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SIMULADO3 - Língua Portuguesa para TSE Unificado - 2024

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Questões resolvidas

O elemento “aos” é formado pela junção da preposição a, exigida pela regência de “acessibilidade”, com o artigo os, que determina o vocábulo “filmes”.
O elemento “aos” é formado pela junção da preposição a, exigida pela regência de “acessibilidade”, com o artigo os, que determina o vocábulo “filmes”.
Certo
Errado

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte. No primeiro período do segundo parágrafo, a acentuação gráfica em “detém” indica que a forma verbal está flexionada na terceira pessoa do singular, o que se justifica pela concordância do verbo com o termo “saúde”, que é o referente sujeito da oração “que detém”.
No primeiro período do segundo parágrafo, a acentuação gráfica em “detém” indica que a forma verbal está flexionada na terceira pessoa do singular, o que se justifica pela concordância do verbo com o termo “saúde”, que é o referente sujeito da oração “que detém”.
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Questões resolvidas

O elemento “aos” é formado pela junção da preposição a, exigida pela regência de “acessibilidade”, com o artigo os, que determina o vocábulo “filmes”.
O elemento “aos” é formado pela junção da preposição a, exigida pela regência de “acessibilidade”, com o artigo os, que determina o vocábulo “filmes”.
Certo
Errado

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte. No primeiro período do segundo parágrafo, a acentuação gráfica em “detém” indica que a forma verbal está flexionada na terceira pessoa do singular, o que se justifica pela concordância do verbo com o termo “saúde”, que é o referente sujeito da oração “que detém”.
No primeiro período do segundo parágrafo, a acentuação gráfica em “detém” indica que a forma verbal está flexionada na terceira pessoa do singular, o que se justifica pela concordância do verbo com o termo “saúde”, que é o referente sujeito da oração “que detém”.
Certo
Errado

Prévia do material em texto

601) 
602) 
Língua Portuguesa para TSE Unificado - 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783764
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Tecnologia da Informação/2024
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de
inteligência artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com
adaptações).
 
Com base nos sentidos e nas ideias expressos no texto CB1A1, julgue o item a seguir.
 
Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do fragmento “O futuro da arquitetura está na
interseção entre inovação tecnológica e intenção humana” caso os vocábulos “entre” e “e” fossem
substituídos, respectivamente, por da e com a.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2793726
CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1-I
Com o avanço científico e tecnológico ocorrido na Europa durante o Renascimento, os inventores
começaram a demandar reconhecimento oficial de suas criações, a fim de impedir a imitação de seus
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783764
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793726
603) 
inventos. Assim, em 1421, foi concedida ao inventor Filippo Brunelleschi, em Veneza, a primeira patente,
com prazo de três anos, pela invenção de um modelo de embarcação para transportar mármore. Nesse
contexto de criação de um sistema de concessão de privilégios como forma de proteção de um invento,
em 1474, foi promulgado na República de Veneza o Estatuto de Veneza, garantindo ao inventor a
exploração comercial do seu invento pela concessão do privilégio da invenção pelo prazo de dez anos.
No começo do século XVII, em 1623, a Inglaterra promulgou o Estatuto dos Monopólios, que consistiu na
primeira base legal para concessão de patentes no país para uma invenção efetivamente nova. O
estatuto contribuiu para a promulgação da Lei de Patentes de 1624, que, por sua vez, instituiu o sistema
de patentes britânico. Em 1790, os Estados Unidos da América promulgaram a sua primeira lei de
patentes, intitulada Patent Act, na qual era autorizada a concessão de direitos exclusivos aos inventores
sobre as suas obras, estabelecendo um prazo de quatorze anos de duração. Nessa mesma conjuntura,
em 1791, a França promulgou sua primeira lei de patentes, denominada Décret d’Allarde, considerada
uma das principais leis publicadas durante a Revolução Francesa.
No Brasil, o príncipe regente Dom João VI promulgou o Alvará de 28 de abril de 1809, tornando o país
um dos primeiros no mundo a reconhecer a proteção dos direitos do inventor, atrás apenas da República
de Veneza (1474), da Inglaterra (1623), dos Estados Unidos da América (1790) e da França (1791).
Flávia Romano Villa Verde et al. As invenções
no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (Brasil) – INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos
Integrados – DIRPA, Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica – CEPIT e
Divisão de Documentação Patentária – DIDOC, 2023, p. 20-21 (com adaptações)
 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
A inserção da preposição por após o verbo “demandar” (primeiro período do texto) seria
gramaticalmente correta, sem prejuízo dos sentidos originais, dada a regência variável desse verbo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2873975
CEBRASPE (CESPE) - ERRHSB (ANA)/ANA/Especialidade 1/2024
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1
O Comentário Geral n.º 15 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (CDESC) da ONU é
claro ao apontar para a necessidade de proteger os ecossistemas, em especial o aquático, contra a
poluição, pois ter acesso a uma água poluída não representa, de fato, o gozo do direito humano à água.
Nessas condições, há risco de comprometimento imediato da saúde individual e coletiva, o que afeta
outros direitos humanos, como o direito à saúde e ao bem-estar. Antes disso, a Agenda 21, aprovada na
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992,
recomendou que se preservem as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas, para que
se assegure água com qualidade.
Em uma perspectiva menos antropocêntrica e mais ecocêntrica, em 2000, a Declaração da 4.ª Cúpula do
P7, composto dos sete países mais pobres do mundo, em seu primeiro princípio, trouxe a ideia de que a
água é uma fonte de vida não substituível, a que todos os seres vivos têm direito, e sua conservação
seria uma responsabilidade coletiva fundamental.
A mesma declaração complementa o raciocínio, defendendo a necessidade de as culturas que defendem
a água como um bem comum serem protegidas e reinventadas. E, nesse ponto, a Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 e o Comentário Geral n.º 15 do CDESC convergem entre si, pois este último se refere à
preocupação com o respeito à cultura e o acesso à água, nas formas tradicionais de uso por
comunidades antigas e originárias, o que valoriza o componente da independência no conceito de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2873975
604) 
segurança hídrica. O que aqui se chama simplisticamente de independência corresponde na verdade à
minimização de uma relação de dependência e sujeição, por meio de mecanismos formais de
cooperação, tanto interbacias como intrabacias hidrográficas. O quarto princípio da Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 afirma que “a água deve contribuir para a solidariedade entre comunidades, países,
sociedades, gerações e sexos”. Ao mesmo tempo reconhece que a água doce é distribuída de forma
desigual em torno da Terra, e afirma que isso não deve ser utilizado como fator de exercício de poder.
Carlos Hiroo Saito. Segurança hídrica e direito humano à água.
In: Ruscheinsky, Calgaro & Weber. Ética, direito socioambiental e democracia. Caxias do Sul: Educs, 2018, p.
100-101 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item,relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
 
No trecho “este último se refere à preocupação com o respeito à cultura e o acesso à água” (segundo
período do terceiro parágrafo), o segmento “o acesso à água” complementa o sentido do termo
“preocupação”, por isso estariam mantidas a correção gramatical do texto e a coerência de suas ideias
caso se inserisse a preposição com imediatamente depois do vocábulo “e” — e com o acesso à água.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341668
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341668
605) 
606) 
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do terceiro período do primeiro parágrafo caso se
suprimisse a preposição empregada no trecho “Adentrar em um salão”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368534
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
À luz das normas de regência nominal e verbal, julgue o item seguinte, em relação ao texto 2A1-I.
 
Haja vista a regência de “confrontado” admitida no texto, o complemento regido por esse termo só pode
ser introduzido pela preposição “com”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395640
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368534
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395640
607) 
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão pordívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
A substituição de “remonta ao” (terceiro período do primeiro parágrafo) por remonta o prejudicaria a
correção gramatical e a coerência das ideias originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399812
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399812
608) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No trecho “como um sistema de incentivo para os líderes públicos” (último parágrafo), o segmento “para
os” poderia ser substituída por aos, sem prejuízo para a coesão do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2400252
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 20A2-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400252
609) 
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Considerando aspectos estilísticos e coesivos do texto 20A2-I, bem como o atendimento à norma-
padrão da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
 
No trecho “à esperança de que o Brasil venceria” (quarto período do primeiro parágrafo), a supressão da
preposição “de” seria uma opção estilística que preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2503420
CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503420
610) 
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhumaespécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, que se referem a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.
 
Caso a expressão “a todas” fosse suprimida do terceiro período do primeiro parágrafo, o sinal indicativo
de crase deveria ser necessariamente empregado no vocábulo “as” que precede “relações”, para que a
correção gramatical do texto fosse mantida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534145
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534145
611) 
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de
concordância e regência no texto 8A1-I.
 
No trecho ‘A gente atrai as pessoas mais vulneráveis’ (primeiro período do último parágrafo), a colocação
do acento indicativo de crase no vocábulo ‘as’ manteria tanto a correção gramatical quanto a coerência
do texto, dada a possibilidade de emprego do verbo atrair, no contexto em questão, quer como
transitivo direto, quer como transitivo indireto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2609005
CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2609005
612) 
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB3A1-I, julgue o seguinte item.
No segundo período do segundo parágrafo, os segmentos “a capacidade humana” e “de focar em algo”
complementam o sentido do verbo “potencializar”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614651
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em queseus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614651
613) 
614) 
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “das quais” (último período do terceiro
parágrafo) fosse substituído por sobre as quais.
 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642972
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG2A1-II, julgue o seguinte item.
 
O trecho “impactar a saúde mental” (quarto período do primeiro parágrafo) poderia ser reescrito, sem
prejuízo da correção gramatical, como impactar na saúde mental.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2688491
CEBRASPE (CESPE) - AACE (TC DF)/TC DF/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642972
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2688491
615) 
 
A governança pública é discutida em torno de determinados pressupostos sobre componentes estruturais
como gestão, equidade, transparência, responsabilidade corporativa, accountability (prestação de contas)
e legalidade do setor público. Esses elementos são considerados necessários ao desenvolvimento das
sociedades, segundo os modelos idealizados por organismos internacionais, como a Organização das
Nações Unidas (ONU), e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Sob a ótica da ciência política, a governança pública está associada a uma mudança de gestão política,
tendendo, cada vez mais, à autogestão nos campos social, econômico e político, como também a uma
nova composição de formas de gestão. Complementarmente, a governança relaciona-se a fatores como
tomada de decisões gerenciais, desempenho, controle, com direcionamento global para o órgão ou a
entidade, e necessidade de prestação de contas para seus controladores.
Nesse sentido, o conceito de accountability é pautado na relação de interesse do Estado e nas
necessidades do cidadão. Assim, a accountability é plena quando as informações públicas de prestação
de contas dos governantes, auditadas pelos órgãos de controles internos e externos, geram confiança a
uma sociedade participativa das decisões públicas.
O grau de accountability de uma burocracia deve ser explicado pelas dimensões do macroambiente da
administração pública: a textura política e institucional da sociedade, os valores, os costumes tradicionais
partilhados na cultura, a história, o desenvolvimento político na trajetória para tornar as burocracias
responsáveis, a baixa contribuição dos diversos esforços de reformas da administração pública e a
precariedade dos controles formais.
Blênio Cezar Severo Peixe et al. Governança pública e accountability: uma análise bibliométrica das publicações
científicas nacionais e internacionais. 2018. Internet: <redalyc.org> (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.
 
No trecho “uma sociedade participativa das decisões públicas” (final do terceiro parágrafo), a substituição
do vocábulo “das” por nas prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704949
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional,além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704949
616) 
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
O emprego da preposição “a” em “a todas as faixas etárias” (segundo período do segundo parágrafo)
justifica-se pela regência do substantivo “oportunidades”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883742
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também
aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
 
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.
 
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as ciências
exatas são exemplos de preconceitos.
 
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou seja,
a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou desvantagens
por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio
ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que
proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas
que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo em
que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato — ou sobre a qual
são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência de diferenças sociais
significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso. A discriminação indireta
é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer
porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma concreta as
consequências da norma.
 
Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).
Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.
 
A supressão da preposição “a”, em “lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça”,
prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945571
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883742
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945571
617) 
618) 
619) 
Texto
 
O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de
“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que
orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode
ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9
(com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.
 
A preposição “de”, no primeiro período, poderia ser substituída pela preposição por, sem prejuízo da
correção gramatical e dos sentidos do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027955
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com
sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as
promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades
ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja,
como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de
autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por
objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a
motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma
diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis
sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos
sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis
em troca de pouco investimento e esforço.
Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.
Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
Em “Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais” (segundo período), a ausência da preposição
a para introduzir o complemento da forma verbal “visam” justifica-se pelo fato de que, nesse trecho, o
verbo visar está empregado com a acepção de validar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2155979
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 10A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027955
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2155979
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é
difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagemnão é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.
 
Dadas as possibilidades de interpretação e de regência do verbo “pensar” (segundo período do segundo
parágrafo), a coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se retirasse a preposição
em da contração “nas”, deixando-se, portanto, só o artigo definido feminino plural
nesse caso.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2156247
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156247
620) 
621) 
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Julgue o item subsequente, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No período “SE BEBER, NÃO DIRIJA!”, “BEBER” está empregado como verbo intransitivo, em cuja
acepção está implícita a ideia de consumir bebida alcoólica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210279
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
A substituição de “pensamos” (segundo período) por damos atenção manteria os sentidos e a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210279
622) 
623) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210282
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Na oração “ela permanece o reino de poderosas necessidades” (sétimo período), o termo “o reino”
poderia ser substituído por no reino, sem prejuízodos sentidos e da correção gramatical do texto, pois o
verbo permanecer admite também complemento preposicionado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2265499
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1-I
Na Índia do século XX, Gandhi usou a roca de fiar para valorizar as práticas e os costumes tradicionais
como instrumentos de inclusão social do seu povo, ao proporcionar-lhe realizar um ofício de forma
sustentável.
Esse uso faz que a roca seja considerada a primeira “tecnologia apropriada” do mundo. No Brasil, o
movimento da “tecnologia apropriada” é conhecido como “tecnologia social”. Tecnologia social é
entendida como um conjunto de técnicas e metodologias transformadoras, desenvolvidas e(ou) aplicadas
na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e
para a melhoria das condições de vida.
O conceito de tecnologia social remete a uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando uma
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210282
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265499
624) 
abordagem ativista de participação coletiva no processo de implantação, organização e desenvolvimento,
aliando saber popular, cooperação social e conhecimento técnico-científico.
Ela tem como base a disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de renda, trabalho,
educação, conhecimento, cultura, alimentação, saúde, habitação, recursos hídricos, saneamento básico,
energia, ambiente, igualdade de raça e gênero, por exemplo, sendo importante, essencialmente, que
essas soluções sejam efetivas, reaplicáveis e que promovam a inclusão social e a melhoria da qualidade
de vida das populações em situação de vulnerabilidade social. Por fim, o conceito de tecnologia social
(TS) estabelece quatro dimensões: 1) conhecimento, ciência, tecnologia; 2) participação, cidadania e
democracia; 3) educação; 4) relevância social.
Internet: <www.antigo.mctic.gov.br> (com alterações).
 
