança de um interlocutor em um diálogo. Exs.:— Eu já entendi o que queres dizer. — Se entendesses, não estarias mais aqui. Parênteses Pode-se utilizar para isolar termos ou expressões no texto Ex.:(Sobre os membros da Academia Brasileira de Letras) Esses que aí estão passarão, (diz Mário Quintana decepcionado por nunca ter sido escolhido) eu passarinho. Aspas 1. Utilizado para destacar citações. Ex.:A importância do ter hoje desvaloriza o tão famoso dito shekesperiano “Ser ou não ser, eis a questão”. 2. Pode também ser utilizado para destacar expressões: estrangeiras: “pic-nic”, “show” nomes de obras: “Os Sertões”, “Dom Casmurro” termos de gíria: Ontem falei com dois “tiras” sentido figurado: O país depende da “vontade” política dos governantes Reticências Reticências é o conjunto de três pontos que denotam a suspensão de pensamento expresso, sugerindo a complementação do leitor. Ex.: Ela foi chegando lentamente e ... Exclamação É o sinal gráfico utilizado para expressar emoção. Exemplos: Que beleza! Oh! Interrogação Sinal gráfico utilizado quando ocorre um questionamento direto. Exemplos: Ela trouxe o documento pedido? Por que eles chegaram tarde? Exercícios Leia o texto abaixo e responda a questão 1 01. Segundo Hobbes, em sua obra “Leviatã”, viver é mais que sobreviver: é excluir a violência, 02. aproximando sujeitos sociais, reconciliando desejos e vida. O liberalismo, em termos econômicos, 03. pode significar a autorregulação do mercado, que submete cidadãos à lei do mais forte, e, 04. politicamente, constitui-se como tolerância, acepção decorrente da Declaração dos Direitos do Homem 05. e do Cidadão. O neoliberalismo, que leva o homem a temer a dependência ou a miséria, é 06. veladamente genocida. A modernidade, em seu sentido neoliberal, desvela-se: é o capitalismo que 07. perdeu todos os escrúpulos. 1. Leia as afirmações sobre a pontuação das orações adjetivas. I. A ausência de vírgula antes da oração “que perdeu todos os escrúpulos” (linhas06 e 07) dá a ideia de que existem outras acepções da palavra “capitalismo”. II. A oração “que leva o homem a temer a dependência ou a miséria” (linhas 05) está entre vírgulas, porque, para a autora, o temor à dependência ou à miséria é uma característica inerente ao neoliberalismo. III. A autora separa, por meio de vírgulas, a oração “que submete cidadãos à lei do mais forte” (linhas 03) da oração principal, porque o referente do pronome “que”, a palavra “mercado”, não está bem definido, necessitando de especificação. Das afirmações acima, (a) apenas I é correta. (b) apenas I e II são corretas. (c) apenas II é correta. (d) apenas II e III são corretas. (e) apenas III é correta. Leia o texto abaixo e responda a questão a seguir. Segundo o Ministério da Saúde, em janeiro de 2003 havia 51.760 pessoas na lista de espera para transplante. Dado o tamanho do país – e, infelizmente, o grau de violência – seria de se esperar que o auxílio viesse rápido. De certa forma, a população está mais sensibilizada para o problema. O número de doações cresce desde 1997. De lá até o ano passado, saltamos de 3.932 para 8.031 transplantes realizados. 2. O segmento entre travessões no primeiro parágrafo do texto indica um(a): (a) explicação; (b) retificação; (c) acréscimo; (d) conclusão; (e) alternativa. Leias o texto abaixo e responda a questão a seguir As empresas querem gente que se arrisque, saiba trabalhar em equipe, questione ordens, apresente ideias, administreo seu tempo de trabalho. Tem mais. Aquele que entra numa empresa e deseja subir de posto tem de colecionar todas as habilidades listadas e estudar continuamente. Os “cursos de graduação ensinam o que era necessário para uma realidade de dez anos atrás e o profissional já sai com deficiências”, diz Charles Stephen Kanitz, economista da USP. Quem está para entrar no mercado de trabalho que saiba desta norma fundamental; não dá mais para parar. I. A vírgula da linha 01 após a palavra “ideias”poderia ser substituída por um “e”. II. Uma vírgula poderia anteceder o “e”, antes do verbo “estudar”, na linha 04, pois o sujeito da oração que se segue não é o mesmo que o da anterior. III. As vírgulas da linha 04 (após “deficiências” e após “Kanitz”) servem para isolar estruturas de valor equivalente. 3. De acordo com as afirmativas está correta a alternativa (a) I. (b) I e II. (c) II. (d) II e III. (e) I e III. 4. À frase “A nova Placar empolga até os mais indiferentes ao esporte” foram acrescentadas algumas informações.Analise cada frase e escolha a que está corretamente pontuada. (a) A nova Placar – um lançamento sofisticado, e atrevido; empolga até os mais indiferentes ao esporte. (b) Com um projeto visual revolucionário e o maior formato da imprensa brasileira, a nova Placar empolga até os mais indiferentes ao esporte. (c) A nova Placar utilizando uma linguagem irreverente e corajosa, empolga até os mais indiferentes ao esporte. (d) Assine já, a nova Placar empolga até os mais indiferentes, ao esporte. (e) A nova Placar, empolga os torcedores fanáticos, até os mais indiferentes ao esporte. 5. Em O carro que você comprou é muito velho, os termos sublinhados correspondem a: (a) Oração subordinada adjetiva explicativa. (b) Oração subordinada adjetiva restritiva. (c) Oração subordinada substantiva apositiva. (d) Oração coordenada sindética explicativa. (e) Oração subordinada substantiva subjetiva. 6. “O número de doações cresce desde 1997”; a forma inadequada de pontuar as alterações dessa frase é: (a) Desde 1997 o número de doações cresce. (b) Desde 1997, cresce o número de doações. (c) O número de doações, desde 1997, cresce. (d) Cresce desde 1997, o número de doações. (e) Cresce, desde 1997, o número de doações. Leia o texto abaixo e responda. "No nível profissional, o caminho é encontrar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e financeira." 7. A vírgula da frase separa (a) aposto explicativo (b) nexo deslocado. (c) adjunto adverbial deslocado. (d) predicativo deslocado. (e) vocativo. Leia o texto abaixo e responda. 01. A história, a arqueologia, a história da arte e a restauração, bem como outras áreas 02. afins nos mostram o caminho percorrido pelo homem para realizar e representar suas 03. atividades, independentemente da finalidade inicial com que foram concebidas. Durante um 04. imenso período histórico o ser humano só pôde recorrer aos materiais naturais de seu 05. entorno. No entanto, a seleção de um material sintético como meio expressivo revela que 06. muito distantes estamos daquele homem pré-histórico que deixou a marca de sua 07. passagem pelas cavernas. Hoje, em qualquer parte do planeta a atividade humana está 08. explorando outros confins do universo. 8. Sobre a pontuação do texto, é feita a seguinte afirmação: Para obedecer corretamente às regras de pontuação, deveria ser colocada um vírgula depois de I. período histórico (linha 04). II. expressivo (linha 05). III. planeta (linha 07). Qual(is) está(ão) correta(s)? (a) Apenas a I. (b) Apenas a II. (c) Apenas a III. (d) Apenas a I e a III. (e) I, II e III. 9. A frase corretamente pontuada é: (a) Num estado democrático a preservação, da segurança nacional deve ser exercida, sem interferência excessiva na vida normal, da população. (b) Num estado, democrático a preservação da segurança nacional, deve ser exercida sem interferência excessiva na vida normal da população. (c) Num estado democrático a preservação da segurança nacional deve, ser exercida, sem interferência excessiva, na vida normal da população. (d) Num estado democrático a preservação da segurança, nacional deve ser exercida sem interferência excessiva na vida, normal da população. (e) Num estado democrático, a preservação da segurança nacional deve ser exercida sem interferência excessiva na vida normal da população. 10. Em relação à pontuação, assinale a alternativa correta. (a) De acordo com a assessoria de imprensa do MP cerca de 40 minutos após a evacuação do prédio, todos os funcionários voltaram ao serviço. (b) Num desses dias eu estava falando que queria retornar para a internet e ele me falou que tinha um site que ele queria montar mas não tinha tempo era um site de vídeos! (c) Após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, as atribuições do Ministério Público vêm se multiplicando, numa evidente prova de confiança do legislador, à qual o MP deverá corresponder com atuação eficiente. (d) Muitas vezes descendo ou subindo encontrei cardumes, golfinhos, plânctons gigantes. (e) As entidades monetárias internacionais e não nossos governantes, é que traçam os rumos econômicos e sociais do País. GABARITO DA PONTUAÇÃO 1 - B 2 - C 3 - A 4 - B 5 - B 6 - D 7 - C 8 - D 9 - E 10 - C VOZES VERBAIS Voz ativa quando o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo Os estudantes resolveram os exercícios. (sujeito) (ação) (objeto direto) VTD Voz passiva quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. Os exercícios foram resolvidos pelos alunos. (sujeito) AÇÃO (agente da passiva) A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. A voz passiva analítica constrói-se com o verbo SER + PARTICÍPIO do verbo principal. O romance será lido pelos alunos. A casa de espetáculos será inaugurada amanhã. Obs.: O verbo "SER" assume o mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa. A voz passiva sintética forma-se com o verbo na 3ª pessoa acompanhada do pronome se, é chamada também de voz passiva pronominal. Construiu-se um novo cinema no bairro. Vendem-se casas. (Casas são vendidas) Voz reflexiva quando o sujeito pratica e sofre a