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Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Personagens
Ponto de checagem – 
Avaliação processual/formativa
Se julgar necessário, retomar com 
os estudantes o conceito de substan-
tivo (ou nome) próprio e de substanti-
vo (ou nome) comum. Os substantivos 
próprios designam seres individuais e 
específicos, particularizando-os dentro 
de sua espécie e distinguindo-os dos 
demais — são escritos com letra inicial 
maiúscula. Os substantivos comuns de-
signam genericamente, sem especifi-
car, seres da mesma espécie, que par-
tilham características comuns — são 
escritos com letra inicial minúscula. 
No caso dos personagens do con-
to em questão, ressaltar que o dono 
da venda, que dá o queijo ao fazen-
deiro, ao padre e ao roceiro, também 
é personagem do conto. No entanto, 
por ter uma atuação menos destaca-
da que os três, não é classificado co- 
mo personagem principal, e, sim, 
como personagem secundário, tam-
bém chamado coadjuvante.
O discurso direto na narrativa
O discurso direto e o discurso in-
direto não são formas linguísticas ex-
clusivas dos gêneros narrativos. Am-
bos aparecem em outros gêneros, 
orais e escritos, como o jornalístico, 
por exemplo. Neste momento, a ênfa-
se será no discurso direto, já que é 
priorizado no gênero em estudo. 
É importante ter em mente que, 
além do discurso direto e do discurso 
indireto, há outras formas de represen-
tação do dizer alheio no fio discursivo 
(por exemplo, o discurso indireto livre 
— muitíssimo frequente nos gêneros li-
terários narrativos —, o discurso direto 
livre e formas híbridas, muito frequen-
tes nos gêneros jornalísticos), as quais 
serão estudadas em outros momentos.
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido
Espaço
Espaço é o lugar onde ocorrem as ações, os fatos. Eles podem ser abertos (como 
uma estrada, uma floresta, etc.) ou fechados (como uma casa, uma escola, etc.).
 ⓿ Nesse conto o narrador localiza os fatos em alguns espaços. Responda à 
questão no caderno: Em que espaços os fatos narrados ocorreram? 
Personagens
Personagens são elementos que dão vida à história, fazendo com que ela 
aconteça. Muitas vezes, tanto nas narrativas orais como nas escritas, os per-
sonagens não têm um nome próprio, sendo identificados por nomes comuns.
 ⓿ Escreva no caderno quais são os personagens principais desse conto. 
Tempo
O tempo em uma narrativa refere-se à duração das ações e ao desenrolar 
dos acontecimentos. Ele pode ser determinado com marcadores que indicam 
dia, ano, horas ou períodos do dia. Esses marcadores definem a progressão do 
tempo na história.
 ⓿ Copie no caderno expressões do texto que indicam o tempo em que os fatos 
acontecem. 
Enredo/ação
O enredo é construído pelas ações da narrativa. Essas ações são agrupadas 
em quatro momentos: situação inicial, conflito, clímax e desfecho.
 ⓿ Identifique no conto “História de Trancoso” os parágrafos corresponden-
tes a cada um dos momentos da narrativa. Copie no caderno o quadro 
abaixo e complete-o com as primeiras palavras das frases que iniciam cada 
momento do conto lido e com as últimas palavras das frases que terminam 
cada momento. 
Ponto de checagem
Leia mais
Pedro Malasartes 
em quadrinhos. Stela 
Barbieri e Fernando 
Vilela. Moderna.
Um dos mais famosos 
personagens da cultura 
popular brasileira, 
Pedro Malasartes tem 
histórias contadas pelos 
quatro cantos do país. 
Sempre aprontando das 
suas, diverte os leitores 
de todas as idades. 
Vale a pena conhecê-lo 
também na linguagem 
dos quadrinhos.
Na estrada, em um rancho 
e em uma venda.
Um fazendeiro, um padre e um roceiro.
“Quando já ia escurecendo”, “antes de dormir”, “no canto do primeiro galo”.
Situação inicial Conflito Clímax Desfecho
Começo da narrativa 
em que se apresentam 
os personagens, o 
tempo e o lugar em 
uma situação de 
equilíbrio.
Desequilíbrio 
ou problema 
provocado por 
algum motivo.
