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Didática
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Kethlen Leite de Moura
Revisão Textual:
Jaquelina Kutsunugi
Os Quatro Pilares da Educação e a Prática Docente
• Os Quatro Pilares da Educação e a Prática Docente.
• Proporcionar refl exões sobre as necessidades pedagógicas essenciais na atuação 
dos professores.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Os Quatro Pilares da Educação 
e a Prática Docente
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
Os Quatro Pilares da Educação 
e a Prática Docente
Nas últimas décadas, houve inúmeras mudanças no mundo do trabalho, fator 
que atingiu, também, a escola e a educação. Nesse processo, temos uma nova con-
cepção de educação, que passa a exigir uma formação de professores para atuar 
na realidade em que os estudantes estão inseridos.
Figura 1 – O professor do novo milênio
Fonte: Wavebreak Media Ltd/123RF
A concepção dos saberes docentes passam a ter um novo viés, que visa ampliar as 
competências dos docentes, constituindo um novo tipo de profissional, ou seja, “[...] 
aquele que é capaz de criar situações de aprendizagem nas quais o jovem desenvolva 
a capacidade de trabalhar intelectualmente, a partir do que se capacita para enfrentar 
as situações da prática social e do trabalho” (KUENZER, 2008, p. 28).
A partir do momento que passamos a considerar as particularidades e as espe-
cificidades apresentadas em nossa sociedade que, hoje, modifica as relações de 
trabalho, confere-se, à formação docente, algumas dimensões, como cita Kuenzer 
(2008, p. 31-33),
[...] deve conhecer o mundo do trabalho sem ingenuidade, a partir da 
apreensão do caráter de totalidade das relações sociais produtivas [...]; [...] 
exigir que se tenha clareza a respeito de qual educação se está falando, 
uma vez que ela atende a diversos níveis, da básica à científica-tecnológica 
de alto nível [...] e a existência de conhecimento, elaborados através de 
pesquisas realizadas nas últimas décadas que permitem configurar uma 
pedagogia adequada, a ser considerada na elaboração dos programas de 
formação de professores [...].
8
9
Quando nos referimos aos saberes docentes, ressaltamos a necessidade de 
estudar o trabalho docente a partir de uma dimensão ontológica, em que este 
passa a constituir o ser social, por isso, é preciso estudar as bases materiais que 
cimentam tal saber.
Ao levarmos em consideração a reflexão de Kuenzer, indagamos a complexi-
dade que envolve os saberes necessários docentes, pois essas ações envolvem o 
mundo do trabalho e o mundo da escola, além dos saberes dos professores.
Quais os saberes necessários que os professores necessitarão ter para que haja um desem-
penho profi ssional para enfrentar os novos desafi os?Ex
pl
or
A partir disso, podemos, também, aproximar-nos das propostas de Tardif 
(2004), as quais dizem que o saber docente está atrelado às condicionalidades do 
contexto do trabalho do professor, ou seja, “[...] saber é sempre o saber de alguém 
que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um objetivo qualquer” (TARDIF, 
2004, p. 11). Por isso, os saberes necessários docentes para que se exerça a pro-
fissão de professor podem ser classificados em quatro categorias, como: saberes 
da formação profissional; saberes curriculares; saberes experienciais e os 
saberes disciplinares.
Importante!
Para a atuação profi ssional como professor, o processo formativo é considerado essencial 
não só na formação inicial, mas também ao longo da profi ssão, na perspectiva da forma-
ção continuada, uma vez que a docência exige constante aperfeiçoamento de práticas, 
conhecimentos e saberes (FREIRE; SKEIKA, 2015, p. 17065).
Importante!
Nesse sentido, a formação docente deve sempre ser o problema central dos 
saberes necessários para a prática docente. Logo, o professor precisa envolver seu 
trabalho em elementos advindos de sua experiência e de seu processo formativo. 
Isso torna-o um docente único e seus saberes pedagógicos passam a fazer mais 
sentido para os seus alunos. 
Um dos aspectos relevantes da profissão docente são passíveis de momentos 
de aperfeiçoamento e de aprendizagem ao longo da sua formação, seja ela inicial 
ou continuada, e o conhecimento do professor é um dos fatores mais importantes 
para ensinar qualquer tipo de conteúdo aos seus alunos. 
Os conhecimentos pedagógicos são inseridos em um espectro mais amplo, que 
envolve competências e habilidades dos professores, e este vai desenvolvendo es-
sas ações ao longo de seu trabalho profissional. Logicamente que isso inclui ações 
didático-pedagógicas, conteúdo e relações interpessoais.
