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Eduardo Rochete Ropelle e Carolina Böettge Rosa BIOQUÍMICA E NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO Carla Schwanke O envelhecimento não é sinônimo de doença. dinâmico. 2 Conheça o livro da disciplina CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3 Conheça os professores da disciplina. EMENTA DA DISCIPLINA 4 Veja a descrição da ementa da disciplina. BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA 5 Veja as referências principais de leitura da disciplina. O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6 Confira como funciona o mapa da aula. MAPA DA AULA 7 Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. RESUMO DA DISCIPLINA 33 Relembre os principais conceitos da disciplina. AVALIAÇÃO 34 Veja as informações sobre o teste da disciplina. 3 Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2003), com especialização em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho - UGF (2005), mestrado em Patologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA (2008), doutorado e pós-doutorado em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2017/2022). Atualmente, é docente do Centro Universitário CESUCA, pesquisadora do Grupo de Estudos em Risco Cardiometabólico Envelhecimento e Nutrição (GERICEN / PUCRS) e do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhecimento Humano (GIEEH / UNICRUZ). Revisora dos periódicos Revista de Nutrição (PUC-Campinas), Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (RBCEH/UPF), Pan American Journal of Aging Research (PAJAR/PUCRS) e Revista Espaço, Ciência & Saúde (UNICRUZ). CAROLINA BÖETTGE ROSA Professora PUCRS É professor livre docente da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), na Faculdade de Ciências Aplicadas e professor permanente do programa de pós-graduação (stricto sensu) Ciências da Nutrição, Esporte e Metabolismo. Realizou sua pós- graduação e pós-doutorado na Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Foi professor visitante na École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL - Suíça). Atualmente, coordena um projeto de pesquisa temático vinculado à FAPESP. Possui experiência na área de biologia molecular, atuando com a temática “Obesidade, Envelhecimento e Exercício Físico”. Possui três livros publicados e mais de 150 artigos publicados em jornais de elevado prestígio científico internacional, incluindo Science, Nature Communication, Science Advances, dentre outros. EDUARDO ROCHETE ROPELLE Professor Convidado Conheça seus professores 4 Ementa da Disciplina Estudo da influência da nutrição no processo do envelhecimento humano. Compreensão da relação entre maus hábitos alimentares e as alterações fisiológicas e funcionais do envelhecimento. Composição dos alimentos e o envelhecer com saúde. 5 Bibliografia da Disciplina As publicações destacadas têm acesso gratuito. Bibliografia básica DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309. PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.E-book. 9788527735940. Bibliografia complementar DA SILVA, Maria de Lourdes do Nascimento; MARUCCI, Maria de Fátima N.; ROEDIGER, Manuela de A. Tratado de Nutrição em Gerontologia. São Paulo: Editora Manole, 2016. E-book. ISBN 9788520450222. SCHWANKE, Carla Helena Augustin. Atualizações em Geriatria e Gerontologia III: Nutrição e Envelhecimento. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016. FREITAS, Elizabete Viana D.; PY, Ligia. Tratado de Geriatria e Gerontologia, 4ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. E-book. 9788527729505. VERAS, Renato P.; LOURENÇO, Roberto A.; SANCHEZ, Maria A. Formação Humana em Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2019. E-book. 9788554651992. WILLIAMS, Brie A.; CHANG, Anna; AHALT, Cyrus; et al. CURRENT: Geriatria. Porto Alegre: Grupo A, 2015. E-book. 9788580555165. DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830048/ DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.E-book. 9788527735940. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/ DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830048/ DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.E-book. 9788527735940. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/ https://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/1paomtm/sfx26800000000055833 https://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/1paomtm/sfx26800000000055833 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729505/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729505/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555165/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555165/ 6 O que compõe o Mapa da Aula? MAPA DA AULA São os capítulos da aula, demarcam momentos importantes da disciplina, servindo como o norte para o seu aprendizado. Frases dos professores que resumem sua visão sobre um assunto ou situação. DESTAQUES Conteúdos essenciais sem os quais você pode ter dificuldade em compreender a matéria. Especialmente importante para alunos de outras áreas, ou que precisam relembrar assuntos e conceitos. Se você estiver por dentro dos conceitos básicos dessa disciplina, pode tranquilamente pular os fundamentos. FUNDAMENTOS Questões objetivas que buscam reforçar pontos centrais da disciplina, aproximando você do conteúdo de forma prática e exercitando a reflexão sobre os temas discutidos. Na versão online, você pode clicar nas alternativas. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Fatos e informações que dizem respeito a conteúdos da disciplina. CURIOSIDADES Conceituação de termos técnicos, expressões, siglas e palavras específicas do campo da disciplina citados durante a videoaula. PALAVRAS-CHAVE Assista novamente aos conteúdos expostos pelos professores em vídeo. Aqui você também poderá encontrar vídeos mencionados em sala de aula. VÍDEOS Inserções de conteúdos para tornar a sua experiência mais agradável e significar o conhecimento da aula. ENTRETENIMENTO Apresentação de figuras públicas e profissionais de referência mencionados pelo(a) professor(a). PERSONALIDADES Neste item, você relembra o case analisado em aula pelo professor. CASE A jornada de aprendizagem não termina ao fim de uma disciplina. Ela segue até onde a sua curiosidade alcança. Aqui você encontrauma lista de indicações de leitura. São artigos e livros sobre temas abordados em aula. LEITURAS INDICADAS Aqui você encontra a descrição detalhada da dinâmica realizada pelo professor. MOMENTO DINÂMICA 7 Mapa da Aula Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas. AULA 1 • PARTE 1 Algumas das definições de envelhecimento são: • Irreversibilidade da substância viva em função do tempo; • Complexo de manifestação que leva a um encurtamento da expectativa de vida com o aumento da idade; • Processo biológico que leva à limitação das possibilidades de adaptação do organismo e ao aumento da probabilidade de morrer; • Um conjunto de modificações fisiomórficas e psicológicas ininterruptas à ação do tempo sobre as pessoas (definição da OMS). O envelhecimento deve ser tratado como um aspecto