No que se refere aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto CG1A1-I, julgue o item que se
segue.
 
No terceiro parágrafo, é facultativo o uso da preposição “a” para introduzir o complemento da forma
verbal “remete”
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2612761
CEBRASPE (CESPE) - ATCI (MCom)/MCom/2022
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1-I
 
Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de
resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida
simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento e de, no
longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano.
 
O empreendimento científico e tecnológico é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a
humanidade construiu ao longo de sua história. Suas realizações estão presentes desde o domínio do
fogo até as imensas potencialidades da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos
animais, pelo surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da
qualidade de vida de toda a humanidade no último século.
Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a necessidade de
solução dos problemas que afligem a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos
e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que separam os seres humanos — por
meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte — são alguns dos desafios e
aspirações humanas para cuja solução, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
Apesar dos feitos extraordinários da ciência e dos investimentos públicos em ciência e tecnologia,
verifica-se uma espécie de movimento de deslegitimação social do conhecimento científico no mundo
todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a
“morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual, no qual ele descreve o
sentimento de descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais que isso, um
certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa
relativa às políticas públicas. Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacina ou mesmo
a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento global, apesar de todas as evidências científicas,
parecem corroborar a análise de Nichols.
A despeito da qualidade de vida ter melhorado nos últimos séculos, em grande medida graças ao avanço
científico e tecnológico, a desigualdade vem aumentando no período mais recente. Thomas Piketty
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2612761
625) 
evidenciou um crescimento da desigualdade de renda nas últimas décadas em todo o mundo, além de
mostrar que, no início deste século, éramos tão desiguais quanto no início do século passado. Esse é um
problema mundial, mas é mais agudo em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda
abundam problemas crônicos do subdesenvolvimento, que vão desde o acesso à saúde e à educação de
qualidade até questões ambientais e urbanas. É, portanto, nesta sociedade desigual, repleta de
problemas e onde boa parte da população não compreende o que é um átomo, que a atividade científica
e tecnológica precisa se desenvolver e se legitimar. Também é esta sociedade que decidirá, por meio dos
seus representantes, o quanto de recursos públicos deverá ser alocado para a empreitada científica e
tecnológica.
Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o emprego da preposição “para”, em “para cuja solução”, se
justifica pela regência do verbo contribuir, presente na forma verbal “têm contribuído”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738835
CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC AL)/PC AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
O século XIX constituiu-se em marco fundamental para o desenvolvimento das instituições de
segurança pública, com as polícias buscando maior legitimidade e profissionalização. Como referência
ocidental, a Polícia Metropolitana da Inglaterra, fundada em 1829, mudou paradigmas, dando
preponderância ao papel preventivo de suas ações e foco à proteção da comunidade.
 
O consenso, em detrimento do poder de coerção, e a prevenção, em detrimento da repressão,
reforçaram a proximidade da polícia com a sociedade, com atenção integral ao cidadão. O modelo inglês
retirou as polícias do isolamento, apresentando-as à comunidade como importante parceira da segurança
pública e elemento fundamental para a redução da violência. Com isso, surgiu o conceito de uma
organização policial moderna, estatal e pública, em oposição ao controle e à subordinação política da
polícia.
 
No Brasil, as primeiras iniciativas de implantação da polícia comunitária ocorreram com a Constituição
Federal de 1988 e a necessidade de uma nova concepção para as atividades policiais. Foram adotadas
estratégias de fortalecimento das relações das forças policiais com a comunidade, com destaque para a
conscientização sobre a importância do trabalho policial e sobre o valor da participação do cidadão para a
construção de um sistema que busca a melhoria da qualidade de vida de todos.
 
Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).
Diretriz Nacional de Polícia Comunitária. Brasília – DF, 2019. p. 11-12 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, o trecho “relações das
forças policiais com a comunidade” poderia ser substituído por relaçõesentre as forças policiais e a
comunidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752421
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738835
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752421
626) 
627) 
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiado nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No trecho “com quem Benjamin trocou correspondências” (segundo parágrafo), o termo “com quem”
complementa a forma verbal “trocou”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752433
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiado nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752433
628) 
629) 
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No segundo período do segundo parágrafo, dada a regência do termo “necessária”, a substituição de
“para o estabelecimento” por ao estabelecimento preservaria a correção gramatical do período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1896123
CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializado em Formação e
Capacitação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1-II
 
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta confirmava as
descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de trabalhadores, a moenda, onde se
mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O amigo de Amado e sua família estavam
ausentes; tive uma primeira amostra da hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se
na varanda e pedir que servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele
pensava, como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
 
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos. Um professor
me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa: quatorze anos. Nunca encontrei
adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no entanto, fanavam-se com menos rapidez do
que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina
irradiavam juventude. A despeito dos costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia
lecionava, e Cristina, desde a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo
pertencente à família; ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
 
Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o seguinte item.
 
No trecho “convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste”, seria gramaticalmente correto
substituir a preposição “para” pela preposição a.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1867393
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Libras/2020
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Até janeiro de 2020, todas as salas de cinema do Brasil terão de ser acessíveis a pessoas com
deficiência, conforme instrução normativa da Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Elas deverão
disponibilizar equipamentos que garantam a acessibilidade de pessoas surdas e de pessoas cegas aos
filmes em cartaz. Há mais de um tipo de tecnologia no mercado para equipar as salas de cinema para
esse fim. No caso dos surdos, a maior dificuldade está nos filmes brasileiros que não apresentam
legenda, descrição de sons ou janelas no canto da tela com intérpretes que façam a tradução simultânea
para a língua brasileira de sinais (LIBRAS).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896123
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1867393
630) 
631) 
Internet: <www.epocanegocios.globo.com> (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
O elemento “aos” é formado pela junção da preposição a, exigida pela regência de “acessibilidade”, com
o artigo os, que determina o vocábulo “filmes”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1953408
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Daniel Munduruku nasceu em Belém do Pará. Passou a infância entre a cidade e a aldeia onde
nasceuseu pai. Estudou e tornou-se professor. Foi dando aulas que se descobriu contador de histórias.
“Eu saía contando histórias nas escolas, nas praças, nas casas dos amigos. Tempos depois, isso fez com
que eu começasse a escrever minhas próprias histórias, sempre com o olhar voltado para as crianças e
os jovens. Daí em diante, escrevi mais de quarenta livros e quero escrever muito mais ainda”. O escritor
é graduado em filosofia, história e psicologia e doutor em educação pela Universidade de São Paulo
(USP). Muitos de seus livros receberam prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Jabuti, o Melhor
Livro Infantil (Academia Brasileira de Letras), o Érico Vanucci Mendes (CNPq) e o Tolerância (UNESCO),
além do selo Altamente Recomendável (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).
Internet: <www.plataformadoletramento.org.br> (com adaptações).
 
A respeito das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
O termo ‘para’ é exigido pela regência verbal de ‘voltado’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/844519
CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB2A1-I
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente.
Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam época, pedras miliares no
caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e
geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso
representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez
mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela indústria, ocorrida no
século XX, e, em menos de um século, um novo salto de época nos tomou de surpresa, lançando-nos na
confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida passagem de uma sociedade de tipo industrial
dominada pelos proprietários das fábricas manufatureiras para uma sociedade de tipo pós-industrial
dominada pelos proprietários dos meios de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da sociedade
industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela globalização, pelas guerras
mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e pelos meios de comunicação de massa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1953408
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/844519
632) 
Agindo simultaneamente, esses fenômenos produziram uma avalanche ciclópica — talvez a mais
irresistível de toda a história humana — na qual nós, contemporâneos, temos o privilégio e a desventura
de estar envolvidos em primeira pessoa.
Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a sensação mais
difundida é a desorientação.
A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É um sintoma de
crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está desorientado sente-se em crise,
e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. Se deixarmos de projetar nosso futuro,
alguém o projetará para nós, não em função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada:
para entender o nosso tempo. Trad. Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com
adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto se o trecho “diante de uma mudança” fosse alterado para
ante a uma mudança.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/844555
CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que não tenha
sido julgado, de uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de crise em todas as fases
da minha vida: depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e o nazismo, durante a Segunda
Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram chamados de anos de chumbo. Sempre
duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o
presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas ajudar a que
se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer leviano.
Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior turbulência
depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras
causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais.
Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 160-1 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
Nos trechos “intenção de difamar” e “nem de deplorar”, a preposição “de” poderia ser substituída por
em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/874712
CEBRASPE (CESPE) - AssP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/844555
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/874712
633) 
634) 
A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e ele regula
nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou
transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde
moramos, quem amamos e como morremos.
À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado, por isso poucos
tentam compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você tivesse baixado algum software
e ele te solicitasse assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada
nele, passa imediatamente para a última página, tica em “concordo” e esquece o assunto. Mas a
modernidade, de fato, é um contrato surpreendentemente simples. O contrato interno pode ser resumido
em uma única frase: humanos concordam em abrir mão de significado em troca de poder.
Yuval Noah Harari. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016 (com
adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
No trecho “poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram”, a substituição de “no que”
por o que comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1043155
CEBRASPE (CESPE) - AssJ (TJ AM)/TJ AM/Técnico de Segurança do Trabalho/2019
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB3A1-I
 
O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às pessoas, até mesmo
a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo. De um modo amplo, o acesso à
justiça significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma ordem jurídica justa e,
caso tais direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida reparação. Para tornar
efetivo esse direito fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias mudanças na lei ao longo dos anos.
Esse movimento de inclusão é conhecido como ondas renovatórias. Atualmente, já se fala no surgimento
da quartaonda, que está relacionada aos avanços da tecnologia.
 
Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso à justiça. No Brasil,
as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com as custas de um processo
ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas principalmente pela Lei n.º 1.060, de 1950,
e pela criação da Defensoria Pública da União, em 1994, que atende muitos segurados do INSS que têm
de recorrer ao Poder Judiciário para conseguir um benefício.
 
A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornar o processo judicial acessível a interesses
coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser um instrumento de demandas
individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, que dizem respeito à sociedade em geral, foram
criados instrumentos para estimular a democracia participativa. Os principais avanços ocorreram com a
entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990,
que, conjuntamente, formaram o microssistema processual para assegurar os interesses da população.
 
A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na organização dos tribunais,
o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequentemente, do processo. Entendeu-se que
cada tipo de conflito tem uma forma adequada de solução: a decisão final para uma controvérsia pode
ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas próprias partes, com ou sem o auxílio de terceiros neutros,
como mediadores e conciliadores.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1043155
635) 
636) 
Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças rápidas aceleraram a
engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para o digital não se resume apenas à
virtualização dos tribunais com a chegada do processo eletrônico. As tecnologias da informação e
comunicação oferecem infinitas possibilidades para redesenhar o que se entende por justiça.
 
As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos como caros e pouco
acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, nas quais as pessoas têm acesso
aos tribunais com um clique, sem sair de casa.
 
Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça?
13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a imediatamente após
“atende” — atende a.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103287
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria com a
cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam. Era o seu jeito mais congruente de me passar o
afeto calado de sua companhia, e ao mesmo tempo me adestrar na sabedoria que apanhara dos
antepassados rurais: pequenos conhecimentos cristalizados em hábitos recorrentes que eram exercidos
todos os dias no amanho da terra e no cultivo dos animais, com a entranhada naturalidade de quem já
nasceu posseiro de seus segredos e de sua magia. Além de lavrar no Engenho Murituba os bens de
consumo que abasteciam a sua gente, meu avô ainda tinha o domínio razoável de todos os pequenos
ofícios necessários ao bom andamento de sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174.
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção”, o emprego de “ao” indica
a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e artigo definido masculino singular
o, que antecede “bom andamento”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/589420
CEBRASPE (CESPE) - 1º Ten (PM MA)/PM MA/Cirurgião-Dentista/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG1A1BBB
Quando dizemos que uma pessoa é doce, fica bem claro que se trata de um elogio, e de um elogio
emocionado, porque parte de remotas e ternas lembranças: o primeiro sabor que nos recebe no mundo
é o gosto adocicado do leite materno, e dele nos lembraremos pelo resto de nossas vidas. A paixão pelo
açúcar é uma constante em nossa cultura. O açúcar é fonte de energia, uma substância capaz de
proporcionar um instantâneo “barato” que reconforta nervos abalados. É paradoxal, portanto, a
existência de uma doença em que o açúcar está ali, em nossa corrente sanguínea, mas não pode ser
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103287
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637) 
638) 
utilizado pelo organismo por falta de insulina. As células imploram pelo açúcar que não conseguem
receber, e que sai, literalmente, na urina. O diabetes é conhecido desde a Antiguidade, sobretudo porque
é uma doença de fácil diagnóstico: as formigas se encarregam disso. Há séculos, sabe-se que a urina do
diabético é uma festa para o formigueiro. Também não escapou aos médicos de outrora o fato de que a
pessoa diabética urina muito e emagrece. “As carnes se dissolvem na urina”, diziam os gregos.
Moacyr Scliar. Doce problema. In: A face oculta —
inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001 (com adaptações).
No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1BBB, julgue o item.
 
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso o trecho “aos médicos” fosse
reescrito como dos médicos.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - SM (PM MA)/PM MA/Combatente/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CG2A1BBB
 
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG2A1BBB, julgue o item.
 
A correção gramatical do texto seria mantida com a substituição da preposição para pela preposição a,
em para participar da solenidade de lançamento do Projeto Parceiros da Paz e da Campanha Maranhão
na Prevenção às Drogas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1BBB
Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um sintoma da
revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o domínio sobre a
mulher. Há outros casos. (...) Todos esses senhores parece que não sabem o que é a vontade dos outros.
Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer. Não sei se se
julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada; mas o certo é que estes não nos arrebatam senão o
dinheiro, enquanto esses tais noivos assassinos querem tudo que há de mais sagrado em outro ente, de
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pistola na mão. O ladrão ainda nos deixa com vida, se lhe passamos o dinheiro; os tais passionais,
porém, nem estabelecem a alternativa: a bolsa ou a vida. Eles, não; matam logo.
Nós já tínhamos os maridos que matavam as esposas adúlteras; agora temos os noivos que matam as
ex-noivas. De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje que a
sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade, com a melhor boa- vontade,
sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se
castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
Todas as considerações que se possam fazer tendentes a convencer os homens de que eles não têm
sobre as mulheres domínio outro que não aquele que venha da afeição não devem ser desprezadas. Esse
obsoleto domínio à valentona,do homem sobre a mulher, é coisa tão horrorosa que enche de indignação.
Todos os experimentadores e observadores dos fatos morais têm mostrado a insanidade de generalizar a
eternidade do amor. Pode existir, existe, mas excepcionalmente; e exigi-la nas leis ou a cano de revólver
é um absurdo tão grande como querer impedir que o Sol varie a hora do seu nascimento. Deixem as
mulheres amar à vontade. Não as matem, pelo amor de Deus.
Lima Barreto. Não as matem. In: Vida urbana. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 83-5 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto CB1A1BBB, julgue o item que se segue.
 
