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Eduardo Rochete Ropelle e Carolina Böettge Rosa
BIOQUÍMICA E 
NUTRIÇÃO NO 
ENVELHECIMENTO
Carla Schwanke
O envelhecimento não é sinônimo de doença. 
dinâmico.
2
Conheça o livro da disciplina
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3
Conheça os professores da disciplina. 
EMENTA DA DISCIPLINA 4
Veja a descrição da ementa da disciplina. 
BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA 5
Veja as referências principais de leitura da disciplina. 
O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6
Confira como funciona o mapa da aula.
MAPA DA AULA 7
Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula.
RESUMO DA DISCIPLINA 33
Relembre os principais conceitos da disciplina. 
AVALIAÇÃO 34
Veja as informações sobre o teste da disciplina. 
3
Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio 
dos Sinos - UNISINOS (2003), com especialização em Nutrição 
Clínica pela Universidade Gama Filho - UGF (2005), mestrado 
em Patologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de 
Porto Alegre - UFCSPA (2008), doutorado e pós-doutorado em 
Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do 
Rio Grande do Sul - PUCRS (2017/2022). Atualmente, é docente 
do Centro Universitário CESUCA, pesquisadora do Grupo de 
Estudos em Risco Cardiometabólico Envelhecimento e Nutrição 
(GERICEN / PUCRS) e do Grupo Interdisciplinar de Estudos 
do Envelhecimento Humano (GIEEH / UNICRUZ). Revisora dos 
periódicos Revista de Nutrição (PUC-Campinas), Revista Brasileira 
de Ciências do Envelhecimento Humano (RBCEH/UPF), Pan 
American Journal of Aging Research (PAJAR/PUCRS) e Revista 
Espaço, Ciência & Saúde (UNICRUZ). 
CAROLINA BÖETTGE ROSA
Professora PUCRS
É professor livre docente da Universidade Estadual de Campinas 
(UNICAMP), na Faculdade de Ciências Aplicadas e professor 
permanente do programa de pós-graduação (stricto sensu) 
Ciências da Nutrição, Esporte e Metabolismo. Realizou sua pós-
graduação e pós-doutorado na Faculdade de Ciências Médicas 
da UNICAMP. Foi professor visitante na École Polytechnique 
Fédérale de Lausanne (EPFL - Suíça). Atualmente, coordena 
um projeto de pesquisa temático vinculado à FAPESP. Possui 
experiência na área de biologia molecular, atuando com a 
temática “Obesidade, Envelhecimento e Exercício Físico”. 
Possui três livros publicados e mais de 150 artigos publicados em 
jornais de elevado prestígio científico internacional, incluindo 
Science, Nature Communication, Science Advances, dentre 
outros.
EDUARDO ROCHETE ROPELLE
Professor Convidado
Conheça seus professores
4
Ementa da Disciplina
Estudo da influência da nutrição no processo do envelhecimento humano. 
Compreensão da relação entre maus hábitos alimentares e as alterações 
fisiológicas e funcionais do envelhecimento. Composição dos alimentos e o 
envelhecer com saúde.
5
Bibliografia da Disciplina
As publicações destacadas têm acesso gratuito. 
Bibliografia básica
DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de 
Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. 
DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: 
Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309.
PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2019.E-book. 9788527735940. 
Bibliografia complementar
DA SILVA, Maria de Lourdes do Nascimento; MARUCCI, Maria de Fátima N.; 
ROEDIGER, Manuela de A. Tratado de Nutrição em Gerontologia. São Paulo: Editora 
Manole, 2016. E-book. ISBN 9788520450222.
SCHWANKE, Carla Helena Augustin. Atualizações em Geriatria e Gerontologia III: 
Nutrição e Envelhecimento. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016.
FREITAS, Elizabete Viana D.; PY, Ligia. Tratado de Geriatria e Gerontologia, 4ª 
edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. E-book. 9788527729505.
VERAS, Renato P.; LOURENÇO, Roberto A.; SANCHEZ, Maria A. Formação 
Humana em Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2019. E-book. 
9788554651992.
WILLIAMS, Brie A.; CHANG, Anna; AHALT, Cyrus; et al. CURRENT: Geriatria. Porto 
Alegre: Grupo A, 2015. E-book. 9788580555165.
DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830048/ 


DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ 

PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.E-book. 9788527735940. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/
DINIZ, Lucas R.; GOMES, Daniel Christiano de A.; KITNER, Daniel. Geriatria. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2019. E-book. 9786557830048. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830048/ 


DUARTE, Paulo de O.; AMARAL, José Renato G. Geriatria: prática clínica. São Paulo: Editora Manole, 2020. E-book. 9786555760309. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/ 

PROSPERO, Lucas P. Amerepam - Manual de Geriatria. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.E-book. 9788527735940. [inserir link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760309/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735940/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450222/
https://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/1paomtm/sfx26800000000055833
https://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/1paomtm/sfx26800000000055833
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729505/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729505/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651992/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555165/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555165/
6
O que compõe o 
Mapa da Aula?
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam 
momentos importantes da disciplina, 
servindo como o norte para o seu 
aprendizado.
Frases dos professores que resumem 
sua visão sobre um assunto ou situação. 
DESTAQUES
Conteúdos essenciais sem os quais você 
pode ter dificuldade em compreender a 
matéria. Especialmente importante para 
alunos de outras áreas, ou que precisam 
relembrar assuntos e conceitos. Se você 
estiver por dentro dos conceitos básicos 
dessa disciplina, pode tranquilamente 
pular os fundamentos.
FUNDAMENTOS
Questões objetivas que buscam 
reforçar pontos centrais da disciplina, 
aproximando você do conteúdo de 
forma prática e exercitando a reflexão 
sobre os temas discutidos. Na versão 
online, você pode clicar nas alternativas.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Fatos e informações que dizem 
respeito a conteúdos da disciplina.
CURIOSIDADES
Conceituação de termos técnicos, 
expressões, siglas e palavras específicas 
do campo da disciplina citados durante 
a videoaula. 
PALAVRAS-CHAVE
Assista novamente aos conteúdos 
expostos pelos professores em vídeo. 
Aqui você também poderá encontrar 
vídeos mencionados em sala de aula. 
VÍDEOS
Inserções de conteúdos para tornar 
a sua experiência mais agradável e 
significar o conhecimento da aula. 
ENTRETENIMENTO
Apresentação de figuras públicas 
e profissionais de referência 
mencionados pelo(a) professor(a).
PERSONALIDADES
Neste item, você relembra o case 
analisado em aula pelo professor. 
CASE
A jornada de aprendizagem não 
termina ao fim de uma disciplina. Ela 
segue até onde a sua curiosidade 
alcança. Aqui você encontrauma lista 
de indicações de leitura. São artigos e 
livros sobre temas abordados em aula. 
LEITURAS INDICADAS
Aqui você encontra a descrição detalhada 
da dinâmica realizada pelo professor. 
MOMENTO DINÂMICA
7
Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.
AULA 1 • PARTE 1
Algumas das definições de envelhecimento 
são:
• Irreversibilidade da substância viva em 
função do tempo;
• Complexo de manifestação que leva a 
um encurtamento da expectativa de vida 
com o aumento da idade;
• Processo biológico que leva à limitação 
das possibilidades de adaptação 
do organismo e ao aumento da 
probabilidade de morrer;
• Um conjunto de modificações 
fisiomórficas e psicológicas ininterruptas 
à ação do tempo sobre as pessoas 
(definição da OMS).
O envelhecimento deve ser tratado como 
um aspecto biológico, psicológico, social, 
deletério, intrínseco e progressivo. 
O envelhecimento humano é a soma de 
todas as alterações biológicas, psicológicas 
e sociais, que depois de alcançar a idade 
adulta e ultrapassar a idade de desempenho 
máximo, leva a uma redução gradual das 
capacidades de adaptação e de desempenho 
psicofísico do indivíduo (NOVIKOFF, 2012).