biológico, psicológico, social, deletério, intrínseco e progressivo. O envelhecimento humano é a soma de todas as alterações biológicas, psicológicas e sociais, que depois de alcançar a idade adulta e ultrapassar a idade de desempenho máximo, leva a uma redução gradual das capacidades de adaptação e de desempenho psicofísico do indivíduo (NOVIKOFF, 2012). Segundo a OMS, idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Para a legislação brasileira, idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Em alguns países desenvolvidos são consideradas idosas as pessoas com 65 anos ou mais. O que é o envelhecimento 03:08 06:28 ‘‘A gente começa a entender o envelhecimento a partir do momento que observamos no indivíduo a redução das suas funções orgânicas. ’’ 12:27 ‘‘Mulheres caucasianas e que vivem em países bem desenvolvidos têm uma maior probabilidade de atingir idades mais avançadas. ’’ Fatores que colaboram com a longevidade das mulheres De acordo com os registros das 100 pessoas com a maior longevidade, 97 são mulheres. Alguns dos fatores que podem contribuir com esse número são: • Assim que se inicia a puberdade os homens se colocam mais em risco do que as mulheres; • Doenças graves como AVC, IAM e câncer causam maior mortalidade nos homens do que nas mulheres; • As mulheres dedicam maior tempo para a estética e para a saúde do que os homens. Fazem acompanhamento médico com maior frequência; • As mulheres possuem maior cuidado com a alimentação. 13:12 8 Redução das capacidades fisiológicas As funções orgânicas começam a declinar a partir dos 35-40 anos. Vários sistemas apresentam uma redução na capacidade funcional, afetando o sistema nervoso central, a musculatura esquelética, o fígado, o sistema digestivo, o sistema cardiovascular e o sistema respiratório Atualmente, muitos estudos concentram-se em entender as causas do envelhecimento e se é possível postergar esse processo. Existem diversas teorias que tentam responder a essas perguntas, como a Teoria dos Radicais Livres, a Teoria do Estresse Oxidativo, a Teoria do Declínio Mitocondrial e a Teoria dos Danos Proteicos. As teorias destacadas estão relacionadas a um dano a nível molecular, seja por motivos endógenos ou exógenos. 17:08 Qual das seguintes alternativas melhor define o envelhecimento? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 18:19 ‘‘À medida que o indivíduo vai avançando em função do tempo, as capacidades orgânicas vão diminuindo. ’’ R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . O estresse oxidativo é o tema mais pesquisado relacionado ao envelhecimento humano. Quando não há equilíbrio na produção de espécies reativas de oxigênio e na capacidade do sistema de neutralizá- las, ocorre um desequilíbrio chamado estresse oxidativo, que está estreitamente associado a danos celulares relacionados ao envelhecimento. Entre as espécies reativas de oxigênio (EROs) estão o ânion superóxido, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila. As espécies reativas de nitrogênio (ERNs) são o óxido nítrico e o peroxinitrito. Radical livre é um átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. Estresse oxidativo - Parte I 21:52 PERSONALIDADE Bioquímico russo, foi um mitocondriologista de renome internacional e altamente respeitado por sua pesquisa inovadora em bioenergética. Vladimir Skulachev (1935-2023) 22:47 9 30:16 ‘‘O radical livre, apesar de ter uma meia vida curta, [...] é bastante danoso no meio intracelular. ’’ AULA 1 • PARTE 2 O fato de o indivíduo ter mais de 60 anos confere a ele um aumento do acúmulo de espécies reativas de oxigênio e radicais livres, que está relacionado diretamente com a queda das funções orgânicas. Por algum motivo o organismo não é mais capaz de neutralizar a produção dos radicais livres, que vão se acumulando e gerando danos às células, tecidos e sistemas. Os radicais livres também tem alguns benefícios, como o auxílio na imunidade, coagulação, cicatrização, reparo tecidual, apoptose e vasodilatação. Estresse oxidativo - Parte II 00:25 Gerar radicais livres não é interessante para a maioria das células, pois essas moléculas são muito reativas e podem causar danos a membrana, perda de matéria intracelular, redução da eficiência metabólica e mutações nas estruturas celulares. Oxidative stress and antioxidant defenses in mild cognitive impairment: A systematic review and meta-analysis Este estudo tem como objetivo revisar sistematicamente e meta-analisar a relação estresse nitro-oxidativo /antioxidante no sangue periférico de pessoas com comprometimento cognitivo leve. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 05:59 07:55‘‘Houve uma correlação direta entre estresse oxidativo e comprometimento cognitivo, isso é o que mostra a maior parte dos estudos. ’’ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35537662/ 10 O sistema de defesa antioxidante tem a função de reduzir a ação dos radicais livres e/ou espécies reativas não radicais. É dividido em: Sistema enzimático: • Enzimas primárias (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase); • Enzimas secundárias (glutationa redutase, G6P-desidrogenase e enzimas de reparo de DNA). Não-enzimático: • Minerais (zinco e selênio); • Carotenóides (b-caroteno e licopeno); • Antioxidantes de baixo MW (glutationa e ácido úrico); • Vitaminas (A, C, E e K); • Comp. organossulfurados (allium e allyl sulfide); • Cofatores (coenzima Q10); • Polifenóis (flavonóides e ácidos polifenólicos). Algumas formas de estimular o sistema antioxidante são através de exercícios físicos, alimentos funcionais e ingestão de vitaminas e minerais. Sistema antioxidante13:16 Fortalecimento do sistema antioxidante - Parte I Se for possível fortalecer o sistema antioxidante, mesmo que o organismo produza uma grande quantidade de radicais livres, o sistema será completamente eficiente para neutralizá-lo. • Cobre (cofator da enzima SOD); • Zinco (cofator da enzima Cu/Zn-SOD); • Manganês (cofator da enzima Mn-SOD); • Selênio (cofator da enzima GPx). As vitaminas C e E, e a Glutationa atuam como agentes redutores. O ácido ascórbico é um excelente agente redutor (doador de elétrons). Reage com superóxido e radical hidroxila evitando ações deletérias destes radicais livres. 20:44 Limited evidence for a beneficial effect of vitamin C supplementation on biomarkers of cardiovascular diseases: an umbrella review of systematic reviews and meta- analyses Nesta “revisão guarda-chuva” de revisões sistemáticas e metanálises são investigados os efeitos da suplementação de vitamina C sobre biomarcadores de risco cardiovascular, como, rigidez arterial, pressão arterial, função endotelial, controle glicêmico e perfil lipídico. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 28:24 Multivitamin-multimineral supplementation and mortality: a meta-analysis of randomized controlled trials O objetivo do estudo foi determinar se o tratamento multivitamínico-multimineral, utilizado para prevenção primária ou secundária, aumenta o risco demortalidade em adultos que vivem de forma independente. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 34:08 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30683434/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23255568/ 11 O que os antioxidantes fazem no corpo? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . Fortalecimento do sistema antioxidante - Parte II A Coenzima Q10 é produzida de forma endógena, principalmente no cérebro, coração, fígado e rins. Está presente em alimentos como carne, peixe e óleos vegetais e suas principais funções são a produção de energia e a ação antioxidante. As principais ações antioxidantes da Coenzima Q10 são potencializar o efeito antioxidante da vitamina E doando elétron, reduzir a expressão de iNOS (NOS2) e a produção de NO, e desempenhar ação anti-inflamatória. 00:25 Effects of Coenzyme Q10 Supplementation on Lipid Profiles in Adults: A Meta-analysis of Randomized Controlled Trials Este estudo conduziu uma meta-análise para determinar os efeitos da CoQ10 nos perfis lipídicos e avaliar suas relações dose- resposta em adultos. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 09:08 AULA 1 • PARTE 3 Antioxidants prevent health- promoting effects of physical exercise in humans Este estudo avalia a possibilidade de que as espécies reativas de oxigênio sejam necessárias para as capacidades de sensibilização à insulina do exercício físico em humanos saudáveis e que os antioxidantes comumente usados, como a vitamina C e a vitamina E, possam anular os efeitos de promoção da saúde do exercício físico e do estresse oxidativo em humanos. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 14:28 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36337001/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19433800/ 12R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 1 . EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Em que tipo de alimentos a Coenzima Q10 é comumente encontrada? Ação dos antioxidantes em idosos Alimentos com propriedades antioxidantes devem ser consumidos com a finalidade de reduzir a formação de radicais livres e melhorar o funcionamento do organismo em idosos. Alguns efeitos positivos podem ser destacados: • Função endotelial; • Melhora no quadro de dislipidemia; • Efeito hipotensor modesto; • Redução modesta da glicemia. Os antioxidantes podem reduzir o risco ou amenizar os sintomas de diversas doenças, no entanto não existem evidências sólidas do aumento de longevidade baseado na suplementação de antioxidantes. O excesso desses agentes antioxidantes pode ser prejudicial à saúde do idoso. 17:38 Alterações bioquímicas e moleculares - Parte I Os pilares do envelhecimento são: • Instabilidade genômica: resultado de ação de fatores internos e externos ao longo da vida; • Desgaste ou encurtamento dos telômeros: estrutura responsável pela estabilidade do DNA. Consiste em centenas ou milhares da mesma curta sequência de nucleotídeos do DNA. 19:53 13 AULA 1 • PARTE 4 Alterações bioquímicas e moleculares - Parte II Continuação dos pilares do envelhecimento: • Alterações epigenéticas: metilação do DNA e modificação de histonas; • Perda da proteostase: redução da atividade de chaperonas e proteases, disfunção do sistema proteolítico e disfunção da autofagia; • Desregulação da sensibilidade aos nutrientes: sensibilidade à nutrientes e controle da longevidade; • Disfunção mitocondrial: mutação do DNA mitocondrial, perda da proteostase mitocondrial, alteração da dinâmica mitocondrial, alteração da mitofagia, menor capacidade de geração de ATP, menor capacidade oxidativa e maior produção de espécies reativas de oxigênio; • Senescência celular: mecanismo caracterizado pela redução do ciclo celular que pode ser benéfico para o organismo em casos de células cancerígenas. Elevados níveis de senescência podem ser prejudiciais ao organismo. Está associada com o encurtamento dos telômeros e idosos podem apresentar de 2 a 20x o número de células em senescência. • Exaustão de células tronco: redução da quantidade e atividade de células tronco, redução da quantidade e atividade de células satélites, redução da taxa de renovação celular e baixa capacidade regenerativa dos tecidos. • Alteração da comunicação celular: devido a inflamação sistêmica, crônica e de baixo grau o sistema imunológico permanece constantemente ativado, alterando a comunicação celular em praticamente todo o organismo. 00:25 12:40 ‘‘A disfunção mitocondrial [...] pode explicar boa parte dos pilares relacionados ao envelhecimento. ’’ 15:22 ‘‘A senescência é um marcador de envelhecimento celular, sem dúvida. ’’ 18:53 Inflammaging: Resultado a longo prazo da estimulação fisiológica crônica do sistema imune inato, que pode tornar-se prejudicial durante o envelhecimento. PALAVRA-CHAVE O artigo “Caloric restriction delays disease onset and mortality in rhesus monkeys” trouxe uma grande descoberta sobre restrição calórica relacionada ao envelhecimento. O estudo foi feito com macacos Rhesus, que têm o genoma muito semelhante ao dos seres humanos. Nesse experimento, dois grupos de macacos foram alimentados de formas distintas.Enquanto um grupo tinha uma dieta normal, o outro recebia 30% a menos de comida. Após 20 anos de pesquisa pode-se notar que os macacos que estavam no grupo de restrição calórica estavam em melhores condições físicas que os do grupo com a dieta normal. Restrição calórica e longevidade21:43 14 Caloric restriction delays disease onset and mortality in rhesus monkeys A restrição calórica, sem desnutrição, retarda o envelhecimento e prolonga a vida em diversas espécies. No entanto, o seu efeito na resistência a doenças e mortalidade em primatas não foi claramente estabelecido. O estudo relata os resultados de um estudo longitudinal de 20 anos de restrição calórica em macacos rhesus no início da idade adulta. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 22:05 Alternate Day Fasting Improves Physiological and Molecular Markers of Aging in Healthy, Non-obese Humans Este estudo mostra que 4 semanas de jejum estrito em dias alternados melhoraram os marcadores de saúde geral em humanos saudáveis de meia-idade, ao mesmo tempo que causaram uma redução calórica de 37%, em média. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 29:48 37:52 ‘‘O processo de autofagia é fundamental para a manutenção da saúde celular e da saúde do tecido. ’’ Existem várias formas de fazer a ativação do eixo AMPK/SIRT1: 1. Ativadores AMPK; 2. Sinais de baixa energia; 3. Ativadores SIRT1; 4. Ativadores Nrf2; 5. Inibidores de PI3k/Akt/mTOR. AMPK/SIRT1 e a longevidade 38:17 R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Qual é o principal objetivo da restrição calórica em relação à longevidade? https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19590001/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31471173/ 15 AULA 2 • PARTE 1 Função mitocondrial e envelhecimento Segundo a Teoria da Endossimbiose, a mitocôndria passou a fazer parte das células eucarióticas ao longo da evolução. As mitocôndrias encontradas em algumas proteobactérias foram incorporadas às células eucarióticas, mudando a sua configuração e o tipo de metabolismo dessas células. O DNA mitocondrial é passado apenas pelos genes da mãe para os filhos e ocorre já no momento