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PHILLIP FÉLIX DE OLIVEIRA SOUZA – 8094103
PORTFÓLIO
								
Centro Universitário Claretiano
Pedagogia – Licenciatura
Currículo e Avaliação da Educação
Tutora Juliana Brassolatti Goncalves
POLO DE RECIFE
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
	Curso: Pedagogia – Licenciatura
	Disciplina: Currículo e Avaliação da Educação
	Tutor: Juliana Brassolatti Goncalves
	R.A.: 8094103
	Aluno: Phillip Félix de Oliveira Souza
	Turma: DGPED1902RECA2O
1) A organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em 5 campos de experiência, que são: 
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O primeiro campo vai trabalhar com a interação da criança com as outras pessoas a sua volta para que essa possa construir sua perspectiva de vida através da forma como outras pessoas vivem, percebendo assim, outros modos de enxergar a vida. É importante criar oportunidades de convívio com grupos sociais e culturais diferentes dos que ela, a criança, tem costume de conviver. Desta forma a criança vai aprendendo a perceber a si mesma e o outro reconhecendo, assim, semelhanças e diferenças entre as pessoas e a respeitar essas peculiaridades. 
O segundo campo trabalhará com manifestações artísticas, como dança, música, teatro e brincadeiras, e, da mesma, forma que o primeiro campo, a criança poderá construir conhecimento sobre como os corpos agem, tanto o dela quanto os outros corpos presentes no ambiente escolar e fora dele. 
O terceiro campo trabalhará com desenvolvimento crítico e estético da criança. Esse trabalho pode ser realizado através de manifestações culturais dentro das artes visuais, manifestações audiovisuais, e outras formas de arte já citadas no campo anterior. 
O quarto campo estimulará as crianças a participarem da cultura oral e letrada da nossa sociedade. Desde de muito cedo, antes mesmos de termos consciência plena do que acontece ao nosso redor já somos bombardeados pela oralidade e leitura de textos escritos (mesmo até na TV que parecem que apenas falam, mas na realidade estão lendo). Logo, a leitura mediada será importante trabalho a ser realizado na escola para que a criança permaneça curiosa sobre essa cultura que permeia o continuum oralidade/escrita.
E o último campo, mas não menos importante, sabendo que o que move a humanidade são as perguntas (e não as respostas) trabalhará com o estímulo científico que todos nós nascemos com ele. Sempre ficamos curiosos como as coisas funcionam, sejam elas mecânicas, sejam elas sociais. Queremos saber como aquilo acontece. E a educação infantil deve promover autonomia para a acriança poder realizar suas próprias inferências, que elas possam investigar e tirar suas próprias conclusões, para que possam chegar a respostas. 
2) Para que não haja ruptura, e aqui se quer dizer descontinuidade, as mesmas competências em que se baseia a etapa infantil, estas continuam norteando a educação no ensino fundamental. Além disso, o documento orienta que os professores orientem seus alunos para a produção de um protfólio, que será passado para o próximo docente trabalhar os novos conceitos a partir daquilo que o aluno construiu de conhecimento até aquele momento. Entretanto, esta etapa é dividida em áreas do conhecimento, que também são em cinco, e cada uma dessas áreas tem suas competências específicas, determinando como cada competência geral deverá ser tralhada naquela subdivisão. As áreas são: 
Linguagens
Matemática
Ciências da Natureza
Ciências Humanas
Ensino Religioso
Cada uma dessas áreas ainda é subdividida em outras partes que são chamadas de componentes curriculares. Algumas áreas tem apenas um componente (é o caso de Matemática, Ensino Religioso e Ciências da Natureza com seus respectivos componentes: Matemática, Ensino Religioso e Ciências), outras tem mais de um (que é o caso de Linguagens e Ciências Humanas, que tem seus respectivos componentes: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa; e Geografia e História)
3) A relação entre as propostas curriculares do Infantil e fundamental é de continuidade. No próprio documento é citado que, como sugestão, seria interessante que haja uma conexão entre os professores de diferentes anos do ensino básico. A BNCC indica que os alunos possam criar seu portfólio durante toda a educação infantil e que esses trabalhos possam ser repassados para os professores que atuaram no ensino fundamental, para que, através desse registro do aluno, o docente possa preparar melhor as suas ações diante do que o aluno já sabe e do que ele construiu como conhecimento. 
Umas das questões que pesa a favor da nova BNCC é o fato de que, segundo Cleuza Repulho – integrante do Movimento pela Base –, a comunidade, isto é, os responsáveis pelos alunos fora de escola poderão saber de antemão o que é ensinado para os alunos antes mesmo de começar as aulas. A ideia de se criar algo que seja basilar para preparação do currículo nacional é, de certa forma, muito importante para que todas as escolas possam trabalhar as mesmas competências e habilidades. 
Esta é outro aspecto a favor da Base: como a estrutura do documento é feita em cima de competências e habilidades, algo muito presente no decorrer dele é constante citação das diferenças e da diversidade e como o respeito à estas é algo importante. Segundo Daniele Veroneze (2016) “a BNCC reformulou os objetivos/competências dos PCN, tornando-os mais claros”. Ou seja, antes com os PCNs o currículo era mais filosófico, dando mais margem para interpretações de cada docente. 
Entretanto, segundo uma pesquisa da Fundação Lemann apontou que a maioria dos entrevistados, que foram professores da educação básica, diretores de escolas privadas, gestores públicos, professores universitários, representantes de organizações da sociedade civil e sindicalistas, apesar de favoráveis a elaboração da BNCC, eram contra ela ser elaborada por um time de especialistas, isto é, primeiramente seria necessário o trabalho de quem está na ponta do processo: no caso escolas e as pessoas que as compõem. 
Outra questão que acho complicada é o fato de ter decidido a língua inglesa como única língua estrangeira e como sendo obrigatória seu ensino. Isso desconsidera totalmente segundas línguas faladas por grupos nativos brasileiros (línguas indígenas e a Libras, por exemplo, que são línguas oficiais no Brasil). Além disso desconsidera também a realidade fronteiriça brasileira que tem vários países que falam línguas derivadas do espanhol. 
Portanto a BNCC tem seus aspectos bons, como os já citados, tais como um alinhamento do que se ensina nacionalmente, ou conceitos importantes para o convívio, mas outros desfavoráveis que acabam invalidando os aspectos favoráveis. 
Referências Bibliográficas
ARROYO, M. G. Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
GOMES, N. L. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
SOUZA, Rachel Freire Torrez de. OS EFEITOS DA BNCC NA FORMAÇÃO DOCENTE. Revista OKARA: Geografia em debate, v.12, n.1, p. 69-79, 2018
VERONEZE, Daniela Jéssica. CONSENSOS E DISSENSOS ENTRE OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Educação Matemática na Contemporaneidade: desafios e possibilidades São Paulo - SP, 13 a 16 de julho de 2016. 
Base Curricular: argumentos contrários e favoráveis. Disponível em <http://porvir.org/base-curricular-argumentos-contrarios-favoraveis/>. Acesso em 23/09/2019

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