Segundo a OMS, idoso é todo indivíduo com 
60 anos ou mais. Para a legislação brasileira, 
idoso é todo indivíduo com 60 anos ou 
mais. Em alguns países desenvolvidos são 
consideradas idosas as pessoas com 65 anos 
ou mais. 
O que é o envelhecimento 03:08
06:28 ‘‘A gente começa a entender 
o envelhecimento a partir do 
momento que observamos no 
indivíduo a redução das suas 
funções orgânicas.
’’
12:27 ‘‘Mulheres caucasianas e 
que vivem em países bem 
desenvolvidos têm uma maior 
probabilidade de atingir idades 
mais avançadas.
’’
Fatores que colaboram com a 
longevidade das mulheres
De acordo com os registros das 100 pessoas 
com a maior longevidade, 97 são mulheres. 
Alguns dos fatores que podem contribuir 
com esse número são:
• Assim que se inicia a puberdade os 
homens se colocam mais em risco do 
que as mulheres;
• Doenças graves como AVC, IAM e câncer 
causam maior mortalidade nos homens 
do que nas mulheres;
• As mulheres dedicam maior tempo 
para a estética e para a saúde do que 
os homens. Fazem acompanhamento 
médico com maior frequência;
• As mulheres possuem maior cuidado 
com a alimentação.
13:12
8
Redução das capacidades 
fisiológicas
As funções orgânicas começam a declinar 
a partir dos 35-40 anos. Vários sistemas 
apresentam uma redução na capacidade 
funcional, afetando o sistema nervoso 
central, a musculatura esquelética, o fígado, 
o sistema digestivo, o sistema cardiovascular 
e o sistema respiratório
Atualmente, muitos estudos concentram-se 
em entender as causas do envelhecimento 
e se é possível postergar esse processo. 
Existem diversas teorias que tentam 
responder a essas perguntas, como a Teoria 
dos Radicais Livres, a Teoria do Estresse 
Oxidativo, a Teoria do Declínio Mitocondrial 
e a Teoria dos Danos Proteicos. As teorias 
destacadas estão relacionadas a um dano a 
nível molecular, seja por motivos endógenos 
ou exógenos. 
17:08
Qual das seguintes alternativas 
melhor define o envelhecimento?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
18:19 ‘‘À medida que o indivíduo vai 
avançando em função do tempo, 
as capacidades orgânicas vão 
diminuindo.
’’
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v
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 3
.
O estresse oxidativo é o tema mais 
pesquisado relacionado ao envelhecimento 
humano. Quando não há equilíbrio na 
produção de espécies reativas de oxigênio 
e na capacidade do sistema de neutralizá-
las, ocorre um desequilíbrio chamado 
estresse oxidativo, que está estreitamente 
associado a danos celulares relacionados ao 
envelhecimento.
Entre as espécies reativas de oxigênio 
(EROs) estão o ânion superóxido, o peróxido 
de hidrogênio e o radical hidroxila. As 
espécies reativas de nitrogênio (ERNs) são 
o óxido nítrico e o peroxinitrito. Radical livre 
é um átomo ou molécula altamente reativo, 
que contêm número ímpar de elétrons em 
sua última camada eletrônica. 
Estresse oxidativo - Parte I 21:52
PERSONALIDADE
Bioquímico russo, foi um mitocondriologista 
de renome internacional e altamente 
respeitado por sua pesquisa inovadora em 
bioenergética.
Vladimir Skulachev 
(1935-2023)
22:47
9
30:16 ‘‘O radical livre, apesar de 
ter uma meia vida curta, [...] 
é bastante danoso no meio 
intracelular.
’’
AULA 1 • PARTE 2
O fato de o indivíduo ter mais de 60 anos 
confere a ele um aumento do acúmulo de 
espécies reativas de oxigênio e radicais 
livres, que está relacionado diretamente com 
a queda das funções orgânicas. Por algum 
motivo o organismo não é mais capaz de 
neutralizar a produção dos radicais livres, 
que vão se acumulando e gerando danos às 
células, tecidos e sistemas. 
Os radicais livres também tem alguns 
benefícios, como o auxílio na imunidade, 
coagulação, cicatrização, reparo tecidual, 
apoptose e vasodilatação. 
Estresse oxidativo - Parte II 00:25
Gerar radicais livres não é interessante para 
a maioria das células, pois essas moléculas 
são muito reativas e podem causar danos 
a membrana, perda de matéria intracelular, 
redução da eficiência metabólica e mutações 
nas estruturas celulares. 
Oxidative stress and antioxidant 
defenses in mild cognitive 
impairment: A systematic review 
and meta-analysis
Este estudo tem como objetivo revisar 
sistematicamente e meta-analisar a relação 
estresse nitro-oxidativo /antioxidante 
no sangue periférico de pessoas com 
comprometimento cognitivo leve. O artigo 
pode ser acessado neste link.
LEITURA INDICADA
05:59
07:55‘‘Houve uma correlação 
direta entre estresse oxidativo e 
comprometimento cognitivo, isso 
é o que mostra a maior parte dos 
estudos.
’’
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35537662/
10
O sistema de defesa antioxidante tem 
a função de reduzir a ação dos radicais 
livres e/ou espécies reativas não radicais. É 
dividido em:
Sistema enzimático:
• Enzimas primárias (superóxido 
dismutase, catalase e glutationa 
peroxidase);
• Enzimas secundárias (glutationa 
redutase, G6P-desidrogenase e enzimas 
de reparo de DNA).
Não-enzimático:
• Minerais (zinco e selênio);
• Carotenóides (b-caroteno e licopeno);
• Antioxidantes de baixo MW (glutationa 
e ácido úrico);
• Vitaminas (A, C, E e K);
• Comp. organossulfurados (allium e allyl 
sulfide);
• Cofatores (coenzima Q10);
• Polifenóis (flavonóides e ácidos 
polifenólicos).
Algumas formas de estimular o sistema 
antioxidante são através de exercícios 
físicos, alimentos funcionais e ingestão de 
vitaminas e minerais. 
Sistema antioxidante13:16
Fortalecimento do sistema 
antioxidante - Parte I
Se for possível fortalecer o sistema 
antioxidante, mesmo que o organismo 
produza uma grande quantidade de radicais 
livres, o sistema será completamente 
eficiente para neutralizá-lo. 
• Cobre (cofator da enzima SOD);
• Zinco (cofator da enzima Cu/Zn-SOD);
• Manganês (cofator da enzima Mn-SOD);
• Selênio (cofator da enzima GPx).
As vitaminas C e E, e a Glutationa atuam 
como agentes redutores. O ácido ascórbico 
é um excelente agente redutor (doador de 
elétrons). Reage com superóxido e radical 
hidroxila evitando ações deletérias destes 
radicais livres.
20:44
Limited evidence for a beneficial 
effect of vitamin C supplementation 
on biomarkers of cardiovascular 
diseases: an umbrella review of 
systematic reviews and meta-
analyses 
Nesta “revisão guarda-chuva” de revisões 
sistemáticas e metanálises são investigados 
os efeitos da suplementação de vitamina C 
sobre biomarcadores de risco cardiovascular, 
como, rigidez arterial, pressão arterial, 
função endotelial, controle glicêmico e perfil 
lipídico. O artigo pode ser acessado neste 
link.
LEITURA INDICADA
28:24
Multivitamin-multimineral 
supplementation and mortality: 
a meta-analysis of randomized 
controlled trials 
O objetivo do estudo foi determinar se o 
tratamento multivitamínico-multimineral, 
utilizado para prevenção primária 
ou secundária, aumenta o risco demortalidade em adultos que vivem de forma 
independente. O artigo pode ser acessado 
neste link.
LEITURA INDICADA
34:08
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30683434/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23255568/
11
O que os antioxidantes fazem no 
corpo?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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 2
.
