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Parasitologia Clínica
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS)
Campus Universitário do Araguaia (CUA)
Profa Dra Danny Laura Gomes Fagundes Triches
Marcos, 52 anos, sexo masculino, mudou para Patos de Minas há 4
meses, onde foi internado no Hospital Regional Antônio Dias, com os
sintomas diarreia, febre e dor abdominal intensa. Nos dois meses
anteriores a hospitalização, ele foi observado em duas consultas no
Posto de Saúde, com os mesmos sintomas, porém com episódios
esporádicos.
O paciente relatou ao médico que não tinha diarreia há muito tempo,
mas notara ocasionalmente um aspecto de muco nas fezes. Houve perda
de peso, mas não sabia quantificar. Nos últimos três anos, ele residia em
uma área periférica de Belo Horizonte e era funcionário de limpeza de
um asilo. Tinha o hábito de consumir bebidas alcóolicas e era tabagista.
Na data da admissão, no hospital em Patos de Minas, apresentava
desnutrido e febre. Ao exame físico, palpava-se hepatomegalia.
Os exames laboratoriais apresentaram positiva para as amostras de
coproculturas. O exame radiológico de tórax mostrava-se aparentemente
normal. Iniciou-se terapêutica medicamentosa com Cloranfenicol, sem
obter melhoria clínica na primeira semana de tratamento.
Durante a segunda semana, continuando o mesmo tratamento, a dor
epigástrica e no hipocôndrio direito acentuou-se e agravava-se pela
tosse. Teve vários episódios de diarreia com sangue, durante dois dias e
febre.
Ao exame retossigmoidoscopia foi colhido material, sendo identificadas
formas císticas. Iniciou-se pela quarta semana de internação, o tratamento
com Metronidazol, na dose 750mg, três vezes ao dia, durante 10 dias.
Durante a terapêutica com Metronidazol, a melhoria clínica foi nítida. As
dores diminuíram nos primeiros dias de tratamento e o trânsito intestinal
normalizou-se, a febre desapareceu. Uma ultrassonografia mostrou o
desaparecimento progressivo da lesão e normalização das dimensões
hepáticas.
•Qual a doença parasitária?
•Agente etiológico:
•Classificação: 
Amebas
Parasito
Vida livre
Comensais
Vida livre 
eventualmente 
parasito
Protozoários com inúmeros habitats:
Entamoeba histolytica
Acanthamoeba, Naegleria
Entamoeba coli, E. dispar, E. 
hartmanni, E. gengivalis, 
Endolimax nana, Iodamoeba
bütschlii
Vários gêneros e espécies
Espécies parasitas homem
E. histolytica
E. coli 
E. dispar
E. hartmanni
E. gengivalis
Intestino 
- Cavidade bucal
patogênica
Amebas
•Transmissão:
•Morfologia:
•Ciclo biológico:
Ingestão de cistos
Direta: pessoa-pessoa
Indireta: água ou alimentos contaminados
Sexual: relatada em órgãos sexuais
Cistos veiculados por moscas e patas de baratas
Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio 
externo
Entamoeba histolytica
• Morfologia:
• Amebas diferenciam: tamanho do trofozoíto e do cisto, pela estrutura e número
dos núcleos dos cistos, pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas.
Entamoeba histolytica
• Morfologia Entamoeba histolytica:
1) Cisto
2) Metacisto
3) Trofozoito
4) Pré-cisto
1-4 núcleos
esféricos/ovais
forma de resistência
eliminado nas fezes
cisto
E. histolytica
8-20 µm
Cisto
E. histolytica
Cisto: forma de resistência eliminada com as fezes
Membrana plasmática + parede cística (quitina) 
1-4 núcleos (N) 
Vacúolos de glicogênio (V)
Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos
N
N
V
CC
Cisto jovem cisto maduro
trofozoíto
1 núcleo, pleomórfico
citoplasma: ecto e endoplasma
ingestão pinocitose/fagocitose:
bactérias/hemáceas (forma invasiva) 
multiplicação: divisão binária simples
E. histolytica
20-40 µm
Entamoeba histolytica
• Morfologia Entamoeba histolytica:
Trofozoíto
Trofozoíto: forma ativa, que se alimenta (via pinocitose, fagocitose 
e membrana) e se reproduz rapidamente
E. histolytica
Metabolismo
- aeróbico facultativo 
- principal fonte energética – glicose (estoque – vacúolos de 
glicogênio)
núcleo
Entamoeba histolytica
Metacisto: multinucleada que emerge do cisto no I delgado, onde sofre
divisões, dando origem aos trofozoitos.
Pré-cisto: Fase intermediária entre trofozoito e o cisto. Oval ou
arredondado, menor que o trofozoito.
