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Legislação e marketing em nutrição:
Introdução à legislação inerente a alimentos e nutrição (ANVISA)
Como se sabe, o marketing alimentar possui como propriedade o foco junto ao mercado. Está baseado em uma abordagem por processos regulados em minuciosas pesquisas de mercado, e na orientação para o cliente para a busca de sua satisfação. Veja, a seguir, o conceito de marketing nutricional:
Aplicação: O chamado marketing nutricional é um fator fundamental na diferenciação dos produtos comercializados. O marketing nutricional é fundamentalmente aplicado por meio da rotulagem nutricional e das alegações baseadas nesses rótulos.
Conceito: Trata de uma série de ações que tem como alvo a entrega ao consumidor de informações nutricionais sobre os alimentos a serem consumidos. Isso permite que as pessoas realizem suas escolhas de modo mais consciente, amparando até mesmo uma mudança positiva no seu estilo de vida.
A estratégia de marketing necessita estar fundamentada na propaganda e sua relação com os rótulos dos alimentos comercializados.
A propaganda nutricional pode ser encontrada nas embalagens no formato de alegações, como “alimento enriquecido com vitaminas e minerais” ou, por exemplo, “baixo teor de açúcares” etc. Mas os rótulos necessitam, acima de qualquer merchandising, explicitar os ingredientes, compostos e nutrientes de maneira transparente, para que o cliente possa ter clareza a respeito do que está consumindo. Só dessa maneira as pessoas poderão buscar produtos mais saudáveis e de acordo com as suas metas nutricionais.
A inovação e tecnologia aplicadas aos alimentos têm passado por um grande incremento nos últimos anos, em que o marketing nutricional tem apresentado um papel muito importante. Em geral, o cliente tem a tendência de escolher alimentos mais industrializados, pois os considera mais práticos e convenientes.
Na realidade, os atributos mais relevantes para o processo de decisão de compra estão relacionados com a conveniência do produto e as novidades tecnológicas (aspectos de saúde e nutricionais), além de preço final e características organolépticas. O marketing nutricional acaba por se tornar uma estratégia que concede maior diferenciação entre os produtos, não exclusivamente nas alegações nutricionais e de saúde dos produtos existentes, mas também na rotulagem nutricional e na elaboração e promoção de produtos novos com atributos nutricionais específicos, com benefícios aos consumidores.
Nesse processo de educação nutricional e alimentar, é fundamental que o consumidor tenha acesso às informações sobre os alimentos disponíveis no mercado, o que é viabilizado pelos diversos canais de comunicação da indústria com o cliente, e aqui se destacam os rótulos.
No setor de alimentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) organiza, supervisiona e controla as ações de registro, fiscalização, inspeção e controle de riscos, sendo designada por organizar normas e padrões de identidade e qualidade a serem ressaltados. O intuito é a garantia da qualidade e da segurança de alimentos em geral, incluindo águas envasadas, bebidas, matérias-primas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, contaminantes, materiais em contato com alimentos, resíduos de medicamentos veterinários, inovações tecnológicas e rotulagem em produtos da área alimentícia.
Regulamentação na rotulagem nutricional de alimentos embalados: Após o processo principiado em 2014, a ANVISA aprovou a nova regulamentação de rotulagem nutricional. Em outubro de 2020, o Diário Oficial da União divulgou a RDC nº 429/2020 (Resolução da Diretoria Colegiada 429/2020) e a Instrução Normativa 75, que estão relacionadas às novas normas na rotulagem nutricional de alimentos acondicionados.
Tais regulamentos constituem um novo padrão para a rotulagem de alimentos, bem como alterações na tabela de informação nutricional e nas argumentações nutricionais comunicadas nos rótulos. A mudança principal é a delimitação da rotulagem nutricional frontal, padrão já implementado em várias nações na América Latina. Os novos preceitos focam especialmente auxiliar no entendimento das informações nutricionais e apoiar os clientes a adotarem decisões com mais consciência. Desse modo, segundo o novo regulamento, a rotulagem nutricional precisa ser colocada no painel frontal dos alimentos acondicionados, com o uso de ícones claros e simples para reforçar situações de alto teor de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. De acordo com a ANVISA, esses nutrientes foram escolhidos devido à sua representatividade na saúde dos consumidores.
