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INTRODUÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), esta apostila tem como objetivo levar a você o 
conhecimento sobre uma questão muito importante nos meios produtivos. 
Trata-se da disciplina de Gestão da Inovação Tecnológica, que tem 
como premissa garantir mecanismos para que o aluno conheça os seus 
fundamentos, os quais estarão sempre presentes no cotidiano das empresas, 
das indústrias, do comércio e da sociedade. 
Como sabemos se a nossa ideia é uma inovação ou um simples 
aprimoramento? 
Existe uma receita para criar inovação tecnológica? 
Caro(a) aluno(a), formulo mais duas perguntas para você. 
Se todos os profissionais querem a inovação em sua empresa, por que, 
muitas vezes, encontramos obstáculos para que ela ocorra? Estaria ela 
vinculada a algum incentivo do governo, a alguma política interna das 
empresas, a limitações das pessoas, a medo de arriscar, entre outros fatores? 
Parece que temos muitas perguntas para poucas respostas neste 
momento. É natural que isso ocorra, pois se trata de um assunto bastante 
complexo, acerca do qual até profissionais conceituados no mercado 
apresentam alguns pontos divergentes em relação às explicações técnicas a 
serem dadas a essas perguntas. 
Bem, para que seja possível a desmistificação do tema apresentado e, 
consequentemente, a obtenção de respostas às perguntas, será necessário 
conhecermos mais a fundo as particularidades que envolvem a tão sonhada e 
almejada inovação. 
 
 
 
 
 
Tipos de Inovação 
Fazendo-se uma análise simples de inovação, podemos falar que é algo 
simples e envolve dois momentos. Primeiro, alguém tem que gerar algo 
diferente, e, segundo, alguém tem que implementar. 
Entretanto, quando pensamos em inovação propriamente dita, logo 
pensamos na construção arrojada de um produto, com a diminuição de custos 
operacionais, agradando os clientes e, logicamente, gerando retorno dos 
investimentos. 
A inovação, porém, não está focada somente nesse caso em particular. 
Ela está inserida dentro de várias áreas, como as que serão transmitidas para 
você a partir de agora. 
Analisando a inovação com mais aprofundamento, podemos informar 
que ela pode ser vista como uma conotação direta, ou seja, por ação de 
parcerias entre empresas, universidades, indústrias, em que processos e 
patentes são gerados. Exemplo: uma solução para um determinado processo 
de fabricação criada dentro do ambiente acadêmico e transferida à indústria 
para a aplicação prática e consequente redução de custos, perdas de material, 
entre outros fatores (parceria). 
No entanto, a inovação também pode ser apresentada de outra forma, e 
esta é exatamente contrária ao que ocorre na inovação citada anteriormente. 
Nesse caso, não existe parceria entre empresas, universidades, indústrias. 
Dessa maneira, o processo de conhecimento, pesquisa e 
desenvolvimento ocorre de forma interna à empresa. Essa forma é também 
conhecida como “inovação fechada”, solução criada para si mesmo. 
Outra possibilidade de inovação é a que pode ocorrer por fatores que 
envolvem riscos, como a chamada inovação radical, que, como o próprio nome 
sugere, tem seus riscos bem evidentes. 
Entretanto, devemos levar em consideração que a maioria das 
inovações apresenta certa dose de determinação, arrojo e claro risco, mas 
deve ser bem calculado para que o investimento nessa ação não seja perdido. 
 
 
Para os inovadores que não apresentam um perfil tão radical, temos 
também uma inovação que pode ser entendida com baixo risco; porém, caro(a) 
aluno(a), não se deve entendê-la como uma “super” inovação. Trata-se da 
inovação incremental, que, em outras palavras, consiste em uma solução 
pronta, em que aperfeiçoamos o seu mecanismo de funcionamento, de forma a 
mantê-la em atividade por mais algum tempo no mercado. 
Com as informações apresentadas até o momento, podemos gerar um 
conhecimento básico sobre inovação e perceber que, independentemente do 
tipo de inovação a ser adotado, é primordial que ele tenha como resultado um 
valor de conquista, de ganho. 
E não pense que esse valor somente possa ser monetário. Ele pode 
estar agregado a um serviço, a um processo de produção que aumente a 
satisfação dos funcionários, a uma ação de marketing. 
Que tal exemplificarmos cada segmento? 
Como inovação de um produto, podemos citar a introdução do sistema 
eletrônico para frenagem (ABS) nos automóveis nacionais a partir de 2014, 
atendendo a uma exigência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com o 
intuito de propiciar uma frenagem mais eficiente ao veículo e, 
consequentemente, mais segurança aos seus ocupantes. 
Esse sistema, em caso da necessidade de uma frenagem mais brusca, 
evita o travamento das rodas e, assim, a falta de aderência dos pneus em 
relação ao solo. 
Já em relação a uma inovação que envolva um processo, podemos citar 
o sistema de construção civil de sustentáveis de baixo custo. Essa inovação 
visa a atender a necessidade de materiais de construção a um baixo custo e a 
reduzir o impacto ambiental para sua confecção, visto que são utilizados, em 
sua grande maioria, produtos descartados na natureza, que, ao serem 
recolhidos e submetidos a processos de reciclagem (químico, por exemplo), 
acabam voltando a um estado propício para a sua reutilização como matéria-
prima. 
Outro exemplo de inovação, agora na área de marketing, é a utilização 
de meios eletrônicos para mensurar o grau de satisfação dos clientes em 
relação a um produto ou serviço, como o Instituto Nielsen propõe. 
 
