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201) 
Língua Portuguesa para CNJ 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637252
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637252
202) 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido do termo ‘provável’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935021
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já
tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro
relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa
hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas
certamente não requer linguagem.
Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935021
203) 
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque
ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a
capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido
de fato colocada em uso.
Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.
Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
O uso do advérbio “Obviamente” (segundo parágrafo) desempenha importante papel na argumentação
apresentada no texto, realçando uma informação que já é tomada como conhecimento geral.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010655
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010655
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
204) 
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o vocábulo “afinal” confere sentido conclusivo à oração que
introduz.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/88768
CEBRASPE (CESPE) - Cons Sub (TCE ES)/TCE ES/2012
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que tribunais regionais do trabalho utilizaram
indexadores de correção monetária e juros diferentes dos previstos na legislação para pagamentos de
passivos a servidores e juízes. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, instância de supervisão
administrativa dos tribunais trabalhistas, provocado pelo TCU, recalculou o montante devido desses
passivos, reduzindo o valor de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,2 bilhão, aproximadamente.
De acordo com o relatório, o valor total de R$ 1,5 bilhão já foi pago em duas parcelas (2010 e 2011).
Unidade técnica do TCU vai monitorar as providências adotadas pelos órgãos responsáveis para a
recomposição aos cofres públicos dos valores pagos indevidamente.
No relatório, identificou-se que os erros cometidos na quantificação e no registro dos passivos de
pessoal, em todo o país, se referiam a diferenças da conversão dos salários de unidade real de valor
(URV), a diferenças remuneratórias do recálculo da parcela autônoma de equivalência e a diferenças no
adicional de tempo de serviço que deveria ser pago entre janeiro de 2005 e maio de 2006. O montante
não inclui o valor referente ao cálculo do VPNI e a eventuais compensações nem possíveis valores pagos
acima do teto remuneratório constitucional.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/88768
205) 
O tribunal deu início à fiscalização em outros tribunais regionais apósconstatar passivos indevidos na
ordem de aproximadamente R$ 270 milhões em um desses órgãos do país. Nesse processo, determinou-
se a suspensão dos pagamentos até que os cálculos fossem revistos.
 
Internet: <http://portal2.tcu.gov.br> (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item subsequente.
O emprego do plural em “bilhões” e do singular em “bilhão” deve-se à presença dos numerais “2,4” e
“1,2”, respectivamente.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/143652
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE ES)/TCE ES/Auditoria Governamental/2012
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
Leis anticorrupção não andam
 
O Brasil é signatário de pelo menos quatro convenções internacionais que tratam do combate à
corrupção. No entanto, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, desperdiça cerca de R$ 7 bilhões
por ano com a perda de produtividade provocada por fraudes públicas, além de figurar entre os
principais países onde a corrupção é um empecilho para o crescimento. De acordo com a organização
não governamental Transparência Internacional, o país ocupa a 73.ª posição no quesito corrupção, entre
182 países. Um dos motivos apontados por especialistas para esse mau desempenho é a falta de leis
mais rígidas. Um levantamento da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção revela que aprová-
las não tem sido prioridade do Congresso Nacional.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/143652
206) 
 
A pesquisa mostra que, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, tramitam 139 projetos de lei
que tratam, em algum ponto, do enfrentamento da corrupção. A maior parte impõe punições mais
rigorosas para os corruptos, como o aumento de penas, a ampliação de prazos de prescrição e o
enquadramento dos ilícitos ligados à corrupção em crimes hediondos e inafiançáveis. No entanto, as
propostas estão paradas em comissões e no plenário à espera de um empurrão. Pelo menos dez projetos
aguardam votação há mais de uma década.
 
Correio Braziliense, 19/9/2012, p. 6 (com adaptações).
 
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.
 
Se o numeral ordinal “73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399844
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399844
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
Com relação à pontuação e às categorias semânticas em uso no texto 15A2-I, julgue o item
subsecutivo.
 
No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos” (início do último
parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências, introduz argumentos que assumem o mesmo
207) 
papel temático: o de paciente
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534067
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534067
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, no que diz respeito à sintaxe de orações e períodos no texto 8A1-I.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, a oração introduzida pela preposição “para” expressa
circunstância de finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883734
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883734
208) A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudançasmais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
209) 
No texto, a preposição “para”, em suas três ocorrências, veicula uma ideia de finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1692319
CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Nova Iorque já foi vista como uma das metrópoles mais perigosas do mundo. Em 1990, alcançou
seu pico de homicídios: 2.262 em um ano, média de 188 por mês. Mas esse cenário mudou, e a cidade
apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas nos EUA.
Uma das medidas adotadas pela prefeitura de Nova Iorque ficou conhecida como “janelas quebradas” e
previa o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo, para impedir uma espiral de violência
que levasse a crimes mais graves.
Para alguns observadores, entretanto, o modelo da “janela quebrada” foi superestimado. O mais
importante, dizem, foi identificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva. Foi possível
assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atuavam, onde se sabia que crimes iam ocorrer.
O ex-policial Tom Reppetto sugere que essas áreas tenham presença visível e constante da polícia. As
patrulhas preventivas — e em grande número — em focos de crime foi essencial para reduzir a violência.
“O crime é mais situacional do que se pensa, inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que
iam cometer crimes simplesmente foram fazer outra coisa”, afirma outro especialista, Frank Zimring.
Outra medida que teve papel importantíssimo foi a implementação de cortes (tribunais), nos anos 90,
para tratar de crimes menores, mediar conflitos comunitários e casos de violência doméstica e para lidar
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1692319
210) 
com usuários de drogas. A ideia é evitar que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos
cidadãos no sistema judiciário e político.
Internet: <www.bbc.com > (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os próximos itens.
 
No trecho “e previa o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo”, o “a”, em ambas as
ocorrências, classifica-se como preposição e seu emprego deve-se à presença da palavra “combate”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752407
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 2A1-III
 
Você sabia que comprar um lote irregular ou clandestino pode trazer um grande prejuízo financeiro e um
enorme incômodo, como não conseguir a instalação de energia elétrica e o fornecimento de água e até
ser proibido de construir no terreno?
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752407
211) 
 
Você sabia que a Lei n.º 6.766/1979 fala sobre a divisão (parcelamento) do solo para fins urbanos e traz
as condições para um loteamento ou desmembramento?
 
MAS O QUE É LOTEAMENTO?
 
Loteamento é a subdivisão do solo em lotes destinados à construção, com aberturas de novas ruas de
circulação. Lote é todo terreno, ou menor pedaço de terra, que conta com uma infraestrutura mínima.
 
E DESMEMBRAMENTO, O QUE SIGNIFICA?
 
O desmembramento é uma divisão de terras mais simples, quando não é necessário abrir novas ruas,
aproveitando-se as já existentes. Apenas se divide um terreno grande em porções menores.
 
Internet: <documentos.mpsc.mp.br> (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto 2A1-III, julgue o item que se segue.
 
Em “até ser proibido de construir no terreno”, a preposição “até” expressa um limite de tempo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2313205
CEBRASPE (CESPE) - ASoc (SESAU AL)/SESAU AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313205
Uma forte tendência na moderna medicina americana é buscar, na prática médica milenar oriental,
explicações para paradigmas existentes no século em que vivemos. Essa medicina entende que o bem-
estar mental e o espiritual fazem parte da saúde. Existe uma preocupação especial, nesta prática, com o
funcionamento normal do organismo.
Esse conceito novo de atuar na preservação da qualidade de vida do paciente vem sendo denominado
como medicina de gerenciamento do envelhecimento. O fundamento desta área da medicina baseia-se
na ideia de que o paciente pode envelhecer com doenças ou com saúde. Com o avanço da tecnologia e
das pesquisas, muitos estudos já consolidaram o que então era apenas uma hipótese: que o corpo
humano foi desenvolvido para não adoecer e que, quando há uma falha, ocasionando alguma doença,
isso ocorre por motivos que podem, sim, ser evitados. Talvez o que mais tenha corroborado essa
afirmação tenha sido a descoberta do radical livre, em 1900.
Em 50 anos, se conheceu toda a sua química. Em 1954, pela primeira vez, essas substâncias reativas e
tóxicas foram relacionadas a uma doença inexorável, o envelhecimento. O radical livre é um elemento
gerado no organismo desde o momento da concepção, e sua produção é contínua, durante toda a nossa
existência. Até certa idade, o organismo consegue neutralizar esses elementos, mas chega uma fase em
que sua produção excede a sua degradação e sobrepuja a dos mecanismos de defesa naturais
(antioxidantes). Ocorre, então, o início das alterações estruturais que culminam na lesão celular. Doenças
relacionadas com o envelhecimento estão intimamente associadas com o aumento de radicais livres.
A medicina do gerenciamento do envelhecimento preocupa-se em conceituar e promover a saúde de
forma diferente. Em vez de aguardar passivamente pelo dano ou pelas doenças, ela atua na vida das
pessoas de forma preventiva e preditiva, muito antes que as patologias se manifestem. A proposta
consiste em ajustar todos os parâmetros biológicos, metabólicos e hormonais aos mesmos níveis
encontrados em um indivíduo de aproximadamente 30 anos – fase em que todos nós atingimos o apogeu
de nossa performance e idade a partir da qual começamos a envelhecer.
212) 
Internet: <revistainterativa.org> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
CG1A1-I.
 
A omissão da preposição “em”, no trecho “explicações para paradigmas existentes no século em que
vivemos” (primeiro período do primeiro parágrafo), prejudicaria a correção gramatical e o sentido original
do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103252
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Catar feijãoCatar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103252
213) 
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o item.
 
O vocábulo “entre”, em suas duas ocorrências, classifica-se como preposição.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694386
CEBRASPE (CESPE) - Aux Inst (IPHAN)/IPHAN/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CB2A1BBB
Uma das principais características da sociedade contemporânea é a velocidade de suas transformações.
Esse novo cenário traz um desafio para as cidades: a necessidade de conciliar os novos hábitos de sua
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694386
população, em constante mutação, com a ocupação territorial, ou seja, com as soluções de habitação, de
localização de equipamentos públicos, de mobilidade.
Essas mudanças são um reflexo da inserção das cidades na economia global, o que aumentou o número
de atores (empresas, instituições públicas, associações) envolvidos na condução das políticas públicas.
Com a multiplicação das demandas sociais, no lugar de soluções únicas para a cidade, passou-se a
considerar a segmentação ainda maior de interesses. É cada vez mais difícil imaginar que uma ação
pública vá atingir a aspiração de todos em um único objetivo comum.
Há de se pensar em sistemas mais ágeis de governança urbana, em que os cidadãos sejam chamados a
participar das decisões para ações de pequena ou grande escala.
Além de todos os desafios impostos pela inconstância e pela fragmentação das demandas sociais,
vivemos um divórcio entre política e poder.
Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos
rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na
formulação das políticas.
Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena
de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos.
Vanessa Fernandes Correa e Mauro Sérgio Procópio Calliari. As transformações da cidade contemporânea. In:
Preservando o patrimônio histórico – um manual para gestores municipais. São Paulo (com adaptações).
Acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item seguinte.
 
214) 
Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a expressão “Com a” poderia ser substituída
pela expressão Devido à.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694387
CEBRASPE (CESPE) - Aux Inst (IPHAN)/IPHAN/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CB2A1BBB
Uma das principais características da sociedade contemporânea é a velocidade de suas transformações.
Esse novo cenário traz um desafio para as cidades: a necessidade de conciliar os novos hábitos de sua
população, em constante mutação, com a ocupação territorial, ou seja, com as soluções de habitação, de
localização de equipamentos públicos, de mobilidade.
Essas mudanças são um reflexo da inserção das cidades na economia global, o que aumentou o número
de atores (empresas, instituições públicas, associações) envolvidos na condução das políticas públicas.
Com a multiplicação das demandas sociais, no lugar de soluções únicas para a cidade, passou-se a
considerar a segmentação ainda maior de interesses. É cada vez mais difícil imaginar que uma ação
pública vá atingir a aspiração de todos em um único objetivo comum.
Há de se pensar em sistemas mais ágeis de governança urbana, em que os cidadãos sejam chamados a
participar das decisões para ações de pequena ou grande escala.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694387
215) 
Além de todos os desafios impostos pela inconstância e pela fragmentação das demandas sociais,
vivemos um divórcio entre política e poder.
Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos
rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na
formulação das políticas.
Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena
de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos.
Vanessa Fernandes Correa e Mauro Sérgio Procópio Calliari. As transformações da cidade contemporânea. In:
Preservando o patrimônio histórico – um manual para gestores municipais. São Paulo (com adaptações).
Acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item seguinte.
 
A substituição da expressão “Além de” por Apesar de não alteraria os sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1609645
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a febre amarela em 54
cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. O governo do estado pretende
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609645
216) 
imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas devem apresentar documento de identidade
e carteiras do SUS e de vacinação.
 
A campanha será feita com a dose fracionada da vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina
fracionada tem eficácia de oito anos, e quem já tomou uma dose não precisará se vacinar novamente.
 
Também serão disponibilizadas doses convencionais para crianças com idade entre nove meses e dois
anos, pessoas que viajarão para países que exigem imunização, grávidas que moram em área de risco,
transplantados e portadores de doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a dose padrão tem validade para a vida toda.
 
São Paulo faz mutirão para vacinação contra a febre
amarela. Internet: <www.g1.com.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de
vacinação”, a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma oração que expressa
finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777779
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777779
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
217) 
 
O segmento “na medida em que” (segundo período do segundo parágrafo) introduz um argumento que
expressa o motivo de a imagem organizacional pública ter valor estratégico.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777782
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777782
218) 
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A expressão “apesar de” (terceiro período do segundo parágrafo) tem o mesmo sentido da preposição
malgrado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779486
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
As regiões metropolitanas e as grandes cidades brasileiras concentram hoje a atenção das
autoridades de gestão territorial em nível local, regional e nacional. O conhecimento da complexa
realidade dessas áreas em suas múltiplas dimensões e de modo dinâmico torna se imprescindível para
geri-las de forma eficiente. Não se trata apenas do levantamento de dados brutos, mas da proficiente
manipulação e interpretação desses dados a partir de processamentos quantitativos (matemáticos e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779486
lógicos) sobre uma base espacial, de forma a revelar características e processos intrínsecos aos
fenômenos em análise. Dito de outra forma, não basta somente a confecção de mapas digitais coloridos
ilustrando, por exemplo, a exclusão social de uma determinada cidade por quantis, mas é fundamental
que, com o auxílio de técnicas apropriadas de análise espacial, se possam extrair tendências do padrão
de manifestação da exclusão social de forma contínua no espaço. Ou ainda, não é suficiente apenas
mapear a ocorrência de crimes em um sistema georreferenciado, mas sim estudá-los de forma dinâmica,
entendendo a sua proliferação no espaço e no tempo em articulação com inúmeras variáveis
socioeconômicas e biofísicas, e como as estradas podem atuar como vetores de expansão da
criminalidade.
Nessa linha de pensamento, elaborar mapas estáticos de uso do solo urbano não mais atende às
necessidades atuais dos gestores locais, mas é necessário que se permitam simulações de diferentes
cenários futuros de expansão urbana e dinâmica de uso do solo em ambiente computacional. Aí reside o
desafio da geoinformação em gestão urbana e regional, que pode ser entendida como um paradigma
emergente na pesquisa multi e interdisciplinar que se dedica a explorar a extrema complexidade de
problemas socioambientais em um ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Openshaw
(2000) argumenta que a geoinformação não se reduz ao uso de técnicas computacionais para solucionar
problemas espaciais, mas se refere, ao contrário, a uma forma totalmente nova de se fazer ciência em
um contexto geográfico.
Cláudia Maria de Almeida, Gilberto Câmara e Antonio Miguel
V. Monteiro (Org.). Geoinformação em urbanismo. Cidade Real X Cidade Virtual. São Paulo: Oficina de Texto,
2007, p. 5 e 6. (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto apresentado anteriormente, julgue o próximo item.
 