As modernizações na rotulagem possuem caráter normativo. Dessa maneira, será necessária toda a adequação para segui-las em sua totalidade. No entanto, vale a reflexão sobre o marketing nutricional e as tendências de mercado sobre a busca por uma alimentação mais saudável e estudar sobre a possibilidade de reformulação dos produtos, com a busca da redução ou eliminação de nutrientes considerados críticos, para ter a possibilidade de um posicionamento mais alinhado com o equilíbrio e a saudabilidade, por exemplo.
De alguma maneira, já é um movimento estabelecido pelo cliente que, na frente de dois produtos alimentícios similares, sendo um deles apenas mostrando alto teor de sódio, por exemplo, poderá tomar sua decisão ponderando o que lhe parece mais interessante para sua saúde.
Resolução - RDC N° 136/2017: Ainda na abordagem dos rótulos dos alimentos, a RDC N° 136/2017 constitui os requisitos para a declaração obrigatória referente à presença de lactose nos rótulos dos alimentos. A resolução é aplicada aos alimentos embalados na ausência dos consumidores, incluindo ingredientes, bebidas, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, inclusive aqueles destinados somente ao processamento pela indústria e aqueles propostos aos serviços de alimentação. A declaração da presença de lactose é obrigatória quando a lactose estiver em quantidade superior a 100 miligramas por 100 gramas ou mililitros do alimento da forma como está exposto à venda. A declaração é obrigatória para:
Fórmulas infantis: As fórmulas infantis para lactentes atribuídas a necessidades dietoterápicas especiais e em fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância atribuídas a necessidades dietoterápicas especiais quando o alimento tiver lactose em quantidade superior a 10 miligramas por 100 quilocalorias, levando em consideração o produto pronto para consumo, segundo as instruções de preparação informadas pela empresa fabricante.
Nutrição enteral: Junto às fórmulas para nutrição enteral, quando o produto tiver lactose em quantidade igual ou superior a 25 miligramas por 100 quilocalorias, levando em consideração o produto pronto para o consumo, segundo as instruções de preparação informadas pela empresa fabricante.
RDC 24/2010: Divulgação e promoção comercial de alimentos específicos: Até o momento, o foco foi a questão do marketing nutricional e da rotulagem, mas não se deve deixar de levar em consideração a RDC 24/2010, que trata sobre propaganda, oferta, informação, publicidade e outras práticas correspondentes, caso o intuito seja a promoção comercial e divulgação de alimentos considerados com parcelas altas de gordura trans, gordura saturada, açúcar, sódio, e de bebidas com baixo conteúdo nutricional. Seguem algumas normativas a serem consideradas, na forma como o produto se encontra exposto à venda:
· Alimento com alto teor de açúcar:Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 15g de açúcar por 100g ou 7,5g por 100mL.
· Alimento com alto teor de gordura saturada: Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 5g de gordura saturada por 100g ou 2,5g por 100mL.
· Alimento alto teor de gordura trans: Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 0,6g para 100g ou 100mL.
· Alimento com alto teor de sódio: Tem em sua composição uma quantidade igual ou superior a 400mg de sódio por 100g ou 100mL.
Vale reforçar que na propaganda, oferta, publicidade e em outras práticas correspondentesem que o intuito seja a promoção comercial de alimentos com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar, sódio e bebidas com baixo conteúdo nutricional são determinadas diversas regras, que englobam a fácil identificação da mensagem e que sejam comunicados alertas referentes aos perigos do consumo em excesso de tais nutrientes, independentemente do canal de comunicação (televisão, peça publicitária, internet etc.) Exemplo: "O (nome/ marca comercial do alimento) possui muito açúcar e, se ingerido em grandes quantidades, eleva o risco de cárie dentária e obesidade".
Norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL): Na abordagem da promoção comercial de alimentos e produtos para lactentes e crianças de primeira infância, é preciso conhecer e levar em consideração a norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL), que é uma reunião de regras regulatórias da rotulagem de alimentos e produtos e da promoção comercial para recém-nascidos e crianças com até três anos, como mamadeiras, chupetas, leites e papinhas.
O seu foco é garantir o uso apropriado desses produtos de maneira que não ocorra nenhuma interferência no aleitamento materno, sendo instrumento fundamental para o controle da publicidade indiscriminada de produtos e alimentos que possam competir com a amamentação.
Desse modo, é proibido fazer, em todos os meios de comunicação, promoção comercial, incluindo divulgação escrita, on-line, visual e auditiva, merchandising. Dessa maneira, as estratégias de marketing que induzem às vendas para o consumidor, como cupons de desconto, exposições especiais, destaque de preço/promoção, preços abaixo dos custos, brindes, prêmios, vendas vinculadas e apresentações especiais não estão permitidas.
Não é permitido fazer promoção comercial, segundo a Lei nº 11.265, de 3 de Janeiro de 2006, para os produtos a seguir:
· Fórmulas infantis para lactentes
· Fórmulas infantis de segmento para lactentes
· Fórmulas de nutrientes apresentadas e/ou indicadas para recém nascidos de alto risco
· Produtos relacionados: protetores de mamilos, bicos, mamadeiras e chupetas
Código de ética e de conduta do nutricionista: Frente a todas as mudanças ocorridas na sociedade decorrentes da pandemia gerada pelo coronavírus, o código de ética e de conduta do nutricionista sofreu algumas alterações; a Resolução CFN Nº 599, de 25 de fevereiro de 2018 foi alterada pela Resolução CFN nº 646/2020 até dia 31 de agosto de 2020; nº 660/2020 até dia 28 de fevereiro de 2021; e nº 684/2021 até a declaração do encerramento da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Entre as alterações, reforça-se o artigo 36, que foi suspenso, em caráter excepcional, até a declaração do final da pandemia pela OMS pelo art. 1º da Resolução CFN nº 684/2021: “É dever do nutricionista realizar em consulta presencial a avaliação e o diagnóstico nutricional de indivíduos sob sua responsabilidade profissional”, que foi substituído por:
· Orientação nutricional e acompanhamento podem ser realizados de forma não presencial.
Essa conduta facilita a manutenção da prática profissional do nutricionista e estende possibilidades não somente de divulgação do trabalho de atendimento nutricional pelas mídias sociais, mas a execução do teleatendimento e de modelos de acompanhamento dos pacientes de forma remota. A Resolução CFM nº 2.227/2018 delimita e regulariza a telemedicina como modelo de prestação de serviços médicos intermediados por tecnologias, que incluem teleinterconsulta, telecirurgia, telediagnóstico, teletriagem, telemonitoramento e teleorientação dos pacientes. Pelo fato de a classe médica ter todo o respaldo para o trabalho remoto, pode-se futuramente abrir um precedente positivo para a manutenção da orientação nutricional e o acompanhamento realizados de forma remota, pelo teleatendimento.
Em relação à divulgação das atividades profissionais do nutricionista, citado acima, o Capítulo IV do Código de Ética (Meios de Comunicação e Informação) traz detalhes sobre como deve ser (por qualquer tipo de meio de comunicação) o uso de estratégias para informar e comunicar o público e para divulgar as atuações do nutricionista. Alguns artigos importantes:
Art. 53: É direito do nutricionista usar os meios de informação e comunicação e informação, assumindo toda responsabilidade pelas informações divulgadas.
Art. 55: É dever do nutricionista, durante o compartilhamento das informações a respeito de alimentação e nutrição nos diferentes meios de comunicação, ter como foco a educação nutricional e alimentar e a promoção da saúde, com o devido contexto e com o respaldo técnico e científico.
