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Universidade Estácio de Sá Santa Cruz- RJ Projeto de Extensão - Ética e Direitos Humanos na Construção da Autonomia Nome dos discentes Abigail Nascimento Pinho - 201904070388 Bruna Aparecida P. A. Da Silva - 201901118771 Lindéia Lemes R. M. - 201903306507 Lidiane de Abreu dos Santos - 201908540486 Luiza Teixeira Braz e Silva - 202001565736 Monique G. Jacob de Oliveira - 201903556074 Roberta Matos Simas - 201903335329 Silvana Castro de Matos - 201808021339 Vinícius Henrique V. Lins e Castro - 201909138193 Professora orientadora: Kelly Conceição Cardoso 2024 Rio de Janeiro/RJ DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO 1. Identificação das partes envolvidas e parceiros O projeto de extensão acadêmica abrange a Instituição Doce Morada, localizada na Avenida Antares, número 2918, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro - RJ. Trata-se de uma instituição de acolhimento à meninas adolescentes, na faixa etária de 12 a 17 anos. O abrigo comporta a capacidade máxima de 20 meninas, contendo atualmente 16 meninas. Estas são inseridas a está instituição por demanda judicial juntamente com o Conselho Tutelar, decorrente de vulnerabilidade social e outras questões de ordem familiar que envolvem o bem-estar e segurança dessas adolescentes. A instituição é composta por uma equipe técnica onde atuam: uma Psicóloga, uma Assistente Social, x Educadores sociais, x Auxiliar de Serviço Gerais. Convém ressaltar que a instituição acolhedora possui convênio com a Prefeitura do Rio de Janeiro e parcerias com voluntários que viabilizam uma prática dinâmica de atividades como oficinas e outros que corroboram para o aprendizado, aperfeiçoamento e desenvolvimento sócio – afetivo. Há também o engajamento em projetos fora da instituição como o Jovem Aprendiz, além da inclusão na rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Com relação a saúde das adolescentes, tem o acesso aos serviços da Clínica da Família próxima da instituição, onde realizam o acompanhamento. Este projeto de extensão universitário realizado no campus Santa Cruz pela Universidade Estácio De Sá conta com a participação de 10 discentes do curso de Psicologia, sob a orientação da disciplina extensionista Psicologia, Ética e direitos humanos, ministrada pela professora Kelly Conceição Cardoso, onde torna a experiência acadêmica dinâmica e enriquecedora, na medida em que viabiliza a interação teórica e prática, ampliando a visão acadêmica e favorecendo o processo ensino – aprendizagem, contribuindo assim para a futura atuação profissional e intervindo juntamente à instituição de forma ética e positiva, impactando os indivíduos alcançados por este projeto. 2. Demandas e ou situações-problema identificados A psicóloga do abrigo institucional destacou pontos relevantes relacionados à questões de: identidade, autoestima, autoafirmação e orientação sexual. Este dilema em relação aos temas citados acima se evidenciam na rotina das adolescentes, à medida em que apresentam dificuldade em tratar o assunto, verbalizar sobre o mesmo, gerando um impasse significativo que interfere na constituição enquanto indivíduo. Temos como consequência relevante o impacto nas interações sociais, uma vez que o indivíduo ainda em formação, pode sofrer influências e afetar o comportamento, pois a relação do ser com a sua identidade e auto estima contribui significativamente na forma como reagirá às circunstâncias da vida, abrangendo sua vivência na instituição e nos demais territórios de atuação deste como cidadão, visto que este precisará se reconhecer como tal, sua subjetividade, singularidade, sua identidade. O esforço conjunto entre as partes envolvidas busca promover um ambiente conscientizado na formação da identidade deste público alvo pertencente a esta instituição e incluso neste projeto, visando sua participação efetiva e autêntica no que tange a autonomia. Considerando a ética que rege não apenas este projeto, mas toda nossa conduta enquanto universitário e indivíduo, nos cabe possibilitar uma prática/teórica dinâmica, e não diretiva, intervindo junto a instituição, por meio de estratégias envolvendo o público participante, o qual tem a responsabilidade e autonomia em sua história de vida, bem como possíveis mudanças/ intervenções. 