9
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
Veja o vídeo sobre prática pedagógica na atualidade: oportunidades e desafios. Disponível 
em: https://bit.ly/2LScHhr. Acesso em: 16 mai. 2019.Ex
pl
or
Para Fernandez (2011), existem diversas formas de compreender o saber do-
cente e do professor exercer sua profissão, por isso há inúmeras discussões sobre 
os conhecimentos que são necessários para exercer a prática docente. Essa prática 
também é conhecida como knowledge base for teaching, que é um conjunto de te-
orias que passa a sustentar a formação inicial dos professores. Esse conhecimento 
é necessário para que os professores consigam ensinar aquilo que denominamos 
de base de conhecimentos para o ensino.
Figura 2 – Conhecimentos docentes
Fonte: Tyler Olson / 123RF
A base de conhecimentos para o ensino deve ser compreendida como “[...] um 
corpo de compreensões, conhecimentos, habilidades e disposições que são neces-
sários para que o professor possa propiciar processos de ensinar e de aprender, 
em diferentes áreas de conhecimento, níveis, contextos e modalidades de ensino” 
(MIZUKAMI, 2004, p. 91). Logo, a base de conhecimentos possui diversas na-
turezas, que são essenciais para os saberes pedagógicos dos professores. Esses 
conhecimentos podem ser delimitados como: conhecimento,respeito aos alunos, 
conteúdos específicos, questões pedagógicas e aprendizagem. 
O conhecimento pedagógico ou pedagogical content knowledge são conheci-
mentos que distinguem os licenciados dos bacharéis. Essa categoria pode ser or-
ganizada a partir de algumas propostas, como 
1) conhecimento pedagógico geral (composto pelo conhecimento dos alunos 
e sua aprendizagem, gestão da sala de aula, currículo e instrução e outros); 
2) conhecimento do tema (que inclui o conhecimento das estruturas sintá-
ticas e substantivas e do próprio conteúdo); 3) conhecimento do contexto 
(conhecimento do estudante em relação à comunidade, à escola e ao 
distrito/região) e; 4) conhecimento pedagógico do conteúdo (guiado pela 
10
11
concepção dos propósitos para ensinar um conteúdo específico e cons-
tituído pelo conhecimento da compreensão dos estudantes, do currículo 
e das estratégias instrucionais); sendo que, esse último é influenciado e 
influente nos demais e é considerado o conhecimento central da base de 
conhecimentos de um professor. (FREIRE; SKEIKA, 2015, p. 17065)
O esquema ilustrativo que apresentamos agora consegue demonstrar, de manei-
ra clara, a citação acima, vejamos.
Conhecimento do Tema
Conteúdo EstruturasSintáticas
Estruturas
Substantivas
Conhecimento Pedagógico Geral
Alunos e
aprendizagem
Gestão da sala
de aula
Currículo e
instrução Outros
Conhecimento Pedagógico do Conteúdo
Concepção dos propósitos para ensinar um
conteúdo especí�co
Conhecimento
da
compreensão
dos estudantes
Conhecimento
do currículo
Conhecimento
de estratégias
instrucionais
Conhecimento do Contexto
Estudante
Comunidade Distrito Escola
Figura 3 – Saberes necessários à prática docente
Fonte: Grossman (1990)
Esta imagem demonstra como os saberes necessários aos docentes relacionam-
-se aos conhecimentos utilizados para ensinar; e o processo de ensino, muitas 
vezes, visa propor ou, até mesmo, ampliar os conhecimentos dos docentes que 
estão em processo de formação inicial ou continuada. Por isso, podemos dizer que 
um excelente profissional da educação é aquele que consegue transitar pelos mais 
diferentes conhecimentos que envolve o ensino e faz uso de diversas metodologias 
para colocar, em prática, seu ensino, bem como o conteúdo que irá ministrar no 
processo de aprendizagem.
Importante!
Você sabia que os principais saberes docentes surgem em discussões do documento da 
Unesco, intitulado Educação: um tesouro a descobrir, relatório para a UNESCO da Comis-
são Internacional sobre Educação para o Século XXI? 
Você Sabia?