Art. 56: É vedado ao nutricionista, durante a promoção de informações ao público, usar meios que possam resultar em algum tipo de concorrência desleal ou ainda danos à população, como promoção das suas ações profissionais com mensagens enganadoras ou sensacionalistas e declarar exclusividades ou garantias de resultados de serviços, produtos ou métodos terapêuticos.
Art. 57: É vedado ao nutricionista, como forma de propaganda ou publicidade, utilizar o montante dos seus honorários ou fazer uso de sorteios e promoções de serviços ou procedimentos para seu local de trabalho ou para si.
Art. 58: É vedada ao nutricionista a divulgação da imagem corporal própria ou de terceiros, mesmo com a autorização cedida por escrito, atrelando resultados a técnicas, produtos, protocolos, equipamentos, já que podem não apresentar o mesmo resultado para todos e ainda trazer riscos à saúde.
Adicionalmente, o nutricionista, em curso da sua atividade profissional, não pode, em nenhuma situação, realizar a exploração dos chamados “antes e depois” dos pacientes, reforçando que determinados tratamentos orientados trazem resultados extremamente diferenciados, por qualquer tipo de dieta, equipamento ou produto prescrito.
Verificando o Aprendizado
De acordo com o código de ética e de conduta do nutricionista, existe uma série de ações que estão vedadas aos nutricionistas, quando falamos de associação a marcas, produtos, serviços, indústrias ou empresas. Assinale a alternativa correta:
R: Caso o nutricionista seja contratado pela indústria ou empresa para desempenhar a função de divulgação de serviços/produtos (representante ou consultor comercial), ela precisa ser voltada apenas a profissionais prescritores ou que comercializem os produtos, sendo proibida aos demais públicos, incluindo o público leigo. 
· É direito do nutricionista fazer uso das embalagens de alimentos para fins de atividades de orientação, desde que haja a utilização de mais de uma marca. No entanto, é vedado ao nutricionista declarar preferências, indicar, prescrever ou associar sua imagem intencionalmente para divulgar marcas, com exceção do nutricionista contratado pela indústria ou empresa para desempenhar o cargo de representante ou consultor comercial, voltada somente para profissionais que prescrevam ou que comercializem os produtos. Na elaboração de uma prescrição, o nutricionista precisa apresentar mais de uma opção ao cliente/paciente, quando disponível, porém, está vedado o condicionamento da atividade profissional à venda casada de produtos.
O marketing alimentar e nutricional é uma estratégia amplamente trabalhada junto aos produtos alimentícios. Assinale a alternativa correta:
R: O marketing de alimentos origina a constituição de uma relação de confiança entre marca/ produto e seu público alvo, que passa a ter uma real ideia de que a companhia é clara e está atenta com a qualidade de vida de seus clientes.
· O marketing de alimentos trata de uma série de atividades que tem como meta a entrega ao consumidor de informações nutricionais sobre os alimentos a serem adquiridos, permitindo a esses consumidores a realização de escolhas conscientes. Para isso, a estratégia de marketing precisa se basear na propaganda e na sua relação com os rótulos dosalimentos. A RDC 24/2010 explica e conduz a propaganda, oferta, publicidade, informação, caso o intuito seja a divulgação/promoção comercial de alimentos considerados com altos teores de açúcar, sódio, gordura saturada, gordura trans e de bebidas com baixo conteúdo nutricional, o que reflete na rotulagem e em alertas que devem ser realizados à população consumidora. Já a RDC nº 429/2020 e a Instrução Normativa 75 (novos regulamentos na rotulagem nutricional) reforçam o uso de ícones simples e claros para reforçar situações de alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado e sódio. Por fim, a norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL) proíbe a promoção comercial não somente de fórmulas infantis para lactentes, mas também de fórmulas infantis de seguimento para lactentes e fórmulas de nutrientes apresentadas e/ou indicadas para recém-nascidos de alto risco.

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