Fortalecimento do sistema 
antioxidante - Parte II
A Coenzima Q10 é produzida de forma 
endógena, principalmente no cérebro, 
coração, fígado e rins. Está presente 
em alimentos como carne, peixe e 
óleos vegetais e suas principais funções 
são a produção de energia e a ação 
antioxidante. 
As principais ações antioxidantes 
da Coenzima Q10 são potencializar 
o efeito antioxidante da vitamina E 
doando elétron, reduzir a expressão de 
iNOS (NOS2) e a produção de NO, e 
desempenhar ação anti-inflamatória. 
00:25
Effects of Coenzyme Q10 
Supplementation on Lipid Profiles 
in Adults: A Meta-analysis of 
Randomized Controlled Trials 
Este estudo conduziu uma meta-análise 
para determinar os efeitos da CoQ10 nos 
perfis lipídicos e avaliar suas relações dose-
resposta em adultos. O artigo pode ser 
acessado neste link.
LEITURA INDICADA
09:08
AULA 1 • PARTE 3
Antioxidants prevent health-
promoting effects of physical 
exercise in humans 
Este estudo avalia a possibilidade de 
que as espécies reativas de oxigênio 
sejam necessárias para as capacidades 
de sensibilização à insulina do exercício 
físico em humanos saudáveis e que os 
antioxidantes comumente usados, como a 
vitamina C e a vitamina E, possam anular os 
efeitos de promoção da saúde do exercício 
físico e do estresse oxidativo em humanos. O 
artigo pode ser acessado neste link.
LEITURA INDICADA
14:28
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36337001/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19433800/
12R
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 1
.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Em que tipo de alimentos a Coenzima 
Q10 é comumente encontrada?
Ação dos antioxidantes em idosos
Alimentos com propriedades 
antioxidantes devem ser consumidos com 
a finalidade de reduzir a formação de 
radicais livres e melhorar o funcionamento 
do organismo em idosos. Alguns efeitos 
positivos podem ser destacados:
• Função endotelial;
• Melhora no quadro de dislipidemia;
• Efeito hipotensor modesto;
• Redução modesta da glicemia.
Os antioxidantes podem reduzir o risco 
ou amenizar os sintomas de diversas 
doenças, no entanto não existem 
evidências sólidas do aumento de 
longevidade baseado na suplementação 
de antioxidantes. 
O excesso desses agentes antioxidantes 
pode ser prejudicial à saúde do idoso.
17:38
Alterações bioquímicas e 
moleculares - Parte I
Os pilares do envelhecimento são:
• Instabilidade genômica: resultado de 
ação de fatores internos e externos ao 
longo da vida;
• Desgaste ou encurtamento dos 
telômeros: estrutura responsável pela 
estabilidade do DNA. Consiste em 
centenas ou milhares da mesma curta 
sequência de nucleotídeos do DNA.
19:53
13
AULA 1 • PARTE 4
Alterações bioquímicas e 
moleculares - Parte II
Continuação dos pilares do envelhecimento:
• Alterações epigenéticas: metilação do 
DNA e modificação de histonas;
• Perda da proteostase: redução da 
atividade de chaperonas e proteases, 
disfunção do sistema proteolítico e 
disfunção da autofagia;
• Desregulação da sensibilidade aos 
nutrientes: sensibilidade à nutrientes e 
controle da longevidade;
• Disfunção mitocondrial: mutação do 
DNA mitocondrial, perda da proteostase 
mitocondrial, alteração da dinâmica 
mitocondrial, alteração da mitofagia, 
menor capacidade de geração de ATP, 
menor capacidade oxidativa e maior 
produção de espécies reativas de 
oxigênio;
• Senescência celular: mecanismo 
caracterizado pela redução do ciclo 
celular que pode ser benéfico para 
o organismo em casos de células 
cancerígenas. Elevados níveis de 
senescência podem ser prejudiciais 
ao organismo. Está associada com o 
encurtamento dos telômeros e idosos 
podem apresentar de 2 a 20x o número 
de células em senescência. 
• Exaustão de células tronco: redução da 
quantidade e atividade de células tronco, 
redução da quantidade e atividade de 
células satélites, redução da taxa de 
renovação celular e baixa capacidade 
regenerativa dos tecidos.
• Alteração da comunicação celular: 
devido a inflamação sistêmica, crônica 
e de baixo grau o sistema imunológico 
permanece constantemente ativado, 
alterando a comunicação celular em 
praticamente todo o organismo.
00:25
12:40 ‘‘A disfunção mitocondrial 
[...] pode explicar boa parte 
dos pilares relacionados ao 
envelhecimento.
’’
15:22 ‘‘A senescência é um marcador 
de envelhecimento celular, sem 
dúvida.
’’
18:53
Inflammaging: Resultado a longo 
prazo da estimulação fisiológica 
crônica do sistema imune inato, que 
pode tornar-se prejudicial durante o 
envelhecimento. 
PALAVRA-CHAVE
O artigo “Caloric restriction delays disease 
onset and mortality in rhesus monkeys” trouxe 
uma grande descoberta sobre restrição 
calórica relacionada ao envelhecimento. O 
estudo foi feito com macacos Rhesus, que 
têm o genoma muito semelhante ao dos seres 
humanos. Nesse experimento, dois grupos 
de macacos foram alimentados de formas 
distintas.Enquanto um grupo tinha uma dieta 
normal, o outro recebia 30% a menos de 
comida. Após 20 anos de pesquisa pode-se 
notar que os macacos que estavam no grupo 
de restrição calórica estavam em melhores 
condições físicas que os do grupo com a dieta 
normal. 
Restrição calórica e longevidade21:43
14
Caloric restriction delays disease 
onset and mortality in rhesus 
monkeys 
A restrição calórica, sem desnutrição, retarda 
o envelhecimento e prolonga a vida em 
diversas espécies. No entanto, o seu efeito 
na resistência a doenças e mortalidade em 
primatas não foi claramente estabelecido. 
O estudo relata os resultados de um estudo 
longitudinal de 20 anos de restrição calórica 
em macacos rhesus no início da idade 
adulta. O artigo pode ser acessado neste 
link.
LEITURA INDICADA
22:05
Alternate Day Fasting Improves 
Physiological and Molecular Markers 
of Aging in Healthy, Non-obese 
Humans 
Este estudo mostra que 4 semanas de jejum 
estrito em dias alternados melhoraram os 
marcadores de saúde geral em humanos 
saudáveis de meia-idade, ao mesmo tempo 
que causaram uma redução calórica de 37%, 
em média. O artigo pode ser acessado neste 
link. 
LEITURA INDICADA
29:48
37:52 ‘‘O processo de autofagia é 
fundamental para a manutenção 
da saúde celular e da saúde do 
tecido.
’’
Existem várias formas de fazer a ativação do 
eixo AMPK/SIRT1:
1. Ativadores AMPK;
2. Sinais de baixa energia;
3. Ativadores SIRT1;
4. Ativadores Nrf2;
5. Inibidores de PI3k/Akt/mTOR.
AMPK/SIRT1 e a longevidade 38:17
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Qual é o principal objetivo da 
restrição calórica em relação à 
longevidade?
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19590001/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31471173/
15
AULA 2 • PARTE 1
Função mitocondrial e 
envelhecimento
Segundo a Teoria da Endossimbiose, a 
mitocôndria passou a fazer parte das 
células eucarióticas ao longo da evolução. 
As mitocôndrias encontradas em algumas 
proteobactérias foram incorporadas 
às células eucarióticas, mudando a sua 
configuração e o tipo de metabolismo dessas 
células. 
O DNA mitocondrial é passado apenas 
pelos genes da mãe para os filhos e ocorre 
já no momento da fecundação. O material 
do DNA mitocondrial está completamente 
sequenciado, tem formato circular e codifica 
13 proteínas. Representa 0,00055% de 
todo o genoma humano. A mitocôndria é a 
organela responsável pela maior parte da 
produção de ATP do organismo humano. 