Sabemos que o professor precisa ter conhecimentos essenciais que estão para 
além daqueles relacionados à sua área de pesquisa. Esse docente precisa ter co-
nhecimentos relacionados à gestão escolar e atualização profissional. Os autores 
Gauthier et al (1998, p. 22, grifo nosso) retrata que os saberes necessários à práti-
ca docente organizam-se da seguinte forma:
11
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
1) Disciplinar - conhecimento do conteúdo a ser ensinado; 2) Curricu-
lar - transformação da disciplina em programa de ensino; 3) Ciências da 
Educação - saber profissional específico que não está diretamente rela-
cionado com a ação pedagógica; 4) Tradição Pedagógica - saber de dar 
aulas que será adaptado e modificado pelo saber experiencial, podendo 
ser validado pelo saber da ação pedagógica; 5) Experiência - julgamentos 
privados responsáveis pela elaboração, ao longo do tempo, de uma juris-
prudência particular; 6) Ação pedagógica - saber experiencial tornado 
público e testado 
Vejam que os saberes mencionados não se restringem, exclusivamente, às ques-
tões do ensino, pois também estão assentados no processo administrativo e peda-
gógico da instituição. Você pode me perguntar, mas por quê, professora? 
Veja que o(a) professor(a) é parte integrante de todas as ações que são desen-
volvidas na escola. Ele não se porta como mero expectador, já que ele é o agente 
que faz a escola funcionar. Exatamente por isso é que ele precisa estar envolvido 
nessas questões, um envolvimento que está para além da sala de aula e que busca, 
no saber profissional desse docente, os direcionamentos das ações pedagógicas. 
Por isso, podemos dizer que não há docência sem discência!
NÃO HÁ
DOCÊNCIA
SEM DISCÊNCIA
Ensinar exige
re�exão crítica
sobre a prática
Ensinar exige
estética e ética
Ensinar exige
rigorosidade
metódica
Ensinar exige
pesquisa
Ensinar exige
risco, aceitação
do novo e rejeição
a discriminação
Ensinar exige
corpori�cação
das palavras
pelo exemplo
Ensinar exige o
reconhecimento
a assunção da
identidade cultural
Ensinar exige
a critidade
Ensinar exige
respeito aos
saberes dos
educandos
Figura 4 – Flor da docência
Uma das tarefas mais importantes do saber docente é trabalhar com os seus alu-
nos com grande rigorosidade metódica, em que o professor deve aproximá-los dos 
objetos cognoscíveis. Logicamente, essa rigorosidade não quer dizer que o professor 
precisa voltar para a tendência tradicional, mas sim prezar por apresentar os concei-
tos do que será ensinado em sua aula, pois, quando o professor propõe a produção 
de novos conhecimentos, o aluno passa a superar aquele velho conhecimento que ti-
nha, por isso é tão importante apresentar os conceitos de cada assunto a ser tratado. 
Outro fator é que o professor precisa ser um pesquisador e saber ensinar os seus 
alunos a pesquisarem, pois é a partir da pesquisa que se trabalha com a produção 
do conhecimento.
12
13
Dentro dessas questões, o professor precisa discutir e dialogar com seus educan-
dos sobre a realidade concreta em que estamos inseridos. É preciso dar exemplos, 
no contexto da aula, da realidade objetiva que vivemos, pois é por meio de exem-
plos que os alunos, muitas vezes, conseguem assimilar o conteúdo apresentado. 
Essa prática também deve direcionar para a prática de relações entre os saberes 
curriculares necessários à formação do educando e à experiência social que cada 
um tem em sua vida cotidiana.
Em sua prática docente, o professor deve ensinar os alunos a superarem a 
curiosidade ingênua, obviamente, sem deixar de ser curiosidade, mas que essa 
curiosidade leve-os à prática da criticidade, pois é por meio dessas ações que o 
aluno passa a apreender o rigor metodológico do ensino e consegue aproximar-se 
do objeto estudado. 
Uma ação necessária e importante neste caminhar é que a rigorosidade da pes-
quisa e a criticidade não podem estar distantes da ética, que deve sempre caminhar 
ao lado da estética. Materiais bem elaborados, coloridos, com a língua portuguesa 
formal bem utilizada são mecanismos que chamam muito a atenção dos alunos. 
A partir desses princípios, a relação professor-aluno também deve aceitar o 
novo, mas sem negar aquilo que já foi compreendido, pois essa prática é a conti-
nuidade do processo histórico tão importante na formação de cada indivíduo. 
O pensar sobre questões certas dentro de uma perspectiva ética pode transfor-
mar a prática docente, que envolve dinamicidade, dialética e ações entre o fazer 
e o pensar. Isso porque o saber, na prática docente, é quase sempre espontâneo 
e, em muitos casos, produz um saber ingênuo, que acaba faltando a rigorosidade 
metódica da teoria. 
Com isso tudo, temos o resultado de que ensinar não é transferir conhecimento 
(FREIRE, 2000).