ação. O menino feriu-se com o espinho. sujeito (ação) Observação: Se houver outros termos na voz ativa (aposto, adjunto adverbial, vocativo ou objeto indireto), esses elementos serão apenas transcritos para a correspondente voa passiva. Exemplos: Ontem Rui, o campeão, falou tudo para a imprensa. (ativa) Tudo foi falado para a imprensa ontem por Rui, o campeão. (passiva) Foi falado para a imprensa tudo por Rui, o campeão, ontem. (passiva) Foi falado tudo por Rui, o campeão, ontem para a imprensa. (passiva) Repare que na transformação das vozes a ordem dos termos não precisa ser conservada desde que a pontuação mantenha a correção gramatical. Passos para a transformação Voz ativa Voz passiva sujeito (se houver) vira agente da passiva verbo transitivo direto vira verbo de ligação + particípio objeto direto vira sujeito outros termos (se houver) são apenas copiados O apassivamento verbal, necessário para se transformar a voz ativa em passiva analítica, segue as seguintes etapas: (1) acrescenta-se o verbo de ligação no mesmo tempo verbal do verbo principal na voz ativa, e (2) lança-se o verbo principal no particípio concordando com o sujeito da voz passiva. Exemplos: Voz ativa Voz passiva encontrará será encontrada pintou foi pintado calculava era calculado pedido sido pedido cantara fora cantado deverei ler deverá ser lido estás comprando está sendo comprado poderá estar recebendo poderá estar sendo recebido deve estar conseguindo adquirir deve estar conseguindo ser adquirido Observe que os detalhes sublinhados indicam a correspondência de tempos entre o verbo de ligação e o verbo principal na voz ativa. Veja também que o verbo principal da voz ativa é sempre o último se houver uma locução verbal. Oobjeto direto na voz ativa é fundamental para a transformação para a voz passiva, por isso não são possíveis mudanças de vozes em orações que não apresentarem objeto direto. Veja alguns exemplos de orações que não podem ser passadas para voz passiva. Exemplos: A colega de Ana falou com a amiga. Onde: A colega de Ana → sujeito com a amiga → objeto indireto Adriano é muito inteligente. Onde: muito inteligente → predicativo do sujeito Cuidado! Observe que o agente da passiva na voz passiva analítica sempre inicia com uma preposição exigida pela locução verbal o que o assemelha muito com o objeto indireto ou com o complemento nominal, porém o objeto indireto e o complemento nominal nunca representam o elemento responsável pela ação. Exemplos: Aquele time é ávido por vitórias. Onde: Aquele time → sujeito ávido por vitórias → predicativo do sujeito por vitórias → complemento nominal 3. Voz Passiva Sintética (pronominal) A voz passiva sintética ou pronominal ocorre quando apresentar uma equivalência de transformação com a voz passiva analítica. A partícula se, na voz passiva sintética, é chamado de pronome apassivador ou partícula apassivadora. (voz passiva sintética) Venceu-se o concurso. Verbo sujeito Exemplos: Passiva Sintética: Encontrou-se um lápis. Equivale a passiva analítica: Um lápis foi encontrado. Passiva Sintética: Encontraram-se dois lápis. Equivale a passiva analítica: Dois lápis foram encontrados. Passiva Sintética: Vende-se casa. Equivale a passiva analítica: Casa é vendida. Passiva Sintética: Vendem-se casas. Equivale a passiva analítica: Casas são vendidas. Lembre-se de que o objeto direto vira o sujeito na voz passiva, portanto o verbo deve flexionar para concordar com o sujeito sempre. Nos exemplos acima, os sujeitos estão todos sublinhados. 4. Voz Reflexiva[footnoteRef:21] [21: Outras informações sobre as cinco classificações das construções reflexivas, ver Celso Pedro Luft, Dicionário Prático de Regência Verbal Editora Ática Ed. 2003 pág12] A voz reflexiva ocorre quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da informação verbal. Exemplos: A menina penteou-se. Sacrifiquei-me para estar aqui. Eles amam-se como irmãos. Observação: Existem fundamentalmente dois tipos de voz reflexiva: (1) a simples, em que o sujeito age sobre ele mesmo, e (2) a recíproca, em que o sujeito age em alguém que, por sua vez, age sobre o sujeito. No exemplo “A menina penteou-se” a voz é simplesmente reflexiva, mas em “Eles amam-se como irmãos” a voz é reflexiva recíproca, a informação indica provavelmente que uma ama o outro que, por sua vez ama o primeiro. Exercícios 1. Assinale a opção em que o verbo da oração está na voz ativa. (a) "...passarinho (...) a ser considerado a ave nacional..." (b) "- A ave nacional de um país não pode ser escolhida..." (c) "...se a ararajuba fosse indicada ave nacional," (d) "...um dos poucos países a não ter ave nacional." (e) "Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido..." 2. NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: (a) O atual desequilíbrio climático certamente comprometerá nossos recursos. (b) Nossos descendentes haverão de reconhecer esses efeitos devastadores. (c) Trata-se de uma consequência direta dos fundamentos do cristianismo. (d) Nossa própria cultura engendrou esse dilema de difícil solução. (e) Muitos sustentam a possibilidade de superação desse nosso dilema. 3. Só não é possível a voz passiva em (a) Os brasileiros defendem a ideia de uma democracia social. (b) Conflitos sociais não transpõem os abismos estratificados. (c) Esses abismos não conduzem a conflitos tendentes à transposição dos estratos sociais. (d) Os privilegiados ignoram ou ocultam as mazelas sociais. (e) Os brasileiros raramente percebem os profundos abismos cruciais a seu desenvolvimento. 4. A comunidade europeia e o governo norte-americano anunciaram, nos últimos meses, fundos para esses estudos. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser (a) foram anunciados. (b) estão anunciando. (c) foi anunciado. (d) foi anunciada. (e) anunciou. 5. Transpondo-se para a voz passiva o segmento ninguém descobre sua timidez, a forma verbal resultante será: (a) não terá descoberto. (b) não será descoberta. (c) não terá sido descoberta. (d) não é descoberta. (e) não tem descoberto. 6. “A imprudência dos motoristas é observada por toda parte”; esta frase, na voz ativa, apresenta a forma: (a) Observa-se a imprudência dos motoristas por toda parte; (b) Toda parte observa a imprudência dos motoristas; (c) Por toda parte se observa a imprudência dos motoristas; (d) Observam a imprudência dos motoristas por toda parte; (e) Por toda parte é observada a imprudência dos motoristas. 7. Em qual das alternativas há voz reflexiva? (a) ...outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. (b) ...nada chegaria a valer sem a existência de outros homens que me vissem e honrassem. (c) ...o que me deu a ideia da nova doutrina. (d) ...e determinei-me a verificá-lo por experiências... (e) Ele interrogou-nos ainda algum tempo. 8. a literatura carioca já registrava com frequência o termo samba. Transpondo para a voz passiva, a forma verbal grifada passa a ser, corretamente, (a) registrou. (b) devia registrar. (c) fora registrado. (d) era registrado. (e) seria registrada. GABARITO DE VOZES VERBAIS 1 - D 2 - C 3 - C 4 - A 5 - D 6 - D 7 - D 8 - D Classificação do QUÊ e do SÊ[footnoteRef:22] [22: O Anexo IV apresenta uma série de exercícios complementares sobre este capítulo.] Um tópico extremamente atual que tem tido presença constante na maiorias das provas de concursos é o conhecimento morfológico das partículas “que”, principalmente, e da partícula “se”. Chega-se a observar que algumas provas elevam o grau de importância do tema a um patamar do índice de 10% de toda a prova de língua portuguesa. Por isso preparamos a seguir dois quadro elucidativos com dados explicativos e exemplos esclarecedores. Ao final é apresentado o Anexo IV o qual lança um texto que serve de base para a análise do tema estudado neste capítulo com um número bastante significativo de questões dado a importância do tema. Pronome Relativo Comprei a casa que tu me mostraste. que = a qual Conjunção Integrante Notamos que ela estava feliz. que estavas feliz = isso QUE Conjunção Causal Voltes logo que estarei te esperando. que = porque Conjunção Comparativa Rui é mais alto do que o seu pai. que está entre "Rui" e "pai" Conjunção Consecutiva Ela está tão bem que contagia a todos. tão ... que Exercícios Classifique as partículas "que" nas frases abaixo: 1. Procuramos muito o casaco que tu querias. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 2. Nunca esqueças que tua família é teu porto seguro. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 3. Homem que é homem não chora. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 4. O pintor contratado notou que iria chover. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 5. Que a vida é uma caixa de surpresas, nós sabemos. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 6. O time deste ano está melhor do que o do não passado. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 7. O treinador que recebeu o prêmio agradeceu a todos. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 8. Rui lutou tanto que está exausto. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e)conjunção consecutiva 9. Garanta que o investimento seja bem aplicado. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva 10. Nunca desista que obterás a vitória. (a) pronome relativo (b) conjunção integrante (c) conjunção causal (d) conjunção comparativa (e) conjunção consecutiva Classificação do SÊ Pronome Apassivador ou Partícula Apassivadora V(se) + OD Suj Vende-se casa e alugam-se apartamentos. Índice de Indeterminação do sujeito V(se) + ? Trata-se de documentos falsos. SE Pronome Reflexivo Suj + V(se) O atleta machucou-se durante o treino. Conjunção Integrante se ... = isso Perguntei se ela estava muito feliz. Conjunção Condicional se = caso Se chover, mudaremos os planos. Exercícios Classifique as partículas "se" nas frases abaixo: 1. Aqui se luta muito por toda conquista. