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Prévia do material em texto

601) 
Língua Portuguesa para CNJ 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/596174
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596174
602) 
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
No trecho “estado de que meu coração precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/596176
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596176
603) 
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” e “resta a fazer": neste, o sentido do
verbo altera-se em relação ao empregado naquele.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/620614
CEBRASPE (CESPE) - AI (ABIN)/ABIN/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de dados,
produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e contrainteligência
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/620614
604) 
são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de obtenção de dados associadas à
análise para a compreensão desses dados. A análise transforma os dados em cenário compreensível para
o entendimento do passado, do presente e para a perspectiva de como tende a se configurar o futuro.
Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de
auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como
atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados,
conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de informação — e
outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido pela
contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, o vazamento
de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos estrangeiros.
 
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
 
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a
preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/664168
CEBRASPE (CESPE) - Esp Port (EMAP)/EMAP/Engenharia Mecânica/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Serviço de tráfego de embarcações
(vessel traffic service – VTS)
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/664168
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o
tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa
movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
 
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Organization,
sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime
Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima
do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação.
 
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego
nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic
identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição,
planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. Adicionalmente, o
Centro VTS pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações
portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações.
 
Internet: <www defenseacom br> (com adaptações)
 
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um radar”,
fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Certo
Errado
605) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/666964
CEBRASPE (CESPE) - Ass Port (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de barreiras
ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas
comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
 
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da
garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de
engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o
resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
 
Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição dos Estados para lidar com
distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada
instrumento busca neutralizar.
 
A política de defesa da concorrência busca preservar o ambiente competitivo e coibir condutas desleais
advindas do exercício de poder de mercado. A política de defesa comercial busca proteger a indústria
nacional de práticas desleais de comércio internacional.
 
Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito
marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações)
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.
 
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de “decorrente”,
sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/666964
606) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/684341
CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1AAA
Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é
conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. Os atores que interpretam a equipe de
investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil
profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e
demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se
uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os
recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação
criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao
custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura.
As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo
de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando
toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa
parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real
quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima
que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/684341
607) 
ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um
aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriados pode conseguir
uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue
um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu
colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense
provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade
pode acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um
homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de
onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”.
A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com
adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.
 
A preposição “de” empregada logo após “dificuldade” poderia ser corretamente substituída por em.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/686652
CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 13A1AAA
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/686652
de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o corpo como
alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente
no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito
que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo
ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam
vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso,
os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de
piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências:
deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à
sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do
crime, e não mais o abominável teatro.
Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados corretamente os objetos jurídicos definidos pelo
Código. Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias, as enfermidades, as
inadaptações, os efeitos de meio ambiente ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por
meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são,
também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para
explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no
crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não
julga mais sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena, prolifera toda uma série de
instâncias anexas. Pequenas justiças e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento
principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da aplicação das penas, educadores,
funcionários da administração penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á, no entanto, que
608) 
nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para
fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o aparelho que se desenvolveu háanos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, multiplica as instâncias da
decisão judiciária, prolongando-a muito além da sentença.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento
da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o item.
 
A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os
espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical
do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694817
CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE PI)/MPE PI/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo
pela rama nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice
que inspiraram tais cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que
tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado,
pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de
Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694817
609) 
 
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
 
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o
item a seguir.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, “de que” por os quais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a
um público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de violência. Idosos,
homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes têm recebido atenção constante no DAGV, onde o
atendimento ganha força e se especializa diariamente.
 
A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos relativos
a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos
circunstanciados e fazem investigações de queixas.
 
Internet: <www.ssp.se.gov.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
610) 
 
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico”, a
preposição “a” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
611) 
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “Quando nos defrontamos, por exemplo, com
uma alastrada fome coletiva”, a forma pronominal “nos” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
612) 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o
sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Dá licença, dona Rachel, para eu contar o que sucedeu depois daquele dia em que Conceição viu o
Vicente “sumir-se no nevoeiro dourado da noite, passando a galope, como um fantasma, por entre o
vulto sombrio dos serrotes”. A senhora sabe que eles eram um do outro, desde o começo desta história
de ir embora e de ficar. Pois bem. Vicente voltou no mesmo galope para o olhar de Conceição, já que
pior do que a seca é a solidão, essa sede que mata a alma da gente.
 
Os dois se casaram, como tinha de ser, em tempo de chuva no Quixadá. E tiveram tantos filhos, seus e
das secas, e tantos netos, e tantos descendentes que povoaram o sertão de bem-querer e de coragem.
 
Sim, foi vagaroso até que o “feijão grelasse, enramasse, florasse, que o milho abrisse as palmas,
estendesse o pendão, bonecasse, e lentamente endurecesse o caroço; e que ainda por muitos meses a
mandioca aprofundasse na terra as raízes negras...”. Foram cem anos, até que nascessem Marias e Josés,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
613) 
rainhas do doce e reis da palma, e outras Inácias, entre fé e semeadura. Foram cem anos até haver a
sombra da mandala, a multiplicação do gado, a terra de tudo.
 
Ainda não tem água e há o lamento, mas aconteceu também de o sertanejo aprender a reinventar a lida
e semear a felicidade. Essas são as gentes da Conceição e do Vicente — que não envergavam e
permaneceram porque o sertão mesmo diz: “Não me deixes”.
 
É assim, dona Rachel,a história que o jornal conta neste quarto ano de “seca encarrilhada”, no dizer do
povo. São outros quinze.
 
Internet: <https://especiais.opovo.com.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
A substituição de “depois” por após prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
CEBRASPE (CESPE) - Tec (EBSERH)/EBSERH/Análises Clínicas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB2A1AAA
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca
de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas
de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do
crescimento do mercado interno.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas: desestímulo ao
trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa própria pelos indivíduos que pretendessem se
casar; complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e
com filhos quanto ao acesso e à promoção no serviço público.
O artigo 124 da Constituição Brasileira de 1937 afirmava: “A família, constituída pelo casamento
indissolúvel, está sob a proteção especial do Estado. Às famílias numerosas serão atribuídas
compensações na proporção de seus encargos”. Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à
reprodução, vigia uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto
Federal n.º 20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou
interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar
processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
José Eustáquio Diniz Alves
O planejamento familiar no Brasil Internet: <www ecodebate com br> (com adaptações)
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o item seguinte.
 
Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho “complemento de renda dos casados com
filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos” fosse reescrito da seguinte forma:
complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos homens casados e com filhos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
614) 
CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Aula de Português
 
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
 
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
 
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
 
O português são dois; o outro, mistério.
 
615) 
Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089.
 
A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir.
 
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/Combatente/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto
 
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de grande
fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia até o Ceará. Essa
região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente nascida para produzir
alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, destrutivo e avassalador, deixou
rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a princípio, plantações de laranjas e mangas,
que foram abandonadas e se reduziram a pequenas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho,
exclusivamente reservadas para a família do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos
canaviais devastaram a floresta e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os
coelhos, as pacas e os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-
açúcar. A produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de subnutrição.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/551436
616) 
Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. Antigamente, castigava-se
esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças ou pendurando-as dentro de cestas a
grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; o instinto leva as crianças a compensar com
terra os sais minerais que não encontram em sua comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a
herança da monocultura do açúcar.
 
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.
Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “reservadas
para a família” fosse alterada para reservadas à família.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (comadaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “perante a sociedade” (segundo
período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
617) 
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CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o
marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-
prima, alguém trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse
jovem fosse experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
Em “Chegada a obra-prima” (quarto período do primeiro parágrafo), o emprego do sinal indicativo de
crase é facultativo, de modo que seu emprego manteria os sentidos originais do texto.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471
618) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183
619) 
 
O acréscimo do sinal indicativo de crase no segmento “a água potável segura” prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522
620) 
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à entrega” deve-
se à regência do nome “submissão” e à determinação do vocábulo “entrega” por artigo definido.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB3A1
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corposhumanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
621) 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do primeiro parágrafo caso fosse empregado o
sinal indicativo de crase no “a” que antecede o nome “formas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
622) 
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Considerando as regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa, julgue o item que se seguem,
relativamente ao texto 2A1-I.
 
No início do parágrafo, a substituição de “Perante a” por Perante à comprometeria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
623) 
No trecho ‘os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis’ (segundo parágrafo), a
inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo ‘a’ resultaria em incorreção gramatical no texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
624) 
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionaispara a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir.
Em “ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais”
(segundo parágrafo), o uso do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, nas suas duas ocorrências, é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
625) 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
No trecho à compreensão e à resolução das tarefas’ (final do quarto parágrafo), a supressão do sinal
indicativo de crase no vocábulo ‘à’, em suas duas ocorrências, resultaria em incorreção gramatical no
texto
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
626) 
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenadonas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
Conforme a norma gramatical, é facultativo o uso do sinal indicativo de crase na expressão “têm a ver”
(segundo período do quinto parágrafo).
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 8A2-I
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Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
627) 
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, referente às estruturas linguísticas do texto 8A2-I.
 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às páginas de um livro” (último período do primeiro
parágrafo) é facultativo, já que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Tecnologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775
fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à hora da passagem do ano” (primeiro período do primeiro
628) 
parágrafo) é facultativo, ou seja, a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a umacúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
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629) 
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo
“a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
630) 
 
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo), seria
gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”, haja vista a regência
do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
631) 
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” presente no trecho “pode expor
empresas a riscos substanciais” (segundo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
A inserção do acento grave em “a escola” (primeiro período do primeiro parágrafo), obtendo-se à
escola, é gramaticalmente correta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
632) A tecnologiafinalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
633) 
A supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo “às”, em “às mudanças tecnológicas”, prejudicaria a
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
CEBRASPE (CESPE) - AAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os
pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.
Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.
Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.
No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado
a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos
no caso de extinção de determinado idioma.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema
digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América
do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.
Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em
Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.
Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em
línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre,
justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.
Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma
planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia
para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada
espécie.
O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
634) 
 
A inclusão do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “atrelado a apenas uma língua indígena”
(quarto parágrafo), manteria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, o emprego do acento é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi
inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes
indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas.
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram
adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não
demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à
escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter
vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos
acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura
transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com
adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
635) 
No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados”, o
emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e artigo feminino em uma
locução adverbial de modo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de
“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que
orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode
ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9
(com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
636) 
No terceiro período, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”é facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968083
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço. Mas são
as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre mais. Em
1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1 na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas
e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na
escala Richter, matou mais de 300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma
epidemia de cólera matou 9 mil pessoas.
Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado mais à mão no
imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se denomina destino. Mas muito
frequentemente destino é uma expressão que encobre com um véu de irracionalidade o que é apenas
obra humana.
O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade designam tanto os
habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins, em
São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo, segundo
dados da Organização das Nações Unidas (2017). No planeta vive o 1% das pessoas que detém renda
maior que os restantes 99% da população mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7
bilhões dos mais pobres que lutam para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm
renda para ficar em casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968083
637) 
por causa da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pessoas
que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições mínimas de higiene.
Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
 
A supressão do sinal indicativo de crase na expressão “à mão” (primeiro período do segundo parágrafo)
alteraria o sentido do texto e prejudicaria sua coerência.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (PGE RJ)/PGE RJ/Processual/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG2A1-I
 
Apesar da existência de uma legislação própria para o tema, o volume de crimes cibernéticos no Brasil
vem crescendo, sobretudo em tempos de pandemia, com o consequente desenvolvimento de uma maior
dependência dos sistemas conectados. Em 2020, foram registradas 156.692 denúncias, um número
bastante superior ao apresentado no ano de 2019, quando 75.428 casos foram contabilizados.
 
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Delitos relacionados à pornografia infantil caracterizam 98.244 denúncias, sendo este o crime mais
cometido. Infrações relacionadas a racismo e discriminação estão no segundo lugar dos casos
registrados, de acordo com a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, uma parceria da
ONG Safernet e com o Ministério Público Federal.
 
Os crimes cibernéticos de natureza financeira — como invasão de computadores, roubo de senhas e
dados bancários, além de golpes gerais de extorsão — também aumentaram, e grande parte das ações
tiram proveito da pandemia. Em 2020, houve registros do aumento em 41.000% de sites com termos
relacionados a “coronavírus” e a “covid” em seu domínio.
 
Golpes recentes praticados no Brasil utilizam fundos de garantia e informações sobre calendário de
vacinação para chamar a atenção das vítimas: em junho de 2021, criminosos usaram o FGTS para roubar
dinheiro pela Internet; em maio de 2021, hackers usaram a procura pela vacina contra o coronavírus 
para interceptar dados bancários.
 
Crimes cibernéticos podem assumir várias formas, mas há dois tipos mais praticados: crimes que visam o
ataque a computadores — seja para obter dados, seja para extorquir as vítimas, seja para causar
prejuízos a terceiros — e crimes que usam computadores para realizar outras atividades ilegais — nesses
casos, dispositivos e redes servem como ferramentas para o criminoso.
 
Internet: <www.techtudo.com.br> (com adaptações).
 
Acerca das estruturas linguísticas do texto CG2A1-I, julgue o item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no “a” que antecede
“racismo” prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado
638) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2006899
CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2006899
639) 
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
A inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “ligados a tecnologia” (terceiro período do
último parágrafo), prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010648
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meioda deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010648
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à” é
facultativo.
Certo
Errado
640) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064685
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-II
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064685
641) 
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o item que se segue.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “às nações exportadoras”
(quarto período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2150621
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (SECONT ES)/SECONT ES/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um
pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar
que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo,
falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por
causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque — a sede é a graça, mas as águas são
uma beleza de escuras — e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca
de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
 
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma
alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2150621
642) 
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que
estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza
queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante
distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
 
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que,
não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando
o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais
distraídos.
 
Clarice Lispector. Por não estarem distraídos.
In: Todas as crônicas. São Paulo: Rocco, 2018, p. 344.
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
Na oração “eles respiravam de antemão o ar que estava à frente”, é obrigatório o emprego do acento
indicativo de crase no vocábulo “à”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208304
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG101-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208304
Alguns idiomas fictícios foram criados especialmente para a série Game of Thrones. Daí surgiram
palavras e expressões bem conhecidas pelos fãs, como “dracarys” – palavra que a personagem Daenerys
Targaryen (Emilia Clarke) usa para mandar seus dragões cuspirem fogo. A palavra faz parte do alto
valiriano, uma língua muito presente no decorrer da trama dos Targaryen e que apareceu de novo em
House of the Dragon, spin-off de Game of Thrones.
 
A Antiga Valíria era um antigo império localizado em Essos, continente a leste de Westeros. Ela é pouco
mencionada na série, pois não existe mais, mas sua língua (o alto valiriano) ainda é usada por uma elite
seleta. Seria como falar latim clássico na Europa medieval.
 
Segundo As Crônicas de Gelo e Fogo, livros escritos por George R. R. Martin que inspiraram a série, o
alto valiriano não seria uma linguagem de comunicação cotidiana, mas utilizada pela nobreza na
literatura e na música. Ao longo do tempo, o idioma originou dialetos simplificados, falados em várias
regiões, como o baixo valiriano, sendo possível traçar um paralelo com o latim clássico e o latim vulgar.
Daenerys, inclusive, domina e usa estrategicamente ambas as variações.
 
