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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
FARMACOLOGIA: CONCEITOS GERAIS, 
FORMAS FARMACÊUTICAS E VIAS DE 
ADMINISTRAÇÃO
Danielle Rachel dos Santos Carvalho
- -2
Introdução
Você sabia que desde a Antiguidade remédios ou substâncias, principalmente plantas, eram utilizadas para
tratar doenças? Acredita que foi somente no século XIX, com os avanços das técnicas de química orgânica, que se
iniciou o processo de identificação e purificação das estruturas químicas de drogas, culminando com a evolução
para a Farmacologia que conhecemos hoje?
No século XX, surgiu a indústria farmacêutica. No entanto, por que ela foi tão importante? Porque a partir desse
momento se iniciou a produção de medicamentos em larga escala, contribuindo para a descoberta de novos
conceitos e novas teorias que foram fundamentais para embasar a Farmacologia moderna. Não podemos
esquecer que toda essa trajetória também foi essencial para a descoberta de inúmeros medicamentos usados até
hoje.
Você, como futuro profissional da área da Saúde, já deve ter se perguntado como se define qual é a forma
farmacêutica ideal para determinado medicamento e qual é a melhor via para administrá-lo. Ao se fazer essas
perguntas, com certeza um questionamento que também já deve ter feito é: ao tomar o medicamento,
considerando tudo o que foi mencionado anteriormente, como garantir que a terapia medicamentosa seguida
pelo paciente será eficaz?
Essas reflexões são importantes para você iniciar os estudos desta unidade, em que vamos abordar os conceitos
fundamentais da Farmacologia. Dessa forma, poderemos entender, por exemplo, a diferença entre fármaco,
droga, remédio e medicamento. Você já tinha pensado nisso? Será que existe, de fato, diferença?
Além disso, vamos conhecer como os medicamentos produzem o efeito desejado ao entrar em nosso organismo e
seus tipos de ação. Vamos estudar, também, as principais formas farmacêuticas e suas vias de administração,
aprendendo a diferenciar vantagens e desvantagens de cada via de administração dos medicamentos.
Vamos iniciar os estudos? Boa leitura!
1.1 Farmacologia: conceitos gerais
Para muitas pessoas, remédio e medicamento significam exatamente a mesma coisa. Por exemplo, quando você
precisa ir à farmácia, certamente é porque você está precisando comprar um medicamento ou remédio, certo?
Qual desses termos você usa? Para grande parte da população tanto faz. No entanto, elas não significam a mesma
coisa.
Os termos “droga” e “fármaco” também são frequentemente empregados para se referir à mesma coisa. Você já
percebeu isso?
A seguir, vamos estudar as diferenças entre medicamento, remédio, fármaco e droga e você aprenderá a
diferenciar cada um deles de acordo com os conceitos corretos.
1.1.1 Droga x fármaco x medicamento x remédio
O próximo passo é conhecer as definições dos termos “droga”, “fármaco”, “medicamento” e “remédio” (BRASIL,
2019; GOLAN , 2014). Para isso, clique nas abas a seguir.et al.
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: justify; font: 12.0px 'Times New Roman'; color: #000000;
background-color: #ffff0b}span.s1 {font-kerning: none}DROGA
Refere-se a qualquer substância de origem animal, vegetal ou mineral que pode promover alterações na
estrutura e função do organismo. Estas substâncias podem causar efeitos benéficos, sendo chamado de fármaco,
e maléficos, sendo chamado de agente tóxico.
FÁRMACO
Refere-se à uma substância química com estrutura já definida, que é o princípio ativo do medicamento. Seus
- -3
Refere-se à uma substância química com estrutura já definida, que é o princípio ativo do medicamento. Seus
efeitos no organismo também já são conhecidos, pois foram estudados. No geral, produzem alterações
bioquímicas e fisiológicas no organismo com a finalidade de gerar um efeito benéfico.
MEDICAMENTO
São substâncias ou preparações elaboradas a partir de um fármaco ou da combinação de fármacos. Ao serem
produzidos por manipulação ou pela indústria seguem todos os requisitos legais que no Brasil são definidos pela
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). É importante mencionar que os medicamentos não têm como
finalidade única a cura de doenças, mas também o diagnóstico, a prevenção e o alívio dos sintomas da doença em
questão.
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: justify; font: 12.0px 'Times New Roman'; color: #000000;
background-color: #ffff0b}span.s1 {font-kerning: none}REMÉDIO
Está relacionado com tudo o que pode ser feito para aliviar, tratar ou até mesmo curar um indivíduo. Pode ser
um medicamento, um banho, um chá, uma massagem, uma oração, ou seja, não há limites desde que traga
benefícios para o indivíduo.
Agora que você já estudou o que significa cada termo, você deve ter clareza de que todo fármaco é uma droga,
mas nem toda droga é um fármaco. Além disso, não confunda mais medicamento e remédio. Lembre-se de que
todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento.
Vamos praticar o que estudamos até aqui? A partir de seus conhecimentos sobre fármaco e droga, clique e
arraste os nomes das substâncias apresentadas para os lugares adequados.
Da mesma forma, vamos praticar o que estudamos sobre medicamento e remédio. Para isso, clique e arraste os
nomes das substâncias apresentadas para os lugares adequados.
Agora que você já sabe a diferença entre fármaco, droga, medicamento e remédio, vamos estudar sobre os tipos
de medicamentos. Vamos lá?
1.1.2 Tipos de medicamentos
Você já sabe o que significa a palavra “medicamento”, mas sabia que eles podem ser divididos em três principais
tipos? A Lei nº 9.787/1999 nos apresenta os três tipos (BRASIL, 1999). Clique nos itens a seguir e confira quais
são.
Medicamento de Referência
Produto inovador registrado na ANVISA e comercializado no país. Sua eficácia, segurança e qualidade são
comprovadas cientificamente pela ANVISA.
Medicamento Genérico
Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, geralmente produzido após a expiração ou
renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade. Possui o mesmo princípio ativo, na
mesma dose e forma farmacêutica, administrado pela mesma via, tem a mesma posologia e indicação
VOCÊ QUER VER?
No vídeo intitulado , o médico Drauzio Varela aborda a diferençaRemédio x Medicamento
entre remédio e medicamento, oferecendo alguns exemplos que ajudarão a consolidar os dois
conceitos. Assista o vídeo completo em: https://www.youtube.com/watch?
v=wnk9N9U0oPg&list=PLLcA2I5B3SEMQowyetYTAC2r67VAT4-of&index=71&t=0s.
- -4
mesma dose e forma farmacêutica, administrado pela mesma via, tem a mesma posologia e indicação
terapêutica, tendo sua eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. Ele é intercambiável com o
medicamento de referência, ou seja, o substitui de forma segura, pois os testes de equivalência terapêutica,
equivalência farmacêutica e bioequivalência são obrigatoriamente realizados.
Medicamento Similar
Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e indicação do medicamento de referência registrado na ANVISA,
podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Muito bem, e como saber diferenciar os tipos de medicamentos na hora da compra?
Para fazer a distinção entre os três tipos, o Ministério da Saúde instituiu um diferencial gráfico nas embalagens
dos genéricos. Você pode conhecer mais sobre esse assunto a partir da Lei dos Genéricos, Lei nº 9.787/1999.