A UPR mitocondrial é um mecanismo 
de controle de qualidade específico das 
proteínas que compõem a mitocôndria. A 
dinâmica mitocondrial é composta por três 
mecanismos:
• Mecanismo de fusão: processo 
onde duas mitocôndrias menores se 
transformam em uma maior;
• Mecanismo de fissão:uma mitocôndria 
maior se divide em duas menores;
• Mecanismo de mitofagia: eliminação de 
elementos mitocondriais mal formados.
O envelhecimento, excesso de nutrientes e o 
estresse oxidativo alteram completamente a 
dinâmica mitocondrial. No entanto, exercícios 
físicos, redução calórica e nutrientes 
causam o efeito contrário. A manutenção 
da dinâmica mitocondrial está associada 
à melhora da função mitocondrial e ao 
aumento de longevidade em organismos 
como C. elegans. No entanto, não existem 
dados que suportem a dinâmica mitocondrial 
como elemento fundamental para aumento 
da longevidade em humanos.
01:09
03:57
Eva mitocondrial: Refere-se à mais 
recente pessoa do sexo biológico 
feminino cujo DNA mitocondrial foi 
passado, geração após geração, até 
os dias atuais. Por isso, todos nós 
humanos compartilhamos de seu 
material genético, embora este tenha 
sofrido diversas mutações ao longo 
da história evolutiva.
PALAVRA-CHAVE
14:24 ‘‘A comunicação do DNA 
nuclear com a mitocôndria é 
fundamental.
’’
17:44 ‘‘A mitocôndria influencia 
muito mais no DNA nuclear do 
que nós imaginávamos até pouco 
tempo.
’’
27:01
Mitofagia: É a degradação seletiva 
das mitocôndrias por autofagia. 
Muitas vezes ocorre em mitocôndrias 
defeituosas após danos ou estresse.
PALAVRA-CHAVE
16
28:01
Biogênese mitocondrial: É o processo 
pelo qual as células aumentam os 
números mitocondriais. É originado a 
partir do estímulo ao recrutamento e 
a síntese de proteínas mitocondriais.
PALAVRA-CHAVE
1α,25-Dihydroxyvitamin D3 
Regulates Mitochondrial Oxygen 
Consumption and Dynamics in 
Human Skeletal Muscle Cells 
Para avaliar o mecanismo de ação de 
1α25(OH)2D3 no músculo esquelético, este 
estudo examinou o consumo de oxigênio 
mitocondrial, a dinâmica mitocondrial, 
biogênese e mudanças na expressão de 
genes nucleares que codificam proteínas 
mitocondriais em células musculares 
esqueléticas humanas após tratamento com 
1α25( AH)2D3. O artigo pode ser acessado 
neste link.O artigo pode ser acessado neste 
link.
LEITURA INDICADA
35:10
36:25‘‘Quem imaginaria que a vitamina 
D3 pudesse mudar a conformação 
das mitocôndrias?
’’
 
Vitamin D3 promotes longevity in 
Caenorhabditis elegans 
Para estudar a vitamina D no contexto do 
envelhecimento, foi utilizado o organismo 
modelo Caenorhabditis elegans (C. elegans). 
Para estudar o impacto da vitamina D no 
envelhecimento e nas doenças relacionadas 
à idade, a expectativa de vida e a saúde 
foram medidas em três linhagens genéticas 
diferentes de C. elegans. O artigo pode ser 
acessado neste link. 
LEITURA INDICADA
38:13
36:50
CURIOSIDADE
Verme microscópico da espécie 
nematódeo que normalmente cresce até 
1 mm de comprimento. Em 1963, passou 
a contribuir para estudos de genética por 
ser um organismo de fácil observação 
celular. Ao longo do tempo, tornou-se 
um importante modelo para o estudo 
da biologia, foi indispensável para várias 
descobertas e contribuiu para o sucesso 
de seis ganhadores do prêmio Nobel.
Caenorhabditis elegans
42:06
Dinucleótido de nicotinamida e 
adenina (NAD+): É um cofator 
de enzimas que participa do 
metabolismo energético, atuando 
como receptor de elétrons, no 
metabolismo oxidativo de substratos 
energéticos como a glicose.
PALAVRA-CHAVE
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26601949/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36001277/
17
The NAD(+)/Sirtuin Pathway 
Modulates Longevity through 
Activation of Mitochondrial UPR and 
FOXO Signaling 
Este estudo mostra que os níveis de NAD(+) 
são reduzidos em camundongos idosos e 
Caenorhabditis elegans, e que a diminuição 
dos níveis de NAD(+) resulta em uma 
redução adicional na vida útil do verme. O 
artigo pode ser acessado neste link. 
LEITURA INDICADA
44:16
Qual é o papel da UPR mitocondrial?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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 3
.
AULA 2 • PARTE 2
UPR é a sigla de unfolded protein response 
(respostas à proteínas mal formadas). Quando 
uma proteína dentro da mitocôndria está 
disfuncional por ter sido dobrada de maneira 
incorreta, um ambiente proteotóxico é 
formado. As ferramentas responsáveis pelo 
conserto são as proteases e chaperonas. 
A molécula NAD+ é um substrato da enzima 
SIRT1, que ativa a UPR mitocondrial. O 
envelhecimento, o estresse oxidativo e a 
obesidade diminuem os níveis de NAD+, 
enquanto a restrição calórica, o exercício físico 
e a ingestão de nutrientes podem aumentá-los. 
O NR (ribosídeo de nicotinamida) é um 
precursor de NAD+, membro da família da 
vitamina B3 e a sua principal fonte alimentar 
é o leite. O aumento dos níveis de NAD+ é 
fundamental para estimular um mecanismo de 
controle mitocondrial (UPR) e fazer com que 
as mitocôndrias voltem a ser funcionais. 
UPR mitocondrial 00:25
04:39 ‘‘O sistema de controle de 
qualidade da mitocôndria tem sido 
mostrado como fundamental para 
se alcançar maior longevidade em 
algumas espécies.
’’
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23870130/
18
What is really known about the 
effects of nicotinamide riboside 
supplementation in humans 
Esta revisão resume e avalia criticamente os 
25 artigos de pesquisa publicados sobre a 
suplementação de ribosídeo de nicotinamida 
humana para identificar quaisquer alegações 
mal fundamentadas e ajudar o campo a 
elucidar o potencial futuro real do ribosídeo 
de nicotinamida. O Artigo pode ser acessado 
neste link. 
LEITURA INDICADA
37:28
CURIOSIDADE
É uma doença neuromuscular genética, 
que se caracteriza como um distúrbio 
degenerativo progressivo e irreversível 
no tecido muscular. É causada por uma 
mutação do gene DMD, que é ligado ao 
cromossomo X e, portanto, geralmente 
herdado da mãe.
Distrofia muscular de Duchenne
28:21
Qual é a causa principal da Distrofia 
Muscular de Duchenne?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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 2
.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37478182/
19
AULA 2 • PARTE 3
O Inflammaging é um processo inflamatório 
ligado ao envelhecimento. O próprio 
envelhecimento, desvinculado de doenças 
associadas, resulta no aumento dos 
marcadores inflamatórios nos indivíduos. 
Esse processo inflamatório está intimamente 
ligado ao estresse oxidativo, sendo quase 
indissociáveis. 
O processo de inflamação ocorre durante 
o desenvolvimento das doenças crônicas 
e pode agravar o processo mediante a sua 
perpetuação. As inflamações de baixo grau 
são a crônica e a inflamação subclínica, 
que não gera nenhum tipo de sintoma. A 
inflamação crônica gera a desregulação de 
nutrientes (resistência à insulina), disfunção 
mitocondrial, está diretamente relacionada 
à exaustão de células tronco, senescência 
celular, alteração epigenética, instabilidade 
genômica, encurtamento dos telômeros, 
perda da proteostase e alteração da 
comunicação celular.
Inflammaging 00:25
01:50 ‘‘Não dá para desassociar o 
processo de inflação do estresse 
oxidativo.