Em todas as suas ocorrências nos 3º, 4º e 5º períodos do primeiro parágrafo, a conjunção “mas”
introduz no texto uma ideia de contraste.
219) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783397
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783397220) 
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
O vocábulo “Enquanto”, que inicia o texto, denota a simultaneidade do que se menciona nas orações do
primeiro período do primeiro parágrafo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783399
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783399
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O vocábulo “então” introduz uma explicação no penúltimo período do último parágrafo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783400
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783400
221) Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
222) 
 
No segundo período do primeiro parágrafo, a substituição de “Como” por Conforme preservaria os
sentidos e a coerência do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789185
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789185
223) 
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A expressão “não obstante” evidencia o contraste estabelecido pelo autor do texto entre o fato de a crise
hídrica ser “opcional” e “terrível como parábola climática”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368417
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368417Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos gramaticais do texto 2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No parágrafo, o vocábulo “quais” classifica-se como conjunção integrante, pois introduz uma oração que
funciona como complemento do verbo “diferenciar”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368424
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368424
224) Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
225) 
Em relação às construções sintáticas do texto 2A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, a expressão “uma vez que” confere noção de consequência à
oração “o processo decisório decorreu de um aprendizado automático”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368568
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368568
226) 
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, a locução conjuntiva “à medida que” denota proporcionalidade entre duas situações.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399799
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399799
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
227) 
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentidoentre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No penúltimo parágrafo, a conjunção “porém” (segundo período), por estar entre vírgulas, mantém elo
coesivo que indica conclusão em relação ao período imediatamente anterior.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2400249
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 20A2-I
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
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228) 
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Considerando aspectos estilísticos e coesivos do texto 20A2-I, bem como o atendimento à norma-
padrão da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
No último período do primeiro parágrafo, a conjunção “pois” coordena duas orações que mantêm entre si
uma relação de causa e consequência.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB3A1-I
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Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
No início do quinto parágrafo, o vocábulo “Entretanto” introduz uma ideia de conclusão em relação ao
que é expresso no parágrafo imediatamente antecedente.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2459390
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229) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagemdos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do quinto parágrafo, a conjunção ‘pois’ introduz uma conclusão.
Certo
Errado
230) 
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CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531736
231) 
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No início do último parágrafo, o termo “Apesar” introduz uma oração que expressa noção de causa
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
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dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantira privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
232) 
No segundo período do segundo parágrafo, a conjunção “pois” poderia ser substituída por então, sem
prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637251
233) 
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No terceiro período do segundo parágrafo, ambas as orações iniciadas pelo vocábulo “que” expressam
circunstância de causa em relação à primeira oração do período — “Na divulgação (...) informou”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704946
234) 
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
No primeiro período do texto, a expressão “seja...seja” é empregada para coordenar, com sentido
alternativo, duas causas atribuídas ao fato de jovens de 14 a 29 anos não concluírem alguma das etapas
da educação básica.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1917430
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a
vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito
altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com
adaptações).
235) 
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do texto, a conjunção “mas” introduz uma ressalva à afirmação de que “Nossas
cidades estão perdendo suas árvores rapidamente”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão,
utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão
habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e
preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de
alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade.
A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepçãomais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa
passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com
dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja
na vida pública.”.
De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um
processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as
cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1934998
236) 
com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa
percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não
pode deixar de agir de modo justo.
Danilo Marcondes. Textos básicos
de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
 
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
Dado o fato de o vocábulo “mas”, em sua primeira ocorrência no segundo período do primeiro parágrafo,
ter sido empregado com sentidos adversativo, de oposição, os sentido originais do texto seriam mantidos
caso ele fosse substituído por porém.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para entrar
na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e
depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas agora não”. Uma
vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina
para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar
apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala
para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não
esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968105
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se havia equipado
para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que seja, para subornar o
porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem observa o porteiro quase sem
interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei.
Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências
daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro.
Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro.
“Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos, ninguém
além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim e, para ainda alcançar
sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava
destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).
 
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.
 
A locução “Uma vez que”, que inicia o período “Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta,
e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta”, foi empregada no
sentido de conformidade.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
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237) No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são
um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais
verdade no mundo de amanhã.
 
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou
o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda,
otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente.
A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros
terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
 
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o
acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação.
A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são
usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência
de cidades mais limpas.
 
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico
é mais urgente.
 
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
238) 
No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de proporcionalidade entre as
orações que formam o período.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
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inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologiaspermitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
Os dois primeiros períodos do primeiro parágrafo compõem uma relação de causa e consequência, de
modo que seria correto uni-los em um só período, empregando-se uma conjunção causal, como já que,
imediatamente antes de “Da guerra”, desde que feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas e
de pontuação.
Certo
Errado
239) 
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CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
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240) 
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo do texto, o vocábulo “Contudo” introduz uma ressalva.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por uma
ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a ambição, a
ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social, desordem e violência.
 
Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem comum
atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos políticos do 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2007218
Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes das grandes navegações,
o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da burguesia como classe política — por meio
de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser
pensado de forma diferente.
 
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na modernidade. Era
necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses individuais e as ambições, que
faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições
degenerassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande
parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.
 
Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não triunfassem sobre o bem
público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam necessárias as leis positivas, isto é, um
conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à realidade dos interesses de determinada sociedade e
impusesse controle sobre ela, sendo capaz de intermediar os homens e suas necessidades.
 
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a transição do
século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto econômica quanto
politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração, apesar de ter trazido inúmeros
benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
 
Internet: <https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No segundo parágrafo, o emprego de “Contudo” indica que as informações do segundo período
expressam adversidade em relação às ideias apresentadas no primeiro período.
Certo
241) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A2-II
 
A pseudociência difere da ciência errônea. A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um.
Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas. As hipóteses são
formuladas de modo a poderem ser refutadas. Uma sequência de hipóteses alternativas é confrontada
com os experimentos e a observação. A ciência tateia e cambaleia em busca de melhor compreensão.
Alguns sentimentos de propriedade individual são certamente ofendidos quando uma hipótese científica
não é aprovada, mas essas refutações são reconhecidas como centrais para o empreendimento científico.
 
A pseudociência é exatamente o oposto.As hipóteses são formuladas de modo a se tornar invulneráveis
a qualquer experimento que ofereça uma perspectiva de refutação, para que em princípio não possam
ser invalidadas.
 
Talvez a distinção mais clara entre a ciência e a pseudociência seja o fato de que a primeira sabe avaliar
com mais perspicácia as imperfeições e a falibilidade humanas do que a segunda. Se nos recusamos
radicalmente a reconhecer em que pontos somos propensos a cair em erro, podemos ter quase certeza
de que o erro nos acompanhará para sempre. Mas, se somos capazes de uma pequena autoavaliação
corajosa, quaisquer que sejam as reflexões tristes que isso possa provocar, as nossas chances melhoram
muito.
 
Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demônios.Tradução de Rosaura Eichemberg.
São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 39-40 (com adaptações).
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242) 
 
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.
 
No trecho “Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas” (primeiro
parágrafo), o teor da oração introduzida pelo vocábulo “mas” atenua a força argumentativa do conteúdo
da primeira oração.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ERM (ANM)/ANM/"Sem Área"/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I
 
Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles
estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o
pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete
toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um
mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em
Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus,
como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os
estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido
feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de
animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2020004
O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram
extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença
humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a
região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham
a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte,
um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central,
animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos,
todos antigos moradores do cerrado.
 
Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os
animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário
do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das
populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve
relação direta com a chegada do serhumano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os
pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada
por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido
gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há
aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores
teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás.
 
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
 
Os dois primeiros períodos do segundo parágrafo estabelecem uma relação de causa e consequência, em
que o primeiro período consiste na causa e o segundo, na consequência.
Certo
Errado
243) 
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CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das
organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e
escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no
contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão
enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda,
a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a
viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda
a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem
hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse
sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para
sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações,
depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as
respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus
desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos
humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2035471
244) 
precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar
processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as
relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor
tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital
humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas
conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando
relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: <www.abeinfobrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do quarto parágrafo, o trecho introduzido pela conjunção “mas” tem sentido aditivo,
o que se confirma pelo emprego do advérbio de negação no início do período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064577
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
 
Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse
índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção
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de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial
representando 68% do total em 2050.
No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então.
Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciadopelo
fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As
projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a
90%.
As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas.
Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por
64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato
evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de
emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo
bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de
recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.
Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que
impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em
que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e
modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar
revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data)
e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.
 
Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes
evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um
número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento
exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a
245) 
subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário
significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.
No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente,
e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção
de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua
população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que
as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no
contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo,
mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.
Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.
 
A expressão “Nesse pano de fundo” (início do quinto parágrafo) exprime a mesma noção transmitida pela
locução “No entanto” (início do sexto parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2153539
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século
20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que
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refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma
atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo,
mas que se busca continuamente.
O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver
seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento
das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio,
“uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres
em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e
ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar
a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu
sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo
mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado
o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico —
desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a
bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da
aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório
para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o
interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas
atividades.
Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e
246) 
alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde inspirou os centros
integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo
integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a
cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro Educação não é
privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para
atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a
universidade.
Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008
(com adaptações).
 
Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
No terceiro parágrafo do texto, o vocábulo “portanto” veicula sentido conclusivo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2153576
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-II
Muito se tem pesquisado sobre os impactos positivos da educação, que valeram inclusive um prêmio
Nobel de economia a James Heckman, em 2000, por ele ter evidenciado, em um estudo longitudinal, as
inegáveis vantagens de pré-escolas de qualidade para a obtenção futura de emprego e salários e para a
redução de encarceramento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2153576
Mas uma nova pesquisa, feita aqui no Brasil, sobre uma política pública de visível efeito na
aprendizagem, o ensino médio integral, um programa realizado por Pernambuco ao longo de 16 anos,
trouxe evidências que também transcendem a educação.
O estudo, feito por pesquisadores da USP e do INSPER, mostrou que, com o aumento da carga horária e
um currículo que incorpora ideias de Antonio Carlos Gomes da Costa, que concebeu a proposta para a
escola piloto, o Ginásio Pernambucano, no qual há tempo para se trabalhar o projeto de vida do aluno e
o protagonismo juvenil, reduz-se em 50% a taxa de homicídio de homens jovens.
Não se trata do primeiro estudo sobre os efeitos da escola em tempo integral. Outros analisaram salários
dos formados e empregabilidade de mulheres, mas a melhora nos índices de criminalidade foi capturada
apenas nessa interessante pesquisa.
Visitei muitas escolas de ensino médio em Pernambuco, em áreas de grande vulnerabilidade. O resultado
de uma política que se construiu ao longo de anos, tendo passado por diferentes governose se
fortalecido, é visível não só pelas melhores condições de trabalho dos professores, com dedicação
exclusiva a uma única escola, como também pelo clima escolar. Não é por acaso que tantos estados, com
governadores de partidos diferentes, têm-se inspirado no exemplo pernambucano, como Paraíba, Ceará,
Maranhão e Goiás.
O país pode aprender com nações com bons sistemas educacionais, nenhum deles com quatro horas de
aula por dia, e, ainda, com o que dá certo por aqui.
Claudia Costin. Os impactos da educação em tempo integral. Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com
adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.
247) 
 
Dada a relação de convergência das informações do primeiro e do segundo parágrafos, seria correto
substituir, sem alteração do sentido original do texto, a conjunção “Mas” (segundo parágrafo) por
Portanto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
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248) 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No parágrafo, “assim que” exprime circunstância de tempo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208302
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG101-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208302
Alguns idiomas fictícios foram criados especialmente para a série Game of Thrones. Daí surgiram
palavras e expressões bem conhecidas pelos fãs, como “dracarys” – palavra que a personagem Daenerys
Targaryen (Emilia Clarke) usa para mandar seus dragões cuspirem fogo. A palavra faz parte do alto
valiriano, uma língua muito presente no decorrer da trama dos Targaryen e que apareceu de novo em
House of the Dragon, spin-off de Game of Thrones.
 
A Antiga Valíria era um antigo império localizado em Essos, continente a leste de Westeros. Ela é pouco
mencionada na série, pois não existe mais, mas sua língua (o alto valiriano) ainda é usada por uma elite
seleta. Seria como falar latim clássico na Europa medieval.
 
Segundo As Crônicas de Gelo e Fogo, livros escritos por George R. R. Martin que inspiraram a série, o
alto valiriano não seria uma linguagem de comunicação cotidiana, mas utilizada pela nobreza na
literatura e na música. Ao longo do tempo, o idioma originou dialetos simplificados, falados em várias
regiões, como o baixo valiriano, sendo possível traçar um paralelo com o latim clássico e o latim vulgar.
Daenerys, inclusive, domina e usa estrategicamente ambas as variações.
 
No alto valiriano, idioma do mundo de GOT, diferentemente do português, há quatro gêneros
gramaticais, divididos entre lunares, solares, terrestres ou aquáticos. Nomes que se referem a humanos
são geralmente lunares; profissões e partes do corpo, solares; alimentos e plantas são terrestres; e os
líquidos são aquáticos.
 
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e construções linguísticas do texto CG101-I, julgue o item a seguir.
 
No segundo período do segundo parágrafo, os vocábulos “pois” e “mas” introduzem, respectivamente,
orações com sentido explicativo e adversativo.
Certo
249) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o discurso
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
Os períodos do segundo parágrafo veiculam um contraste de ideias, estabelecido a partir dos conectivos
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250) 
“Embora” e “Apesar de”.
Certo
Errado
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Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há odiscurso
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215973
251) 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O último período do primeiro parágrafo transmite ideia de concessão.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo com o
último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões
de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas
configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para
assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de
atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de
Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com
deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de
instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto
mais marcante.
 
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos
de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
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cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade
e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito
de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde
então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo.
Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de
dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar
dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à
constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de
forma mais intensa, sobre as mulheres.
 
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos
Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de
cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente.
Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da
maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
 
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos
serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado
ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de
cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços,
além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a
socióloga.
 
252) 
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas
quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e
pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que
compensam a escassa presença do Estado.
 
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos semânticos e sintáticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.
 
Seria preservada a coerência das ideias do texto se, no segundo parágrafo, a expressão “na medida em
que” fosse substituída pelo vocábulo pois.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo com o
último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões
de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas
configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para
assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de
atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2224777
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de
Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com
deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de
instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto
mais marcante.
 
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos
de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade
e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito
de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde
então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo.
Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de
dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar
dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à
constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de
forma mais intensa, sobre as mulheres.
 
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos
Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de
cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente.
ConformeGottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da
maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
 
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos
serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado
ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de
cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços,
além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a
socióloga.
 
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas
quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e
pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que
compensam a escassa presença do Estado.
 
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativos a aspectos estruturais e gramaticais do texto CB1A1.
 
No início do último parágrafo, o emprego da conjunção “entretanto” objetiva evidenciar uma
contraposição com o que se afirma no parágrafo anterior; por isso, essa conjunção poderia ser
substituída, sem prejuízo dos sentidos e da coerência do texto, por conquanto.
Certo
Errado
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253) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
254) 
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
A inserção da conjunção mas para introduzir o trecho “não de uma imaginária vantagem literária de se
utilizar o francês como veículo de expressão” manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 14A1-I
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As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
255) 
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini.O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, a oração introduzida por “desde que” exprime uma condição hipotética relacionada ao
trecho “Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um
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anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás
homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te
coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes
entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou
nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira
sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te
faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa
prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem
suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha
mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e
relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e
entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que
houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste
nobre ofício.
Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-
versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma
traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as
tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou
calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo
acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente
o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas
irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos
de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue
o item a seguir.
 
No trecho “posto indique certa carência de ideias”, o vocábulo “posto” classifica-se como conjunção
explicativa.
Certo
Errado
256) 
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CEBRASPE (CESPE) - Ass Adm (UNIPAMPA)/UNIPAMPA/2009
Língua Portuguesa (Português) - Interjeição
A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia —
uma segunda-feira, do mês de maio — deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde
iria brincar a manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse
parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de
lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o
melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui vai a razão.
 
Na semana anterior tinha feito dois suetos*, e, descoberto o caso, recebi o pagamento das mãos de meu
pai, que me deu uma sova de vara de marmeleiro. As sovas de meu pai doíam por muito tempo. Era um
velho empregado do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição
comercial, e tinha ânsia de me ver com os elementos mercantis, ler, escrever e contar, para me meter de
caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do
último castigo que me levou naquela manhã para o colégio. Não era um menino de virtudes.
Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala três ou
quatro minutos depois. Entrou com o andar manso do costume, em chinelas de cordovão, com a jaqueta
de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava-se Policarpo e tinha
perto de cinquenta anos ou mais. Uma vez sentado, extraiu da jaqueta a caixa de rapé e o lenço
vermelho, pô-los na gaveta; depois relanceou os olhos pela sala. Os meninos, que se conservaram de pé
durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.
*sueto = feriado escolar
 
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257) 
Machado de Assis. Obra completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994 (com adaptações).
 