No alto valiriano, idioma do mundo de GOT, diferentementedo português, há quatro gêneros
gramaticais, divididos entre lunares, solares, terrestres ou aquáticos. Nomes que se referem a humanos
são geralmente lunares; profissões e partes do corpo, solares; alimentos e plantas são terrestres; e os
líquidos são aquáticos.
 
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e construções linguísticas do texto CG101-I, julgue o item a seguir.
 
A correção do texto seria mantida caso a expressão “a leste de Westeros” (primeiro período do segundo
parágrafo) fosse reescrita com acento indicativo de crase — à leste de Westeros.
Certo
643) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210277
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210277
644) 
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
No segmento “à grande fatalidade” (antepenúltimo período), a retirada do sinal indicativo de crase no
vocábulo “à” comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215968
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o discurso
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215968
645) 
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à falível ideia” (segundo período do primeiro parágrafo) é
facultativo, logo a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2252153
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Ora, graças a Deus, lá se foi mais um. Um ano, quero dizer. Menos um na conta, mais uma
prestação paga. E tem quem fique melancólico. Tem quem deteste ver à porta a cara do mascate em
cada primeiro do mês, cobrando o vencido. Quando compram fiado, têm a sensação de que o homem
deu de presente, e se esquecem das prestações, que serão, cada uma, uma facada. Nem se lembram
dessa outra prestação que se paga a toda hora, tabela Price insaciável comendo juros de vida, todo dia
um pouquinho mais; um cabelo que fica branco, mais um milímetro de pele que enruga, uma camada
infinitesimal acrescentada à artéria que endurece, um pouco mais de fadiga no coração, que também é
carne e se cansa com aquele bater sem folga. E o olho que enxerga menos, e o dente que caria e trata
de abrir lugar primeiro para o pivô, depois para a dentadura completa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2252153
 
O engraçado é que muito poucos reconhecem isso. Convencem-se de que a morte chega de repente,
que não houve desgaste preparatório, e nos apanha em plena flor da juventude, ou em plena frutificação
da maturidade; se imaginam uma rosa que foi colhida em plena beleza desabrochada. Mas a rosa, se a
não apanha o jardineiro, que será ela no dia seguinte, após o mormaço do sol e a friagem do sereno? A
hora da colheita não interessa ― de qualquer modo, o destino dela era murchar, perder as pétalas, secar,
sumir-se.
 
A gente, porém, não pode pensar muito nessas coisas. Tem que pensar em alegrias, sugestionar-se,
sugestionar os outros. Vamos dar festas, vamos aguardar o ano novo com esperanças e risadas e beijos
congratulatórios. Desejar uns aos outros saúde, riqueza e venturas. Fazer de conta que não se sabe; sim,
como se a gente nem desconfiasse. Tudo que nos espera: dentro do corpo o que vai sangrar, doer,
inflamar, envelhecer. As cólicas de fígado, as dores de cabeça, as azias, os reumatismos, as gripes com
febre, quem sabe o tifo, o atropelamento. Tudo escondido, esperando. Sem falar nos que vão ficar
tuberculosos, nas mulheres que vão fazer cesariana. Os que vão perder o emprego, os que se verão
doidos com as dívidas, os que hão de esperar nas filas ― que seremos quase todos. E os que, não
morrendo, hão de ver a morte lhes entrando de casa adentro, carregando o filho, pai, amor, amizade. As
missas de sétimo dia,
as cartas de rompimento, os bilhetes de despedida. E até guerra, quem sabe? Desgostos, desgostos de
toda espécie. Qual de nós passa um dia, dois dias, sem um desgosto? Quanto mais um ano!
 
Rachel de Queiroz. Um ano de menos.
In: O Cruzeiro, Rio de Janeiro, dez./1951 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
No quinto período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à
porta”, justifica-se pela combinação de dois fatores: a regência do verbo “ver” e o gênero feminino da
646) 
palavra “porta”.
CertoErrado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1503419
CEBRASPE (CESPE) - AnDR (CODEVASF)/CODEVASF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da
prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões
áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.
O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no
passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na
antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos
estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e
hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da
aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São
Paulo.
A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país,
especialmente em culturas perenes.
Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua
distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no
inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se
desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1503419
Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período
seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que
interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.
A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a
despeito da incerteza das chuvas.
Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao
abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a
irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas,
que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.
No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir
para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de
empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país.
Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir,
como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.
A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade
agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.
Internet: <www.codevasf.gov.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “de caráter suplementar às chuvas”, no terceiro
parágrafo, é facultativo; portanto, a supressão desse sinal não prejudicaria a correção gramatical do
647) 
trecho.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1509423
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O fenômeno conhecido como judicialização da saúde é multifacetado. Por um lado, as ações
judiciais comprometem uma parcela significativa do orçamento para atender demandas específicas de
alguns pacientes; por outro, podem significar o único caminho para salvar ou prolongar a vida de
pacientes, especialmente de pessoas com doenças raras ou crônicas, como diabetes e câncer, que
dependem de medicamentos de alto custo. Há também o uso desse recurso extremo para medicamentos
equivalentes aos disponíveis no sistema público de saúde e, até mesmo, para a compra de produtos
como fraldas ou água de coco — sempre com receita médica.
A preocupação com o impacto da judicialização nos municípios é justificável. Há casos em que uma única
ação pode comprometer todo o orçamento da saúde de uma cidade de pequeno porte. Algumas
iniciativas buscam contornar esse obstáculo por meio de arranjos institucionais. Um dos exemplos mais
lembrados é o de Santa Catarina. Em 1997, municípios do entorno da cidade de Lages, a 200 quilômetros
de Florianópolis, uniram-se para encontrar melhores formas de administrar os recursos para a saúde,
frequentemente afetados pela judicialização. Os prefeitos e gestores dos municípios perceberam que,
isoladamente, era mais complicado enfrentar as decisões judiciais. Por meio do consórcio intermunicipal,
criou-se um padrão comum de atuação, que evitou sobreposições de pedidos e racionalizou gastos e
investimentos.
Bruno De Pierro. Demandas crescentes. In: Revista Pesquisa FAPESP, 18 (252), fev. 2017, p. 18-22 (com
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1509423
648) 
adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
No trecho “a 200 quilômetros de Florianópolis”, seria obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase
no vocábulo “a” caso fosse inserida a expressão cerca de imediatamente antes do numeral “200” — à
cerca de 200 quilômetros de Florianópolis.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1536622
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TC DF)/TC DF/Auditoria/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A2
 
O mundo urbano já abriga mais da metade da população do planeta, e os processos de urbanização
espalham globalmente, mas de forma desigual, tanto os benefícios quanto as crises da ocupação urbana
do espaço. Com isso, o planejamento urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas vêm sendo
inseridos em discussões na busca de alternativas para a urbanização e para o desenvolvimento urbano, a
fim de mitigar os impactos nocivos e adaptar o ordenamento territorial e a distribuição socioespacial das
cidades às condições de ambiente e clima locais e regionais. O movimento de (re)pensar o planejamento
das cidades para que se obtenha um modelo em que o desenvolvimento urbano possa ser mais social e
ambientalmente sustentável passará a ser essencial daqui a alguns anos, considerando-se tanto as
desigualdades que esses processos carregam em si quanto os problemas ambientais e climáticos
desencadeados por eles.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1536622
649) 
 
Por um lado, uma parcela da população urbana usufrui dos avanços técnico-científicos, da infraestrutura
e do conforto que a vida urbana e sua produção econômica disponibilizam; por outro lado, grande parte
do mundo sofre com as consequências socioeconômicas das políticas econômicas e de expansão de
mercados, que promovem exclusão, desigualdade e vulnerabilidade no mercado de trabalho e na gestão
e no planejamento urbanos. As cidades, sejam elas grandes aglomerados, como metrópoles, ou
pequenas comunidades, enquanto aglomerações urbanas, são permeadas, em diversos níveis, por
questões de desigualdade socioeconômica e questões que envolvem uma mudança de discurso para
melhorar as condições ambientais, como propostas de consumo consciente e saneamento básico: o meio
urbano e o padrão do desenvolvimento urbano são um desafio quando se considera promover mudanças
nos padrões insustentáveis de consumo.
 
Ana Célia Baía Araújo e Zoraide Souza Pessoa. O desafio das cidades sustentáveis: prós e contras de
uma proposta para o desenvolvimento urbano. Internet: <http://anpur.org.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB1A2, julgue o item:
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso se inserisse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” presente no trecho “daqui a alguns anos” , vistoque o emprego desse sinal é optativo nesse caso.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1616270
CEBRASPE (CESPE) - TSB (ANM)/ANM/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1616270
 
Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de
1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de
Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base
estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas
antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua
comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa
orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio
de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul.
 
No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras
falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se
manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas
de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas.
 
Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de
todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos
de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado
não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado
econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de
pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele
século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei,
afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e
pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples
centavo”.
 
Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil
Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações).
650) 
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “devido às dificuldades” (segundo parágrafo), a supressão do acento indicativo de crase em
“às” manteria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1628400
CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Ciência de Dados/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem
para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem
atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de
que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de
propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas,
precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é
apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo
bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de
máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a
que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem
esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea.
Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos
independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1628400
651) 
químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas
consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se
diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ―
recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do
emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto
prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés
quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência,
uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo,
mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite
refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
 
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “Para dar início a essa ecologia das máquinas” (quarto período), o acréscimo do sinal indicativo
de crase no vocábulo “a” manteria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1698471
CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o
bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se
pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1698471
cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta,
componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais
severos, dê um largo ciao ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, surpreenda pouco
mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos
armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na
medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em
pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor, bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assoma depois com sua
nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez,
embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por
degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão
enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse
numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e se achegue
depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço.
Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os
olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado
pelo mundo.
Raduan Nassar. Aí pelas três da tarde. J: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores
contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (com adaptações).
 
No que se refere às ideiase aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
No trecho “largue tudo de repente sob os olhares à sua volta”, o uso do acento indicativo de crase é
facultativo.
Certo
652) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704525
653) 
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.
Seriam preservados o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o trecho ‘sonho é igual a
desejo’ fosse substituído por sonhar é igual à desejar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1704536
CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704536
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
654) 
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item seguinte.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se inserisse acento indicativo de crase na
expressão “a granel”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1706766
CEBRASPE (CESPE) - TJ (PGDF)/PG DF/Administrativo/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A lembrança da empregada ausente me coagia. Quis lembrar-me de seu rosto, e admirada não
consegui — de tal modo ela acabara de me excluir de minha própria casa, como se me tivesse fechado a
porta e me tivesse deixado remota em relação à minha moradia. A lembrança de sua cara fugia-me,
devia ser um lapso temporário. Mas seu nome — é claro, é claro, lembrei-me finalmente: Janair. E,
olhando o desenho hierático, de repente me ocorria que Janair me odiara. Eu olhava as figuras de
homem e mulher que mantinham expostas e abertas as palmas das mãos vigorosas, e que ali pareciam
ter sido deixadas por Janair como mensagem bruta para quando eu abrisse a porta. De súbito, dessa vez
com mal-estar real, deixei finalmente vir a mim uma sensação que durante seis meses, por negligência e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1706766
655) 
desinteresse, eu não me deixara ter: a do silencioso ódio daquela mulher. O que me surpreendia é que
era uma espécie de ódio isento, o pior ódio: o indiferente. Não um ódio que me individualizasse mas
apenas a falta de misericórdia. Não, nem ao menos ódio. Foi quando inesperadamente consegui
rememorar seu rosto, mas é claro, como pudera esquecer? Revi o rosto preto e quieto, revi a pele
inteiramente opaca que mais parecia um de seus modos de se calar, as sobrancelhas extremamente bem
desenhadas,revi os traços finos e delicados que mal eram divisados no negror apagado da pele.
Clarice Lispector.
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase no trecho “em relação à minha moradia”
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1728207
CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A2-I
 
O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão
de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças
climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-
se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora
com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1728207
 
Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um
“ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra,
composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa
visão contraria certa leitura superficial da obra.
 
Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste,
para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava
as relações sociais no meio rural.
 
Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e
estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam
essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.
 
Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia
satisfeito.
 
Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da
fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.
 
Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a
família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.
 
Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não
pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado
do seu esforço e trabalho.
 
656) 
A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de
uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.
 
A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia
dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos
sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão,
humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.
 
Internet: <https://www.letrasambientais.org.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item que se seguem.
 
A supressão do sinal indicativo de crase empregado no trecho “opressão à família de Fabiano” manteria a
correção gramatical do texto, assim como seu sentido original.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738928
CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi concedido ao norte-americano Richard Thaler por suas
contribuições no campo da economia comportamental. Thaler é um dos mais destacados economistas na
aplicação da psicologia às análises das teorias econômicas e das consequências da racionalidade limitada,
das preferências pessoais e da falta de autocontrole. Um desdobramento mais recente dessa área de
pesquisa da economia é a aplicação de insights comportamentais às políticas públicas. Compreender os
processos decisórios, os hábitos e as experiências pessoais das pessoas em situação de pobreza é
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738928
657) 
essencial para o processo de elaboração de políticas públicas e a sua eficácia. É o que sugere o estudo
do IPC-IG Insights comportamentais e políticas de superação da pobreza, dos pesquisadores
Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique Paiva.
O estudo defende que pessoas em situações de escassez, como a pobreza, têm uma maior sobrecarga
mental, pois estão sujeitas a preocupações que não afetam a vida daqueles de maior renda, como a
qualidade da água consumida ou o acesso à alimentação. Evitar contrair empréstimos a juros altos é um
exemplo da falta de autocontrole que tende a ser mais frequente e mais onerosa para os pobres.
Decisões de longo prazo também tendem a ser negativamente afetadas pelas sobrecargas associadas à
escassez, como retirar os filhos da escola para buscar algum tipo de trabalho, por conta da perda de
emprego dos pais, o que acarreta consequências negativas para toda a vida da criança.
Internet: <ipcig.org> (com adaptações).
 
No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item que se
segue.
Em “estão sujeitas a preocupações”, o emprego do sinal indicativo de crase no “a” prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752389
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752389
 
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias,
o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para o curso de Direito, a assim
chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós,
chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.
 
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia e de noite, desde
antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
 
Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte,
para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir as normas, os outros
também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos
subjetivos.
 
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva
das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
 
A inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “a assim chamada “ciência do Direito”
(primeiro parágrafo), prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do trecho.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752426
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752426
658) 
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiadonos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No trecho “imposição do nome do marido à mulher” (segundo parágrafo), a supressão do sinal indicativo
de crase no vocábulo “à” prejudicaria a correção gramatical do último período do texto.
659) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752442
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e nos
impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos no
futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade, que nosso
estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo — incessante e infinito: nosso vir a ser € o vir a ser
do nosso “mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente,
entrançados e entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até que a morte
nos separe.
 
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão”
quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Nenhuma outra realidade
nos é acessível: não acessamos o passado “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke
celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando
sobre a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia —
qualquer biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens, reunida pela
memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às presunções do senso comum,
o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealidade — esquivando-se/evadindo-se
obstinadamente, como ambos o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752442
660) 
essa irrealidade é a única realidade a ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o
peixe na água”.
 
Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da
literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa” (segundo parágrafo), o sinal
indicativo de crase poderia ser inserido em “as” — escrevendo-se às —, sem prejuízo da correção
gramatical do texto, uma vez que o emprego desse sinal é facultativo nesse caso.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1796643
CEBRASPE (CESPE) - Ag PJ (PC SE)/PC SE/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A palavra stalking, em inglês, significa perseguição, e é o termo utilizado pelo legislador na
tipificação de um crime que engloba condutas que atentem contra a liberdade, a intimidade e a
dignidade. Entende-se o stalking, ou o crime de perseguição, como um delito que exige uma perseguição
reiterada pelo autor, não consentida pela vítima, que lhe cause medo, angústia e sentimentos afins, além
de repercutir diretamente na sua vida de maneiras diversas.
Embora, em tese, qualquer pessoa possa figurar como vítima desse crime, sabe-se que a mulher é o
principal alvo nessa espécie delitiva — não é à toa que a criminalização da referida conduta era, havia
tempos, uma das prioridades da bancada feminina da Câmara dos Deputados. Tanto é assim que são
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1796643
661) 
utilizadas como exemplo do que seria o stalking as situações em que a mulher é perseguida por um ex-
companheiro que não se conforma com o término da relação ou em que alguém possui um sentimento
de posse em relação à mulher e não desiste de persegui-la.
Tal conduta abrange desde a violência psicológica, que pode causar danos imensuráveis à saúde da
vítima, além de problemas no seu próprio cotidiano, no trabalho, na convivência profissional e familiar,
até outras formas de violência, que podem culminar em resultados nefastos e irreparáveis. A tipificação
do stalking, portanto, é um avanço significativo no combate à violência contra a mulher.
Internet: <diplomatique.org.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
O emprego do acento indicativo de crase no trecho “pode causar danos imensuráveis à saúde da vítima”
é facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1815274
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Educação Especial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentaispassou gradualmente a ironizar tudo o que se
relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e
trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1815274
versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que
não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação
exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices
de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para
enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias
para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o
desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento
acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais
para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos
ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do
cuidado de si.
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
Caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, no trecho “em meio a uma crise”, a
correção gramatical do texto seria prejudicada.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1836807
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1836807
662) 
CEBRASPE (CESPE) - Agepen (SERIS AL)/SERIS AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de puniçãovai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois processos. Não tiveram
nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um lado, a supressão do espetáculo
punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento
ou de administração. A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar
de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam
pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime
mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes
a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com os assassinos,
invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A punição vai-se
tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o campo
da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade,
não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais
o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens.
Michel Foucault. Vigiar e punir:
nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
 
Em “sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível” (segundo parágrafo), o
emprego do acento indicativo de crase é facultativo em ambas as ocorrências.
663) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1896132
CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializado em Formação e
Capacitação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-II
 
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta confirmava as
descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de trabalhadores, a moenda, onde se
mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O amigo de Amado e sua família estavam
ausentes; tive uma primeira amostra da hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se
na varanda e pedir que servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele
pensava, como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
 
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos. Um professor
me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa: quatorze anos. Nunca encontrei
adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no entanto, fanavam-se com menos rapidez do
que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina
irradiavam juventude. A despeito dos costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia
lecionava, e Cristina, desde a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo
pertencente à família; ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
 
Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896132
664) 
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o seguinte item.
 
Do emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à família”, depreende-se que se trata de
uma família específica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2331611
CEBRASPE (CESPE) - Tec (SESAU AL)/SESAU AL/Enfermagem/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Já dizia Machado de Assis que “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. O ditado ficou
famoso pelo livro O Alienista, de 1882, que faz um debate sobre a loucura. Uma frase parecida é da
nordestina Nise da Silveira, grande admiradora do autor brasileiro: “Não se curem além da conta. Gente
curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Felizmente, eu nunca convivi com
pessoas muito ajuizadas”.
Nise Magalhães da Silveira ajudou a escrever e revolucionar a história da psiquiatria no Brasil e no
mundo. Nascida no ano de 1905 em Maceió – AL, ela ficou conhecida por humanizar o tratamento
psiquiátrico e era contrária às formas de tratamento agressivas usadas em sua época, como o
eletrochoque.
Inspirada em Carl Jung, um dos pais da psiquiatria, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em
medicina no Brasil. Em meados de 1940, ela foi pioneira na terapia ocupacional, método que utiliza
atividades recreativas no tratamento de distúrbios psíquicos. A alagoana se destacou por usar a arte
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2331611
665) 
como uma forma de expressão e de dar voz aos conflitos internos vivenciados principalmente pelos
esquizofrênicos.
Em 1956, Nise fundou a Casa das Palmeiras, um passo na direção da luta contra os hospícios, que
chegaria a seu ápice com a Lei Antimanicomial, de 2001. A partir do esforço da psiquiatra e de seus
pacientes, foi criado o Museu do Inconsciente, aberto até hoje no Rio de Janeiro junto ao Instituto
Municipal Nise da Silveira, atual nome do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, onde a médica
construiu seu projeto.
Internet: <www.brasildefato.com.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.
 
É obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “era contrária às formas
agressivas usadas em sua época”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1952913
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado em 1992, durante a Conferência da
ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92 ou Rio-92), que aconteceu no Rio de Janeiro. A
expressão, trazida para o discurso público em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, é usada para designar o desenvolvimento em longo prazo, que, mesmo com o
progresso econômico e a satisfação das necessidades da atual geração, não implique o esgotamento dos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1952913
recursos naturais necessários para a sobrevivência das futuras gerações. Em essência, o desenvolvimento
sustentável é um processo de mudança no qual a exploração de recursos, o direcionamento de
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais estão todos em
harmonia e aumentam o potencial atual e futuro para atender às necessidades e aspirações humanas.
 
Os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade andam juntos. Enquanto a
sustentabilidade abrange principalmente questões relacionadas à degradação ambiental e à poluição, o
foco do desenvolvimento sustentável é voltado ao planejamento participativo e à criação de uma nova
organização econômica e civilizatória, bem como ao desenvolvimento social para o presente e para as
gerações futuras. Esses foram alguns dos pontos abordados pela Agenda 21, um documento elaborado
durante a Eco-92 e que estabeleceu a importância do comprometimento de todos os países com a
solução dos problemas socioambientais. No Brasil, a Agenda 21 tem como prioridades os programas de
inclusão social e o desenvolvimento sustentável, que incluem as sustentabilidades urbana e rural, a
preservação dos recursos naturais e minerais, a ética e a política para o planejamento.
Internet: <www.ecycle.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e às propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego dos sinais indicativos de crase em “relacionadas à degradação ambiental e à poluição” deve-
se à regência de“relacionadas”, que exige a preposição a, e à presença de artigo definido feminino para
determinar “degradação” e “poluição”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777777
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777777
666) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
667) 
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso se flexionasse a forma verbal “gera” (terceiro período
do primeiro parágrafo) na terceira pessoa do plural — geram —, mas, nesse caso, as relações coesivas
no período seriam alteradas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777790
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777790
668) 
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
Caso a forma verbal “há” (terceiro período do segundo parágrafo) fosse substituída por existem, a
correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779474
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779474
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o marrom
se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-prima, alguém
trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse jovem fosse
experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
No trecho “Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da
UH” (terceiro parágrafo), a forma verbal “atraiu” poderia ser corretamente empregada no plural —
atraíram.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779480
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779480
669) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
As regiões metropolitanas e as grandes cidades brasileiras concentram hoje a atenção das
autoridades de gestão territorial em nível local, regional e nacional. O conhecimento da complexa
realidade dessas áreas em suas múltiplas dimensões e de modo dinâmico torna se imprescindível para
geri-las de forma eficiente. Não se trata apenas do levantamento de dados brutos, mas da proficiente
manipulação e interpretação desses dados a partir de processamentos quantitativos (matemáticos e
lógicos) sobre uma base espacial, de forma a revelar características e processos intrínsecos aos
fenômenos em análise. Dito de outra forma, não basta somente a confecção de mapas digitais coloridos
ilustrando, por exemplo, a exclusão social de uma determinada cidade por quantis, mas é fundamental
que, com o auxílio de técnicas apropriadas de análise espacial, se possam extrair tendências do padrão
de manifestação da exclusão social de forma contínua no espaço. Ou ainda, não é suficiente apenas
mapear a ocorrência de crimes em um sistema georreferenciado, mas sim estudá-los de forma dinâmica,
entendendo a sua proliferação no espaço e no tempo em articulação com inúmeras variáveis
socioeconômicas e biofísicas, e como as estradas podem atuar como vetores de expansãoda
criminalidade.
Nessa linha de pensamento, elaborar mapas estáticos de uso do solo urbano não mais atende às
necessidades atuais dos gestores locais, mas é necessário que se permitam simulações de diferentes
cenários futuros de expansão urbana e dinâmica de uso do solo em ambiente computacional. Aí reside o
desafio da geoinformação em gestão urbana e regional, que pode ser entendida como um paradigma
emergente na pesquisa multi e interdisciplinar que se dedica a explorar a extrema complexidade de
problemas socioambientais em um ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Openshaw
(2000) argumenta que a geoinformação não se reduz ao uso de técnicas computacionais para solucionar
problemas espaciais, mas se refere, ao contrário, a uma forma totalmente nova de se fazer ciência em
um contexto geográfico.
Cláudia Maria de Almeida, Gilberto Câmara e Antonio Miguel
670) 
V. Monteiro (Org.). Geoinformação em urbanismo. Cidade Real X Cidade Virtual. São Paulo: Oficina de Texto,
2007, p. 5 e 6. (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto apresentado anteriormente, julgue o próximo item.
O sujeito da oração apresentada no primeiro período do texto é “a atenção das autoridades de gestão
territorial”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789178
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789178
671) 
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A substituição da forma verbal “têm” por tem preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2271066
CEBRASPE (CESPE) - APO (SEPLAN RR)/SEPLAN RR/Planejamento e Orçamento/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do
Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do
poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do
governo ou do Estado pela sociedade.
Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da
governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2271066
demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade
plena.
Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as
quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as
relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de
atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.
Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar
problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de
mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de
liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa
que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos
setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos
representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem
com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.
Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios
que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal
ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao
suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.
Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se
devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à
imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os
muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em
vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças
672) 
políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa
tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.
 
Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017. Internet:
<www.online.unisc.br> (com adaptações).
 
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A correção gramatical do texto seria preservada caso o termo “públicas” (primeiro período do último
parágrafo) estivesse flexionado no singular, da seguinte forma: pública.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341670
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341670
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecadose partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
Caso a forma verbal “tem” (segundo período do segundo parágrafo) fosse grafada com acento
circunflexo — têm —, de forma a concordar com a expressão “os cadáveres expostos”, que a antecede,
as relações sintáticas entre os termos seriam alteradas, mas a correção gramatical seria mantida.
Certo
Errado
673) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368472
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368472
674) 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Com base nas regras de concordância nominal e verbal, julgue o seguinte item, relativos ao texto 2A1-I.
 
No parágrafo, o termo “desafiada” concorda com “centralidade”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368605
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368605
675) 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “cada um de nós vislumbra o norte da justiça”, a flexão da forma verbal na primeira pessoa do
plural — vislumbramos — prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395638
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latinae
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
No último período do segundo parágrafo, o termo “europeus” concorda com “milhares”.
Certo
Errado
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676) 
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
677) 
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir.
 
No início do primeiro parágrafo, a substituição de “apontados” por apontado comprometeria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2423603
CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423603
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
678) 
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
No último período do quarto parágrafo, a forma verbal “continha” estabelece concordância com o mesmo
referente da forma pronominal “ela” — “a primeira Constituição brasileira”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de
estratégias para acelerar a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com
operações seguras, respeito às pessoas e ao meio ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez
compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa estão associados a carbono. Os outros
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445797quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos
e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos socioambientais, programas em
direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas sociais e
ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos
da PETROBRAS.
No que diz respeito aos desafios da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da
mudança climática por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo
carbono no Brasil, gerando energia, divisas e riquezas relevantes para o financiamento de uma transição
energética responsável, bem como para a capacidade de ofertar gás e energia despachável para
viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira. Além disso, investe
em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos
socioambientais para a recuperação e conservação de florestas.
Internet: <https://petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item subsequente.
 
No último período do segundo parágrafo, as formas verbais “investe” e “promove”, flexionadas na
terceira pessoa do singular, concordam com o termo “matriz elétrica brasileira”, que encerra o período
imediatamente anterior.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531733
679) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
680) 
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, se a forma verbal ‘projetaram’ fosse flexionada no singular —
projetou —, a concordância verbal, nesse caso, passaria a ser estabelecida com o termo ‘figura’, sem
prejuízo da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534106
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
681) 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de
concordância e regência no texto 8A1-I.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso as formas verbais empregadas nos segmentos “20%
dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia” (último período do segundo
parágrafo) e “21% se interessam pela profissão” (primeiro período do quarto parágrafo) estivessem
flexionadas no singular — está e interessa, respectivamente —, dada a possibilidadede concordância
do verbo com a expressão por cento, representada graficamente por “%”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 8A2-I
Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
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deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
682) 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto 8A2-I, julgue o item subsequente.
 
Em “permanece em silêncio ou se oculta” (último período do terceiro parágrafo), a flexão dos verbos no
singular decorre da concordância dessas formas verbais com “um mediador”(terceiro período do terceiro
parágrafo), termo que exerce a função de sujeito.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2613723
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613723
683) 
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
Sem prejuízo dos sentidos originais do texto e de sua correção gramatical, no segundo período do
segundo parágrafo, o adjetivo “carregados” poderia ser substituído por carregada, caso em que
passaria a concordar com o termo “memória”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614646
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começama esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
684) 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas, embora seus sentidos fossem alterados,
caso o trecho “É por isso que obtém melhor resultado” (último período do primeiro parágrafo) fosse
reescrito da seguinte forma: É por isso que se obtém melhores resultados.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637257
685) 
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Mantendo-se as ideias do texto, o trecho ‘para as unidades da Federação, são necessários os dados do
Ministério da Saúde, que demoram um pouco mais’ (último parágrafo) poderia ser reescrito, de maneira
gramaticalmente correta, da seguinte forma: É necessário, para as unidades da Federação, dados
do Ministério da Saúde, que demoram um pouco mais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642944
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG2A1-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642944
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
O sentido original e a correção gramatical do último período do texto seriam preservados se o trecho
“Além disso, mais de 46 mil dias de trabalho são perdidos” fosse assim reescrito: Além disso, perde-se
mais de 46 mil dias de trabalho.
Certo
686) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642971
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642971
687) 
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG2A1-II, julgue o seguinte item.
 
No quarto período do primeiro parágrafo, a flexão da forma verbal “trabalha” na terceira pessoa do
singular justifica-se pela concordância do verbo com o termo “população”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704933CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia
passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas
executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas
mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo
funcional da instituição.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704933
Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era
responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação
(MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos
arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou
novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas
alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar
(transporte escolar e assistência à saúde).
Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as
delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de
responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos
projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de
prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência
da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino
Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.
Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).
 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Em “ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou” (segundo período do
primeiro parágrafo), a forma verbal “aumentou” poderia ser substituída por aumentaram sem prejuízo
da coerência e da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
688) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883737
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também
aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
 
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.
 
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as ciências
exatas são exemplos de preconceitos.
 
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou seja,
a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou desvantagens
por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio
ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que
proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas
que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo em
que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato — ou sobre a qual
são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência de diferenças sociais
significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso. A discriminação indireta
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883737
689) 
é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer
porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma concreta as
consequências da norma.
 
Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).
Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.
 
A correção gramatical do último período do último parágrafo seria prejudicada se a forma verbal “leva”
fosse substituída por levam.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1917437
CEBRASPE (CESPE) - TAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1917437
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a
vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito
altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com
adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
 
690) 
No primeiro período do segundo parágrafo, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto,
a palavra “demonizadas”poderia ser substituída pela respectiva forma no singular — demonizada —,
caso em que ela passaria a concordar com o termo “uma espécie”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935020
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já
tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro
relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa
hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas
certamente não requer linguagem.
Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque
ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a
capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido
de fato colocada em uso.
Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935020
691) 
Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso o adjetivo “primitivas”, no trecho “ferramentas de
pedra primitivas”, fosse flexionado no singular, embora o sentido original do trecho e as relações
sintáticas nele estabelecidas fossem alterados: no original, o adjetivo qualifica o termo “ferramentas”;
com o emprego do singular, o adjetivo qualificaria o termo “pedra”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1937176
CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com
o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1937176
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No primeiro período do terceiro parágrafo, a forma verbal “haja”, em suas duas ocorrências, expressa
existência, logo seria gramaticalmente correto substituí-la por exista, em ambas as ocorrências, sem
alteração dos sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1937903
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1937903
692) 
CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com
o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.
 
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.
 
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.
 
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
693) 
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Sem prejuízo para a correção gramatical do segundo período do terceiro parágrafo, o segmento
“consolidou-se” poderia ser substituído por consolidaram-se, caso em que a concordância verbal
passaria a se dar com o termo “dois sistemas de controle”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945838
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
A questão da origem da linguagem é altamente controvertida, dada a inexistência de provas e de
testemunhos factuais. Isso tornou o tema sujeito às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas.
Uma das primeiras teorias sobre a origem da linguagem humana é que as palavras surgiram da tentativa
de imitar os sons produzidos pelos animais e os sons da natureza circundante. Essa teoria é conhecida
como teoria onomatopaica. Outra possibilidade proposta, muito semelhante à explicação onomatopaica,
foi a de identificar o germe da linguagem nas interjeições. Os primeiros sons produzidos pelos seres
humanos teriam sido exclamações de dor, alegria, desespero, espanto, surpresa.
Uma teoria um pouco mais elaborada sugere que o esforço muscular exagerado ou difícil e
especialmente os esforços rítmicos são geralmente acompanhados por ação intermitente da glote, da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945838694) 
língua, dos lábios e do palato mole. A alternância dos movimentos de segurar e soltar a respiração,
algumas vezes fazendo as cordas vocais vibrarem, produziu a voz.
Bruna Franchetto e Yonne Leite. Origens da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 12-13 (com
adaptações).
 
Tendo como referência o fragmento de texto anterior, suas ideias e seus aspectos linguísticos, julgue o
item seguinte.
 
No último período do texto, a substituição da forma verbal “produziu” por produziram manteria a
correção gramatical do texto, dada a possibilidade de concordância verbal com o termo “movimentos de
segurar e soltar a respiração”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968088
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço. Mas são
as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre mais. Em
1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1 na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas
e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na
escala Richter, matou mais de 300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma
epidemia de cólera matou 9 mil pessoas.
Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado mais à mão no
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968088
imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se denomina destino. Mas muito
frequentemente destino é uma expressão que encobre com um véu de irracionalidade o que é apenas
obra humana.
O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade designam tanto os
habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins, em
São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo, segundo
dados da Organização das Nações Unidas (2017). No planeta vive o 1% das pessoas que detém renda
maior que os restantes 99% da população mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7
bilhões dos mais pobres que lutam para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm
renda para ficar em casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje
por causa da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pessoas
que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições mínimas de higiene.
Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
 
No último período do texto, caso a palavra “desprovidas” fosse empregada no masculino — desprovidos
—, em concordância com o termo “4,5 bilhões”, a correção gramatical e o sentido do texto seriam
mantidos.
Certo
Errado
695) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1971981
CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
 
“Pois não?”
 
“Um... como é mesmo o nome?”
 
“Sim?”
 
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,
conhecidíssima.”
 
“Sim, senhor.”
 
“O senhor vai dar risada quando souber.”
 
“Sim, senhor.”
 
“Olha, é pontuda, certo?”
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1971981
“O quê, cavalheiro?”
 
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?
 
Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de
encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie
de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
 
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
 
“Estou me esforçando, mas...”
 
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
 
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
 
Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.
 
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
A forma verbal ‘Tem’, na oração ‘Tem uma ponta assim’ (décimo terceiro parágrafo), concorda com o
termo ‘uma ponta’.
Certo
Errado
696) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1981925
CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1981925
697) 
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
No terceiro período do primeiro parágrafo, seria gramaticalmente corretoincluir acento diferencial na
forma verbal “tem” — escrevendo-se têm — a fim de que a concordância verbal passasse a ser
estabelecida com os termos “da informação” e “da comunicação”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana (PGE RJ)/PGE RJ/Contábil/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater,
isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se fosse padrinho. Isso levou o papado a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1988693
se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente
rápida desses princípios sugere que o clero franco já sustentava concepções similares. Isso é ilustrado
por um caso curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a maneira traiçoeira
pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei Quilpérico.
Durante uma longa ausência do rei, ela persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se madrinha da
própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na commater de
seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o caminho livre para
Fredegunda.
 
Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público
estavam bem familiarizados com os impedimentos derivados do parentesco espiritual. Não fosse o caso,
seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio conferem
testemunho adicional a esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era permitido que
alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da Gália e na terra dos
francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe estranho, já que ele nunca
ouvira falar nisso antes. A questão devia preocupá-lo porque, no mesmo ano, escreveu a respeito para
dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até então não estava familiarizado com
esse impedimento ao casamento, embora o clero continental, a quem ele se dirigia, considerasse a
questão muito grave.
 
Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan
Bremmer (Org.). De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade. Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com
adaptações).
 
Em relação às estruturas morfossintáticas do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, o termo “impossível” concorda com “acusar”.
Certo
698) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2006881
CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2006881
699) 
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “uma afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai
muito além do seu impacto econômico imediato” (segundo período do primeiro parágrafo), seriam
mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a forma verbal “vai” fosse substituída por
vão, de forma que a concordância verbal passasse a ser estabelecida com o termo “as indústrias
criativas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010657
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010657
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.No primeiro período do terceiro parágrafo, a forma verbal “contribuíram” estabelece concordância com o
termo “operações massivas de coleta de dados”.
Certo
700) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027954
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições
para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico,
pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco,
constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a
preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo —
os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de
compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes
em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade
aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método
falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.
Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:
conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período, faz-se um elogio à obra de Karl Popper pelo emprego do adjetivo “notável”, o qual
estabelece concordância com o termo “todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper”,
qualificando-o.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027954
701) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027968
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com
sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as
promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades
ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja,
como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de
autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por
objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a
motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma
diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis
sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos
sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis
em troca de pouco investimento e esforço.
Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.
Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso a forma verbal “Há” (terceiro
período) fosse substituída por Existe.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027968
702) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2035457
CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das
organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e
escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no
contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão
enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda,
a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a
viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda
a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem
hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse
sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para
sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações,
depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as
respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus
desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos
humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que
precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2035457
703) 
processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as
relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor
tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital
humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas
conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando
relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: <www.abeinfobrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, a flexão das formas verbais “É” e “seja” na terceira pessoa
do singular justifica-se pela concordância com “toda a comunicação da companhia com seus
colaboradores”, termo que funciona como sujeito de ambas as orações.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064575
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse
índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064575
de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial
representando 68% do total em 2050.
No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então.
Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo
fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As
projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a
90%.
As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas.
Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por
64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato
evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de
emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo
bastante afetado pelas mudançasque ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de
recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.
Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que
impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em
que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e
modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar
revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data)
e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.
 
Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes
evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um
número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento
exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a
704) 
subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário
significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.
No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente,
e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção
de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua
população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que
as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no
contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo,
mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.
Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.
 
No último período do segundo parágrafo, a forma verbal “indicam” está flexionada no plural para
concordar com a palavra “projeções”, mas poderia ser substituída pela respectiva forma singular —
indica —, sem prejuízo da correção gramatical, dada a previsão gramatical de concordância com o termo
mais próximo, que, no caso, é o termo “prazo”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064681
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-II
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064681
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o próximo item.
705) 
No último período do primeiro parágrafo, as formas verbais “têm” e “provêm” estabelecem concordância
com o mesmo termo: “todas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2065827
CEBRASPE (CESPE) - MCre (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Somente na África, 56% dos incidentes relacionados à saúde pública, entre 2011 e 2021, estavam
ligados ao clima. O aumento dos casos de câncer, asma e doenças coronárias serve de alerta para um
planeta cada vez mais poluído.
O movimento Nosso Planeta, Nossa Saúde foi criado para incentivar as sociedades a se preocuparem
mais com o bem-estar e a saúde das pessoas e do planeta, foco do Dia Mundial da Saúde em 2022.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 13 milhões de mortes por ano são atribuídas a
causas evitáveis, ligadas ao meio ambiente.
 
De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a crise do clima é também uma
crise de saúde e, em meio à pandemia, a um planeta poluído e ao aumento de casos de câncer, doenças
coronárias e asma, ações urgentes têm de ser tomadas para promover uma mentalidade de saúde e
bem-estar para todos.
 
A OMS regional na África destaca que 56% dos incidentes de saúde pública ocorridos entre 2011 e 2021
estavam ligados ao clima. A África está experimentando um aumento de emergências climáticas, com
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2065827
706) 
25% a mais de eventos, em comparação com a década anterior.
 
No Dia Mundial da Saúde em 2022, a OMS pediu a governos de todo o mundo que priorizem o bem-estar
humano em todas as decisões, suspendendo as explorações e os subsídios de combustíveis fósseis e
implementando as diretrizes de qualidade do ar em suas cidades.
 
A diretora regional da OMS na África disse que a mudança climática é uma das maiores ameaças à
humanidade, visto que coloca a boa saúde em perigo. Ela citou o aumento de enchentes, doenças
transmitidas por vetores e o aprofundamento da crise de saúde. E afirmou que o continente que menos
contribui para a crise climática é o que mais sofre com ela.
 
Internet: <news.un.org> (com adaptações).
 
Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
No trecho “ações urgentes têm de ser tomadas” (quarto parágrafo), o acento circunflexo na palavra
“têm” indica que ela está empregada no plural.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2065865
CEBRASPE (CESPE) - MCre (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Você já deu uma olhada nas classificações internacionais de países mais felizes do mundo
recentemente? Mensurar o subjetivo nível de felicidade de um país tem se tornado um verdadeiro
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2065865
esporte internacional. As pessoas olham com interesse (e um pouco de ciúmes) para nações como a
Dinamarca, que costumam aparecer no topo das listas.
Mas viver em uma das nações mais felizes do mundo é tudo isso? Oque acontece se você luta para
encontrar ou manter a felicidade em um mar de pessoas (supostamente) felizes?
Em certa pesquisa publicada em uma revista científica, descobriu-se que, nos países com os mais altos
níveis de felicidade, as pessoas também são mais propensas a experimentarem certo mal-estar diante da
pressão social para serem felizes. Dessa forma, viver em países felizes pode ser algo bom para muitos,
mas para outros pode representar um fardo e ter um efeito oposto.
Em outra pesquisa, foram entrevistadas 7.443 pessoas de 40 países sobre bem-estar emocional,
satisfação com a vida (bem-estar cognitivo) e reclamações de humor (bem-estar clínico). Depois, suas
respostas foram comparadas com as percepções delas sobre a pressão social para a positividade. O que
se descobriu confirmou resultados prévios. Quando as pessoas afirmam sentir pressão para serem felizes
e evitar a tristeza, elas tendem a apresentar déficits na saúde mental, ou seja, elas sentem uma menor
satisfação com a própria vida, mais emoções negativas, menos emoções positivas e altos níveis de
depressão, ansiedade e estresse.
Brock Bastian e Egon Dejonckheere. Países com maiores índices de felicidade
podem tornar pessoas infelizes. Internet: <Revistagalileu.globo.com> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No primeiro parágrafo, a forma verbal “costumam”, em “costumam aparecer”, está empregada no plural
porque estabelece concordância com o termo “As pessoas”.
Certo
Errado
707) 
708) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2067964
CEBRASPE (CESPE) - ASG (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/Assistência Social/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
 
No que se refere ao cartaz precedente, julgue o seguinte item.
 
No cartaz, a palavra “RESTRITA” é classificada como adjetivo e concorda em gênero e número com o
substantivo “ÁREA”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2205114
CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2067964
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2205114
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
709) 
Estariam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se, no terceiro período do primeiro
parágrafo, a forma verbal “tende” fosse substituída por tendem.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210284
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210284
710) 
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Se o vocábulo “objeto” (décimo período) fosse flexionado no plural — objetos —, a correção gramatical
do texto seria prejudicada.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Med (TCE-PB)/TCE PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-II
A expressão “Comunicação e Saúde 2.0” acarreta deslocamentos nos modos de relacionamento entre
indivíduos e profissionais da saúde. Trata-se de um processo global que ocasiona mudanças no cuidado
da saúde e que associa as tecnologias de informação e comunicação aos processos terapêuticos nas
trocas e interações entre profissionais e pacientes. As interações entre indivíduos mediadas pelas
máquinas resultariam em novas experiências de comunicação e informação em saúde. Com o surgimento
da Web 2.0, por consequência, desenvolve-se a Saúde 2.0, o que permite, na prática, que os atores da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215548
711) 
área da saúde interajam em fóruns virtuais que tratam de assuntos relacionados a doenças e
prognósticos.
 
Nas redes telemáticas, em tese, não existiria hierarquia, pois até o paciente poderiacontribuir com as
informações sobre saúde que detém. É possível visualizar a atuação da Saúde 2.0 em blogs, canais de
compartilhamento de vídeos, redes sociais, softwares, aplicativos para celulares e mecanismos de busca.
Esse tipo de discussão sobre Saúde 2.0 ainda é recente no Brasil, embora os mecanismos da Web 2.0 já
estejam consolidados para boa parte da população brasileira.
 
Deyvisson Pereira da Costa. Controvérsias na comunicação e saúde:
biolutas entre médicose pacientes bariátricas nas redes de biossociabilidade. In: Suely Henrique de
AquinoGomes e Mayllon Lyggon de Sousa Oliveira (Org.) Disputas na sociedade midiatizada:
controvérsias, conflitos e violência. Goiânia: Gráfica UFG, 2020, p. 42 (com adaptações).
 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte.
 
Na oração “Trata-se de um processo global” (segundo período do primeiro parágrafo), a flexão verbal na
terceira pessoa do singular justifica-se pela concordância do verbo com o sujeito da oração, cujo núcleo é
o termo “expressão”, mencionado no primeiro período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215560
CEBRASPE (CESPE) - Med (TCE-PB)/TCE PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-II
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215560
A expressão “Comunicação e Saúde 2.0” acarreta deslocamentos nos modos de relacionamento entre
indivíduos e profissionais da saúde. Trata-se de um processo global que ocasiona mudanças no cuidado
da saúde e que associa as tecnologias de informação e comunicação aos processos terapêuticos nas
trocas e interações entre profissionais e pacientes. As interações entre indivíduos mediadas pelas
máquinas resultariam em novas experiências de comunicação e informação em saúde. Com o surgimento
da Web 2.0, por consequência, desenvolve-se a Saúde 2.0, o que permite, na prática, que os atores da
área da saúde interajam em fóruns virtuais que tratam de assuntos relacionados a doenças e
prognósticos.
 