’’
07:27 ‘‘A inflamação [...] é um 
potente indutor de resistência à 
insulina.
’’
Teoria neuroendócrina do 
envelhecimento
A maior parte das funções endócrinas é 
regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise, 
responsável por secretar vários hormônios 
no nosso corpo. O hipotálamo é a estrutura 
central no controle da hipófise. Ele monitora o 
estado nutricional e energético do indivíduo, 
enviando sinais para a hipófise, que, por 
sua vez, regula a liberação ou supressão de 
hormônios.
Após os 50 anos de idade, observa-se uma 
diminuição na eficiência do eixo hipotálamo-
hipófise, relacionada à menor sensibilidade 
da hipófise na secreção do GH, e um aumento 
na inflamação no hipotálamo devido ao 
envelhecimento. Pesquisas sugerem que 
a redução da inflamação hipotalâmica 
pode atenuar várias manifestações do 
envelhecimento e aumentar a sobrevida.
Alguns alimentos com propriedades anti 
inflamatórias são: 
• Vitaminas;
• Flavonóides;
• AG polinsaturados;
• Probióticos.
22:45
Evidence-based nutritional and 
pharmacological interventions 
targeting chronic low-grade 
inflammation inmiddle-age and 
older adults: A systematic review 
and meta-analysis 
O objetivo desta meta-análise foi examinar a 
associação de intervenções pré-selecionadas 
em dois biomarcadores estabelecidos de 
inflamação, interleucina-6 (IL-6) e proteína 
C reativa (PCR) em adultos de meia-idade 
e idosos com inflamação crônica de baixo 
grau. O artigo pode ser acessado neste link.
Hallmarks of Aging in Macrophages: 
Consequences to Skin Inflammaging
O artigo pode ser acessado neste link.
LEITURAS INDICADAS
42:30
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29803716/
https://www.mdpi.com/2073-4409/10/6/1323
20
AULA 2 • PARTE 4
Ação anti-inflamatória do Ômega 3
Além de inibir JNK e IKK, o Ômega 3 
tem se demonstrado um grande inibidor 
de inflamassoma. A inflamassoma está 
constantemente ativada durante o 
envelhecimento e é a principal estrutura 
ativadora da interleucina-1 beta. A primeira 
descrição anti-inflamatória do Ômega 3 é a 
estimulação da produção de prostaglandinas 
de série ímpar (PGE3, PGI3, TXA3). Estudos 
mostram que a ingestão de Ômega 3 inibe 
a expressão de neuropeptídeos orexígenos 
e estimula a produção de neuropeptídeos 
anorexígenos. 
00:25
GPR120 is an omega-3 fatty acid 
receptor mediating potent anti-
inflammatory and insulin-sensitizing 
effects 
Os ácidos graxos ômega-3 (FAs ômega-3), 
DHA e EPA, exercem efeitos anti 
inflamatórios, mas os mecanismos são 
pouco compreendidos. Este estudo mostra 
que o receptor 120 acoplado à proteína G 
(GPR120) funciona como um receptor/sensor 
de FA ômega-3. O artigo pode ser acessado 
neste link.
LEITURA INDICADA
00:40
06:59
Inflamassoma: É um complexo 
multiprotéico intracelular que atua 
na ativação de enzimas da família 
cisteína-aspartato proteases.
PALAVRA-CHAVE
08:13 ‘‘O indivíduo, pelo simples fato 
de envelhecer, [...] tem o aumento 
da formação do inflamassoma.
’’
• Existem fatores endógenos e exógenos 
que produzem o estresse oxidativo de 
radicais livres. Quando ocorre de forma 
desequilibrada leva à disfunção celular e 
disfunção mitocondrial, que acarreta no 
declínio de diversos sistemas orgânicos. 
• Os sistemas antioxidantes podem ser 
enzimáticos ou não-enzimáticos. O 
sistema não-enzimático está muito 
relacionado a minerais, vitaminas e 
nutrientes, que podem também estimular 
as enzimas do sistema enzimático.
Revisão 24:52
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20813258/
21
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
O que é o inflamassoma?
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 4
.
• Alguns dos pilares do envelhecimento 
são a instabilidade do genoma, o 
encurtamento dos telômeros, a perda de 
proteostase, a disfunção mitocondrial, a 
insensibilidade à nutrientes, o processo 
de senescência e as alterações da 
comunicação celular. 
• A NAD é um substrato da enzima SIRT1, 
uma proteína muito relacionada à 
longevidade e NAD dependente. Quando 
ativada, a Sirt1 estimula o mecanismo de 
UPR mitocondrial. 
• Inflammaging é um processo inflamatório 
que ocorre naturalmente no organismo 
conforme o indivíduo envelhece. Alguns 
nutrientes como gordura saturada e 
carboidratos, quando consumidos em 
excesso, podem contribuir com esse 
processo.
• O principal nutriente com a capacidade 
de atenuar o processo inflamatório em 
idosos é o Ômega 3. 
22
AULA 3 • PARTE 1
O envelhecimento é um processo biológico 
natural inerente aos seres vivos. No entanto, 
nem todos envelhecem da mesma forma.
Envelhecimento saudável: manutenção da 
capacidade funcional que permite o bem-
estar em idade avançada.
Envelhecimento patológico: perda da 
capacidade funcional e aumento da 
incidência de doenças crônicas.
Os principais fatores biológicos que 
determinam o envelhecimento são a 
imunosenescência, o estresse oxidativo 
e a inflamação. Estes fatores também 
contribuem no desenvolvimento de doenças 
associadas à idade. 
A resposta inflamatória crônica de baixo 
grau, também chamada de inflammaging, 
é um processo natural do organismo que 
ajuda a combater infecções e reparar 
tecidos. A resposta inflamatória crônica de 
baixo grau associada ao envelhecimento é 
caracterizada por um desequilíbrio entre os 
fatores anti-inflamatórios e pró-inflamatórios. 
Os principais causadores desse desequilíbrio 
são a imunossenescência, o acúmulo de 
gordura visceral e alterações na microbiota 
intestinal. 
Envelhecimento 01:33
07:54
Adipaging: É o acúmulo de tecido 
adiposo visceral relacionado ao 
envelhecimento.
PALAVRA-CHAVE
09:06
Hipóxia: É a ausência de oxigênio 
suficiente nos tecidos para manter as 
funções corporais.
PALAVRA-CHAVE
A metaflammation (inflamação metabólica) 
é um conceito que foi sugerido em um 
artigo da Nature em 2017, que fala sobre a 
relação entre alimentação — principalmente 
carboidratos refinados e gorduras 
saturadas — e a deposição de gordura 
no tecido adiposo e no fígado. Com isso 
ocorre o recrutamento e ativação de 
células do sistema imune que promovem o 
processo inflamatório e contribuem com a 
doença hepática não alcoólica. 
Metaflammation09:16
Alterações na microbiota intestinal
A microbiota intestinal começa a ser formada 
na gestação e se desenvolve completamente 
aos 3 anos de idade, mas vai se alterando 
com o passar dos anos conforme o estilo de 
vida do indivíduo. O microbioma humano 
tem pelo menos 120 filos bacterianos, sendo 
Bacteroidetes e Firmicutes os mais comuns. 
10:43
23
A microbiota intestinal tem a função de 
defesa e proteção, e alguns de seus produtos 
são:
• Acetato: lipogênese, síntese de colesterol 
e modulador central da fome;
• Butirato: fonte fundamental de energia 
para enterócitos do cólon, reforçando 
assim a integridade da barreira intestinal 
entérica e evitando o vazamento de 
substâncias inflamatórias dos fragmentos 
microbianos, como lipopolissacarídeos;
• Propionato: modula a glicogênese 
hepática e atualmente está sendo 
avaliada a sua capacidade de reduzir 
a lipoproteína de baixa densidade 
de colesterol em adultos com 
hipercolesterolemia.