da fecundação. O material do DNA mitocondrial está completamente sequenciado, tem formato circular e codifica 13 proteínas. Representa 0,00055% de todo o genoma humano. A mitocôndria é a organela responsável pela maior parte da produção de ATP do organismo humano. A UPR mitocondrial é um mecanismo de controle de qualidade específico das proteínas que compõem a mitocôndria. A dinâmica mitocondrial é composta por três mecanismos: • Mecanismo de fusão: processo onde duas mitocôndrias menores se transformam em uma maior; • Mecanismo de fissão:uma mitocôndria maior se divide em duas menores; • Mecanismo de mitofagia: eliminação de elementos mitocondriais mal formados. O envelhecimento, excesso de nutrientes e o estresse oxidativo alteram completamente a dinâmica mitocondrial. No entanto, exercícios físicos, redução calórica e nutrientes causam o efeito contrário. A manutenção da dinâmica mitocondrial está associada à melhora da função mitocondrial e ao aumento de longevidade em organismos como C. elegans. No entanto, não existem dados que suportem a dinâmica mitocondrial como elemento fundamental para aumento da longevidade em humanos. 01:09 03:57 Eva mitocondrial: Refere-se à mais recente pessoa do sexo biológico feminino cujo DNA mitocondrial foi passado, geração após geração, até os dias atuais. Por isso, todos nós humanos compartilhamos de seu material genético, embora este tenha sofrido diversas mutações ao longo da história evolutiva. PALAVRA-CHAVE 14:24 ‘‘A comunicação do DNA nuclear com a mitocôndria é fundamental. ’’ 17:44 ‘‘A mitocôndria influencia muito mais no DNA nuclear do que nós imaginávamos até pouco tempo. ’’ 27:01 Mitofagia: É a degradação seletiva das mitocôndrias por autofagia. Muitas vezes ocorre em mitocôndrias defeituosas após danos ou estresse. PALAVRA-CHAVE 16 28:01 Biogênese mitocondrial: É o processo pelo qual as células aumentam os números mitocondriais. É originado a partir do estímulo ao recrutamento e a síntese de proteínas mitocondriais. PALAVRA-CHAVE 1α,25-Dihydroxyvitamin D3 Regulates Mitochondrial Oxygen Consumption and Dynamics in Human Skeletal Muscle Cells Para avaliar o mecanismo de ação de 1α25(OH)2D3 no músculo esquelético, este estudo examinou o consumo de oxigênio mitocondrial, a dinâmica mitocondrial, biogênese e mudanças na expressão de genes nucleares que codificam proteínas mitocondriais em células musculares esqueléticas humanas após tratamento com 1α25( AH)2D3. O artigo pode ser acessado neste link.O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 35:10 36:25‘‘Quem imaginaria que a vitamina D3 pudesse mudar a conformação das mitocôndrias? ’’ Vitamin D3 promotes longevity in Caenorhabditis elegans Para estudar a vitamina D no contexto do envelhecimento, foi utilizado o organismo modelo Caenorhabditis elegans (C. elegans). Para estudar o impacto da vitamina D no envelhecimento e nas doenças relacionadas à idade, a expectativa de vida e a saúde foram medidas em três linhagens genéticas diferentes de C. elegans. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 38:13 36:50 CURIOSIDADE Verme microscópico da espécie nematódeo que normalmente cresce até 1 mm de comprimento. Em 1963, passou a contribuir para estudos de genética por ser um organismo de fácil observação celular. Ao longo do tempo, tornou-se um importante modelo para o estudo da biologia, foi indispensável para várias descobertas e contribuiu para o sucesso de seis ganhadores do prêmio Nobel. Caenorhabditis elegans 42:06 Dinucleótido de nicotinamida e adenina (NAD+): É um cofator de enzimas que participa do metabolismo energético, atuando como receptor de elétrons, no metabolismo oxidativo de substratos energéticos como a glicose. PALAVRA-CHAVE https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26601949/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36001277/ 17 The NAD(+)/Sirtuin Pathway Modulates Longevity through Activation of Mitochondrial UPR and FOXO Signaling Este estudo mostra que os níveis de NAD(+) são reduzidos em camundongos idosos e Caenorhabditis elegans, e que a diminuição dos níveis de NAD(+) resulta em uma redução adicional na vida útil do verme. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 44:16 Qual é o papel da UPR mitocondrial? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . AULA 2 • PARTE 2 UPR é a sigla de unfolded protein response (respostas à proteínas mal formadas). Quando uma proteína dentro da mitocôndria está disfuncional por ter sido dobrada de maneira incorreta, um ambiente proteotóxico é formado. As ferramentas responsáveis pelo conserto são as proteases e chaperonas. A molécula NAD+ é um substrato da enzima SIRT1, que ativa a UPR mitocondrial. O envelhecimento, o estresse oxidativo e a obesidade diminuem os níveis de NAD+, enquanto a restrição calórica, o exercício físico e a ingestão de nutrientes podem aumentá-los. O NR (ribosídeo de nicotinamida) é um precursor de NAD+, membro da família da vitamina B3 e a sua principal fonte alimentar é o leite. O aumento dos níveis de NAD+ é fundamental para estimular um mecanismo de controle mitocondrial (UPR) e fazer com que as mitocôndrias voltem a ser funcionais. UPR mitocondrial 00:25 04:39 ‘‘O sistema de controle de qualidade da mitocôndria tem sido mostrado como fundamental para se alcançar maior longevidade em algumas espécies. ’’ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23870130/ 18 What is really known about the effects of nicotinamide riboside supplementation in humans Esta revisão resume e avalia criticamente os 25 artigos de pesquisa publicados sobre a suplementação de ribosídeo de nicotinamida humana para identificar quaisquer alegações mal fundamentadas e ajudar o campo a elucidar o potencial futuro real do ribosídeo de nicotinamida. O Artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 37:28 CURIOSIDADE É uma doença neuromuscular genética, que se caracteriza como um distúrbio degenerativo progressivo e irreversível no tecido muscular. É causada por uma mutação do gene DMD, que é ligado ao cromossomo X e, portanto, geralmente herdado da mãe. Distrofia muscular de Duchenne 28:21 Qual é a causa principal da Distrofia Muscular de Duchenne? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37478182/ 19 AULA 2 • PARTE 3 O Inflammaging é um processo inflamatório ligado ao envelhecimento. O próprio envelhecimento, desvinculado de doenças associadas, resulta no aumento dos marcadores inflamatórios nos indivíduos. Esse processo inflamatório está intimamente ligado ao estresse oxidativo, sendo quase indissociáveis. O processo de inflamação ocorre durante o desenvolvimento das doenças crônicas e pode agravar o processo mediante a sua perpetuação. As inflamações de baixo grau são a crônica e a inflamação subclínica, que não gera nenhum tipo de sintoma. A inflamação crônica gera a desregulação de nutrientes (resistência à insulina), disfunção mitocondrial, está diretamente relacionada à exaustão de células tronco, senescência celular, alteração epigenética, instabilidade genômica, encurtamento dos telômeros, perda da proteostase e alteração da comunicação celular. Inflammaging 00:25 01:50 ‘‘Não dá para desassociar o processo de inflação do estresse oxidativo. ’’ 07:27 ‘‘A inflamação [...] é um potente indutor de resistência à insulina. ’’ Teoria neuroendócrina do envelhecimento A maior parte das funções endócrinas é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise, responsável por secretar vários hormônios no nosso corpo. O hipotálamo é a estrutura central no controle da hipófise. Ele monitora o estado nutricional e energético do indivíduo, enviando sinais para a hipófise, que, por sua vez, regula a liberação ou supressão de hormônios. Após os 50 anos de idade, observa-se uma diminuição na eficiência do eixo hipotálamo- hipófise, relacionada à menor sensibilidade da hipófise na secreção do GH, e um aumento na inflamação no hipotálamo devido ao envelhecimento. Pesquisas sugerem que a redução da inflamação hipotalâmica pode atenuar várias manifestações do envelhecimento e aumentar a sobrevida. Alguns alimentos com propriedades anti inflamatórias são: • Vitaminas; • Flavonóides; • AG polinsaturados; • Probióticos. 22:45 Evidence-based nutritional and pharmacological interventions targeting chronic low-grade inflammation inmiddle-age and older adults: A systematic review and meta-analysis O objetivo desta meta-análise foi examinar a associação de intervenções pré-selecionadas em dois biomarcadores estabelecidos de inflamação, interleucina-6 (IL-6) e proteína C reativa (PCR) em adultos de meia-idade e idosos com inflamação crônica de baixo grau. O artigo pode ser acessado neste link. Hallmarks of Aging in Macrophages: Consequences to Skin Inflammaging O artigo pode ser acessado neste link. LEITURAS INDICADAS 42:30 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29803716/ https://www.mdpi.com/2073-4409/10/6/1323 20 AULA 2 • PARTE 4 Ação anti-inflamatória do Ômega 3 Além de inibir JNK e IKK, o Ômega 3 tem se demonstrado um grande inibidor de inflamassoma. A inflamassoma está constantemente ativada durante o envelhecimento e é a principal estrutura ativadora da interleucina-1 beta. A primeira descrição anti-inflamatória do Ômega 3 é a estimulação da produção de prostaglandinas de série ímpar (PGE3, PGI3, TXA3). Estudos mostram que a ingestão de Ômega 3 inibe a expressão de neuropeptídeos orexígenos e estimula a produção de neuropeptídeos anorexígenos. 00:25 GPR120 is an omega-3 fatty acid receptor mediating potent anti- inflammatory and insulin-sensitizing effects Os ácidos graxos ômega-3 (FAs ômega-3), DHA e EPA, exercem efeitos anti inflamatórios, mas os mecanismos são pouco compreendidos. Este estudo mostra que o receptor 120 acoplado à proteína G (GPR120) funciona como um receptor/sensor de FA ômega-3. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 00:40 06:59 Inflamassoma: É um complexo multiprotéico intracelular que atua na ativação de enzimas da família cisteína-aspartato proteases. PALAVRA-CHAVE 08:13 ‘‘O indivíduo, pelo simples fato de envelhecer, [...] tem o aumento da formação do inflamassoma. ’’ • Existem fatores endógenos e exógenos que produzem o estresse oxidativo de radicais livres. Quando ocorre de forma desequilibrada leva à disfunção celular e disfunção mitocondrial, que acarreta no declínio de diversos sistemas orgânicos. • Os sistemas antioxidantes podem ser enzimáticos ou não-enzimáticos. O sistema não-enzimático está muito relacionado a minerais, vitaminas e nutrientes, que podem também estimular as enzimas do sistema enzimático. Revisão 24:52 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20813258/ 21 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO O que é o inflamassoma? R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . • Alguns dos pilares do envelhecimento são a instabilidade do genoma, o encurtamento dos telômeros, a perda de proteostase, a disfunção mitocondrial, a insensibilidade à nutrientes, o processo de senescência e as alterações da comunicação celular. • A NAD é um substrato da enzima SIRT1, uma proteína muito relacionada à longevidade e NAD dependente. Quando ativada, a Sirt1 estimula o mecanismo de UPR mitocondrial. • Inflammaging é um processo inflamatório que ocorre naturalmente no organismo conforme o indivíduo envelhece. Alguns nutrientes como gordura saturada e carboidratos, quando consumidos em excesso, podem contribuir com esse processo. • O principal nutriente com a capacidade de atenuar o processo inflamatório em idosos é o Ômega 3. 22 AULA 3 • PARTE 1 O envelhecimento é um processo biológico natural inerente aos seres vivos. No entanto, nem todos envelhecem da mesma forma. Envelhecimento saudável: manutenção da capacidade funcional que permite o bem- estar em idade avançada. Envelhecimento patológico: perda da capacidade funcional e aumento da incidência de doenças crônicas. Os principais fatores biológicos que determinam o envelhecimento são a imunosenescência, o estresse oxidativo e a inflamação. Estes fatores também contribuem no desenvolvimento de doenças associadas à idade. A resposta inflamatória crônica de baixo grau, também chamada de inflammaging, é um processo natural do organismo que ajuda a combater infecções e reparar tecidos. A resposta inflamatória crônica de baixo grau associada ao envelhecimento é caracterizada por um desequilíbrio entre os fatores anti-inflamatórios e pró-inflamatórios. Os principais causadores desse desequilíbrio são a imunossenescência, o acúmulo de gordura visceral e alterações na microbiota intestinal. Envelhecimento 01:33 07:54 Adipaging: É o acúmulo de tecido adiposo visceral relacionado ao envelhecimento. PALAVRA-CHAVE 09:06 Hipóxia: É a ausência de oxigênio suficiente nos tecidos para manter as funções corporais. PALAVRA-CHAVE A metaflammation (inflamação metabólica) é um conceito que foi sugerido em um artigo da Nature em 2017, que fala sobre a relação entre alimentação — principalmente carboidratos refinados e gorduras saturadas — e a deposição de gordura no tecido adiposo e no fígado. Com isso ocorre o recrutamento e ativação de células do sistema imune que promovem o processo inflamatório e contribuem com a doença hepática não alcoólica. Metaflammation09:16 Alterações na microbiota intestinal A microbiota intestinal começa a ser formada na gestação e se desenvolve completamente aos 3 anos de idade, mas vai se alterando com o passar dos anos conforme o estilo de vida do indivíduo. O microbioma humano tem pelo menos 120 filos bacterianos, sendo Bacteroidetes e Firmicutes os mais comuns. 10:43 23 A microbiota intestinal tem a função de defesa e proteção, e alguns de seus produtos são: • Acetato: lipogênese, síntese de colesterol e modulador central da fome; • Butirato: fonte fundamental de energia para enterócitos do cólon, reforçando assim a integridade da barreira intestinal entérica e evitando o vazamento de substâncias inflamatórias dos fragmentos microbianos, como lipopolissacarídeos; • Propionato: modula a glicogênese hepática e atualmente está sendo avaliada a sua capacidade de reduzir a lipoproteína de baixa densidade de colesterol em adultos com hipercolesterolemia. Não havendo a manutenção da microbiota ocorre uma diminuição significativa nos níveis de ácidos graxos de cadeia curta, que leva ao declínio na funcionalidade do sistema imunológico (imunossenescência), desenvolvimento de distúrbios metabólicos e inflamatórios, desnutrição, sarcopenia (perda de massa muscular), obesidade, diabetes, doenças neurodegenerativas e até mesmo neoplasias. A redução de diferentes bactérias pertencentes ao filo Firmicutes e o aumento de espécies pertencentes ao filo Bacteroidetes também já foram associados ao processo de envelhecimento. 