Nas redes telemáticas, em tese, não existiria hierarquia, pois até o paciente poderia
contribuir com as informações sobre saúde que detém. É possível visualizar a atuação da Saúde
2.0 em blogs, canais de compartilhamento de vídeos, redes sociais, softwares, aplicativos para celulares
e mecanismos de busca. Esse tipo de discussão sobre Saúde 2.0 ainda é recente no Brasil, embora os
mecanismos da Web 2.0 já estejam consolidados para boa parte da população brasileira.
 
Deyvisson Pereira da Costa. Controvérsias na comunicação e saúde:
biolutas entre médicose pacientes bariátricas nas redes de biossociabilidade. In: Suely Henrique de
AquinoGomes e Mayllon Lyggon de Sousa Oliveira (Org.) Disputas na sociedade midiatizada:
controvérsias, conflitos e violência. Goiânia: Gráfica UFG, 2020, p. 42 (com adaptações).
 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, a acentuação gráfica em “detém” indica que a forma verbal
está flexionada na terceira pessoa do singular, o que se justifica pela concordância do verbo com o termo
“saúde”, que é o referente sujeito da oração “que detém”.
Certo
Errado
712) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215995
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
Uma das maiores festividades do Brasil! Essa é a Festa Nacional da Uva, o mais dinâmico símbolo de
Caxias do Sul e da Serra Gaúcha. O evento comunitário é uma celebração da cultura dos imigrantes
italianos, que fizeram da região sua morada. Em cada edição, milhares de pessoas ficam imersas na
cultura, gastronomia, diversidade e alegria.
No ano de 2022, não foi diferente. Mais de 350 mil pessoas visitaram a festa e se encantaram com as
inúmeras atrações que valorizaram a gente e a cultura do lugar, como a vila dos distritos, a praça das
cidades, a exposição de uvas, o pavilhão da agroindústria e os mais de 150 artistas regionais.
Em termos de gastronomia, além dos restaurantes já existentes nos pavilhões, a vila dos distritos, a
praça de alimentação e a praça das doceiras convidavam os visitantes a se deliciarem com opções que
iam da típica polenta brustolada até o crepe, bem como com inúmeras opções de doces.
A feira multissetorial contou com a presença de mais de 250 expositores de diversos segmentos. O
centro de eventos recebeu expositores de vinícolas tradicionais da Serra Gaúcha, além de cervejarias,
que também expuseram seus produtos noinédito bier garden, no mirante da festa.
Além disso, o centro de eventos recebeu a praça das cidades, atração que reuniu 20 cidades vizinhas
para mostrarem um pouco de sua cultura, sua arte, sua história e seus encantos.
A tradicional exposição de uvas também aconteceu e foi um sucesso! Mais de 200 expositores
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215995
713) 
apresentaram exemplares de diversas variedades da estrela da festa: a uva.
A inovação e a tecnologia estiveram presentes no solo de inovação, atração inédita que trouxe diversas
palestras, workshops, desafios e muitas oportunidades de colocar a mão na massa e vislumbrar uma
infinidade de possibilidades para o futuro.
Internet: <www.festadauva.com.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.
No último parágrafo, a forma verbal “trouxe” está flexionada no singular para concordar com o termo
“atração inédita”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo da correção gramatical do texto, pela forma
verbal trouxeram, caso em que a concordância verbal passaria a ser estabelecida com o segmento “A
inovação e a tecnologia”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2224775
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
 
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo com o
último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões
de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas
configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2224775
assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de
atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de
Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com
deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de
instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto
mais marcante.
 
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos
de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade
e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito
de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde
então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo.
Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de
dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medidaem que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar
dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à
constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de
forma mais intensa, sobre as mulheres.
 
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos
Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de
cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente.
Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da
maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
 
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos
serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado
ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de
cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços,
além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a
socióloga.
 
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas
quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e
pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que
compensam a escassa presença do Estado.
 
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
 
Julgue os itens a seguir, relativos a aspectos estruturais e gramaticais do texto CB1A1.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o termo ‘analisado’ (quarto parágrafo) fosse
flexionado no feminino — analisada —, dada a possibilidade de sua concordância com o termo
subsequente ‘crise’, com o qual estabelece relação sintático-semântica.
Certo
Errado
714) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2252150
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
As pessoas que driblaram o desemprego trabalhando por conta própria desde o início da pandemia estão
ganhando 31% menos em comparação com as que optaram por esse tipo de trabalho dois anos antes da
covid-19. Entre estas, o rendimento médio mensal era de R$ 2.074, enquanto, entre aquelas, o
rendimento é de R$ 1.434. Os dados, publicados no Boletim Emprego em Pauta, são do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e foram obtidos a partir de uma análise
comparativa que levou em conta os resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
 
Ao final de 2021, o número de trabalhadores por conta própria havia crescido 6,6%. A maioria não tem
nenhuma proteção social, o que confirma a precarização do trabalho até mesmo para quem conseguiu se
manter no mercado por conta própria. Três em cada quatro pessoas que trabalham por conta própria
deixam de contribuir para a previdência social, ou seja, apenas 12,7% desses trabalhadores conseguem
pagar a contribuição previdenciária para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para terem alguma
segurança no futuro com a aposentadoria e outros benefícios. Entre os mais antigos, o percentual era de
58,3%.
 
Os técnicos do DIEESE sugerem as seguintes hipóteses para explicar esse percentual menor de inscrição
no cadastro nacional da pessoa jurídica (CNPJ) entre aqueles que começaram a trabalhar mais
recentemente por conta própria: a baixa remuneração e a incerteza do negócio, assim como a
preocupação com o endividamento que a regularização do trabalho pode gerar.
 
Internet: <www.cut.org.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2252150
715) 
 
Julgue o item que se segue, relativos a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.
 
Seria mantida a correção gramatical do último período do segundo parágrafo caso a forma verbal “era”
fosse flexionada no plural — eram —, dada a possibilidade de concordância verbal com a expressão de
porcentagem que aparece logo em seguida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2265528
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-II
A crescente adoção do conceito de tecnologias sociais ocorre concomitantemente com o avanço de dois
conceitos que lhe são complementares: economia solidária e capital social. As graves consequências do
capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência
e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser abordadas por
projetos paternalistas e compensatórios. Ao contrário, requerem estudos aprofundados sobre um novo
tipo de desenvolvimento. O professor Henrique Rattner pontua que, entre os cientistas sociais que se
debruçam sobre os fracassos do desenvolvimento e suas causas, em todos os debates travados nos
últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente. O capital social, segundo
Rattner, procura trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio
mútuo e solidariedade, com base na “eficiência social coletiva”.
Capital social, segundo o estudioso John Durston, é o conjunto de normas, instituições e organizações
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265528
que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução
dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de
gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis. Sua importância está na
busca de estratégias de superação da pobreza e de integração de setores sociais excluídos.
No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de
economia solidária. Diferentemente de iniciativas meramente paliativas, como respostas emergenciais a
situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências devam ser uma
base para a reconstrução do tecido social. Como diz o pesquisador Luis Inácio Gaiger, elas “constituiriam
uma ação geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida
econômica e social”.
Ivete Rodrigues e José Carlos Barbieri. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da
tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. In: Revista de Administração
Pública – FGV, Rio de Janeiro, 42(6):1069-94, nov./dez. 2008 (com alterações).
 
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CG1A1-II, julgue o item a seguir.
 
A forma verbal “requerem” (terceiro período do primeiro parágrafo) estabelece concordância com o
trecho “As graves consequências do capitalismo e da globalização”, no período imediatamente anterior.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2612758
CEBRASPE (CESPE) - ATCI (MCom)/MCom/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2612758
716) Texto CG1A1-I
 
Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de
resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida
simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento e de,no
longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano. O empreendimento científico e
tecnológico é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade construiu ao
longo de sua história. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até as imensas
potencialidades da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo
surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida
de toda a humanidade no último século.
Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a necessidade de
solução dos problemas que afligem a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos
e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que separam os seres humanos — por
meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte — são alguns dos desafios e
aspirações humanas para cuja solução, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
Apesar dos feitos extraordinários da ciência e dos investimentos públicos em ciência e tecnologia,
verifica-se uma espécie de movimento de deslegitimação social do conhecimento científico no mundo
todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a
“morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual, no qual ele descreve o
sentimento de descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais que isso, um
certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa
relativa às políticas públicas. Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacina ou mesmo
a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento global, apesar de todas as evidências científicas,
parecem corroborar a análise de Nichols.
717) 
A despeito da qualidade de vida ter melhorado nos últimos séculos, em grande medida graças ao avanço
científico e tecnológico, a desigualdade vem aumentando no período mais recente. Thomas Piketty
evidenciou um crescimento da desigualdade de renda nas últimas décadas em todo o mundo, além de
mostrar que, no início deste século, éramos tão desiguais quanto no início do século passado. Esse é um
problema mundial, mas é mais agudo em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda
abundam problemas crônicos do subdesenvolvimento, que vão desde o acesso à saúde e à educação de
qualidade até questões ambientais e urbanas. É, portanto, nesta sociedade desigual, repleta de
problemas e onde boa parte da população não compreende o que é um átomo, que a atividade científica
e tecnológica precisa se desenvolver e se legitimar. Também é esta sociedade que decidirá, por meio dos
seus representantes, o quanto de recursos públicos deverá ser alocado para a empreitada científica e
tecnológica.
Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “desafios e aspirações humanas” (segundo período do terceiro parágrafo), seria
gramaticalmente correto substituir o vocábulo “humanas” por humanos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1536619
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TC DF)/TC DF/Auditoria/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A2
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1536619
 
O mundo urbano já abriga mais da metade da população do planeta, e os processos de urbanização
espalham globalmente, mas de forma desigual, tanto os benefícios quanto as crises da ocupação urbana
do espaço. Com isso, o planejamento urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas vêm sendo
inseridos em discussões na busca de alternativas para a urbanização e para o desenvolvimento urbano, a
fim de mitigar os impactos nocivos e adaptar o ordenamento territorial e a distribuição socioespacial das
cidades às condições de ambiente e clima locais e regionais. O movimento de (re)pensar o planejamento
das cidades para que se obtenha um modelo em que o desenvolvimento urbano possa ser mais social e
ambientalmente sustentável passará a ser essencial daqui a alguns anos, considerando-se tanto as
desigualdades que esses processos carregam em si quanto os problemas ambientais e climáticos
desencadeados por eles.
 
Por um lado, uma parcela da população urbana usufrui dos avanços técnico-científicos, da infraestrutura
e do conforto que a vida urbana e sua produção econômica disponibilizam; por outro lado, grande parte
do mundo sofre com as consequências socioeconômicas das políticas econômicas e de expansão de
mercados, que promovem exclusão, desigualdade e vulnerabilidade no mercado de trabalho e na gestão
e no planejamento urbanos. As cidades, sejam elas grandes aglomerados, como metrópoles, ou
pequenas comunidades, enquanto aglomerações urbanas, são permeadas, em diversos níveis, por
questões de desigualdade socioeconômica e questões que envolvem uma mudança de discurso para
melhorar as condições ambientais, como propostas de consumo consciente e saneamento básico: o meio
urbano e o padrão do desenvolvimento urbano são um desafio quando se considera promover mudanças
nos padrões insustentáveis de consumo.
 
Ana Célia Baía Araújo e Zoraide Souza Pessoa. O desafio das cidades sustentáveis: prós e contras de
uma proposta para o desenvolvimento urbano. Internet: <http://anpur.org.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB1A2, julgue o item:
 
718) 
A forma verbal “vêm” é acentuada devido à concordância que estabelece com o termo “o planejamento
urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas” .
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1611163
CEBRASPE (CESPE) - PRF/PRF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 1A18-I
 
Nos Estados Unidos da América, no século XIX, a passagem da polícia do sistema de justiça para o de
governo da cidade significou também a passagem da noção de caça aos criminosos para a prevenção dos
crimes, em um deslocamento do ato para o ator. Como na Europa, a ênfase na prevenção teria
representado nova atitude diante do controle social, com o desenvolvimento pela polícia de uma
habilidade específica, a de explicar e prevenir o comportamento criminoso. Isso acabou redundando no
foco nas “classes perigosas”, ou seja, em setores específicos da sociedade vistos como produtores de
comportamento criminoso. Nesse processo, desenvolveram-se os vários campos de saber vinculados aos
sistemas de justiça criminal, polícia e prisão, voltados para a identificação, para a explicação e para a
prevenção do comportamento criminoso, agora visto como “desviante”, como a medicina legal, a
psiquiatria e, especialmente, a criminologia.
 
Na Europa ocidental, as novas instituições estatais de vigilância deveriam controlar o exercício da força
em sociedades em que os níveis de violência física nas relações interpessoais e do Estado com a
sociedade estavam em declínio. De acordo com a difundida teoria do processo civilizador, de Norbert
Elias, no Ocidente moderno, a agressividade, assim como outras emoções e prazeres, foi domada,
“refinada” e “civilizada”. O autor estabelece um contraste entre a violência “franca e desinibida” do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1611163
719) 
período medieval, que não excluía ninguém da vida social e era socialmente permitida e até certo ponto
necessária, e o autocontrole e a moderação das emoções que acabaram por se impor na modernidade. A
conversão do controle que se exercia por terceiros no autocontrole é relacionada à organização e à
estabilização de Estados modernos, nos quais a monopolização da força física em órgãos centrais
permitiu a criação de espaços pacificados. Em tais espaços, os indivíduos passaram a ser submetidos a
regras e leis mais rigorosas, mas ficaram mais protegidos da irrupção da violência na sua vida, na medida
em que as ameaças físicas tornaram-se despersonalizadas e monopolizadas por especialistas.
 
C.Mauch. Considerações sobre a história da polícia. In: MÉTIS:
história & cultura, v. 6, n.º 11, jan./jun. 2007, p. 107-19 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 1A18-I, julgue o item que se seguem.
 
Mantém-se a correção gramatical do trecho “o autocontrole e a moderação das emoções que acabaram
por se impor na modernidade”, do texto, caso a forma verbal “impor” seja flexionada no plural
imporem.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1625047
CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A1-II
 
Cresce rapidamente, em quase todos os países, o número de pessoas na prisão ou que esperam
prováveis sentenças de prisão. Em quase toda parte, a rede de prisões está se ampliando intensamente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1625047
720) 
Os gastos orçamentários do Estado com as forças da lei e da ordem, principalmente os efetivos policiais
e os serviços penitenciários, crescem em todo o planeta. Mais importante, a proporção da população em
conflito direto com a lei e sujeita à prisão cresce em ritmo que indica uma mudança mais que meramente
quantitativa e sugere uma “significação muito ampliada da solução institucional como componente da
política criminal” — e assinala, além disso, que muitos governos alimentam a pressuposição, que goza de
amplo apoio na opinião pública, de que “há uma crescente necessidade de disciplinar importantes grupos
e segmentos populacionais”.
 
A proporção da população que cumpre sentenças de prisão é distinta em cada país, refletindo
idiossincrasias de tradições culturais e histórias de pensamento e de práticas penais, mas o rápido
crescimento parece ser um fenômeno universal em toda a ponta “mais desenvolvida” do mundo.
 
Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Tradução:
Marcus Penchel. Rio de Janeiro, Zahar, 1999, p. 122-123 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item que seguem.
 
A forma verbal “crescem” está flexionada no plural para concordar com o sujeito composto cujos núcleos
são “gastos”, “efetivos” e “serviços”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1628402
CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Ciência de Dados/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1628402
 
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem
para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem
atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de
que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de
propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas,
precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é
apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo
bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de
máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a
que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem
esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea.
Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos
independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises
químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas
consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se
diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ―
recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do
emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto
prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés
quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência,
uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo,
mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite
refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
 
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
721) 
 
No trecho “precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia” (quarto período), o vocábulo “primeiro”
estabelece concordância com o termo “conceito”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1628442
CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Ciência de Dados/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem
para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem
atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de
que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de
propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas,
precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é
apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo
bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de
máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a
que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem
esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea.
Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos
independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises
químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas
consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1628442
722) 
diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ―
recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do
emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto
prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés
quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência,
uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo,
mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite
refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
 
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).
 
Ainda com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que
nos força a repensar o processo de modernização”, a forma verbal “é” concorda com o termo
“Localidade”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1656941
CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A Casa de DetençãoFeminina era antiquada, embolorada, lúgubre e sombria. O chão da sala de
admissão era de cimento, sem pintura, com a sujeira dos sapatos de milhares de prisioneiras, policiais e
inspetoras de polícia incrustada na superfície.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1656941
Disseram para eu me sentar no banco da frente, na fileira da direita. De repente, ouviu-se um estrondo
do lado de fora do portão. Várias mulheres se aproximavam da entrada, esperando que o portão de ferro
se abrisse.
Enquanto as mulheres que tinham voltado do tribunal estavam em pé do lado de fora dos portões de
ferro, fui levada para fora da sala. Lá, havia o mesmo piso de cimento imundo, paredes de azulejos
amarelados descorados e duas escrivaninhas velhas de escritório. Uma inspetora branca e robusta estava
no comando. Quando eu descobri, entre os papéis grudados na parede, um cartaz de pessoas
procuradas pelo FBI com a minha fotografia e descrição, ela o arrancou de lá.
Eu ainda estava esperando naquela sala suja quando houve a troca de turno. Outra agente prisional foi
enviada para me vigiar. Ela era negra, jovem — mais nova do que eu —, usava cabelos crespos naturais
e, ao se aproximar, não demonstrou nenhum tipo de arrogância. Foi uma experiência que me desarmou.
No entanto, não foi o fato de ela ser negra que me surpreendeu, foi seu comportamento: sem
agressividade e aparentemente solidário.
Imaginando que eu pudesse ser capaz de obter dela alguma informação sobre a minha situação,
perguntei por que a demora era tão longa. Ela não sabia detalhes, disse, mas achavaque estavam
tentando decidir como me manteriam separada da população prisional. Seu pressentimento era de que
eu seria colocada na área da prisão reservada para mulheres com transtornos psicológicos. Olhei para ela
com incredulidade. Para mim, prisão era prisão — não existia gradação de melhor ou pior.
Angela Y. Davis. Uma autobiografia. Heci Regina Candiani (Trad.). 1.ª ed. São Paulo: Boitempo, 2019 (com
adaptações).
 
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
723) 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a primeira ocorrência da preposição “de”, no trecho “com
a sujeira dos sapatos de milhares de prisioneiras”, poderia ser substituída por “dos”, da seguinte forma:
com a sujeira dos sapatos dos milhares de prisioneiras.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704537
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item seguinte.
 
No trecho “a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea”, o pronome “que” exerce
a função de sujeito das formas verbais “acometem” e “são”, as quais estão empregadas no plural porque
concordam com o antecedente desse pronome: o sujeito composto “a rotina do trabalho diário e a falta
de tempo”.
Certo
724) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1706752
CEBRASPE (CESPE) - TJ (PGDF)/PG DF/Tecnologia e Informação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Reconhecer o status de mulheres brancas e homens negros como oscilante nos possibilita enxergar
as especificidades desses grupos e romper com a invisibilidade da realidade das mulheres negras. Por
exemplo, ainda é muito comum a gente ouvir a seguinte afirmação: “mulheres ganham 30% a menos do
que homens brancos no Brasil”, quando a discussão é desigualdade salarial. Essa afirmação está
incorreta? Logicamente não; mas do ponto de vista ético, sim. Explico: mulheres brancas ganham 30% a
menos do que homens brancos no Brasil. Homens negros ganham menos do que mulheres brancas, e
mulheres negras ganham menos do que todos. Segundo pesquisa desenvolvida pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 39,6%
das mulheres negras estão inseridas em relações precárias de trabalho, seguidas pelos homens negros
(31,6%), por mulheres brancas (26,9%) e por homens brancos (20,6%). Ainda segundo a pesquisa,
mulheres negras representam o maior contingente de pessoas desempregadas e no trabalho doméstico.
Quando muitas vezes é apresentada a importância de se pensarem políticas públicas para as mulheres,
comumente se ouve que as políticas devem ser para todos. Mas quem são esse “todos”, ou
quantos cabem nesse “todos”?
Djamila Ribeiro. O que é lugar de fala?
Belo Horizonte: Letramento; Justificando, 2017 (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O termo “comum” concorda sintaticamente com “afirmação”, de modo a qualificar como corriqueira a
ideia de que ‘mulheres ganham 30% a menos do que homens brancos no Brasil’.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1706752
725) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1727934
CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Assim como todas as florestas, os trechos arborizados do Ártico às vezes se incendeiam. Mas, ao
contráriode muitas florestas localizadas em latitudes médias, que prosperam ou até mesmo necessitam
de fogo para preservar sua saúde, as florestas árticas evoluíram para que queimassem apenas
esporadicamente.
 
As mudanças climáticas, contudo, estão remodelando essa frequência. Na primeira década do novo
milênio, os incêndios queimaram, em média, 50% mais área plantada no Ártico por ano do que em
qualquer outra década do século XX. Entre 2010 e 2020, a área queimada continuou a aumentar,
principalmente no Alasca, tendo 2019 sido um ano ruim em relação aos incêndios na região; além disso,
o ano de 2015 foi o segundo pior ano da história do local. Os cientistas descobriram que a frequência de
incêndios atual é mais alta do que em qualquer outro momento desde a formação das florestas boreais,
há cerca de três mil anos, e possivelmente seja a maior nos últimos 10 mil anos.
 
Os incêndios nas florestas boreais podem liberar ainda mais carbono do que incêndios semelhantes em
locais como Califórnia ou Europa, porque os solos sob as florestas em latitude elevada costumam ser
compostos por turfa antiga, que possui carbono em abundância. Em 2020, os incêndios no Ártico
liberaram quase 250 megatoneladas de dióxido de carbono, cerca da metade emitida pela Austrália em
um ano em decorrência das atividades humanas e cerca de 2,5 vezes mais do que a histórica temporada
recordista de incêndios florestais de 2020 na Califórnia.
 
Internet: <www.nationalgeographicbrasil.com> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1727934
726) 
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.
 
No parágrafo, a forma verbal “podem” está flexionada no plural porque concorda com “florestas boreais”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1729598
CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
Tradicionalmente, as conquistas democráticas nas sociedades modernas estiveram associadas à
organização de movimentos sociais que buscavam a expansão da cidadania. Foi assim durante as
revoluções burguesas clássicas nos séculos XVII e XVIII. Também a organização dos trabalhadores
industriais nos séculos XIX e XX foi responsável pela ampliação dos direitos civis e sociais nas
democracias liberais do Ocidente. De igual maneira, as demandas dos chamados novos movimentos
sociais, nos anos 70 e 80 do século XX, foram responsáveis pelo reconhecimento dos direitos das
minorias sociais (grupos étnicos minoritários, mulheres, homossexuais) nas sociedades contemporâneas.
Em todos esses casos, os espaços privilegiados das ações dos grupos organizados eram os Estados
nacionais, espaços privilegiados de exercício da cidadania. Contudo, a expansão do conjunto de
transformações socioculturais, tecnológicas e econômicas, conhecido como globalização, nas últimas
décadas, tem limitado de forma significativa os poderes e a autonomia dos Estados (pelo menos os dos
países periféricos), os quais se tornam reféns da lógica do mercado em uma época de extraordinária
volatilidade dos capitais.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1729598
727) 
Manoel Carlos Mendonça Filho et al. Polícia, direitos
humanos e educação para a cidadania. Internet: <corteidh.or.cr> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
A correção gramatical do terceiro período do primeiro parágrafo seria mantida caso os termos no trecho
“foi responsável” fossem reescritos no plural — foram responsáveis —, de forma que concordassem
com “trabalhadores industriais”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1729668
CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de
escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade,
ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.
São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e
sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro
lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios
econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.
Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas
econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1729668
As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de
convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível.
Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de
convivência impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais
próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.
A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a
maior segurança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja,
adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança
pública, há que se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela
permanente perseguição à ordem pública.
D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In:
Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.– dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A correção gramatical do texto seria mantida se a forma verbal ‘existem’ (quarto parágrafo) fosse
substituída pela forma no singular — existe —, caso em que o verbo passaria a ser considerado
impessoal.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1739403
CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC AL)/PC AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1739403
728) Tudo o que vem do povo tem uma lógica, uma razão, uma função. Ele nada faz sem motivo, e o
que produz está geralmente ligado ao comportamento do grupo ou a uma norma social ou de cunho
psíquico e religioso, um traço que vem de tempos longínquos, lá do fundo de nossas raízes, perdidas na
noite dos tempos, quando estávamos em formação. Pastoril, Quilombo, Reisado, Coco-de-Roda, literatura
de cordel, festas, tradições, superstições, contos, mitos, lendas não aparecem por acaso. São elementos
da memória popular, que engloba sentimentos e reações diante da história e das transformações.
 
Quais as origens do folclore alagoano, quais os componentes culturais que o forjaram? Théo Brandão,
com a autoridade de quem estudou a vida inteira e deixou uma obra irrepreensível sobre o assunto, diz
que são muitas as contribuições na formatação do nosso folclore. E que não é fácil nem simples
demarcar a que grupo pertence uma de suas variantes ou estabelecer com precisão a fronteira de
determinada manifestação folclórica. Afirma que há dúvidas em alguns casos e em outros é inteiramente
impossível chegar a uma conclusão única e definitiva. Cita como exemplo concreto dessas incertezas o
caso da dança existente em várias unidades nordestinas, que aparece ora como Coco, ora como Pagode,
ora como Samba.
 
Instituto Arnon de Mello. Alagoas popular: folguedos e danças de nossa gente.
Maceió: IAM, 2013, p. 24 (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, referentes às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto
apresentado.
 
Estaria gramaticalmente correta a substituição de “há” por existe em “Afirma que há dúvidas em alguns
casos”.
Certo
Errado
729) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752387
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPESC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A1-I
 
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias,
o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para o curso de Direito, a assim
chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós,
chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.
 
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia e de noite, desde
antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
 
Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte,
para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir as normas, os outros
também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos
subjetivos.
 
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva
das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, a forma verbal “atinge”, que está flexionada no singular
porque o referente de seu sujeito é “teia”, poderia ser corretamente flexionada no plural — atingem —,
caso em que o antecedente do referido sujeito passaria a ser “normas”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752387
730) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752403
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A1-II
 
As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa realidade de diversos
países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário, surgem as chamadas ações
afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão social, cultural e econômica de
indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de discriminação. Essas medidas se baseiam na
igualdade e garantem a equidade ao estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de
grupos sociais vulneráveis nos espaços sociais.
 
Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?
Internet: <www .polítize.com.br> (com adaptações).
 
Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período do texto, a forma verbal “são” poderia ser flexionada no singular — é —, caso em
que passaria a concordar com “a tradução da complexa realidade de diversos países”, sem prejuízo da
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752403
731) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752415
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiado nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752415
732) 
 
No primeiro período do primeiro parágrafo, o termo “fronteiras” é sujeito de “Estabelecer”, logo esse
verbo poderia ser corretamente flexionado no plural — Estabelecerem.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1815283
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Educação Especial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentaispassou gradualmente a ironizar tudo o que se
relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e
trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria
versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que
não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação
exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices
de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para
enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias
para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o
desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento
acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1815283
733) 
para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos
ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do
cuidado de si.
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
No parágrafo, o termo “tornaram-se” concorda com “narrativas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1825535
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825535
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritosda cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
734) 
 
A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, o vocábulo “produtos” está flexionado no plural porque concorda com o sujeito composto
“a ciência e a arte”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1867491
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Libras/2021
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
Por que algumas vacinas são em gotinhas e outras, injeção?
 