Não havendo a manutenção da microbiota 
ocorre uma diminuição significativa nos 
níveis de ácidos graxos de cadeia curta, 
que leva ao declínio na funcionalidade do 
sistema imunológico (imunossenescência), 
desenvolvimento de distúrbios metabólicos e 
inflamatórios, desnutrição, sarcopenia (perda 
de massa muscular), obesidade, diabetes, 
doenças neurodegenerativas e até mesmo 
neoplasias.
A redução de diferentes bactérias 
pertencentes ao filo Firmicutes e o 
aumento de espécies pertencentes ao filo 
Bacteroidetes também já foram associados 
ao processo de envelhecimento. 
13:36 ‘‘A manutenção da microbiota 
[...] é importante para uma série 
de fatores que mantém o nosso 
corpo funcionando de uma forma 
saudável.
’’
16:18 ‘‘Todo esse processo que 
ocorre nos primeiros três anos da 
vida da criança vai ser, também, 
determinante para a formação da 
microbiota.
’’
Há uma conexão entre o intestino e o 
sistema nervoso central. Um intestino 
saudável é propício para as funções 
normais do sistema nervoso, e este, por 
sua vez, influencia a fisiologia do trato 
intestinal. Essa interação complexa e 
bidirecional assegura a homeostase 
intestinal e um processo digestório 
adequado.
Pode ocorrer um supercrescimento 
bacteriano no intestino delgado, 
relacionado a alteração do status 
nutricional na absorção de ferro, B12, ácido 
fólico e vitaminas lipossolúveis. Isso ocorre 
devido a mudança do padrão intestinal, 
e pode levar a distensão abdominal, 
hipersensibilidade visceral e perda de peso 
não intencional.
Eixo intestino-cérebro19:44
Nutrição e inflamação - Parte I
A nutrição é vista como uma estratégia não 
farmacológica capaz de prevenir e reduzir a 
inflamação sistêmica. As estratégias tem o 
objetivo de modular a função imunológica, 
controlar adiposidade corporal e restaurar a 
microbiota intestinal. 
Estudos experimentais e clínicos têm 
destacado uma série de nutrientes que são 
capazes de restaurar a função imunológica:
25:11
24
Vitaminas do complexo B: servem como 
intermediáriospara a síntese de DNA e 
RNA, neurotransmissores, bainha de mielina 
e fosfolipídios de membrana. Promove 
a diminuição de homocisteína, controle 
dos níveis de B-amilóide e fosforilação da 
proteína TAU;
Vitaminas do complexo D: é capaz de 
interagir em três fatores promotores de 
inflamação, imunossenescência, adiposidade 
e microbiota intestinal.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Como as alterações na microbiota 
intestinal podem afetar a saúde?
AULA 3 • PARTE 2
Nutrição e inflamação - Parte II
Continuação dos nutrientes que são capazes 
de restaurar a função imunológica:
 
Ácidos graxos poli-insaturados: estão 
envolvidos em duas vias associadas ao 
processo inflamatório. O Ômega 6 tem 
atividade pró-inflamatória enquanto o 
Ômega 3 tem atividade anti-inflamatória;
Antioxidantes: as vitaminas C e E, complexo 
B, zinco, selênio e fitoquímicos são nutrientes 
com poder antioxidante;
Aminoácidos: desempenham um 
importante papel na resposta imune através 
da regulação das células de defesa, na 
modulação do estresse oxidativo e na 
produção de anticorpos.
Alguns compostos da microbiota são:
• Probióticos: microrganismos vivos, que 
quando administrados em quantidades 
adequadas, conferem benefícios à saúde 
do hospedeiro;
00:25
02:31 ‘‘A inflamação promove um 
aumento do estresse oxidativo, 
e o estresse oxidativo por si 
só também contribui para a 
inflamação.
’’
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.
25
• Prebióticos: substratos que são 
seletivamente utilizados pelos 
microrganismos do hospedeiro 
conferindo benefícios à saúde;
• Posbióticos: compostos solúveis 
derivados de probióticos;
• Simbióticos: misturas sinergísticas de pro 
e prébioticos;
• Paraprobióticos: microrganismos não 
viáveis;
• Gerobióticos: cepas e seus derivados 
posbióticos ou parabióticos que são 
capazes de atenuar os mecanismos 
fundamentais do envelhecimento;
• Imunobióticos: cepas capazes de regular 
beneficamente o sistema imune;
• Psicobióticos: cepas bacterianas que 
modulam o eixo intestino-cérebro.
Effects of microbiota-driven therapy 
on inflammatory responses in 
elderly individuals: A systematic 
review and meta-analysis 
Esta revisão sistemática e meta-análise 
foram desenhadas para avaliar os efeitos 
da terapia orientada pela microbiota sobre 
marcadores inflamatórios em idosos. O 
artigo pode ser acessado neste link.
LEITURA INDICADA
14:43
17:28
FODMAPs: São carboidratos não 
digeridos pelo organismo que podem 
causar gases e distensão abdominal.
PALAVRA-CHAVE
Nutrição e adiposidade - Parte I
Dietas de baixa carga glicêmica, que 
permitem uma digestão e absorção 
mais lentas, podem ajudar a controlar a 
hiperglicemia. A inclusão de alimentos 
integrais reduz os níveis de glicose no sangue 
e aumenta a presença de antioxidantes, 
resultando na redução do estresse oxidativo, 
da liberação de citocinas e da resistência à 
insulina. Além da obesidade, a desnutrição 
é uma condição altamente prevalente em 
pessoas idosas e representa uma sobrecarga 
para os sistemas de saúde, sociais e de 
assistência.
Alguns dos fatores de risco de desnutrição 
em idosos são:
• Problemas para se alimentar (perda de 
apetite ou dependência);
• Baixa função física;
• Autopercepção da saúde ruim;
• Hospitalização;
• Saúde oral comprometida;
• Perda de interesse na vida;
• Estado civil.
19:48
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30726266/
26
AULA 3 • PARTE 3
Nutrição e adiposidade - Parte II
Mais alguns dos fatores que são estudados, 
mas não ainda apresentaram comprovação 
de risco de desnutrição em idosos são:
• Estilo de vida;
• Fatores psicológicos;
• Fatores socioeconômicos;
• Polifarmácia e medicamentos específicos;
• Disfagias;
• Comprometimento cognitivo;
• Depressão;
• Constipação.
A triagem de risco nutricional serve para 
avaliar quando é necessária uma intervenção 
e monitoramento de indivíduos que 
procuram serviços de saúde. Ela deve ocorrer 
de 24 a 48 horas depois da internação do 
paciente em uma unidade de saúde para 
facilitar o tratamento precoce. 
00:25
04:06
Uma importante ferramenta para o 
profissional da Nutrição que atua sobretudo 
na área clínica, onde rotinas diferenciadas 
adotadas em unidades de saúde têm gerado 
limitações e problemas. Pode ser acessado 
neste link. 
Livro: Sistematização do Cuidado 
de Nutrição
LEITURA INDICADA
09:30
Mini Avaliação Nutricional (MNA): 
É uma ferramenta de triagem e 
avaliação nutricional que pode ser 
utilizada para identificar pacientes 
idosos com risco de desnutrição.
PALAVRA-CHAVE
09:46 ‘‘A triagem de risco nutricional 
[...] não é um instrumento 
específico do nutricionista, qualquer 
profissional de saúde deve estar 
habilitado a fazer triagem.
’’
12:08
Polifarmácia: É um termo abrangente 
para descrever o uso simultâneo de 
vários medicamentos por um paciente 
para suas condições.
PALAVRA-CHAVE
https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf
27
Sarcopenia, má nutrição e 
fragilidade
Há uma sobreposição de conceitos entre 
sarcopenia (perda de massa muscular e 
força), má nutrição (associada a doenças, 
perda de peso, baixo IMC e perda de massa 
muscular) e fragilidade (síndrome), no 
entanto, uma não anula a outra e geralmente 
ocorrem simultaneamente.