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (l.8) poderia
ser substituída por aspire a.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não confundiu
imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado,confundido ou imaginado
nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à
letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode
ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la
sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde
agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores,
não da ignorância. Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma
curiosidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento.
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas fontes de
informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as tecnologias da
informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-
se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu
dispor um terminal de computador que o manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco central
de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do saber total não se tenha
insinuado, como o diabo no convento, o erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as
palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num
sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596155
640) 
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio .Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
 
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
 
Em “disse-o quem sabia” e em “Quem não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não confundiu
imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado,confundido ou imaginado
nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à
letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode
ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la
sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde
agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores,
não da ignorância. Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma
curiosidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento.
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas fontes de
informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as tecnologias da
informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-
se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu
dispor um terminal de computador que o manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco central
de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do saber total não se tenha
insinuado, como o diabo no convento, o erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as
palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num
sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio .Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
 
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
 
O termo “entre os mais mal pagos do orbe” exerce a função de complemento da forma verbal “inclui”.
Certo
Errado
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641) 
642) 
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A1BBB
A humanidade não aceitará uma língua não natural para a comunicação natural. Isso é contra a
tendência dos seus instintos. Nenhum homem, “que seja homem”, achará natural conversar, aceitando
ou recusando uma bebida, em Volapuque, ou Esperanto, ou Ido ou em qualquer outra fantochada do
gênero. Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do que falar, com relutante
perfeição, uma língua artificialmente construída. O homem é um animal apesar de muitos o esquecerem,
ele ainda é um animal irracional, como todos o são.
Fernando Pessoa. A Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
Com relação à variação linguística, aos fatores de textualidade e aos aspectos linguísticos do texto
6A1BBB, julgue o item a seguir.
A regência do verbo preferir observada no quarto período do texto é típica da variedade culta do
portuguêseuropeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, principalmente em
textos informais.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
No trecho “estado de que meu coração precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596164
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596174
643) 
644) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” e “resta a fazer": neste, o sentido do
verbo altera-se em relação ao empregado naquele.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AI (ABIN)/ABIN/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de dados,
produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e contrainteligência
são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de obtenção de dados associadas à
análise para a compreensão desses dados. A análise transforma os dados em cenário compreensível para
o entendimento do passado, do presente e para a perspectiva de como tende a se configurar o futuro.
Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de
auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como
atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados,
conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de informação — e
outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido pela
contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, o vazamento
de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos estrangeiros.
 
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596176
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/620614
645) 
646) 
 
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
 
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a
preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esp Port (EMAP)/EMAP/Engenharia Mecânica/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Serviço de tráfego de embarcações
(vessel traffic service – VTS)
 
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o
tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa
movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
 
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Organization,
sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime
Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima
do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação.
 
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego
nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic
identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição,
planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. Adicionalmente, o
Centro VTS pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações
portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações.
 
Internet: <www defensea com br> (com adaptações)
 
Com relaçãoàs ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um radar”,
fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ass Port (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de barreiras
ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas
comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
 
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da
garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de
engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o
resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/664168
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/666964
647) 
 
Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição dos Estados para lidar com
distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada
instrumento busca neutralizar.
 
A política de defesa da concorrência busca preservar o ambiente competitivo e coibir condutas desleais
advindas do exercício de poder de mercado. A política de defesa comercial busca proteger a indústria
nacional de práticas desleais de comércio internacional.
 
Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito
marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações)
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.
 
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de “decorrente”,
sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1AAA
Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é
conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. Os atores que interpretam a equipe de
investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil
profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e
demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se
uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os
recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação
criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao
custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura.
As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo
de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando
toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa
parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real
quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima
que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem
ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um
aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriados pode conseguir
uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue
um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu
colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense
provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade
pode acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um
homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de
onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”.
A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com
adaptações).
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648) 
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.
 
A preposição “de” empregada logo após “dificuldade” poderia ser corretamente substituída por em.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 13A1AAA
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa
de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o corpo como
alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente
no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito
que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo
ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam
vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso,
os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de
piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências:
deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à
sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do
crime, e não mais o abominável teatro.
Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados corretamente os objetos jurídicos definidos pelo
Código. Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias, as enfermidades, as
inadaptações, os efeitos de meio ambiente ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por
meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são,
também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para
explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no
crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não
julga mais sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena, prolifera toda uma série de
instâncias anexas. Pequenas justiças e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento
principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da aplicação das penas, educadores,
funcionários da administração penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á, no entanto, que
nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para
fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o aparelho que se desenvolveu há
anos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aosindivíduos, multiplica as instâncias da
decisão judiciária, prolongando-a muito além da sentença.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento
da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o item.
 
A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os
espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical
do texto.
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649) 
650) 
651) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE PI)/MPE PI/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo
pela rama nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice
que inspiraram tais cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que
tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado,
pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de
Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações.
 
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
 
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o
item a seguir.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, “de que” por os quais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a
um público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de violência. Idosos,
homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes têm recebido atenção constante no DAGV, onde o
atendimento ganha força e se especializa diariamente.
 
A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos relativos
a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos
circunstanciados e fazem investigações de queixas.
 
Internet: <www.ssp.se.gov.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico”, a
preposição “a” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694817
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
652) 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “Quando nos defrontamos, por exemplo, com
uma alastrada fome coletiva”, a forma pronominal “nos” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o
sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
653) 
654) 
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Dá licença, dona Rachel, para eu contar o que sucedeu depois daquele dia em que Conceição viu o
Vicente “sumir-se no nevoeiro dourado da noite, passando a galope, como um fantasma, por entre o
vulto sombrio dos serrotes”. A senhora sabe que eles eram um do outro, desde o começo desta história
de ir embora e de ficar. Pois bem. Vicente voltou no mesmo galope para o olhar de Conceição, já que
pior do que a seca é a solidão, essa sede que mata a alma da gente.
 
Os dois se casaram, como tinha de ser, em tempo de chuva no Quixadá. E tiveram tantos filhos, seus e
das secas, e tantos netos, e tantos descendentes que povoaram o sertão de bem-querer e de coragem.
 
Sim, foi vagaroso até que o “feijão grelasse, enramasse, florasse, que o milho abrisse as palmas,
estendesse o pendão, bonecasse, e lentamente endurecesse o caroço; e que ainda por muitos meses a
mandioca aprofundasse na terra as raízes negras...”. Foram cem anos, até que nascessem Marias e Josés,
rainhas do doce e reis da palma, e outras Inácias, entre fé e semeadura. Foram cem anos até haver a
sombra da mandala, a multiplicação do gado, a terra de tudo.
 
Ainda não tem água e há o lamento, mas aconteceu também de o sertanejo aprender a reinventar a lida
e semear a felicidade. Essas são as gentes da Conceição e do Vicente — que não envergavam e
permaneceram porque o sertão mesmo diz: “Não me deixes”.
 
É assim, dona Rachel, a históriaque o jornal conta neste quarto ano de “seca encarrilhada”, no dizer do
povo. São outros quinze.
 
Internet: <https://especiais.opovo.com.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
A substituição de “depois” por após prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
CEBRASPE (CESPE) - Tec (EBSERH)/EBSERH/Análises Clínicas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB2A1AAA
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca
de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas
de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do
crescimento do mercado interno.
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas: desestímulo ao
trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa própria pelos indivíduos que pretendessem se
casar; complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e
com filhos quanto ao acesso e à promoção no serviço público.
O artigo 124 da Constituição Brasileira de 1937 afirmava: “A família, constituída pelo casamento
indissolúvel, está sob a proteção especial do Estado. Às famílias numerosas serão atribuídas
compensações na proporção de seus encargos”. Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à
reprodução, vigia uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto
Federal n.º 20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
655) 
656) 
interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar
processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
José Eustáquio Diniz Alves
O planejamento familiar no Brasil Internet: <www ecodebate com br> (com adaptações)
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o item seguinte.
 
Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho “complemento de renda dos casados com
filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos” fosse reescrito da seguinte forma:
complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos homens casados e com filhos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/461263
CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Atividades/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
As duas questões mais profundas sobre a mente são: “O que possibilita a inteligência?” e “O que
possibilita a consciência?”. Com o advento da ciência cognitiva, a inteligência tornou-se inteligível. Talvez
não seja tão chocante afirmar que, em um nível de análise muito abstrato, o problema foi resolvido.
Entretanto, a consciência ou a sensibilidade, a sensação nua e crua da dor de dente, do rubor, do
salgado, continua sendo um enigma embrulhado em um mistério dentro do impenetrável. Quando nos
perguntamos o que é a consciência, não temos melhor resposta que a de Louis Armstrong quando uma
repórter perguntou-lhe o que era o jazz : “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”.
 
Steven Pinker. Como a mente funciona. 2.ª ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002 (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o próximo
item.
 
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida a preposição sobre
imediatamente após “perguntou-lhe”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Aula de Português
 
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
 
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/461263
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
657) 
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
 
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
 
O português são dois; o outro, mistério.
 
Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089.
 
A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir.
 
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/551436
CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/Combatente/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto
 
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de grande
fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia até o Ceará. Essa
região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente nascida para produzir
alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, destrutivo e avassalador, deixou
rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a princípio, plantações de laranjas e mangas,
que foram abandonadas e se reduziram a pequenas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho,
exclusivamente reservadas para a família do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos
canaviais devastaram a floresta e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os
coelhos, as pacas e os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-
açúcar. A produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de subnutrição.
Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. Antigamente, castigava-se
esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças ou pendurando-as dentro de cestas a
grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; o instinto leva as crianças a compensar com
terra os sais minerais que não encontram em sua comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a
herança da monocultura do açúcar.
 
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.
Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “reservadas
para a família” fosse alterada para reservadas à família.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/354170
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/551436
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/354170
658) 
659) 
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2016
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto
 
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar.
Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma
escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde
caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina
na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
 
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio onde morava Mário
Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma
semanae nem decorara ainda o número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota
de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só
um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser
227”. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do
Mário, havia uma diferença na numeração.
 
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
 
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.
 
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me
de que” por lembrei que.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/386266
CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE PA/Educacional/2016
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1AAA
 
O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada, que zombam das
coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. Costumava dizer que isso de almas do outro
mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e feiticeiras. Jurava ser capaz de
dormir uma noite inteira dentro do cemitério.
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas medonhas e graves sem que o meu coração se
apertasse, e um calafrio me corresse a espinha. Quando a gente se habitua a venerar os decretos da
Providência, sob qualquer forma que se manifestem, quando a gente chega à idade avançada em que a
lição da experiência demonstra a verdade do que os avós viram e contaram, custa ouvir com paciência os
sarcasmos com que os moços tentam ridicularizar as mais respeitáveis tradições, levados por uma
vaidade tola, pelo desejo de parecerem espíritos fortes, como dizia o Dr. Rebelo. Peço sempre a Deus que
me livre de semelhante tentação. Acredito no que vejo e no que me contam pessoas fidedignas, por mais
extraordinário que pareça. Sei que o poder do Criador é infinito e a arte do inimigo, vária.
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia ouvindo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/386266
660) 
o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo de encontrar um
curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela, e achava graça ao
canto agoureiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar um agouro, sorria e
passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de verdadeira espuma do mar.
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo:
Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA.
 
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a lobisomem
e feiticeiras” a preposição “a” poderia ser suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/557328
CEBRASPE (CESPE) - Eng (FUB)/FUB/Agronômica/2016
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com
superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá,
seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você
manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas
ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma
reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas
manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a
gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do
jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou”.
 
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer
que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com
ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das
coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele
o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha
a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no
momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em
público.
 
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati
na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.
 
Luis Fernando Veríssimo. Tecnologia. In: Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990, p. 58-60.
 
Com relação às ideias do texto, às construções linguísticas nele empregadas e à sua tipologia, julgue o
item subsequente.
 
A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a logo após a forma
verbal “ignora”, na frase “Simplesmente ignora você”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/557328
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781
661) 
662) 
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
Éfacultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “perante a sociedade” (segundo
período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o
marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-
prima, alguém trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse
jovem fosse experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471
663) 
664) 
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
Em “Chegada a obra-prima” (quarto período do primeiro parágrafo), o emprego do sinal indicativo de
crase é facultativo, de modo que seu emprego manteria os sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O acréscimo do sinal indicativo de crase no segmento “a água potável segura” prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2793784
CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-III
Toda língua satisfaz à necessidade humana de comunicação. Embora muitas pessoas do mundo de hoje
sejam tentadas a gastar mais tempo em mídias sociais do que talvez deveriam, é o impulso das trocas
linguísticas que as está levando a essa situação. Não importa o quão ocupadas algumas pessoas
estejam, é difícil não participarem de alguma conversa na tela à sua frente, para opinar sobre assuntos
dos quais elas sabem pouco e se importam menos ainda. Seja por meio de conversas informais, da
absorção de informações vindas da televisão, da discussão de jogos ou da leitura/escrita de romances,
falar e escrever conecta os humanos, de modo ainda mais íntimo, em uma comunidade.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793784
665) 
666) 
Daniel Everett. Linguagem: a história da maior invenção da humanidade. Tradução de Mauricio Resende. São
Paulo: Editora Contexto, Belo Horizonte: Gutenberg, 2019, p. 12-13 (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1-III.
 