A história dos medicamentos genéricos iniciou-se nos Estados Unidos, por volta dos anos 1960. Porém, no Brasil,
os medicamentos genéricos foram efetivamente introduzidos na década de 1990. 
A seguir, vamos estudar sobre os medicamentos e sua toxicidade.
1.1.3 Toxicidade e medicamentos
Você já estudou que os medicamentos podem ser muito benéficos. Lembre-se de que para que isso ocorra
sempre é necessáriousá-los de forma correta e com orientação de profissionais responsáveis.
Quando os efeitos desejáveis não ocorrem, mesmo que você esteja fazendo tudo de acordo com o prescrito,
passamos a falar de toxicidade dos medicamentos. A toxicidade também pode acontecer quando um
medicamento é usado de forma inadequada. Vamos conhecer um pouco mais sobre alguns conceitos
relacionados à toxicidade? Clique nas abas abaixo e confira os termos apresentados no glossário da Resolução
RDC nº 4/2009 da ANVISA (BRASIL, 2009) e no “ ” (UMC, 2000).Safety Monitoring of Medicinal Products
VOCÊ QUER VER?
No vídeo , o médico Drauzio Varela aborda asDiferenças entre genérico, similar e de referência
diferenças entre medicamentos genérico, similar e de referência. Aproveite para reforçar os
conceitos já estudados. Assista em: .https://www.youtube.com/watch?v=GXArFeMzZag
VOCÊ O CONHECE?
Em 1999, enquanto ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, José Serra foi o
responsável pela Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, conhecida como a Lei do
Medicamento Genérico, que efetivamente introduziu esse tipo de medicamento no Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=GXArFeMzZag
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EFEITO COLATERAL
Todo efeito, podendo ser benéfico ou prejudicial, porém não intencional de um medicamento, que ocorre em
doses terapêuticas.
REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO (RAM)
Toda resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, usado em doses terapêuticas.
EVENTO ADVERSO
Qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas
que não possui, necessariamente, relação causal com esse tratamento. Alguns exemplos são: erros de medicação,
eventos adversos por desvios da qualidade de medicamentos, entre outros.
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA
Resposta prejudicial decorrente do uso, intencional ou não, de um medicamento em doses elevadas àquelas
usualmente empregadas em doses terapêuticas.
Agora que você já estudou os conceitos que transpassam a toxicidade dos medicamentos é importante ter ciência
sobre os riscos da automedicação e do consumo excessivo de medicamentos.
Com certeza você já deve ter tomado medicamentos em diferentes formas e formatos. Vamos saber mais sobre
esse assunto no tópico a seguir.
1.2 Formas farmacêuticas
Quando falamos de forma farmacêutica, estamos nos referindo ao formato que determinado medicamento é
apresentado ao público. Para a definição da forma farmacêutica de um medicamento há muita pesquisa científica
envolvida, pois raramente um fármaco é administrado em sua forma original. Ou seja, eles são incorporados à
fórmula farmacêutica, combinado um ou mais princípios ativos e outras substâncias auxiliares.
Para conhecer a definição de forma farmacêutica (INFARMED, 2006, p. 7), clique no quadro a seguir.
Forma farmacêutica
CASO
A amiodarona é um fármaco usado para o tratamento de arritmias ventriculares e
supraventriculares. De acordo com o estudo de Stelfox . (2004), entre 34 a 93% doset al
pacientes têm algum tipo de reação adversa ao usar amiodarona, sendo que o
desenvolvimento da toxicidade parece ser dependente da dose e duração da terapia. É
importante enfatizar que a toxicidade que afeta parte dos pacientes (25%) é de natureza grave,
por isso é importante monitorização do tratamento.
No estudo de Melo, Jaraquemada e Gonçalves (2005), é apresentado o caso de um paciente do
sexo masculino, 49 anos, que fazia uso de amiodarona 200 mg/dia há dois anos, apresentou
sintomas de astenia, anorexia e emagrecimento acentuados, icterícia, rouquidão e trêmulo dos
membros superiores. O diagnóstico foi de toxicidade múltipla da amiodarona (tiroideia,
hepática, cutânea, ocular). Após suspender a medicação, já no primeiro dia, verificou-se boa
evolução clínica, com alta após três semanas de internamento. A conclusão dos médicos foi que
mesmo fazendo uso de uma baixa dose da medicação, a reação adversa se manifestou.
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Forma farmacêutica
Estado final que as substâncias ativas ou excipientes apresentam depois de submetidas às operações
farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado.
Antes de escolher a forma farmacêutica de um medicamento, Rodríguez, Rodríguez e Corredera (2002)
mencionam que se deve levar em conta três fatores. Clique nos itens a seguir para conhecê-los.
Efeito terapêutico desejado
Características individuais do paciente
Características físico-químicas do medicamento.
Vale lembrar que um mesmo fármaco pode ser apresentado ao público em várias formas farmacêuticas. Nesse
caso, você deve estar se perguntando: mas porque existem diferentes formas farmacêuticas? Clique nos itens a
seguir e confira as principais razões.
Favorecer a administração e/ou ingestão
Garantir a precisão da dose
Proteger a substância ativa durante o percurso pelo organismo
Permitir que o fármaco chegue no seu local de ação
Facilitar a ingestão da substância ativa
Você sabe como as diferentes formas farmacêuticas são classificadas? Veja a seguir.
1.2.1 Classificação e definição das formas farmacêuticas
As formas farmacêuticas podem ser classificadas em sólidas, líquidas, semissólidas e gasosas. Segundo o
Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos
(BRASIL, 2011), temos 18 tipos de formas farmacêuticas sólidas, nove tipos de formas farmacêuticas líquidas,
quatro formas farmacêuticas semissólidas e um tipo de forma farmacêutica gasosa.
As formas farmacêuticas sólidas são: adesivo, anel, barra, bastão, cápsula, comprimido, dispositivo intrauterino,
filme, glóbulo, goma de mascar, granulado, implante, pastilha, pó, rasura, sabonete, supositório e tablete.
VOCÊ QUER LER?
No site da ANVISA você encontra o documento “Vocabulário controlado de formas
farmacêuticas, vias de administração e embalagens de medicamentos”, que apresenta com
detalhes cada forma farmacêutica. Acesse o link a seguir para aprender mais: http://portal.
a n v i s a . g o v . b r / r e s u l t a d o - d e - b u s c a ?
p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-
1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher
./view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=354099&_101_type=document
- -7
Figura 1 - Comprimidos e cápsulas, de diferentes formatos e cores, são exemplos de formas farmacêuticas sólidas 
que carregam os princípios ativos em doses precisas.
Fonte: Macrovector, Shutterstock, 2020.
Já as formas farmacêuticas líquidas são: emulsão, esmalte, espuma, líquido, sabonete líquido, solução, suspensão,
xampu e xarope.
Figura 2 - O xarope é um dos exemplos mais populares de forma farmacêutica líquida que possui açúcar em altas 
concentrações.
Fonte: Syda Productions, Shutterstock, 2020.
Quanto às formas farmacêuticas semissólidas, temos: creme, emplasto, gel e pomada.- -8
Figura 3 - O creme é a forma farmacêutica semissólida que possui uma consistência mais espessa, nem líquida, 
nem sólida.
Fonte: roger ashford, Shutterstock, 2020.
Por último, a forma farmacêutica gasosa é: gás.
Figura 4 - A forma de medicamento em gás pode ser encontrada em inaladores para tratar falta de ar em 
pacientes com asma.