A prevalência de sarcopenia tem grande 
variação dependendo da faixa etária, do 
sexo, do cenário clínico e da definição 
utilizada. Suas principais consequências são: 
• Aumento do risco de quedas e fraturas;
• Prejudica a capacidade de realizar 
atividades de vida diária;
• Está associada a doença cardíaca, 
doença respiratória e comprometimento 
cognitivo;
• Leva a distúrbios de mobilidade, 
contribuindo para a redução 
da qualidade de vida, perda de 
independência ou necessidade de 
cuidados de longo prazo ;
• Aumenta o risco de hospitalização e 
aumenta o custo dos cuidados durante a 
hospitalização.
Fragilidade é o aumento da vulnerabilidade 
para o desenvolvimento de dependência e/
ou morte do indivíduo, quando exposto a um 
estressor. É uma síndrome multidimensional 
que envolve fatores biológicos, físicos, 
cognitivos, sociais, econômicos e ambientais.
16:02
Sarcopenia: revised European 
consensus on definition and 
diagnosis 
Em 2010, o Grupo de Trabalho Europeu 
sobre Sarcopenia em Pessoas Idosas 
(EWGSOP) publicou uma definição de 
sarcopenia que visava promover avanços na 
identificação e cuidados de pessoas com a 
condição. O artigo pode ser acessado neste 
link. 
LEITURA INDICADA
18:53
27:04
Bioimpedância: É um exame 
destinado à avaliação da composição 
corporal, que estima a massa 
magra, gordura, água, entre outros 
dados corporais que proporcionam 
informações mais precisas sobre o 
estado nutricional do paciente.
PALAVRA-CHAVE
Com o envelhecimento, ocorre a redução 
da taxa metabólica basal, a diminuição 
da massa magra corporal e o aumento da 
gordura corporal, que resultam na perda 
desproporcional do tecido metabolicamente 
ativo. O objetivo da terapia nutricional no 
idoso é fornecer quantidades adequadas de 
calorias, proteínas, micronutrientes e líquidos, 
a fim de atender aos requisitos nutricionais e, 
assim, manter ou melhorar o estado nutricional 
durante o processo de envelhecimento. Diversos 
estudos buscaram avaliar o tipo de alimentação 
mais adequado a fim de proporcionar redução 
de riscos cardiovasculares e cognitivos e 
propiciar uma nutrição que assegure o processo 
de envelhecimento saudável e com qualidade 
de vida.
Necessidades nutricionais 37:23
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30312372/
28
39:35
Diretriz elaborada pela BRASPEN, que aborda 
questões específicas sobre terapia nutricional 
no envelhecimento. Pode ser acessado neste 
link. 
Livro: Diretriz BRASPEN 
de terapia nutricional no 
envelhecimento
LEITURA INDICADA
Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento
BRASPEN J 2019; 34 (Supl 3):2-58
1
© 2019 Copyright: Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition.Todos os direitos reservados.
ISSN 2525-7374
3o SuplementoDiretrizes/2019
Brazilian Society of Parenteral 
and Enteral Nutrition
BRASPEN
JOURNAL
DIRETRIZ BRASPEN DE TERAPIA NUTRICIONAL 
NO ENVELHECIMENTO
Thiago José Martins Gonçalves, Lilian Mika Horie, Sandra Elisa Adami Batista Gonçalves, Michele Kelly Bacchi, 
Marisa Chiconelli Bailer, Thiago Gonzalez Barbosa-Silva, Ana Paula Noronha Barrére, Priscilla Alves Barreto, 
Leticia Fuganti Campos, Glaucia Cristina de Campos, Melina Gouveia Castro, Rosa Maria Gaudioso Celano, 
Guilherme Duprat Ceniccola, Maria Carolina Gonçalves Dias, Maria Emilia de Souza Fabre, Elci Almeida Fernandes, 
Flavia Lopes Fonseca, Ivens Willians Silva Giacomassi, Guilherme de Vieira Giorelli, Silvia Teresa Sartoretto Giorelli,
M. Cristina Gonzalez, Cristiane Almeida Hanashiro, Ana Paula Marques Honório, Simone Tamae Kikuchi, Fátima Lago, 
Claudia Cristiany Garcia Lopes, Liane Brescovici Nunes de Matos, Claudia Satiko Takemura Matsuba, 
Adriano Antonio Mehl, Andrea Z Pereira, Silvia Maria Fraga Piovacari, Patricia Ramos, Lizandra Traldi Mendonça Sanches,
Tatiana Scacchetti, Silmara Scontre, Nara Lucia Andrade Lopes Segadilha, Mayumi Shima, Luana Cristina de Almeida Silva, 
Diogo Oliveira Toledo, Denise Philomene Joseph van Aanholt, Diana Borges Dock-Nascimento
Esse conceito de dieta originou-se no Estudo 
dos Sete Países iniciado por Ancel Keys na 
década de 1950. Neste estudo, Ancel Keys 
constatou que, globalmente, existia uma 
associação entre o consumo de gordura e 
a mortalidade por DCV, sendo o risco tanto 
maior quanto mais elevado fosse o consumo 
de gordura. Mas as populações que viviam 
na Bacia do Mediterrâneo constituíam uma 
exceção, apresentando baixa mortalidade 
por DCV, apesar do seu elevado consumo 
de gordura. Segundo Keys, estes resultados 
devem-se ao tipo de gordura consumida 
que, nestas populações, era sobretudo 
gordura insaturada, proveniente da ingestão 
de azeite. 
Apenas em 1999 apareceu a primeira 
evidência clínica apoiando os benefícios da 
dieta Mediterrânea, apontando que, após 
46 meses de pesquisa, os indivíduos que 
consumiram uma dieta “tipo mediterrânea” 
tiveram redução de 50 a 70% na incidência 
de eventos coronarianos e de mortalidade 
total.
Dieta Mediterrânea - Parte I 43:29
https://www.braspen.org/_files/ugd/a8daef_13e9ef81b44e4f66be32ec79c4b0fbab.pdf
29
AULA 3 • PARTE 4
A pirâmide alimentar da Dieta Mediterrânea 
não representa apenas um padrão alimentar 
mas sim, um estilo de vida no qual são 
incluídos elementos como preferência 
por alimentos frescos, locais e da estação, 
moderação no tamanho das porções, 
prática de 4-5 refeições diárias, socialização 
e convívio durante as refeições e prática 
regular de atividade física. Então, além das 
características alimentares e nutricionais, 
o conceito de Dieta Mediterrânea 
engloba ainda aspetos como o convívio, 
a socialização, a biodiversidade e a 
sazonalidade.
Seus principais benefícios para a saúde são:
• Redução das concentrações plasmáticas 
de colesterol;
• Redução dos marcadores inflamatórios;
• Redução da pressão arterial em 
hipertensos e prevenção de HAS em 
normotensos;
• Melhora no processo de coagulação 
sanguínea e da função endotelial;
• Diminuição da incidência de doenças 
neurodegenerativas (Alzheimer e 
Parkinson);
• Redução do risco da mortalidade geral;
• Proteção contra a lesão oxidativa das 
lipoproteínas de baixa densidade (LDL);
• Melhora no perfil glicêmico;
• Redução na incidência de diabetes e de 
síndrome metabólica.
Dieta Mediterrânea - Parte II 00:25
Nutritional Components in Western 
Diet Versus Mediterranean Diet at 
the Gut Microbiota-Immune System 
Interplay. Implications for Health 
and Disease 
O objetivo desta revisão é determinar 
o papel regulador dos componentes 
nutricionais da dieta ocidental e dieta 
mediterrânea na interação da microbiota 
intestinal e do sistema imunológico, a 
fim de compreender e criar consciência 
sobre a influência da dieta sobre ambos os 
componentes principais. O artigo pode ser 
acessado neste link. 
