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LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA II Olá! A educação é uma das principais bases da sociedade. Com isso em mente, pode-se imaginar a grande responsabilidade que envolve as tarefas relacionadas à gestão escolar, ou seja, de uma escola, curso, creche ou universidade. Elas envolvem um contingente imenso de informações e atividades, as quais é preciso analisar para descobrir a melhor forma de gerenciar todos esses processos escolares. Os segredos para assegurar a excelência do ensino ofertado são a qualidade e a eficiência de sua gestão. Afinal, há mais coisas envolvidas do que apenas o ensino em si. O bom funcionamento de todas as operações do negócio deve permitir que os membros da comunidade acadêmica estejam sempre bem respaldados em suas práticas. Nesta aula, introduziremos o conceito de gestão escolar e como ela funciona, seus pilares, suas vantagens e de que forma é possível auxiliar todos os segmentos da escola. Bons estudos! AULA 2 – FUNDAMENTAÇÃO E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO E DA GESTÃO ESCOLAR 2 COMPETÊNCIAS DE FUNDAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA GESTÃO ESCOLAR Fonte: https://bityli.com/Izjqf7 A economia distintamente baseada no conhecimento e a tecnologia da informação e a sociedade orientada para a comunicação apresentam intensas dinâmicas sociais, relacionamentos e influências globalizadas que simultaneamente criam oportunidades culturais estimulantes e interessantes para todas as pessoas e organizações, mas também desafios e exigências extraordinárias. Neste contexto, a educação torna-se uma importante atividade contínua e permanente que exige das instituições que a promovem a reinvenção e o desenvolvimento (Figura 1) constante das suas competências. Novos desafios e demandas se apresentam à escola, que podem moldar o estatuto jurídico de cidadãos capazes não só de enfrentar esses desafios, mas também de superá-los. Portanto, para atender a esses requisitos, trabalhar no campo da educação requer conhecimento da realidade e as habilidades necessárias para fazer mudanças nos contextos educacionais e fazer mudanças de acordo com as necessidades e exigências que aparecem no contexto. fora da realidade e na escola. Nesta sociedade, a natureza da educação e os objetivos da escola adquirem uma dimensão mais ampla, complexa e dinâmica, e assim o trabalho das pessoas que trabalham neste ambiente (FERRÃO, 2001). Conhecer a realidade dá novas perspectivas: organização e currículo do projeto político-pedagógico da escola; o papel da escola e os resultados do trabalho de seus especialistas, que devem atualizar e melhorar constantemente sua qualidade no centro de todas as atividades do aluno (LÜCK, 2007). Figura 1 – Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil Fonte: https://bit.ly/3FXxtWC 2.1 A necessidade de capacidades conceituais para orientar o trabalho educacional A superação de tais desafios é possível pela utilização de competências específicas de acordo com as dimensões administrativas, mas sobretudo pela exigência da capacidade conceptual da formação administrativa em cada caso e situação; gerir a escola e o seu trabalho através de uma perspetiva holística e aberta e robusta sobre a natureza da educação; a missão educativa da escola e dos profissionais que nela trabalham; caráter e requisitos psicossociais educacionais dos alunos; entre outras coisas, a relação da escola com a comunidade, incluindo, claro, os fundamentos das dimensões da liderança escolar, como Imbérnon (2000, p. 20) afirma: “As ideias são a fonte da reflexão e propiciarão novas ações educacionais“. A elaboração, atualização e revisão contínua dos dados devem fazer parte do cotidiano dos diretores e professores das escolas que pretendem atuar nessa função como um processo educativo contínuo para desenvolver as competências do efetivo funcionamento escolar. funções administrativas e cooperação na sua implementação. Conhecer, compreender e incluir os princípios e princípios básicos do trabalho educativo e as normas legais que regem os processos educativos na sua atividade foi, por isso, uma das primeiras e constantes preocupações do diretor quando faz um bom trabalho, no sentido de que você conduz e direciona sua escola para que ela cumpra melhor e com mais competência seu papel social, atingindo seus objetivos educacionais (FERRÃO, 2001). https://bit.ly/3FXxtWC 2.2 Elementos da educação É um processo organizado, sistemático e ponderado, mas complexo, dinâmico e evolutivo, porque exige o empenho não só de um numeroso quadro funcional, mas também da comunidade, pais e diversas organizações. é eficiente. Como processo social de desenvolvimento humano, a educação assenta em princípios básicos, princípios e orientações que a orientam e dão unidade e coerência às atividades de aprendizagem promovidas pelas escolas, promovendo o desenvolvimento e aprendizagem de crianças, jovens e adultos participantes na aprendizagem. Diante disso, considerando a escala das redes e sistemas educacionais, há a necessidade de uma legislação nacional, estadual e municipal capaz de orientar as escolas de suas jurisdições a uniformizar os princípios de qualidade (LÜCK, 2007). Em seu sentido mais amplo, conforme sugerido no Art. 1.º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional “a educação compreende os processos de desenvolvimento que se desenvolvem na vida familiar, na convivência das pessoas, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e nas organizações sociais, bem como nas manifestações culturais”. Mais especificamente, a educação consiste em processos formais e organizados realizados nas escolas que visam promover “o desenvolvimento integral do aluno, preparação para a cidadania e competência para o trabalho” (A rt. 2.