Fonte: zlikovec, Shutterstock, 2020.
Após estudar os diferentes tipos de formas farmacêuticas existentes no mercado, ao tomar um medicamento,
procure identificar qual é a forma do medicamento em questão: sólida, semissólida, líquida, gasosa? 
- -9
No quadro a seguir, você vai encontrar as principais formas farmacêuticas existentes no mercado e suas
definições.
VOCÊ SABIA?
Atualmente, temos muitos medicamentos disponíveis no mercado, contudo, poucos são
destinados ao público infantil. Quando pensamos nesse público, uma das melhores soluções é
recorrer à manipulação de medicamentos que podem ser personalizados ou adaptados à
realidade individual de cada criança. O artigo “Formas sólidas alternativas para administração
oral em pediatria”, de Joana Marto, Ana Salgado e António Almeida, traz uma revisão crítica 
dos medicamentos mais recentes no mercado voltados para o público infantil. Para saber mais,
acesse o artigo completo em: http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view
./85
http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/85
http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/85
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Quadro 1 - Principais formas farmacêuticas e suas definições.
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Agora que você já conhece as principais formas farmacêuticas, vamos estudar a ação dos medicamentos.
1.2.2 Ação dos medicamentos
Ao definir a forma farmacêutica do medicamento, decide-se a via de administração e, então, consegue-se
identificar se será administrado diretamente no local de ação ou não. Vamos estudar as maneiras que os
medicamentos podem agir para produzir seu efeito.
Clique nos itens a seguir e confira os tipos de ação.
Ação Local
É quando o efeito ocorre no local da aplicação, ou seja, não passa pela corrente sanguínea. Exemplo: Colírios.
- -11
É quando o efeito ocorre no local da aplicação, ou seja, não passa pela corrente sanguínea. Exemplo: Colírios.
Ação Geral ou Sistêmica
É quando ao ser administrado, independente da via, a medicação é absorvida e entra na corrente sanguínea para
atuar no local (órgão ou tecido) de ação desejado. Exemplo: Medicamentos injetáveis.
Quais são as possibilidades de vias de administração de um medicamento? Vamos descobrir no próximo tópico.
1.3 Vias de administração
Você sabe o que significa via de administração? Basicamente, é o caminho pelo qual o medicamento entra em
contato com nosso organismo para poder exercer sua ação. A escolha da via de administração de um
medicamento é de suma importância para garantir que a terapia medicamentosa prescrita ao paciente seja
eficaz. Isso porque a via de administração e o padrão de distribuição do fármaco no organismo podem interferir
diretamente sobre a duração e extensão da ação (DELUCIA ., 2014).et al
Ou seja, sempre que um novo fármaco está sendo testado, a escolha da via de administração leva em
consideração como aproveitar da melhor forma possível as moléculas de transporte presentes no nosso
organismo, bem como os demais mecanismos que possibilitam a entrada do fármaco nos tecidos corporais
(GOLAN , 2014).et al.
Você sabe como a escolha da via de administração pode influenciar no seu tratamento medicamentoso? Clique
nos itens abaixo e descubra.
A frequência (quantas vezes) da administração e a dose necessária (quantidade) de um determinado
medicamento está diretamente relacionada à via de administração (DELUCIA et al., 2014)
Isso porque a definição desses critérios depende dos processos de perda do fármaco (metabolização e excreção)
quando se inicia o processo de absorção pelo organismo.
Além disso, vale ressaltar que ao determinar a via de administração ideal de um medicamento, deve-se escolher
qual será a forma farmacêutica mais adequada. Isso significa qual irá garantir que a concentração ideal do
fármaco atinja o seu sítio de ação específico.
1.3.1 Principais vias de administração
As vias de administração de medicamentos podem ser divididas conforme esquema abaixo:
- -12
Figura 5 - O medicamento entra em contato com o organismo pelas vias de administração.
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
É importante entender que ao considerarmos as diferentes vias de administração dos medicamentos, temos dois
tipos de efeitos, o local e o sistêmico. O efeito local acontece quando os medicamentos são administrados
diretamente no local de ação. Já o efeito sistêmico ocorre quando os medicamentos administrados precisam ser
absorvidos e distribuídos pelo organismo até atingir o local específico e, então, exercer sua ação (DELUCIA .,et al
2014).
Vamos iniciar os estudos com a que é a via que apresenta efeito local. Quando falamos em administrarvia tópica
um medicamento usando a via tópica, estamos nos referindo a um medicamento que será aplicado diretamente
na pele e mucosas, pois deseja-se um efeito local, evitando assim os efeitos sistêmicos.
A epiderme, por ser uma camada rica em queratina, permite a passagem de fármacos lipossolúveis, ou seja, para
favorecer a penetração, o fármaco precisa ser incorporado em veículos lipossolúveis. Ao contrário da pele, as
mucosas não são cobertas por queratina e são bastante irrigadas, o que permite uma maior penetração dos
medicamentos (RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002).
Conheça as formas farmacêuticas mais usadas quando a administração é pela via tópica:
• : pomadas, cremes, géis e pastas;formulações semissólidas
• : soluções e suspensões.formulações líquidas
Agora, vamos conhecer as vias enteral e parenteral, que são as vias que apresentam efeito sistêmico.
Administrar um medicamento pela via enteral significa que ele irá fazer contato com qualquer segmento do
sistema digestório. Como exemplos de vias de administração que ocorrem pelo segmento enteral temos: via oral,
sublingual e retal. 
Clique nos itens e saiba mais sobre cada uma.
Quando a administração é por , as formas farmacêuticas mais usadas são:via oral
• : soluções, emulsões, suspensões, xaropes, entre outros;formulações líquidas
• : comprimidos, cápsulas, pós, drágeas, entre outros.formulações sólidas
Já para a administração por , as formas farmacêuticas mais usadas são:via sublingual
• : gotas;formulações líquidas
• : comprimido sublingual.formulações sólidas
E quando a administração é por , as formas farmacêuticas mais usadas:via retal
• : enema;formulações líquidas
• : supositório.formulações sólidas
Seguindo nosso estudo, vamos conhecer a . Administrar um medicamento pela via parenteralvia parenteral
significa que ele não irá utilizar o trato gastrointestinal. Consiste na injeção de medicamentos diretamente na
circulação sistêmica, no líquido cefalorraquidiano, em tecido vascularizado ou em outro espaço tecidual (GOLAN 
•
•
•
•
•
•
•
•
- -13
circulação sistêmica, no líquido cefalorraquidiano, em tecido vascularizado ou em outro espaço tecidual (GOLAN 
, 2014). É indicada quando se deseja um efeito mais rápido da medicação ou ainda quando o medicamentoet al.
se torna ineficaz em contato com o trato gastrointestinal.
Como exemplos de vias de administração que ocorrem pelo segmento parenteral, temos: via subcutânea (SC),
intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou endovenosa (EV), intradérmica e intratecal (IT).
Confira a seguir as diferentes formas de injetar um medicamento de acordo com a via de administração
selecionada.
VOCÊ SABIA?
Um comprimido sublingual nunca deve ser engolido, ou seja, administrado por via oral.
Quando um fármaco é desenvolvido para ser administrado por via sublingual significa que ele
deve ser colocado embaixo da língua para dissolver de forma rápida e então exercer seu efeito.