ENSINAR
NÃO É TRANSFERIR
CONHECIMENTO
Ensinar exige
curiosidade
Ensinar exige
consciência do
inacabado
Ensinar exige
reconhecimento
de ser condicionado
Ensinar exige
respeito a autonomia
do ser do
educando
Ensinar exige
convicção de que
a mudança é
possível
Ensinar exige
alegria e
esperança
Ensinar exige apreensão
da realidade
Ensinar exige humildade,
tolerância e luta
em defesa disdireitos
dos educadores
Ensinar exige
bom senso
Figura 5 – Resultado dos saberes docentes
Assim, o professor precisa compreender, em seus saberes-docentes, que, para 
ensinar, é necessário apreender que a educação é uma forma de intervir no mundo 
13
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
onde se esta inserido. Todos os professores precisam estar abertos ao diálogo para 
ensinar de maneira prazerosa. 
Tardif (2002) ressalta que os saberes necessários à prática docente relacionam-
-se, também, à problematização do ensino e à formação de professores. Exatamen-
te por isso o autor salienta que o saber pedagógico dos docentes estão organizados 
em seis eixos. Vejam quais são:
• Saber e trabalho;
• Diversidade do Saber;
• Temporalidade do saber;
• Experiência de trabalho enquanto fundamento do saber;
• Saberes humanos a respeito de saberes humanos;
• Saberes e formação profissional (TARDIF, 2002, p. 55).
Esses fios condutores da carreira docente possibilitam que o professor compre-
enda a relação entre seu trabalho, escola e sala de aula; o professor, mediante a 
sua pluralidade de conhecimentos, passa a focalizar os saberes necessários que irão 
alicerçar sua prática profissional.
A melhoria na qualidade da educação tem sido constantemente discutida pela sociedade, 
pelo governo e pelas instituições de ensino? Ex
pl
or
Dentro desse processo de conhecimento, os saberes docentes necessários à 
prática pedagógica trazem a necessidade dos professores manterem-se atualizados, 
mas essa atualização não é apenas de informações, sendo, também, de conheci-
mento científico e uma formação solidificada em conceitos e práticas que confi-
gurem a prática pedagógica dos professores. De acordo com Perrenoud (2000), 
Freire (2011), Tardif (2014) e Gauthier (2006), os saberes docentes são plurais e 
não podem reduzir-se a um mero conhecimento conteudista. 
A árvore dos saberes docentes permite-nos enxergar todo esse processo de uma 
maneira mais lúdica e dinâmica. Vejamos:
Saber atitudinal
Saber crítico-contextual
Saber especí�co
Saber pedagógico
Saber didático-curricular
Saviani
Saberes da/de experiência
Saberes disciplinares
Saberes curriculares
Saberes das ciências da educação
Saberes da tradição pedagógica
Saberes da ação pedagógica
Gauthier et al
Saberes da experiência
Saberes do conhecimento
Saberes pedagógicos
Pimenta
Saberes da formação 
pro�ssional
Saberes das disciplinas
Saberes curriculares
Saberes da/de experiência
Tardif, Lessard
e Lahaye
ÁRVORE DE SABERES DOCENTES
Figura 6 – Árvore de saberes docente
14
15
Discutir sobre os processos que envolvem a prática e a formação de professores 
é essencial para uma educação de qualidade, por isso, a formação é tão necessária 
e importante, pois o docente não é um ser “[...] descartável, nem substituível, pois, 
quando bem formado, ele detém um saber que alia conhecimento e conteúdos à 
didática e às condições de aprendizagem para segmentos diferenciados” (GATTI, 
2009, p. 91). Por isso, as instituições que trabalham com a formação de professo-
res precisam preocupar-se com os rumos da educação, vivenciando a
[...] busca de novos currículos educacionais e de uma formação ao mesmo 
tempo polivalente e diversificada de professores, as propostas de trans-
versalidade de conhecimento em temas polêmicos, mostram que a área 
educacional encontra-se no meio desse movimento em busca de alterna-
tivas formativas. (GATTI, 2009, p. 94)
As ações que são intrínsecas à docência também relacionam-se às competências 
e habilidades necessárias para formar o professor, além desse profissional compre-
ender que os saberes docentes não podem e não devem limitar-se ao conhecimen-
to de conteúdos específicos, como mencionamos anteriormente. 
