Um paciente masculino, 65 anos, com histórico conhecido de hipertensão arterial, procura o pronto-socorro queixando-se de palpitações e dispneia leve aos esforços há cerca de 3 dias. Ele não consegue precisar o momento exato do início dos sintomas.
Ao exame físico, o paciente está consciente, orientado, afebril, com pressão arterial de 130/80 mmHg e saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente. A frequência cardíaca é de 135 bpm, com pulso arrítmico. A ausculta cardíaca revela bulhas arrítmicas normofonéticas, sem sopros. Não há sinais de hipoperfusão periférica, dor torácica anginosa, ou alteração do nível de consciência.
O eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações realizado na admissão demonstra ritmo ventricular irregular, ausência de ondas P definidas, e uma linha de base com atividade elétrica atrial desorganizada (ondas "f" ou "serrilhado fino"). Os complexos QRS são estreitos.
Diante deste quadro clínico e eletrocardiográfico, qual a conduta imediata mais apropriada para este paciente?
A
Realizar cardioversão elétrica sincronizada imediata com 120-200 Joules, devido à presença de sintomas (palpitações e dispneia) e à taquicardia.
B
Iniciar imediatamente a anticoagulação plena (ex: heparina) e o controle da frequência cardíaca (ex: com betabloqueador intravenoso), aguardando um ecocardiograma transesofágico (ECO TE) para avaliar a possibilidade de cardioversão eletiva futura.
C
Administrar amiodarona intravenosa para controle do ritmo, com o objetivo de reverter a arritmia o mais rápido possível, visto que é o antiarrítmico mais utilizado para este fim.
D
Observar o paciente em monitorização cardíaca e solicitar exames laboratoriais completos, pois ele está hemodinamicamente estável e não apresenta risco de vida iminente.