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Autor: Rafael Zardo Crevelari 
 
 
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No filme “Extraordinário”, August Puliman, garoto que nasceu com deformidade facial, é vítima 
de bullying ao entrar no ambiente escolar, em que opta por utilizar uma máscara, a fim de conter tal 
violência. Fora da ficção, por analogia, o filme retrata o atual panorama dos jovens nas escolas, uma 
vez que, devido à carência de opções orientadoras, torna-se evidente os problemas sociais que são 
gerados a partir da prática de bullying nas escolas do Brasil. 
Em primeiro lugar, é evidente o despreparo de instituições ao combate do bullying. Uma vez 
que a escola é um importante meio de formação social dos indivíduos, em que é responsável pela 
preparação do aluno para agir de forma ética, espera-se que esses estabelecimentos possuam uma 
estratégia efetivos de enfrentamento do bullying. Contudo, infelizmente, as escolas carecem de 
profissionais especializados para o controle dos alunos, que deveriam auxiliar vítimas de preconceitos. 
Nesse sentido, as instituições perdem seu papel de fornecer teias de dependência – termo utilizado 
pelo sociólogo Norbert Elias – em que atuam como meio de suporte ao aluno. 
Outrossim, devido ao despreparo de instituições de ensino, as vítimas adquirem um caráter 
violento. Isso porque alguns alunos são alvos de bullying por um determinado grupo ou até mesmo 
por vários alunos da instituição, situação que, repetida muitas vezes, pode dar início a um estado de 
violência, isto é, esse aluno alvo sempre sentirá medo no ambiente escolar, mesmo que a ação de 
bullying não esteja sendo executada a todo momento. Nesse sentido, a vítima – que muitas vezes não 
possui capacidade para superar tal situação – acaba utilizando a violência com o intuito de conter tais 
preconceitos, o que apenas vai causar mais danos. Desse modo, fica evidente o conceito de violência 
simbólica, criado pelo sociólogo Pierre Bourdieu, uma vez que o indivíduo é vítima de diversas formas 
de violências psicológicas e enfrenta dificuldade para combate-las de forma correta. 
Assim, é mister a intervenção do Estado a fim de preparar as instituições para o combate do 
bullying. Logo, cabe ao MEC, em parceria com o Ministério da Ciência, propor canais de telefonia 
gratuitos dentro de escolas, por meio de subsídios, com o intuito de o estudante manter contato com 
profissionais especializados e, desse modo, garantir meios de auxiliar as vítimas. Somente assim os 
estudantes não usarão máscaras como August.

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