Se usado erroneamente por via oral, o percentual de aproveitamento do fármaco pelo
organismo é bem menorque o necessário para exercer um efeito terapêutico, porque não
conseguiria resistir ao efeito de primeira passagem. Importante prestar atenção às
recomendações dos fabricantes e sempre conferir a via de administração de cada
medicamento.
- -14
Figura 6 - De acordo com a via de administração escolhida, existem diferentes formas de injeção do 
medicamento.
Fonte: GraphicsRF, Shutterstock, 2020.
É importante sabermos que todas essas vias que estudamos apresentam vantagens e desvantagens. Esse será
nossa abordagem no item a seguir.
1.3.2 Vantagens e desvantagens das vias de administração
No quadro a seguir, você irá encontrar as vias que estudamos e as principais vantagens e desvantagens em usá-
las.
- -15
- -16
- -17
Quadro 2 - Vantagens e desvantagens das vias de administração dos medicamentos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002 e 
GOLAN et al., 2014.
Sendo assim, podemos entender que apesar de existirem diferentes vias de administração todas apresentam
vantagens e desvantagens que precisam ser consideradas e ponderadas antes de serem escolhidas.
Conclusão
Concluímos a primeira unidade sobre as noções gerais de Farmacologia, formas farmacêuticas e vias de
administração. Agora você já conhece os principais conceitos relacionados à ciência que estuda os fármacos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conceituar termos básicos da Farmacologia;
• esclarecer como os fármacos produzem seus efeitos terapêuticos;
• identificar as principais formas farmacêuticas;
• identificar as principais vias de administração;
• examinar as vantagens e desvantagens das diferentes vias de administração.
Bibliografia
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. . Brasília, DF, 2019. Disponível em: DCB – Definições
http://portal.anvisa.gov.br/dcb/conceitos-e-definicoes. Acesso em: 10 nov. 2019.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. : glossário de acordo com aGuia Regulatório – ANVISA
Resolução RDC nº 4/2009. Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de
medicamentos de uso humano. Brasília, DF, ago. 2009. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents
/33868/2894051/Gloss%C3%A1rio+da+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+4%
2C+de+10+de+fevereiro+de+2009/61110af5-1749-47b4-9d81-ea5c6c1f322a. Acesso em: 10 nov. 2019.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vocabulário controlado de formas farmacêuticas, vias de
. 1. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2011. Disponível em: administração e embalagens de medicamentos
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Vocabul%C3%A1rio+Controlado/fd8fdf08-45dc-402a-
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http://portal.anvisa.gov.br/dcb/conceitos-e-definicoes
http://portal.anvisa.gov.br/dcb/conceitos-e-definicoes
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894051/Gloss%C3%A1rio+da+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+4%2C+de+10+de+fevereiro+de+2009/61110af5-1749-47b4-9d81-ea5c6c1f322a
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894051/Gloss%C3%A1rio+da+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+4%2C+de+10+de+fevereiro+de+2009/61110af5-1749-47b4-9d81-ea5c6c1f322a
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894051/Gloss%C3%A1rio+da+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+4%2C+de+10+de+fevereiro+de+2009/61110af5-1749-47b4-9d81-ea5c6c1f322a
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894051/Gloss%C3%A1rio+da+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+4%2C+de+10+de+fevereiro+de+2009/61110af5-1749-47b4-9d81-ea5c6c1f322a
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Vocabul%C3%A1rio+Controlado/fd8fdf08-45dc-402a-8dcf-fbb3fd21ca75
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Vocabul%C3%A1rio+Controlado/fd8fdf08-45dc-402a-8dcf-fbb3fd21ca75
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em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Brasília, DF: Congresso Nacional, 1999. Disponível em: 
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https://www.youtube.com/watch?v=GXArFeMzZag
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https://www.infarmed.pt/documents/15786/1068535/035-E_DL_176_2006_11ALT/d2ae048e-547e-4c5c-873e-b41004b9027f
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http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/85/73
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https://www.youtube.com/watch?v=wnk9N9U0oPg&list=PLLcA2I5B3SEMQowyetYTAC2r67VAT4-of&index=71&t=0s
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https://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jh2934e/
https://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jh2934e/
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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA
Danielle Rachel dos Santos Carvalho
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Introdução
Vamos começar esta segunda unidade com dois campos importantes da terapêutica medicamentosa: a
farmacocinética e a farmacodinâmica. Para entender o porquê ambas são tão importantes, é interessante refletir
sobre alguns pontos: o que o organismo faz com o fármaco? Isto é, quando um medicamento é ingerido, como ele
é absorvido, distribuído no organismo, metabolizado e, enfim, excretado? O que o fármaco faz no organismo?
Como o fármaco interage com seu alvo, produzindo o efeito terapêutico?
Seguindo esses quesitos, conceituaremos com a farmacocinética e entenderemos o que o corpo faz com o
fármaco, referindo-se ao movimento do fármaco no corpo. Vamos entrar em contato com processos de absorção,
distribuição, metabolismo ou biotransformação, e excreção (ADME). Vamos estudar, ainda, a farmacodinâmica,
conceituando-a e entendendo o que o fármaco faz para o corpo, considerando seus efeitos bioquímicos e
fisiológicos. Vamos entender como as drogas agem sobre os seres vivos até produzir seu efeito esperado, ou seja,
conhecimento essencial para uso na clínica.
Ao final, teremos o entendimento sobre dois conceitos que estão na raiz dos estudos da Farmacologia.
Vamos lá? Acompanhe esta unidade com atenção!
2.1 Farmacodinâmica: conceitos gerais
Como o fármaco X alivia uma dor de cabeça e como o Y é utilizado para controle da glicemia sanguínea? Como o
fármaco X sabe “o que fazer” ao entrar no organismo do indivíduo? Você já deve ter feito essas perguntas, não é
mesmo? Vamos entender o porquê disso?
A palavra que nos ajuda a entender essas questões é . Explicando de forma bem simples, afarmacodinâmica
farmacodinâmica representa o que o fármaco faz ao entrar em contato com o nosso corpo, ou seja, como o
fármaco, ao se ligar no seu órgão-alvo, gera alterações que produzem seus efeitos terapêuticos. Segundo Rang et
(2016, p. 339), descreve de forma quantitativa os efeitos de um fármaco no corpo, ou seja, “[…] aal. 
farmacodinâmica de um fármaco pode ser quantificada pela relação entre a dose (concentração) do mesmo e a
resposta do organismo (do paciente) a ele”.
A grande maioria dos fármacos produz seus efeitos terapêuticos pela interação seletiva com moléculas alvo,
produzindo alterações bioquímicas e fisiológicas no organismo do indivíduo. A ligação específica do fármaco a
um receptor acontece devido à estrutura e às propriedades químicas de ambos (GOLAN , 2014). Issoet al.
significa que para o fármaco produzir seu efeito, é preciso que suas moléculas se liguem a constituintes
específicos (alvos farmacológicos) de células ou tecidos para produzirem um efeito (RANG ., 2016).et al
Os receptores podem ser definidos como macromoléculas as quais ligantes endógenos ou exógenos se ligam a
fim de produzir um efeito biológico. Muitos dos receptores de fármacos consistem em proteínas e são chamados
de alvos proteicos: receptores, enzimas, moléculas transportadoras e canais iônicos. A ligação fármaco-receptor
acontece devido a uma série de interações químicas entre ambos. A combinação das diversas interações
químicas (ligação de Van der Walls, pontes de hidrogênio, ligação iônica e covalente) proporciona a
especificidade da interação fármaco-receptor global e as forças necessárias para formar um complexo estável (
GOLAN , 2014 .et al. )
Outro fator importante para que o fármaco consiga produzir seu efeito terapêutico desejado está relacionado
com duas palavras-chave: seletividade e especificidade. Clique nas abas a seguir para conhecer os conceitos.