LEITURA INDICADA
09:24
O propósito da criação da dieta DASH 
(Dietary Approach to Stop Hypertension) 
foi incorporar nutrientes com potencial 
efeito hipotensor, provenientes de 
alimentos comumente consumidos 
pela população e não de suplementos 
alimentares. Estudos demonstraram 
efeitos em níveis pressóricos, insuficiência 
cardíaca, desfechos cardiovasculares, 
redução do risco de câncer e doença renal 
crônica. Preconiza o consumo de frutas, 
verduras, legumes, produtos lácteos com 
baixo teor de gordura, cereais integrais, 
peixes, aves e nozes e incentiva restringir 
o consumo de carnes vermelhas e 
processadas, sódio e bebidas açucaradas.
Dieta DASH10:18
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33671569/
30
O efeito hipotensor decorre do padrão de 
dieta, mais do que de seus componentes 
individuais - alto teor de potássio, cálcio, 
magnésio e fibras, com quantidades 
reduzidas de colesterol e gordura total e 
saturada. 
A associação da dieta DASH com restrição 
de sódio resultou em redução na PA 
sistólica (PAS) de 11,5 mmHg nos indivíduos 
hipertensos e 7,1 mmHg nos normotensos, 
em comparação com a dieta com alto teor 
de sódio. Metanálises de ensaios clínicos 
randomizados confirmaram o efeito redutor 
na PA. Alguns estudos sugerem que a 
adesão à dieta DASH está associada a 
menor risco de acidente vascular encefálico 
(AVE), mortalidade cardiovascular e 
doença renal.
A dieta MIND (Mediterranean-DASH 
Intervention for Neurodegenerative Delay) é 
uma combinação entre a dieta Mediterrânea 
e a dieta DASH e tem como objetivo 
combater doenças neurodegenerativas, 
principalmente a Doença de Alzheimer.
É baseada no consumo diário de vegetais de 
folhas verdes, outros vegetais e nozes cinco 
vezes na semana, três porções por semana 
de feijões e grãos integrais, duas porções 
por semana de aves, mirtilo e frutas e uma 
porção na semana de peixe. 
Dieta MIND 15:23
Mediterranean-Dash Intervention for 
Neurodegenerative Delay (MIND) 
Diet Slows Cognitive Decline After 
Stroke 
Este estudo procurou determinar se a dieta 
MIND (um híbrido das dietas Mediterrânea 
e Dash, com modificações baseadas na 
ciência da nutrição e do cérebro) é eficaz 
na prevenção do declínio cognitivo após 
acidente vascular cerebral. O artigo pode ser 
acessado neste link. 
LEITURA INDICADA
16:51
19:31 ‘‘A melhor dieta é aquela que o 
paciente adere.
’’
As principais recomendações alimentares 
contidas no Guia alimentar para a população 
brasileira são: consumir comida de verdade, 
cozinhar mais, compartilhar as refeições e 
evitar alimentos ultraprocessados. 
Os alimentos podem ser divididos em 
grupos: 
In natura: são obtidos diretamente de 
plantas ou animais e não sofrem qualquer 
modificação após deixarem a natureza;
Recomendações populacionais 20:33
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31686099/
31
Minimamente processados: são alimentos 
in natura que passam por processos 
importantes como remoção de partes não 
comestíveis ou indesejáveis, fermentação, 
pasteurização ou congelamento, para 
chegarem com qualidade ao consumidor. As 
alterações são mínimas;
Ingredientes culinários processados: são 
extraídos de alimentos in natura ou outras 
fontes da natureza, sendo usados para 
temperar e cozinhar alimentos e criar 
preparações culinárias.
Processados: são alimentos in natura ou 
minimamente processados que recebem sal, 
açúcar, vinagre ou óleo para, principalmente, 
durar mais tempo. As técnicas de fabricação 
incluem cozimento, fermentação, salmoura, 
entre outros.
Ultraprocessados: são formulações 
industriais à base de ingredientes extraídos 
ou derivados de alimentos (óleos, gorduras, 
açúcar, amido modificado) ou, ainda, 
sintetizados em laboratório (corantes, 
aromatizantes, realçadores de sabor, etc.).
A recomendação de divisão ideal do prato é:
• 50% de vegetais crus e cozidos;
• 25% de proteínas (animal ou vegetal);
• 25% de carboidratos (de preferência 
integrais).
Os dez passos para uma alimentação 
adequada segundo o guiasão:
1. Fazer de alimentos in natura ou 
minimamente processados a base da 
alimentação;
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em 
pequenas quantidades ao temperar e 
cozinhar alimentos e criar preparações 
culinárias;
3. Limitar o consumo de alimentos 
processados;
4. Evitar o consumo de alimentos 
ultraprocessados;
21:01
É um documento oficial que aborda os 
princípios e as recomendações de uma 
alimentação adequada e saudável para a 
população brasileira, configurando-se como 
instrumento de apoio às ações de educação 
alimentar e nutricional no SUS e também em 
outros setores. Pode ser acessado neste link. 
Livro: Guia alimentar para a 
população brasileira
LEITURA INDICADA
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs
9 788533 421769
ISBN 978-85-334-2176-9 MiniStério da SaÚde
2ª edição
1ª reimpressão
Brasília — dF
2014 
Guia alimentar 
para a população 
Brasileira
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36:18
Tem como objetivo apresentar o Protocolo 
de Uso do Guia Alimentar para a População 
Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa 
Idosa como um instrumento de apoio à 
prática clínica no cuidado individual na 
Atenção Primária à Saúde (APS). Pode ser 
acessado neste link. 
Livro: Protocolo de uso do guia 
alimentar para a população 
brasileira na orientação alimentar 
da pessoa idosa
LEITURA INDICADA
FASCÍCULO 2 
PROTOCOLO DE USO DO GUIA ALIMENTAR
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DA
PESSOA IDOSA
Brasília – DF
2021
MINISTÉRIO DA SAÚDE
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo2.pdf
32
5. Comer com regularidade e atenção, em 
ambientes apropriados e, sempre que 
possível, com companhia;
6. Fazer compras em locais que ofertem 
variedades de alimentos in natura ou 
minimamente processados;
7. Desenvolver, exercitar e partilhar 
habilidades culinárias;
8. Planejar o uso do tempo para dar à 
alimentação o espaço que ela merece;
9. Dar preferência, quando fora de casa, 
a locais que servem refeições feitas na 
hora;
10. Ser crítico quando a informações, 
orientações e mensagens sobre 
alimentação veiculadas em propagandas 
comerciais.
33
Resumo da disciplina
Veja, nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina. 
AULA 1
AULA 2
AULA 3
A melhor dieta é aquela que o 
paciente consegue aderir.
O DNA mitocondrial é passado 
apenas pelos genes da mãe para os 
filhos e ocorre já no momento da 
fecundação.
A nutrição é vista como uma 
estratégia não farmacológica 
capaz de prevenir e reduzir a 
inflamação sistêmica. 
As principais recomendações 
alimentares contidas no Guia 
alimentar para a população 
brasileira são: consumir comida 
de verdade, cozinhar mais, 
compartilhar as refeições e evitar 
alimentos ultraprocessados.
À medida que o indivíduo vai 
envelhecendo as capacidades 
orgânicas vão diminuindo.
A Coenzima Q10 é produzida de 
forma endógena, principalmente no 
cérebro, coração, fígado e rins.
O envelhecimento deve ser tratado como 
um aspecto biológico, psicológico, social, 
deletério, intrínseco e progressivo. 
O envelhecimento por si só, 
independente de doenças associadas, 
gera no indivíduo o aumento de 
marcadores inflamatórios.
O inflamassoma está 
constantemente ativado durante o 
envelhecimento.
34
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.
Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização 
é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. 
Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online. 
A nota mínima para aprovação é 6. 
Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto 
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso. 
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. 
Avaliação
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	Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula.
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	Relembre os principais conceitos da disciplina.​
	Avaliação
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	Botão 73: 
	Botão 74: 
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	Botão 77: 
	Botão 78: 
	Botão 79: 
	Botão 80: 
	Botão 81:

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