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Desnutrição e obesidade · Carência de nutrientes pode fazer com que a criança fique com baixa estatura e não atinja seu potencial genético de crescimento. · Diagnóstico nutricional da criança: olhar IMC para idade e ver a idade da criança; Desnutrição energético proteica · Primária: relacionada a insegurança alimentar – se não está sendo oferecido comida a ela, não está tendo acesso ao alimento. Secundária: · Baixa ingestão (criança tem o alimento em casa, mas não come como anorexia nervosa ou falta de apetite devido alguma doença), · Alteração na absorção (comprometimento da mucosa do intestino delgado, podendo causar esteatorreia se não consegue digerir e absorver as gorduras – com isso, não absorve as vitaminas lipossolúveis ADEK). · Necessidades nutricionais aumentada – doenças inflamatórias, infecciosas e neoplásicas: essas situações aumentam o gasto energético. · Falta de vitamina E pode causar quadros neurológicos – fraqueza muscular, convulsões de difícil controle. Desnutrição grave: diagnóstico de marasmo e kwashiorkor é clínico e deve ser feito internação. Marasmo (emagrecimento grave): · lipólise acentuada e liberação de ácidos graxos para tentar manter o ciclo de Krebs e produção de ATP. · Acomete crianças com menos de 12 meses · Hipotrofia muscular e subcutânea Kwashiorkor: · Diagnóstico diferencial: síndrome nefrótica · O peso pode estar aumentado devido EDEMA. O peso pode estar aumentado mas a criança desnutrida. · Kwashiorkor tem lipólise, menor ação de insulina, maior ação de glucagon, liberação de ácidos graxos livres. Tem alteração na função mitocondrial e maior liberação de radicais livres, causando inflamação no fígado, lesão de hepatócitos e pode ter degeneração gordurosa de fígado. (esteatose). · Acontece em crianças acima de 2 anos: criança não consegue manter pressão oncótica, causando edema. Então é uma criança desnutrida com peso normal por conta do edema; · Lesões de pele descamativas, hipercrômicas e hipocrômicas; · Cabelo quebradiço, solta fácil do couro cabeludo. · Hepatomegalia – devido lesão de hepatócitos devido aumento de radicais livres. Os hepatócitos são substituídos pela gordura (degerneração gordurosa no fígado) podendo causar hepatomegalia, aumento de ALT e AST. · Edema de membros inferiores, ascite, rosto arredondado. · Desnutrição grave: tem que internar; · Anemnese? Bebe foi PIG? Pré termo? · Aleitamento materno: revisar pega, oferta, seio da mãe; · Marasmo e Kwashiorkor tem que INTERNAR! · Coletar exames, ver se tem alterações hidroeletrolíticas ou quadro infecciosos associados. E tratar condições associadas. · Não pode oferecer muito volume, não pode fazer expansão rápida de volume, tem que hidratar devagar. Tem que ficar de olho nos eletrólitos e gasometria. · Estabilização hemodinâmica (pois o paciente desnutrido com frequência podem estar desidratado) por isso tem que pedir ureia e creatinina para avaliar se há insuficiência renal aguda pré-renal. Estabilização hidroeletrolítica e acidobásica (visto pela gasometria) · Atenção com sódio e fosforo. CUIDADO com hipofosfatemia – que pode ocorrer na síndrome de realimentação (desbalaço hidroeletrolítico) · Paciente desnutrido grave costuma ter hiponatremia; · Geralmente o paciente é alimentado por sonda nasoenteral na fase de estabilização ou fórmulas (que são envelopes com pastas). Não pode dar prato de comida. · Só na fase de reabilitação pode dar comida no prato, água no copo etc. · AST e ALT o normal é menos que 40. · Kwashiorkor marasmático: quando tem sintomas de marasmo e hepatomegalia, porém sem edema. OBESIDADE: · Pode causar joelho valgo (para dentro) e pés planos valgos e causa dor nas articulações. · Região infraaxilar e perto da coxa, devido a obesidade, não tem espaço entre a pele e se torna um ambiente de fricção, com umidade local e favorece aparecimento de infecções fúngicas e bacterianas recorrentes. · Acantose nigricans no paciente obeso pode significar resistência periférica a insulina que gera hiperinsulinismo. · Criança com obesidade: perguntar se ronca, se tem apneia. Pois apneia obstrutiva do sono está associada a obesidade e está relacionada a hipertensão arterial sistêmica. A falta de um sono adequado também contribui para piora da obesidade; · Abaixo de 2 anos, não se recomenda atividades recreativas com tela. Acima de 2 anos, recomenda-se no máximo 2 horas de tempo recreativo. · Perguntar se a criança se alimenta assistindo tv: porque isso faz com que ela não preste atenção em sua saciedade; · Recordatório alimentar 24 horas · Perguntar de ansiedade, depressão: ver se o alimento não é uma fonte de ‘’refúgio’’.