Com referência às ideias do texto acima, bem como aos seus aspectos estruturais e gramaticais, julgue o
item a seguir.
 
A interjeição “Ora” poderia ser substituída, sem provocar alterações sintático-semânticas no texto, pela
conjunção Portanto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Con Tec Leg (CL DF)/CL DF/Taquígrafo Especialista/2006
Língua Portuguesa (Português) - Interjeição
 
Tomando como referência o texto acima e suas evocações, julgue o item a seguir.
 
“Viva!” e “Hurra!” são expressões de valor interjetivo. As interjeições caracterizam a fala como
constrangente, como algo inevitável, não sendo suscetíveis, portanto, a avaliações em termos de verdade
ou falsidade.
Certo
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258) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras
Fábula de um arquiteto
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779457
259) 
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
João Cabral de Melo Neto. Fábula de um arquiteto.
In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1978, p.18.
 
Considerando o texto e a imagem da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, obra de Oscar
Niemayer, julgue o item a seguir.
O verbo “construir”, presente reiteradamente nos cinco versos iniciais do texto, é empregado no poema
como substantivo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de PalavrasTexto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368412
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos gramaticais do texto 2A1-I, julgue o seguinte item.
 
260) 
No parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” e “que hackers interfiram no sistema”,
pertence à mesma classe gramatical.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338530
261) 
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
 
Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso o trecho “em que se expede mandado” (segundo
período do terceiro parágrafo) fosse reescrito como em que expede-se mandado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368464
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368464
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Tendo em vista as normas de colocação pronominal, julgue o item subsequente, relativos ao texto 2A1-I.
262) 
 
No trecho “em que se pode vislumbrar”, a ênclise do pronome “se” ao verbo auxiliar da locução verbal —
em que pode-se vislumbrar —preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368466CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368466
263) 
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Tendo em vista as normas de colocação pronominal, julgue o item subsequente, relativos ao texto 2A1-I.
 
No trecho “Não apenas se vivencia”, a ênclise do pronome “se” à forma verbal — não apenas vivencia-
se — comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368563
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368563
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No texto, a ênclise do pronome “se” à forma verbal “desvela”, escrevendo-se desvela-se, seria
gramaticalmente correta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614640
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614640
264) Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
265) 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em “se apropria” (último período do
primeiro parágrafo), fosse deslocado para logo após a forma verbal — apropria-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883721
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright —
quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.
 
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir em
seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica. Pode
deslocar, recortar, estender,recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883721
266) 
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.
 
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.
 
Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:
Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto se o pronome “se”, no parágrafo, fosse deslocado para
imediatamente após a forma verbal “refere”, da seguinte maneira: refere-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935015
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito
foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano,
conforme dados de 2021.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935015
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa
na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos
e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é
certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são
utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de
gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às
diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um
deles aos consumidores finais.
Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsequente.
 
Se o trecho “A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil” fosse
reescrito como A PETROBRAS está à frente de aproximadamente 80% dos combustíveis que
produz-se no Brasil, seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935025
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
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267) As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi
inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes
indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas.
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram
adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não
demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à
escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter
vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos
acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura
transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com
adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Estaria mantida a correção gramatical do trecho “Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as
histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates)
se recusaram a escrever”, caso a posição do pronome “se”, em suas duas ocorrências, fosse alterada de
proclítica — como está no texto — para enclítica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968101
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
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268) Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para entrar
na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e
depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas agora não”. Uma
vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina
para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar
apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala
para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não
esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se havia equipado
para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que seja, para subornar o
porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem observa o porteiro quase sem
interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei.
Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências
daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro.
Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro.
“Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos, ninguém
além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim e, para ainda alcançar
sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava
destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).
 
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso, no trecho “que se havia equipado para a viagem”, o
pronome “se” fosse deslocado para depois do particípio, escrevendo-se equipado-se.
Certo
269) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1972032
CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são
um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais
verdade no mundo de amanhã.
 
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou
o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda,
otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente.
A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros
terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
 
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o
acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 
Um maior acessopode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação.
A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são
usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência
de cidades mais limpas.
 
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico
é mais urgente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1972032
270) 
 
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
Em “nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti” (segundo parágrafo), a colocação do
pronome “se” antes da forma verbal justifica-se para reforçar a indeterminação do sujeito oracional.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010839
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010839
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, que apresenta proposta de substituição ou de reescrita para trechos do texto
CB1A1-I.
 
No primeiro período do texto, caso o pronome “se”, na expressão “se preocupar”, fosse deslocado para
depois do verbo, escrevendo-se preocupar-se, a correção gramatical do texto seria mantida.
Certo
Errado
271) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010879
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A2-I
 
O uso da palavra está, necessariamente, ligado à questão da eficácia. Visando a uma multidão indistinta,
a um grupo definido ou a um auditório privilegiado, o discurso procura sempre produzir um impacto
sobre seu público. Esforça-se, frequentemente, para fazê-lo aderir a uma tese: ele tem, então, uma
visada argumentativa. Mas o discurso também pode, mais modestamente, procurar modificar a
orientação dos modos de ver e de sentir: nesse caso, ele tem uma dimensão argumentativa. Como o uso
da palavra se dota do poder de influenciar seu auditório? Por quais meios verbais, por quais estratégias
programadas ou espontâneas ele assegura a sua força?
 
Essas questões, das quais se percebe facilmente a importância na prática social, estão no centro de uma
disciplina cujas raízes remontam à Antiguidade: a retórica. Para os antigos, a retórica era uma teoria da
fala eficaz e também uma aprendizagem ao longo da qual os homens da cidade se iniciavam na arte de
persuadir. Com o passar do tempo, entretanto, ela tornou-se, progressivamente, uma arte do bem dizer,
reduzindo-se a um arsenal de figuras. Voltada para os ornamentos do discurso, a retórica chegou a se
esquecer de sua vocação primeira: imprimir ao verbo a capacidade de provocar a convicção. É a esse
objetivo que retornam, atualmente, as reflexões que se desenvolvem na era da democracia e da
comunicação.
 
Ruth Amosy. A argumentação no discurso.
São Paulo: Editora Contexto, 2018, p. 7 (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativo aos aspectos linguísticos do texto CB1A2-I.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010879
272) 
Na oração “ao longo da qual os homens da cidade se iniciavam na arte de persuadir” (segundo período
do segundo parágrafo), a posição proclítica do pronome “se” justifica-se pela flexão de tempo na forma
verbal “iniciavam”, que determina o uso obrigatório da próclise.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027953
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições
para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico,
pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco,
constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a
preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo —
os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de
compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes
em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade
aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método
falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.
Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:
conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027953
273) 
No segundo período, a posição do pronome “se”, em “constata-se não só seu incômodo”, é motivada pela
presença da palavra “não”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 10A1-I
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, édifícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2155972
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
274) 
Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.
 
No sexto parágrafo, a substituição de “oferecem essa opção” por oferecem-a prejudicaria a correção
gramatical e a coerência do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2156259
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
São Paulo, 25 de julho de 1880.
Meu caro Lúcio,
Recebi o teu cartão com a data de 28 do pretérito.
Não me posso negar ao teu pedido (...), aí tens os apontamentos que me pedes, e que sempre eu os
trouxe de memória.
Nasci na cidade de São Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da rua do Bângala,
formando ângulo interno, em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da Palma, na freguesia de
Sant’Ana, a 21 de junho de 1830, pelas sete horas da manhã, e fui batizado, oito anos depois, na igreja
matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica.
Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação), de nome Luíza Mahin,
pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156259
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os
dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como
suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito.
(...) Nada mais pude alcançar a respeito dela. Nesse ano, 1861, voltando a São Paulo, e estando em
comissão do governo, na vila de Caçapava, dediquei-lhe os versos que com esta carta envio-te.
Meu pai, não ouso afirmar que fosse branco, porque tais afirmativas neste país constituem grave perigo
perante a verdade, no que concerne à melindrosa presunção das cores humanas: era fidalgo; e pertencia
a uma das principais famílias da Bahia de origem portuguesa. Devo poupar à sua infeliz memória uma
injúria dolorosa, e o faço ocultando o seu nome.
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em
1837. Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem
as armas, e muito melhor de baralho, armava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança,
obtida de uma tia em 1836; e reduzido à pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia
de Luiz Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de
tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me,
como seu escravo, a bordo do patacho Saraiva.
Sérgio Rodrigues. Meu pai me vendeu – de Luiz Gama para Lúcio de Mendonça. In: Cartas brasileiras:
correspondências históricas, políticas, célebres, hilárias e inesquecíveis que marcaram o país. 1.ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017.
 
A respeito do texto precedente, julgue o item que se segue.
275) 
 
O uso de pronomes oblíquos em posição de próclise, como o que se identifica em “Não me posso negar
ao teu pedido” (segundo parágrafo), é atestado no português brasileiro coloquial.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACP (MP TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo
que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história
conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo
resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica,
já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de
numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa
a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas
quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a
corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere
a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da
burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de
votos dos legisladores.
Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem
uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2157239
276) 
dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se
configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.
Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual.
In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições.
Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o pronome “se”, em “pode-se dar” (primeiro período do
segundo parágrafo), poderia ser colocado em seguida ao verbo “dar”, reescrevendo-se o trecho da
seguinteforma: pode dar-se.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAA (MP TCE-SC)/TCE SC/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB2A1-I
A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela
tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado
para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes
que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não
tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas
nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2159297
em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de
física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de
graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria
deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para
apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da
década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era
mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando
que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como
são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e
descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.
Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais
e a maior descoberta científica dos últimos cem anos.
São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a forma pronominal “os”, em “mas nenhuma que os
ajudasse a passar nos exames” (terceiro período do primeiro parágrafo), fosse deslocada para a posição
enclítica — ajudasse-os.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208313
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208313
277) 
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG101-II
 
É inquestionável que um importante marco da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996) foi o conceito de educação básica composta por três
etapas, que devem estar organizadas de forma orgânica e articulada. De acordo com Cury (2002), “a
educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo
elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização
escolar”.
 
Para que esse conceito se efetive, é fundamental a intervenção do Estado, com a participação da
sociedade civil, por meio de políticas — programas e projetos — definidas em um planejamento, que leve
em conta a análise estratégica da realidade como um todo e em cada situação específica.
 
Nesse entendimento, dilemas presentes na educação básica brasileira necessitam ser confrontados:
desigualdades econômicas, sociais, culturais e de cor ou raça, bem como desequilíbrios regionais.
 
Ana Maria de Albuquerque Moreira. Dilemas e desafios para a consolidação da educação básica no Brasil. In: Maria
Zélia Borba Rocha; Nara Maria Pimentel (Orgs.). Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016, p. 230 - 31 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CG101-II, julgue o item a seguir.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em “se efetive” (segundo
parágrafo), estivesse posposto à forma verbal — efetive-se.
Certo
Errado
278) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2213113
CEBRASPE (CESPE) - Aud Con Sub (TCE PB)/TCE PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 1-A1
 
Nos umbrais do Século XXI, a pós-modernidade vem provocando alterações cada vez mais velozes nas
diversas formas de relação entre os países. Vários são os temas que desafiam o direito internacional do
presente e do futuro, tais como o meio ambiente, o terrorismo, os direitos humanos, a miséria, a
corrupção e tantos outros. Destaca-se desse rol o tema da tributação internacional, fonte primordial de
recursos do mais tradicional sujeito de direito internacional: o Estado.
 
O fenômeno da globalização trouxe severas mudanças ao cenário da tributação mundial. A livre
movimentação de fatores de produção, especialmente do capital, ameaçando as bases de tributação dos
diferentes Estados, estimulou o que se convencionou denominar concorrência tributária internacional.
 
O cerne do fenômeno concorrencial está na pressão internacional exercida sobre a política tributária dos
Estados, que passaram a ver nos incentivos fiscais uma das principais alavancas para o desenvolvimento.
 
Desde o ocaso do século XIX, registram-se negociações bilaterais entre Estados europeus visando regrar
situações econômicas conectadas a ambas as jurisdições. Contudo, foi somente na segunda metade do
século XX que o direito tributário avançou robustamente, movido pela interação dos agentes econômicos
e pela revolução tecnológica. A modificação do cenário internacional tornou mais complexa a tarefa do
legislador doméstico, cuja possibilidade de escolha das situações passíveis de imposição ou desoneração
tributária, antes livre, passou a sofrer limitações externas pelo mercado e por força de acordos bilaterais,
regionais ou multilaterais.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2213113
279) 
Assim, ao atuar sobre os agentes econômicos, por meio de incentivos fiscais, o legislador brasileiro
estará limitado por cláusulas não discriminatórias da Organização Mundial do Comércio no campo
externo, e vinculado, internamente, pelo “vetor da atuação estatal positiva”, segundo o qual deverá
buscar a concretização de diversos princípios da Ordem Econômica, que bem poderiam ser acobertados
sob o manto do Princípio do Estado Democrático de Direito.
 
Carlos Otavio Ferreira de Almeida. Concorrência internacional e tributação da renda no Brasil.
Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2012, p. xvi-xvii. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a aspectos linguísticos do texto 1-A1.
 
Estaria preservada a correção gramatical do texto caso o termo “Destaca-se” fosse reescrito como Se
destaca.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1730659
CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB2A1-I
As mãos que criam, criam o quê?
A ancestralidade de dona Irinéia mostra-se presente em suas peças feitas com o barro vermelho da sua
região. São cabeças, figuras humanas, entre outras esculturas que narram, por meio da forma moldada
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1730659
no barro, episódios históricos, lutas e conquistas vividos pelos moradores de sua comunidade e do
Quilombo de Palmares.
Um exemplo é a escultura que representa pessoas em cima de uma jaqueira e que se tornou uma peça
muito conhecida de dona Irinéia. A jaqueira se tornou objeto de memória, pois remonta a uma enchente,
durante a qual ela e suas três irmãs ficaram toda a noite em cima da árvore, esperando a água baixar.
O manejo da matéria-prima é feito com a retirada do barro que depois é pisoteado, amassado e
moldado. As peças são então queimadas, e ganham uma coloração naturalmente avermelhada.
Irinéia Rosa Nunes da Silva é uma das mais reconhecidas artistas da cerâmica popular brasileira. A
história de dona Irinéia, mestra artesã do PatrimônioVivo de Alagoas desde 2005, está entrelaçada com
a história do povoado quilombola Muquém, onde nasceu em 1949. O povoado pertence ao município de
União dos Palmares, na zona da mata alagoana, e se encontra próximo à serra da Barriga que carrega
forte simbolismo, pois é a terra do Quilombo dos Palmares.
Por volta dos vinte anos, dona Irinéia começou a ajudar sua mãe no sustento da família, fazendo panelas
de barro. Entretanto, o costume de fazer promessas aos santos de quem se é devoto, quando se está
passando por alguma provação ou doença, fez surgir para a artesã outras encomendas. Quando a graça
é alcançada, costuma-se levar a parte do corpo curado representado em uma peça de cerâmica, como
agradecimento para o santo. Foi assim que dona Irinéia começou a fazer cabeças, pés e assim por
diante.
Até que um dia, uma senhora que sofria com uma forte dor de cabeça encomendou da ceramista uma
cabeça, pois ia fazer uma promessa ao seu santo devoto. A senhora alcançou sua graça, o que fez com
que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região. Chegou, inclusive, ao conhecimento do SEBRAE
de Alagoas, que foi até dona Irinéia e ofereceu algumas capacitações que abriram mais possibilidades de
280) 
produção para a ceramista. O número de encomendas foi aumentando e, com ele, sua imaginação e
criatividade que fizeram nascer objetos singulares.
Em Muquém, vivem cerca de quinhentas pessoas que contam com um posto de saúde, uma escola e a
casa de farinha, onde as mulheres se reúnem para moer a mandioca, alimento central na comunidade,
assim como de tantos outros quilombos no Nordeste. No dia a dia do povoado, o trabalho com o barro
também preenche o tempo de muitas mulheres e alguns homens que se dedicam à produção de
cerâmica, enquanto ensinam as crianças a mexer com a terra, produzindo pequenos bonecos.
Internet: <www.artesol.org.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.
 
