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Parasitologia Valentina Radavelli Roman - LVII AMebiose Agente etiológico Entamoeba histolytica/ Entamoeba dispar · Similar a giárdia – características procarióticas e eucarióticas - Rizópode - não há mitocôndrias, c. golgi, retículo - Anaeróbias ou microaerófilas - há mitossoma e hidrossoma · Entamoebas vivem no intestino grosso e as espécies são - Entamoeba Coli: comensal - Entamoeba Histolytica: patogênica - Entamoeba Dispar: não patogênica e assintomática - Entamoeba moshkovskii: vida livre/patogêniaca - Entamoeba hartmani e Entamoeba polecki: comensal CLASSIFICAÇÃO – número de núcleos do cisto maduro · Contendo 8 núcleos - E. Coli · Contendo 4 núcleos – E. histolystica E. díspar E. hartmani, E. bangladeshi. E. moshkoviskii · Contendo 1 núcleo – E. polecki · Sem cistos ou não conhecidos – E. gengivalis (boca) *há outros gêneros de amebas que afetam humanas que não são entamoebas Entamoeba histolytica/ E. DISPAR *PcR é o único que as diferencia MORFOLOGIA · Trofozoíto – 15 a 40 um Forma invasiva 60um 1 núcleo com cariossomo central Cromatina justaposta e membrana nuclear delgada Pleomórfico Uso de pseudópode para ALIMENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO Citoplasma dividido em ECTOPLASMA e ENDOPLASMA Fagocita eritrócitos quando em sua forma invasiva = eritrócitos no citoplasma Se não invasivo, apresenta bactérias, grãos de amidos e detritos Reprodução assexuada = fissão binária · Pré-cistos – fase intermediaria entre trofozoíto e cisto Apenas 1 núcleo oval ou arredondado · Cistos – esféricos ou ovais com 8 a 20um Parede cística rígida Corpos cromatoides: bastonetes, de 1 a 4 Reservas ou vacúolos de glicogênio Núcleo de 1 a 4 com membrana + escura Sofre ESQUIZOGONIA *COM corpo cromatóide = cisto imaturo – não causa doença SEM corpo cromatóide = cisto maduro - patogênico · Metacistos – liberados pelo cisto maduro no segmento final do intestino delgado Diferenciam-se e originam 8 trofozoítos Colonizam intestino grosso CICLO BIOLÓGICO · Monoxeno · Nas fezes são liberados tanto cistos como trofozoítos · INÍCIO com a ingestão de cistos maduros Há desencistamento no intestino delgado com liberação de METACISTOS Metacistos diferenciam através da esquizogonia em trofozoítos Trofozoitos multiplicam por divisão binária e colonizam int grosso · No intestino grosso, podem permanecer no lúmen Podem invadir a mucosa intestinal Podem invadir locais extra intestinais – fígado, rim, pulmões e cérebro · Transformam-se em pré cistos até secretar membrana cística e sair nas fezes como cisto TRASMISSÃO · Alimentos e água contaminados com cistos maduros · Falta de higiene – mãos contaminadas · Manipulação de alimentos por pacientes assintomáticos = portadores · Contato sexual anal-oral · Saneamento básico, aglomeração · Transmissão zoonótica SINTOMAS · Assintomáticos – trofozoítos sem interagir com o epitélio É detectada pelos cistos nas fezes Pode evoluir para doença sintomática · Amebiose Intestinal - Disenteria amebiana ou diarreia mucosanguinolenta 2-5 evacuações/dia com sangue e muco Cólica e desconforto Tenesmo retal Pode haver períodos sintomáticos seguido de períodos sintomáticos - Colites amebianas Modo agudo 8 ou mais evacuações/dia com muco e sangue Cólica intensa, tenesmo, náuseas, vômitos, febre Pode levar a sepse e em crianças, a hospitalização Complicações perfuração, peritonites, hemorragia, invaginação, colites pós-disentéricas e estenoses · Amebiose extra intestinal Diversos relatos na região amazônica Pode ocorrer em fígado, pulmão, trato geniturinário e cérebro Mais comum é no fígado pode ocorrer abcesso ou necrose amebiana Gera dor no quad superior D, febre intermitente, perda de peso e hepatomegalia PATOGENIA · Adesão seguida de erosão do epitélio intestinal - Adesão mediada por lectina Gal/GalNac que adere a mucina – proteína do muco evita expulsão por peristaltismo - Glicosidases e proteases secretadas (especialmente cisteíno protease) lesão e invasão de tecidos -Destruição de eritrócitos - Há então alteração na absorção e transporte de íons -Reação inflamatória DIAGNÓSTICO · Pode ser clínico, mas sintomas são gerais e pode levar a erros · Retossigmoidoscopia – exame imediato · Abcesso hepático – exames de imagem somente 20% dos pacientes com abscesso hepático amebiano têm retocolites com amebas nas fezes. Associação das doenças não é garantia · Laboratorial – coproparasitológico Analisar aspecto das fezes Fezes formadas – encontro de cistos · Imunológico – levantamento epidemiológico · Molecular – PCR distinção entre histolystica, díspar e moshkovski TRATAMENTO · Metronidazol · Nitazozanida · Tinidazol · Paramocina – gestantes · Furoato de dilozamina e diiodo-hidroxiquinoleína PROFILAXIA · Exames periódicos para pessoas que manipulam alimentos mesmo que assintomáticos · Higiene · Controle de moscas, formigas e baratas · Saneamento básico · Lavagem de alimentos *Há uma vacina sendo estudada contra a E. histolytica image4.png image5.jpeg image1.png image2.png image3.png