No segmento “a essa situação” (segundo período), poderia ser corretamente inserido o acento indicativo
de crase no vocábulo “a”, em razão da presença do pronome “essa”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Administração de Banco de
Dados/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras
obrigatórias, o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para os estudos, o
curso de direito, a assim chamada “ciência do direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os
direitos de cada um de nós, chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses
direitos.
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter
invadido tudo: há direito em toda parte, para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos
de seguir as normas, os outros também têm de obedecer a elas e, desse modo, respeitar os direitos de
cada um de nós, os ditos direitos subjetivos.
Vivemos num tempo em que as questões legais se tornaram corriqueiras. Apesar dessa popularização,
ainda existe uma enorme dificuldade de acesso às coisas do direito. Ao mesmo tempo, os mecanismos
da justiça são cada vez mais acionados, até para resolver quem fica com o cachorro depois da separação,
ou se o condomínio pode impedir seus moradores de ter animais. A sobrecarga dos tribunais, e sua
lentidão, é parcialmente consequência desse excesso de litigiosidade e da incapacidade das pessoas de
resolver com bom senso, compreensão e respeito as questões de convivência em sociedade.
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de
sobrevivência na selva das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p. 11-13 (com adaptações).
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no trecho “ainda existe
uma enorme dificuldade de acesso às coisas do direito” é obrigatório.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2854250
CEBRASPE (CESPE) - ERSTT (ANTT)/ANTT/"Sem Área"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A iniciativa Mãe Servidora, inserida no contexto do programa Pró-Equidade de Gênero, reflete um
esforço significativo da ANTT para promover o equilíbrio entre a vida profissional e familiar de suas
colaboradoras. Essa ação é direcionada especialmente para mães servidoras, no regime de trabalho
presencial, com filhos menores de sete anos de idade, oferecendo a elas a oportunidade de reduzir a
jornada de trabalho semanal em quatro horas em um dia específico. O objetivo principal é fortalecer a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2841412
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2854250
667) 
interação entre mãe e filho durante os anos cruciais de formação da criança, beneficiando-se tanto o
bem-estar da servidora quanto o da família como um todo.
Em caso de dúvidas, fale com a Coordenação de Projetos Especiais de Gestão de Pessoas (COPEP), pelo
email <copep@antt.gov.br>.
ANTT. Revista Via Sustentável. Destaques 2023, s/d, p. 35 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
Estaria mantida a correçãogramatical do segundo período do primeiro parágrafo caso o segmento “para
mães servidoras” fosse reescrito como à mães servidoras, visto que o termo “mães” está especificado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
Dizer que o petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas é repetir o
óbvio. Desde que ele se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento
fundamental para o funcionamento da economia moderna, ter ou controlar as fontes de petróleo e as
rotas por onde ele é transportado representa questão de vida ou morte para as sociedades
contemporâneas.
Quando pensamos na geopolítica do petróleo neste início do século XXI, o primeiro fato que nos vem à
mente são os conflitos do Oriente Médio, como a guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo em 1990-1991.
Reduzir esses conflitos ao elemento “petróleo” seria um erro, pois questões outras estavam e estão
envolvidas. Contudo, não se deve esquecer que aí estão as maiores reservas petrolíferas do mundo.
No entanto, se examinarmos com alguma atenção as notícias do dia a dia, veremos como o problema do
petróleo dentro da geopolítica contemporânea não é algo que afeta apenas os países do Oriente Médio.
A busca pelo “ouro negro” está tendo impacto em outras regiões do mundo.
Em nível menor, países como o Brasil têm enfrentado os mesmos problemas das maiores potências no
que se refere a suprir suas necessidades energéticas, e isso tende apenas a piorar. Aqui cabe uma
reflexão sobre os efeitos geopolíticos da futura mudança da matriz energética global. Mesmo sendo algo
pouco provável em curto e médio prazo, o próprio esgotamento do petróleo vai obrigar a economia
global a convocar outras fontes de energia, como a nuclear ou as células de hidrogênio. As alterações na
sociedade global que tal mudança provocará serão, evidentemente, imensas, mas ninguém parece ainda
ter refletido a contento sobre seus impactos geopolíticos.
João Fábio Bertonha. Notas sobre a geopolítica do petróleo no século XXI.
In: Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais,
n.º 58, p. 9-10, 2005 (com adaptações)
 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso o trecho “nos vem à mente” (primeiro
período do segundo parágrafo) fosse reescrito da seguinte maneira: vem a nossa mente.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869101
668) 
669) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2869116
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-II
Há 70 anos, em 3 de outubro de 1953, era criada a PETROBRÁS, uma empresa estatal que detinha o
monopólio da prospecção e exploração do petróleo no território brasileiro. A criação da empresa foi fruto
da campanha “O petróleo é nosso”, iniciada após a eleição de Getúlio Vargas para seu segundo período
na Presidência.
Sete décadas após sua criação, ficaram para trás o acento agudo e o foco exclusivo no território
brasileiro. A PETROBRAS do século XXI opera em 14 países, prioritariamente nas áreas de exploração,
produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, gás natural e seus derivados, e ganhou
reputação internacional no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em
águas profundas e ultraprofundas. Ficou para trás também o caráter 100% estatal. Atualmente, a
PETROBRAS está organizada como sociedade de economia mista, submete-se às regras gerais da
administração pública e não mais detém o monopólio da exploração do petróleo em território nacional.
Seu papel, no entanto, vai além da obtenção de lucro e envolve aspectos como geração de emprego e
renda, além da promoção do desenvolvimento local nos lugares onde instala suas unidades e
empreendimentos. Estes, muitas vezes, se situam em regiões remotas, que não despertam o apetite de
companhias privadas. Permanece, assim, uma empresa estratégica para diversos aspectos do
desenvolvimento econômico do país.
Renato Coelho. Jornal da UNESP, 3/10/2023 (com adaptações).
 
Considerando ainda os aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte.
 
É obrigatório o emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “às” em “às regras gerais da
administração pública” (quarto período do último parágrafo).
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, ele pediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869116
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876011
670) 
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
Em “você preferiria a máquina prazerosa à vida real” (nono período), o emprego do acento indicativo de
crase no vocábulo “à” justifica-se pela regência do termo “prazerosa” somada ao fato de a palavra “vida”
ser do gênero feminino e estar empregada com sentido específico no texto, determinado pelo termo
“real”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado.O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à entrega” deve-
se à regência do nome “submissão” e à determinação do vocábulo “entrega” por artigo definido.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522
671) 
672) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do primeiro parágrafo caso fosse empregado o
sinal indicativo de crase no “a” que antecede o nome “formas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
673) 
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Considerando as regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa, julgue o item que se seguem,
relativamente ao texto 2A1-I.
 
No início do parágrafo, a substituição de “Perante a” por Perante à comprometeria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por suavez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
674) 
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
No trecho ‘os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis’ (segundo parágrafo), a
inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo ‘a’ resultaria em incorreção gramatical no texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir.
Em “ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais”
(segundo parágrafo), o uso do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, nas suas duas ocorrências, é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
675) 
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromissopúblico com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
No trecho à compreensão e à resolução das tarefas’ (final do quarto parágrafo), a supressão do sinal
indicativo de crase no vocábulo ‘à’, em suas duas ocorrências, resultaria em incorreção gramatical no
texto
Certo
Errado
676) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624
CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenado nas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
Conforme a norma gramatical, é facultativo o uso do sinal indicativo de crase na expressão “têm a ver”
(segundo período do quinto parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534423
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534423
677) 
678) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 8A2-I
Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, referente às estruturas linguísticas do texto 8A2-I.
 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às páginas de um livro” (último período do primeiro
parágrafo) é facultativo, já que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775
CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Tecnologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775
679) 
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
fechados,igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à hora da passagem do ano” (primeiro período do primeiro
parágrafo) é facultativo, ou seja, a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2609001
CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2609001
680) 
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
No que diz respeito a aspectos gramaticais do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
No primeiro parágrafo, o emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à saúde”, justifica-
se pela regência do verbo “tornar” e pela anteposição de artigo definido feminino ao substantivo “saúde”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2613722
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613722
681) 
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo decrase no vocábulo
“a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649
682) 
683) 
 
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo), seria
gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”, haja vista a regência
do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” presente no trecho “pode expor
empresas a riscos substanciais” (segundo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642946
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642946
684) 
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, o emprego de acento indicativo de crase no “a”, em “a
condições”, manteria a correção gramatical do texto e garantiria o paralelismo sintático do período em
face do segmento “à falta de políticas adequadas de prevenção”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642977
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debateainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642977
685) 
686) 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG2A1-II, julgue o seguinte item.
 
De acordo com as normas gramaticais, é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase na expressão
“à tona” (segundo período do primeiro parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
A inserção do acento grave em “a escola” (primeiro período do primeiro parágrafo), obtendo-se à
escola, é gramaticalmente correta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
687) 
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
A supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo “às”, em “às mudanças tecnológicas”, prejudicaria a
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
CEBRASPE (CESPE) - AAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os
pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.
Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.
Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.
No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado
a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos
no caso de extinção de determinado idioma.
Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema
digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América
do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.
Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
688) 
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em
Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.
Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra,especificamente, em
línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre,
justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.
Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma
planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia
para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada
espécie.
O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
A inclusão do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “atrelado a apenas uma língua indígena”
(quarto parágrafo), manteria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, o emprego do acento é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi
inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes
indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas.
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram
adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não
demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à
escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter
vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos
acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura
transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com
adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados”, o
emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e artigo feminino em uma
locução adverbial de modo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
689) 
690) 
Texto
 
O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de
“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que
orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode
ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9
(com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.
 
No terceiro período, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à” é facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968083
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço. Mas são
as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre mais. Em
1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1 na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas
e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na
escala Richter, matou mais de 300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma
epidemia de cólera matou 9 mil pessoas.
Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado mais à mão no
imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se denomina destino. Mas muito
frequentemente destino é uma expressão que encobre com um véu de irracionalidade o que é apenas
obra humana.
O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade designam tanto os
habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins, em
São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo, segundo
dados da Organização das Nações Unidas (2017). No planeta vive o 1% das pessoas que detém renda
maior que os restantes 99% da população mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7
bilhões dos mais pobres que lutam para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm
renda para ficar em casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje
por causa da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pessoas
que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições mínimas de higiene.
Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
 
A supressão do sinal indicativo de crase na expressão “à mão” (primeiro período do segundo parágrafo)
alteraria o sentido do texto e prejudicaria sua coerência.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968083
691) 
692) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2000900
CEBRASPE (CESPE) - Tec (PGE RJ)/PGE RJ/Processual/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG2A1-I
 
Apesar da existência de uma legislação própria para o tema, o volume de crimes cibernéticos no Brasil
vem crescendo, sobretudo em tempos de pandemia, com o consequente desenvolvimento de uma maior
dependência dos sistemas conectados. Em 2020, foram registradas 156.692 denúncias, um número
bastante superior ao apresentado no ano de 2019, quando 75.428 casos foram contabilizados.
 
Delitos relacionados à pornografia infantil caracterizam 98.244 denúncias, sendo este o crime mais
cometido. Infrações relacionadas a racismo e discriminação estão no segundo lugar dos casos
registrados, de acordo com a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, uma parceria da
ONG Safernet e com o Ministério Público Federal.
 
Os crimes cibernéticos de natureza financeira — como invasão de computadores, roubo de senhas e
dados bancários, além de golpes gerais de extorsão — também aumentaram, e grande parte das ações
tiram proveito da pandemia. Em 2020, houve registros do aumento em 41.000% de sites com termos
relacionados a “coronavírus” e a “covid” em seu domínio.
 
Golpes recentes praticados no Brasil utilizam fundos de garantia e informações sobre calendário de
vacinação para chamar a atenção das vítimas: em junho de 2021, criminosos usaram o FGTS para roubar
dinheiro pela Internet; em maio de 2021, hackers usaram a procura pela vacina contra o coronavírus 
para interceptar dados bancários.
 
Crimes cibernéticos podem assumir várias formas, mas há dois tiposmais praticados: crimes que visam o
ataque a computadores — seja para obter dados, seja para extorquir as vítimas, seja para causar
prejuízos a terceiros — e crimes que usam computadores para realizar outras atividades ilegais — nesses
casos, dispositivos e redes servem como ferramentas para o criminoso.
 
Internet: <www.techtudo.com.br> (com adaptações).
 
Acerca das estruturas linguísticas do texto CG2A1-I, julgue o item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no “a” que antecede
“racismo” prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2006899
CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2000900
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2006899
693) 
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
A inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “ligados a tecnologia” (terceiro período do
último parágrafo), prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010648
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010648
694) 
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à” é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064685
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-II
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução:Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o item que se segue.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “às nações exportadoras”
(quarto período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2150621
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (SECONT ES)/SECONT ES/Administração/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064685
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2150621
695) 
696) 
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um
pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar
que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo,
falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por
causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque — a sede é a graça, mas as águas são
uma beleza de escuras — e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca
de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
 
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma
alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.
 
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que
estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza
queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante
distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
 
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que,
não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando
o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais
distraídos.
 
Clarice Lispector. Por não estarem distraídos.
In: Todas as crônicas. São Paulo: Rocco, 2018, p. 344.
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
Na oração “eles respiravam de antemão o ar que estava à frente”, é obrigatório o emprego do acento
indicativo de crase no vocábulo “à”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208304
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG101-I
 
Alguns idiomas fictícios foram criados especialmente para a série Game of Thrones. Daí surgiram
palavras e expressões bem conhecidas pelos fãs, como “dracarys” – palavra que a personagem Daenerys
Targaryen (Emilia Clarke) usa para mandar seus dragões cuspirem fogo. A palavra faz parte do alto
valiriano, uma língua muito presente no decorrer da trama dos Targaryen e que apareceu de novo em
House of the Dragon, spin-off de Game of Thrones.
 
A Antiga Valíria era um antigo império localizado em Essos, continente a leste de Westeros. Ela é pouco
mencionada na série, pois não existe mais, mas sua língua (o alto valiriano) ainda é usada por uma elite
seleta. Seria como falar latim clássico na Europa medieval.
 
Segundo As Crônicas de Gelo e Fogo, livros escritos por George R. R. Martin que inspiraram a série, o
alto valiriano não seria uma linguagem de comunicação cotidiana, mas utilizada pela nobreza na
literatura e na música. Ao longo do tempo, o idioma originou dialetos simplificados, falados em várias
regiões, como o baixo valiriano, sendo possível traçar um paralelo com o latim clássico e o latim vulgar.
Daenerys, inclusive, domina e usa estrategicamente ambas as variações.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208304
697) 
No alto valiriano, idioma do mundo de GOT, diferentemente do português, há quatro gêneros
gramaticais, divididos entre lunares, solares, terrestres ou aquáticos. Nomes que se referem a humanos
são geralmente lunares; profissões e partes do corpo, solares; alimentos e plantas são terrestres; e os
líquidos são aquáticos.
 
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e construções linguísticas do texto CG101-I, julgue o item a seguir.
 
