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<p>N1 HAM 2024.1 — VERSÃO SIMULADO</p><p>QUESTÕES OBJETIVAS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Um escolar, de 5 anos de idade, veio à consulta de</p><p>rotina trazido pela mãe. Esta relata que o filho vinha</p><p>com febre baixa, tosse e rinorreia há cerca de 3 dias, e</p><p>que, nas últimas 24 horas, passou a evoluir com</p><p>importante cansaço e tosse rouca. Ao exame físico,</p><p>apresenta sinais de desconforto respiratório</p><p>(retrações intercostais e de fúrculas leve) e estridor à</p><p>ausculta, mais predominantes em ápices pulmonares</p><p>e base do pescoço. O monitoramento mostrou FC = 89</p><p>bpm; FR = 32 iRPM e SatO2 = 90%. Após a avaliação, o</p><p>pediatra informou o diagnóstico à mãe e encaminhou</p><p>a criança para um serviço de pronto-atendimento.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta</p><p>terapêutica para esse paciente.</p><p>A) Dispositivo de oxigênio de baixo fluxo, corticoide</p><p>sistêmico e adrenalina inalatória.</p><p>B) Dispositivo de oxigênio de alto fluxo, corticoide</p><p>sistêmico e antibióticos.</p><p>C) Oxigenoterapia por cateter nasal, nebulização com</p><p>broncodilatador e observação.</p><p>D) Corticoide inalatório, suporte ventilatório não</p><p>invasivo e monitoramento.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Lactente, 12 meses de idade, 10 kg, com história de</p><p>febre (38°C) nos dois primeiros dias, persistindo com</p><p>coriza e congestão nasal, com duração de 4 dias,</p><p>associado a desconforto respiratório progressivo.</p><p>Apresentava diminuição da diurese nas últimas horas,</p><p>associado a recusa alimentar, e piora da dispneia</p><p>durante a amamentação. Ao dar entrada no pronto</p><p>atendimento, após realização dos passos iniciais da</p><p>avaliação primária, apresentava os seguintes sinais:</p><p>• Tax 36,5°C;</p><p>• Respiração rítmica, FR de 65 irpm, retrações</p><p>intercostais, subcostais, batimentos de asa nasal,</p><p>gemência, estertores crepitantes inspiratórios,</p><p>com sibilos expiratório, murmúrio vesicular</p><p>diminuído globalmente. Sat 89 % em ar ambiente;</p><p>• Enchimento capilar de 5 segundos, extremidades</p><p>frias e pálidas, desidratação leve, pulsos periféricos</p><p>e centrais fraco, regulares, FC de 180 bpm, bulhas</p><p>hipofonéticas com ritmo irregular – B3; PAS 81</p><p>mmHg e PAD 51 mmHg; hepatomegalia, com borda</p><p>hepática há 5cm do rebordo costal direito na linha</p><p>hemiclavicular direita;</p><p>• Pupilas isocóricas e fotorreagentes, Escala</p><p>Glasgow -13, pouco sonolento e Glicemia capilar de</p><p>81 mg/dl.</p><p>Com base na avaliação inicial, identifique a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Choque hipovolêmico leve. Proceder à</p><p>administração de soro glicosado a 5% por via</p><p>intravenosa e monitorar a diurese. O uso de diuréticos</p><p>não é necessário neste caso.</p><p>B) Choque hipoglicêmico. Administrar glicose</p><p>intravenosa a 10% para corrigir os níveis glicêmicos e</p><p>observar a resposta clínica antes de qualquer outra</p><p>intervenção.</p><p>C) Choque compensado, do tipo cardiogênico</p><p>(miocardite). Proceder abertura das vias aéreas,</p><p>oxigênio por máscara não-reinalante, acesso vascular</p><p>periférico ou intraósseo e expansão com SF 0,9%. Uso</p><p>de droga vasoativa continua e furosemida.</p><p>D) Choque anafilático. Iniciar administração de</p><p>adrenalina intramuscular e manter o paciente em</p><p>posição supina para evitar complicações respiratórias.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Um estudante é chamado para avaliar um paciente de</p><p>18 meses trazido pelo SAMU com história de febre e</p><p>tosse, evoluindo nas últimas horas com dificuldade</p><p>respiratória importante. O paciente já está recebendo</p><p>oxigenioterapia e possui acesso venoso. Na avaliação</p><p>clínica, o paciente está em máscara não reinalante</p><p>com 15 L/min, com saturação de O2 de 88%,</p><p>apresentando retrações intercostais, subcostais e</p><p>supraesternais, letárgico e taquicardíaco. A ausculta</p><p>revela crepitações no hemitórax inferior direito.