O professor precisa estar disposto, sempre, a estudar, pois, constantemente, 
lhe será cobrado um conhecimento amplo, que precisa ser desenvolvido coletiva-
mente e de maneira interdisciplinar. O professor precisa estar aberto ao diálogo e 
sua comunicação precisa ser clara e precisa, por isso, ele precisa ler muito, falar 
e escrever bem. O professor precisa saber pesquisar, tomar decisões e resolver 
problemas. De acordo com Gadotti (2011, p. 69), “[...] o enfoque da formação do 
novo professor deve ser na autonomia e na participação, nas formas colaborativas 
de aprendizagem”. Dentre essas variáveis, Imbernón (2009, p. 31-33) aponta
a falta de uma coordenação real e eficaz entre a formação inicial do 
professorado dos diversos níveis educativos [...]; a falta de coordenação, 
acompanhamento e avaliação por parte das instituições [...]; a falta de 
orçamento para atividades de formação [...]; horários inadequados, so-
brecarregamento e intensificando a tarefa docente; [...] a formação em 
contextos individualistas, personalistas.
Por isso, o profissional da educação, no caso, o professor, além de deter com-
petências, deve saber:
• Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 
• Administrar a progressão das aprendizagens; 
• Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;
• Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 
• Trabalhar em equipe; 
• Participar da administração escolar; 
• Informar e envolver os pais; 
• Utilizar novas tecnologias; 
15
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
• Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 
• Administrar sua própria formação continuada (PERRENOUD, 2000, p. 14).
Esse processo de organização e direcionamento das situações de aprendizagem 
deve envolver os alunos, sendo papel do professor criar as situações de aprendiza-
gem a partir do domínio de conteúdos e de teorias pedagógicas.
Importante!
Para conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação, o professor precisa com-
preender e saber gerir a heterogeneidade de aprendizagens e sala de aula, pois, apesar 
de o sistema de ensino homogeneizar as turmas, isso não ocorre na prática e compete, 
ao professor, administrar essas situações. Dessa forma, é importante o professor desen-
volver habilidades e competências capazes de auxiliá-lo na busca de como trabalhar 
com a heterogeneidade, que é comum em qualquer sala de aula, e, consequentemente, 
com o tempo de aprendizagem e dificuldades de cada educando (FREITAS; PACÍFICO, 
2015, p. 5). 
Importante!
Outro fator importante, que faz parte dos saberes pedagógicos necessários à 
prática docente, é o uso de novas tecnologias. O professor deve saber como utili-
zar as novas tecnologias em benefício da educação, já que é impossível negar que 
nossos alunos estão em constante conexão com essas tecnologias, e não utilizá-las 
é transformar o processo educacional em algo obsoleto.
Dentro desse processo, temos os quatro pilares da educação! 
Os quatro pilares da educação surgiram como uma forma de atender aos pre-
ceitos da globalização. O propósito é desenvolver uma educação que abarcasse, 
no currículo, questões importantes dentro do ambiente escolar, mas sem deixar de 
lado a qualidade educacional, preparando as futuras gerações para o mundo do 
trabalho. Esses fundamentos foram organizados e pensados pela Organização das 
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Os quatro pila-
res propõe direcionar alguns fundamentos para a educação de países considerados 
em desenvolvimento, como o Brasil.
Cada pilar estaria diretamente ligado ao processo de desenvolvimento pessoal e 
profissional dos estudantes, além do desenvolvimento humano.
No entanto, esses pilares não são ações apenas para modificar a formação de 
alunos da educação básica, mas também de futuros profissionais da educação.
Os pilares da educação são quesitos fundamentais para organizar a prática pedagógi-
ca e os saberes docentes necessários à educação, desde a básica até o ensino superior.Assim, a prática pedagógica dos profissionais da educação deve estar prevista 
não somente no currículo dos cursos, mas também na maneira de conduzir as 
ações e atividades docentes, por isso, na formação de professores, é essencial levar 
em consideração os quatro pilares da educação, e não somente um ou dois.
16
17
APRENDER
SER
CONVIVER
CONHECER
VALORIZAR
PRESERVAR RECOMEÇAR
TRANSFORMAR
Figura 7 – As competências necessárias para o docente na prática do trabalho
A imagem apresentada acima demonstra as competências que o docente preci-
sa desenvolver em sua prática. Os itens citados são fundamentais para os saberes 
docentes e contribuem à formação dos profissionais da educação.
O primeiro deles, aprender é conhecer, é o momento do docente compreender 
o ato da docência, enquanto parte fundamental de sua carreira. Esse mesmo do-
cente precisa verificar que ele é um pesquisador, um construtor do conhecimento. 