A correção do texto seria mantida caso a expressão “a leste de Westeros” (primeiro período do segundo
parágrafo) fosse reescrita com acento indicativo de crase — à leste de Westeros.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210277
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
No segmento “à grande fatalidade” (antepenúltimo período), a retirada do sinal indicativo de crase no
vocábulo “à” comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215968
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210277
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215968
698) 
699) 
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seuserros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o discurso
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à falível ideia” (segundo período do primeiro parágrafo) é
facultativo, logo a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2252153
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Ora, graças a Deus, lá se foi mais um. Um ano, quero dizer. Menos um na conta, mais uma
prestação paga. E tem quem fique melancólico. Tem quem deteste ver à porta a cara do mascate em
cada primeiro do mês, cobrando o vencido. Quando compram fiado, têm a sensação de que o homem
deu de presente, e se esquecem das prestações, que serão, cada uma, uma facada. Nem se lembram
dessa outra prestação que se paga a toda hora, tabela Price insaciável comendo juros de vida, todo dia
um pouquinho mais; um cabelo que fica branco, mais um milímetro de pele que enruga, uma camada
infinitesimal acrescentada à artéria que endurece, um pouco mais de fadiga no coração, que também é
carne e se cansa com aquele bater sem folga. E o olho que enxerga menos, e o dente que caria e trata
de abrir lugar primeiro para o pivô, depois para a dentadura completa.
 
O engraçado é que muito poucos reconhecem isso. Convencem-se de que a morte chega de repente,
que não houve desgaste preparatório, e nos apanha em plena flor da juventude, ou em plena frutificação
da maturidade; se imaginam uma rosa que foi colhida em plena beleza desabrochada. Mas a rosa, se a
não apanha o jardineiro, que será ela no dia seguinte, após o mormaço do sol e a friagem do sereno? A
hora da colheita não interessa ― de qualquer modo, o destino dela era murchar, perder as pétalas, secar,
sumir-se.
 
A gente, porém, não pode pensar muito nessas coisas. Tem que pensar em alegrias, sugestionar-se,
sugestionar os outros. Vamos dar festas, vamos aguardar o ano novo com esperanças e risadas e beijos
congratulatórios. Desejar uns aos outros saúde, riqueza e venturas. Fazer de conta que não se sabe; sim,
como se a gente nem desconfiasse. Tudo que nos espera: dentro do corpo o que vai sangrar, doer,
inflamar, envelhecer. As cólicas de fígado, as dores de cabeça, as azias, os reumatismos, as gripes com
febre, quem sabe o tifo, o atropelamento. Tudo escondido, esperando. Sem falar nos que vão ficar
tuberculosos, nas mulheres que vão fazer cesariana. Os que vão perder o emprego, os que se verão
doidos com as dívidas, os que hão de esperar nas filas ― que seremos quase todos. E os que, não
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2252153
700) 
morrendo, hão de ver a morte lhes entrando de casa adentro, carregando o filho, pai, amor, amizade. As
missas de sétimo dia,
as cartas de rompimento, os bilhetes de despedida. E até guerra, quem sabe? Desgostos, desgostos de
toda espécie. Qual de nós passa um dia, dois dias, sem um desgosto? Quanto mais um ano!
 
Rachel de Queiroz. Um ano de menos.
In: O Cruzeiro, Rio de Janeiro, dez./1951 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
No quinto período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à
porta”, justifica-se pela combinação de dois fatores: a regência do verbo “ver” e o gênero feminino da
palavra “porta”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AnDR (CODEVASF)/CODEVASF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A história da irrigação se confunde, na maioria das vezes, com a história da agricultura e da
prosperidade econômica de inúmeros povos. Muitas civilizações antigas se originaram assim, em regiões
áridas, onde a produção só era possível com o uso da irrigação.
O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no
passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas praticavam a técnica na
antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos
estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e
hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50 do século passado, com a utilização da
aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São
Paulo.
A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada na região Centro-Oeste do país,
especialmente em culturas perenes.
Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua
distribuição anual (concentrada no verão, sujeita a veranicos e escassa ou completamente ausente no
inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc.), as quais podem se
desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.
Já as culturas mais perenes (como café, citrus, cana-de-açúcar e pastagem) atravessam, no período
seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento no solo, o que
interrompe o desenvolvimento vegetativo e acarreta colheitas menores ou nulas.
A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar estão na garantia de safra, a
despeito da incerteza das chuvas.
Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo governo federal e aparece vinculada ao
abastecimento de água no Semiárido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a
irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas,
que acarretam sérias consequências econômicas e sociais.
No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir
para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de
empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1503419
701) 
702) 
Na região semiárida, em especial no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir,
como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais da região Nordeste.
A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade
agrícola. Aliada a ela, uma série de práticas agronômicas deve ser devidamente considerada.
Internet: <www.codevasf.gov.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “de caráter suplementar às chuvas”, no terceiro
parágrafo, é facultativo; portanto, a supressão desse sinal não prejudicaria a correção gramatical do
trecho.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1509423
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O fenômeno conhecido como judicialização da saúde é multifacetado. Por um lado, as ações
judiciais comprometem uma parcela significativa do orçamento para atender demandas específicas de
alguns pacientes; por outro, podem significar o único caminho para salvar ou prolongar a vida de
pacientes, especialmente de pessoas com doenças raras ou crônicas, como diabetes e câncer, que
dependem de medicamentos de alto custo. Há também o uso desse recurso extremo para medicamentos
equivalentes aos disponíveis no sistema público de saúde e, atémesmo, para a compra de produtos
como fraldas ou água de coco — sempre com receita médica.
A preocupação com o impacto da judicialização nos municípios é justificável. Há casos em que uma única
ação pode comprometer todo o orçamento da saúde de uma cidade de pequeno porte. Algumas
iniciativas buscam contornar esse obstáculo por meio de arranjos institucionais. Um dos exemplos mais
lembrados é o de Santa Catarina. Em 1997, municípios do entorno da cidade de Lages, a 200 quilômetros
de Florianópolis, uniram-se para encontrar melhores formas de administrar os recursos para a saúde,
frequentemente afetados pela judicialização. Os prefeitos e gestores dos municípios perceberam que,
isoladamente, era mais complicado enfrentar as decisões judiciais. Por meio do consórcio intermunicipal,
criou-se um padrão comum de atuação, que evitou sobreposições de pedidos e racionalizou gastos e
investimentos.
Bruno De Pierro. Demandas crescentes. In: Revista Pesquisa FAPESP, 18 (252), fev. 2017, p. 18-22 (com
adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
No trecho “a 200 quilômetros de Florianópolis”, seria obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase
no vocábulo “a” caso fosse inserida a expressão cerca de imediatamente antes do numeral “200” — à
cerca de 200 quilômetros de Florianópolis.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TC DF)/TC DF/Auditoria/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A2
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1509423
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1536622
703) 
 
O mundo urbano já abriga mais da metade da população do planeta, e os processos de urbanização
espalham globalmente, mas de forma desigual, tanto os benefícios quanto as crises da ocupação urbana
do espaço. Com isso, o planejamento urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas vêm sendo
inseridos em discussões na busca de alternativas para a urbanização e para o desenvolvimento urbano, a
fim de mitigar os impactos nocivos e adaptar o ordenamento territorial e a distribuição socioespacial das
cidades às condições de ambiente e clima locais e regionais. O movimento de (re)pensar o planejamento
das cidades para que se obtenha um modelo em que o desenvolvimento urbano possa ser mais social e
ambientalmente sustentável passará a ser essencial daqui a alguns anos, considerando-se tanto as
desigualdades que esses processos carregam em si quanto os problemas ambientais e climáticos
desencadeados por eles.
 
Por um lado, uma parcela da população urbana usufrui dos avanços técnico-científicos, da infraestrutura
e do conforto que a vida urbana e sua produção econômica disponibilizam; por outro lado, grande parte
do mundo sofre com as consequências socioeconômicas das políticas econômicas e de expansão de
mercados, que promovem exclusão, desigualdade e vulnerabilidade no mercado de trabalho e na gestão
e no planejamento urbanos. As cidades, sejam elas grandes aglomerados, como metrópoles, ou
pequenas comunidades, enquanto aglomerações urbanas, são permeadas, em diversos níveis, por
questões de desigualdade socioeconômica e questões que envolvem uma mudança de discurso para
melhorar as condições ambientais, como propostas de consumo consciente e saneamento básico: o meio
urbano e o padrão do desenvolvimento urbano são um desafio quando se considera promover mudanças
nos padrões insustentáveis de consumo.
 
Ana Célia Baía Araújo e Zoraide Souza Pessoa. O desafio das cidades sustentáveis: prós e contras de
uma proposta para o desenvolvimento urbano. Internet: <http://anpur.org.br> (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB1A2, julgue o item:
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso se inserisse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” presente no trecho “daqui a alguns anos” , visto que o emprego desse sinal é optativo nesse caso.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TSB (ANM)/ANM/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de
1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de
Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base
estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas
antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua
comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa
orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio
de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul.
 
No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras
falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se
manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas
de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas.
 
Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de
todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos
de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1616270
704) 
não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado
econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de
pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele
século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei,
afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e
pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples
centavo”.
 
Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil
Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “devido às dificuldades” (segundo parágrafo), a supressão do acento indicativo de crase em
“às” manteria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1628400
CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Ciência de Dados/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem
para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem
atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de
que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de
propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas,
precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é
apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo
bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de
máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a
que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem
esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea.
Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos
independentementede sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises
químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas
consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se
diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ―
recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do
emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto
prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés
quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência,
uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo,
mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite
refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
 
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “Para dar início a essa ecologia das máquinas” (quarto período), o acréscimo do sinal indicativo
de crase no vocábulo “a” manteria a correção gramatical do texto.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1628400
705) 
706) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o
bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se
pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente
cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta,
componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais
severos, dê um largo ciao ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, surpreenda pouco
mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos
armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na
medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em
pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor, bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assoma depois com sua
nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez,
embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por
degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão
enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse
numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e se achegue
depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço.
Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os
olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado
pelo mundo.
Raduan Nassar. Aí pelas três da tarde. J: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores
contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
No trecho “largue tudo de repente sob os olhares à sua volta”, o uso do acento indicativo de crase é
facultativo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1698471
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704525
707) 
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.
Seriam preservados o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o trecho ‘sonho é igual a
desejo’ fosse substituído por sonhar é igual à desejar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1704536
CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos,a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704536
708) 
709) 
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item seguinte.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se inserisse acento indicativo de crase na
expressão “a granel”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1706766
CEBRASPE (CESPE) - TJ (PGDF)/PG DF/Administrativo/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A lembrança da empregada ausente me coagia. Quis lembrar-me de seu rosto, e admirada não
consegui — de tal modo ela acabara de me excluir de minha própria casa, como se me tivesse fechado a
porta e me tivesse deixado remota em relação à minha moradia. A lembrança de sua cara fugia-me,
devia ser um lapso temporário. Mas seu nome — é claro, é claro, lembrei-me finalmente: Janair. E,
olhando o desenho hierático, de repente me ocorria que Janair me odiara. Eu olhava as figuras de
homem e mulher que mantinham expostas e abertas as palmas das mãos vigorosas, e que ali pareciam
ter sido deixadas por Janair como mensagem bruta para quando eu abrisse a porta. De súbito, dessa vez
com mal-estar real, deixei finalmente vir a mim uma sensação que durante seis meses, por negligência e
desinteresse, eu não me deixara ter: a do silencioso ódio daquela mulher. O que me surpreendia é que
era uma espécie de ódio isento, o pior ódio: o indiferente. Não um ódio que me individualizasse mas
apenas a falta de misericórdia. Não, nem ao menos ódio. Foi quando inesperadamente consegui
rememorar seu rosto, mas é claro, como pudera esquecer? Revi o rosto preto e quieto, revi a pele
inteiramente opaca que mais parecia um de seus modos de se calar, as sobrancelhas extremamente bem
desenhadas, revi os traços finos e delicados que mal eram divisados no negror apagado da pele.
Clarice Lispector.
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase no trecho “em relação à minha moradia”
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1728207
CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A2-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1706766
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1728207
710) 
 
O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão
de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças
climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-
se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora
com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.
 
Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um
“ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra,
composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa
visão contraria certa leitura superficial da obra.
 
Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste,
para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava
as relações sociais no meio rural.
 
Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e
estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam
essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.
 
Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia
satisfeito.
 
Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da
fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.
 
Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a
família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.
 
Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não
pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado
do seu esforço e trabalho.
 
A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de
uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.
 
A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia
dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos
sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão,
humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.
 
Internet: <https://www.letrasambientais.org.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item que se seguem.
 
A supressão do sinal indicativo de crase empregado no trecho “opressão à família de Fabiano” manteria a
correção gramatical do texto, assim como seu sentido original.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738928
CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi concedido ao norte-americano Richard Thaler por suas
contribuições no campo da economia comportamental. Thaler é um dos mais destacados economistas na
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738928
711) 
aplicação da psicologia às análises das teorias econômicas e das consequências da racionalidade limitada,
das preferências pessoais e da falta de autocontrole. Um desdobramento mais recente dessa área depesquisa da economia é a aplicação de insights comportamentais às políticas públicas. Compreender os
processos decisórios, os hábitos e as experiências pessoais das pessoas em situação de pobreza é
essencial para o processo de elaboração de políticas públicas e a sua eficácia. É o que sugere o estudo
do IPC-IG Insights comportamentais e políticas de superação da pobreza, dos pesquisadores
Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique Paiva.
O estudo defende que pessoas em situações de escassez, como a pobreza, têm uma maior sobrecarga
mental, pois estão sujeitas a preocupações que não afetam a vida daqueles de maior renda, como a
qualidade da água consumida ou o acesso à alimentação. Evitar contrair empréstimos a juros altos é um
exemplo da falta de autocontrole que tende a ser mais frequente e mais onerosa para os pobres.
Decisões de longo prazo também tendem a ser negativamente afetadas pelas sobrecargas associadas à
escassez, como retirar os filhos da escola para buscar algum tipo de trabalho, por conta da perda de
emprego dos pais, o que acarreta consequências negativas para toda a vida da criança.
Internet: <ipcig.org> (com adaptações).
 
No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item que se
segue.
Em “estão sujeitas a preocupações”, o emprego do sinal indicativo de crase no “a” prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752389
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A1-I
 
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias,
o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para o curso de Direito, a assim
chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós,
chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.
 
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia e de noite, desde
antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
 
Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte,
para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir as normas, os outros
também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos
subjetivos.
 
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva
das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
 
A inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “a assim chamada “ciência do Direito”
(primeiro parágrafo), prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do trecho.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752389
712) 
713) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752426
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiado nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No trecho “imposição do nome do marido à mulher” (segundo parágrafo), a supressão do sinal indicativo
de crase no vocábulo “à” prejudicaria a correção gramatical do último período do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752442
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e nos
impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos no
futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade, que nosso
estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo — incessante e infinito: nosso vir a ser € o vir a ser
do nosso “mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente,
entrançados e entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até que a morte
nos separe.
 