Em “A jaqueira se tornou objeto de memória” (segundo parágrafo), o deslocamento da forma pronominal
“se” para logo após a forma verbal “tornou” — escrevendo-se tornou-se — prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738694
CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban III (BANESE)/BANESE/Informática/Desenvolvimento/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738694
uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De
acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas
ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente
a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque
aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária
― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos,
o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta,
havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana
de Arte Moderna de 1922; o atrasopolítico, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração
seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos,
algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se,
como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões
estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que
mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no
sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância
dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com
adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se
segue.
281) 
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso, no trecho “supor que se trata de um período”, o
pronome “se” fosse deslocado para depois da forma verbal “trata” ― trata-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738697
CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban III (BANESE)/BANESE/Informática/Desenvolvimento/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de
uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De
acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas
ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente
a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque
aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária
― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos,
o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta,
havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana
de Arte Moderna de 1922; o atrasopolítico, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738697
282) 
seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos,
algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se,
como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões
estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que
mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no
sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância
dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com
adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se
segue.
 
Infere-se do último período do segundo parágrafo que a palavra imaginário está elíptica após o termo
“aquele”, em “aquele que temos vivenciado”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752392
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752392
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias,
o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para o curso de Direito, a assim
chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós,
chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.
 
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia e de noite, desde
antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
 
Muitospensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte,
para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir as normas, os outros
também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos
subjetivos.
 
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva
das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
 
A correção gramatical do texto seria mantida se a forma pronominal em “cumpri-las” (último parágrafo)
fosse anteposta à forma verbal, escrevendo-se as cumpri.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752397
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752397
283) 
284) 
Texto 2A1-II
 
As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa realidade de diversos
países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário, surgem as chamadas ações
afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão social, cultural e econômica de
indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de discriminação. Essas medidas se baseiam na
igualdade e garantem a equidade ao estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de
grupos sociais vulneráveis nos espaços sociais.
 
Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?
Internet: <www .polítize.com.br> (com adaptações).
 
Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do trecho “Essas medidas se baseiam na igualdade”, o pronome
“se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “baseiam” — escrevendo-se Essas
medidas baseiam-se na igualdade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752447
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e nos
impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos no
futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752447
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade, que nosso
estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo — incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser
do nosso “mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente,
entrançados e entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até que a morte
nos separe.
 
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão”
quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Nenhuma outra realidade
nos é acessível: não acessamos o passado “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke
celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando
sobre a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia —
qualquer biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens, reunida pela
memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às presunções do senso comum,
o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealidade — esquivando-se/evadindo-se
obstinadamente, como ambos o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante,
essa irrealidade é a única realidade a ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o
peixe na água”.
 
Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da
literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos” (primeiro parágrafo), é obrigatório o
emprego da forma pronominal “nos” antes da forma verbal “faz”.
Certo
285) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Educação Especial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentaispassou gradualmente a ironizar tudo o que se
relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e
trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria
versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que
não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação
exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices
de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para
enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias
para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o
desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento
acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais
para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos
ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do
cuidado de si.
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1815272
286) 
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso, no trecho “se vive”, a forma pronominal “se” fosse
deslocada para logo após a forma verbal — escrevendo-se vive-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1825539
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825539
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricosque produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, o uso da próclise pronominal em “se dá” é obrigatório.
287) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1826436
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um
anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás
homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te
coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes
entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou
nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira
sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te
faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa
prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem
suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826436
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha
mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e
relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e
entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que
houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste
nobre ofício.
Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-
versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma
traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as
tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou
calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo
acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente
o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas
irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.
288) 
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos
de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue
o item a seguir.
 
Na oração “se me não engano”, seria igualmente correto realizar a próclise pronominal da seguinte
maneira: se não me engano.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1896074
CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializado em Formação e
Capacitação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-I
 
Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um conjunto de
estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes drogas, sem necessariamente
exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for possível ou desejável a abstinência, outros
agravos à saúde podem ser evitados, como, por exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis
por via sanguínea, tais quais as hepatites e HIV/AIDS.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896074
289) 
Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator histórico-cultural do uso
de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte indissociável da própria história da
humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas não passa de uma quimera. Dentro dessa
perspectiva, contemplam-se ações voltadas para as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são
de natureza estritamente públicas, delas participando, também, organizações não governamentais e
necessariamente, com especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.
 
Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.
São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No segmento “pode-se conceituar”, a colocação do pronome “se” em ênclise ao verbo “conceituar” —
escrevendo-se pode conceituar-se — prejudicaria a correção gramatical e alteraria os sentidos
originais do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Farm (SESAU AL)/SESAU AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-II
Para uma criança pequena, é muito mais difícil racionalizar a emergência vivida em uma pandemia. Ela
ainda não tem os recursos cognitivos necessários para compreender algo tão abstrato como o
coronavírus. Ainda nos estágios iniciais do desenvolvimento da afetividade e da inteligência, as crianças
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313260
290) 
se guiam pelas experiências, pelo que podem ver, ouvir, tocar, cheirar, imaginar, imitar, dizer, brincar.
Muito mais do que atentar para os conceitos que explicam a situação excepcional, elas se guiam pela
observação de seus pais ou familiares: como eles interagem entre si e com elas? Estão próximos e
carinhosos? Estão juntos, mas “distantes”, ansiosos, sem tempo para ficar com elas?
Esse tipo de conduta dos pais é, por definição, particular. O mesmo estímulo ou situação ambiental não
provoca necessariamente as mesmas reações em diferentes crianças ou até em diferentes momentos de
uma mesma criança, ou seja, a resposta da criança a um estímulo do ambiente depende, em alto grau,
de sua condição cognitiva e emocional, e essa condição tem a ver com os adultos que a cercam.
Internet: <portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br> (com adaptações).
 
Julgue o itemsubsequente, considerando as ideias e as construções linguísticas do texto CG1A1-II.
 
No último período do texto, o deslocamento da forma pronominal “a” para logo depois da forma verbal
“cercam” — escrevendo-se cercam-na — preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789181
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789181
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O vocábulo “parábola” está sendo usado com o sentido de adágio.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341663
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
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291) Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
292) 
 
No que se refere aos sentidos do texto CB3A1, julgue o item a seguir.
 
As expressões “objetos de tabu”, “fontes de mana” e “impuros, perigosos e (...) repugnantes” (terceiro
período doprimeiro parágrafo) são empregadas no texto como sinônimas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395636
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395636
293) 
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
No primeiro período do segundo parágrafo, a palavra “implicações” tem o mesmo sentido de
impertinências.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2423594
CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423594
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
O termo “crucial” (último período do quarto parágrafo) é empregado no texto como sinônimo de
decisivo, importante.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968093
294) Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à praça. O sol
ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente para o porto, tendo às
costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus, deixou as ideias surgirem
anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e os mendigos.
No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se acostumando a sua presença.
Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose produzida pelos frequentadores do
Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o pensamento
emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia de que momentos de
solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por concluir que isso não se aplicava
a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua vida mental era a de um fluxo semienlouquecido
de imagens acompanhado de diálogos inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão
puramente racional, o que, para um policial, era no mínimo embaraçoso.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com adaptações).
 
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o termo “propícios” é sinônimo de favoráveis.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
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295) 
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
296) 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No segundo parágrafo, os termos “economia” (primeiro período) e “indústria” (segundo período) são
empregados no texto como sinônimos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2020003
CEBRASPE (CESPE) - ERM (ANM)/ANM/"Sem Área"/2022
Língua Portuguesa (Português)- Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1-I
 
Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles
estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o
pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete
toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um
mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em
Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus,
como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os
estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido
feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de
animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região.
 
O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram
extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença
humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2020003
região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham
a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte,
um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central,
animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos,
todos antigos moradores do cerrado.
 
Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os
animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário
do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das
populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve
relação direta com a chegada do serhumano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os
pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada
por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido
gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há
aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores
teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás.
 
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
 
Em “como algumas hipóteses para essa extinção sugerem” (segundo período do último parágrafo), o
verbo sugerir tem o mesmo sentido de propor.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2153542
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2153542
297) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século
20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que
refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma
atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo,
mas que se busca continuamente.
O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver
seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento
das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio,
“uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres
em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e
ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar
a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu
sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo
mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado
o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico —
desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a
bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da
aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório
para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o
interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas
atividades.
Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e
alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde inspirou os centros
integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo
integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a
cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro Educação não é
privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para
atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a
universidade.
Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008
(com adaptações).
 
Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
O termo “incremento” (primeiro período do segundo parágrafo) poderia ser substituído, sem alteração do
sentido original do texto, por desenvolvimento.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2205117
298) 
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrásé um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
299) 
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
Em “precipitaram uma súbita mudança”, o verbo precipitar está empregado com o mesmo sentido de
apressar.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG101-II
 
É inquestionável que um importante marco da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996) foi o conceito de educação básica composta por três
etapas, que devem estar organizadas de forma orgânica e articulada. De acordo com Cury (2002), “a
educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo
elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização
escolar”.
 
Para que esse conceito se efetive, é fundamental a intervenção do Estado, com a participação da
sociedade civil, por meio de políticas — programas e projetos — definidas em um planejamento, que leve
em conta a análise estratégica da realidade como um todo e em cada situação específica.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208312
300) 
Nesse entendimento, dilemas presentes na educação básica brasileira necessitam ser confrontados:
desigualdades econômicas, sociais, culturais e de cor ou raça, bem como desequilíbrios regionais.
 
Ana Maria de Albuquerque Moreira. Dilemas e desafios para a consolidação da educação básica no Brasil. In: Maria
Zélia Borba Rocha; Nara Maria Pimentel (Orgs.). Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016, p. 230 - 31 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CG101-II, julgue o item a seguir.
 
Estariam preservados o sentido e a correção gramatical do texto caso a palavra “estratégica” (segundo
parágrafo) fosse substituída por tática.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2265516
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-II
A crescente adoção do conceito de tecnologias sociais ocorre concomitantemente com o avanço de dois
conceitos que lhe são complementares: economia solidária e capital social. As graves consequências do
capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência
e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser abordadas por
projetos paternalistas e compensatórios. Ao contrário, requerem estudos aprofundados sobre um novo
tipo de desenvolvimento. O professor Henrique Rattner pontua que, entre os cientistas sociais que se
debruçam sobre os fracassos do desenvolvimento e suas causas, em todos os debates travados nos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265516
últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente. O capital social, segundo
Rattner, procura trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio
mútuo e solidariedade, com base na “eficiência social coletiva”.
Capital social, segundo o estudioso John Durston, é o conjunto de normas, instituições e organizações
que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução
dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de
gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis. Sua importância está na
busca de estratégias de superação da pobreza e de integração de setores sociais excluídos.
No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de
economia solidária. Diferentemente de iniciativas meramente paliativas, como respostas emergenciais a
situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências devam ser uma
base para a reconstrução do tecido social. Como diz o pesquisador Luis Inácio Gaiger, elas “constituiriam
uma ação geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida
econômica e social”.
Ivete Rodrigues e José Carlos Barbieri. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da
tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. In: Revista de Administração
Pública – FGV, Rio de Janeiro, 42(6):1069-94, nov./dez. 2008 (com alterações).
 
A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto CG1A1-II, julgue o item subsecutivo.
 
A forma verbal “pontua” (quarto período do primeiro parágrafo) é empregada como sinônimo de
assinalar.
Certo
Errado
301) 
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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo sintético
para designar a administração do pensamento e do comportamento humanos. A palavra “cultura” não
nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas, observadas e registradas
regras de conduta de toda uma população. Só cerca de um século mais tarde, quando os gerentes da
cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham passado a ver como criação sua e, seguindo o
exemplo de Deus na criação do mundo, com carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma
como um tipo regular e “normativamente regulado” de conduta humana diferia de outro, sob outro
gerenciamento. A ideia de cultura nasceu com uma declaração de intenções.
O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No limiar da Era
Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não problematizado”, como elos
preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo inegociável e com o qual não devemos nos
imiscuir), indispensáveis, ainda que sórdidos, torpes e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos
ao mesmo tempo como maleáveis e terrivelmente carentes de ajustes e melhoras. O termo “cultura” foi
concebido no interior de uma família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”,
“criação” — todos significando aperfeiçoamento, seja na prevenção de um prejuízo, seja na interrupção e
reversão da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde
a semeadura até a colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela educação e
pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se humanas — e, nesse
processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e armadilhas que elas não seriam
capazes de evitar nem poderiam negociar, caso fossem deixadas por sua própria conta), teriam de ser
guiadas por outros seres humanos, educados e treinados na arte de educar e treinar seres humanos.
O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito moderno
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1509168
302) 
crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English Dictionary: “forçar (pessoas,
animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso em realizar”. E
mais de cemanos antes de outro sintético, de “gerenciamento”, o de “obter sucesso ou sair-se bem”.
Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas de uma forma que as pessoas não
fariam por conta própria e sem ajuda.Significava redirecionar eventos segundo motivos e desejo
próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de eventos) veio a significar a manipulação
de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.”
mais provável, ou, de preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última
instância, “gerenciar” significa limitar a liberdade do gerenciado.
Zygmunt Bauman. Vida líquida. Carlos Alberto Medeiros (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.
 
O verbo pronominal imiscuir-se está empregado, na linha 19, com o mesmo sentido de intrometer-
se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1656945
CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A Casa de Detenção Feminina era antiquada, embolorada, lúgubre e sombria. O chão da sala de
admissão era de cimento, sem pintura, com a sujeira dos sapatos de milhares de prisioneiras, policiais e
inspetoras de polícia incrustada na superfície.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1656945
Disseram para eu me sentar no banco da frente, na fileira da direita. De repente, ouviu-se um estrondo
do lado de fora do portão. Várias mulheres se aproximavam da entrada, esperando que o portão de ferro
se abrisse.
Enquanto as mulheres que tinham voltado do tribunal estavam em pé do lado de fora dos portões de
ferro, fui levada para fora da sala. Lá, havia o mesmo piso de cimento imundo, paredes de azulejos
amarelados descorados e duas escrivaninhas velhas de escritório. Uma inspetora branca e robusta estava
no comando. Quando eu descobri, entre os papéis grudados na parede, um cartaz de pessoas
procuradas pelo FBI com a minha fotografia e descrição, ela o arrancou de lá.
Eu ainda estava esperando naquela sala suja quando houve a troca de turno. Outra agente prisional foi
enviada para me vigiar. Ela era negra, jovem — mais nova do que eu —, usava cabelos crespos naturais
e, ao se aproximar, não demonstrou nenhum tipo de arrogância. Foi uma experiência que me desarmou.
No entanto, não foi o fato de ela ser negra que me surpreendeu, foi seu comportamento: sem
agressividade e aparentemente solidário.
Imaginando que eu pudesse ser capaz de obter dela alguma informação sobre a minha situação,
perguntei por que a demora era tão longa. Ela não sabia detalhes, disse, mas achavaque estavam
tentando decidir como me manteriam separada da população prisional. Seu pressentimento era de que
eu seria colocada na área da prisão reservada para mulheres com transtornos psicológicos. Olhei para ela
com incredulidade. Para mim, prisão era prisão — não existia gradação de melhor ou pior.
Angela Y. Davis. Uma autobiografia. Heci Regina Candiani (Trad.). 1.ª ed. São Paulo: Boitempo, 2019 (com
adaptações).
 
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
303) 
Sem alteração dos sentidos do texto, a palavra “lúgubre”, no primeiro parágrafo do texto, poderia ser
substituída por fúnebre.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1692374
CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Fernando arrancou o paletó no auge da impaciência e perguntou com voz esganiçada se eu
pretendia ficar a noite inteira ali de estátua enquanto ele teria que encher o tanque naquela escuridão de
merda porque ninguém lhe passava o raio da lanterna.
— Onde está a lanterna?
— Mas onde poderia estar a lanterna senão no porta-luvas, a princesa esqueceu?
 