As informações que lhes são passadas são extremamente importantes, mas ele 
precisa buscar, no conhecimento sistematicamente organizado pelo homem, os 
fundamentos de suas aulas. Outro fator importante é que esse mesmo docente 
precisa livrar-se da ignorância e aprimorar sua criticidade e reflexão.
No aprender a viver juntos, o docente deve incentivar a convivência entre os de-
mais sujeitos da escola e da sala de aula. A convivência com outros seres humanos é 
essencial à vida humana, tendo em vista que o homem só se faz homem por meio das 
relações sociais. Por isso, é essencial aprender a compreender o próximo e a necessi-
dade de seus alunos. Esse mesmo professor precisa estar pronto para saber gerenciar 
crises e incentivar projetos comuns na escola. A sua prática autoritária precisa ser 
deixada de lado para que haja progresso em suas relações com os seus educandos.
Esse momento é importante para descobrir o outro, compreender suas diversida-
des e contribuir, de maneira significativa, para a elevação educacional de cada um.
Quando se trata de aprender a ser, esse mesmo docente precisa desenvolver 
o pensamento crítico, incentivando seus alunos a desenvolverem a autonomia e 
a criatividade. A partir dessas questões, é possível contribuir com a formação de 
sujeitos éticos e cidadãos para atuar em sociedade. O professor não pode negligen-
ciar o potencial de seus alunos; ele precisa contribuir para o seu total desenvolvi-
mento, apresentando-lhe ferramentas que contribuam com a sua intelectualidade e 
autonomia, tendo em vista que é a diversidade cultural que permite a inovação de 
todas as áreas em nossa sociedade.
A proposta dos quatro pilares da educação é propor uma harmonia entre conhe-
cimento técnico e prático na formação dos professores, que é obtida no percurso 
17
UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
estudantil, desde a educação básica até o ensino superior, e tem, por perspectiva, 
enfatizar uma vida social que impulsione relações harmônicas em uma sociedade 
totalmente fraterna e de paz.
A partir desse princípio, os pilares balizadores dos saberes docentes são questões 
a serem disseminadas ao longo da vida do homem, tendo em vista que o homem 
aprende das mais diversas formas, seja na igreja, na família, pelos meios de comuni-
cação, nos bancos, nas escolas e ao longo de sua existência. Nesse sentido, os sabe-
res docentes perfazem-se por meio das relações profissionais e sociais. Nas práticas 
a serem desenvolvidas ao longo do percurso estudantil, o docente vai incorporando 
comportamentos e ações que passam a ter sintonia com o seu ambiente de trabalho.
Outro fator que influencia nos saberes docentes é que o profissional precisa 
amealhar, em sua trajetória pessoal e profissional, “[...] os mais variados saberes: 
técnicos, de relacionamento e de vida propriamente dita” (TANURI, 2000, p. 2). 
Quando o docente busca seu sucesso profissional, não é suficiente que ele apenas 
saiba de sua área, ele precisa, também, agregar valor ao seu conhecimento e so-
mente conseguirá isso a partir do momento que incorporar os pilares da educação 
em sua prática e ação profissional.
Ao ingressar no mundo do trabalho, o docente não pode negligenciar suas di-
mensões do saber. Isso quer dizer que, muitas vezes, os docentes acabam privile-
giando muito mais um conhecimento em detrimento de outro.
É importante ressaltar o que menciona a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional – Lei n.º 9394/1996, em seu Capítulo VI, em que há a definição da fina-
lidade dos cursos de formação de professores. Para Zabalza (2004), as instituições 
de formação de professores precisam constituir uma dimensão organizacional para 
estruturar e dimensionar as relações formais existentes na formação de professo-
res. Isso porque, em um determinado momento da história, diversas instituições de 
ensino superior cederam maior espaço para a formação tecnológica, e esquece-
ram-se de abarcar as relações profissionais e sociais, que são fundamentais para a 
inserção do profissional no mercado de trabalho.
Segundo o Relatório Delors (1996) , a simples formação técnica e científica não 
é mais suficiente para atender às necessidades do mercado de trabalho e, muito 
menos, da sociedade em que o sujeito está inserido. Por isso, é importante que a 
educação e os professores incorporem metodologias que estejam assentadas nos 
quatro pilares da educação (UNESCO, 1996).