º Lei 9.394/1996). No entanto, a educação realiza-se em relação a contextos e cenários socioculturais e produtivos, política educativa, pelo que é necessário que a sua qualidade, conhecimento e compreensão destes contextos por parte dos pedagogos e dos seus conteúdos sejam incluídos no currículo escolar (BRASIL, 1996). Esta educação na sociedade complexa e desafiadora em que vivemos exige o desenvolvimento de competências como forma de inserção na sociedade e na vida profissional e aproveitamento das vantagens culturais e tecnológicas que a sociedade oferece: • De resolver problemas com iniciativa; • De trabalho colaborativo e em equipe; • De raciocínio rápido e crítico bem informado; • De visão estratégica; • De atuação autônoma, ética e elevada auto estima; • De aprender e de atuar criar ativamente; • De liderança; • De questionamento crítico; • De organização, com capacidade de concentração; • De trabalho integrado e em equipe; • De fazer uso criativo de recursos, dentre outros aspectos. Essas habilidades gerais são baseadas nas habilidades de leitura, interpretação, escrita, questionamento e análise desenvolvidas na escola. Para tal, a educação escolar prevista nas orientações e constituições educativas nacionais deve relacionar-se com as práticas sociais e com a vida laboral e inspirar-se nos ideais de valorização da solidariedade e da tolerância e nos princípios do pluralismo de ideias e da sociedade. guiado por padrões de qualidade de ensino, uma compreensão pedagógica de oportunidades iguais de sucesso para todos (FERRÃO, 2001). A escola Uma escola é uma organização social estabelecida pela sociedade que cultiva e transmite altos valores sociais e promove o desenvolvimento de seus alunos por meio de experiências de aprendizagem e um ambiente educacional de acordo com os princípios básicos, princípios e objetivos da educação. Como pré-requisito para o desenvolvimento da competência cívica, é considerado crucialpara o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa que permita aprender sobre o mundo (LÜCK, 2007). É determinada por uma série de cuidados, dentre os quais, como destacar a lei de diretrizes e bases da Educação Nacional: • A elaboração e execução de sua proposta pedagógica; • A administração de seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; • O cumprimento dos 200 dias letivos e correspondentes 800 horas-aula estabelecidos; • O cumprimento do plano de trabalho de cada docente; • A recuperação dos alunos de menor rendimento; • A articulação com as famílias e a comunidade, e a criação de processos de integração da sociedade com a escola; • A informação aos pais sobre a frequência e rendimento dos alunos (LDB, art. 12). Os professores São profissionais que têm impacto direto na formação dos alunos a partir de seu desempenho com base em seus conhecimentos, habilidades e atitudes e, sobretudo, em seus horizontes pessoais, profissionais e culturais. A qualidade do seu trabalho depende da sua atitude perante a vida, desafios, educação e dificuldades diárias. Professores experientes e bem treinados são essenciais para o ensino competente dos alunos, sua atuação junto de seus alunos deve ser aberta, conforme liderança e perspectivas positivas e orientadas para o sucesso (BRASIL, 1996). Conforme a LDB define, compete aos professores, dentre outros aspectos: • Participar efetivamente da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; • Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica elaborada; • Zelar pela aprendizagem dos alunos; • Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; • Ministrar os dias letivos e horas aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento nacional; • Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade (LDB, art. 13). Os alunos São as pessoas para quem a escola existe e para quem deve voltar à sua atividade, para que todos tenham o maior sucesso possível no estudo para o desenvolvimento pessoal e social. Para isso, devem participar da criação de ambientes e experiências educacionais estimulantes, motivadores e de alta qualidade. O foco principal da escola é que os alunos alcancem o sucesso na escola, desenvolvendo seu potencial e estilo e estilo de aprendizagem. De acordo com este princípio, a pedagogia escolar de qualidade é centrada no aluno, cujo início e fim é o aluno, a sua formação e aprendizagem na definição de todos os planos de ação e avaliação da sua eficácia (FERRÃO, 2001). Os funcionários Eles são parceiros diretos na criação de um ambiente educacional e na qualidade da eficácia de seus processos educacionais. Pela infraestrutura que oferecem e pela presença em vários espaços da escola, seu trabalho tem um impacto significativo no trabalho educativo. A compreensão da sua responsabilidade educativa depende da qualidade do seu trabalho e do impacto da educação dos seus alunos, logo, a participação no processo de gestão escolar torna-se fundamental nos processos de tomada de decisão e reflexão sobre o significado e o papel da educação da escola. Envolvem os servidores da equipe geral da escola, desde a elaboração de seu projeto político-pedagógico até a discussão de projetos escolares especiais. Eles usam suas leituras e ideias como fonte de referência para agregar valor aos projetos e avaliar a contribuição de sua escola (LÜCK, 2007). Os gestores escolares A administração é composta por especialistas responsáveis pela organização escolar e liderança administrativa e pedagógica, o que conduz à formação de um ambiente e cultura escolar que devem ser mobilizadores e incentivadores no desenvolvimento da criação de conhecimento e da aprendizagem cívica. Para tanto, sua tarefa é promover a abertura da escola e de seus profissionais aos valores culturais de uma sociedade escolar voltada para o futuro de forma empreendedora, podendo assumir autonomamente a responsabilidade de resolver seus problemas cotidianos e utiliza-los para cuidar de seu bom desenvolvimento e educação profissional (LÜCK, 2007). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Presidência da República. Lei n.º 9394 de 20 de dezembro de 1996 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Diário Oficial de 23 de dezembro de 1996. Disponível em http:// www.mec.gov.br/legis/default/shtm. Acesso em 27 de março de 2023. FERRÃO, M. E., et al. O Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e contribuições na investigação da escola eficaz. Revista Brasileira de Estudos de População. V.18, n.1/2, jan/dez, 2001. IMBERNÓN, F. (org.). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed, 2000. LÜCK, H. Gestão educacional: uma questão paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2007. http://www.mec.gov.br/legis/default/shtm