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 2. Entregou-se ao diretor da empresa o relatório final. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 3. Na vida, nunca se sabe se o amanhã é garantido. (a) partícula apassivadora e conjunção integrante (b) índice de indeterminação do sujeito e partícula apassivadora (c) pronome reflexivo e partícula apassivadora (d) conjunção integrante e conjunção integrante (e) conjunção condicional e índice de indeterminação do sujeito 4. Quando se conhece o amor, não se esquece da vida. (a) partícula apassivadora e partícula apassivadora (b) partícula apassivadora e índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo e índice de indeterminação do sujeito (d) conjunção integrante e partícula apassivadora (e) índice de indeterminação do sujeito e índice de indeterminação do sujeito 5. A empresa de transporte se mudou para Cuiabá. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 6. Nesta escola nunca se avisa o período das provas. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 7. Lutou-se, pediu-se ajuda, até que se alcançou a solução. (a) todos são partículas apassivadoras (b) todos são índices de indeterminação do sujeito (c) um índice de indeterminação do sujeito e duas partículas apassivadoras (d) dois índices de indeterminação do sujeito e uma partícula apassivadora (e) um índice de indeterminação do sujeito, uma partícula apassivadora e um pronome reflexivo 8. A direção mudará de atitude se os funcionários mantiverem a dedicação. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 9. A democracia apresentada tem vontade própria, elase estabelece no coração do povo. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional 10. A vitória se conquista com dedicação e sabedoria. (a) partícula apassivadora (b) índice de indeterminação do sujeito (c) pronome reflexivo (d) conjunção integrante (e) conjunção condicional GABARITO DA CLASSIFICAÇÃO DO “QUE” 1 - A 2 - B 3 - A 4 - B 5 - B 6 - D 7 - A 8 - E 9 - B 10 - C GABARITO DA CLASSIFICAÇÃO DO “SE” 1 - B 2 - A 3 - A 4 - B 5 - C 6 - A 7 - C 8 - E 9 - C 10 - A INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Análise Global As questões objetivas que pedem o conhecimento da análise estrutural são perguntas solicitando: Qual o tema central do texto? Qual a ideia principal do texto? Qual o melhor título? Que alternativa melhor resume o texto? Qual é a ideia mais importante de acordo com o texto? Qual a palavra-chave capaz de sintetizar o texto? O texto responde a que pergunta? Qual o centro temático do texto? Algumas questões avaliam a capacidade do candidato em analisar informações do texto referentes à sua estrutura. Nesse caminho, a prova questiona o ponto de vista do autor, ou o objetivo do texto, ou seja, o caráter geral do texto. Na busca da identificação do foco central de um texto dissertativo, criamos duas estruturas diferenciadas para ajudá-lo a melhor identificar as ideias nucleares. Existem duas possibilidades de apresentação de um texto dissertativo do ponto de vista de sua montagem da arquitetura estrutural: (1) a forma clássica e (2) a forma literária. 119 ( Apresenta o tema central )Clássico ( INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO ) ( Argumenta analiticamente ) ( Retoma o tema e encerra ) O texto clássico é o mais comum de ser apresentado em provas de concursos públicos modernos. Isso ocorre porque esse texto segue o modelo mais formal e claro do ponto de vista da organização. A introdução sempre apresenta a ideia central – geralmente de maneira denotativa – claramente explicitada. Outro espaço gráfico que comumente apresenta a ideia central é a conclusão, pois o autor retoma a fim de conferir um caráter de maior coesão interna no parágrafo ou no texto. liTERÁRIo ( Usa a estrutura narrativa para tratar de um tema analítico. ) O texto dissertativo de caráter literário apresenta-se com um perfil dissertativo, porém com passagens – por vezes bastante amplas – narrativas. Pode-se reparar que a passagem narrativa está tratando sempre de uma determinada temática e aí está situado o tema central do texto. È como se o autor contasse uma narrativa com fim de exemplificar, esclarecer ou fundamentar a temática central do texto. Exercícios Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. Brasília, 1º/07/08 (MJ) - “Após a invasão de camelôs nas ruas brasileiras vendendo produtos falsos, agora esse tipo de mercado migra para a Internet, com potencial ofensivo muito maior. Verdadeiras redes estão se estruturando e há vinculação de várias delas com o crime organizado, como o tráfico de drogas e de armamentos”. A declaração é do presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Luiz Paulo Barreto, também secretário-executivo do Ministério da Justiça. Segundo o secretário, o trabalho da Polícia Federal na Operação I-Commerce 2, que teve início nesta terça-feira (1º) é de fundamental importância, para acabar com o problema na raiz, antes que comece a se alastrar. Barreto informou que se trata de uma segunda fase da operação, que começou em 2006, em que a PF deu início à repressão da pirataria na Internet em 13 estados e no Distrito federal. “A pessoas, por Download, estão comprando gato por lebre. Nossa ação é positiva, não apenas pelas prisões, mas principalmente pela desarticulação das quadrilhas, numa forte demonstração de que o Governo está atento, para não permitir que a Internet se torne um campo livre de práticas ilícitas”, disse o secretário. “Não há como punir o consumidor, mas devemos educar e alertar para os fins que o dinheiro da pirataria é utilizado, como o narcotráfico”. Luiz Paulo Barreto informou, ainda, que o a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho no mercado formal. O Brasil, de acordo com o secretário, perde, por ano, R$ 30 bilhões em arrecadação de impostos. No mundo, a Interpol (Polícia Internacional) já considera a pirataria o crime do século, movimentando U$ 522 bilhões/ano, bem mais do que o tráfico de entorpecentes, de U$ 360 bilhões/ano. (Disponível em: http://www.mj.gov.br, acesso: 16/08/2008) 1. (FUNRIO – 2008) De acordo com o texto, a Operação I-Commerce 2 objetiva: (a) acabar com a pirataria na internet. (b) coibir a ação de camelôs nas ruas brasileiras. (c) corrigir os rumos de uma operação anterior. (d) identificar e punir os consumidores de pirataria. (e) dar início à repressão da pirataria em 13 estados e no distrito federal. Leia o texto a seguir e responda a questão seguinte. As categorias que um leitor traz para uma leitura e as categorias nas quais essa leitura é colocada –as categorias cultas sociais e políticas, além das categorias físicas em que uma biblioteca se divide – modificam-se constantemente e afetam umas às outras, de maneira que parecem, ao longo dos anos, mais ou menos arbitrárias ou mais ou menos imaginativas. Cada biblioteca é uma biblioteca de preferências, e cada categoria escolhida implica uma exclusão. Há bibliotecas cujas categorias não estão de acordo com a realidade. O escritor francês Paul Masson, que trabalhara como juiz nas colônias francesas, notou que a Biblioteca Nacional de Paris tinha deficiências de livros em italiano e latim do século XV e decidiu remediar o problema, compilando uma lista de livros apropriados sob uma nova categoria que “salvaria o prestígio do catálogo” – uma categoria que incluía somente livros cujos títulos ele inventara. Quando perguntaram-lhe que utilidade teriam livros que não existiam, Masson deu uma resposta indignada: “Ora, não esperem que eu pense em tudo!”. Uma sala determinada por categorias artificiais, tal como uma biblioteca, sugere um universo lógico, um universo de estufa onde tudo tem seu lugar e é definido por ele. Numa história famosa, o escritor Borges levou esse raciocínio às últimas consequências, imaginando uma biblioteca tão vasta quanto o universo. Nessa biblioteca (que, na verdade, multiplica ao infinito a arquitetura da velha Biblioteca Nacional de Buenos Aires, da qual Borges era o diretor cego), não há dois livros idênticos. Uma vez que as estantes contêm todas as combinações possíveis do alfabeto e, assim, fileiras e fileiras de algaravia indecifrável, todos os livros reais ou imagináveis estão representados: “a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração da falácia desses catálogos, uma versão de cada livro em todas as línguas, as intercalações de cada livro em todos os livros ...”. No final, o narrador de Borges (que também é bibliotecário), perambulando pelos exaustivos corredores, imagina que a própria Biblioteca faz parte de outra categoria dominante de Bibliotecas e que a quase infinita coleção de livros repete-se periodicamente pela eternidade. E conclui: “Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança.” Salas, corredores, estantes, prateleiras, fichas e catálogos computadorizados supõem que os assuntos sobre os quais nossos pensamentos se demoram são entidades reais, e, por meio dessa suposição, determinado livro pode ganhar um tom e um valor particulares. Classificado como ficção, As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, é um romance de aventuras engraçado; como sociologia, é um estudo satírico da Inglaterra no século XVIII; como literatura infantil, uma fábula divertida sobre anões e gigantes e cavalos que falam; como fantasia, um precursor da ficção científica; como literatura de viagem, um roteiro imaginário; como clássico, uma parte do cânone literário ocidental. Categorias são exclusivas; a leitura não o é – ou não deveria ser. Não importa que classificações tenham sido escolhidas; cada biblioteca tiraniza o ato de ler e força o leitor – o leitor curioso, o leitor alerta – a resgatar o livro da categoria a que foi condenado. 