3. Demanda sociocomunitária e motivação acadêmica A demanda levantada no grupo de adolescentes se faz importante à intervenção a ser realizada por nosso grupo acadêmico pois de acordo com a mesma buscaremos então desenvolver as ações necessárias para alcançar o objetivo deste nosso projeto, que é a aprendizagem e a aplicação de nossos conhecimentos acadêmicos em prol da resolução desta demanda real a ser trabalhada A realidade do adolescente em situação de risco e vulnerabilidade é ainda um desafio a ser enfrentado pela sociedade. Exploração infantil, maus-tratos, negligência, abandono e agressão sexual são fatores nocivos ao bem-estar e à integridade física e psicológica quando se trata de pessoas que estão em fase de infância e adolescência. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu capítulo III, afirma que toda criança ou adolescente tem o direito de criar-se e educar-se no âmbito familiar e, excepcionalmente, em família substituta, quando a família biológica não oferecer condições dignas que assegure um desenvolvimento adequado, com acesso a moradia, afeto, educação, lazer e alimentação. Estigmatizar é atribuir características particulares a pessoas ou grupos sociais que não seguem um padrão cultural ou social considerado como referência, o que provoca, dentre outros fatores, a exclusão, a estereotiparão, os preconceitos, além de rótulos e marcas sociais atribuídos para diferenciar o “normal” do que não é normal e o “aceitável” do que não é aceitável .A pessoa que carrega um determinado estigma, além de conviver com as características que lhes são atribuídas, ainda lhe é demandado que se manifeste no mundo dentro desta identidade. Os indivíduos estigmatizados não são vistos como completamente humanos, fazendo parte de uma classe inferior, inacessível aos ditos normais”. Com isso, pessoas estigmatizadas são rotuladas a partir do momento em que sua história é revelada e, consequentemente, passam a ser excluídas, marginalizadas ou tratadas com preconceito. A visita do nosso grupo busca evidenciar as contribuições dos estigmas atribuídos ao adolescente em instituição. É ressaltar que o acolhimento institucional promove condição que envolve fatores sociais, psicológicos e jurídicos. Dessa forma, observa-se que, no abrigo, são construídos os vínculos, as referências, as subjetividades e os diálogos, além de serem elaborados significados para os sofrimentos e perdas que esses adolescentes apresentam. A partir do processo de abrigamento, percebem-se mudanças no comportamento dos adolescentes que passam por transformações significativas em suas vidas, fazendo de seus dias abrigados uma superação para cada obstáculo vencido. O grupo acadêmico referentes às temáticas do abrigamento, convivência e destituição do poder familiar mostram que, dentre os estigmas atribuídos as adolescentes que vivem em abrigos, estão déficits, como problemas de atenção, dificuldade de aprendizagem, carência afetiva, excesso de agressividade, dificuldade de expressão e dificuldade na formação de novos laços afetivos, inclusive no próprio espaço do abrigo. Objetivo acadêmico é trabalhar e desenvolver autoconscientização no que diz respeito à própria identidade psicossocial, tornando mais fortes, tendo em vista a superação de seus conflitos. Nesse sentido, Nosso trabalho observa e extrai sociocomunidade os elementos necessários para elaboração de um bom plano de intervenção, visando à integração das adolescentes com o meio social. É no âmbito familiar que criança e adolescente encontram referências para a construção da sua personalidade e buscam apoio para os desafios oferecidos pela vida. O Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) estabelece que é direito da criança e do adolescente a garantia de um convívio familiar e em comunidade, assegurado por bem-estar e condições dignas de vida. 4. Objetivos/resultados/efeitos a serem alcançados (em relação ao problema identificado e sob a perspectiva dos públicos envolvidos) O objetivo do nosso grupo acadêmico ao realizar este projeto de intervenção é alcançar as seguintes metas/propostas: 1- Identificar a demanda real do nosso público alvo (as adolescentes abrigadas); 2- Instrumentalizar a nossa forma de ação para alcançarmos os resultados esperados; 3- Discutir/debater com o nosso público alvo quais as soluções poderemos buscar para sanar as fragilidades encontradas. 