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Aluna: Ana Luiza Gomes Rodrigues 
Matrícula: 1210200691 
 
O envelhecimento traz mudanças físicas, psicológicas e sociais ao longo 
da vida. Na meia-idade, um período de transição importante, as pessoas refletem 
sobre suas vidas, conquistas e frustrações. Segundo Erik Erikson, o conflito 
central nessa fase é "geratividade versus estagnação," onde o indivíduo busca 
deixar um legado por meio de filhos, trabalho ou contribuições sociais, ou, 
alternativamente, sente-se sem propósito. Esse período é fundamental para 
desenvolver a maturidade, equilibrando a aceitação dos limites da vida com a 
busca por novos projetos e desafios. 
À medida que se avança para a velhice, o ser humano entra em um novo 
estágio de desenvolvimento, caracterizado pelo conflito “integridade versus 
desesperança”, também abordado por Erikson. Nesse ponto, o idoso revisita 
suas experiências passadas e busca extrair sentido de sua trajetória. O bem-
estar psicológico nessa fase está fortemente relacionado à capacidade de 
reconhecer e aceitar as realizações e falhas da vida, uma visão que se alinha 
com o conceito de “efetividade positiva”, mencionado por Berger (2017), que 
destaca o aumento de uma visão de mundo mais positiva entre os idosos. Essa 
aceitação proporciona uma sensação de completude e paz com o passado, 
enquanto aqueles que não conseguem reconciliar suas experiências podem 
experimentar sentimentos de arrependimento e desesperança. 
O conceito do envelhecimento está intimamente ligado ao bem-estar 
psicológico na terceira idade. Envelhecer de maneira saudável está relacionado 
a manter vínculos sociais, participar de atividades significativas e adaptar-se às 
limitações físicas e cognitivas, preservando a autonomia sempre que possível. A 
forma como as categorias de idade é definidas também influencia esse processo, 
pois a visão social sobre os idosos frequentemente reforça estereótipos de 
fragilidade e inutilidade, o que pode dificultar o desenvolvimento de um 
envelhecimento saudável. No entanto, ao redefinir o papel do idoso na sociedade 
e promover uma perspectiva que valorize a sabedoria e a experiência de vida, é 
possível fortalecer o senso de pertencimento e propósito. 
O papel do psicólogo no auxílio a uma velhice saudável é fundamental, 
atuando no apoio à construção de uma identidade positiva, ajudando-o a 
desenvolver uma perspectiva significativa sobre sua trajetória de vida e a lidar 
com as perdas e limitações inevitáveis do envelhecimento. Além disso, o 
psicólogo pode facilitar o enfrentamento de questões emocionais que surgem 
com a transição para a velhice, como a solidão, o luto e a adaptação às 
mudanças corporais e sociais. Intervenções psicológicas, como a terapia 
cognitivo-comportamental e a terapia reminiscente, podem ajudar a fortalecer a 
autoestima, reduzir a ansiedade e promover uma sensação de bem-estar. 
Dessa forma, o processo de envelhecimento é complexo e exige um olhar 
atento sobre as diversas dimensões da vida. A maturidade e o bem-estar 
psicológico do idoso dependem da capacidade de aceitar o passado, manter um 
equilíbrio entre o que pode ser mudado e o que deve ser aceito, além de 
preservar a busca por novos interesses e prazeres. O psicólogo, nesse contexto, 
desempenha um papel fundamental no apoio ao idoso, ajudando-o a construir 
uma narrativa positiva e significativa sobre sua existência, contribuindo assim 
para uma velhice plena e saudável. 
 
Referência Bibliográfica 
BERGER, K. S. O desenvolvimento da pessoa: do nascimento à 
terceira idade. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
RISUENHO MARQUES DA SILVA, I.; VIEIRA RIBEIRO, M. B.; 
DAMASCENO FARIA, A. G. A importância da atuação da Psicologia em face ao 
desenvolvimento saudável do idoso e combate ao idadismo: revisão de 
literatura. Oikos: Família e Sociedade em Debate. [S. l.], v. 34, n. 2, 2023. DOI: 
10.31423/oikos.v34i2.15256. Disponível em: 
https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/15256. Acesso em: 16 out. 2024.

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