2. (FAURGS) Considere os seguintes conceitos: I – categorização II – preferência III – tirania Quais deles estão associados às bibliotecas, de acordo com o texto? (a) apenas I (b) apenas I e II (c) apenas I e III (d) apenas II e III (e) I, II e III Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. Outra prioridade A redução da pobreza e das desigualdades sociais no Brasil é um processo que depende não só do crescimento econômico com geração de renda e emprego, mas também da transposição de barreiras culturais. Há pouco mais de cinquenta anos o país tinha uma população predominantemente rural e analfabeta, sem possibilidade de acesso à educação e às comodidades da vida moderna. Desde então, o Brasil se transformou em um país essencialmente urbano e atualmente cada vez mais próximo de universalizar os serviços básicos. Embora a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE não tenha o objetivo de diagnosticar a qualidade de vida da população, mas sim detectar o peso dos diversos itens nos gastos domésticos para permitir que os índices de preços ao consumidor refletiam melhor a realidade, tal levantamento permite que se tire algumas conclusões sobre a situação financeira dos brasileiros. E o que outras pesquisas já haviam apontado é agora mais uma vez referenciado pelo POF: o grau de instrução é de suma importância na formação de renda das famílias. Famílias nas quais nenhum de seus membros tinha diploma de curso superior ( e elas correspondiam a 84% do total até 2003) não conseguiam poupar. Já as famílias com pelo menos um membro diplomado triplicavam sua renda média e passavam a poupar. Evidente que não basta pôr um diploma debaixo do braço para que a renda brote por milagre. No entanto, não há dúvida de que as pessoas com mais tempo de instrução também têm mais facilidade para se qualificar profissionalmente e aproveitar as oportunidades que surgem no mercado. Praticamente todos os jovens até 14 anos frequentam a escola, mas nem todos chegam a concluir o ensino fundamental. O primeiro desafio: criar escola para todos foi vencido, e daqui para a frente as barreiras a serem transpostas são a da qualidade de ensino e a da motivação. Em face dessa terrível herança cultural (grande número de famílias analfabetas) o Brasil precisa redobrar seus esforços para aumentar a capacidade de aprendizado dos nossos jovens, especialmente os de renda mais baixa. Eis a razão pela qual o governo deveria dar uma prioridade à educação pública maior do que a concedida ao assistencialismo. Com este, políticos podem garantir vitórias eleitorais a cada quatro anos. Já o apoio à educação tornará a população capaz de traçar seu destino sem o paternalismo estatal, por ficar em condições de empregar-se num mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. (O Globo, 30/08/2007) 3. (CONSULPLAN – 2008) A outra prioridade que o texto se refere é: (a) Projetos assistencialistas do governo. (b) Educação básica pública. (c) Diagnóstico da qualidade de vida do povo. (d) Criação de projetos que atendam às necessidades dos pobres. (e) Crescimento econômico do país. Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. A RIO-SÃO PAULO TEM 61 ANOS Jornal dos Transportes – julho de 1969 01. A primeira viagem de automóvel entre o Rio e São Paulo foi realizada em 876 horas. O herói da 02. façanha foi o Conde Lesdain, que trouxe da França o seu carro “Brassiler”. A viagem teve início às 03. cinco horas do dia 7 de março de 1908, há portanto, 61 anos, e terminou às 17,24h de 12 de abril, 04. percorrendo os mesmos caminhos do Século XVIII. 05. Depois da duplicação da Rodovia Presidente Dutra, feito expressivo da nossa engenharia, que 06. exigiu a maior concentração de máquinas rodoviárias jamais verificada entre nós, o percurso entre as 07. duas principais cidades brasileiras pode ser coberto em seis horas apenas. 08. Com a duplicação, o movimento diário da estrada elevou-se a duzentos mil veículos. O índice de 09. acidentes, por outro lado, também aumentou, porque as novas pistas de mão única favorecem a 10. imprudência dos motoristas, principalmente nos fins de semana. 11. A imprudência dos motoristas é observada por toda parte. Nas rodovias, porém, assume 12. proporções alarmantes. Ao contrário do que muitos imaginam, dirigir nas estradas não é tarefa das 13. mais fáceis, porque, além de perícia e habilidade, exige contínua e redobrada atenção, em função da 14. velocidade e da distância a percorrer. 15. [....] As estatísticas demonstram que o número de mortos e feridos em desastres rodoviários na 16. maioria dos países industrializados é, hoje em dia, maior que o de qualquer outro tipo de acidentes, 17. como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, onde, nas suas magníficas estradas, registram-se 18. os mais elevadosíndices. A solução, portanto, é atender rapidamente os feridos, no próprio local do 19. acidente, quando necessário, para salvar o maior número de vítimas. Foi observado, em relação à 20. nossa principal rodovia, que, graças a medidas postas em prática, tem diminuído o número de 21. mortes, embora o de desastres continue em escala crescente. 4. (NCE – 2005) Segundo o que se depreende da leitura global do texto, sua principal motivação é: (a) comemorar o aniversário da Rodovia Presidente Dutra; (b) chamar a atenção para a duplicação da Rodovia Presidente Dutra; (c) condenar o progresso sem as necessárias medidas de proteção; (d) alertar para o perigo de acidentes nas estradas; (e) elogiar a redução de mortos e feridos em nossas estradas. Leia o texto para responder as questões seguintes. As últimas duas décadas de nosso século vêm registrando um estado de profunda crise mundial. É uma crise complexa, multidimensional, cujas facetas afetam todos os aspectos de nossa vida - a saúde e o modo de vida, a qualidade do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política. É uma crise de dimensões intelectuais, morais e espirituais; uma crise de escala e premência sem precedentes em toda a história da humanidade. Pela primeira vez, temos que nos defrontar com a real ameaça de extinção da raça humana e de toda a vida no planeta. 5. A ideia principal do texto é: (a) A crise atual ameaça particularmente as nações do terceiro mundo. (b) Os problemas vivenciados pela humanidade, em nosso tempo, afetam as condições de vida de toda a terra. (c) A ameaça em que vive o homem de nosso século é uma repetição de épocas anteriores da história da humanidade. (d) A qualidade de vida no planeta é amplamente discutida pelos homens. (e) A crise do mundo moderno é um problema resultante da falta de planejamento político. 6. Assinale a alternativa que contém os títulos mais adequados ao texto. (a) A política ambiental O homem contemporâneo (b) O problema econômico do século XX O mundo em extinção (c) A loucura nuclear Desafio à humanidade (d) Uma ameaça de guerra A destruição do planeta (e) A humanidade em crise Prenúncio da extinção da raça humana 7. O objetivo do texto é mostrar: (a) que são vários os problemas enfrentados pela humanidade nos últimos séculos. (b) que a raça humana e toda a vida no planeta estão em perigo de extermínio. (c) por que vivemos na Terra sem conseguir evitar a crise. (d) que a crise contemporânea é consequência de uma análise complexa. (e) quem está provocando o desequilíbrio no planeta. Leia o próximo texto para responder as questões seguintes. Para entender nossa multifacetada crise cultural, precisamos adotar uma perspectiva extremamente ampla e ver a nossa situação no contexto da evolução cultural humana. Temos que transferir nossa perspectiva do final do século XX para o período de tempo que abrange milhares e anos; substituir a noção de estruturas sociais estáticas por uma percepção de padrões dinâmicos de mudança. Vista desse ângulo, a crise apresenta-se como um aspecto da transformação. Os chineses, que sempre tiveram uma visão inteiramente dinâmica do mundo e uma percepção aguda da história, parecem estar bem cientes desta profunda conexão entre crise e mudança. O termo que eles usam para “crise”, wei-ji, é composto dos caracteres: “perigo” e “oportunidade”. Os sociólogos ocidentais confirmaram essa intuição antiga. Estudos de períodos de transformação cultural em várias sociedades mostraram que essas transformações são tipicamente precedidas por uma variedade de indicadores sociais, muitos deles aos sintomas de nossa crise atual. Incluem uma sensação de alienação e um aumento de doenças mentais, crimes violentos e desintegração social, assim como um interesse maior na prática religiosa; tudo isso foi também observado em nossa sociedade na década passada. Em tempos de mudança cultural histórica, esses indicadores tendem a manifestar-se de uma a três décadas antes da transformação central, aumentando a frequência e intensidade à medida que a transformação se avizinha, e novamente declinando após sua ocorrência. As transformações culturais desse gênero são etapas essenciais ao desenvolvimento das civilizações. As forças subjacentes a esse desenvolvimento são complexas, e os historiadores estão longe de elaborar uma teoria abrangente da dinâmica cultural; mas parece que todas as civilizações passam por processos cíclicos semelhantes de gênero, crescimento, colapso e desintegração. 