SELETIVIDADE
Pode ser considerada como o grau em que um fármaco age em um determinado alvo em relação a outros. Ou
- -3
Pode ser considerada como o grau em que um fármaco age em um determinado alvo em relação a outros. Ou
seja, ele consegue produzir o menor número de efeitos possíveis, ativa ou inibe um grupo de receptores, sem
ativar outros. Ex: um fármaco X é considerado pouco seletivo quando é capaz de produzir seu efeito terapêutico
desejado, mas também gera um outro efeito (efeito adverso).
ESPECIFICIDADE
Pode ser considerada como a capacidade que o fármaco tem de se ligar de forma seletiva a sítios específicos,
gerando um efeito único, específico. Ou seja, mesmo que ocorra um aumento na concentração do fármaco, não
haverá ativação de outros processos. É importante saber que nenhum fármaco age com especificidade total.
Quando a molécula de um fármaco se liga com um receptor pode ou não ocorrer a ativação desse, gerando uma
resposta tecidual. Ou seja, a ligação e ativação são processos distintos.
Para entender melhor, precisamos conhecer os termos agonista e antagonista. Clique nas abas a seguir para
conhecer os conceitos.
AGONISTA
Moléculas que quando ligadas a seus alvos, produzem uma alteração na atividade destes (GOLAN , 2014).et al.
Um agonista ativa receptores específicos, desencadeando uma resposta que aumenta ou diminui a atividade da
célula. Os agonistas podem ser classificados em: agonistas plenos, que ao ligarem-se aos receptores, estes são 
ativados até o grau máximo possível; e agonistas parciais, que ao ligarem-se aos receptores, estes são ativados. 
ANTAGONISTA
Moléculas que bloqueiam a capacidade de ligação de agonistas fisiológicos ou farmacológicos a seus receptores,
causando ativação ou inativação destes (GOLAN , 2014). Os antagonistas podem ser classificados em:et al.
antagonistas competitivos, bloqueiam diretamente o sítio de ligação de um agonista, porque competem pelo
mesmo receptor do agonista; antagonistas não competitivos, não competem diretamente com o agonista pela
ligação ao receptor, pois se ligam a outros sítios na molécula do alvo (sítio alostérico), mas, mesmo assim, 
impedem a ativação ou inativação do receptor.
VOCÊ SABIA?
À medida que é necessário aumentar a dose de um fármaco, ele vai se tornando menos seletivo
e começa a atuar em outros sítios, gerando os efeitos indesejados.
- -4
Figura 1 - Tipos de ligação entre agonista ou antagonista e seu receptor.
Fonte: GOLAN et al., 2014, p. 81.
Entenda que independente da forma como um medicamento é administrado, suas moléculas, após absorvidas,
chegarão à corrente sanguínea e, a partir daí, serão distribuídas para todos os órgãos e tecidos do organismo.
Nesses locais, as moléculas irão se ligar aos seus “alvos farmacológicos”, produzindo alterações bioquímicas e
fisiológicas nas células, que consequentemente modificam o funcionamento do tecido ou órgão em questão,
ocasionando o efeito desejado.
Para que todo esse conhecimento chegasse até nós, foi muito importante o desenvolvimento da farmacologia.
Você sabia que muitos anos foram necessários para isso? E que um passo fundamental foi a criação do primeiro
instituto de farmacologia?
Dando sequência aos nossos estudos, vamos agora abordar com a farmacocinética.
VOCÊ QUER LER?
No site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, você encontra uma matéria muito
interessante que tem como tema “E se o remédio não fez efeito? O que fazer?” (2017). Saiba
como proceder nesses casos, inclusive como fazer uma notificação para a ANVISA. Leia em: 
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/e-se-o-
.remedio-nao-fez-efeito-o-que-fazer-/219201
VOCÊ O CONHECE?
Rudolf Buchheim, farmacêuticoalemão, criou, em 1847, o primeiro instituto de farmacologia
dentro de sua própria casa, na Estônia. Ele é considerado o criador da farmacologia
experimental, introduzindo testes em animais e pesquisando mecanismos de efeitos de
diversas drogas.
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/e-se-o-remedio-nao-fez-efeito-o-que-fazer-/219201
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/e-se-o-remedio-nao-fez-efeito-o-que-fazer-/219201
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Dando sequência aos nossos estudos, vamos agora abordar com a farmacocinética.
2.2 Farmacocinética: conceitos gerais
O que significa o estudo da farmacocinética? Significa que estamos buscando avaliar os efeitos que o corpo faz
com o fármaco, assim que ele fica disponível para absorção. Chamamos isso de disponibilidade farmacêutica, ou
seja, ingerimos uma dose “x” do medicamento, ele (sua forma farmacêutica) é desintegrado e, assim, o fármaco
se torna disponível. A partir dessa etapa, inicia-se a farmacocinética, composta pelas etapas de absorção,
distribuição, metabolização ou biotransformação, e excreção (ADME).
ABSORÇÃO
É a passagem do fármaco do local onde foi administrado para a circulação sanguínea.
DISTRIBUIÇÃO
É quando após atingir a corrente sanguínea, ocorre a passagem do fármaco do sangue para outras partes do
corpo, como os tecidos.
METABOLIZAÇÃO (OU BIOTRANSFORMAÇÃO)
É quando o fármaco é inativado pelo organismo, tornando-se mais hidrossolúvel, o que facilitará sua excreção.
EXCREÇÃO
É quando o fármaco é eliminado do organismo.
Após passar por todas essas etapas, dizemos que o fármaco estará disponível para exercer sua ação
farmacológica.
Diante disso, entenda que a fase da farmacocinética é essencial para que o fármaco possa exercer sua ação
farmacológica no organismo. Outro ponto que vale a pena destacar é que a farmacocinética de um fármaco sofre
influência de fatores relacionados com o paciente, como sexo, idade, função renal, entre outros. Além disso,
características individuais de cada paciente, como a presença de uma insuficiência renal, ou até mesmo de uma
desidratação, podem afetar a farmacocinética do fármaco.
Saiba que “[…] até mesmo a mais promissora das terapias farmacológicas não terá sucesso se o fármaco for
incapaz de alcançar seu órgão-alvo em concentração suficiente para exercer efeito
terapêutico” (GOLAN , 2014, p. 96). É por isso que sempre que um profissional de saúde vai prescrever umet al.
medicamento, o caso de cada paciente deve ser analisado com cuidado.
Muito bem, vamos seguir para o estudo de cada uma das etapas da farmacocinética. Vamos começar pela
absorção.
VOCÊ SABIA?
Quando um medicamento é administrado em um idoso, a farmacocinética do fármaco pode ser
alterada. Isso porque, no geral, a distribuição, o metabolismo e a excreção de alguns fármacos
ficam diminuídas, sendo necessário fazer ajustes na prescrição, a fim de evitar que uma
intoxicação possa ocorrer no paciente.