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão”
quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Nenhuma outra realidade
nos é acessível: não acessamos o passado “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke
celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando
sobre a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia —
qualquer biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens, reunida pela
memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às presunções do senso comum,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752426
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752442
714) 
715) 
o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealidade — esquivando-se/evadindo-se
obstinadamente, como ambos o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante,
essa irrealidade é a única realidade a ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o
peixe na água”.
 
Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da
literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa” (segundo parágrafo), o sinal
indicativo de crase poderia ser inserido em “as” — escrevendo-se às —, sem prejuízo da correção
gramatical do texto, uma vez que o emprego desse sinal é facultativo nesse caso.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1796643
CEBRASPE (CESPE) - Ag PJ (PC SE)/PC SE/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A palavra stalking, em inglês, significa perseguição, e é o termoutilizado pelo legislador na
tipificação de um crime que engloba condutas que atentem contra a liberdade, a intimidade e a
dignidade. Entende-se o stalking, ou o crime de perseguição, como um delito que exige uma perseguição
reiterada pelo autor, não consentida pela vítima, que lhe cause medo, angústia e sentimentos afins, além
de repercutir diretamente na sua vida de maneiras diversas.
Embora, em tese, qualquer pessoa possa figurar como vítima desse crime, sabe-se que a mulher é o
principal alvo nessa espécie delitiva — não é à toa que a criminalização da referida conduta era, havia
tempos, uma das prioridades da bancada feminina da Câmara dos Deputados. Tanto é assim que são
utilizadas como exemplo do que seria o stalking as situações em que a mulher é perseguida por um ex-
companheiro que não se conforma com o término da relação ou em que alguém possui um sentimento
de posse em relação à mulher e não desiste de persegui-la.
Tal conduta abrange desde a violência psicológica, que pode causar danos imensuráveis à saúde da
vítima, além de problemas no seu próprio cotidiano, no trabalho, na convivência profissional e familiar,
até outras formas de violência, que podem culminar em resultados nefastos e irreparáveis. A tipificação
do stalking, portanto, é um avanço significativo no combate à violência contra a mulher.
Internet: <diplomatique.org.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
O emprego do acento indicativo de crase no trecho “pode causar danos imensuráveis à saúde da vítima”
é facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1815274
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Educação Especial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentaispassou gradualmente a ironizar tudo o que se
relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1796643
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1815274
716) 
trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria
versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que
não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação
exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices
de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para
enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias
para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o
desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento
acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais
para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos
ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do
cuidado de si.
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
Caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, no trecho “em meio a uma crise”, a
correção gramatical do texto seria prejudicada.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1836807
CEBRASPE (CESPE) - Agepen (SERIS AL)/SERIS AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica
festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois processos. Não tiveram
nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um lado, a supressão do espetáculo
punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento
ou de administração. A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar
de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam
pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime
mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes
a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com os assassinos,
invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A punição vai-se
tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o campo
da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade,
não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais
o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens.
Michel Foucault. Vigiar e punir:
nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
 
Em “sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível” (segundo parágrafo), o
emprego do acento indicativo de crase é facultativo em ambas as ocorrências.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1836807
717) 
718) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1896132
CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializado em Formação e
Capacitação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-II
 
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta confirmava as
descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de trabalhadores, a moenda, onde se
mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O amigo de Amado e sua família estavam
ausentes; tive uma primeira amostra da hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se
na varanda e pedir que servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele
pensava, como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
 
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos. Um professor
me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa: quatorze anos. Nunca encontrei
adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no entanto, fanavam-se com menos rapidez do
que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina
irradiavam juventude. A despeito dos costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia
lecionava, e Cristina, desde a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo
pertencente à família; ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
 
Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o seguinte item.
 
Do emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à família”, depreende-se que se trata de
uma família específica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2331611
CEBRASPE (CESPE) - Tec (SESAU AL)/SESAU AL/Enfermagem/2021
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Já dizia Machado de Assis que “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. O ditado ficou
famoso pelo livro O Alienista, de 1882, que faz um debate sobre a loucura. Uma frase parecida é da
nordestina Nise da Silveira, grande admiradora do autor brasileiro: “Não se curemalém da conta. Gente
curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Felizmente, eu nunca convivi com
pessoas muito ajuizadas”.
Nise Magalhães da Silveira ajudou a escrever e revolucionar a história da psiquiatria no Brasil e no
mundo. Nascida no ano de 1905 em Maceió – AL, ela ficou conhecida por humanizar o tratamento
psiquiátrico e era contrária às formas de tratamento agressivas usadas em sua época, como o
eletrochoque.
Inspirada em Carl Jung, um dos pais da psiquiatria, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em
medicina no Brasil. Em meados de 1940, ela foi pioneira na terapia ocupacional, método que utiliza
atividades recreativas no tratamento de distúrbios psíquicos. A alagoana se destacou por usar a arte
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896132
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2331611
719) 
como uma forma de expressão e de dar voz aos conflitos internos vivenciados principalmente pelos
esquizofrênicos.
Em 1956, Nise fundou a Casa das Palmeiras, um passo na direção da luta contra os hospícios, que
chegaria a seu ápice com a Lei Antimanicomial, de 2001. A partir do esforço da psiquiatra e de seus
pacientes, foi criado o Museu do Inconsciente, aberto até hoje no Rio de Janeiro junto ao Instituto
Municipal Nise da Silveira, atual nome do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, onde a médica
construiu seu projeto.
Internet: <www.brasildefato.com.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.
 
É obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “era contrária às formas
agressivas usadas em sua época”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1438925
CEBRASPE (CESPE) - ATCI NS (ME)/ME/Perfil Profissional 1/Arquivologia/2020
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A cidadania na cidade inteligente é matéria complexa. Recente evento corporativo para o setor
público promovido por uma multinacional de tecnologia definiu o cidadão como um consumidor de
serviços. Um dos responsáveis por esse argumento é o economista Albert O. Hirschman. Em 1970,
Hirschman publicou estudos relacionando a fidelidade de pessoas a empresas e a governos com a
capacidade de escuta dessas organizações.
 
De acordo com Hirschman, não atentar às necessidades de seu público fará com que ele procure
alternativas: a competição no caso de firmas e a oposição no caso de governos. Segundo o autor, escutar
seu público e levar em conta suas considerações garantiria a qualidade no serviço prestado, o que, por
sua vez, criaria lealdade para com a organização ofertante. Por trás desse estudo, está a ideia de que um
governo e uma firma possam, em certa medida, funcionar da mesma maneira. Ainda que isso seja em
parte possível, tal fato não torna o cidadão um consumidor, muito pelo contrário.
 
Vejamos. Se um bem público fosse um bem de consumo, ele poderia ter seu acesso controlado pelo
preço, regulado por oferta e demanda. Bens públicos são públicos justamente porque são bens não rivais
e não possuem paralelo de possibilidade de oferta, ou são essenciais e seu provisionamento em
quantidade, qualidade e tempo hábil desafia a lógica empresarial e de mercado.
 
Em saneamento, por exemplo, limitar sua oferta implica incremento de doenças e aumento de custos
com saúde pública. E a alternativa, não gastar com isso, é a morte. Portanto, não se trata de condições
normais de mercado, mas de investimento social, de sua obrigatoriedade. Isso posto, é natural perguntar
se não seria necessário garantir o direito de cidadania antes do de consumo.
 
É importante ter em mente que o cidadão não é — e jamais será — um consumidor, mas, sim, um
beneficiário. Bem público não é bem de consumo, mas direito político pleno de acesso e usufruto.
Entretanto, isso não significa que não se deva procurar eficiência e rentabilidade na economia do setor
público. Tampouco implica abandonar pleitos por qualidade. Mas resulta em perceber que a qualidade
está subscrita ao direito de acesso e usufruto, e não à possibilidade de seu consumo.
 
André Leiner. O cidadão, o consumidor e as cidades inteligentes.
Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1438925
720) 
721) 
O emprego do sinal indicativo de crase em “à possibilidade” (último período do texto) é exigido pela
palavra “subscrita”, que está subtendida logo após o “não”, e pela presença do artigo definido a.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1952913
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado em 1992, durante a Conferência da
ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92 ou Rio-92), que aconteceu no Rio de Janeiro. A
expressão, trazida para o discurso público em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, é usada para designar o desenvolvimento em longo prazo, que, mesmo com o
progresso econômico e a satisfação das necessidades da atual geração, não implique o esgotamento dos
recursos naturais necessários para a sobrevivência das futuras gerações. Em essência, o desenvolvimento
sustentável é um processo de mudança no qual a exploração de recursos, o direcionamento de
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais estão todos em
harmonia e aumentam o potencial atual e futuro para atender às necessidades e aspirações humanas.
 
Os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade andam juntos. Enquanto a
sustentabilidade abrange principalmente questões relacionadas à degradação ambiental e à poluição, o
foco do desenvolvimento sustentável é voltado ao planejamento participativo e à criação de uma nova
organização econômica e civilizatória, bem como ao desenvolvimento social para o presente e para as
gerações futuras. Esses foram alguns dos pontos abordados pela Agenda 21, um documento elaborado
durante a Eco-92 e que estabeleceu a importância do comprometimento de todos os países com a
solução dos problemas socioambientais. No Brasil, a Agenda 21 tem como prioridades os programas de
inclusão social e o desenvolvimento sustentável, que incluem as sustentabilidades urbana e rural, a
preservação dos recursos naturais e minerais, a ética e a política para o planejamento.
Internet: <www.ecycle.com.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e às propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego dos sinais indicativos de crase em “relacionadas à degradação ambiental e à poluição” deve-
se à regência de “relacionadas”, que exige a preposição a, e à presença de artigo definido feminino para
determinar “degradação” e “poluição”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777777
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1952913
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777777
722) 
como nasua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso se flexionasse a forma verbal “gera” (terceiro período
do primeiro parágrafo) na terceira pessoa do plural — geram —, mas, nesse caso, as relações coesivas
no período seriam alteradas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777790
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777790
723) 
724) 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
Caso a forma verbal “há” (terceiro período do segundo parágrafo) fosse substituída por existem, a
correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779474
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o
marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-
prima, alguém trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse
jovem fosse experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
No trecho “Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da
UH” (terceiro parágrafo), a forma verbal “atraiu” poderia ser corretamente empregada no plural —
atraíram.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789178
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779474
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789178
725) 
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A substituição da forma verbal “têm” por tem preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
Com o avanço científico e tecnológico ocorrido na Europa durante o Renascimento, os inventores
começaram a demandar reconhecimento oficial de suas criações, a fim de impedir a imitação de seus
inventos. Assim, em 1421, foi concedida ao inventor Filippo Brunelleschi, em Veneza, a primeira patente,
com prazo de três anos, pela invenção de um modelo de embarcação para transportar mármore. Nesse
contexto de criação de um sistema de concessão de privilégios como forma de proteção de um invento,
em 1474, foi promulgado na República de Veneza o Estatuto de Veneza, garantindo ao inventor a
exploração comercial do seu invento pela concessão do privilégio da invenção pelo prazo de dez anos.
No começo do séculoXVII, em 1623, a Inglaterra promulgou o Estatuto dos Monopólios, que consistiu na
primeira base legal para concessão de patentes no país para uma invenção efetivamente nova. O
estatuto contribuiu para a promulgação da Lei de Patentes de 1624, que, por sua vez, instituiu o sistema
de patentes britânico. Em 1790, os Estados Unidos da América promulgaram a sua primeira lei de
patentes, intitulada Patent Act, na qual era autorizada a concessão de direitos exclusivos aos inventores
sobre as suas obras, estabelecendo um prazo de quatorze anos de duração. Nessa mesma conjuntura,
em 1791, a França promulgou sua primeira lei de patentes, denominada Décret d’Allarde, considerada
uma das principais leis publicadas durante a Revolução Francesa.
No Brasil, o príncipe regente Dom João VI promulgou o Alvará de 28 de abril de 1809, tornando o país
um dos primeiros no mundo a reconhecer a proteção dos direitos do inventor, atrás apenas da República
de Veneza (1474), da Inglaterra (1623), dos Estados Unidos da América (1790) e da França (1791).
Flávia Romano Villa Verde et al. As invenções
no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (Brasil) – INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos
Integrados – DIRPA, Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica – CEPIT e
Divisão de Documentação Patentária – DIDOC, 2023, p. 20-21 (com adaptações)
 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No terceiro período do segundo parágrafo, a forma verbal “promulgaram” poderia ser substituída por
promulgou, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793731
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793742
726) 
727) 
Texto CB1A1-II
O conceito de civilização não pode ser precisamente definido, não apenas por ser um processo
evolucionário, mas também por ter se manifestado de formas muito diferentes através dos tempos. Entre
as civilizações antigas, havia múltiplas diferenças nas crenças religiosas, nos costumes sociais, nas
formas de governo e na criação artística. Contudo, uma faceta de fundamental importância para todas
elas era a tecnologia, que, em sentido mais amplo, pode significar a aplicação do conhecimento para
finalidades práticas.
Hoje, a tecnologia é, na prática, sinônimo de ciência aplicada, mas as tecnologias básicas — tais como
agricultura, construção, cerâmica, tecidos — foram originalmente empíricas e transmitidas de uma
geração para outra, enquanto a ciência, no sentido de pesquisa sistemática das leis do universo, é um
fenômeno relativamente recente. A tecnologia foi fundamental, já que proporcionava os recursos
necessários para sociedades organizadas, e essas sociedades tornaram possíveis não apenas a divisão do
trabalho — por exemplo, entre trabalhadores da terra, oleiros, marinheiros e similares —, como também
um ambiente no qual puderam florescer as artes em geral, não necessárias à vida no dia a dia. A maioria
dessas artes dependia de alguma espécie de suporte tecnológico: o escultor requeria ferramentas, o
escritor necessitava de tinta e de papiro (ou papel, mais tarde), o dramaturgo precisava de teatros
especialmente construídos.
Trevor I. Williams. História das invenções: do machado de pedra às tecnologias da informação. Tradução de
Cristina Antunes. Atualização e revisão de William E. Schaaf, Jr. e Arianne E. Burnette. Belo Horizonte: Gutenberg,
2009, p. 12-13 (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, referente a aspectos gramaticais do texto CB1A1-II.
 