8. A ideia central do texto é: (a) As sociedades passam por períodos de crise que indicam alterações em seus padrões de comportamento. (b) As sociedades orientais passaram por momentos de rupturas drásticas e inevitáveis. (c) A sociedade contemporânea é idêntica à de milhares de anos atrás. (d) A sociedade brasileira atravessa um período crítico, com aumento de doenças e de crimes. (e) A sociedade chinesa venceu uma etapa de crise e preparou-se para a transformação. 9. O texto pode ser resumido em torno de algumas palavras-chave que se encontram expressas na alternativa: (a) perigo e decadência (b) oportunidade e desintegração (c) mudança e desequilíbrio (d) dinâmica e declínio (e) crise e renovação 10. O texto possibilita que se responda à seguinte questão: (a) Que transformação é necessária num período de crise? (b) Como a sociedade chinesa agiu em um momento de transformação? (c) Como evitar as doenças mentais numa época de crise? (d) Como o homem deve se preparar para a mudança? (e) Que é necessário para compreender a abrangente crise cultural que vive a sociedade atual? Leia o texto e, a partir dele, responda a questão seguinte. A pena de morte deve ser vista não apenas como um castigo, mas sobretudo como uma defesa da sociedade. Uma onda de violência avassala o mundo de hoje, e os homens de bem precisam combatê-la com energia. Estabeleceu-se uma guerra violenta entre os criminosos e o povo, na qual apenas os bandidos têm armas. Os cidadãos entram com suas vidas. O homem simples da madrugada receia mais os ladrões assaltantes, os latrocidas, que um eventual conflito nuclear. Precisamos adotar a pena de morte até mesmo por uma razão ecológica. Ao matarmos uma cobra, não pretendemos castigá-la, mas evitar que a mesma venha a nos atacar. Há poucos dias, em São Paulo, três feras surpreenderam um rapaz e três moças que voltavam de um baile. Amarraram o rapaz e o a tiraram numa lagoa. Estupraram as moças e as esfaquearam em seguida. Tais indivíduos, se apanhados e condenados, serão conduzidos por alguns poucos anos, à Casa de Detenção ou alguma penitenciária, onde custarão 35.000 cruzeiros por mês ao Estado. Se forem levados a penitenciária de Araraquara, então serão tratados com menu publicado no Diário Oficial, “solarium”, assistência médica, dentária e hospitalar de primeira, quadras de basquete, campo de futebol e televisão em cores. Ressurge, assim, a ideia da pena de morte, que antes de mais nada tem uma função intimidatória. No período em que houve pena de morte para assaltos a bancos, esse tipo de delito deixou de acontecer. Hoje, ocorrem cinco por dia. Um perigoso delinquente, entrevistado recentemente pela televisão, confessou que não teria cometido tantos crimes se estivesse sujeito à pena de morte. “Mate um, apavore 10.000”, diz um provérbio chinês. Os criminosos são produto da sociedade, da mesma forma que os tumores o são do corpo humano. Precisamos extirpá-los, antes que eles nos matem. 11. Supondo que o título contenha a ideia essencial do texto, assinale a alternativa que melhor caberia como título do texto acima. (a) Pena de morte: a vingança do cidadão de bem (b) A Pena de morte como defesa da sociedade (c) Pena de morte: uma injustiça social (d) Pena de morte: produto da sociedade (e) A pena de morte e o equilíbrio ecológico A próxima questão refere-se ao texto abaixo: 01. Seguindo o costume, meu bisavô 02. casou-se cedo, aos catorze anos, com uma 03. mulher seis anos mais velha.Considerava-se 04. um dos deveres da esposa ajudar a criar o 05. marido. A história desta esposa, minha bisavó, 06. foi típica de milhões de mulheres de seu 07. tempo. Vinha de uma família de tanoeiros 08. chamada Wu. Como a família não era 09. intelectual nem tinha nenhum cargo oficial, e 10. como ela era menina, não recebera nome 11. algum. Sendo a segunda filha, era 12. simplesmente chamada “menina Número 13. Dois”(Er-ya-tou). O pai morrera quando ela era 14. bebê, e ela fora criada por um tio. Um dia, 15. quando tinha seis anos, o tio jantava com um 16. amigo cuja esposa estava grávida. No jantar, 17. os dois homens concordaram que, se o bebê 18. fosse homem, seria casado com a sobrinha de 19. seis anos. Os dois jovens nunca se viram 20. antes do casamento. Na verdade, apaixonar- 21. se era considerado quase uma vergonha, uma 22. desgraça para a família. Não porque fosse 23. tabu - afinal, havia uma venerável tradição de 24. amor romântico na China - mas porque se 25. esperava que os jovens não se expusessem a 26. situações em que acontecesse uma coisa 27. dessas, em parte porque era imoral se 28.encontrarem, e em parte porque o casamento 29. era visto acima de tudo como uma obrigação, 30. um acordo entre duas famílias. Com sorte, a 31. pessoa podia apaixonar-se depois de casada. 12. Pode-se identificar como tema mais desenvolvido neste texto: (a) o casamento precoce do bisavô da autora, como se pode inferir da leitura do primeiro parágrafo. (b) as circunstâncias da vida da bisavó da autora, conforme aponta a narrativa constante do segundo parágrafo. (c) o casamento na China, como indicam as constantes referências a ele ao longo do texto. (d) a vida da mulher chinesa, como se pode deduzir da palavra típica (linha 6) (e) a moral chinesa tradicional, conforme aponta o emprego da expressão venerável tradição (linha 23) Tipologia Textual Um texto poderá apresentar três estruturas básicas de redação: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO e DISSERTAÇÃO Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação. Existem três modalidades básicas de redação: descrição, narração e dissertação. É importante que você consiga perceber a diferença entre elas. Descrição A descrição se caracteriza por ser o retrato verbal de pessoas, objetos, cenas ou ambientes. A descrição trabalha com imagens, permitindo uma visualização do que está sendo descrito. Entretanto, uma descrição não se resume à enumeração pura e simples. É necessário algo mais: o essencial é saber captar o traço distintivo, particular, o que diferencia aquele ser descrito de todos os demais de sua espécie. Dificilmente você encontrará um texto exclusivamente descritivo. O que ocorre mais comumente é você encontrar textos descritivos inseridos em um texto narrativo ou dissertativo, por exemplo, em qualquer romance (que é um texto narrativo por excelência) você perceberá várias passagens descritivas, seja de personagens, seja de ambientes. Narração Narrar é contar um ou mais fatos que ocorreram com determinados personagens, em local e tempo definidos, em outras palavras, é contar uma história, que pode ser real ou imaginária. Quando você redige uma história, a primeira decisão a tomar é se você vai ou não fazer parte da narrativa, tanto é possível contar uma história que ocorreu com outras pessoas quanto narrar fatos acontecidos com você. Essa decisão determinará a característica de seu texto. Todo texto narrativo conta um fato que se passa em determinado tempo e lugar com o verbo geralmente no passado. A narração só existe na medida em que há ação; esta ação é praticada pelos personagens. Dissertação Dissertação é um texto que se caracteriza pela defesa de uma ideia, de um ponto de vista;ou então, pelo questionamento acerca de um determinado assunto. A redação dissertativa é, então, aquele em que expressamos nossas ideias a respeito de um assunto, aquela em que apresentamos pontos de vista e argumentos ou informações em defesa de posições nossas ou de outros. Dissertar é discutir temas, debater ideias, desenvolver argumentações. Uma experiência de raciocínio lógico-expositivo, em que somos levados a pensar criticamente alguma dimensão da realidade e somos levados, principalmente, a desenvolver a capacidade de fundamentar as nossas opiniões. Apresentar uma tese. Apresentar o(s) porquê(s). Apresentar exemplos, hipóteses, conclusões a respeito de um tema. Texto 1 Um garoto desapareceu depois de uma irrupção de índios, foi dito que os índios o roubaram. Seus pais procuraram-no inutilmente; ao cabo de anos, um soldado que vinha do interior lhes falou de um índio de olhos celestes que bem podia ser seu filho. Por fim deram com ele (...) e acreditaram reconhecê-lo. (Jorge Luís Borges) Neste texto ocorre a presença de fatos consecutivos, portanto, narração. O verbo predomina no passado Logo, este texto apresenta uma estrutura narrativa. Texto 2 A beleza escultural dela era tão sublime que passava a ser um obstáculo à aproximação. A pele rosada destacava o brilho e a maciez de uma forma divina. Reentrâncias e saliências desenhavam a perfeição daquele corpo que era suculento e desejoso de ser devorado. O texto revela a ocorrência de fatos simultâneos e, portanto, não há progressão temporal ou não existe a presença de fatos consecutivos O verbo predomina no passado mas poderia ser presente. Por isso a estrutura deste texto é descritiva. Texto 3 O objetivo final do seu impulso sexual é fazer aquilo (do latim “aquilus”, que quer dizer “você sabe”). Mas isso não significa que sexo seja só aquilo e boa noite. Existe a aproximação, o primeiro contato, os preparativos. (...) O primeiro contato pode ser um roçar de dedos, um esbarrão aparentemente acidental, um guarda-chuva compartilhado ou um apertão na nádega seguido de desculpas: “Meu Deus, confundi você com uma antiga professora.” (Luís Fernando Veríssimo) Neste último texto ocorre análise dos fatos não importando se são, ou não, simultâneos. O verbo predomina no presente Então o texto apresenta uma estrutura dissertativa. Leia os textos e identifique a alternativa que melhor reflete o caráter geral de cada texto. Na publicação de Annalen der Physik de 1905, Einstein publicou seu primeiro esboço da Teoria da Relatividade. Dizem que 1905 foi o ano mágico para Einstein assim como 1766 foi para Newton. Neste ano Einstein fez as descobertas que mudaram para sempre o nosso entendimento do que significa realmente tempo e espaço. Existe porém uma descoberta feita nesta publicação de 1905 que provavelmente é a fórmula mais conhecida da humanidade, já que não é conhecida apenas por físicos. Seu significado, no entanto, requer um pouco de análise mais aprofundada. 