- -6
2.1.1 Absorção
A absorção é a primeira etapa dos quatro processos que fazem parte da farmacocinética. Ela se inicia quando o
medicamento é administrado ao paciente. Nesse caso, é importante considerar o local onde a droga foi
administrada (via de administração escolhida), pois isso influenciará na velocidade e extensão da absorção do
fármaco.
De acordo com Rang . (2016, p. 278), a absorção “[…] é importante para todas as vias de administração,et al
exceto a intravenosa, pois nesse caso o fármaco já é administrado diretamente na corrente sanguínea. Contudo, é
importante saber que na maioria dos casos, o fármaco deve entrar no plasma antes de chegar ao seu local de
ação”.
Veja a seguiras principais vias de administração e eliminação dos fármacos.
Figura 2 - Principais vias de administração e eliminação dos fármacos.
Fonte: RANG et al., 2016, p. 278.
Você já sabe que após administrado, o fármaco precisa chegar à corrente sanguínea. Para isso, essas moléculas
precisam atravessar barreiras, as membranas biológicas, como a membrana bilipídica presente em todas as
células. Esta tem a seguinte característica física: a parte interna é hidrofóbica e a externa é hidrofílica. Além
disso, esta membrana celular apresenta proteínas transmembrana, que podem ser alvo para a ação de alguns
fármacos.
O fato de ter a parte interna hidrofóbica torna a membrana celular relativamente impermeável a moléculas
polares, tornando-se uma barreira para o transporte dos fármacos.
Levando em conta todas essas características da membrana plasmática, e a necessidade de o fármaco atravessar
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Levando em conta todas essas características da membrana plasmática, e a necessidade de o fármaco atravessar
as células para chegarem à circulação, podemos dizer que existem alguns mecanismos que permitem que essas
moléculas atravessem as barreiras. Clique nas abas a seguir e descubra quais são.
Outra questão que deve ser discutida quando se fala em absorção é a biodisponibilidade. Segundo Golan et al.
(2014, p. 101), biodisponibilidade é “[…] a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica e
que depende da via de administração utilizada, da forma química do fármaco e de fatores específicos do
paciente”.
Quando falamos em administração de fármaco via intravenosa, você já sabe que ele é administrado diretamente
na corrente sanguínea. Por isso, sua biodisponibilidade é máxima. Contudo, dependendo da via escolhida, a
absorção é incompleta e a biodisponibilidade fica diminuída.
Alguns fatores podem condicionar a absorção de um fármaco independente da via de administração, uma vez
que condicionam sua passagem pelas membranas (RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002). Clique nos
itens a seguir para conhecê-los.
Taxa de dissolução do medicamento
pH do meio
Lipossolubilidade do medicamento
Gradiente de concentração
O processo de absorção do fármaco administrado a partir da via oral tem algumas particularidades que vamos
discutir a seguir.
Como ocorre o processo de absorção de um fármaco quando o medicamento é administrado por via oral? De
acordo com os autores Rodríguez, Rodríguez e Corredera (2002), a absorção ocorre principalmente no intestino,
embora a absorção de alguns fármacos ocorra no estômago. No geral, o tempo para absorção da grande maioria
dos fármacos administrados por via oral é de 1 a 3 horas, apesar de que alguns fatores podem fazer com que esse
tempo seja variado. Clique a seguir para conhecê-los.
Conteúdo intestinal
Motilidade Gastrointestinal
Fluxo sanguíneo esplâncnico
Tamanho das partículas e formulação
Fatores físico-químicos
É importante lembrar que quando um medicamento é administrado pela via oral, a passagem do fármaco pelo
estômago e duodeno, ambientes extremamente ácido e básico, respectivamente, pode ser um fator limitante
para a absorção. Ao atravessar o epitélio gastrintestinal, os fármacos são levados pelo sistema porta até o fígado,
para eliminar ou reduzir a atividade de toxinas, até chegar na corrente sanguínea. Esse processo descrito é 
conhecido como metabolismo de primeira passagem no fígado (GOLAN , 2014; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ;et al.
CORREDERA, 2002).
Quando um fármaco sofre o efeito de primeira passagem, sua concentração é reduzida consideravelmente
(inativação). É por esse motivo que ao usar esta via é necessário assegurar que a dose do medicamento
administrado será suficiente para chegar no alvo. Com relação à biodisponibilidade, é importante saber que é
totalmente dependente da fração do fármaco que foi absorvida e da fração que conseguiu escapar do efeito de
primeira passagem.
Para as demais vias de administração, o processo de absorção é bastante variado. No quadro a seguir, você
encontrará um resumo de algumas das principais vias de administração.
- -8
Quadro 1 - Principais vias de administração e o processo de absorção do fármaco.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002; 
GOLAN et al., 2014.
Agora que você já sabe como ocorre a absorção do fármaco no organismo e como ela é fundamentalpara que o
fármaco atinja os níveis plasmáticos adequados, vamos estudar sobre a segunda etapa da farmacocinética, a
distribuição. Vamos lá?
2.2.2. Distribuição
A distribuição é a segunda etapa dos processos que fazem parte da farmacocinética. É através da distribuição
que o fármaco que já conseguiu chegar na corrente sanguínea é transportado para outras partes do organismo,
de forma que consiga alcançar o órgão-alvo (órgãos e tecidos) na concentração adequada para exercer o efeito
terapêutico desejado.
Esse fármaco é distribuído em sua grande maioria por meio do sangue e do sistema linfático. Quando o fármaco
está presente na corrente sanguínea, ele pode ser encontrado em duas formas: livre e ligada. Clique nas abas a
seguir para conhecer os conceitos.
LIVRE
Representa a fração do fármaco que não está ligada, ou seja, está farmacologicamente ativa, conseguindo
atravessar as barreiras biológicas, chegando no órgão-alvo. Além disso, é a forma livre do fármaco que consegue
ser armazenada ou eliminada do corpo.
LIGADA
Representa a fração do fármaco que está ligada às proteínas plasmáticas, em diferentes proporções, ou seja, está
farmacologicamente inativa. Essa fração só consegue se tornar ativa passando da corrente sanguínea para o
órgão-alvo, quando consegue “se soltar” faz proteínas, uma vez que a ligação é reversível.
Dentre as diferentes proteínas presentes no plasma, a albumina que é a mais abundante (com concentração de
cerca de 4 g/dℓ), é responsável pela maioria das ligações dos fármacos (GOLAN , 2014). A taxa de ligação doet al.
fármaco com as proteínas varia de fármaco para fármaco, sendo totalmente dependente da afinidade entre eles,
da concentração sanguínea do fármaco e da concentração plasmática da proteína. Consideram-se fármacos
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da concentração sanguínea do fármaco e da concentração plasmática da proteína. Consideram-se fármacos
potentes aqueles que têm alta taxa de ligação às proteínas, isso porque mesmo tendo poucas moléculas na forma
livre, conseguem produzir o efeito esperado.
Além da ligação às proteínas, a distribuição do fármaco depende das características do tecido e das propriedades
físico-químicas do fármaco.
A principal barreira para o fármaco sair do sangue e chegar ao seu alvo é a parede capilar, de pequeno calibre e
constituída por uma camada de células endoteliais. A permeabilidade desses vasos sanguíneos é dependente das
características das células endoteliais, uma vez que elas podem ser diferentes dependendo do local. É por isso
que a capacidade do fármaco atingir os tecidos sofre variações.