No segundo parágrafo, a flexão de plural no termo “possíveis” (segundo período) justifica-se por sua
concordância com “essas sociedades”, que é o sujeito da oração.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ERSTT (ANTT)/ANTT/"Sem Área"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Há muitas especulações sobre qual meio de transporte teria sido “inventado” primeiro, desde o
início da evolução humana, antes mesmo do surgimento da escrita. Referentemente a esse período, o
fato é que muito pouco pode ser comprovado, o que nos deixa com algumas hipóteses e poucas
certezas.
É provável que o ser humano tenha pensado em formas de solucionar problemas como transportar sua
caça ou transpor obstáculos, mas afirmar com exatidão que isso se transformou em algum meio de
transporte da forma como conhecemos hoje é bem mais complicado.
Sabemos que o homem pré-histórico se deslocava em função do clima e da oferta de alimentos. Os pés
humanos foram os primeiros responsáveis por esses deslocamentos. A melhor solução para o transporte
a partir dessa época surgiu com a domesticação de animais selvagens. O homem pode ter notado a
facilidade de lidar com determinadas espécies animais a ponto de utilizar sua força para transportar seus
pertences.
Oswaldo Dias dos Santos Junior. Transportes turísticos. Curitiba, InterSaberes, 2014, p. 20 (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No início do texto, a substituição da forma verbal “Há” por Existe manteria os sentidos do texto, seu
grau de formalidade e sua correção gramatical.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2854238
728) 
729) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2869100
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
Dizer que o petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas é repetir o
óbvio. Desde que ele se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento
fundamental para o funcionamento da economia moderna, ter ou controlar as fontes de petróleo e as
rotas por onde ele é transportado representa questão de vida ou morte para as sociedades
contemporâneas.
Quando pensamos na geopolítica do petróleo neste início do século XXI, o primeiro fato que nos vem à
mente são os conflitos do Oriente Médio, como a guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo em 1990-1991.
Reduzir esses conflitos ao elemento “petróleo” seria um erro, pois questões outras estavam e estão
envolvidas. Contudo, não se deve esquecer que aí estão as maiores reservas petrolíferas do mundo.
No entanto, se examinarmos com alguma atenção as notícias do dia a dia, veremos como o problema do
petróleo dentro da geopolítica contemporânea não é algo que afeta apenas os países do Oriente Médio.
A busca pelo “ouro negro” está tendo impacto em outras regiões do mundo.
Em nível menor, países como o Brasil têm enfrentado os mesmos problemas das maiores potências no
que se refere a suprir suas necessidades energéticas, e isso tende apenas a piorar. Aqui cabe uma
reflexão sobre os efeitos geopolíticos da futura mudança da matriz energética global. Mesmo sendo algo
pouco provável em curto e médio prazo, o próprio esgotamento do petróleo vai obrigar a economia
global a convocar outras fontes de energia, como a nuclear ou as células de hidrogênio. As alterações na
sociedade global que tal mudança provocará serão, evidentemente, imensas, mas ninguém parece ainda
ter refletido a contento sobre seus impactos geopolíticos.
João Fábio Bertonha. Notas sobre a geopolítica do petróleo no século XXI.
In: Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais,
n.º 58, p. 9-10, 2005 (com adaptações)
 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do último parágrafo, a forma verbal “cabe” estabelece concordância com o termo
“reflexão”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2869104
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português)- Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
Dizer que o petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas é repetir o
óbvio. Desde que ele se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento
fundamental para o funcionamento da economia moderna, ter ou controlar as fontes de petróleo e as
rotas por onde ele é transportado representa questão de vida ou morte para as sociedades
contemporâneas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869100
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869104
730) 
Quando pensamos na geopolítica do petróleo neste início do século XXI, o primeiro fato que nos vem à
mente são os conflitos do Oriente Médio, como a guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo em 1990-1991.
Reduzir esses conflitos ao elemento “petróleo” seria um erro, pois questões outras estavam e estão
envolvidas. Contudo, não se deve esquecer que aí estão as maiores reservas petrolíferas do mundo.
No entanto, se examinarmos com alguma atenção as notícias do dia a dia, veremos como o problema do
petróleo dentro da geopolítica contemporânea não é algo que afeta apenas os países do Oriente Médio.
A busca pelo “ouro negro” está tendo impacto em outras regiões do mundo.
Em nível menor, países como o Brasil têm enfrentado os mesmos problemas das maiores potências no
que se refere a suprir suas necessidades energéticas, e isso tende apenas a piorar. Aqui cabe uma
reflexão sobre os efeitos geopolíticos da futura mudança da matriz energética global. Mesmo sendo algo
pouco provável em curto e médio prazo, o próprio esgotamento do petróleo vai obrigar a economia
global a convocar outras fontes de energia, como a nuclear ou as células de hidrogênio. As alterações na
sociedade global que tal mudança provocará serão, evidentemente, imensas, mas ninguém parece ainda
ter refletido a contento sobre seus impactos geopolíticos.
João Fábio Bertonha. Notas sobre a geopolítica do petróleo no século XXI.
In: Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais,
n.º 58, p. 9-10, 2005 (com adaptações)
 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do último parágrafo, a forma verbal “têm” está flexionada na terceira pessoa do
plural porque estabelece concordância tanto com “países” quanto com “Brasil”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2271066
CEBRASPE (CESPE) - APO (SEPLAN RR)/SEPLAN RR/Planejamento e Orçamento/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1
A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do
Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do
poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do
governo ou do Estado pela sociedade.
Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da
governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e
demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade
plena.
Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as
quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as
relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de
atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.
Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar
problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de
mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de
liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa
que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos
setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2271066
731) 
representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem
com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.
Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios
que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal
ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao
suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.
Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se
devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à
imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os
muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em
vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças
políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa
tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.
 
Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017. Internet:
<www.online.unisc.br> (com adaptações).
 
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A correção gramatical do texto seria preservada caso o termo “públicas” (primeiro período do último
parágrafo) estivesse flexionado no singular, da seguinte forma: pública.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341670
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simplesentretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341670
732) 
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
Caso a forma verbal “tem” (segundo período do segundo parágrafo) fosse grafada com acento
circunflexo — têm —, de forma a concordar com a expressão “os cadáveres expostos”, que a antecede,
as relações sintáticas entre os termos seriam alteradas, mas a correção gramatical seria mantida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368472
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Com base nas regras de concordância nominal e verbal, julgue o seguinte item, relativos ao texto 2A1-I.
 
No parágrafo, o termo “desafiada” concorda com “centralidade”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368605
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368472
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368605
733) 
734) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No trecho “cada um de nós vislumbra o norte da justiça”, a flexão da forma verbal na primeira pessoa do
plural — vislumbramos — prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395638
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395638
735) 
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
No último período do segundo parágrafo, o termo “europeus” concorda com “milhares”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399838
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir.
 
No início do primeiro parágrafo, a substituição de “apontados” por apontado comprometeria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2423603
CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399838
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423603
736) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
No último período do quarto parágrafo, a forma verbal “continha” estabelece concordância com o mesmo
referente da forma pronominal “ela” — “a primeira Constituição brasileira”.
Certo
Errado
737) 
738) 
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de
estratégias para acelerar a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com
operações seguras, respeito às pessoas e ao meio ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez
compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa estão associados a carbono. Os outros
quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos
e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos socioambientais, programas em
direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas sociais e
ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos
da PETROBRAS.
No que diz respeito aos desafios da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da
mudança climática por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo
carbono no Brasil, gerando energia, divisas e riquezas relevantes para o financiamento de uma transição
energética responsável, bem comopara a capacidade de ofertar gás e energia despachável para
viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira. Além disso, investe
em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos
socioambientais para a recuperação e conservação de florestas.
Internet: <https://petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item subsequente.
 
No último período do segundo parágrafo, as formas verbais “investe” e “promove”, flexionadas na
terceira pessoa do singular, concordam com o termo “matriz elétrica brasileira”, que encerra o período
imediatamente anterior.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445797
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531733
739) 
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, se a forma verbal ‘projetaram’ fosse flexionada no singular —
projetou —, a concordância verbal, nesse caso, passaria a ser estabelecida com o termo ‘figura’, sem
prejuízo da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534106
740) 
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de
concordância e regência no texto 8A1-I.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso as formas verbais empregadas nos segmentos “20%
dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia” (último período do segundo
parágrafo) e “21% se interessam pela profissão” (primeiro período do quarto parágrafo) estivessem
flexionadas no singular — está e interessa, respectivamente —, dada a possibilidade de concordância
do verbo com a expressão por cento, representada graficamente por “%”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534465
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto 8A2-I
Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; porisso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534465
741) 
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto 8A2-I, julgue o item subsequente.
 
Em “permanece em silêncio ou se oculta” (último período do terceiro parágrafo), a flexão dos verbos no
singular decorre da concordância dessas formas verbais com “um mediador”(terceiro período do terceiro
parágrafo), termo que exerce a função de sujeito.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2613723
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
Sem prejuízo dos sentidos originais do texto e de sua correção gramatical, no segundo período do
segundo parágrafo, o adjetivo “carregados” poderia ser substituído por carregada, caso em que
passaria a concordar com o termo “memória”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614646
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613723
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614646
742) 
743) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas, embora seus sentidos fossem alterados,
caso otrecho “É por isso que obtém melhor resultado” (último período do primeiro parágrafo) fosse
reescrito da seguinte forma: É por isso que se obtém melhores resultados.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637257
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637257
744) 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Mantendo-se as ideias do texto, o trecho ‘para as unidades da Federação, são necessários os dados do
Ministério da Saúde, que demoram um pouco mais’ (último parágrafo) poderia ser reescrito, de maneira
gramaticalmente correta, da seguinte forma: É necessário, para as unidades da Federação, dados
do Ministério da Saúde, que demoram um pouco mais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642944
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642944
745) 
746) 
O sentido original e a correção gramatical do último período do texto seriam preservados se o trecho
“Além disso, mais de 46 mil dias de trabalho são perdidos” fosse assim reescrito: Além disso, perde-se
mais de 46 mil dias de trabalho.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642971
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG2A1-II, julgue o seguinte item.
 
No quarto período do primeiro parágrafo, a flexão da forma verbal “trabalha” na terceira pessoa do
singular justifica-se pela concordância do verbo com o termo “população”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704933
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia
passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642971
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704933
747) 
executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas
mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiramnovas competências do corpo
funcional da instituição.
Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era
responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação
(MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos
arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou
novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas
alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar
(transporte escolar e assistência à saúde).
Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as
delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de
responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos
projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de
prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência
da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino
Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.
Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).
 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Em “ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou” (segundo período do
primeiro parágrafo), a forma verbal “aumentou” poderia ser substituída por aumentaram sem prejuízo
da coerência e da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883737
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também
aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
 
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.
 
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as ciências
exatas são exemplos de preconceitos.
 
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou seja,
a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou desvantagens
por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio
ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que
proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas
que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo em
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883737
748) 
que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato — ou sobre a qual
são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência de diferenças sociais
significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso. A discriminação indireta
é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer
porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma concreta as
consequências da norma.
 
Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).
Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.
 
A correção gramatical do último período do último parágrafo seria prejudicada se a forma verbal “leva”
fosse substituída por levam.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1917437
CEBRASPE (CESPE) - TAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a
vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito
altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com
adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1917437
749) 
750) 
 
No primeiro período do segundo parágrafo, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto,
a palavra “demonizadas” poderia ser substituída pela respectiva forma no singular — demonizada —,
caso em que ela passaria a concordar com o termo “uma espécie”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935020
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já
tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro
relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa
hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas
certamentenão requer linguagem.
Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque
ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a
capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido
de fato colocada em uso.
Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.
Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso o adjetivo “primitivas”, no trecho “ferramentas de
pedra primitivas”, fosse flexionado no singular, embora o sentido original do trecho e as relações
sintáticas nele estabelecidas fossem alterados: no original, o adjetivo qualifica o termo “ferramentas”;
com o emprego do singular, o adjetivo qualificaria o termo “pedra”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1937176
CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com
o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935020
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1937176
751) 
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No primeiro período do terceiro parágrafo, a forma verbal “haja”, em suas duas ocorrências, expressa
existência, logo seria gramaticalmente correto substituí-la por exista, em ambas as ocorrências, sem
alteração dos sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1937903
CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com
o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.
 
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.
 
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.
 
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1937903
752) 
753) 
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Sem prejuízo para a correção gramatical do segundo período do terceiro parágrafo, o segmento
“consolidou-se” poderia ser substituído por consolidaram-se, caso em que a concordância verbal
passaria a se dar com o termo “dois sistemas de controle”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945838
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto
 
A questão da origem da linguagem é altamente controvertida, dada a inexistência de provas e de
testemunhos factuais. Isso tornou o tema sujeito às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas.
Uma das primeiras teorias sobre a origem da linguagem humana é que as palavras surgiram da tentativa
de imitar os sons produzidos pelos animais e os sons da natureza circundante. Essa teoria é conhecida
como teoria onomatopaica. Outra possibilidade proposta, muito semelhante à explicação onomatopaica,
foi a de identificar o germe da linguagem nas interjeições. Os primeiros sons produzidos pelos seres
humanos teriam sido exclamações de dor, alegria, desespero, espanto, surpresa.
Uma teoria um pouco mais elaborada sugere que o esforço muscular exagerado ou difícil e
especialmente os esforços rítmicos são geralmente acompanhados por ação intermitente da glote, da
língua, dos lábios e do palato mole. A alternância dos movimentos de segurar e soltar a respiração,
algumas vezes fazendo as cordas vocais vibrarem, produziu a voz.
Bruna Franchetto e Yonne Leite. Origens da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 12-13 (com
adaptações).
 
Tendo como referência o fragmento de texto anterior, suas ideias e seus aspectos linguísticos, julgue o
item seguinte.
 
No último período do texto, a substituição da forma verbal “produziu” por produziram manteria a
correção gramatical do texto, dada a possibilidade de concordância verbal com o termo “movimentos de
segurar e soltar a respiração”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968088
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço. Mas são
as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre mais. Em
1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1 na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas
e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na
escala Richter, matou mais de 300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma
epidemia de cólera matou 9 mil pessoas.
Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado mais à mão no
imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se denomina destino. Mas muito
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945838
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968088
754) 
frequentemente destino é uma expressão que encobre com um véu de irracionalidade o que é apenas
obra humana.
O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade designam tanto os
habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins, em
São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo, segundo
dados da Organização das Nações Unidas (2017). No planeta vive o 1% das pessoas que detém renda
maior que os restantes 99% da população mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7
bilhões dos mais pobres que lutam para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm
renda para ficar em casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje
por causa da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pessoas
que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições mínimas de higiene.
Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
 
No último período do texto, caso a palavra “desprovidas” fosse empregada no masculino — desprovidos
—, em concordância com o termo “4,5 bilhões”, a correção gramatical e o sentido do texto seriam
mantidos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1971981
CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
 
“Pois não?”
 
“Um... como é mesmo o nome?”
 
“Sim?”
 
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,
conhecidíssima.”
 
“Sim, senhor.”
 
“O senhor vai dar risada quando souber.”
 
“Sim, senhor.”
 