5. Referencial teórico (subsídio teórico para propositura de ações da extensão) Este presente projeto tem como marco teórico, o Desenvolvimento Humano na adolescência feminina, sobre o questionamento de: autoconfiança, autoestima, autoconhecimento e sexualidade. Essa teoria é desenvolvida a partir de uma visita a Instituição Doce Morada. Com relatos de funcionários e adolescentes de 12 a 17 anos. A adolescência é compreendida na sociedade a partir da circulação de discursos que abordam este fenômeno como um período atravessado por crises de identidade, familiar, nos relacionamentos afetivos, etc. Sendo designado, no uso senso comum, com o período da “aborrescência”. Não se contesta a possibilidade da presença destas características entre adolescentes, porém, pode-se dizer que todo processo de constituição do sujeito acarreta em transformações biológicas, psíquicas e sociais, gerando conflitos e dúvidas, que são, importantes no nosso desenvolvimento. Nesse sentido, a adolescência corresponde a um período de descoberta de si, curiosidades por novas experiências, caracterizada pela necessidade de integração social, pela busca da independência individual, do desenvolvimento da personalidade e definição sexual (Erikson, 1976) sendo esses períodos marcados por mudanças significativas. Construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência, o passo crucial da transformação. É partindo do princípio que o autoconhecimento é fundamental para nosso bem-estar e felicidade, isso significa que precisamos nos esforçar. Nos esforçar para termos um autoconhecimento e para retomarmos o controle da nossa vida. Poucos se dão conta de benefícios simples, mas muito importante para que o autoconhecimento pode proporcionar para a vida. Já a falta do autoconhecimento pode trazer graves consequências, tais como: envolver -se em relações abusivas, prejudicar o crescimento pessoal e profissional, desenvolver fobias, entre outros. Ao buscar compreender a adolescência com base nas explicações teóricas que orientam suas concepções ao longo do tempo, espera-se contribuir para uma discussão atualizada, que não se restrinja às fronteiras e características do adolescente, mas que considere as inter-relações dos recursos individuais e contextuais que promovem as trajetórias de desenvolvimento positivo. As teorias do desenvolvimento têm um papel bastante importante na história da Psicologia do adolescente. Ao longo do tempo, teóricos dessa área se preocupavam com a sistemática do comportamento enfocando a descrição dessas mudanças em um outro aspecto particular ( ex: cognição e emoção), ou nas relações entre esses aspectos. As teorias baseadas nos pressupostos da Psicanálise de Sigmund Freud (1850-1939), não identificou a adolescência como fase distinta no desenvolvimento, apesar de considera-la crucial. Esta perspectiva preconizou a pessoa como dotada de um reservatório de impulsos biológicos básicos, identificando a emergência de determinado aspecto da sexualidade humana a cada fase distinta do ciclo vital. Assim, na adolescência, ocorre a reativação, na forma madura e genital, de vários impulsos sexuais e agressivos experimentados pela criança na fase inicial do seu desenvolvimento. A intelectualização é o mecanismo de defesa adotado pelo adolescente para lidar com sua revolta emocional conduzindo-o a mudar seus interesses das questões concretas do corpo para as questões mais abstratas, isentas de emoções. Logo, os conflitos da puberdade são considerados normais e até necessário ao seu funcionamento “adaptativo”, na sua busca por um novo sentido de personalidade e papel social. Jean Piaget, afirma que os comportamentos adolescentes, que geram preocupações nos adultos têm suas origens nas mudanças na sua forma de pensar, características do início dessa fase. Com o desenvolvimento do pensamento formal, por meio de assimilação e da acomodação de novas estruturas, o adolescente revela uma maneira própria de compreender a sua realidade e constrói sistemas filosóficos, éticos e políticos como tentativa de se adaptar e mudar o mundo. Ao perceber que as soluções baseadas no raciocínio não são possíveis, o adolescente adentra a idade adulta por meio da inserção na sociedade. Apesar das teorias clássicas descreverem as várias mudanças durante a adolescência, tendo como foco diferentes aspectos do indivíduo (sentimentos, cognições e interações), elas não foram suficientes para explicar o desenvolvimento nesta etapa do curso de vida. A perspectiva de curso de vida é uma orientação teórica que propõe a identificação dos estágios de vida (infância, adolescência, fase adulta e velhice). Construir uma identidade para Erikson (1972), implica definir quem a pessoa é, e quais são os seus valores e quais direções deseja seguir pela vida. Ele entende que a identidade é uma concepção bem organizada do ego, com os quais o indivíduo esta solidamente comprometido. Apesar dos avanços na compreensão da adolescência, ainda pode identificar uma tendência a caracterizar este período apenas como um momento no curso de vida, repleta de dificuldades, conflitos, alterações constante de humor e comportamento de risco. Grande parte dos estudos enfatiza situações de conflitos, tipicamente associadas a fase da descoberta da identidade. PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 1. Identificação do público participante O público alvo a ser trabalhado por nosso grupo acadêmico trata-se de meninas da faixa etária de 12 a 17 anos, abrigadas na instituição Doce Maria em Santa Cruz. Através da demanda judicial justamente com o conselho tutelar, devido a situação de vulnerabilidades de ordem familiar e outras questões que requer sigilo. Essas meninas estudam na rede pública de ensino, participam de projetos sócias, entre eles o jovem aprendiz, tem acesso a clínica da família, para cuidados com a saúde. Devido os problemas com seus familiares, poucas recebem visitas, embora haja essa alternativa; também tem momentos de lazer como passeios aos finais de semanas, visitas à igreja, entre outras questões que facilitam elas a terem uma vida social mais saudável. 2. Elaboração do plano de trabalho 3. Descrição da forma de envolvimento do público participante O nosso objetivo é que o nosso público alvo atue de forma totalmente participativa no nosso projeto. Para que isso ocorra, iremos inseri-lo em todas as etapas que compõem este projeto, isto é, as adolescentes serão participantes fundamentais no planejamento; desenvolvimento e avaliação do trabalho em questão a ser desenvolvido. De forma mais singularizada citaremos aqui como se dará essa participação que contará essencialmente com a análise e a orientação da professora Kelly nos relatos dos nossos encontros com o nosso público alvo (as adolescentes). Na etapa do ‘planejamento’ as adolescentes nos ajudarão a criar o ‘norte’ do nosso projeto, ou seja, nessa etapa a participação delas será crucial para montarmos o foco (o objetivo) do nosso trabalho. A viabilidade da identificação das demandas levantadas por elas é a base fundamental desta etapa, isto é, para o ‘planejamento’ em si. O rapport e o bom acolhimento por parte do nosso grupo acadêmico serão integrantes essenciais neste processo.Na etapa do ‘desenvolvimento’, as adolescentes atuarão de forma primordial, a fim de tornarem executáveis todas as nossas ações, ou seja, elas participarão ativamente das atividades propostas na nossa tabela de ‘plano de trabalho’ que conta com: ‘rodas de conversa’; ‘palestras’; ‘debates’; ‘oficinas de arte’, ‘dinâmicas’, etc. Procuraremos usar estratégias que as motivem a participar prontamente desta etapa, como por exemplo: lanches e lembrancinhas. Essas ações (do ‘plano de trabalho’) têm o objetivo de fazê-las despertarem para o real significado do que é ‘ética e direitos humanos’ na construção da autonomia. Na etapa da ‘avaliação’ as participantes (as adolescentes) servirão como ‘peças-chave’ para a conclusão deste trabalho pois será através da análise delas que poderemos identificar se alcançamos, de fato, o objetivo pretendido e as metas aqui propostas. Essa avaliação por parte delas se dará de maneira interativa, ou seja, elas nos apontarão, através de conversa (debate), quais os resultados observados (obtidos) bem como a (possível) perspectiva de um novo olhar para as suas vidas hoje no que se refere à busca de autonomia. 