Por exemplo, a maioria dos leitos capilares é constituída por inúmeras invaginações e vesículas, conhecidas
como atividade transcitótica, o que promove o transporte de líquido do sangue para o interstício e vice-versa. Os
fármacos dissolvidos nesse líquido conseguem atravessar a barreira sangue-tecido. Em outros leitos capilares as
células endoteliais apresentam frestas. Dessa forma, os fármacos de baixa massa molecular conseguem
atravessar facilmente a membrana. Já no sistema nervoso central (SNC), o endotélio capilar não apresenta poros,
e há pouca atividade transcitótica. Portanto, para atravessar a barreira hematoencefálica, uma camada contínua
de células endoteliais, o fármaco precisa atravessar as membranas luminal e basal. É por esse motivo que
cérebro é inacessível para grande parte dos fármacos. Porém, quando o cérebro se apresenta inflamado, a
permeabilidade capilar é aumentada, o que amplia a possibilidade de penetração do fármaco. No fígado, as
células endoteliais apresentam frestas amplas, o que permite que este órgão não tenha barreira para trocas
entre sangue e interstício, facilitando o acesso de grande parte dos fármacos (LÜLLMANN; MOHR; HEIN, 2017;
RANG ., 2016).et al
Ainda sobre a segunda etapa da farmacocinética, um conceito importante é o volume de distribuição (Vd).
Antes de estudarmos a definição de Vd é importante lembrar que nosso organismo é composto em sua maioria
por líquidos, presentes tanto no plasma quanto nos tecidos (nas células do corpo). Para determinar a quantidade
de fármaco presente em cada um deles, necessitamos conhecer o Vd do fármaco. Clique na aba a seguir e veja o
conceito, segundo Rang . (2016).et al
Vd do fármaco
Volume de distribuição é definido como o volume necessário para conter a quantidade total do fármaco no
organismo, na mesma concentração presente no plasma.
Para explicar melhor o conceito, Vd serve para nos mostrar como o fármaco se distribui nos compartimentos do
nosso organismo. Para calcular o Vd de um fármaco, utiliza-se a seguinte fórmula:
Vd = Q/C
O representa a quantidade total do fármaco no organismo (corrente sanguínea e órgãos) e representa aQ C
concentração plasmática do fármaco. Com o valor encontrado é possível determinar a quantidade total do
fármaco no organismo, a partir da concentração deste fármaco no sangue.
Segundo os autores Rodríguez, Rodríguez e Corredera (2002, p. 46), “[…] o valor ideal de Vd para um
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Transferência placentária de drogas”, de Ricardo de Carvalho Cavalli, Cláudia de
Oliveira Baraldi e Sérgio Pereira da Cunha (2006), aborda como os fármacos lipossolúveis e
não ionizados atravessam a placenta e entram no sangue fetal. É uma leitura interessante que
você encontra em: .http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v28n9/09.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v28n9/09.pdf
- -10
Segundo os autores Rodríguez, Rodríguez e Corredera (2002, p. 46), “[…] o valor ideal de Vd para um
medicamento depende dos objetivos que se pretende alcançar e da acessibilidade que o medicamento deve ter
aos seus locais de ação”.
Agora que você já sabe tudo sobre distribuição, vamos estudar a terceira etapa da farmacocinética, o
metabolismo.
2.2.3 Metabolismo ou biotransformação
O metabolismo representa a capacidade do organismo metabolizar os fármacos, por meio da ação de enzimas, as
chamadas reações enzimáticas. O processo ocorre para que o fármaco tenha sua atividade biológica
interrompida e possa ser excretado. Vale ressaltar que no caso de fármacos hidrossolúveis, sua excreção é
realizada pelos rins em sua forma não modificada, mas os lipossolúveis não conseguem. Eles precisam ser
metabolizados.
O fígado é o órgão que mais tem enzimas capazes de realizar a metabolização dos fármacos e por isso é o
principal responsável por essa etapa da farmacocinética. De acordo com Rang (2016, p. 297), oet al. 
metabolismo “[…] envolve dois tipos de reação, conhecidas como de fase 1 e fase 2, que ocorrem de modo
sequencial com frequência. O metabolismo como um todo é útil para diminuir a lipossolubilidade, aumentando,
assim, a eliminação renal”.
O conjunto de reações de fase 1 e 2 também é conhecido como . Clique nas abas a seguir parabiotransformação
entender mais.
Reação de Fase I
Também conhecida como reação de oxidação/redução/hidrólise. Com frequência esta reação torna o fármaco
uma molécula mais polar, a partir da modificação de sua estrutura química, adicionando os seguintes grupos
funcionais: -OH, -COOH, -SH, -O- ou NH2. Grande parte destas reações são catalisadas pelas enzimas presentes no
Citocromo P450.
Reação de Fase II
Também conhecida como reação de conjugação. Esta reação é útil para inativar a molécula do fármaco, por meio
da ligação de grupos hidrofílicos, aumentando sua solubilidade e excreção pelos rins e fígado.
É importante enfatizar que as reações de fase 1 e 2 podem ocorrer de forma sequencial, porém também podem
ser independentes. Saiba que as reações de fase 1 e 2 podem transformar um fármaco não excretável, em um
excretável; um fármaco ativo em inativo; e um fármaco inativo em ativo.
O fármaco inativo que precisa passar pela etapa do metabolismo para se tornar ativo é chamado de pró-fármaco.
O pró-fármaco é administrado na forma inativa e com o processo de biotransformação é ativado.
- -11
Figura 3 - Caminhos que o fármaco segue ao ser ingerido por via oral ou por via parenteral.
Fonte: GOLAN et al., 2014, p. 135.
Alguns fatores podem influenciar no metabolismodos fármacos, aumentando ou diminuindo o processo de
eliminação deste. Para conhecer os fatores, clique nas abas a seguir (RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA,
2002).
Idade
- -12
Idade
Sexo
Genética
Indução e inibição enzimática
Com relação à influência da idade sobre o metabolismo, podemos dizer que neonatos e idosos têm a capacidade
de biotransformação diminuída; com relação ao sexo, acredita-se que as mulheres têm uma capacidade de
metabolização diminuída frente aos homens; a genética tem influência na capacidade das pessoas
metabolizarem os fármacos, e isso pode ser potencializado pelos fatores ambientais; a indução enzimática
aumenta a atividade enzimática, aumentando o metabolismo e, consequentemente, diminuindo o tempo de ação
do fármaco; e a inibição enzimática promove a inibição das enzimas, inibindo o metabolismo do fármaco, o que
promove o aumento de sua concentração plasmática.
Agora que finalizamos com o metabolismo, vamos estudar a quarta e última etapa da farmacocinética, a excreção.
2.2.4 Excreção
Excreção representa a etapa em que o fármaco ou metabólito é eliminado do organismo. Deve-se ressaltar que o
fármaco pode passar pelo processo de eliminação depois de ter sua estrutura modificada, pelo processo de
metabolização, ou pode ser eliminado sem sofrer nenhuma alteração.
A excreção pode acontecer através do fígado, onde o fármaco é metabolizado e eliminado pela bile; mas ele não é
o único órgão que participa da excreção, ela pode ocorrer através dos rins, pulmões e glândulas exócrinas. Ou
seja, quando os metabólitos gerados são hidrossolúveis, sua eliminação se dá pelos rins, através da urina. Sendo
assim, a via renal é a principal via de excreção do nosso organismo. Contudo, como nem todos os metabólitos
gerados são hidrossolúveis, se faz necessário outra via de eliminação.