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a conduta</p><p>adequada para o paciente.</p><p>A) Manter oxigenoterapia e realizar hemograma</p><p>completo.</p><p>B) Iniciar antibióticos intravenosos e monitorar sinais</p><p>vitais.</p><p>C) Realizar toracocentese e administrar fluidos</p><p>intravenosos.</p><p>D) Preparar para intubação orotraqueal e iniciar</p><p>ventilação mecânica.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Um médico de plantão em um pronto-socorro infantil</p><p>é solicitado a avaliar um menino de 3 anos que</p><p>apresenta dificuldade respiratória aguda. Ao realizar a</p><p>avaliação inicial. observa-se que o paciente está</p><p>agitado, com taquipneia, tiragem intercostal e estridor</p><p>inspiratório. Além disso, há cianose perioral evidente.</p><p>Com base no Protocolo de Suporte Avançado de Vida</p><p>em Pediatria (PALS), trata-se de:</p><p>A) Derrame pleural.</p><p>B) Obstrução de vias aéreas superiores.</p><p>C) Broncoconstrição (Crise aguda de asma)</p><p>D) Pneumonia.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Uma criança, de 7 anos foi levada ao pronto-socorro</p><p>com vômitos e diarreia. Segundo os genitores o</p><p>quadro começou há 4 dias, e hoje a criança está muito</p><p>sedenta. A equipe de emergência aferiu os seguintes</p><p>sinais vitais: pressão arterial 105x68 mmHg (percentil</p><p>48 para esta criança), frequência cardíaca 142 bpm. A</p><p>equipe identificou ainda baixo débito urinário, tempo</p><p>de enchimento capilar de 4 segundos e pele fria.</p><p>Considerando o caso acima, é correto afirmar que:</p><p>A) Oligúria leve sem sinais de choque; observar a</p><p>hidratação oral.</p><p>B) A oligúria e o tempo de enchimento capilar</p><p>retardado são mecanismos compensatórios</p><p>cardiovasculares que indicam presença de choque.</p><p>C) Choque hipovolêmico severo; iniciar transfusão de</p><p>sangue imediatamente.</p><p>D) Desidratação leve; prescrever soro oral para</p><p>reidratação domiciliar.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Um recém-nascido, de 36 semanas, estava hipotônico</p><p>logo após o parto e foi levado à mesa de reanimação</p><p>após não haver melhora com estímulos no dorso. O</p><p>médico que o atende o monitorizou, colocou-o sob</p><p>uma fonte de calor radiante, desprezou campos</p><p>úmidos, secou o corpo e fontanelas e manteve vias</p><p>aéreas pérvias. Após estes passos, com cerca de um</p><p>minuto de vida, o paciente apresenta-se normotônico,</p><p>com frequência cardíaca de 110 batimentos por</p><p>minuto e saturação periférica de oxigênio igual a 78%,</p><p>respirando regularmente.</p><p>Qual alternativa indica os próximos passos que a</p><p>equipe deverá tomar?</p><p>A) Iniciar ventilação com pressão positiva se a</p><p>saturação não melhorar.</p><p>B) Monitorar a frequência cardíaca e preparar para</p><p>reanimação se necessário.</p><p>C) A equipe deverá levar o RN de volta ao contato com</p><p>a parturiente, mantendo normotermia e mantendo as</p><p>vias aéreas pérvias, avaliando a vitalidade</p><p>continuamente.</p><p>D) Avaliar a necessidade de administração de glicose</p><p>intravenosa devido à bradicardia.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Lactente, de 10 meses, do sexo masculino, é levado</p><p>pela mãe à emergência com quadro de vômitos e</p><p>diarreia, sem sangue ou muco, há 72 horas. A mãe</p><p>relata vários episódios nas últimas 8 horas, com baixa</p><p>aceitação de líquidos e alimentos pela via oral. Ela</p><p>relata que, nesta data, a criança evoluiu com</p><p>prostração importante. Ao exame físico, o paciente</p><p>encontra-se letárgico, com olhos encovados, mucosas</p><p>secas, frequência cardíaca de 165 bpm, pulsos</p><p>periféricos filiformes, extremidades frias e moteadas,</p><p>frequência respiratória elevada e sem esforço</p><p>respiratório. A ausculta respiratória não apresenta</p><p>alterações.