4. Cronograma Ética e Direitos Humanos na Construção da Autonomia Inicio: 08/04/2024 –Termino: 00/00/00 Etapas Março Abril Maio Junho Construção da equipe de trabalho X Escolha da Instituição X Elaboração da carta de apresentação X Primeira visita a instituição X Elaboração da carta de autorização X Reunião do grupo e divisão do projeto X Elaboração da primeira parte do projeto X Elaboração dos temas da roda de conversa X Roda de conversa efetuada na instituição X Apresentação em sala de aula X Entrega do Projeto Impresso X Entrega do projeto no SAVA X 5. Descrição da atuação da equipe de trabalho Para o projeto a equipe de trabalho é composta pelos nove discentes do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá em Santa Cruz, estando sob orientação da professora Kelly Conceição Cardoso, cada membro da equipe contribuirá de maneira única e colaborativa para alcançar os objetivos do projeto. Todos em igual comprometimento e empenhados na realização bem-sucedida do projeto, contribuindo com suas habilidades e conhecimentos específicos para alcançar os objetivos propostos. A equipe trabalhará de forma integrada e colaborativa onde, embora para efeitos de organização temos as descrições das responsabilidades principais de cada um, seguiremos ajudando um ao outro e garantindo que todas as etapas do projeto sejam realizadas de maneira eficaz e assegurando que no dia do evento o foco seja contribuir para o crescimento e desenvolvimento, assim como esclarecimento das meninas residentes na instituição. Abigail Nascimento: Liderando a equipe, garantindo a execução das atividades, dirigindo a roda de conversa e demais atividades realizadas no dia do evento na instituição. Monique G. Jacob de Oliveira: Encarregada de auxiliar na coordenação e divisão de tarefas do projeto, bem como auxilio e revisão geral do projeto. Bruna Aparecida: Encarregada de auxiliar no direcionamento da roda de conversa e auxiliando na comunicação interna do grupo Luiza Teixeira Braz e Silva: Registro fotográfico e monitoramento avaliativo do projeto. Lidiane de Abreu dos Santos: Supervisionará a coleta de dados e avaliará o progresso do projeto, identificando indicadores de sucesso. Silvana Castro de Matos: Planejará e executará atividades culturais e dinâmicas no intuito de envolver as participantes no projeto Roberta Matos Simas: Responsável pela documentação do projeto, preparação de relatórios e registros para prestação de contas. Vinícius Henrique: Encarregado pela estruturação dos slides de apresentação, auxilio na comunicação e elaboração do projeto. Lindéia Lemes: Cuidará dos recursos materiais utilizados no dia do evento além da pesquisa e análise teórica do projeto. 6. Metas, critérios ou indicadores de avaliação do projeto A psicóloga do abrigo institucional destacou questões críticas relacionadas à identidade, autoestima, autoafirmação e orientação sexual das adolescentes abrigadas. Esses aspectos são essenciais para o desenvolvimento saudável, mas são frequentemente negligenciados ou mal compreendidos, resultando em dificuldades significativas na vida dessas jovens. Essas dificuldades se manifestam na incapacidade de discutir abertamente suas preocupações e sentimentos, o que afeta negativamente sua formação identitária e suas interações sociais. Uma identidade fragilizada pode levar a comportamentos influenciados por fatores externos negativos, comprometendo o desenvolvimento integral das adolescentes. · Meta 1: Fortalecer a Autoestima das Adolescentes - Critério: Implementação de grupos de apoio para discutir autoestima e autoimagem. - Indicadores: Frequência e regularidade das participantes nos grupos de apoio. Escalas de autoestima aplicadas regularmente indicam aumento médio positivo nos escores ao longo do tempo. · Meta 2: Incentivar a Autoafirmação e a Expressão das Adolescentes - Critério: Desenvolvimento de atividades que incentivem a expressão pessoal, como escrita criativa, arte e teatro, e criação de um ambiente seguro para discussões abertas sobre sentimentos e experiências. - Indicadores: Quantidade de produções criativas geradas e nível de engajamento nas atividades. Feedback qualitativo positivo das adolescentes sobre a segurança e abertura do ambiente. · Meta 3: Oferecer Orientação Sexual Adequada e Suporte - Critério: Condução de palestras educativas sobre orientação sexual e saúde reprodutiva, e disponibilização de aconselhamento individual com profissionais qualificados. - Indicadores: Participação nas palestras e nível de compreensão dos temas abordados, conforme medido por questionários pós-palestra. Número de sessões de aconselhamento realizadas e a satisfação das adolescentes com o suporte recebido. 