 
Nesse caso, o consumidor interessado pode responder a várias 
pesquisas de acordo com o seu perfil e, dessa forma, dirigir as empresas a 
tratar os seus produtos e serviços de acordo com a visão que estes estão 
recebendo pelo mercado consumidor. Esse sistema tem vantagem para ambos 
os lados, pois o consumidor cadastrado, além de poder opinar sobre um 
produto ou serviço, recebe um valor pelas suas opiniões, e, em contrapartida, a 
empresa que contrata os serviços da Nielsen recebe um raio X de sua 
performance e, consequentemente, ajusta-se para atender às expectativas do 
mercado, aumentando, assim, o número de vendas e fidelizando os seus 
clientes. 
E, por último, há a inovação organizacional, que pode ser ilustrada pela 
adoção de um processo de capacitação de primeiros socorros aos funcionários 
de uma empresa, com o objetivo de proporcionar a estes conceitos e ações 
que deverão ser adotados em casos de risco ou emergência, garantindo, 
assim, a tranquilidade e o bem-estar dos funcionários. 
Vamos, agora, tratar de um assunto bastante pertinente: o significado de 
Conhecimento. Mas, antes de justificar a sua utilização em nosso estudo, 
gostaria de fazer mais duas perguntas, as quais serão respondidas ainda 
dentro deste tópico. 
• Você sabe onde nasce a inovação? 
• Quais variáveis são fundamentais para que a inovação possa 
surgir? 
 
Bem, vamos discutir o presente cenário. Como você mesmo observa, 
estamos inseridos em uma sociedade moderna, tecnológica, que busca 
continuamente a especialização, o aperfeiçoamento, seja para fins 
profissionais, seja para fins sociais. 
Essa mesma sociedade a que estamos nos referindo é a chamada 
“sociedade do conhecimento”, que tem a capacidade de análise do problema e 
de busca por sua resolução. 
Muitas vezes, essa resolução pode ser prática e simples, mas quando 
tratamos de problemas ligados à área profissional, esta sempre vem 
acompanhada de uma boa quantidade de pesquisa, conhecimento e sabedoria. 
 
 
De acordo com Drucker (1985), a atual sociedade tem como alicerce o 
elemento-chave conhecimento, que não é apenas mais um recurso, mas o 
único recurso atualmente significativo. 
Na mesma linha de pensamento, Gibbons et al. (1994) relatam que o 
processo de inovação por intermédio do conhecimento é visto como um 
recurso-chave e uma fonte de vantagem competitiva entre empresas em um 
ambiente em constantecompetitividade. 
De acordo com esse estudo, já temos base para podermos construir 
nossa fundamentação em relação às duas perguntas iniciais deste tópico. 
Então, esta questão é para você: onde nasce a inovação? Ainda está 
com alguma dúvida? Eu apostaria que ela nasce da mente brilhante do ser 
humano, ou do grupo de seres humanos. O que você acha? 
Mas, para que ela nasça nessa mente privilegiada, é necessário algum 
recurso, você não acha? Que tal denominarmos esse recurso de 
conhecimento? 
Esclareceu a dúvida? Será que ficou clara a importância da palavra 
‘conhecimento’ para você? 
Figura – O processo de inovação e suas definições. 
 Fonte: www.vendamuitomais.com.br 
 
 
 
O processo de inovação ocorre com o surgimento de um conjunto de 
ideias, as quais sofrem uma filtragem para, posteriormente, sofrer a etapa de 
seleção de uma ou mais delas, que passam a ser trabalhadas com o intuito de 
chegar a um modelo que esteja plenamente em conformidade com a margem 
de investimentos, o tempo para desenvolvimento e a possibilidade de 
implementação. 
Em relação à implementação, os resultados esperados começam a 
surgir nessa etapa, e nesse momento é que aparecem possíveis problemas 
não calculados ou que passaram despercebidos. 
É claro que estamos falando de erros que nunca são desejados, mas 
que se tornam remediáveis à medida que os planos de contingência são pré-
elaborados. 
Todavia, como discutido anteriormente, errar é humano, mas minimizar a 
tendência ao erro é vital, e nisso está inserido o fator de risco de uma inovação. 
Bem, esse risco sempre estará presente em uma ação inovadora, seja 
na área de negócios, na área médica, na área da construção civil ou em nossa 
área! 
Como já poderíamos deduzir mesmo sem essa explicação obtida no 
dicionário, risco é algo presente em toda ação a ser executada, desde uma 
simples, como, por exemplo, trocar uma lâmpada, até uma ação mais 
complexa, como a substituição da linha de fabricação de automóveis por uma 
muito mais moderna. 
Quando falamos de inovação, devemos ratificar que ela gera certo custo, 
que pode ser de ordem econômica/financeira, sustentável, tecnológica e até 
mesmo social. 
Contudo, apesar de todos os riscos, a evolução nos mostra que inovar é 
preciso, e, sem ela, certamente muitos dos recursos de que dispomos hoje em 
dia não estariam disponíveis. 
 