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o provável</p><p>diagnóstico e a conduta adequada para o paciente.</p><p>A) Choque hipovolêmico, solicitar tipagem sanguínea</p><p>para iniciar transfusão imediata.</p><p>B) Choque hipovolêmico, iniciar reposição volêmica</p><p>venosa.</p><p>C) Choque anafilático, administrar adrenalina IM em</p><p>vasto lateral da coxa a 0,01 mg/kg.</p><p>D) Choque cardiogênico, iniciar reposição volêmica e</p><p>inotrópicos.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Um médico de plantão na sala de parto presta</p><p>assistência à um recém-nascido (RN) a termo de 38</p><p>semanas com líquido amniótico meconial espesso. Na</p><p>avaliação do RN observa apneia, respiração irregular e</p><p>frequência cardíaca de 90 bpm. O profissional o leva</p><p>imediatamente à mesa de reanimação sob fonte de</p><p>calor radiante e realiza os passos iniciais do cuidado</p><p>ao bebê. Não há qualquer melhora, o bebê mantém o</p><p>quadro descrito.</p><p>Qual a conduta a ser realizada na sequência do</p><p>atendimento?</p><p>A) Iniciar massagem cardíaca</p><p>imediatamente, sem</p><p>realizar ventilação com pressão positiva, pois a</p><p>frequência cardíaca está abaixo de 100 bpm.</p><p>B) Administrar oxigênio a 100% com máscara facial,</p><p>independentemente da idade gestacional do recém-</p><p>nascido.</p><p>C) Ventilação com pressão positiva com máscara</p><p>facial e ar ambiente que precisa de iniciada dentro dos</p><p>primeiros 60 segundos de vida.</p><p>D) Realizar intubação traqueal imediatamente após a</p><p>avaliação inicial, sem tentar ventilação com pressão</p><p>positiva.</p><p>QUESTÕES DISCURSIVAS</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Um médico de plantão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atende uma criança, de 3 anos, trazida pelos</p><p>pais com desconforto respiratório de início há 6 horas. A criança apresenta tosse seca e estridulosa persistente e o</p><p>estridor laríngeo é audível tanto em repouso quanto em agitação. Durante a avaliação inicial, observa-se que a</p><p>criança está agitada, com frequência cardíaca de 150 bpm, frequência respiratória de 50 IRPM, saturação de</p><p>oxigênio de 92% em ar ambiente e com uso de musculatura acessória.</p><p>Explique a sequência das intervenções para garantir o tratamento adequado do desconforto respiratório da criança.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Criança de 6 anos, 25 kg, tem história de febre alta (39,6º C) há 4 dias e desconforto respiratório, com piora</p><p>progressiva. Mãe relata diminuição da diurese há 1 dia e dificuldade de alimentação, com piora da dispneia aos</p><p>esforços e vômitos ocasionais. Nega diarreia. Ao exame físico, a criança encontra-se em mau estado geral, pálida,</p><p>sonolenta, com saliva escassa. Frequência respiratória 70 irpm. Saturação de oxigênio de 88% em ar ambiente.</p><p>Murmúrio vesicular diminuído globalmente e crepitações em bases, bilateralmente. Tiragem intercostal e subcostal.</p><p>Batimento de asas do nariz. Ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. Frequência</p><p>cardíaca 178 bpm. Pressão arterial 70/40 mmHg. Pulsos centrais e periféricos finos. Pele fria e moteada. Tempo de</p><p>enchimento capilar 5 segundos. A radiografia simples de tórax apresenta velamento de bases pulmonares.</p><p>Explique o tipo de choque apresentado pela paciente.</p><p>Prova original com respostas comentadas; https://1drv.ms/b/s!AkGWe0ydJo-vgedfirGkMMKs5_iCqg?e=8aFkrb</p><p>https://1drv.ms/b/s!AkGWe0ydJo-vgedfirGkMMKs5_iCqg?e=8aFkrb</p>