Momento de maior 
tensão na história.
Final e resolução do 
conflito.
Início: 
Final: 
Início: 
Final: 
Início: 
Final: 
Início: 
Final: 
Situação inicial
Início: “Era uma vez [...].” 
Final: “— Se for encantado 
vai virar peneira — avisou.”
Conflito
Início: “— Calma – gritou 
uma voz [...].”
Final: “Dormiram que 
Deus deu. [...] E pé na 
estrada.”
Clímax
Início: “A fome apertou 
[...].”
Final: “— Ué! Onde se 
meteu o danado?”
Desfecho
Início: “— Agora que 
vocês contaram o sonho 
[...].” 
Final: “Trancoso.”
O discurso direto na narrativa
Há duas possibilidades de representar a fala dos personagens na narrativa:
 ⓿ dar voz ao próprio personagem para que se expresse de forma direta, re-
produzindo fielmente a fala na escrita. É o uso do discurso direto.
 ⓿ trazer a fala do personagem por meio da voz do narrador ou de outro per-
sonagem, reproduzindo a fala do personagem de forma indireta. Dizemos 
que desse modo foi feito o uso do discurso indireto.
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Leia mais
As sugestões desse boxe, ao longo do material, têm o 
objetivo de envolver os estudantes na leitura de livros de li-
teratura, apoiando-se em seu conhecimento sobre os gê-
neros e a temática e nas orientações dadas pelo professor 
(habilidade EF69LP49); de fazê-los participar de práticas 
de compartilhamento de leitura/recepção de obras literá-
rias, tecendo, quando possível, comentários de ordem es-
tética e afetiva e justificando suas apreciações, entre ou-
tras possibilidades de práticas de apreciação (habilidade 
EF69LP46); e de estimulá-los a realizar a seleção de fontes 
diversas (impressas, digitais, orais, etc.), avaliando a qua-
lidade e a utilidade dessas fontes, organizadas esquemati-
camente em quadros (habilidade EF69LP32).
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Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Verbos “de dizer”
Escolheu-se usar a expressão “verbo 
de dizer” no lugar de “verbo de enun-
ciação” a fim de que os estudantes 
compreendam e assimilem com mais 
facilidade os verbos usados para in-
troduzir falas e retomadas do narrador, 
ao analisar, em textos narrativos ficcio-
nais, os efeitos de sentido decorrentes 
desse uso.
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido
O conto popular que você leu foi construído pela sucessão das falas dos 
personagens registradas de forma direta, ou seja, por meio do discurso direto.
Releia este trecho do diálogo entre o fazendeiro e o padre.
— Pode-se saber de que vossa senhoria tem medo? – perguntou o fa-
zendeiro.
— De curupira. Me avisaram que a estrada está assim deles.
— Não se avexe – falou o fazendeiro. — Comigo não tem curupira nem 
mané-curupira. Venha comigo.
Observe que a fala de cada personagem é introduzida pelo travessão 
(—) e, quando interrompida pelo narrador, o travessão aparece marcando a 
continuidade da fala do personagem.
— Calma – gritou uma voz de taquara rachada. – É gente que aqui vai.
Geralmente, para anunciar a fala dos personagens, usamos verbos como 
dizer, afirmar, comentar, perguntar, responder, continuar, declarar, sussurrar, 
pedir, gritar, retrucar, seguidos de dois-pontos. Leia:
O fazendeiro, porém, aguentou firme. O roceiro de quando em quando 
ofertava:
— Um golinho d’água, nhonhô? Tá fresca, fresca...
Os verbos que introduzem as falas dos personagens, como o verbo ofertar 
do exemplo anterior, são chamados de verbos “de dizer”. Esses verbos “de dizer” 
também podem estar presentes na voz do narrador logo após o travessão que 
marca o que foi dito pelo personagem.
No lugar do travessão pode-se também utilizar aspas (“ ”) para indicar fala 
de personagem. No conto lido as aspas foram usadas para indicar pensamen-
to de personagem, como se percebe neste trecho:
Procurou um lugarzinho lascado, pensamentando: “Nesse lascado ele não 
deve usar”.
fala do 
personagem
voz do narrador retomada da fala 
do personagem
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