1. Qual a melhor alternativa? a) b) narrativo c) descritivo d) dissertativo Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta desse lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas gerações. 2. Qual a melhor alternativa? a) b) narrativo c) descritivo d) dissertativo As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura da mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. A mãe chegou e logo foi ao banheiro da casa. 3. Qual a melhor alternativa? a) b) narrativo c) descritivo d) dissertativo Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 12o andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os frequentescongestiona-mentos dos automóveis e a beleza das arrojadas construções que se sucediam do outro lado da avenida. Estes prédios moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. 4. Qual a melhor alternativa? a) b) narrativo c) descritivo d) dissertativo Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança de muitas espécies são apenas alguns dos aspectos a serem mencionados. 5. Qual a melhor alternativa? a) b) narrativo c) descritivo d) dissertativo Baseado no texto abaixo, responda a questão 172. “Sem sombra de dúvida, o elemento que mais chama a atenção no contexto político africano é a extravagância das fronteiras internacionais do continente. Apesar disto, ou talvez por causa disto, a intangibilidade das fronteiras herdadas da colonização permanece como um dos principais pontos da carta da Organização da Unidade Africana (OUA). Não conseguindo encontrar em seus concidadãos uma fidelidade à nação, os atuais dirigentes africanos professam um ‘nacionalismo de estado’ que mantém o ‘status quo’ entre os diferentes países e encobre os antagonismos étnicos no interior das fronteiras africanas.” 6. O caráter geral do texto é de: (a) refutação (b) exemplificação (c) analogia (d) análise (e) hipótese Leia o texto e responda a questão seguinte. A disposição final do lixo é uma das grandes dores de cabeça de todo prefeito, especialmente nas cidades grandes, onde a coleta alcança milhares de toneladas todos os dias. Existem soluções simples, baratas, ecológicas e socialmente interessantes, mas são vários os fatores que conspiram para que estas soluções não sejam conhecidas e aplicadas. Em primeiro lugar está a ideologia da sociedade de consumo que, na reciclagem de materiais valiosos e irrecuperáveis, só vê a economicidade monetária para a entidade recicladora, não o benefício social e o interessante das gerações futuras. Uma sociedade que fosse racional em termos de uso justo de recursos finitos não produziria o tipo de lixo que produzimos hoje. Por outro lado, as soluções oferecidas pela tecnocracia requerem investimentos tão enormes e custos de operação tão elevados, sem deixar lucros, que elas não estão ao alcance da grande maioria de nossas administrações municipais, financeiramente exauridas pelo incidente modelo centralista que ainda nos assola. 7. O texto é predominantemente: a) (a) narrativo (b) dissertativo (c) descritivo (d) dissertativo-narrativo (e) dissertativo-descritivo Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. Brasília, 1º/07/08 (MJ) - “Após a invasão de camelôs nas ruas brasileiras vendendo produtos falsos, agora esse tipo de mercado migra para a Internet, com potencial ofensivo muito maior. Verdadeiras redes estão se estruturando e há vinculação de várias delas com o crime organizado, como o tráfico de drogas e de armamentos”. A declaração é do presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Luiz Paulo Barreto, também secretário-executivo do Ministério da Justiça. Segundo o secretário, o trabalho da Polícia Federal na Operação I-Commerce 2, que teve início nesta terça-feira (1º) é de fundamental importância, para acabar com o problema na raiz, antes que comece a se alastrar. Barreto informou que se trata de uma segunda fase da operação, que começou em 2006, em que a PF deu início à repressão da pirataria na Internet em 13 estados e no Distrito federal. “A pessoas, por Download, estão comprando gato por lebre. Nossa ação é positiva, não apenas pelas prisões, mas principalmente pela desarticulação das quadrilhas, numa forte demonstração de que o Governo está atento, para não permitir que a Internet se torne um campo livre de práticas ilícitas”, disse o secretário. “Não há como punir o consumidor, mas devemos educar e alertar para os fins que o dinheiro da pirataria é utilizado, como o narcotráfico”. Luiz Paulo Barreto informou, ainda, que o a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho no mercado formal. O Brasil, de acordo com o secretário, perde, por ano, R$ 30 bilhões em arrecadação de impostos. No mundo, a Interpol (Polícia Internacional) já considera a pirataria o crime do século, movimentando U$ 522 bilhões/ano, bem mais do que o tráfico de entorpecentes, de U$ 360 bilhões/ano. (Disponível em: http://www.mj.gov.br, acesso: 16/08/2008) 8. Pode-se afirmar que o texto I é: (a) lírico. (b) narrativo. (c) figurado. (d) informativo. (e) antitético. Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. TEXTO – DIAGNÓSTICO Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez casos por dia. Considerando a importância que o turismo tem para a cidade - que anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes, aliás,quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de insegurança. Por maior que tenha sido a indignação manifestada pelo governo federal, são números que reforçam o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado no início do mês,a respeito do perigo que apresentam o Rio e outras grandes cidades brasileiras. Não é exagero classificar de urgente a tarefa de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio, considerando que os visitantes movimentam 13% da economia da cidade e que dentro de três anos teremos aqui o Pan. Parte da solução é simples: reforçar o policiamento ostensivo. A Secretaria de Segurança do Estado informa que há quase duas centenas de policiais patrulhando a orla, do Leblon ao Leme, mas não é o que se vê – nem é o que percebem os assaltantes. Muitos destes aliás, são menores de idade com que o poder público simplesmente não sabe lidar, por falta de ação integrada entre autoridades estaduais e municipais, empenhadas num jogo de empurra sobre a responsabilidade por tirá-los das ruas. O que lhes confere uma percepção de impunidade que só faz piorar a situação. Impunidade é também a sensação que resulta do deficiente trabalho de investigação policial: se não se consegue impedir o crime, sua gravação pelas câmeras da orla de pouco serve, pois não há um esquema eficaz de inteligência nem estrutura técnica adequada para seguir pistas. É fácil atribuir todos os problemas à falta de verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam fartos investimentos Em aparato tecnológico contra o crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas. 9 O texto da prova, por sua estrutura e características, deve ser prioritariamente classificado como: (a) expositivo; (b) narrativo; (c) informativo; (d) argumentativo; (e) descritivo. Leia o texto abaixo e responda a questão que segue. Uma nova economia surgiu em escala global no último quartel do século XX. Denominada informacional, global, em rede, para identificar suas características fundamentais e diferenciadas e enfatizar sua interligação. É informacional porque a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes dessa economia — sejam empresas, sejam regiões, sejam nações — dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos. É global porque as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus componentes — capital, trabalho, matéria-prima, administração, informação, tecnologia e mercados — estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos. É em rede porque, nas novas condições históricas, a produtividade é gerada, e a concorrência é feita em uma rede global de interação entre redes empresariais. Essa nova economia surgiuno último quartel do século XX porque a revolução da tecnologia da informação forneceu a base material indispensável para sua criação. 