Através do vidro, a estrela maior (Vênus) pulsava reflexos azuis. Gostaria de estar numa nave, mas com
o motor desligado, sem ruído, sem nada. Quieta. Ou neste carro silencioso mas sem ele. Já fazia algum
tempo que eu queria estar sem ele, mesmo com o problema de ter acabado a gasolina.
 
— As coisas ficariam mais fáceis se você fosse menos grosso — eu disse, entreabrindo a mão e
experimentando a lanterna no pedregulho que achei na estrada.
— Está bem, minha princesa, se não for muito incômodo, será que poderia me passar a lanterninha?
Quando me lembro dessa noite (e estou sempre lembrando) me vejo repartida em dois momentos: antes
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1692374
304) 
e depois. Antes, as pequenas palavras, os pequenos gestos, os pequenos amores culminados nesse
Fernando, aventura medíocre de gozo breve e convivência comprida. Se ao menos ele não fizesse aquela
voz para perguntar se por acaso alguém tinha levado a sua caneta. Se por acaso alguém tinha pensado
em comprar um novo fio dental, este estava no fim. Não está, respondi, é que ele se enredou lá dentro,
se a gente tirar esta plaqueta (tentei levantar a plaqueta) a gente vê que o rolo está inteiro mas
enredado e quando o fio se enreda desse jeito, nunca mais!, melhor jogar fora e começar outro rolo. Não
joguei. Anos e anos tentando desenredar o fio impossível, medo da solidão? Medo de me encontrar
quando tão ardentemente me buscava?
Lygia Fagundes Telles. Noturno Amarelo. In: Mistérios. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativos aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto seriam preservados se o vocábulo “esganiçada”
fosse substituído por estridente.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1825451
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825451
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas políticae militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
305) 
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
O vocábulo “suficiente” é sinônimo de bastante.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1825652
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Quem sou eu?
Se negro sou, ou sou bode,
Pouco importa. O que isto pode?
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muita vasta...
Há cinzentos, há rajados,
Baios, pampas e malhados,
Bodes negros, bodes brancos,
E, sejamos todos francos,
Uns plebeus, e outros nobres,
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Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes...
Aqui, nesta boa terra,
Marram todos, tudo berra;
Nobres Condes e Duquesas,
Ricas Damas e Marquesas,
Deputados, senadores,
Gentis-homens, vereadores;
Belas Damas emproadas,
De nobreza empantufadas;
Repimpados principotes,
Orgulhosos fidalgotes,
Frades, Bispos, Cardeais,
Fanfarrões imperiais.
Gentes pobres, nobres gentes,
Em todos há meus parentes.
Entre a brava militança
Fulge e brilha alta bodança;
Guardas, Cabos, Furriéis,
Brigadeiros, Coronéis,
Destemidos Marechais,
Rutilantes Generais,
Capitães de mar e guerra,
— Tudo marra, tudo berra —
Na suprema eternidade,
Onde habita a Divindade,
Bodes há santificados,
Que por nós são adorados.
Entre o coro dos Anjinhos
Também há muitos bodinhos.
O amante de Siringa
Tinha pelo e má catinga;
O deus Midas, pelas contas,
Na cabeça tinha pontas;
Jove quando foi menino,
Chupitou leite caprino;
E, segundo o antigo mito,
Também Fauno foi cabrito.
Nos domínios de Plutão,
Guarda um bode o Alcorão;
Nos lundus e nas modinhas
São cantadas as bodinhas:
Pois se todos têm rabicho,
Para que tanto capricho?
Haja paz, haja alegria,
Folgue e brinque a bodaria;
Cesse, pois, a matinada,
Porque tudo é bodarrada.
Luís Gama. Quem sou eu? In: Sílvio Romero. História da literatura brasileira.
Rio de Janeiro: Garnier, 1888. Internet: <www.brasiliana.usp.br> (com adaptações).
Glossário
Siringa: belíssima ninfa da água na mitologia clássica.
Midas: personagem da mitologia grega, rei da Frígia.
306) 
Jove: ou Júpiter, ou Zeus, deus dos deuses e dos homens.
Fauno: deus romano protetor dos pastores e rebanhos.
Plutão: ou Hades, deus que possuía as chaves do reino dos mortos.
 
Com relação a aspectos linguísticos do poema Quem sou eu?, anteriormente apresentado, julgue os
próximos itens.
 
Do 5.º ao 7.º verso e do 9.º ao 11.º verso, o poeta constrói, em cada verso, uma descrição baseada em
adjetivos antônimos entre si.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Proc Mun (Boa Vista)/Pref Boa Vista/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1-II
A cultura brasileira sempre se viu como uma cultura da mistura. Louva-se a tendência brasileira à
assimilação do que é significativo e importante das outras culturas. O Brasil celebra a mistura da
contribuição de brancos, negros e índios na formação da nacionalidade, exaltando o enriquecimento
cultural e a ausência de fronteiras de nossa cultura. De nosso ponto de vista, o misturado é completo; o
puro é incompleto. Trata-se evidentemente de uma autodescrição da cultura brasileira. Há então todo um
culto à mulata, representante por excelência da raça brasileira; do sincretismo religioso, sinal de
tolerância; do convívio harmônico de culturas que se digladiam em outras partes do mundo. A identidade
nacional está inextricavelmente vinculada à mistura racial.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/921915
307) 
No entanto, a decantada mistura brasileira não é indiscriminada, ela é seletiva. Há sistemas que não são
aceitos na mistura. No primeiro período de construção da identidade nacional, não há a ideia da mistura
das três raças, que hoje se consideram constitutivas da nacionalidade, mas somente dos índios e
brancos. Os negros estavam excluídos. Essa mistura não era desejável, pois se tratava de escravos.
Jose Luiz Fiorin. Identidade nacional e exclusão racial. In: Cadernos de estudos linguísticos, v. 58, n.º 1,
2016, p. 64-5 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e dos sentidos do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
 
O advérbio “inextricavelmente” tem o significado de inexoravelmente.
Certo
Errado
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Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Catar feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
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água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o item.
No primeiro verso, o verbo limitar está empregado como sinônimo de contentar.
Certo
Errado
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Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
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308) A leitura feita pelo aluno talvez seja a modalidade que atualmente mais precise de investimento na
escola. É comum ouvirmos dizer que o computador, a televisão e o video game são os maiores
concorrentes da leitura, e que estão ganhando a disputa. Há uma queixa recorrente dos professores de
que os alunos leem pouco, não leem bem, não entendem o que leem, ou seja, não são leitores fluentes.
Mas o que é ler bem? O que significa fluência leitora?
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente sem entender o
assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu propósito pelos alunos,
já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para que ler, quais estratégias poderão ser
utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor aos alunos esses propósitos em cada
atividade. Costumamos “tomar” um texto sempre com uma intenção, e esta não necessariamente está
vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também
posso ler para fazer um estudo sobre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo
empregado pelo autor, ou ainda para traçar um perfil das personagens. Lemos notícias com intuitos
variados, além de nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar
nosso conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá
determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.
Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética do sistema de
escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecemrelações entre grafemas e fonemas.
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto lido, pois
não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário um trabalho que o ajude a ir
além da leitura palavra a palavra ou sílaba a sílaba, para buscar outros meios de identificação que
permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralelamente os processos de decifração e
compreensão.
Valquiria Pereira. O que significa fluência leitora? In: Revista Nova Escola. jul./2013 (com adaptações).
309) 
Com relação às propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
Os vocábulos “compreensão” e “decifração” apresentam-se em relação de sinonímia.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Em tempos pré-modernos, os humanos experimentaram uma espantosa variedade de modelos
econômicos. Boiardos russos, marajás indianos, mandarins chineses e caciques de tribos ameríndias
tinham ideias muito diferentes sobre dinheiro, comércio, impostos e emprego. Hoje em dia, em
contraste, quase todo mundo acredita em pequenas variações sobre o mesmo tema capitalista, e somos
engrenagens de uma única linha de produção global. Se os ministros da Fazenda de Israel e do Irã se
encontrassem num almoço, eles teriam uma linguagem econômica comum e poderiam facilmente
compartilhar agruras.
Porém a homogeneidade contemporânea é mais evidente quando se trata de nossa maneira de ver o
nosso corpo. Se você ficasse doente mil anos atrás, importaria muito o lugar onde vivesse. Médicos
europeus ou chineses, xamãs siberianos, médicos feiticeiros africanos, curandeiros ameríndios — todo
império, reino e tribo tinha suas próprias tradições e seus especialistas, cada um adotando uma visão
diferente do corpo humano e da natureza da doença, cada um oferecendo seu próprio manancial de
rituais, preparados e curas. A única coisa que unia todas essas práticas médicas era que, em toda parte,
no mínimo um terço das crianças morriam antes de se tornarem adultas, e a expectativa de vida média
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310) 
era bem abaixo de cinquenta anos de idade. Hoje, se você adoecer, faz muito menos diferença o lugar
onde vive. Em Toronto, Tóquio, Teerã ou Tel Aviv, será levado a hospitais parecidos, onde médicos com
aventais brancos seguirão protocolos idênticos e farão exames idênticos para chegar a diagnósticos
muito semelhantes. Ao que tudo indica, todos acreditam que o corpo é formado por células, que doenças
são causadas por patógenos e que antibióticos matam bactérias.
Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018,
p. 138-41 (com adaptações).
A respeito das propriedades linguísticas do texto 9A2-I, julgue o item subsecutivo.
As palavras “muito” e “menos” são antônimas no contexto em que foram empregadas.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Texto 10A1-I
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é
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difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
311) 
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.
 
No primeiro parágrafo, o verbo “denotar” apresenta o mesmo sentido de demonstrar, por isso é correto
afirmar que são vocábulos homônimos.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ag Adm (CADE)/CADE/2014
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Esta é uma pergunta que supõe polos opostos. Qual o valor supremo a ser realizado pelo ensino?
A prioridade concedida à informação percorre caminhos diferentes do projeto de formar o cidadão
consciente, o espírito crítico, o ser humano solidário?
Até certo ponto sim. Entupir a cabeça do aluno (penso no jovem que se prepara para um vestibular) com
dados, nomes, números e esquemas, o que significa em termos de formar uma pessoa justa, verdadeira,
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compassiva, democrática? A aspiração de Montaigne continua viva, mais do que nunca: a criança não
deve ser um vaso que se encha, mas uma vela que se acenda.
Para não descambar no puro ceticismo, lembro que o exercício constante das ciências físico-matemáticas,
das ciências biológicas e da pesquisa histórica pode contribuir para a formação de hábitos de atenção e
rigor que, provavelmente, irão propiciar o respeito à verdade, o que é sempre um progresso moral. Digo
“provavelmente” porque os numerosos exemplos de transgressão da ética científica, movidos por
interesses e paixões, não permitem expressões de otimismo exagerado.
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores que ainda constituem o
ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro da educação liberal-capitalista nos aflige como,
em outro contexto, nos teria afligido um projeto de educaçãototalitária. Esta impõe, mediante a
violência do Estado, a passividade inerme do cidadão, ao qual só resta obedecer aos ditames do partido
dominante. Conhecemos o que foi a barbárie nazifascista, a barbárie stalinista, a barbárie maoísta. De
outra natureza é a barbárie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo irresponsável, dos lobbies
farmacêuticos, do desrespeito ao ambiente, das violações dos direitos humanos fundamentais, da
imprensa facciosa e venal, dos partidos de aluguel, da intolerância ideológica dos grupelhos, da
arrogância dos formadores de opinião espalhados pela mídia e pelas universidades.
Um plano oficial de educação pouco poderia fazer para alterar esse iminente risco de desintegração que
afeta a sociedade civil, atingindo classes e estamentos diversos; mas que ao menos se faça esse pouco!
Alfredo Bosi. A valorização dos docentes é a única forma de construir uma escola eficiente.
Chega de proletários do giz. In: Carta Capital. Ano XIX, n.º 781, p. 29 (com adaptações).
 
Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o
item.
 
312) 
Sem prejuízo para o sentido original do texto, o termo “iminente” (l.18) poderia ser substituído por
elevado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2014
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à
estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e
sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são
detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos,
afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social e
econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter
transnacional — com a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam
a estrutura social e econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao
tráfico de drogas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
 
A forma verbal “infligem” está empregada no texto com o mesmo sentido que está empregada na
seguinte frase: Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.
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313) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (BACEN)/BACEN/Área 1 (Suporte Técnico-Administrativo)/2013
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas consequências sobre a economia das
famílias e das empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos relacionam-se em suas operações de
compra, venda e troca de mercadorias e serviços de modo que cada fato econômico, seja ele de simples
circulação, de transformação ou de consumo, corresponde à realização de ao menos uma operação de
natureza monetária junto a um intermediário financeiro, em regra, um banco comercial que recebe um
depósito, paga um cheque, desconta um título ou antecipa a realização de um crédito futuro. A
estabilidade do sistema que intermedeia as operações monetárias, portanto, é fundamental para a
própria segurança e estabilidade das relações entre os agentes econômicos.
A iminência de uma crise bancária é capaz de afetar e contaminar todo o sistema econômico, fazendo
que os titulares de ativos financeiros fujam do sistema financeiro e se refugiem, para preservar o valor
do seu patrimônio, em ativos móveis ou imóveis e, em casos extremos, em estoques crescentes de
moeda estrangeira. Para se evitar esse tipo de distorção, é fundamental a manutenção da credibilidade
no sistema financeiro. A experiência brasileira com o Plano Real é singular entre os países que adotaram
políticas de estabilização monetária, uma vez que a reversão das taxas inflacionárias não resultou na
fuga de capitais líquidos do sistema financeiro para os ativos reais.
Pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional é a garantia de sucesso do Plano Real.
Não existe moeda forte sem um sistema bancário igualmente forte. Não é por outra razão que a Lei n.º
4.595/1964, que criou o Banco Central do Brasil (BACEN), atribuiu-lhe simultaneamente as funções de
zelar pela estabilidade da moeda e pela liquidez e solvência do sistema financeiro.
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314) 
Atuação do Banco Central na sua função de zelar pela estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Internet: 
< w w w . b c b . g o v . b r > (c om ad a p t a ç õ e s ) .
 
Julgue o item a seguir, em relação à estrutura linguística e à organização das ideias do texto acima.
 
A palavra “iminência” está empregada, no texto, com o sentido de proximidade (no que se refere a
intervalo de tempo).
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2013
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Texto para o item.
A crescente inter-relação entre acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC), propriedades
cognitivas para uso social das tecnologias da informação, desigualdades sociais e regionais e políticas
públicas de inclusão digital nos levam a problematizar as condições materiais e cognitivas de inserção do
cidadão brasileiro, oriundo de diferentes estratos sociais e universos culturais, na chamada sociedade da
informação e do conhecimento. O papel do Estado, para isso, é fundamental, na medida em que ele
dispõe das ferramentas necessárias à promoção de políticas públicas que combatam desigualdades em
vários níveis, inclusive naquele que diz respeito ao acesso às TIC.
O direito humano à inclusão digital, no Brasil, tem base doutrinária na Constituição Federal de 1988, que
contemplou uma série de dispositivos inspirados diretamente na Declaração Universal dos Direitos
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Humanos de 1948, como, por exemplo, o art. 5.º, no qual se encontra a garantia do acesso à
informação, além da livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença. O art. 219 é contundente ao estabelecer, em relação à ciência
e tecnologia, que o mercado interno deve integrar o patrimônio nacional e ser incentivado para viabilizar
o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do
país.
A inclusão digital surge, no Brasil e em outros países, como iniciativa de combate à fratura digital, a qual,
na verdade, aponta, antes de tudo, para uma fratura energética, social, econômica, cultural e cognitiva.
A inclusão digital compreende fatores que visam possibilitar o crescente e livre acesso às TIC, ou ao
mundo informatizado, em especial às populações carentes, que, isoladamente, não têm condições de
adquirir tecnologias da informação. Nesse sentido, a inclusão digital passa, necessariamente, não
somente pelo acesso às TIC, mas pela regularidade e qualidade desse acesso (velocidade) e pelas
propriedades cognitivas necessárias para que o indivíduo seja capaz de mobilizar recursos e ferramentas
disponibilizadas pelas tecnologias para sua verdadeira apropriação.
Sayonara Leal e Sandra Brant. Políticas de inclusão digital no Brasil: a experiência da formação dos monitores
dos telecentros GESAC. In: Liinc em revista, v. 8, n. 1, 2012. Internet: <www.brapci.ufpr.br> (com adaptações).
Acerca das ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsequente.
Na linha6, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da palavra “estratos” ou extratos, uma
vez que ambas denotam o mesmo sentido, sendo a segunda palavra variante ortográfica da primeira.
Certo
Errado
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315) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto 8A2-I
Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
316) 
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto 8A2-I, julgue o item que se segue.
 
