Caso 1: Gisele, 60 anos, parda, ensino fundamental incompleto. Mora com o marido, que trabalha com construção civil, e um neto (7 anos) em casa própria. Não passam necessidades com o dinheiro que possuem, mas seus filhos ajudam com algumas despesas extras. É hipertensa há mais de 10 anos e usa hidroclorotiazida 25 mg há muito tempo. Há 6 meses começou a sentir fraqueza, cansaço e percebeu um edema nos tornozelos recentemente. Sua pressão arterial oscila entre 150/90 e 160/95 mmHg. Além disso, usa ibuprofeno quase que diariamente para dor lombar. Na consulta, apresenta pressão arterial 158/94 mmHg e frequência cardíaca em 82 bpm. Seu peso é de 78 kg, sua altura 160 cm (IMC = 30 kg/m2). Sem alterações no exame cardíaco e pulmonar. Durante a consulta você coleta uma amostra de urina e faz um teste com fita urinária, que resulta reagente para proteínas (++) e glicose (+++). Aproveita também para realizar uma glicemia capilar, que resulta em 260 mg/dL. Sua creatinina está 1.4 mg/dL e seu peso 78 kg.
Com os resultados dos testes feitos no dia da consulta, você está preocupado com a função renal de Dona Gisele e, consequentemente, com a instalação de insuficiência renal crônica, provavelmente causada por uma combinação de hipertensão e diabetes mellitus. Caso isso se confirme, liste quatro possíveis desfechos que podem ocorrer com Dona Gisele nos próximos anos:
a) Gisele, poderá desenvolver eventos cardiovasculares por aumento do risco cardiovascular.
b) Gisele poderá desenvolver insuficiência renal, que poderá ter como desfecho diálise.
c) Gisele poderá desenvolver anemia por redução da produção da eritropoietina.
d) A insuficiência renal poderá levar a aumento da fragilidade óssea.