Entamoeba histolytica
• Ciclo Biológico:
- Monoxeno e direto
- Habitat: Intestino Grosso
- Cisto- Metacisto- Trofozoito- Pré-cisto- Cisto.
• Ciclo Patogênico
Trofozoito invasivo ou 
virulento
Trofozoitos Metacísticos
Trofozoitos
Cistos
Metacisto
Cisto
•Sintomatologia:
•Patogenia:
• Imunidade:
Amebíase- Formas clínicas
- Forma assintomática 
- Forma intestinal (não invasiva)
- dores abdominais (cólicas)
- diarreias (pode ficar crônica)
- Forma intestinal invasiva
- colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas)
- úlceras intestinais, abscessos
- Forma extra-intestinal
- fígado - pulmão - cérebro - pele
E. histolytica
Forma intestinal
E. histolytica
Forma intestinal invasiva
amebíase intestinal
- diarreias
- colites
- úlceras
- perfurações 
- peritonite
-apendicite 
-Forma aguda fulminante
• Patogenia e Virulência:
- Invasão amebiana: ruptura do equilíbrio parasito-hospedeiro;
- Hospedeiro: localização, raça, sexo, idade, resposta imunológica,
estado nutricional, dieta, alcoolismo, clima e hábitos sexuais.
- Ambiente: microbiota bacteriana – Escherichia coli, Salmonella,
Shiguela, Entebacter e Clostridium (potencializar a virulência);
- Reinfecção – virulência.
• Patogenia e Virulência:
- Parasito: invasão dos trofozoitos na mucosa intestinal- efeito direto
sobre as células (adesão entre a ameba e a célula- lectinas);
- Movimentos ameboides e liberação de enzimas proteolíticas;
- Invasão tecidos: penetração o tecido sob a forma de microulcerações;
• Patogenia e Virulência:
- Resposta inflamatória com formação de massa granulomatosa-
AMEBOMA;
- Penetram vasos sanguíneos (circulação porta);
- Anticorpos na amebíase invasiva;
- Difícil identificação do mecanismo: variedade de componentes
antigênicos.
Fígado
Trofozoíto
intestino
Amebíase
Forma extra-intestinal
Invasão
Desenvolvimento de quadros 
hepáticos, com abscessos 
no fígado que podem levar à 
morte do hospedeiro
Adesão
Ulceração
perfuração
Abscesso
fígado
Amebíase
Forma extra-intestinal
cérebro
pulmão
fígado
Forma invasiva
Amebíase
Mecanismos de defesa do hospedeiro
1. Camada mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão as
células epiteliais e facilita a eliminação do parasito;
2. Glicosidases produzidas pelas bactérias da microbiota
intestinal e proteases do lumen degradam a lectina da E.
hystolyica;
3. Resposta Imunológica.
Trends in Parasitology 2007, 23 (3)
•Diagnóstico:
•Tratamento:
•Profilaxia:
Diagnóstico
Clínico – diarreia/síndrome do cólon irritável
Parasitológico de fezes
Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas)
trofozoítas em fezes líquidas
Cultura de fezes
Diagnóstico imunológico
-ELISA para detecção de antígeno nas fezes
-ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva 
Diagnóstico Molecular
- PCR (distingue espécies)
Diagnóstico
Problemas: 
- Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas 
E. histolytica x E. coli
E. histolytica x E. dispar
Morfologia - trofozoítas
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
Morfologia (cistos)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
Variabilidade da patogenia X origem geográfica
Dilema durante + de 50 anos: 
Uma só espécie?
Conversão não patogênica em patogênica? 
Associação com bactérias 
Duas espécies morfologicamente indistinguíveis?
Marcadores genotípicos confirmaram
que existem 2 espécies
E. histolytica X E. dispar
Diagnóstico diferencial
E. histolytica: espécie patogênica (nem sempre) 
potencial invasivo 
virulência dependente 
- cepa 
- resposta do hospedeiro 
- menos frequente
E. dispar: espécie não patogênica - raramentecausa 
erosão de mucosa
10X mais frequente
portadores assintomáticos
E. histolytica X E. dispar
Tratamento
1. Amebíase intestinal – Dicloracetamidas
Ação somente sobre trofozoítas
2. Amebíase teciduais – nitroimidazóis, deidrometina e emetina
+ usado metronidazol
E. histolytica
Profilaxia e Controle
Vacinas (experimentais): 
alvos – trofozoítas (via oral)
- cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)
E. histolytica
Portadores assintomáticos!
1. Saneamento básico 
2. Educação sanitária: 
3. Tratamento de água
4. Controle de alimentos (lavar frutas e verduras).
5. Tratamento das fontes de infecção
6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos).

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