A palavra “rastros” (último período do primeiro parágrafo) é tomada em seu sentido denotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto 8A3
O AMOR BATE NA AORTA
Cantiga do amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
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para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito!
O amor bate na porta,
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo corpos, vejo almas
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender…
Carlos Drummond de Andrade,
Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 46-48 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os sentidos do texto 8A3, julgue o item a seguir.
 
317) 
Na terceira estrofe, a forma verbal “me constipei”, no contexto em que aparece, está empregada em
sentido denotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AFM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto
 
O Estado moderno exerce um papel importante na moldagem da distribuição de renda e do bem-estar
entre seus cidadãos, moderando as desigualdades geradas pela economia de mercado. Ele busca esses
objetivos por intermédio de várias políticas públicas, como o estabelecimento do arcabouço legal do
ambiente de negócios, a regulação da concorrência econômica, a provisão de bens e serviços públicos, a
promoção de transferências monetárias às famílias de baixa renda e a arrecadação dos tributos
necessários a seu financiamento.
Entre as principais funções do Estado, sob a ótica das finanças públicas, está a função redistributiva. Essa
função está basicamente associada a ajustamentos no perfil da distribuição de renda, uma vez que as
alocações de mercado podem levar a uma situação de desigualdade não apoiada pelos anseios gerais da
população. Nesse caso, o equilíbrio de mercado pode passar a gerar conflitos e a interferir no
funcionamento da própria sociedade.
Um importante instrumento à disposição do Estado para exercer sua função distributiva é, naturalmente,
o sistema tributário. Por meio dele, o governo pode ajustar a renda dos cidadãos, taxando mais algumas
rendas e menos outras, de forma a atingir uma distribuição final mais equitativa. Um sistema tributário
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318) 
progressivo é aquele no qual os impostos aumentam mais que proporcionalmente com o aumento da
renda dos contribuintes. O sistema regressivo ocorre quando o pagamento dos impostos aumenta menos
que proporcionalmente com a renda dos contribuintes e proporcional (ou neutro) quando os impostos
aumentam proporcionalmente com a renda.
O sistema de impostos progressivo tende a reduzir a desigualdade de renda entre os cidadãos. No
contexto do sistema tributário de qualquer país, o tributo que melhor possibilita a aplicação do princípio
da progressividade é o imposto de renda da pessoa física (IRPF). O IRPF brasileiro apresenta elevada
progressividade em termos de desvio da proporcionalidade e moderada capacidade redistributiva, em
função da baixa representatividade da arrecadação frente à renda bruta total do país. A progressividade
do tributo brasileiro advém essencialmente da estrutura de alíquotas, sendo que a estrutura das
deduções do rendimento bruto é proporcional e, portanto, neutra em termos de progressividade.
Internet: <https://www.scielo.br/> (com adaptações).
 
Considerando os sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
Considerada a perspectiva argumentativa do autor, é correto afirmar que o termo “equilíbrio” (terceiro
período do segundo parágrafo) é empregado no texto com conotação negativa.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) -Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
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A língua que falamos molda a forma como enxergamos as coisas. Cada idioma tem seus recursos e
expressões, e isso tudo pode contribuir para que uma mesma situação ganhe interpretações diferentes.
Ao comentar sobre o pouco tempo que tem de almoço, por exemplo, uma pessoa que fala inglês ou
sueco provavelmente utilizaria o termo “pausa curta”. Para falantes de espanhol e grego, porém, o
momento seria descrito como uma “pequena pausa”.
Essas variações na linguagem podem influenciar a percepção que cada pessoa tem sobre o tempo. E o
caso mais interessante vem daqueles que falam mais de um idioma. Quem é bilíngue tem uma
“chavinha” no cérebro, alterada de acordo com a língua que será utilizada.
Para determinar essa relação, alguns pesquisadores analisaram um grupo de 80 voluntários, composto
metade por espanhóis e metade por suecos, que foram submetidos a alguns experimentos psicológicos.
No primeiro, eles tinham de assistir a uma animação de computador que mostrava duas linhas, que
cresciam a partir de um ponto. Uma delas levava três segundos para atingir o tamanho de quatro
polegadas. A outra crescia até atingir seis polegadas, no mesmo tempo. Após acompanharem as cenas,
os voluntários eram orientados a manifestar suas impressões, estimando quanto tempo as linhas levaram
para atingir seus tamanhos finais.
Os pesquisadores esperavam que os suecos tivessem mais dificuldade em acertar esse tempo. E foi
exatamente o que aconteceu: para eles, a linha maior teria demorado mais que a outra para chegar às
seis polegadas. Enquanto isso, espanhóis indicaram a duração do experimento com mais precisão —
independentemente do tamanho de cada linha.
De acordo com os cientistas, o observado tem relação direta com a maneira como ambas as culturas
quantificam o tempo.
O que tudo isso sugere é que, sob certas condições, a linguagem pode ter um peso maior que a rapidez
de pensamento. Isso quer dizer que somente o fato de os pensamentos serem em certo idioma já pode
ser responsável por uma desvantagem em determinada tarefa.
A boa notícia é que aprender novas línguas significa quebrar essa barreira, nos tornando capazes de
perceber nuances que não conseguiríamos antes.
Internet: <www.super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
A palavra ‘chavinha’ (terceiro período do segundo parágrafo) é empregada no texto em sentido
denotativo, como sinônima de meio de acesso, a despeito do valor afetivo que o uso do diminutivo
adquire no contexto
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156246
319) 
320) 
Julgue o item subsequente, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
Há, na afirmação “AO CONTRÁRIO DA BEBIDA, A VIDA NÃO PERMITE PEDIR MAIS UMA.”, um jogo de
palavras expresso em sentido figurado para chamar a atenção do receptor da mensagem que se
pretende veicular.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825460
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
321) 
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
No último parágrafo, o verbo correr está empregado com sentido denotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Catar feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103242
322) 
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o item.
Haja vista as situações apresentadas no poema, a expressão “catar feijão” tem tanto sentido denotativo
quanto conotativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103346
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria com a
cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam. Era o seu jeito mais congruente de me passar o
afeto calado de sua companhia,e ao mesmo tempo me adestrar na sabedoria que apanhara dos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103346
323) 
antepassados rurais: pequenos conhecimentos cristalizados em hábitos recorrentes que eram exercidos
todos os dias no amanho da terra e no cultivo dos animais, com a entranhada naturalidade de quem já
nasceu posseiro de seus segredos e de sua magia. Além de lavrar no Engenho Murituba os bens de
consumo que abasteciam a sua gente, meu avô ainda tinha o domínio razoável de todos os pequenos
ofícios necessários ao bom andamento de sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174.
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
A palavra “magia” está empregada no texto com sentido denotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2018
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto X
A facilidade de comunicações acabou com esses tanques em que floresciam as diferentes culturas.
Quando antes se olhava o mapa-múndi e via-se cada país de um colorido diferente, podia-se tomar isso
ao pé da letra. É verdade que o mundo continuou a ser uma colcha de retalhos; mas são todos da
mesma cor. Bombaim, Roma, Tóquio, que se escondiam, cada um com seu peculiar mistério, nos
compartimentos estanques da sua própria civilização, agora, a julgar pelos filmes, estão perfeitamente
padronizados, universalizados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/693175
324) 
E, no mundo de hoje, para desconsolo dos descendentes de Sindbad e de Marco Polo, a única cor local
das cidades famosas são os turistas.
Mário Quintana. Mapa-múndi. In: Prosa&Verso. Porto Alegre: Globo, 1978, p. 60.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto X, julgue (C ou E) o item a seguir.
 
As expressões “tomar isso ao pé da letra” e “colcha de retalhos” são exemplos da função denotativa da
linguagem.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APPGE (SEDF)/SEDF/Secretário Escolar/2017
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,
na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório e único de
todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
 
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não é
condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/460230
325) 
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
 
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 27.ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos sentidos do texto e à sua classificação quanto ao tipo e ao gênero
textual, julgue o próximo item.
 
O vocábulo “miragem” foi empregado no texto em sentido figurado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua
literária pautada pela do Portugal contemporâneo. A sociedade colonial considerava-se um
prolongamento da sociedade ultramarina. O seu ideal era reviver os padrões vigentes no reino.
 
Já para a língua popular as condições eram outras. A separação no espaço entre a população da colônia
e a da metrópole favoreceu uma evolução linguística divergente. Acresce que, com o encontro, em
território americano, de sujeitos falantes de regiões diversas da mãe-pátria, cada um dos quais com o
seu falar próprio, se realizou um intercurso, intenso e em condições inéditas, de variantes dialetais,
conducente a nova distribuição e planificação linguística. Mesmo sem insistir em tal ou qual ação
secundária das novas condições de vida física e social e de contato com os indígenas (e posteriormente
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463341
326) 
com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de diferençar-se inelutavelmente da de
Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo ou sermo cotidianus seu.
 
Joaquim Mattoso Câmara Junior. A língua literária. In: Evanildo Bechara (org.). Estudo da
língua portuguesa: textos de apoio. Brasília: FUNAG, 2010, p. 292 (com adaptações).
 
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
A palavra “coloquialismo” é tomada em seu sentido denotativo e usada como sinônimo da expressão
latina “sermo cotidianus ”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2017
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto
 
Escrita em prosa e verso, a Carta Marítima é formalmente um poema sui generis, que supera as
divisões convencionais do discurso. Quanto à mensagem, tem elementos de uma alegre sátira
ideologicamente avançada para o acanhado meio português do tempo, na qual Sousa Caldas censura os
privilégios e a vida materializada, presa a uma educação artificial e obsoleta, sugerindo a regeneração da
sociedade por meio de uma transformação como a que lhe parecia estar em curso na França
revolucionária. No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a algo diferente, que
não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero como exemplo de poeta
desligado do real, fechado num mundo factício, louve um moderno, Cervantes, que assim privilegia como
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/530679
autor de obra-prima mais adequada ao tempo, e que de mais a mais reforça o seu propósito na Carta,
por ser ela própria uma sátira contra costumes e convenções cediças. Portanto, já em 1790 Caldas
insinuava a necessidade de mudar os padrões, e o fazia com mais força e originalidade do que faria seis
anos depois o francês Joseph Berchoux, na citadíssima e medíocre Elegia sobre os Gregos e os
Romanos, onde os acusa de lhe infelicitarem a vida. (...)
 
A mudança sugerida na Carta levaria o tempo de uma geração para acontecer. Mas mesmo sem propor
novos rumos Sousa Caldas contribuiria a seu modo, ao descartar no resto da obra a imitação da
Antiguidade e voltar-se para os temas religiosos, que o Romantismo consideraria mais tarde como um
dos seus timbres diferenciadores. Pelo fato de ter remontado na tradução dos Salmos à poesia bíblica,
embora nada tenha de pré-romântico ele foi considerado mais ou menos precursor a partir do decênio de
1830; mas é inexplicável que os românticos nunca tenham mencionado a Carta, que poderia, na
perspectiva deles, ser lida como verdadeiro manifesto modernizador.
 
Curioso a este respeito é o caso de Gonçalves de Magalhães, que publicou em 1832 o pífio volume
Poesias, encharcado da rotina mais banal daquele momento de exaustão literária, inclusive com recurso
constante à mitologia clássica. Mas no ano seguinte escreveu que não queria mais saber dela, por clara
influência da Carta Marítima, imitada quase ritualmente numa Carta ao Meu Amigo Dr. Cândido
Borges Monteiro (datada do Havre, 1833), onde narra a sua própria viagem à França. Vistas as coisas
de hoje, isto parece uma inflexão por influência de Sousa Caldas, antes da conversão estética ocorrida
em Paris e manifestada na revista Niterói. Por que então nos escritos renovadores Magalhães não
mencionou esta sua precoce mudança de rota, nem mesmo quando se referia a Sousa Caldas? Difícil
imaginar os motivos, sobretudo quando pensamos que os primeiros românticos queriam a todo custoencontrar precursores, evocando Durão, Basílio, São Carlos e Sousa Caldas entre os principais. Talvez
porque para quem tinha andado de braço com as musas clássicas, como o Magalhães de Poesias, a
carga mitológica da Carta Marítima parecesse, na hora de renovar, incompatível com a nova moda. Por
isso, não apenas deixou a sua própria Carta fora dos Suspiros Poéticos, mas só se animou a publicá-la
em 1864, no volume Poesias Avulsas das suas obras completas, onde recolheu pecados da mocidade.
327) 
No entanto, se a tivesse divulgado na altura da sua pregação renovadora ela teria sido (apesar da
péssima qualidade ) um argumento de certo peso no rastreamento de sinais precursores e da sua
própria antecipação. (...)
No rasto de Magalhães, os primeiros românticos também puseram de lado a Carta de Sousa Caldas, que
talvez tenham mesmo treslido, sem perceberem a força renovadora que está implícita na sua brincadeira
profilática e faz dela indício precursor de certos aspectos que o nosso Romantismo assumiria, sem deixar
com isso de ser um documento, plantado no solo setecentista da Ilustração.
 
Antonio Candido. Carta Marítima. In: O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1998, p. 220-2 (com
adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos e textuais do texto, julgue o seguinte item.
 
Os adjetivos “pífio” e “encharcado” e a expressão “exaustão literária” são empregados, no texto, em
sentido conotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APC (FUNPRESP-EXE)/FUNPRESP-EXE/Jurídica/2016
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Luís Fernando Veríssimo diz que o cronista é como uma galinha, bota seu ovo regularmente. Carlos
Eduardo Novaes diz que crônicas são como laranjas, podem ser doces ou azedas e podem ser
consumidas em gomos ou pedaços, na poltrona de casa ou espremidas na sala de aula.
 
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328) 
Já andei dizendo que o cronista é um estilita. Não confundam, por enquanto, com estilista. Estilita era o
santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São Simeão
passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva. Claro que, de tanto purificar seu estilo diariamente, o
cronista estilita acaba virando um estilista.
 
O cronista é isso: fica pregando lá em cima de sua coluna no jornal. Por isso, há uma certa confusão
entre colunista e cronista, assim como há outra confusão entre articulista e cronista. O articulista escreve
textos expositivos e defende temas e ideias. O cronista é o mais livre dos redatores de um jornal. Ele
pode ser subjetivo. Pode (e deve) falar na primeira pessoa sem envergonhar-se.
 
O cronista é crônico, ligado ao tempo, deve estar encharcado, doente de seu tempo e ao mesmo tempo
pairar acima dele.
 
Affonso Romano de Sant’Anna. O que é um cronista? In: O Globo. 12/6/1988 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto O que é um cronista?, julgue o item a seguir.
 
No período “O cronista é isso: fica pregando lá em cima de sua coluna no jornal”, o verbo pregar foi
empregado em sentido figurado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2016
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/354161
 
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar.
Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma
escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde
caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina
na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
 
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio onde morava Mário
Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma
semana e nem decorara ainda o número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota
de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só
um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser
227”. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do
Mário, havia uma diferença na numeração.
 
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
 
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos do texto, julgue o próximo item.
 
A expressão “armar ali a minha tenda” foi empregada no texto em sentido figurado.
Certo
Errado
329) 
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2015
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
A língua que falamos, seja qual for (português, inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um dos
mais eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a respeito: “Todos temos de ser poliglotas
em nossa própria língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma reunião de trabalho como se
falaria em uma mesa de bar. A língua varia com, no mínimo, quatro parâmetros básicos: no tempo (daí o
português medieval, renascentista, do século XIX, dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português
lusitano, brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista, nordestino); segundo a escolaridade
do falante (que resulta em duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada) e finalmente
varia segundo a situação de comunicação, isto é, o local em que estamos, a pessoa com quem falamos e
o motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas variedades de fala: formal e
informal.
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há situações em que se deve usar
traje social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas situações em que se usa maiô ou
mesmo nada, quando se toma banho. Trata-se de normas indumentárias que pressupõem um uso
“normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é normal, pois causa estranheza.
A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para entrevistas de emprego, audiências judiciais; e
outra para a comunicação em compras no supermercado. A norma culta é o padrão de linguagem que se
deve usar em situações formais.
A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações? Evidentemente que não,
sob pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente tinha ido” em uma conversa
de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro que os pais devem
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330) 
ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o professor deve corrigir o aluno, mas será que temos
o direito de advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
Língua Portuguesa. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações).
De acordo com o texto acima, julgue o seguinte item.
 