10. Quanto à tipologia, o texto acima classifica-se como um: (a) fragmento narrativo, em que o autor apresenta as fases da economia global. (b) texto dissertativo, cuja ideia principal, apresentada nos dois primeiros períodos sintáticos, é explicada nos períodos subsequentes. (c) texto descritivo, pois enumera as características fundamentais e diferenciadas da globalização. (d) relato de experiência pessoal do autor em face da nova economia que surgiu nos últimos vinte e cinco anos do século XX. Campo Semântico Todas as palavras apresentam valores de significado ligados à sua etimologia e ao seu efetivo uso da língua. O aspecto semântico da palavra tem sido pouco contemplado pelas avaliações dos estudiosos da língua que normalmente se voltam mais para a avaliação gramatical (plano sintático ou morfológico). Modernamente a palavra significado tem sido alterada, nas provas de concursos públicos, pela expressão sentido. Isso ocorre porque a palavra sentido confere um valor mais aproximado, digamos que mais relativo do que a expressão significado que parece mais estanque. Para atribuirmos um valor semântico, devemos levar em conta, basicamente, três aspectos: Relacionar a palavra a outras no texto. Verificar o sentido comumente empregado. Identificar o aspecto denotativo ou conotativo que está sendo utilizado. Observe os três casos. 1. Relacionar a palavra com outras no texto Leia o texto abaixo busque o sentido das palavras sublinhadas. A secretária, além de esquecer-se de apresentar as notas de sua última viagem, ainda não trouxe a ata da reunião passada para essa reunião tão importante. Essas blungatides acabarão resultando em demissão por seus pludores. Repare que as palavras blungatides e pludores podem ter o seu valor semântico resgatado no texto a partir da relação correta com outras palavras no texto. 2. Verificar o sentido usual O valor semântico de uma palavra, por outro lado, também pode ser verificado pela carga semântica que a palavra traz devido ao seu emprego constante na língua. Leia as frases abaixo e verifique as diferenças semânticas. · Mariana estava nua na revista. · Mariana estava despida na revista. · Mariana estava pelada na revista. 3. Distinguir o sentido conotativo do denotativo CONOTATIVO ► Sentido simbólico ("Vou te botar no meio da rua" - Significa: serás demitido) DENOTATIVO ► Sentido literal ("E se eu morrer atropelado?" - Significa: ser atropelado mesmo) As palavras por vezes não alcançam o sentido que o autor quer conferir à expressão de um determinado pensamento, em virtude disso muitas vezes ele acaba fazendo uso de linguagem metafórica – sentido conotativo – para expressar suas ideias. Sabe-se que a palavra urubu apresenta, na linguagem popular, um sentido (conotativo) depreciativo, negativo. Tanto que o verbo urubuzar no Aurélio Século XXI dá como sinônimo (sentido denotativo) azarar, olhar com intenção malévola. Sabe-se também que o adjetivo verde representa (conotativamente) vida e esperança simbolicamente. Mário Quintana, uma das maiores expressões da poesia gaúcha em todos os tempos, utiliza toda a sua sensibilidade de poeta afirmar – provavelmente – que a esperança é um sentimento ruim com possibilidades de boa solução. “A esperança é um urubu pintado de verde.” Mário Quintana, Caderno H Exercícios Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. 01. O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança junto às belas casas, os 02. jardins, as piscinas, mas destacava-se acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro 03. alto. No portão principal, muitos guardas controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam 04. no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados, portando crachá. Mas os 05. assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas. 06. Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto, nos quatro lados. As 07. inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram 08. obrigados a usar crachá. 1. Todas as palavras abaixo são equivalentes do adjetivo rigorosas (l. 7), EXCETO (a) inflexíveis. (b) prejudiciais. (c) severas. (d) rígidas. (e) intransigentes. 2. “Nesta época, no ano passado, começou a se constatar nas prateleiras dos supermercados uma 'maquiagem' de produtos.”; a correspondência correta entre os elementos presentes nessa primeira frase do texto é: (a) nesta época = por essa época; (b) no ano passado = no ano vindouro; (c) começou a se constatar = começou a ser constatado; (d) uma 'maquiagem' de produtos = produtos maquiados; (e) começou a se constatar = começou a constatar-se. 3. “A viagem teve início...”; o segmento “teve início” pode ser corretamente substituído por “começou” ou “principiou”; o item abaixo em que o segmento sublinhado NÃO apresenta uma substituição adequada é: (a) o problema teve solução = solucionou; (b) a viagem teve fim = terminou; (c) o conde teve disposição = dispôs-se a; (d) o conde teve prazer em viajar = gostou de; (e) os carros têm obrigação de parar nos sinais = devem. Leia o texto abaixo e responda a questão seguinte. 01. Todo mundo ri das desgraças dos 02. outros. Como diz a velha marchinha de 03. carnaval, “pimenta nos olhos do outro é 04. refresco”. É realmente engraçado que o 05. riso seja, quase sempre provocado pelo 06. ridículo, pela situação incômoda, pelo 07. grotesco, pela tristeza. Em épocas de paz 08. (se as há) nunca se viu ninguém 09. ridicularizando ninguém. Nas outras – menos 10. calmas, mais vigiadas – o humor burla 11. a proibição com a irreverência, com 12. a ridicularização dos prepotentes e com a 13. subversão dos costumes (nem tão 14. comportados assim). 4. O sentido veiculado no texto pelos termos “realmente” (linha 4), “burla” (linha 10) e “irreverência” (linha 11) corresponde respectivamente, a (a) sem dúvida, contraria, irresponsabilidade (b) de fato, engana, desacato (c) igualmente, ironiza, desrespeito (d) de fato, contraria, irresponsabilidade (e) igualmente, ironiza, desacato A questão seguinte refere-se ao texto abaixo 01. Por que cargas d’água o futebol não tem 02. na literatura brasileira a correspondência de 03. sua verdadeira dimensão na nossa 04. sociedade? Na verdade, pode-se expandir 05. essa questão para as demais manifestações 06. artísticas – música, cinema, teatro e artes 07. plásticas. De há muito, o futebol se infiltrou de 08. tal forma no tecido social brasileiro que está 09. presente no nosso dia-a-dia de maneira 10. sufocante. Respiramos futebol e falamos de 11. futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele 12. já faz parte da própria natureza do brasileiro. 13. Mas isso não está devidamente expresso na 14. poesia ou na prosa, nem impresso nas obras 15. espalhadas pelas galerias de arte, tampouco 16. projetado nas telas de cinema, representado 17. devidamente nos palcos ou capturado em seu 18. rico gestual pelas coreografias de balé. 19. Talvez a resposta esteja com o professor, 20. ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, 21. Décio Pignatari, que, a propósito, me disse 22. certa vez. “É que o futebol é muito maior do 23. que a criação artística.” O que o mestre queria 24. dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a 25. graça do balé, a dinâmica do cinema, a 26. expressão do ser e dos movimentos das artes 27. plásticas; ele cria os mais inverossímeis 28. personagens, tece as tramas mais insólitas 29. que a ficção possa conceber e nos derrama 30. um belo verso, ao menos, a cada partida. 31. Assim, criou sua própriasemântica, uma 32. linguagem que dispensa as demais. 5. Em muitas passagens do texto, o autor explora um uso mais abstrato de palavras que têm um significado mais concreto em outros contextos. Um exemplo disso é a utilização do verbo esmagar para dizer que um time esmagou outro, significando que venceu o outro com larga vantagem; nesse caso, o verbo não tem o significado concreto de destruição ou pressão física sobre o objeto. Este fenômeno ocorre com todas as palavras listadas abaixo, à exceção de (a) se infiltrou (linha 7) (b) tecido (linha 8) (c) capturado (linha 17) (d) entendi (linha 24) (e) derrama (linha 29) As questões seguintes referem-se ao texto abaixo. 01. A famosa “malemolência” ou preguiça 02. baiana não passa de racismo segundo 03. concluiu uma tese de do doutorado defendida na 04. USP. O estudo durou quatro anos. 05. A tese defendida pela professora de 06. antropologia Elisete Zanlorenzi sustenta que o 07. baiano é tão eficiente quanto o trabalhador 08. das outras regiões do Brasil e contesta a visão 09. de que o morador da Bahia vive em clima de 10. “festa eterna”. 11. “Pelo contrário, é justamente no período 12. de festas que o baiano mais trabalha. Como 13. 51% da mão-de-obra da população atua no 14. mercado informal, as festas são uma 15. oportunidade de trabalho. Quem se diverte é o 16. turista” , diz a autora. 17. Segundo a antropóloga, o objetivo da 18. tese foi descobrir como a imagem da preguiça 19. baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu 20. que a imagem da preguiça se derivou do 21. discurso discriminatório contra os negros e 22. mestiços, que são 79% da população da 23. Bahia. “A elevada porcentagem de negros e 24. mestiços não é uma coincidência. A atribuição 25. da preguiça aos baianos tem um teor racista. 26. O estudo mostra que a imagem de povo 27. preguiçoso se enraizou no próprio Estado por 28. meio das elites de origem européia, que 29. consideravam os escravos “indolentes”. 30. Depois, se espalhou de forma acentuada no 31. Sul e no Sudeste a partir das migrações da 32. década de 40. “Todos os que chegavam do 33. Nordeste viravam baianos. Chamá-los de 34. preguiçosos foi a forma encontrada para 35. depreciar os trabalhadores desqualificados, 36. para estabelecer fronteiras entre os dois 37. mundos”, diz. 38. Segundo a tese, outro segmento 39. apropriou-se da preguiça: a indústria do 40. turismo, que incorporou a imagem para vender 41. uma ideia de lazer permanente. 