As vacinas em gotas, que tomamos pela boca, são destinadas a evitar doenças que contraímos também
pela via oral ― por meio de alimentos ou água contaminada ―, como é o caso dos rotavírus e do vírus
da poliomielite (causador da paralisia infantil). Esse tipo de vacina é absorvido no trato gastrintestinal e
age estimulando o nosso sistema imunológico a combater os microrganismos que se instalam nessa
região.
Por sua vez, as vacinas injetáveis estimulam o nosso organismo a combater os microrganismos que, em
geral, são transmitidos pelo ar, como é o caso da tuberculose, do sarampo, da catapora e da caxumba,
por exemplo.
Embora haja diferença no local de ação, o objetivo de qualquer vacina é o mesmo: estimular nosso corpo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1867491
735) 
a se proteger de microrganismos que podem causar doenças. Quer saber de uma novidade? Muitos
pesquisadores já estudam como fazer para que vacinas tradicionalmente aplicadas pela via oral possam
também ser administradas pela via injetável, e vice-versa. Para alguns casos, isso já é realidade. A vacina
contra o vírus da poliomielite, por exemplo, pode ser administrada tanto em gotinhas quanto em injeção.
Será que, no futuro, vamos poder escolher?!
Alexandre Precioso. Ciência hoje das crianças, n.º 294, nov./2018 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
No trecho “As vacinas em gotas, que tomamos pela boca, são destinadas a evitar doenças que
contraímos também pela via oral”, o vocábulo “destinadas” mantém concordância de gênero e de número
com o vocábulo “gotas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1125371
CEBRASPE (CESPE) - AFRDF (SEFAZ DF)/SEFAZ DF/2020
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
Grandes companhias globais falam muito em sustentabilidade ambiental e descarbonização de sua
produção, mas o que fazem na prática é insuficiente. A implementação de programas de sustentabilidade
corporativa tem sido lenta, conforme estudo de dois professores do International Institute for
Management Development (IMD), instituto de administração sediado na cidade suíça de Lausanne.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125371
Dos executivos consultados em outra pesquisa realizada pelo IMD, 62% consideram estratégias de
sustentabilidade necessárias para serem competitivos atualmente, e outros 22% dizem que isso será
importante no futuro. Sustentabilidade é vista como uma abordagem de negócios para criar valor a longo
prazo, levando-se em conta como uma companhia opera nos ambientes ecológico, social e econômico.
Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD concluíram
que, ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática e pelos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as iniciativas nas empresas deixam a
desejar. Na pesquisa, eles constataram que menos de um terço das companhias desenvolveram casos
de negócios claros ou proposições de valor apoiadas em sustentabilidade. Além disso, apenas 10% das
empresas estão conseguindo captar o valor total da sustentabilidade, enquanto muitas companhias
restam presas na “divulgação”. Alguns setores têm melhores resultados na implementação de programas
de sustentabilidade, como o setor de material de construção, em comparação ao de telecomunicações.
Os professores alertam que o tempo está esgotando. Estudos mostram que a poluição de carbono
precisa ser cortada quase pela metade até 2030 para evitar 1,5 grau de aquecimento do planeta. Isso
requer revisões ainda mais drásticas das indústrias globais e dos governos.
Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a
sociedade, das empresas nas quais investem. Eles notam que a necessidade de desenvolver modelos de
negócios mais sustentáveis está aumentando tão rapidamente quanto os níveis de dióxido de carbono na
atmosfera. E sugerem um forte senso de foco que chamam de “vetorização”, que inclui programas de
sustentabilidade corporativa mais acelerados.
Os pesquisadores alertam que companhias que trabalham em boas causas sem relação com seus
negócios centrais tendem a ser menos efetivas.
736) 
Assis Moreira. Valor econômico, 18/3/2019. Internet: <valor.globo.com> (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
A substituição da forma verbal “desenvolveram” por desenvolveu manteria a correção gramatical do
texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1190255
CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE CE)/MPE CE/Administração/2020
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de
que o preconceito seja um conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opinião formada antes
da aquisição dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, concebido antecipadamente
ou independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura típica dos animais, que só passam a
rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência adquirida. O racismo prevê uma superioridade
racial independente da experiência pessoal.
Um estudo neurológico realizado pela pesquisadora Eva Telzer, da Universidade de Illinois, analisou a
reação de uma estrutura cerebral chamada amígdala, ligada a sensações como medo e ansiedade, em
crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que a amígdala não responde à questão racial
em crianças: a sensação de medo começa a aparecer aolongo da adolescência, o que pode indicar que o
racismo é aprendido ao longo da vida.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1190255
Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento dos
animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar de não
existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita. “Nós não identificamos
em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque preconceito é uma construção
verbal e social típica das culturas humanas”, diz Patrícia Izar, professora doutora do departamento de
psicologia experimental da Universidade de São Paulo (USP). “O que existe tipicamente entre os
primatas, os macacos, é um comportamento de proteger o grupo ao qual eles pertencem; em geral, um
grupo com alto grau de parentesco contra outro grupo.”.
O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: “Ao postular a existência de uma
natureza humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e chauvinista, esses
discursos geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade natural. Isso não é verdade.
Pelo contrário, as ‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa biológica e não passam de uma
invenção muito recente na história da humanidade.”.
Internet: <www.uol.com.br> (com adaptações).
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” fosse substituída por existir.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1390003
CEBRASPE (CESPE) - ProTI (ME)/ME/Atividades Técnicas de Complexidade Gerencial, de
Tecnologia da Informação e de Engenharia Sênior/Análise de Processo de Negócios/2020
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1390003
737) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era incomum
ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos uma hora, ou um
pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a
resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá por volta do meio-dia” ou “Melhor sair
agora, se você quiser chegar antes que escureça”. Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas
respostas. Mas serão normalmente precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de
carro ou a pé?”.
 
“Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa: exatamente quanto
esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa distância — fosse caminhando,
semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”,
poderiam ter dito que “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se
precisa para percorrê-lo. Se não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição.
E por que deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas
razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos defini-las. O
modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de “espaço” e “tempo” era não
apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era o wetware — os humanos, os bois e os
cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um par de pernas humanas pode ser diferente de
outros, mas a substituição de um par por outro não faria uma diferença suficientemente grande para
requerer outras medidas além da capacidade dos músculos humanos.
 
Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio Dentzien (Trad.).
Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.
 
738) 
No trecho “pois era o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os
limites”, no segundo parágrafo do texto, o verbo fazia está flexionado no singular porque concorda com
o termo “wetware”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1867392
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Libras/2020
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Até janeiro de 2020, todas as salas de cinema do Brasil terão de ser acessíveis a pessoas com
deficiência, conforme instrução normativa da Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Elas deverão
disponibilizar equipamentos que garantam a acessibilidade de pessoas surdas e de pessoas cegas aos
filmes em cartaz. Há mais de um tipo de tecnologia no mercado para equipar as salas de cinema para
esse fim. No caso dos surdos, a maior dificuldade está nos filmes brasileiros que não apresentam
legenda, descrição de sons ou janelas no canto da tela com intérpretes que façam a tradução simultânea
para a língua brasileira de sinais (LIBRAS).
Internet: <www.epocanegocios.globo.com> (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
O termo “acessíveis” está no plural porque concorda com o vocábulo “pessoas”.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1867392
739) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1952925
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A utilização de agrotóxicos é muito discutida, já que esses produtos, embora facilitem o
crescimento e o cultivo de diversas espécies de plantas, são compostos por substâncias que, se ingeridas
de forma exagerada, podem causar gravíssimos problemas de saúde nas pessoas. Também conhecidos
como defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, desinfestantes, biocidas, agroquímicos, produtos
fitofarmacêuticos ou, ainda, fitossanitários, os agrotóxicos são produtos constituídos de uma mistura de
substâncias que têm a finalidade de impedir a ação de insetos, ácaros, moluscos, roedores, fungos, ervas
daninhas, bactérias e outras formas de vida prejudiciais à agricultura ou de eliminá-los, ou seja, eles
combatem as pragas em culturas agrícolas tanto na produção da lavoura quanto no armazenamento, no
transporte, na distribuição e na transformação de produtos agrícolas e derivados. O uso excessivo de
agrotóxicos provoca danos ambientais, além de oferecer grande perigo às pessoas. Segundo a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), existem aproximadamente 15 mil formulações para 400
agrotóxicos diferentes — cerca de 8 mil encontram-se licenciadas no Brasil, que é o maior consumidor de
agrotóxicos no mundo.
Internet: <www.pensamentoverde.com.br> (com adaptações).
 
A respeito dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
O acento empregado na forma verbal “têm” indica que ela está flexionada no singular e que, portanto,
concorda com “mistura”.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1952925
740) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1953447
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O Instituto UKA, Casa dos Saberes Ancestrais, é uma instituição sem fins lucrativos e de caráter
educativo e cultural. Presidida pelo escritor indígena Daniel Munduruku, foi concebida por um grupo de
profissionais indígenas e não indígenas com o objetivo central de promover a literatura indígena brasileira
e prestar serviços na área educacional, proporcionando maior conhecimento da Lei n.º 11.645/2008, que
instituiu a obrigatoriedade da temática indígena e afro-brasileira no currículo escolar brasileiro.
 
O instituto desenvolve projetos na área de cultura e educação indígenas, a fim de dar visibilidade à
produção literária indígena em âmbito nacional e proteger o patrimônio imaterial dos povos indígenas. Há
mais de uma década tem produzido saberes e enriquecido o diálogo entre a sociedade não indígena e as
sociedades indígenas brasileiras, garantindo a proteçãodos saberes tradicionais e contribuindo
positivamente para o fortalecimento da educação e da cultura brasileira.
 
Internet: <http://institutouka.blogspot.com> (com adaptações).
 
Acerca das ideias e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
A palavra “concebida” está empregada no feminino para concordar com “instituição”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/844508
CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1953447
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/844508
741) Texto CB2A1-I
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente.
Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam época, pedras miliares no
caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e
geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso
representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez
mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela indústria, ocorrida no
século XX, e, em menos de um século, um novo salto de época nos tomou de surpresa, lançando-nos na
confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida passagem de uma sociedade de tipo industrial
dominada pelos proprietários das fábricas manufatureiras para uma sociedade de tipo pós-industrial
dominada pelos proprietários dos meios de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da sociedade
industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela globalização, pelas guerras
mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e pelos meios de comunicação de massa.
Agindo simultaneamente, esses fenômenos produziram uma avalanche ciclópica — talvez a mais
irresistível de toda a história humana — na qual nós, contemporâneos, temos o privilégio e a desventura
de estar envolvidos em primeira pessoa.
Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a sensação mais
difundida é a desorientação.
A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É um sintoma de
crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está desorientado sente-se em crise,
742) 
e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. Se deixarmos de projetar nosso futuro,
alguém o projetará para nós, não em função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada:
para entender o nosso tempo. Trad. Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com
adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” fosse substituída por
representam.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1044605
CEBRASPE (CESPE) - AssJ (TJ AM)/TJ AM/Suporte ao Usuário de Informática/2019
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB3A1-I
 
O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às pessoas, até mesmo
a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo. De um modo amplo, o acesso à justiça
significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma ordem jurídica justa e, caso tais
direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida reparação. Para tornar efetivo esse direito
fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias mudanças na lei ao longo dos anos. Esse movimento de
inclusão é conhecido como ondas renovatórias. Atualmente, já se fala no surgimento da quarta onda,
que está relacionada aos avanços da tecnologia.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1044605
 
Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso à justiça. No Brasil,
as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com as custas de um processo
ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas principalmente pela Lei n.º 1.060, de 1950,
e pela criação da Defensoria Pública da União, em 1994, que atende muitos segurados do INSS que têm
de recorrer ao Poder Judiciário para conseguir um benefício.
 
A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornar o processo judicial acessível a interesses
coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser um instrumento de demandas
individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, que dizem respeito à sociedade em geral, foram
criados instrumentos para estimular a democracia participativa. Os principais avanços ocorreram com a
entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990,
que, conjuntamente, formaram o microssistema processual para assegurar os interesses da população.
 
A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na organização dos tribunais,
o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequentemente, do processo. Entendeu-se que
cada tipo de conflito tem uma forma adequada de solução: a decisão final para uma controvérsia pode
ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas próprias partes, com ou sem o auxílio de terceiros neutros,
como mediadores e conciliadores.
 
Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças rápidas aceleraram a
engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para o digital não se resume apenas à
virtualização dos tribunais com a chegada do processo eletrônico. As tecnologias da informação e
comunicação oferecem infinitas possibilidades para redesenhar o que se entende por justiça.
 
As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos como caros e pouco
acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, nas quais as pessoas têm acesso
aos tribunais com um clique, sem sair de casa.
743) 
 
Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça?
13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
A forma verbal “têm” concorda com o termo “muitos segurados do INSS”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1100385
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Arte/Educação Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro da
rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que eu mando, e não o
que eu faço”. Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do
exemplo pouco ou nada valem. Pensar certo é fazer certo.
Que podem pensar alunos sérios de um professor que, há dois semestres, falava com quase ardor sobre
a necessidade da luta pela autonomia das classes populares e hoje, dizendo que não mudou, faz o
discurso pragmático contra os sonhos e pratica a transferência de saber do professor para o aluno?
Não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o rediz em lugar de desdizê-lo. Não é possível
ao professor pensar que pensa certo, mas, ao mesmo tempo, perguntar ao aluno se “sabe com quem
está falando”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1100385
744) 
O clima de quem pensa certo é o de quem busca seriamente a segurança na argumentação, é o de
quem, discordando do seu oponente, não tem por que contra ele ou contra ela nutrir uma raiva
desmedida, bem maior, às vezes, do que a razão mesma da discordância.
Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessáriosà prática educativa. SP: Paz e Terra, 1996, p. 16
(com adaptações).
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
A forma verbal “há” poderia ser substituída por fazem, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103259
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A leitura feita pelo aluno talvez seja a modalidade que atualmente mais precise de investimento na
escola. É comum ouvirmos dizer que o computador, a televisão e o video game são os maiores
concorrentes da leitura, e que estão ganhando a disputa. Há uma queixa recorrente dos professores de
que os alunos leem pouco, não leem bem, não entendem o que leem, ou seja, não são leitores fluentes.
Mas o que é ler bem? O que significa fluência leitora?
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente sem entender o
assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu propósito pelos alunos,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103259
já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para que ler, quais estratégias poderão ser
utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor aos alunos esses propósitos em cada
atividade. Costumamos “tomar” um texto sempre com uma intenção, e esta não necessariamente está
vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também
posso ler para fazer um estudo sobre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo
empregado pelo autor, ou ainda para traçar um perfil das personagens. Lemos notícias com intuitos
variados, além de nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar
nosso conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá
determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.
Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética do sistema de
escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecem relações entre grafemas e fonemas.
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto lido, pois
não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário um trabalho que o ajude a ir
além da leitura palavra a palavra ou sílaba a sílaba, para buscar outros meios de identificação que
permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralelamente os processos de decifração e
compreensão.
Valquiria Pereira. O que significa fluência leitora? In: Revista Nova Escola. jul./2013 (com adaptações).
Com relação às propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
A forma verbal “utiliza” concorda com “leitor”.
Certo
Errado
745) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103277
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 9A2-I
Em tempos pré-modernos, os humanos experimentaram uma espantosa variedade de modelos
econômicos. Boiardos russos, marajás indianos, mandarins chineses e caciques de tribos ameríndias
tinham ideias muito diferentes sobre dinheiro, comércio, impostos e emprego. Hoje em dia, em
contraste, quase todo mundo acredita em pequenas variações sobre o mesmo tema capitalista, e somos
engrenagens de uma única linha de produção global. Se os ministros da Fazenda de Israel e do Irã se
encontrassem num almoço, eles teriam uma linguagem econômica comum e poderiam facilmente
compartilhar agruras.
Porém a homogeneidade contemporânea é mais evidente quando se trata de nossa maneira de ver o
nosso corpo. Se você ficasse doente mil anos atrás, importaria muito o lugar onde vivesse. Médicos
europeus ou chineses, xamãs siberianos, médicos feiticeiros africanos, curandeiros ameríndios — todo
império, reino e tribo tinha suas próprias tradições e seus especialistas, cada um adotando uma visão
diferente do corpo humano e da natureza da doença, cada um oferecendo seu próprio manancial de
rituais, preparados e curas. A única coisa que unia todas essas práticas médicas era que, em toda parte,
no mínimo um terço das crianças morriam antes de se tornarem adultas, e a expectativa de vida média
era bem abaixo de cinquenta anos de idade. Hoje, se você adoecer, faz muito menos diferença o lugar
onde vive. Em Toronto, Tóquio, Teerã ou Tel Aviv, será levado a hospitais parecidos, onde médicos com
aventais brancos seguirão protocolos idênticos e farão exames idênticos para chegar a diagnósticos
muito semelhantes. Ao que tudo indica, todos acreditam que o corpo é formado por células, que doenças
são causadas por patógenos e que antibióticos matam bactérias.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103277
746) 
Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018,
p. 138-41 (com adaptações).
A respeito das propriedades linguísticas do texto 9A2-I, julgue o item subsecutivo.
 
Na oração “no mínimo um terço das crianças morriam”, a concordância verbal está feita com o termo
“crianças”, mas poderia ser feita com “um terço” — um terço das crianças morria —, sem prejuízo da
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883722
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright —
quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.
 
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir em
seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica. Pode
deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883722
747) 
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.
 
Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:
Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Na oração “já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla, polifônica”, o
termo introduzido pela preposição “por” expressa o responsável pela ação de modificar.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.
 
Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
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prejuízos não apenas para as futuras gerações, comotambém para as atuais, o que resulta em
problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além
de afetar o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às
consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações
atuais e futuras.
 
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
 
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a
sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em um
nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.
 
O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como
também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e
indiferente.
 
Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo
como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.
748) 
 
Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, a oração “que se possuem e se consomem”
poderia ser reescrita da seguinte maneira: que são possuídas e consumidas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”. Tal
afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou de falsa responsabilidade
do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes sociais. A expressão fakes news, em
particular, representa um estrangeirismo que mascara diversos crimes cometidos contra a honra, como
injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não
carrega qualquer sentimento de culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra
honra” já traz outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado:
a cultura do cancelamento e o prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).
 