O vocábulo “indumentárias” está empregado em sentido figurado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2015
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto para a questão.
Distingo, no português histórico, dois períodos principais: o português antigo, que se escreveu até os
primeiros anos do século XVI, e o português moderno. Robustecida e enriquecida de expressões novas, a
linguagem usada nas crônicas desse segundo período, que relatam os descobrimentos em África e Ásia e
os feitos das armas lusitanas no Oriente, culmina no apuro e no gosto do português moderno d’Os
Lusíadas (1572). É o século da Renascençaliterária, e tudo quanto ao depois se escreve é a continuação
da linguagem desse período. E como não ficou estacionário o português moderno, denominou-se
quinhentista, seiscentista, setecentista a linguagem própria a cada era. Reservo a denominação de
português hodierno para as mudanças características do falar atual criadas ou fixadas recentemente, ou
recebidas do século XIX, ou que por ventura remontam ao século XVIII.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/294054
Limites entre os diversos períodos não podem ser traçados com rigor. Ignoram-se a data ou o momento
exato do aparecimento de qualquer alteração linguística. Neste ponto, nunca será a linguagem escrita,
dada a sua tendência conservadora, espelho fiel do que se passa na linguagem falada. Surge a inovação,
formulada acaso por um ou poucos indivíduos; se tem a dita de agradar, não tarda a generalizar-se o seu
uso no falar do povo. A gente culta e de fina casta repele-a, a princípio, mas, com o tempo, sucumbe ao
contágio. Imita o vulgo, se não escrevendo com meditação, em todo o caso no trato familiar e falando
espontaneamente. Decorrem muitos anos, até que por fim a linguagem literária, não vendo razão para
enjeitar o que todo o mundo diz, se decide a aceitar a mudança também. Tal é, a meu ver, a explicação
não somente de fatos isolados, mas ainda do aparecimento de todo o português moderno.
Não é de crer que poucos anos depois de 1500, quase que bruscamente e sem influxo de idioma
estranho, cessassem em Portugal inveterados hábitos de falar e se trocasse o português antigo em
português moderno. Nem podemos atribuir a escritores, por muito engenho artístico que tivessem,
aptidões e autoridade para reformarem, a seu sabor, o idioma pátrio e sua gramática. Consistiria a sua
obra antes em elevar à categoria de linguagem literária o falar comum, principalmente o das pessoas
educadas, tornando-o mais elegante e desterrando locuções que lhe dessem aspecto menos nobre. Mas
os escritores antigos evitavam afastar-se da prática recebida de seus avós e, posto que muitas
concessões tivessem de fazer ao uso para serem entendidos, propendiam mais a utilizar-se de recursos
artificiais que dessem ao estilo certo ar de gravidade e acima do vulgar.
 
O século XVI, descerradas as cortinas que encobriam o espetáculo de novos mundos, e dada a facilidade
de pôr a leitura das obras literárias ao alcance de todos, graças ao desenvolvimento da imprensa, devia
fazer cessar a superstição do passado, mostrar o caminho do futuro e ditar a necessidade de se
exprimirem os escritores em linguagem que todos entendessem. Resolveram-se a fazê-lo. Serviram-se da
linguagem viva de fato, como o demonstram os diálogos das comédias de então, que reproduzem o falar
tradicional da gente do povo. Trariam estes diálogos os característicos gramaticais do português antigo,
se fosse este ainda o idioma corrente.
 
331) 
M. Said Ali. Prólogo da Lexeologia do português histórico, 1.ª ed. 1921. In: Gramática histórica da língua
portuguesa. 8.ª ed. rev. e atual. por Mário Eduardo Viaro. São Paulo: Companhia Melhoramentos; Brasília, DF:
Editora Universidade de Brasília, 2001, p. 17-8 (com adaptações).
 
 
Julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de elementos coesivos e do vocabulário do texto de M. Said
Ali.
 
As formas verbais “sucumbe” e “desterrando”, que poderiam ser corretamente substituídas,
respectivamente, por não resiste e livrando-se de, foram assim empregadas no texto: a primeira, em
sentido denotativo, e a segunda, em sentido conotativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/243229
CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2014
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à
estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e
sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são
detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos,
afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social e
econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter
transnacional — com a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam
a estrutura social e econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/243229
332) 
tráfico de drogas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
 
Na linha 3, dados os sentidos do trecho introduzido por dois-pontos, o vocábulo “fronteiras” deve ser
interpretado em sentido amplo, não estando restrito ao seu sentido denotativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2013
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Fragmentos de texto para o item
Fragmento I – A invenção do telefone
Alexander Graham Bell cresceu fascinado pelo som. Sua mãe era surda, o que o levou desde cedo a
refletir sobre as características do som. Enquanto dava aulas a crianças surdas em Boston, ele se tornou
obcecado pela ideia de transmitir a voz eletricamente, tendo inventado o telefone em 1876, apresentado
por ele na Exposição do Centenário, na Filadélfia.
Fragmento II – A maravilha sem fio de Marconi
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1300297
Guglielmo Marconi, considerado o pai da transmissão de rádio de longa distância, dividiu o Prêmio Nobel
de Física de 1909 com Karl Ferdinand Braun, por suas contribuições ao desenvolvimento da telegrafia
sem fio. No entanto, inicialmente suas ideias não foram muito bem recebidas. Com o apoio dos pais,
realizou testes com transmissores e receptores, enviando sinais a quilômetros de distância. Em busca de
mais recursos, Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funcionário descartou a ideia, dizendo que
era melhor apresentá-la em um manicômio. Ele, então, viajou para Londres, e do principal escritório
telegráfico da cidade transmitiu o primeiro sinal sem fio. Em 13/5/1897, Marconi realizou a primeira
transmissão sem fio em mar aberto.
Fragmento III – A primeira chamada de celular
Marty Cooper, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Motorola, fez a primeira chamada de um
telefone celular portátil nas ruas de Nova York, em 1973. Três meses antes, a rival AT&T começava a
monopolizar o incipiente mercado das comunicações sem fio. Para fazer frente à concorrência, Cooper
suspendeu todos os outros projetos da Motorola e desafiou sua equipe a criar um telefone portátil
funcional em noventa dias.
 
Cooper usou sua nova invenção para ligar para Joel Engel, chefe de desenvolvimento da AT&T. Depois de
uma breve saudação, Cooper lhe disse: “estou ligando para você de um telefone celular, mas um celular
de verdade, portátil”. A única resposta do outro lado da linha foi o silêncio.
Fragmento IV – A primeira mensagem de texto
Em 3/12/1992, Neil Papworth, um engenheiro da Vodafone, enviou a primeira mensagem de texto a seu
colega Richard Jarvis: “FELIZ NATAL”. Papworth enviou a mensagem usando um teclado de computador,
já que os telefones celulares ainda não possuíam teclados alfabéticos. Seriam necessários anos até que
os telefones comerciais incorporassem essa funcionalidade. O Communicator 9110 da Nokia foi lançado
333) 
em 1998 e tornou-se um dos primeiros dispositivos a transmitir mensagens de texto e dados. Calcula-se
que, em 2011, mais de 2,3 trilhões de mensagens de texto tenham sido enviadas em todo o mundo.
Internet: <www.discoverybrasil.uol.com.br> (com adaptações).Com base nos fragmentos de texto acima, julgue o item.
Depreende-se da leitura do fragmento III que a expressão “única resposta do outro lado da linha” está
empregada em sentido figurado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2013
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1558240
334) 
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do Mundo. Cia das Letras, 2013.
A partir da leitura do texto “Elegia 1938”, julgue o item a seguir.
 
A expressão “Grande Máquina” é uma clara referência, em forma conotativa, à Revolução Industrial.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Sec Esc (SEDUC AL)/SEDUC AL/2013
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
A complexidade da organização escolar afeta o seu principal gestor, o diretor. Ele tem de aliar
quatro tipos de competências: conhecimentos específicos relativos à educação; relacionamento
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1558879
335) 
interpessoal com a comunidade interna, em especial com os professores e alunos; capacidade de ganhar
confiança e atrair a comunidade externa, principalmente os pais; e habilidades em gestão.
Desse modo, devem ser evitadas duas visões extremas: a de ignorar a necessidade de os gestores
escolares conhecerem e desenvolverem ferramentas de gestão, e a de acreditar que basta implantar um
modelo gerencial “importado” de qualquer grande empresa, trazendo junto um diretor com perfil de
“gerente”, que serão resolvidos os problemas da escola. Tais visões aparecem regularmente no debate
educacional e produzem efeitos deletérios para o avanço da gestão escolar.
Internet: <www.fvc.org.br> (com adaptações).
Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
Empregado em sentido figurado, o termo ‘importado’ tem, no texto, o sentido de comprado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACP (MP TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022
Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo
que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história
conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo
resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica,
já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2157245
A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de
numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa
a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas
quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a
corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere
a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da
burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de
votos dos legisladores.
Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem
uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos
dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se
configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.
Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual.
In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições.
Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.
 
No primeiro parágrafo, o vocábulo “polissêmico” diz respeito à multiplicidade de significados da palavra
‘corrupção’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/165030
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/165030
336) 
CEBRASPE (CESPE) - Admin (SUFRAMA)/SUFRAMA/2014
Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
As línguas amazônicas hoje: quantidade e diversidade
 
Atualmente são faladas na Amazônia cerca de 250 línguas indígenas, cerca de 150 em território
brasileiro. Embora aparentemente altos, esses números são o resultado de um processo histórico — a
colonização europeia da Amazônia — que reduziu drasticamente a população indígena nos últimos 400
anos. Estima-se que, só na Amazônia brasileira, o número de línguas e de povos teria sido de uns 700
imediatamente antes da penetração dos portugueses. Apesar da extraordinária redução quantitativa, as
línguas ainda existentes apresentam considerável diversidade, o que caracteriza a Amazônia como uma
das regiões de maior diferenciação linguística do mundo, com mais de 50 famílias linguísticas.
 
Aryon Dall’Igna Rodrigues. Aspectos da história das línguas indígenas da Amazônia. In: M. do S. Simões
(Org.). Sob o signo do Xingu. Belém: IFNOPAP/UFPA, 2003, p. 37-51 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte.
 
O adjetivo “extraordinária” está empregado com o mesmo sentido que na seguinte frase: Hoje haverá
plantão extraordinário.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/228478
CEBRASPE (CESPE) - TA (ANATEL)/ANATEL/Administrativo/2014
Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
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337) No começo dos tempos, as pessoas precisavam aproveitar o período em que o Sol estava radiante
para praticar suas atividades diárias. Com o passar dos anos, essa diferenciação entre dia para agir e
noite para dormir foi ficando menos evidente. Isso porque o advento da iluminação e, mais
precisamente, da iluminação pública, permitiu que as pessoas desfrutassem mais da noite e deixou as
cidades mais seguras e bonitas. Dos lampiões a querosene aos leds, a evolução da iluminação contribuiu
para a transformação das cidades e dos hábitos das pessoas.
 
Desde a Idade Média, os seres humanos vinham tentando resolver o problema da escuridão com velas e
outros artefatos. Nesse período, eram usadas tochas com fibras torcidas e impregnadas com material
inflamável. Foi, sobretudo, no século XV que a iluminação pública se tornou uma preocupação nas
cidades. A história indica que, em 1415, na Inglaterra, a iluminação surgiu como uma solução para
amenizar a violência e, principalmente, os roubos a comerciantes, que aconteciam com frequência na
região.
 
Não é à toa que especialistas consideram a iluminação como uma grande aliada das cidades na luta
contra a violência urbana, já que é uma grande inibidora de atos de vandalismo,roubo e agressões.
 
Internet: <http://www.osetoreletrico.com.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
 
A expressão “à toa” tem, no texto, o mesmo sentido que na frase: Aquela não é uma pessoa à toa.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/257532
CEBRASPE (CESPE) - PT (CBM CE)/CBM CE/2014
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/257532
338) 
Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
A história da formação dos corpos de bombeiros no país começou no século XVI, no Rio de Janeiro.
Nessa época, quando ocorria um incêndio, os voluntários, aguadeiros e milicianos, corriam para apagá-lo
e, na maior parte das vezes, perdiam a batalha devido às construções de madeira. Os incêndios ocorridos
à noite vitimavam ainda mais pessoas, devido à precária iluminação das ruas.
Quando havia um incêndio na cidade, os aguadeiros eram avisados por três disparos de canhão, partidos
do morro do Castelo, e por toques de sinos da igreja de São Francisco de Paula, correspondendo o
número de badaladas ao número da freguesia onde se verificava o sinistro. Esses toques eram
reproduzidos pela igreja matriz da freguesia. Assim, os homens corriam para os aguadeiros, e a
população fazia aquela fila quilométrica, passando baldes de mão em mão, do chafariz até o incêndio.
 
Os primeiros bombeiros militares surgiram na Marinha, pois os incêndios nos antigos navios de madeira
eram constantes. Porém, eles existiam apenas como uma especialidade, e não como uma corporação. A
denominação de bombeiros deveu-se a operarem principalmente bombas d’água, dispositivos
rudimentares em madeira, ferro e couro.
 
Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no século XIX, mais precisamente ao Rio de Janeiro, foi
criado, em julho de 1856, por decreto imperial, o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte. Quando
recebiam aviso de incêndio, os praças saíam puxando o corrico (que tinha de seis a oito mangueiras)
pela via pública e procuravam debelar o fogo, solicitando os reforços necessários, conforme a extensão
do sinistro.
Internet: <www.bombeirosfoz.com.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e a estrutura linguística do texto, julgue o item que se segue.
 
O substantivo “freguesia” pode ser substituído no texto, sem prejuízo de sentido, por clientela.
339) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/162965
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STF)/STF/Apoio Especializado/Revisão de Textos/2013
Língua Portuguesa (Português) - Polissemia
Em caso de antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, deve mandar
intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação (CPC, art. 242, § 2.º), sendo
ineficaz a intimação feita exclusivamente pelo Diário da Justiça do DF, se comprovado prejuízo para a
parte. Verificada a ausência de intimação da parte ré para audiência de instrução e julgamento que teve
sua data antecipada, impõe-se a anulação da sentença que a condenou, por não se desobrigar de
comprovar o fato extintivo ou modificativo do direito reclamado pelo autor, determinando-se a devolução
dos autos ao juizado de origem, para regular tramitação do feito.
Internet: <http://tj-df.jusbrasil.com.br > (com adaptações).
 
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
 
No texto, os termos “ofício” e “requerimento da parte” referem-se a documentos utilizados no âmbito
judicial.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/596207
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/162965
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596207
340) 
Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de Parágrafos
Texto 6A2BBB
A obra de Maquiavel causou bastante polêmica por romper com a visão usual da atividade política. Na
tradição cristã, a política era vista como uma forma de preparar a Cidade de Deus na terra. Na
Antiguidade, era uma maneira de “promover o bem comum”. Havia sempre a referência a um objetivo
transcendente, a um padrão implícito ou explícito de justiça. Para Maquiavel, o que importa, na política, é
o poderreal. Não é uma questão de justiça ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros.
N’O Príncipe, Maquiavel ensina que a meta de toda ação política é ampliar o próprio poder em relação
aos outros.É necessário reduzir o poder dos adversários: semear a discórdia nos territórios conquistados,
enfraquecer os fortes e fortalecer os fracos; em suma, dividir para reinar.
Os Discorsi são uma longa glosa dos dez primeiros livros da História de Roma, de Tito Lívio, vistos
como um documento histórico incontestável, embora hoje se saiba que o autor não se furtava a alterar
os fatos para robustecer seu caráter alegórico ou exemplar — procedimento, aliás, que Maquiavel
também adotaria em suas Histórias Florentinas. Na obra, ele procura, nos costumes dos antigos,
elementos que possam ser utilizados na superação dos problemas de sua época.
Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga, Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre
seus cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como “tumultos”. Trata-se de uma visão
revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade. Até hoje, a busca do
“consenso” e o sonho de uma sociedade harmônica, sem disputa de interesses, estão presentes no
discurso político e, mais ainda, alimentam a desconfiança com que são vistas as lutas políticas. Para
Maquiavel, porém, o conflito é sempre um sintoma de equilíbrio de poder. Na sociedade, uma parte
sempre quer oprimir a outra — nobres e plebeus, ricos e pobres ou, na linguagem que ele prefere usar,o
povo e os “grandes”. Se o conflito persiste, é porque nenhuma parte conseguiu atingir sua meta de
dominar a outra .Portanto, permanece um espaço de liberdade para todos.
341) 
L. F. Miguel. A moral e a política. In: L. F. Miguel. O
nascimento da política moderna. De Maquiavel a Hobbes. Brasília: Editora da UnB, 2015, p. 21, 23-4 (com
adaptações).
 