Quando há a utilização dos pilares da educação, estes contribuem para o desenvol-
vimento e exercício dos saberes docentes no campo de atuação. Para Candau (2014),
certamente ser professor hoje supõe assumir um processo de desnaturali-
zação da profissão docente, do “ofício de professor” e ressignificar sabe-
res, práticas, atitudes e compromissos cotidianos orientados à promoção 
de uma educação de qualidade social para todos. A crise da escola, na 
nossa perspectiva, é radical. Não se trata simplesmente de introduzir mo-
dificações cosméticas na sua dinâmica cotidiana. É a própria concepção 
da educação escolar que está em questão para que possa responder aos 
desafios da contemporaneidade. (CANDAU, 2014, p. 41)
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De acordo com a autora, é necessário redimensionar o saber docente, no século 
XXI, tendo em vista que o magistério tem necessitado de ressignificações nos sabe-
res docentes e na prática pedagógica. Para Candau (2014), é necessário desnatu-
ralizar as práticas pedagógicas, ou seja, romper com o caráter monocultural que a 
escola tem, por isso, é importante conceber uma formação docente assentada nos 
pilares da educação e nas ações interculturais, fator que também se faz presente 
no processo de ensino e aprendizagem. Assim, é necessário modificar o olhar do 
professor para os seus saberes e práticas pedagógicas.
O docente é aquele que trabalha com diversas realidades, sociais, culturais e eco-
nômicas, e, justamente por isso, precisa ressignificar seu saber docente para tornar 
suas práticas mais ricas, promovendo as relações sociais, profissionais e culturais 
no âmbito da escola.
Nesse sentido, algumas reflexões são pertinentes, já que os saberes docentes 
passam a ser construções sob os auspícios dos pilares da educação. Mudanças são 
necessárias, tais como:
• Saberes da formação profissional: são transmitidos pelas instituições de 
ensino no processo de formação de professores;
• Saberes disciplinares: pertencem às diversas áreas do conhecimento;
• Saberes curriculares: estão articulados aos discursos, objetivos, conteúdos e 
métodos presentes no currículo e na matriz curricular dos cursos;
• Saberes experienciais: passam a ser desenvolvidos pelos docentes, a partir 
do momento que desempenham ações práticas em sua formação.
Os autores Tardif e Raymond (2000) apresentam uma organização desses sabe-
res e como integra-los ao trabalho docente. Vejamos essa estrutura:
Quadro 1 – Organização e integração do trabalhodocente
SABERES DOS PROFESSORES FONTES DE AQUISIÇÃO
MODOS DE INTEGRAÇÃO 
NO TRABALHO DOCENTE
Saberes pessoais do professor Família, ambiente de vida, educação História de vida
Saberes da formação
escolar primária
A escola primária e secundária, os estudos 
pós secundáriosnão especializadas.
Pela formação e pela socializa-
ção profissional.
Saberes que provem da 
formação profissional
Estabelecer relações entre estágios, cursos 
de extensão, projetos de ensino e pesquisa.
Uma formação assentada nos 
princípios de socialização.
Saberes que provem de
livros didáticos
Utiliza-se ferramentas como: livros didáti-
cos, cadernos de exercícios, fichas, seminá-
rios, notas de leitura, entre outros
Utiliza-se essas ferramentas 
para se adaptar as tarefas.
Saberes que provém da sua pró-
pria experiência profissional e de 
sala de aula
Ao praticar o ofício de lecionar, e a partir 
do compartilhamento de experiência en-
tre os pares.
Prática de trabalho e socializa-
ção profissional.
Fonte: Tardif e Raymond (2000)
Essas orientações servem para embasar o trabalho docente e organizar a forma 
como o professor utiliza desses saberes em suas práticas pedagógicas, além de re-
pensar suas ações mediante o processo de ensino e aprendizagem.
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UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
Os saberes docentes assentados nos pilares da educação devem organizar-se a 
partir de jogos, brincadeiras e trabalho em equipe, sendo assim, é preciso ressaltar 
a lógica lúdica e desenvolver os processos pedagógicos mais atrativos.
Entendemos que os pilares para a educação, para o século XXI, são ideias-guias, 
ou seja, pontos que visam nortear a educação deste novo século, mas não como 
uma forma de uniformizar a educação, e sim de somar princípios culturais, os quais 
possibilitam um processo de ensino e aprendizagem em todas as partes do mundo.
Isso é importante porque os quatro pilares da educação visa compreender o 
aluno em sua globalidade, tanto como sujeito em formação quanto a importância 
do contexto social onde está inserido, e exerce influência sobre ele. Como o ensino 
é uma ação que permeia todos os espaços, faz-se necessário estimular os sujeitos 
ou os alunos à aprendizagem. A educação visa estimular uma formação que esteja 
de acordo com essa nova era, pois “[...] a criança em formação vive cada vez mais 
numa escola e numa sociedade plural complexa e sofisticada, desigual e violenta o 
que requer uma educação de qualidade, também para a paz” (SILVA, 2017, p. 253).
Por isso, o papel de educar está para além da escola e da sala de aula, envolven-
do-se na vida de cada indivíduo.
Tanto a escola quanto o professor precisam estar envolvidos em um processo 
de formação humana integral, não com o sentido de formar sujeitos competitivos, 
mas indivíduos que possam vivem em completa harmonia com seus semelhantes, 
respeitando as diversidades culturais.
Esse domínio da aprendizagem atua no campo das atitudes e dos valores e 
envolve uma consciência e ações contra o preconceito e as rivalidades diárias 
que se apresentam no desa�o de viver.
Esta aprendizagem depende das outras três, e dessa forma a educação deve 
propor como uma de suas �nalidades essenciais o desenvolvimento do indiví-
duo, espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal 
e espiritualidade.
Essa aprendizagem se refere à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”, desenvolvendo nos alunos o raciocínio lógico, a 
capacidade de compreensão, o pensamento dedutivo e intuitivo e a memória. O importante é não apenas despertar nos estu-
dantes esses instrumentos, como motivá-los a desenvolver sua vontade de aprender e querer saber mais e melhor.
Essa aprendizagem confere ao aluno uma formação em que aplicará seus conhecimentos teóricos. É essencial que cada indiví-
duo saiba se comunicar através de diferentes linguagens, assim como interpretar e selecionar quais informações são essenciais 
e quais podem ajudar a refazer opiniões e serem aplicadas na maneira de se viver e de redescobrir o tempo e o mundo.
Figura 8 – Os quatro pilares da Educação para o século XXI 
Fonte: Telefônica (2019)
Por meio dos pilares da educação, o professor é chamado a compreender mais 
e melhor os indivíduos que estão dentro de seu âmbito de trabalho, bem como a se-
rem compreendidos. As bases que envolvem os saberes necessários para a forma-
ção docente estão assentadas em um humanismo libertador, em que os professores 
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que são os sujeitos detentores do conhecimento não são apenas os professores, 
mas também tornam-se os alunos, envolvendo-se em toda a formação permanente 
que ocorre na escola.
O professor precisa ser o facilitador da aprendizagem, por isso, é importante 
que ele delimite caminhos adequados de ação humana, e isso implica em uma so-
ciedade que convive com todos os cidadãos planetários.
Assim, nossos estudos apresentaram que o processo de construção do saber 
docente está assentado na pesquisa, na criticidade, na rigorosidade metódica, na 
estética, na ética, dentre outros, bem como que esse movimento dialético permite 
que o docente desenvolva uma prática educativa progressista, a qual direcione o 
aluno para a autonomia e a reflexão-crítica. Nesse sentido, vemos a importância de 
formar cidadãos e não apenas treinar alunos para o mercado de trabalho, por isso, 
todo docente precisa ter reflexões críticas sobre suas práticas e buscar sempre, nos 
fundamentos teóricos, as ações para exercer essa prática, alinhando suas ações a 
uma organização progressista da formação docente e discente.
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UNIDADE Os Quatro Pilares da Dducação e a Prática Docente
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Reportagem trata dos quatro pilares da educação e da neurociência
A partir da perspectiva da neurociência, a reportagem trata da importância dos 
quatro pilares da educação para o século XXI e do impacto na formação de crianças 
e adolescentes.
http://bit.ly/2YeAskR
 Vídeos
“Os quatro pilares da educação ainda servem para alguma coisa?”
O vídeo trata sobre os quatro pilares da educação, desde o seu surgimento até a sua 
efetivação no âmbito da educação, visando apresentar se os pilares ainda apresentam 
algum efeito sobre os saberes necessários do professor e do processo de ensino-
aprendizagem.
http://bit.ly/2M6cd65
 Vídeos
O professor tem muitas dimensões: intelectual, de artista, de pesquisador, de artesão, dentre outras, e ter isso, 
claro, é muito importante
O vídeo aborda o papel do professor na contemporaneidade e fala sobre o professor 
enquanto intelectual. As reflexões apresentadas dizem respeito à formação do professor 
e de como esse ator é produtor de conhecimento e técnica na educação.
http://bit.ly/2YbzLc8
 Leitura
A consciência como base para a transformação da escola, de Andreza Freitas da Silva Batista e André Ricardo 
Gonçalves Dias
Os autores retratam a educação na atualidade, buscando realizar discussões quanto à 
utilização de instrumentos que permitam ampliar a atuação docente em sala de aula.
http://bit.ly/2MaM7yU
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Refer ê ncias
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