6. Assinale a alternativa em que a palavra da segunda coluna constitui um sinônimo adequado para a respectiva palavra da primeira coluna, considerando o contexto em que esta ocorre. (a) sustenta (l. 6) – confronta (b) contesta (l. 8) – atesta (c) teor (l. 25) – conteúdo (d) se enraizou (l. 27) – se camuflou (e) depreciar (l. 35) – avaliar 7. A palavra preguiça tem, no texto, sentido equivalente ao das palavras abaixo, à exceção de (a) ociosidade (b) licenciosidade (c) pachorra (d) moleza (e) morosidade Inferência Inferência = garantia O raciocínio inferencial, muito solicitado nas provas de concursos públicos, é simplesmente uma dedução lógica permitida pelas informações do texto. Se o texto permitir uma determinada conclusão a partir das ideias nele registradas, isso é uma inferência. Portanto envolve informação garantida pelo texto. Outras formas de ser solicitada este tipo de análise são as perguntas do tipo: · Depreende-se do texto ... · Conclui-se a partir do texto ... · Podemos deduzir do texto ... · O texto garante que ... · Podemos inferir do texto ... Leia o texto abaixo e a seguir marque (V) para as informações garantidas pelo texto – inferências – e marque (F) para as falsas inferências. Texto 1. “A principal forma de dignidade humana é auxiliar o menos favorecido.” ( ) Quem auxilia o menos favorecido é digno. ( ) Quem auxilia o mais abastado não é digno. ( ) Auxiliar outra pessoa pode ser digno. ( ) Quem auxilia outra pessoa pensa em ser digno. ( ) Os menos favorecidos necessitam de auxílio. A alternativa correta é: (a) F-F-V-V-F (b) V-F-V-F-F (c) V-F-F-V-F (d) F-V-F-F-F (e) V-V-V-F-F 2. A frase que equivale, em sentido, a “Apenas neste século as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir mais diretamente na construção da cidadania” é (a) Neste século, apenas as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir mais diretamente na construção da cidadania. (b) As mulheres passaram a ter, neste século, apenas a oportunidade de agir mais diretamente na construção da cidadania. (c) Neste século, as mulheres passaram a ter a oportunidade de apenas agir mais diretamente na construção da cidadania. (d) Neste século apenas, as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir mais diretamente na construção da cidadania. (e) As mulheres passaram a ter, neste século, a oportunidade de agir mais diretamente apenas na construção da cidadania. A questão seguinte refere-se ao texto abaixo. 01. O Rio, nos primeiros anos trinta, sabia 02. onde eram os cafés dos sambistas, dos 03. músicos, dos turfistas e dos boêmios. Noel 04. Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto 05. do samba – o Café Nice – e preferia a Lapa, 06. onde vivia o pessoal da madrugada, bons 07. bebedores, alguns cafetões, várias meretrizes, 08. que se portavam com dignidade nas horas de 09. folga, e gente solitária; ignorávamos de que 10. vivia, e nenhuma era endereçada a ele, esse 11. amigo de todos, Noel da Lapa. Bebendo muito 12. e se alimentando pouco, Noel se tornou presa 13. fácil da tuberculose. Naquele tempo, a doença 14. era meia morte. 3. Considere as seguintes afirmações a respeito do texto. I. O autor do texto conviveu com Noel Rosa, como se depreende pelo emprego de “sei” (l. 4). II. Durante algum tempo, algumas pessoas não souberam de que vivia Noel Rosa, como se infere do emprego de “ignorávamos” (l. 9). III. Noel Rosa foi vitimado pela tuberculose, como se depreende da leitura do trecho "se tornou presa fácil" (l. 12 e 13). Quais estão corretas? (a) apenas I (b) apenas II (c) apenas I e II (d) apenas II e III (e) I, II e III A próxima questão efere-se ao texto abaixo. 01. Além do óbvio apelo à tradição cristã do 02. povo, que facilitava a transmissão da imagem 03. de um Cristo cívico, poder-se-ia perguntar por 04. outras razões do êxito de Tiradentes como 05. herói republicano, porque não foi sem 06. resistência que ele atingiu tal posição. 07. Tiradentes tinha competidores históricos 08. ao título de herói do novo regime instalado em 09. 1889, entre os quais Frei caneca, mártir das 10. causas liberais no Nordeste, que acabou 11. fuzilado. Possivelmente o motivo central da 12. escolha do mineiro foi o fato de a conjuração 13. de que participou jamais ter alcançado a ação 14. concreta, poupando ao país violência e 15. derramamento de sangue e rendendo-lhe a 16. aura de mártir imaculado. 4. Segundo lemos no texto, (a) O autor não tem certeza de que Tiradentes tenha sido considerado herói republicano, como se pode perceber na dúvida expressa pela palavra "possivelmente" (l. 11). (b) Há uma correlação entre a inexistência de ação concreta e a razão da escolha do mineiro, como se observa na afirmativa centrada na passagem "foi o fato" (l. 12) (c) Houve vários mártires das causas liberais no Nordeste além de Frei Caneca, como se pode inferir na passagem "entre os quais" (l. 9). (d) O autor do texto reprova o excesso de liberalismo de Frei Caneca e vê nele o motivo central de seu triste destino, como se pode ver na passagem "que acabou fuzilado" (l. 10 e 11) (e) Já na época da instalação do novo regime, em 1889, perguntava-se pelas razões do êxito de Tiradentes, como depreendemos pelo uso do tempo do verbo "poder-se-ia"(l. 3). A questão seguinte refere-se ao texto abaixo. 01. Língua é caráter. O português brasileiro é 02. mais anasalado do que o de Portugal. Eles 03. dizem “ao” onde nós dizemos “ão”, por isso a 04. nossa “corrupção” parece maior, tem a força 05. descritiva de um superlativo. É como se 06. existisse a palavra “corrupcinha”, mas, de tão 07. pouco adequada aos nossos hábitos, se 08. tivesse perdido no tempo, substituída para 09. sempre pelo seu oposto Nosso português 10. liberado pelo nosso tamanho nos compeliria 11. só aos grandes pecados. A culpa não é nossa, 12. é da nossa geografia. É dos nossos 13. superlativos. Espaço é destino. Ditongo nasal 14. é destino. O que, mais do que uma tese, é um 15. álibi. 5. Considere as alternativas abaixo. I. “Corrupção” e “corrupcinha” são os exemplos utilizados pelo autor para refutar a afirmação contida na primeira frase do texto. II. O autor elabora uma argumentação não científica, porém consistente, para justificar as afirmações feitas a partir da segunda frase. III. Ser o “ao” mais ou menos anasalado, segundo o autor, depende da língua em que ele é realizado. Quais estão corretas? (a) Apenas I (b) Apenas II (c) Apenas III (d) Apenas II e III (e) I, II e III Leia o texto abaixo e responda a questão que segue. Em um país cujo governo se acostumou a controlar tudo — inclusive a Internet, monitorada 24 horas por dia por milhares de censores —, não surpreende que se tente domar a meteorologia. Agosto, mês em que serão disputados os Jogos Olímpicos, é uma época chuvosa em Pequim. Para que um temporal não estrague as cerimônias de abertura e de encerramento, os chineses decidiram recorrer a uma técnica conhecida como nucleação de nuvens. Bombardearão os céus com iodeto de prata, substância catalisadora de chuva. Se nuvens negras se aproximarem de Pequim nos dias de início e fim das Olimpíadas, lançadores de foguetes estarão a postos para induzir a chuva antes que ela chegue ao Estádio Olímpico. A nucleação de nuvens não é uma técnica nova. O custo elevado em relação aos benefícios faz com que seu uso seja apenas ocasional, mesmo nos Estados Unidos da América, país onde surgiu, nos anos 40. Na China, ela é empregada em grande escala para corrigir desigualdades entre regiões secas e chuvosas. 6. Com referência às ideias do texto acima, assinale a opção correta. (a) De acordo com o texto, nada — nem a Internet, nem a meteorologia, nem as Olimpíadas — escapa ao rígido controle do governo chinês. (b) Durante as Olimpíadas da China, os chineses bombardearão os céus com iodeto de prata para que não chova em Pequim. (c) Na China, apesar do custo elevado da nucleação de nuvens, essa técnica, utilizada frequentemente em grandes eventos, será usada nas Olimpíadas, que ocorrerão em agosto deste ano, época chuvosa em Pequim. (d) Infere-se da leitura do texto que os chineses estão preocupados com o sucesso das cerimônias de abertura e de encerramento das Olimpíadas. A questão de número 7 refere-se ao texto abaixo. Prof. Betto 01. É visível a cisão entre a música de “alto 02. repertório”, composta hoje ou recentemente, 03. e a música popular, no caso atual a música de 04. mercado. Elas atuam em faixas sociais 05. diferentes: falam a segmentos de público 06. completamente desiguais e vão em direção a 07. experiências de tempo opostas. A música 08. de concerto contemporânea explorou 09. conscientemente dimensões do tempo que 10. contestam a escuta linear, negam a repetição 11. e questionam o pulso rítmico. A música das 12. massas marca o pulso rítmico e a repetição e 13. apela à escuta linear. Uma contesta o tom e o 14. pulso, outra repete o tom e o pulso gerando a 15. polarização entre a música que convida à 16. “dança do intelecto” e a música que se limita 17. à “dança hipnótica dos quadris”. 7. O texto acima é construído através da comparação de dois tipos de música, identificados, na coluna da esquerda, pela primeira referência a eles feita no próprio texto. A coluna da direita contém outras expressões usadas que voltam a fazer referências aos dois tipos de música. Associe-as corretamente. ( ) música das massas (linhas 11 e 12) (1) música de “alto repertório” ( ) música de concerto contemporânea (linha 7 e 8) ( ) Uma (linha 13) ( ) outra (linha 14) (2).música popular ( ) “dança do intelecto”(linha 16) ( ) “dança hipnótica dos quadris”(linha 17) Qual a sequência numérica correta, de cima para baixo, da coluna da direita? (a) 2-1-2-1-1-2 (b) 2-1-1-2-1-2 (c) 2-1-1-2-2-1 (d) 1-2-1-2-1-2 (e) 1-2-2-1-2-1