Prévia do material em texto
<p>estratégias de gestão de pessoas alternativas que são das para manter as empresas competitivas e lucrativas no o assédio moral organizacional é compreendido por Soboll (2017), nessa perspectiva, como forma de violência institucionalizada que cumpre a função de alertar todo 0 coletivo sobre a exigência de dedicação total e de obediência incondicional, sob ameaça de fracassos, sanções, humilhações e exclusões" (p. Linhart (2014) também aponta alguns artifícios aplicados pelos gestores para desestabilizar os trabalhadores e mantê-los em estado de excitação e de a eliminação de referências, rotinas, vínculos, por meio de mudanças frequentes, visando que os trabalhadores não se habituem nem aos chefes, nem aos colegas e nem às funções; o redesenho constante das funções exercidas e das competências exigidas, impondo aos trabalhadores a atuação sempre no limite das suas possibilidades e na busca contínua de superação de si e dos outros; estímulo à individualização objetivando a fragilização do coletivo, como também o ataque ao contraproducente poder de contestação e resistência dos grupos. Identificam-se prescrições que perseguem metas de produção sempre mais DO altas, focadas na excelência, com mínimo de recursos e condições para a exe- Há um confronto permanente, dilemas inconciliáveis e tensões exacerba- Revelam-se injunções paradoxais que não devem ser compreendidas como uma simples contradição de gestão. Estes aparentes contrassensos gerenciais são providenciais e comparecem como instrumentos eficazes para um melhor controle da classe trabalhadora. A gestão gerencialista visa cooptar o trabalhador, investindo em uma submis- são livremente consentida. O controle rígido e onipresente da supervisão cede lugar ao controle exercido pelos pares e clientes e, sobretudo, pelo próprio sujeito. Os gestores preferem a sedução à repressão, a incitação à obrigatoriedade, a adesão à imposição, lançando mão de estratégias mais sutis, mas não menos poderosas para o alcance dos objetivos organizacionais e nem menos danosas para a saúde do trabalhador (Gaulejac, 2007). É cobrado do trabalhador comprometimento, engajamento, envolvimento (Dias 2019). Como um jogo de sedução da organização, na tentativa de conquistar vinculos afetivos do sujeito trabalhador, é instaurado um discurso para manter 0 essa convencendo o trabalhador da sua condição de venda de força 475</p>