6.2.Metodologia Diagnóstico Inicial Durante a fase inicial do projeto, foram realizadas entrevistas em grupos focais para identificar as necessidades específicas das adolescentes. Utilizamos questionários estruturados e semi-estruturados, além de técnicas de observação participante. A análise dos dados foi realizada por meio de métodos qualitativos e quantitativos, permitindo uma compreensão detalhada das dificuldades enfrentadas pelas jovens. ntervenção A intervenção foi composta por diversas atividades planejadas de acordo com os objetivos estabelecidos: 1. Atividades de Expressão Pessoal: Desenvolvemos atividades de escrita criativa, arte e teatro para incentivar a expressão pessoal das adolescentes. Essas atividades permitiram que as jovens explorassem e expressassem suas emoções de maneira construtiva. 2. . **Palestras Educativas**: Conduzimos palestras sobre orientação sexual e saúde reprodutiva, abordando temas como contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e direitos sexuais. Profissionais qualificados estiveram disponíveis para aconselhamento individual, oferecendo suporte personalizado às adolescentes. Avaliação A avaliação do impacto das intervenções foi realizada por meio de questionários pós-intervenção e entrevista. Utilizamos escalas de autoestima, questionários de percepção de identidade e satisfação, além de relatórios qualitativos para medir a eficácia das ações implementadas. A comparação dos dados pré e pós-intervenção permitiu identificar melhorias significativas nas áreas trabalhadas. A análise contínua dos dados coletados foi essencial para ajustar e refinar as intervenções, garantindo que o projeto atingisse seus objetivos de maneira eficaz. Assim, promovemos um desenvolvimento saudável e integral das adolescentes, impactando positivamente suas interações sociais e sua constituição enquanto indivíduos. 7. Recursos previstos Os recursos previstos para a elaboração deste projeto contaramcom os seguintes materiais: · 3 folhas de papel 40 quilos- utilizadas para a confecção dos cartazes apresentados no abrigo; · 2 folhas de papel EVA- utilizadas na confecção dos cartazes apresentados no abrigo; · 10 folhas de papel A4- utilizadas na realização da dinâmica com as adolescentes; · 1 pacote de bexigas (bolas) - utilizado na realização da dinâmica com as adolescentes; · 1 pacote de bala- utilizado para ser servido junto ao lanche oferecido às adolescentes; · Bolos e refrigerantes- Utilizados para serem servidos nos lanches oferecidos às adolescentes; · 1 datashow- para uso da apresentação do trabalho em sala de aula; · 1 notebook- para uso da apresentação dos slides do trabalho em sala de aula; · 1 sala de aula- utilizada para a apresentação do projeto. · X Kits de higiene bucal – distribuídos para as meninas do abrigo ENCERRAMENTO DO PROJETO 1. Relatório coletivo Socializar com a turma, de maneira documentada e no formato oral e escrito, todo o percurso de desenvolvimento do projeto. Em tal relatório deverá constar: o que foi inicialmente planejado, o que foi efetivamente executado, as dificuldades encontradas, os resultados alcançados e a avaliação dos públicos participantes. Ao apresentar essa etapa deve-se garantir que o produto escolhido para entrega seja pertinente à evidência da interação realizada entre as comunidades participantes. A entrega do relatório é obrigatória, ficando à critério do grupo a definição do formato. A apresentação da entrega coletiva deve ser feita em aula, de maneira a possibilitar o diálogo entre os grupos e a possibilitar a troca de experiências. 2.Relato de Experiência Individual Sistematizar, de forma escrita, as aprendizagens construídas. O relato precisará conter, obrigatoriamente: a) CONTEXTUALIZAÇÃO: explicitar a experiência/projeto vivido e contextualizar a sua participação no projeto; b) OBJETIVOS: apresentar de forma clara os objetivos da experiência; c) METODOLOGIA: descrever como a experiência foi vivenciada (local, sujeitos/públicos envolvidos, período e detalhamento das etapas da experiência); d) RESULTADOS E DISCUSSÃO: expectativa e o vivido; descrição do que foi observado na experiência; no que resultou a experiência; como você se sentiu? descobertas/aprendizagens, facilidades, dificuldades e recomendações caso necessário; e) REFLEXÃO APROFUNDADA: relatar a experiência vivida versus a teoria apresentada no relato coletivo. OBSERVAÇÃO: Exige-se que todo o processo de desenvolvimento do projeto de extensão seja documentado e registrado através de evidências fotográficas ou por vídeos, tendo em vista que o conjunto de evidências não apenas irá compor a comprovação da realização das atividades, para fins regulatórios, como também poderão ser usadas para exposição do projeto em mostras acadêmico-científicas e seminários de extensão a serem realizados pelas IES. image1.png