No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, assim como a
sua tipologia, julgue o item a seguir.
 
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749) 
Sem prejuízo dos sentidos originais e da correção gramatical do texto, o trecho “falsa responsabilidade
do que é postado ou compartilhado” poderia ser substituído por falsa responsabilidade do que se
posta ou se compartilha.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto 10A1-I
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é
difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156218
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
750) 
No que se refere à concordância e à morfossintaxe de períodos simples e compostos no texto 10A1-I,
julgue o item subsequente.
 
Estariam mantidas a correção gramatical e coerência das ideias do texto caso a oração “a interpretação
sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa” (segundo período do
terceiro parágrafo) fosse reescrita na voz passiva analítica, da seguinte maneira: as origens latinas da
língua portuguesa são ignoradas pela interpretação sexista do masculino genérico.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
O fenômeno conhecido como judicialização da saúde é multifacetado. Por um lado, as ações
judiciais comprometem uma parcela significativa do orçamento para atender demandas específicas de
alguns pacientes; por outro, podem significar o único caminho para salvar ou prolongar a vida de
pacientes, especialmente de pessoas com doenças raras ou crônicas, como diabetes e câncer, que
dependem de medicamentos de alto custo. Há também o uso desse recurso extremo para medicamentos
equivalentes aos disponíveis no sistemapúblico de saúde e, até mesmo, para a compra de produtos
como fraldas ou água de coco — sempre com receita médica.
A preocupação com o impacto da judicialização nos municípios é justificável. Há casos em que uma única
ação pode comprometer todo o orçamento da saúde de uma cidade de pequeno porte. Algumas
iniciativas buscam contornar esse obstáculo por meio de arranjos institucionais. Um dos exemplos mais
lembrados é o de Santa Catarina. Em 1997, municípios do entorno da cidade de Lages, a 200 quilômetros
de Florianópolis, uniram-se para encontrar melhores formas de administrar os recursos para a saúde,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1509381
751) 
frequentemente afetados pela judicialização. Os prefeitos e gestores dos municípios perceberam que,
isoladamente, era mais complicado enfrentar as decisões judiciais. Por meio do consórcio intermunicipal,
criou-se um padrão comum de atuação, que evitou sobreposições de pedidos e racionalizou gastos e
investimentos.
Bruno De Pierro. Demandas crescentes. In: Revista Pesquisa FAPESP, 18 (252), fev. 2017, p. 18-22 (com
adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “criou-se” poderia ser substituído pela locução foi
criado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Agepen (SERIS AL)/SERIS AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois processos. Não tiveram
nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um lado, a supressão do espetáculo
punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento
ou de administração. A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar
de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam
pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime
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mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes
a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com os assassinos,
invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A punição vai-se
tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o campo
da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade,
não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais
o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens.
Michel Foucault. Vigiar e punir:
nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
No trecho “Nessa transformação, misturaram-se dois processos” (primeiro parágrafo), a substituição de
“misturaram-se” pela locução foram misturados prejudicaria os sentidos originais do texto e sua
correção gramatical.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE CE)/MPE CE/2020
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
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752) Entre todos os fatores técnicos da mobilidade, um papel particularmente importante foi
desempenhado pelo transporte da informação — o tipo de comunicação que não envolve o movimento
de corpos físicos ou só o faz secundária e marginalmente. Desenvolveram-se, de forma consistente,
meios técnicos que também permitiram à informação viajar independentemente dos seus portadores
físicos — e independentemente também dos objetos sobre os quais informava: meios que libertaram os
“significantes” do controle dos “significados”. A separação dos movimentos da informação em relação aos
movimentos dos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação de suas velocidades; o
movimento da informação ganhava velocidade num ritmo muito mais rápido que a viagem dos corpos ou
a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal, o aparecimento da rede mundial de
computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à própria noção de “viagem” (e de
“distância” a ser percorrida), o que tornou a informação instantaneamente disponível em todo o planeta,
tanto na teoria como na prática.
Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
O termo “Desenvolveram-se" poderia ser substituído pela locução Foram desenvolvidos, sem prejuízo
do sentido e da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
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753) Texto CB2A1-I
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente.
Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam época, pedras miliares no
caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e
geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso
representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez
mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela indústria, ocorrida no
século XX, e, em menos de um século, um novo salto de época nos tomou de surpresa, lançando-nos na
confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida passagem de uma sociedade de tipo industrial
dominada pelos proprietários das fábricas manufatureiras para uma sociedade de tipo pós-industrial
dominada pelos proprietários dos meios de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da sociedade
industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela globalização, pelas guerras
mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e pelos meios de comunicação de massa.
Agindo simultaneamente, esses fenômenos produziram uma avalanche ciclópica — talvez a mais
irresistível de toda a história humana — na qual nós, contemporâneos, temos o privilégio e a desventura
de estar envolvidos em primeira pessoa.
Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a sensação mais
difundida é a desorientação.
A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É um sintoma de
crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está desorientado sente-se em crise,
754) 
e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. Se deixarmos de projetar nosso futuro,
alguém o projetará para nós, não em função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada:
para entender o nosso tempo. Trad. Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com
adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
 
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o primeiro período do terceiro parágrafopoderia ser reescrito da seguinte maneira: O progresso científico e tecnológico, a globalização, as guerras
mundiais, as revoluções proletárias, o ensino universal e os meios de comunicação de massa
representam o fórceps com o qual foi extraída do ventre da sociedade industrial anterior a recém-nascida
sociedade pós-industrial.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto 13A1AAA
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa
de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o corpo como
alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente
no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/686654
que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo
ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam
vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso,
os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de
piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências:
deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à
sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do
crime, e não mais o abominável teatro.
Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados corretamente os objetos jurídicos definidos pelo
Código. Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias, as enfermidades, as
inadaptações, os efeitos de meio ambiente ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por
meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são,
também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para
explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no
crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não
julga mais sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena, prolifera toda uma série de
instâncias anexas. Pequenas justiças e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento
principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da aplicação das penas, educadores,
funcionários da administração penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á, no entanto, que
nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para
fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o aparelho que se desenvolveu há
755) 
anos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, multiplica as instâncias da
decisão judiciária, prolongando-a muito além da sentença.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento
da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o item.
 
A expressão “Dir-se-á” poderia ser corretamente substituída por Será dito.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ TRF1/TRF 1/Apoio Especializado/Taquigrafia/2017
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto 4A2AAA
O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação, compra e venda de
mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de localizações,
paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica
mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar do consumismo e do
consumismo de lugar. O que isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da
cidade como espaço público?
 
Sabemos que a cidade é o lugar preferencial da realização do consumismo de bens. Mas, também, vale
dizer que, com o advento do urbanismo competitivo, é o lugar do consumismo de lugares, por meio das
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dinâmicas da cidade-espetáculo, dos megaeventos e do esforço de venda de imaginadores urbanos com
suas obras fundadas em um culturalismo de mercado. O planejamento estratégico do urbanismo de
mercado propõe-se, na atualidade, a realizar um esforço de venda macroeconômico dos lugares, o que
faz do consumismo de lugares um modo particular de articulação entre o rentismo imobiliário e a
competição interurbana por capitais. Para isso concorre o consumismo publicitário privatizante dos
espaços da cidade.
Por outro lado, conforme observa o economista Pierre Veltz, os novos requisitos da espacialidade das
empresas nas cidades exprimem hoje “o paradoxo segundo o qual os recursos não mercantis não veem
seu papel diminuir, mas, ao contrário, se afirmar e se estender nas economias avançadas e
concorrenciais”. Isso é exemplificado pela luta dos pescadores artesanais da Associação Homens do Mar
em defesa do caráter público da Baía da Guanabara e pelas manifestações maciças de ciclistas pelo
direito ao espaço público nas cidades. Tratando-se de bens não mercantis em disputa, os conflitos por
apropriação dos recursos urbanos apresentam forte potencial de politização, seja na busca de acesso
equânime a ambientes saudáveis, seja na eliminação de controles policiais discriminatórios.
Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica realizada é um conflito
político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos não mercantis das
cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível a relações de
compra e venda configura conflitos políticos em potencial.
Henri Acselrad. Cidade – espaço público? A economia política
do consumismo nas e das cidades. In: Revista UFMG, v. 20, n.º 1, jan.–jun./2013, p. 234-247 (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos do texto 4A2AAA, julgue o item a seguir.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, os termos “pela luta”, “pelas manifestações” e “pelo direito"
funcionam como agentes da passiva.
756) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Fábula de um arquiteto
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
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757) 
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
João Cabral de Melo Neto. Fábula de um arquiteto.
In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1978, p.18.
 
Considerando o texto e a imagem da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, obra de Oscar
Niemayer, julgue o item a seguir.
 
Em “Até que, tantos livres o amedrontando” e “ele foi amurando” (ambos na segunda estrofe), as formas
pronominais “o” e “ele” têm o mesmo referente: o arquiteto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Coerência.Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
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O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o marrom
se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-prima, alguém
trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse jovem fosse
experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
No primeiro parágrafo, “inflexível”, “marrom” e “folhas verdes” relacionam-se a “eucalipto”, enquanto
“dobra”, “branco” e “ideias maduras” associam-se a “papel”, apontando para as especificidades de seus
significados, mas sem descartar a origem comum de ambos, “eucalipto” e “papel”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
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758) 
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
As regiões metropolitanas e as grandes cidades brasileiras concentram hoje a atenção das
autoridades de gestão territorial em nível local, regional e nacional. O conhecimento da complexa
realidade dessas áreas em suas múltiplas dimensões e de modo dinâmico torna se imprescindível para
geri-las de forma eficiente. Não se trata apenas do levantamento de dados brutos, mas da proficiente
manipulação e interpretação desses dados a partir de processamentos quantitativos (matemáticos e
lógicos) sobre uma base espacial, de forma a revelar características e processos intrínsecos aos
fenômenos em análise. Dito de outra forma, não basta somente a confecção de mapas digitais coloridos
ilustrando, por exemplo, a exclusão social de uma determinada cidade por quantis, mas é fundamental
que, com o auxílio de técnicas apropriadas de análise espacial, se possam extrair tendências do padrão
de manifestação da exclusão social de forma contínua no espaço. Ou ainda, não é suficiente apenas
mapear a ocorrência de crimes em um sistema georreferenciado, mas sim estudá-los de forma dinâmica,
entendendo a sua proliferação no espaço e no tempo em articulação com inúmeras variáveis
socioeconômicas e biofísicas, e como as estradas podem atuar como vetores de expansão da
criminalidade.
Nessa linha de pensamento, elaborar mapas estáticos de uso do solo urbano não mais atende às
necessidades atuais dos gestores locais, mas é necessário que se permitam simulações de diferentes
cenários futuros de expansão urbana e dinâmica de uso do solo em ambiente computacional. Aí reside o
desafio da geoinformação em gestão urbana e regional, que pode ser entendida como um paradigma
emergente na pesquisa multi e interdisciplinar que se dedica a explorar a extrema complexidade de
problemas socioambientais em um ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Openshaw
(2000) argumenta que a geoinformação não se reduz ao uso de técnicas computacionais para solucionar
problemas espaciais, mas se refere, ao contrário, a uma forma totalmente nova de se fazer ciência em
um contexto geográfico.
Cláudia Maria de Almeida, Gilberto Câmara e Antonio Miguel
759) 
V. Monteiro (Org.). Geoinformação em urbanismo. Cidade Real X Cidade Virtual. São Paulo: Oficina de Texto,
2007, p. 5 e 6. (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto apresentado anteriormente, julgue o próximo item.
 
No trecho “Aí reside o desafio da geoinformação em gestão urbana e regional, que pode ser entendida
como um paradigma emergente na pesquisa multi e interdisciplinar”, a flexão do feminino em
“entendida” justifica-se pela concordância com o substantivo “gestão”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
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cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
No segundo período do primeiro parágrafo, há elipse do vocábulo “obras” no trecho “outras criadas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2338503
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338503
760) Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável(suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
761) 
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto 1A1, julgue o item que se segue.
 
A coerência do primeiro parágrafo do texto seria mantida caso o segundo e o terceiro períodos fossem
unidos em um só, empregando-se, entre eles, a conjunção portanto, da seguinte forma: A grande
abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação por
tempo indeterminado no índice também são questões controversas, portanto o foco é a privacidade e a
intimidade do indivíduo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto 2A2-III
 
Justiça é justiça social. É atualização dos princípios condutores, emergindo nas lutas sociais, para levar à
criação de uma sociedade em que cessem a exploração e a opressão do homem pelo homem. O direito
não é mais, nem menos, do que a expressão daqueles princípios supremos, como modelo avançado de
legítima organização social da liberdade. Mas até a injustiça como também o antidireito (isto é, a
constituição de normas ilegítimas e sua imposição em sociedades mal organizadas) fazem parte do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368666
762) 
processo, pois nem a sociedade justa, nem a justiça corretamente vista, nem o direito mesmo, o
legítimo, nascem de um berço metafísico ou são presente generoso dos deuses: eles brotam nas
oposições, no conflito, no caminho penoso do progresso, com avanços e recuos.
 
Direito é processo, dentro do processo histórico. Não é uma coisa feita, perfeita e acabada. É aquele vir a
ser que se enriquece nos movimentos de libertação das classes e dos grupos ascendentes e que definha
nas explorações e opressões que o contradizem, mas de cujas próprias contradições brotarão as novas
conquistas.
 
Roberto Lyra Filho. O que é direito. São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 86 (com adaptações).
 
Acerca de aspectos gramaticais do texto 2A2-III, julgue o item subsequente.
 
No parágrafo, a flexão de plural e de gênero masculino na forma pronominal “eles” justifica-se pelo fato
de o referente desse pronome, no texto, ser constituído por mais de um termo e apresentar diferentes
gêneros gramaticais.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395632
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Acerca dos sentidos e dos mecanismos de coesão empregados no texto CG1A1-I, julgue o próximo
item.
 
No primeiro período do primeiro parágrafo, a forma pronominal “sua” tem como referente o termo
“povos forrageadores”.
763) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambiçõesmateriais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395633
764) 
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Acerca dos sentidos e dos mecanismos de coesão empregados no texto CG1A1-I, julgue o próximo
item.
 
No trecho ‘se os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis e costumes ou defender os
territórios que durante milhares de anos tinham erroneamente pensado serem seus’ (segundo
parágrafo), o vocábulo ‘que’ remete a ‘povos aborígenes’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395634
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395634
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Acerca dos sentidos e dos mecanismos de coesão empregados no texto CG1A1-I, julgue o próximo
item.
 
A expressão “Da mesma forma”, no último período do segundo parágrafo, reforça a continuidade da
argumentação do período anterior.
Certo
Errado
765) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399787
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399787
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
Quanto às relações coesivas no texto 15A1-I, julgue o próximo item.
766) 
 
A forma pronominal “Essa”, em “Essa é a pergunta” (início do primeiro parágrafo), estabelece coesão por
substituição.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399790
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399790
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
Quanto às relações coesivas no texto 15A1-I, julgue o próximo item.
767) 
 
No primeiro período do último parágrafo, a expressão “além de” constitui um elemento de coesão que
estabelece noção de esclarecimento.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores
- Pronomes

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