13:36 ‘‘A manutenção da microbiota [...] é importante para uma série de fatores que mantém o nosso corpo funcionando de uma forma saudável. ’’ 16:18 ‘‘Todo esse processo que ocorre nos primeiros três anos da vida da criança vai ser, também, determinante para a formação da microbiota. ’’ Há uma conexão entre o intestino e o sistema nervoso central. Um intestino saudável é propício para as funções normais do sistema nervoso, e este, por sua vez, influencia a fisiologia do trato intestinal. Essa interação complexa e bidirecional assegura a homeostase intestinal e um processo digestório adequado. Pode ocorrer um supercrescimento bacteriano no intestino delgado, relacionado a alteração do status nutricional na absorção de ferro, B12, ácido fólico e vitaminas lipossolúveis. Isso ocorre devido a mudança do padrão intestinal, e pode levar a distensão abdominal, hipersensibilidade visceral e perda de peso não intencional. Eixo intestino-cérebro19:44 Nutrição e inflamação - Parte I A nutrição é vista como uma estratégia não farmacológica capaz de prevenir e reduzir a inflamação sistêmica. As estratégias tem o objetivo de modular a função imunológica, controlar adiposidade corporal e restaurar a microbiota intestinal. Estudos experimentais e clínicos têm destacado uma série de nutrientes que são capazes de restaurar a função imunológica: 25:11 24 Vitaminas do complexo B: servem como intermediáriospara a síntese de DNA e RNA, neurotransmissores, bainha de mielina e fosfolipídios de membrana. Promove a diminuição de homocisteína, controle dos níveis de B-amilóide e fosforilação da proteína TAU; Vitaminas do complexo D: é capaz de interagir em três fatores promotores de inflamação, imunossenescência, adiposidade e microbiota intestinal. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Como as alterações na microbiota intestinal podem afetar a saúde? AULA 3 • PARTE 2 Nutrição e inflamação - Parte II Continuação dos nutrientes que são capazes de restaurar a função imunológica: Ácidos graxos poli-insaturados: estão envolvidos em duas vias associadas ao processo inflamatório. O Ômega 6 tem atividade pró-inflamatória enquanto o Ômega 3 tem atividade anti-inflamatória; Antioxidantes: as vitaminas C e E, complexo B, zinco, selênio e fitoquímicos são nutrientes com poder antioxidante; Aminoácidos: desempenham um importante papel na resposta imune através da regulação das células de defesa, na modulação do estresse oxidativo e na produção de anticorpos. Alguns compostos da microbiota são: • Probióticos: microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro; 00:25 02:31 ‘‘A inflamação promove um aumento do estresse oxidativo, e o estresse oxidativo por si só também contribui para a inflamação. ’’ R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 25 • Prebióticos: substratos que são seletivamente utilizados pelos microrganismos do hospedeiro conferindo benefícios à saúde; • Posbióticos: compostos solúveis derivados de probióticos; • Simbióticos: misturas sinergísticas de pro e prébioticos; • Paraprobióticos: microrganismos não viáveis; • Gerobióticos: cepas e seus derivados posbióticos ou parabióticos que são capazes de atenuar os mecanismos fundamentais do envelhecimento; • Imunobióticos: cepas capazes de regular beneficamente o sistema imune; • Psicobióticos: cepas bacterianas que modulam o eixo intestino-cérebro. Effects of microbiota-driven therapy on inflammatory responses in elderly individuals: A systematic review and meta-analysis Esta revisão sistemática e meta-análise foram desenhadas para avaliar os efeitos da terapia orientada pela microbiota sobre marcadores inflamatórios em idosos. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 14:43 17:28 FODMAPs: São carboidratos não digeridos pelo organismo que podem causar gases e distensão abdominal. PALAVRA-CHAVE Nutrição e adiposidade - Parte I Dietas de baixa carga glicêmica, que permitem uma digestão e absorção mais lentas, podem ajudar a controlar a hiperglicemia. A inclusão de alimentos integrais reduz os níveis de glicose no sangue e aumenta a presença de antioxidantes, resultando na redução do estresse oxidativo, da liberação de citocinas e da resistência à insulina. Além da obesidade, a desnutrição é uma condição altamente prevalente em pessoas idosas e representa uma sobrecarga para os sistemas de saúde, sociais e de assistência. Alguns dos fatores de risco de desnutrição em idosos são: • Problemas para se alimentar (perda de apetite ou dependência); • Baixa função física; • Autopercepção da saúde ruim; • Hospitalização; • Saúde oral comprometida; • Perda de interesse na vida; • Estado civil. 19:48 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30726266/ 26 AULA 3 • PARTE 3 Nutrição e adiposidade - Parte II Mais alguns dos fatores que são estudados, mas não ainda apresentaram comprovação de risco de desnutrição em idosos são: • Estilo de vida; • Fatores psicológicos; • Fatores socioeconômicos; • Polifarmácia e medicamentos específicos; • Disfagias; • Comprometimento cognitivo; • Depressão; • Constipação. A triagem de risco nutricional serve para avaliar quando é necessária uma intervenção e monitoramento de indivíduos que procuram serviços de saúde. Ela deve ocorrer de 24 a 48 horas depois da internação do paciente em uma unidade de saúde para facilitar o tratamento precoce. 00:25 04:06 Uma importante ferramenta para o profissional da Nutrição que atua sobretudo na área clínica, onde rotinas diferenciadas adotadas em unidades de saúde têm gerado limitações e problemas. Pode ser acessado neste link. Livro: Sistematização do Cuidado de Nutrição LEITURA INDICADA 09:30 Mini Avaliação Nutricional (MNA): É uma ferramenta de triagem e avaliação nutricional que pode ser utilizada para identificar pacientes idosos com risco de desnutrição. PALAVRA-CHAVE 09:46 ‘‘A triagem de risco nutricional [...] não é um instrumento específico do nutricionista, qualquer profissional de saúde deve estar habilitado a fazer triagem. ’’ 12:08 Polifarmácia: É um termo abrangente para descrever o uso simultâneo de vários medicamentos por um paciente para suas condições. PALAVRA-CHAVE https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf 27 Sarcopenia, má nutrição e fragilidade Há uma sobreposição de conceitos entre sarcopenia (perda de massa muscular e força), má nutrição (associada a doenças, perda de peso, baixo IMC e perda de massa muscular) e fragilidade (síndrome), no entanto, uma não anula a outra e geralmente ocorrem simultaneamente. A prevalência de sarcopenia tem grande variação dependendo da faixa etária, do sexo, do cenário clínico e da definição utilizada. Suas principais consequências são: • Aumento do risco de quedas e fraturas; • Prejudica a capacidade de realizar atividades de vida diária; • Está associada a doença cardíaca, doença respiratória e comprometimento cognitivo; • Leva a distúrbios de mobilidade, contribuindo para a redução da qualidade de vida, perda de independência ou necessidade de cuidados de longo prazo ; • Aumenta o risco de hospitalização e aumenta o custo dos cuidados durante a hospitalização. Fragilidade é o aumento da vulnerabilidade para o desenvolvimento de dependência e/ ou morte do indivíduo, quando exposto a um estressor. É uma síndrome multidimensional que envolve fatores biológicos, físicos, cognitivos, sociais, econômicos e ambientais. 