IMITAÇÃO, INVENÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
 
 
 
Caro(a) aluno(a), vamos desmistificar um assunto que deixa muitos 
inventores e inovadores com dúvidas. Afinal, sou responsável por uma 
invenção ou uma inovação? 
 
Para começarmos a entender a diferença entre os conceitos invenção, 
inovação e imitação, vejamos as definições apresentadas a seguir.). 
Segundo a OCDE (19997), temos: Inovação é a implementação de um 
produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um 
processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método 
organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho 
ou nas relações externas. 
Em relação à ‘invenção’, de acordo a Sociedade Portuguesa de 
Inovação (1999), temos: Invenção é um passo à frente, no qual se delineia um 
produto, processo ou protótipo resultante da combinação de ideias em que 
uma, pelo menos, é inteiramente nova, ou em que o modo como essas ideias 
estão combinadas é totalmente novo, produto da criatividade. 
Michael Porter, uma das maiores referências no estudo da 
competitividade, cita que a inovação pode ocorrer a partir do momento em que 
a invenção chega ao mercado, passando a gerar lucro, paralelamente ao 
momento em que o novo conhecimento é colocado em prática e em produção, 
 
 
criando novos produtos, serviços e processo, permitindo, assim, que uma 
organização tenha a sua expansão. 
De acordo com as definições e a análise do pensamento de Porter, 
podemos concluir que, ao contrário que poderíamos imaginar inicialmente, a 
invenção não é um requisito básico para a inovação, visto que para a invenção 
se tornar algo importante ela necessita ser comprovadamente viável e útil às 
pessoas. 
Já em relação à inovação, muitas são vistas como melhorias de 
processos e práticas que já estão sendo praticados no mercado. 
E, agora, caro(a) aluno(a), como podemos definir a imitação, tão em 
moda hoje no mercado que alguns costumam chamar de réplica? 
Bem, acredito que não temos dúvidas em relação ao seu verdadeiro 
significado. A prática da imitação vem sendo adotada há muitos anos por 
mercados que se utilizam de tecnologia e inovação alheias para elaborar um 
produto que às vezes pode ser idêntico ou parecido, mas que apresenta 
grande perda de qualidade em relação aos materiais empregados na sua 
construção. 
Na Figura 4, temos um exemplo de imitação que gera, sem dúvida, 
prejuízos ao idealizador, no caso a empresa Apple. 
 
Figura – HiPhone (imitação de iPhone) e o iPhone da Apple. 
a) 
 
 
 
Fonte: http://www.guanabara.info/wp-content/ uploads/2011/06/clone-
iphone-645x462.jpg 
b) 
 
Fonte: http://www.guanabara.info/wp-content/ uploads/2011/06/xing-
ling.jpg 
 
Agora, pergunto a você: olhando rapidamente para a primeira figura, 
qual é o verdadeiro? E se olharmos para a segunda figura, será que ficaria 
mais fácil a distinção entre ambos? 
 
Bom, após vermos a segunda figura, acredito que já temos a resposta. 
Temos, à esquerda, um HiPhone, de origem chinesa, e, ao lado direito, um 
iPhone, de origem americana. 
Portanto, muito cuidado com as cópias, réplicas e imitações. São 
aparelhos com tecnologia inferior, dispositivos de qualidade duvidosa e, 
consequentemente, não homologados em nosso país pelas empresas! 
 
 
Invenções Bem-Sucedidas ao Longo dos Anos 
Caro(a) aluno(a)! Ficaríamos horas, dias, semanas discutindo a enorme 
quantidade de invenções ao longo dos anos que favoreceram a sociedade. 
Lembro que o intuito aqui é frisar o conceito de invenção, para que você 
possa dar uma explicação plausível, quando indagado, sobre esse assunto, 
que a maioria das pessoas acaba definindo como um sinônimo para inovação. 
Vamos, juntos, conhecer algumas invenções que foram marcantes nas 
nossas vidas e que serviram de instrumento para futuras inovações 
tecnológicas. 
Uma invenção a ser mencionada é a da lâmpada incandescente. O 
americano Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente no ano de 1879, 
a qual deixou para trás o consumo de velas nos domicílios e, posteriormente, a 
utilização nas indústrias e no comércio.

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