“Olha, é pontuda, certo?”
 
“O quê, cavalheiro?”
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1971981
755) 
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?
 
Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de
encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie
de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
 
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
 
“Estou me esforçando, mas...”
 
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
 
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
 
Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.
 
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
A forma verbal ‘Tem’, na oração ‘Tem uma ponta assim’ (décimo terceiro parágrafo), concorda com o
termo ‘uma ponta’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1981925
CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1981925
756) 
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
No terceiro período do primeiro parágrafo, seria gramaticalmente correto incluir acento diferencial na
forma verbal “tem” — escrevendo-se têm — a fim de que a concordância verbal passasse a ser
estabelecida com os termos “da informação” e “da comunicação”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1988693
CEBRASPE (CESPE) - Ana (PGE RJ)/PGE RJ/Contábil/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater,
isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se fosse padrinho. Isso levou o papado a
se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente
rápida desses princípios sugere que o clero francojá sustentava concepções similares. Isso é ilustrado
por um caso curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a maneira traiçoeira
pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei Quilpérico.
Durante uma longa ausência do rei, ela persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se madrinha da
própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na commater de
seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o caminho livre para
Fredegunda.
 
Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público
estavam bem familiarizados com os impedimentos derivados do parentesco espiritual. Não fosse o caso,
seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio conferem
testemunho adicional a esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era permitido que
alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da Gália e na terra dos
francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe estranho, já que ele nunca
ouvira falar nisso antes. A questão devia preocupá-lo porque, no mesmo ano, escreveu a respeito para
dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até então não estava familiarizado com
esse impedimento ao casamento, embora o clero continental, a quem ele se dirigia, considerasse a
questão muito grave.
 
Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan
Bremmer (Org.). De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade. Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com
adaptações).
 
Em relação às estruturas morfossintáticas do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, o termo “impossível” concorda com “acusar”.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1988693
757) 
758) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2006881
CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “uma afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai
muito além do seu impacto econômico imediato” (segundo período do primeiro parágrafo), seriam
mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a forma verbal “vai” fosse substituída por
vão, de forma que a concordância verbal passasse a ser estabelecida com o termo “as indústrias
criativas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010657
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2006881
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010657
759) 
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No primeiro período do terceiro parágrafo, a forma verbal “contribuíram” estabelece concordância com o
termo “operações massivas de coleta de dados”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027954
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições
para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico,
pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco,
constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a
preocupação epistemológica,ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo —
os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de
compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes
em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade
aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método
falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.
Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:
conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período, faz-se um elogio à obra de Karl Popper pelo emprego do adjetivo “notável”, o qual
estabelece concordância com o termo “todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper”,
qualificando-o.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027954
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027968
760) 
761) 
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com
sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as
promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades
ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja,
como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de
autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por
objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a
motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma
diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis
sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos
sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis
em troca de pouco investimento e esforço.
Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.
Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso a forma verbal “Há” (terceiro
período) fosse substituída por Existe.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das
organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e
escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no
contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão
enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda,
a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a
viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda
a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem
hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse
sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para
sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações,
depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as
respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus
desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos
humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que
precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar
processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as
relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor
tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2035457
762) 
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital
humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas
conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando
relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: <www.abeinfobrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, a flexão das formas verbais “É” e “seja” na terceira pessoa
do singular justifica-se pela concordância com “toda a comunicação da companhia com seus
colaboradores”, termo que funciona como sujeito de ambas as orações.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse
índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção
de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial
representando 68% do total em 2050.
No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então.
Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo
fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As
projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a
90%.
As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas.
Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por
64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato
evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de
emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo
bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de
recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.
Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que
impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em
que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e
modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar
revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data)
e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.
 
Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria4.0, importantes
evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um
número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento
exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a
subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário
significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.
No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064575
763) 
e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção
de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua
população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que
as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no
contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo,
mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.
Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.
 
No último período do segundo parágrafo, a forma verbal “indicam” está flexionada no plural para
concordar com a palavra “projeções”, mas poderia ser substituída pela respectiva forma singular —
indica —, sem prejuízo da correção gramatical, dada a previsão gramatical de concordância com o termo
mais próximo, que, no caso, é o termo “prazo”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-II
As plantas, os animais domésticos e os produtos deles obtidos (frutas, ervas, carnes, ovos, queijos etc.)
pertencem aos mais antigos produtos comercializáveis. A palavra latina para dinheiro, pecunia, deriva da
relação com o gado (pecus). Esse comércio é provavelmente tão antigo quanto a divisão do trabalho
entre agricultores e criadores de gado. Embora inicialmente o comércio e a distribuição econômica de
produtos de colheita fossem geograficamente bem delimitados, eles conduziram a uma difusão cada vez
mais ampla das sementes, desenvolvendo-se, então, um número cada vez maior de variações. Sem
milênios de constantes contatos entre os povos e sem o trânsito intercontinental, o nosso cardápio teria
uma aparência bastante pobre. Das aproximadamente trinta plantas que constituem os recursos de
nossa alimentação básica, quase todas têm sua origem fora da Europa e provêm, predominantemente,
de regiões que hoje enumeramos entre os países em desenvolvimento.
Já que hoje as plantas nutritivas domésticas são cultivadas em praticamente todas as regiões habitadas,
a humanidade também poderia alimentar-se, se o comércio de produtos agrários se limitasse a áreas
menores, de proporção regional. O transporte de gêneros alimentícios por distâncias maiores se justifica,
em primeiro lugar, para prevenir e combater epidemias de fome. Há, sem dúvida, uma série de razões
ulteriores em favor do comércio mundial de gêneros alimentícios: a falta de arroz, chá, café, cacau e
muitos temperos em nossos supermercados levaria a um significativo empobrecimento da culinária, coisa
que não se poderia exigir de ninguém. O comércio internacional com produtos agrícolas aporta, além
disso, às nações exportadoras a entrada de divisas, facilitando o pagamento de dívida. E, em muitos
lugares, os próprios trabalhadores rurais e pequenos agricultores tiram proveito da venda de seus
produtos a nações de alta renda, sobretudo quando ela ocorre segundo os critérios do comércio
equitativo.
Thomas Kelssering. Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização.
Tradução: Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007, p. 209-10 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o próximo item.
No último período do primeiro parágrafo, as formas verbais “têm” e “provêm” estabelecem concordância
com o mesmo termo: “todas”.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064681
764) 
765) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - MCre (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Somente na África, 56% dos incidentes relacionados à saúde pública, entre 2011 e 2021, estavam
ligados ao clima. O aumento dos casos de câncer, asma e doenças coronárias serve de alerta para um
planeta cada vez mais poluído.
O movimento Nosso Planeta, Nossa Saúde foi criado para incentivar as sociedades a se preocuparem
mais com o bem-estar e a saúde das pessoas e do planeta, foco do Dia Mundial da Saúde em 2022.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 13 milhões de mortes por ano são atribuídas a
causas evitáveis, ligadas ao meio ambiente.
 
De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a crise do clima é também uma
crise de saúde e, em meio à pandemia, a um planeta poluído e ao aumento de casos de câncer, doenças
coronárias e asma, ações urgentes têm de ser tomadas para promover uma mentalidade de saúde e
bem-estar para todos.
 
A OMS regional na África destaca que 56% dos incidentes de saúde pública ocorridos entre 2011 e 2021
estavam ligados ao clima. A África está experimentando um aumento de emergências climáticas, com
25% a mais de eventos, em comparação com a década anterior.
 
No Dia Mundial da Saúde em 2022, a OMS pediu a governos de todo o mundo que priorizem o bem-estar
humano em todas as decisões, suspendendo as explorações e os subsídios de combustíveis fósseis e
implementando as diretrizes de qualidade do ar em suas cidades.
 
A diretora regional da OMS na África disse que a mudança climática é uma das maiores ameaças à
humanidade, visto que coloca a boa saúde em perigo. Ela citou o aumento de enchentes, doenças
transmitidas por vetores e o aprofundamento da crise de saúde. E afirmou que o continente que menos
contribui para a crise climática é o que mais sofre com ela.
 
Internet: <news.un.org> (com adaptações).
 
Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
No trecho “ações urgentes têm de ser tomadas” (quarto parágrafo), o acento circunflexo na palavra
“têm” indica que ela está empregada no plural.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2065865
CEBRASPE (CESPE) - MCre (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Você já deu uma olhada nas classificações internacionais de países mais felizes do mundo
recentemente? Mensurar o subjetivo nível de felicidade de um país tem se tornado um verdadeiro
esporte internacional. As pessoas olham com interesse (e um pouco de ciúmes) para nações como a
Dinamarca, que costumam aparecer no topo das listas.
Mas viver em uma das nações mais felizes do mundo é tudo isso? O que acontece se você luta para
encontrar ou manter a felicidade em um mar de pessoas (supostamente) felizes?
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2065827
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2065865
766) 
767) 
Em certa pesquisa publicada em uma revista científica, descobriu-se que, nos países com os mais altos
níveis de felicidade, as pessoas também são mais propensas a experimentarem certo mal-estar diante da
pressão social para serem felizes. Dessa forma, viver em países felizes pode ser algo bom para muitos,
mas para outros pode representar um fardo e ter um efeito oposto.
Em outra pesquisa, foram entrevistadas 7.443 pessoas de 40 países sobre bem-estar emocional,
satisfação com a vida (bem-estar cognitivo) e reclamações de humor (bem-estar clínico). Depois, suas
respostas foram comparadas com as percepções delas sobre a pressãosocial para a positividade. O que
se descobriu confirmou resultados prévios. Quando as pessoas afirmam sentir pressão para serem felizes
e evitar a tristeza, elas tendem a apresentar déficits na saúde mental, ou seja, elas sentem uma menor
satisfação com a própria vida, mais emoções negativas, menos emoções positivas e altos níveis de
depressão, ansiedade e estresse.
Brock Bastian e Egon Dejonckheere. Países com maiores índices de felicidade
podem tornar pessoas infelizes. Internet: <Revistagalileu.globo.com> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No primeiro parágrafo, a forma verbal “costumam”, em “costumam aparecer”, está empregada no plural
porque estabelece concordância com o termo “As pessoas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2067964
CEBRASPE (CESPE) - ASG (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/Assistência Social/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
 
No que se refere ao cartaz precedente, julgue o seguinte item.
 
No cartaz, a palavra “RESTRITA” é classificada como adjetivo e concorda em gênero e número com o
substantivo “ÁREA”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2205114
CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2067964
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2205114
768) 
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
Estariam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se, no terceiro período do primeiro
parágrafo, a forma verbal “tende” fosse substituída por tendem.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2210284
CEBRASPE (CESPE) - AAE (SEE PE)/SEE PE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CG3A1-I
 
Antes de mais nada, há a liberdade suspensiva oferecida pela caminhada, mesmo que seja um simples
passeio: livrar-se da carga das preocupações, esquecer por algum tempo os afazeres. Optamos por não
levar o escritório conosco: saímos, flanamos, pensamos em outras coisas. Com as excursões de vários
dias, acentua-se o movimento de desapego: escapamos das obrigações do trabalho, libertamo-nos do
jugo dos hábitos. Mas em que aspecto caminhar nos faria sentir essa liberdade mais do que numa longa
viagem? Afinal, surgem outras limitações não menos penosas: o peso da mochila, a duração das etapas,
a incerteza do tempo (ameaças de chuva ou de tempestade, calor sufocante), a rusticidade dos
albergues, algumas dores... Mas só a caminhada consegue nos libertar das ilusões do indispensável.
Como tal, ela permanece o reino de poderosas necessidades. Para chegar a determinada etapa, é preciso
caminhar tantas horas, que correspondem a tantos passos; a improvisação é limitada, pois não estamos
percorrendo caminhos de jardim e não podemos nos enganar nos entroncamentos, sob pena de pagar
um preço muito alto. Quando a neblina invade a montanha ou uma chuva torrencial começa a cair, é
preciso seguir, continuar. A comida e a água são objeto de cálculos precisos, em função do percurso e
dos mananciais. Sem falar no desconforto. Ora, o milagre não é ficarmos felizes apesar disso, mas graças
a isso. Quero dizer que não dispor de múltiplas opções de comida ou de bebida, estar submetido à
grande fatalidade das condições climáticas, contar somente com a regularidade do próprio passo, tudo
isso faz, de pronto, que a profusão da oferta (de mercadorias, de transportes, de conexões) e a
multiplicação das facilidades (de comunicar, de comprar, de circular) nos pareçam outras tantas formas
de dependência. Todas essas microlibertações não passam de acelerações do sistema, que me aprisiona
com mais força. Tudo o que me liberta do tempo e do espaço me afasta da velocidade.
 
Frédéric Gros. Caminhar: uma filosofia.
São Paulo:Ubu Editora, 2021, p. 13-14 (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2210284
769) 
770) 
 
No que se refere a aspectos morfossintáticos do texto CG3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Se o vocábulo “objeto” (décimo período) fosse flexionado no plural — objetos —, a correção gramatical
do texto seria prejudicada.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215548
CEBRASPE (CESPE) - Med (TCE-PB)/TCE PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto CB1A1-II
A expressão “Comunicação e Saúde 2.0” acarreta deslocamentos nos modos de relacionamento entre
indivíduos e profissionais da saúde. Trata-se de um processo global que ocasiona mudanças no cuidado
da saúde e que associa as tecnologias de informação e comunicação aos processos terapêuticos nas
trocas e interações entre profissionais e pacientes. As interações entre indivíduos mediadas pelas
máquinas resultariam em novas experiências de comunicação e informação em saúde. Com o surgimento
da Web 2.0, por consequência, desenvolve-se a Saúde 2.0, o que permite, na prática, que os atores da
área da saúde interajam em fóruns virtuais que tratam de assuntos relacionados a doenças e
prognósticos.
 
Nas redes telemáticas, em tese, não existiria hierarquia, pois até o paciente poderia contribuir com as
informações sobre saúde que detém. É possível visualizar a atuação da Saúde 2.0 em blogs, canais de
compartilhamento de vídeos, redes sociais, softwares, aplicativos para celulares e mecanismos de busca.
Esse tipo de discussão sobre Saúde 2.0 ainda é recente no Brasil, embora os mecanismos da Web 2.0 já
estejam consolidados para boa parte da população brasileira.
 
Deyvisson Pereira da Costa. Controvérsias na comunicação e saúde:
biolutas entre médicose pacientes bariátricas nas redes de biossociabilidade. In: Suely Henrique de
AquinoGomes e Mayllon Lyggon de Sousa Oliveira (Org.) Disputas na sociedade midiatizada:
controvérsias, conflitos e violência. Goiânia: Gráfica UFG, 2020, p. 42 (com adaptações).
 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o

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