16:02 Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis Em 2010, o Grupo de Trabalho Europeu sobre Sarcopenia em Pessoas Idosas (EWGSOP) publicou uma definição de sarcopenia que visava promover avanços na identificação e cuidados de pessoas com a condição. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 18:53 27:04 Bioimpedância: É um exame destinado à avaliação da composição corporal, que estima a massa magra, gordura, água, entre outros dados corporais que proporcionam informações mais precisas sobre o estado nutricional do paciente. PALAVRA-CHAVE Com o envelhecimento, ocorre a redução da taxa metabólica basal, a diminuição da massa magra corporal e o aumento da gordura corporal, que resultam na perda desproporcional do tecido metabolicamente ativo. O objetivo da terapia nutricional no idoso é fornecer quantidades adequadas de calorias, proteínas, micronutrientes e líquidos, a fim de atender aos requisitos nutricionais e, assim, manter ou melhorar o estado nutricional durante o processo de envelhecimento. Diversos estudos buscaram avaliar o tipo de alimentação mais adequado a fim de proporcionar redução de riscos cardiovasculares e cognitivos e propiciar uma nutrição que assegure o processo de envelhecimento saudável e com qualidade de vida. Necessidades nutricionais 37:23 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30312372/ 28 39:35 Diretriz elaborada pela BRASPEN, que aborda questões específicas sobre terapia nutricional no envelhecimento. Pode ser acessado neste link. Livro: Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento LEITURA INDICADA Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento BRASPEN J 2019; 34 (Supl 3):2-58 1 © 2019 Copyright: Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition.Todos os direitos reservados. ISSN 2525-7374 3o SuplementoDiretrizes/2019 Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition BRASPEN JOURNAL DIRETRIZ BRASPEN DE TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO Thiago José Martins Gonçalves, Lilian Mika Horie, Sandra Elisa Adami Batista Gonçalves, Michele Kelly Bacchi, Marisa Chiconelli Bailer, Thiago Gonzalez Barbosa-Silva, Ana Paula Noronha Barrére, Priscilla Alves Barreto, Leticia Fuganti Campos, Glaucia Cristina de Campos, Melina Gouveia Castro, Rosa Maria Gaudioso Celano, Guilherme Duprat Ceniccola, Maria Carolina Gonçalves Dias, Maria Emilia de Souza Fabre, Elci Almeida Fernandes, Flavia Lopes Fonseca, Ivens Willians Silva Giacomassi, Guilherme de Vieira Giorelli, Silvia Teresa Sartoretto Giorelli, M. Cristina Gonzalez, Cristiane Almeida Hanashiro, Ana Paula Marques Honório, Simone Tamae Kikuchi, Fátima Lago, Claudia Cristiany Garcia Lopes, Liane Brescovici Nunes de Matos, Claudia Satiko Takemura Matsuba, Adriano Antonio Mehl, Andrea Z Pereira, Silvia Maria Fraga Piovacari, Patricia Ramos, Lizandra Traldi Mendonça Sanches, Tatiana Scacchetti, Silmara Scontre, Nara Lucia Andrade Lopes Segadilha, Mayumi Shima, Luana Cristina de Almeida Silva, Diogo Oliveira Toledo, Denise Philomene Joseph van Aanholt, Diana Borges Dock-Nascimento Esse conceito de dieta originou-se no Estudo dos Sete Países iniciado por Ancel Keys na década de 1950. Neste estudo, Ancel Keys constatou que, globalmente, existia uma associação entre o consumo de gordura e a mortalidade por DCV, sendo o risco tanto maior quanto mais elevado fosse o consumo de gordura. Mas as populações que viviam na Bacia do Mediterrâneo constituíam uma exceção, apresentando baixa mortalidade por DCV, apesar do seu elevado consumo de gordura. Segundo Keys, estes resultados devem-se ao tipo de gordura consumida que, nestas populações, era sobretudo gordura insaturada, proveniente da ingestão de azeite. Apenas em 1999 apareceu a primeira evidência clínica apoiando os benefícios da dieta Mediterrânea, apontando que, após 46 meses de pesquisa, os indivíduos que consumiram uma dieta “tipo mediterrânea” tiveram redução de 50 a 70% na incidência de eventos coronarianos e de mortalidade total. Dieta Mediterrânea - Parte I 43:29 https://www.braspen.org/_files/ugd/a8daef_13e9ef81b44e4f66be32ec79c4b0fbab.pdf 29 AULA 3 • PARTE 4 A pirâmide alimentar da Dieta Mediterrânea não representa apenas um padrão alimentar mas sim, um estilo de vida no qual são incluídos elementos como preferência por alimentos frescos, locais e da estação, moderação no tamanho das porções, prática de 4-5 refeições diárias, socialização e convívio durante as refeições e prática regular de atividade física. Então, além das características alimentares e nutricionais, o conceito de Dieta Mediterrânea engloba ainda aspetos como o convívio, a socialização, a biodiversidade e a sazonalidade. Seus principais benefícios para a saúde são: • Redução das concentrações plasmáticas de colesterol; • Redução dos marcadores inflamatórios; • Redução da pressão arterial em hipertensos e prevenção de HAS em normotensos; • Melhora no processo de coagulação sanguínea e da função endotelial; • Diminuição da incidência de doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson); • Redução do risco da mortalidade geral; • Proteção contra a lesão oxidativa das lipoproteínas de baixa densidade (LDL); • Melhora no perfil glicêmico; • Redução na incidência de diabetes e de síndrome metabólica. Dieta Mediterrânea - Parte II 00:25 Nutritional Components in Western Diet Versus Mediterranean Diet at the Gut Microbiota-Immune System Interplay. Implications for Health and Disease O objetivo desta revisão é determinar o papel regulador dos componentes nutricionais da dieta ocidental e dieta mediterrânea na interação da microbiota intestinal e do sistema imunológico, a fim de compreender e criar consciência sobre a influência da dieta sobre ambos os componentes principais. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 09:24 O propósito da criação da dieta DASH (Dietary Approach to Stop Hypertension) foi incorporar nutrientes com potencial efeito hipotensor, provenientes de alimentos comumente consumidos pela população e não de suplementos alimentares. Estudos demonstraram efeitos em níveis pressóricos, insuficiência cardíaca, desfechos cardiovasculares, redução do risco de câncer e doença renal crônica. Preconiza o consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e nozes e incentiva restringir o consumo de carnes vermelhas e processadas, sódio e bebidas açucaradas. Dieta DASH10:18 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33671569/ 30 O efeito hipotensor decorre do padrão de dieta, mais do que de seus componentes individuais - alto teor de potássio, cálcio, magnésio e fibras, com quantidades reduzidas de colesterol e gordura total e saturada. A associação da dieta DASH com restrição de sódio resultou em redução na PA sistólica (PAS) de 11,5 mmHg nos indivíduos hipertensos e 7,1 mmHg nos normotensos, em comparação com a dieta com alto teor de sódio. Metanálises de ensaios clínicos randomizados confirmaram o efeito redutor na PA. Alguns estudos sugerem que a adesão à dieta DASH está associada a menor risco de acidente vascular encefálico (AVE), mortalidade cardiovascular e doença renal. A dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay) é uma combinação entre a dieta Mediterrânea e a dieta DASH e tem como objetivo combater doenças neurodegenerativas, principalmente a Doença de Alzheimer. É baseada no consumo diário de vegetais de folhas verdes, outros vegetais e nozes cinco vezes na semana, três porções por semana de feijões e grãos integrais, duas porções por semana de aves, mirtilo e frutas e uma porção na semana de peixe. Dieta MIND 15:23 Mediterranean-Dash Intervention for Neurodegenerative Delay (MIND) Diet Slows Cognitive Decline After Stroke Este estudo procurou determinar se a dieta MIND (um híbrido das dietas Mediterrânea e Dash, com modificações baseadas na ciência da nutrição e do cérebro) é eficaz na prevenção do declínio cognitivo após acidente vascular cerebral. O artigo pode ser acessado neste link. LEITURA INDICADA 16:51 19:31 ‘‘A melhor dieta é aquela que o paciente adere. ’’ As principais recomendações alimentares contidas no Guia alimentar para a população brasileira são: consumir comida de verdade, cozinhar mais, compartilhar as refeições e evitar alimentos ultraprocessados. Os alimentos podem ser divididos em grupos: In natura: são obtidos diretamente de plantas ou animais e não sofrem qualquer modificação após deixarem a natureza; Recomendações populacionais 20:33 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31686099/ 31 Minimamente processados: são alimentos in natura que passam por processos importantes como remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fermentação, pasteurização ou congelamento, para chegarem com qualidade ao consumidor. As alterações são mínimas; Ingredientes culinários processados: são extraídos de alimentos in natura ou outras fontes da natureza, sendo usados para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Processados: são alimentos in natura ou minimamente processados que recebem sal, açúcar, vinagre ou óleo para, principalmente, durar mais tempo. As técnicas de fabricação incluem cozimento, fermentação, salmoura, entre outros. Ultraprocessados: são formulações industriais à base de ingredientes extraídos ou derivados de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido modificado) ou, ainda, sintetizados em laboratório (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, etc.). A recomendação de divisão ideal do prato é: • 50% de vegetais crus e cozidos; • 25% de proteínas (animal ou vegetal); • 25% de carboidratos (de preferência integrais). Os dez passos para uma alimentação adequada segundo o guiasão: 1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; 2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias; 3. Limitar o consumo de alimentos processados; 4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados; 21:01 É um documento oficial que aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira, configurando-se como instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no SUS e também em outros setores. Pode ser acessado neste link. Livro: Guia alimentar para a população brasileira LEITURA INDICADA Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs 9 788533 421769 ISBN 978-85-334-2176-9 MiniStério da SaÚde 2ª edição 1ª reimpressão Brasília — dF 2014 Guia alimentar para a população Brasileira M in isté rio d a S a ú d e G u ia a l iM e n t a r p a r a a p o p u l a ç ã o B r a S il e ir a 2 ª E d iç ã o 36:18 Tem como objetivo apresentar o Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa como um instrumento de apoio à prática clínica no cuidado individual na Atenção Primária à Saúde (APS). Pode ser acessado neste link. Livro: Protocolo de uso do guia alimentar para a população brasileira na orientação alimentar da pessoa idosa LEITURA INDICADA FASCÍCULO 2 PROTOCOLO DE USO DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DA PESSOA IDOSA Brasília – DF 2021 MINISTÉRIO DA SAÚDE UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo2.pdf 32 5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia; 6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados; 7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias; 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora; 10. Ser crítico quando a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. 33 Resumo da disciplina Veja, nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina. AULA 1 AULA 2 AULA 3 A melhor dieta é aquela que o paciente consegue aderir. O DNA mitocondrial é passado apenas pelos genes da mãe para os filhos e ocorre já no momento da fecundação. A nutrição é vista como uma estratégia não farmacológica capaz de prevenir e reduzir a inflamação sistêmica. As principais recomendações alimentares contidas no Guia alimentar para a população brasileira são: consumir comida de verdade, cozinhar mais, compartilhar as refeições e evitar alimentos ultraprocessados. À medida que o indivíduo vai envelhecendo as capacidades orgânicas vão diminuindo. A Coenzima Q10 é produzida de forma endógena, principalmente no cérebro, coração, fígado e rins. O envelhecimento deve ser tratado como um aspecto biológico, psicológico, social, deletério, intrínseco e progressivo. O envelhecimento por si só, independente de doenças associadas, gera no indivíduo o aumento de marcadores inflamatórios. O inflamassoma está constantemente ativado durante o envelhecimento. 34 Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina. Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online. A nota mínima para aprovação é 6. Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso. A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. Avaliação Conheça seus professores Conheça os professores da disciplina. Ementa da Disciplina Veja a descrição da ementa da disciplina. Bibliografia da Disciplina Veja as referências principais de leitura da disciplina. O que compõe o Mapa da Aula? Confira como funciona o mapa da aula. Mapa da Aula Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Resumo da disciplina Relembre os principais conceitos da disciplina. Avaliação Veja as informações sobre o teste da disciplina. Botão 506: Botão 507: Botão 508: Botão 509: Botão 5010: Botão 32: Botão 33: Botão 34: Botão 35: Botão 92: Botão 93: Botão 94: Botão 95: Botão 97: Botão 98: Botão 99: Botão 100: Botão 101: Botão 57: Botão 58: Botão 59: Botão 60: Botão 62: Botão 63: Botão 64: Botão 65: Botão 66: Botão 72: Botão 73: Botão 74: Botão 75: Botão 76: Botão 77: Botão 78: Botão 79: Botão 80: Botão 81: