As medicinas tradicionais indígenas obedecem a níveis de causalidade e itinerários terapêuticos distintos do modelo biomédico ocidental, e procuram restabelecer o equilíbrio entre o indivíduo e o mundo. (...) A Declaração das Nacóes Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas aprovada em 2007 afirma que os 'os povos indígenas têm direito a suas próprias medicinas tradicionais e a manter suas práticas de saúde, bem como desfrutar do nível mais alto possível de saúde, e os Estados devem tomar as medidas necessárias para atingir progressivamente a plena realização deste direito (artigo 24)'.
Em relação às medicinas tradicionais indígenas, é correto afirmar:
As medicinas tradicionais não são medicina de verdade, pois ainda partem de crendices mágicas e pajelanças exóticas, por isso não devem estar presentes em nenhum trabalho de saúde com povos indígenas.
As medicinas tradicionais são diferentes, mas não menos importantes do que a medicina ocidental, e devem estar presentes em qualquer trabalho de saúde com povos de culturas diferenciadas.
As medicinas tradicionais são diferentes, mas não menos importantes do que a medicina ocidental, e devem estar presentes apenas em trabalho de saúde com povos de culturas muito primitivas.
As medicinas tradicionais usam o mesmo modelo biomédico da medicina ocidental e devem estar sempre presentes em qualquer trabalho de saúde com povos de culturas diferenciadas.
As medicinas tradicionais não têm a mesma base científica de que a medicina ocidental e não devem estar presentes em trabalho de saúde com povos de culturas diferenciadas.