Com relação às ideias do texto 6A2BBB, julgue o item seguinte.
A progressão do texto seria prejudicada se o trecho que compõe o segundo parágrafo antecedesse o
último parágrafo, passando, então, a compor o terceiro parágrafo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnico em Comunicação
Social/Televisão/2003
Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de Parágrafos
Os fragmentos abaixo constituem trechos de um texto, mas estão ordenados aleatoriamente.
A Serão, desde então, os do emprego apropriado da sua potencialidade de compulsão sobre as
personalidades humanas e de condução racional do processo de socialização.
B Uma vez superados os problemas da carência e da regulação social da abundância, bem como os da
igualização das oportunidades de formação educacional e de assistência sanitária, os desafios com que
se defrontarão as Sociedades Futuras deixarão de ser os da utilização das suas fontes prodigiosas de
energia, de bens e de serviços.
C Todos esses poderes importarão, naturalmente, em enormes riscos de despotismo, mas criarão
possibilidades, maiores do que nunca, de libertar o homem de todas as formas de medo e de opressão.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/76268
342) 
D Portanto, é provável que as Sociedades Futuras enfrentem seus maiores problemas no esforço por
capacitar-se a utilizar seus poderes quase absolutos de programação da reprodução biológica do homem,
de ordenação intencional da vida social, de condução do processo de conformação e regulamentação da
personalidade humana e de intervenção sistemática nos corpos de valores que orientam a conduta
pessoal.
Itens adaptados de Darcy Ribeiro. O processo civilizatório — etapas da evolução sociocultural. Petrópolis:
Vozes, 1981. p. 193.
Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus
fragmentos, julgue o item seguinte, relativo ao fragmento de texto acima.
O trecho B é o que deve concluiro texto, pois apresenta uma idéia geral.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/76269
CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnico em Comunicação
Social/Televisão/2003
Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de Parágrafos
Os fragmentos abaixo constituem trechos de um texto, mas estão ordenados aleatoriamente.
A Serão, desde então, os do emprego apropriado da sua potencialidade de compulsão sobre as
personalidades humanas e de condução racional do processo de socialização.
B Uma vez superados os problemas da carência e da regulação social da abundância, bem como os da
igualização das oportunidades de formação educacional e de assistência sanitária, os desafios com que
se defrontarão as Sociedades Futuras deixarão de ser os da utilização das suas fontes prodigiosas de
energia, de bens e de serviços.
C Todos esses poderes importarão, naturalmente, em enormes riscos de despotismo, mas criarão
possibilidades, maiores do que nunca, de libertar o homem de todas as formas de medo e de opressão.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/76269
343) 
D Portanto, é provável que as Sociedades Futuras enfrentem seus maiores problemas no esforço por
capacitar-se a utilizar seus poderes quase absolutos de programação da reprodução biológica do homem,
de ordenação intencional da vida social, de condução do processo de conformação e regulamentação da
personalidade humana e de intervenção sistemática nos corpos de valores que orientam a conduta
pessoal.
Itens adaptados de Darcy Ribeiro. O processo civilizatório — etapas da evolução sociocultural. Petrópolis:
Vozes, 1981. p. 193.
Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus
fragmentos, julgue o item seguinte, relativo ao fragmento de texto acima.
O trecho C é o inicial, uma vez que nele não há recursos coesivos de referência a elementos
antecedentes.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/76270
CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnico em Comunicação
Social/Televisão/2003
Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de Parágrafos
Os fragmentos abaixo constituem trechos de um texto, mas estão ordenados aleatoriamente.
A Serão, desde então, os do emprego apropriado da sua potencialidade de compulsão sobre as
personalidades humanas e de condução racional do processo de socialização.
B Uma vez superados os problemas da carência e da regulação social da abundância, bem como os da
igualização das oportunidades de formação educacional e de assistência sanitária, os desafios com que
se defrontarão as Sociedades Futuras deixarão de ser os da utilização das suas fontes prodigiosas de
energia, de bens e de serviços.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/76270
344) 
C Todos esses poderes importarão, naturalmente, em enormes riscos de despotismo, mas criarão
possibilidades, maiores do que nunca, de libertar o homem de todas as formas de medo e de opressão.
D Portanto, é provável que as Sociedades Futuras enfrentem seus maiores problemas no esforço por
capacitar-se a utilizar seus poderes quase absolutos de programação da reprodução biológica do homem,
de ordenação intencional da vida social, de condução do processo de conformação e regulamentação da
personalidade humana e de intervenção sistemática nos corpos de valores que orientam a conduta
pessoal.
Itens adaptados de Darcy Ribeiro. O processo civilizatório — etapas da evolução sociocultural. Petrópolis:
Vozes, 1981. p. 193.
Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus
fragmentos, julgue o item seguinte, relativo ao fragmento de texto acima.
O trecho D apresenta uma conseqüência relacionada às informações apresentadas no trecho C.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/76271
CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnico em Comunicação
Social/Televisão/2003
Língua Portuguesa (Português) - Ordenação de Parágrafos
Os fragmentos abaixo constituem trechos de um texto, mas estão ordenados aleatoriamente.
A Serão, desde então, os do emprego apropriado da sua potencialidade de compulsão sobre as
personalidades humanas e de condução racional do processo de socialização.
B Uma vez superados os problemas da carência e da regulação social da abundância, bem como os da
igualização das oportunidades de formação educacional e de assistência sanitária, os desafios com que
se defrontarão as Sociedades Futuras deixarão de ser os da utilização das suas fontes prodigiosas de
energia, de bens e de serviços.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/76271
345) 
C Todos esses poderes importarão, naturalmente, em enormes riscos de despotismo, mas criarão
possibilidades, maiores do que nunca, de libertar o homem de todas as formas de medo e de opressão.
D Portanto, é provável que as Sociedades Futuras enfrentem seus maiores problemas no esforço por
capacitar-se a utilizar seus poderes quase absolutos de programação da reprodução biológica do homem,
de ordenação intencional da vida social, de condução do processo de conformação e regulamentação da
personalidade humana e de intervenção sistemática nos corpos de valores que orientam a conduta
pessoal.
Itens adaptados de Darcy Ribeiro. O processo civilizatório — etapas da evolução sociocultural. Petrópolis:
Vozes, 1981. p. 193.
Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus
fragmentos, julgue o item seguinte, relativo ao fragmento de texto acima.
Uma ordenação adequada dos trechos para comporem o texto seria D – A – C – B.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2338507
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338507
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interessesdo Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto 1A1, julgue o item que se segue.
 
Um possível sentido para o vocábulo “desarrazoadas” (primeiro período do quarto parágrafo) é injustas.
Certo
346) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341665
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341665
347) 
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos do texto CB3A1, julgue o item a seguir.
 
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o termo “eviscerados” (quarto
período do primeiro parágrafo) fosse substituído pela expressão com as vísceras expostas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
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posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
348) 
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No primeiro período do último parágrafo, a palavra “robusta” está empregada com o mesmo sentido de
arrojada.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
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No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamentede maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Em relação a aspectos da organização do texto 20A1-I, julgue o item que se segue.
 
No último parágrafo, a expressão “fixidez relativa” tem a função textual de reiterar o alcance semântico
da expressão “antiga fixidez”
349) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503418
350) 
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, que se referem a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.
 
O vocábulo “implicâncias” (último período do último parágrafo) tem, no texto, o mesmo sentido de
implicações.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CB1A1-I 
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Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
351) 
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, o verbo projetar tem o mesmo sentido de planejar.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto 8A3
O AMOR BATE NA AORTA
Cantiga do amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
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suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito!
O amor bate na porta,
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto,o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo corpos, vejo almas
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender…
Carlos Drummond de Andrade,
Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 46-48 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os sentidos do texto 8A3, julgue o item a seguir.
Na última estrofe, a expressão “sem mapa” foi empregada como uma referência literal à representação
gráfica do trajeto de uma viagem.
352) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Tecnologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto
 
Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
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353) 
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
O verbo “devassar” (último período do primeiro parágrafo) é empregado com o mesmo sentido de
descobrir.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Antropólogo, sociólogo, educador, escritor e político brasileiro, a personalidade multifacetada de
Darcy Ribeiro torna longa a lista de “fazimentos”, como ele próprio gostava de chamar suas realizações.
Graduou-se em ciências sociais, em 1946, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
(FESPSP). Suas primeiras experiências profissionais foram no Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Em
1956, Darcy organizou e passou a dirigir o Museu do Índio, sediado no Rio de Janeiro. Em 1957,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2600930
conheceu Anísio Teixeira e passou a ter contato com o universo da educação. Foi coordenador do Centro
Brasileiro de Pesquisas Educacionais, vinculado ao INEP. “Juscelino Kubitschek pediu a Anísio para criar o
sistema educacional do Distrito Federal e implementar uma universidade em Brasília”, destaca Murilo
Camargo, lembrando que o projeto iniciado em 1962 foi interrompido em 1964, com a ascensão do
regime militar, e passou por muitas mudanças de configuração, sobretudo com a reforma universitária de
1968. Com o regime militar, o educador foi exilado para o Uruguai. Em Montevidéu, ajudou na
reorganização da Universidade da República do Uruguai e de instituições públicas do continente
americano, além da Universidade de Argel, na Argélia. De volta ao Brasil, em 1976, passou a se dedicar à
educação pública. Vice-governador de Leonel Brizola, no governo do Rio de Janeiro, implantou os
Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), projeto pedagógico inspirado nas concepções de Anísio
Teixeira e que garantia assistência em tempo integral aos estudantes, com atividades recreativas e
culturais para além do ensino formal. Ao longo da vida, o antropólogo escreveu obras sobre etnologia,
antropologia, educação, além de romances. Em 1992, Darcy Ribeiro foi eleito para a cadeira n.º 11 da
Academia Brasileira de Letras, que ocupou até sua morte, em fevereiro de 1997.
Carolina Pires. Pioneiros. In: Revista de Jornalismo
Científico e Cultural da Universidade de Brasília, n.º 23, jul.–dez./2019 (com adaptações).
 
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.
 
O emprego do vocábulo “multifacetada”, no primeiro período do texto, permite concluir que a Darcy
Ribeiro se atribui um rol de características variadas relacionadas às atividades por ele desenvolvidas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637227
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354) 
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar osdanos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
355) 
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
O termo “proliferação” (terceiro período do primeiro parágrafo) é sinônimo da expressão grande
quantidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883951
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.
 
Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em
problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além
de afetar o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às
consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações
atuais e futuras.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883951
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
 
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a
sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em um
nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.
 
O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como
também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e
indiferente.
 
Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo
como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.
 
O termo “apraz” corresponde a uma forma flexionada do verbo aprazar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883952
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883952
356) 
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.
 
Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em
problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além
de afetar o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às
consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações
atuais e futuras.
 
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
 
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a
sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em um
nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.
357) 
 
O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como
também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e
indiferente.
 
Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo
como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.
 
No texto, a palavra “logro” foi empregada com o mesmo sentido de ganho, vantagem.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AAmb (IBAMA)/IBAMA/Licenciamento Ambiental/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CB2A1-I
Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade são,
de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo, é
herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um
resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as
práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento. É
por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1897275
358) 
dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para significar
alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.
Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como uma
espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como territorialidade
nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente territorialidade e cultura, e
mudando o ser humano.
Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte
item.
 
Os sentidos do texto permitem afirmar que o termo “desculturização” foi empregado com o sentido de
aculturação.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão,
utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão
habitual quetem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e
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preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de
alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade.
A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção
mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa
passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com
dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja
na vida pública.”.
De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um
processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as
cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina
com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa
percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não
pode deixar de agir de modo justo.
Danilo Marcondes. Textos básicos
de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
 
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
 
O termo “Alegoria”, empregado no texto precedente, alude à ideia de representação.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
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359) 
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
360) 
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
No início do segundo parágrafo, na citação de Sun Tzu, a palavra ‘dissimulação’ está empregada com
sentido semelhante ao de hipocrisia.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
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contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do textoCB4A1-I, julgue o próximo item.
361) 
 
Em ‘As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar’
(segundo parágrafo), a palavra ‘alheias’ tem o mesmo sentido de ambíguas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2006874
362) 
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
O vocábulo “controversas” (primeiro período do último parágrafo) é empregado no texto com o mesmo
sentido de condenáveis.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições
para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico,
pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco,
constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a
preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo —
os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027944
363) 
compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes
em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade
aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método
falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.
Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:
conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No contexto em que aparece, o termo “falseacionista” (último período) pode significar a propriedade de
uma ideia, hipótese ou teoria se mostrar falsa.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CG1A1-II
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
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milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o próximo item.
A expressão “sem dúvida” (terceiro período do segundo parágrafo) denota um posicionamento do autor
quanto à questão do comércio mundial de gêneros alimentícios.
Certo
Errado
364) 
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CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CG1A1-II
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental,o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
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365) 
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o item que se segue.
 
A palavra “ulteriores” (terceiro período do segundo parágrafo) significa o mesmo que anteriores.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (SECONT ES)/SECONT ES/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um
pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar
que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo,
falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por
causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque — a sede é a graça, mas as águas são
uma beleza de escuras — e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca
de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
 
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma
alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.
 
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que
estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza
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366) 
queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante
distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
 
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que,
não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando
o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais
distraídos.
 
Clarice Lispector. Por não estarem distraídos.
In: Todas as crônicas. São Paulo: Rocco, 2018, p. 344.
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No trecho “Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham”, a expressão “de
súbito” tem o mesmo sentido de de repente.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAA (MP TCE-SC)/TCE SC/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto CB2A1-I
A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela
tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado
para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes
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que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não
tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas
nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la
em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de
física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de
graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria
deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para
apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da
década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era
mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando
que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como
são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e
descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.
Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais
e a maior descoberta científica dos últimos cem anos.
São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).
 
Acerca dos mecanismos de coesão do texto CB2A1-I, julgue o próximo item.
 
No início do primeiro período do segundo parágrafo, a expressão “por sua vez” marca a mudança de foco
que se percebe no texto por meio da divisão dos parágrafos: no primeiro, a perspectiva de Bell Burnell a
respeito de Drever; no segundo, a perspectiva de Drever a respeito de Bell Burnell.
Certo
Errado
367) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2216008
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocábulo e Expressões
Texto
 
Uma das maiores festividades do Brasil! Essa é a Festa Nacional da Uva, o mais dinâmico símbolo de
Caxias do Sul e da Serra Gaúcha. O evento comunitário é uma celebração da cultura dos imigrantes
italianos, que fizeram da região sua morada. Em cada edição, milhares de pessoas ficam imersas na
cultura, gastronomia, diversidade e alegria.
No ano de 2022, não foi diferente. Mais de 350 mil pessoas visitaram a festa e se encantaram com as
inúmeras atrações que valorizaram a gente e a cultura do lugar, como a vila dos distritos, a praça das
cidades, a exposição de uvas, o pavilhão da agroindústria e os mais de 150 artistas regionais.
Em termos de gastronomia, além dos restaurantes já existentes nos pavilhões, a vila dos distritos, a
praça de alimentação e a praça das doceiras convidavam os visitantes a se deliciarem com opções que
iam da típica polenta brustolada até o crepe, bem como com inúmeras opções de doces.
A feira multissetorial contou com a presença de mais de 250 expositores de diversos segmentos. O
centro de eventos recebeu expositores de vinícolas tradicionais da Serra Gaúcha, além de cervejarias,
que também expuseram seus produtos noinédito bier garden, no mirante da festa.
Além disso, o centro de eventos recebeu a praça das cidades, atração que reuniu 20 cidades vizinhas
para mostrarem um pouco de sua cultura, sua arte, sua história e seus encantos.
A tradicional exposição de uvas também aconteceu e foi um sucesso! Mais de 200 expositores
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368)

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