O processo de eliminação pelo fígado ocorre através da transferência do fármaco, que deve ser hidrossolúvel, das
células hepáticas para a bile, através de alguns transportadores, como transportadores de cátions, de ânions
orgânicos e glicoproteínas P (RANG , 2016). É importante ressaltar que após ocorrer a excreção biliar para oet al.
intestino, bactérias presentes no intestino delgado podem hidrolisar os metabólitos, deixando-os novamente
mais hidrossolúveis, permitindo a reabsorção para a corrente sanguínea. Esse processo é chamado de ciclo
entero-hepático (PENILDON, 2010).
CASO
Quando os anticoncepcionais orais são ingeridos, o estrógeno e a progesterona são absorvidos
e ao cair na corrente sanguínea são levados até o fígado, onde são metabolizados. Cerca de
40% a 58% do estrógeno são transformados em conjugados sulfatados e glucuronídeos, os
quais não têm atividade contraceptiva, e são excretados na bile. Uma parte desses metabólitos
é hidrolisada pelas enzimas das bactérias intestinais, liberando estrógeno ativo, e o restante
que não foi hidrolisado é excretado nas fezes. O estrógeno liberado é reabsorvido,
estabelecendo-se o ciclo entero-hepático, que aumenta o nível plasmático de estrógeno
circulante (CORRÊA; ANDRADE; RANALI, 1998).
O uso de alguns antimicrobianos destrói as bactérias da flora intestinal, responsáveis pela
hidrólise dos conjugados estrogênicos. Desse modo, o ciclo entero-hepático do estrógeno
(anticoncepcionais orais) é diminuído, o que resulta na redução dos níveis plasmáticos de
estrógeno ativo e consequentemente diminuição de sua efetividade (ORME; BACK, 1986).
Porém, é importante ressaltar que isso só ocorre com os anticoncepcionais combinados
(estrógeno + progesterona). Um exemplo de antibiótico que interage com alguns
anticoncepcionais orais, diminuindo a recirculação entero-hepática dos estrogênios, é a
Penicilina (ampicilina, amoxicilina), devido à alteração da flora intestinal (SILVA; ROCHA,
- -13
Agora vamos falar sobre a via de excreção renal, que conforme foi mencionado acima é a principal via. O
processo de eliminação pelos rins ocorre devido a três importantes mecanismos: a filtração glomerular, a
secreção tubular ativa e a reabsorção tubular passiva. Para conhecer cada mecanismo, clique nas abas a seguir:
Filtração glomerular
A cápsula de Bowman, por ser rica em capilares glomerulares, permite que fármacos hidrossolúveis, na sua
forma livre e de baixo peso molecular, cruzem a barreira livremente e sejam excretados, sem sofrer reabsorção.
Secreção tubular ativa
A quantidade de fármaco que consegue passar pelo glomérulo e chegar na região tubular depende da ligação
com transportadores. Este tipo de mecanismo é considerado o mais efetivo, conseguindo eliminar inclusive a
fração de fármacos ligados.
Reabsorção tubular passiva
Este mecanismo ocorre com a saída do medicamento da região tubular para os capilares, dependendo da ligação
do fármaco com transportadores.
Existem ainda outras formas de eliminação dos fármacos. Clique nas abas a seguir e descubra quais são.
saliva
suor
leite materno
ar expirado
líquidos corporais
fezes
É importante ressaltar que o processo de excreção de fármacos pode ser afetado pelo declínio da função renal,
seja por doenças, pela idade, entre outros. Nos casos de pessoas que tenham a função renal conhecidamente
diminuída é necessário ajustar a dose dos medicamentos de acordo com cada caso. No geral, a dose do
medicamento será reduzida.
Uma forma de medir de forma estimada a função renal é através de um exame chamado de Clearance de
creatinina ou Depuração de creatinina, que se relaciona com o volume de plasma que contém a quantidade do
fármaco removido pelos rins por unidade de tempo.
Agora, vamos conhecer os processos farmacocinéticos e sua importância para a prática clínica.
Penicilina (ampicilina, amoxicilina), devido à alteração da flora intestinal (SILVA; ROCHA,
2016).
VOCÊ QUER VER?
No vídeo (2018), você vai conhecer um pouco mais sobre oO que é clearance de creatinina? 
exame Clearance de creatinina. Aproveite para entender um pouco mais sobre esse tema e
fortalecer os conteúdos estudados por você. Assista ao vídeo completo em: https://www.
.youtube.com/watch?v=IfpEzRDhh5I
https://www.youtube.com/watch?v=IfpEzRDhh5I
https://www.youtube.com/watch?v=IfpEzRDhh5I
- -14
Agora, vamos conhecer os processos farmacocinéticos e sua importância para a prática clínica.
2.3 Parâmetros farmacocinéticos
Os parâmetros farmacocinéticos que vamos apresentar a seguir são fundamentais para que o profissional da
área da saúde empregue a farmacoterapia com êxito. Clique nas abas a seguir para conhecer cada um (GOLAN et
, 2014; PENILDON, 2010; SCHELLACK, 2014).al.
MEIA-VIDA DE ELIMINAÇÃO
Representa o tempo necessário para que a concentração da droga no plasma seja reduzida pela metade, ou seja,
50%. A meia-vida oferece uma estimativa do tempo necessário para que o fármaco seja eliminado do organismo
em uma determinada unidade de tempo. Esse dado é fundamental para calcular a frequência de doses necessária
para manter a concentração plasmática do fármaco dentro da faixa terapêutica.
CINÉTICA DE ORDEM ZERO
Significa que uma fração constante do fármaco é metabolizada ou eliminada por unidade de tempo. Substâncias
que apresentam essa cinética terão seus mecanismos de depuração saturados na sua concentração terapêutica
ou em concentração próxima a ela. O risco é que ao administrar altas doses desse fármaco, a concentração no
plasma pode alcançar altos níveis, o que pode causar efeitos tóxicos.
CINÉTICA DE PRIMEIRA ORDEM
Significa que a quantidade de fármaco metabolizada ou excretada em certa unidade de tempo é diretamente
proporcional à concentração do fármaco na corrente sanguínea nesse exato momento. Ou seja, a velocidade do
metabolismo da droga é diretamente proporcional à concentração da droga no sangue, não havendo saturação,
pois ao aumentar sua concentração na corrente sanguínea, há um aumento na excreção.
DOSE DE ATAQUE
É utilizada quando se quer obter um efeito terapêutico mais rápido, porém o fármaco tem uma meia-vida longa.
Nestes casos, ao administrar esse fármaco deve-se iniciar com doses muito mais elevadas do que a padrão,pois o
volume de distribuição do fármaco será levado em consideração.
DOSE DE MANUTENÇÃO
É uma dose administrada que será capaz de manter as concentrações do fármaco no estado de equilíbrio
desejada. Ou seja, após conseguir que as concentrações do fármaco no plasma e nos tecidos atinja um equilíbrio,
as próximas doses deverão repor a quantidade de fármaco perdida pelo metabolismo e excreção.
Após estudar cada um dos parâmetros farmacocinéticos acima apresentados é importante ressaltar que os
conhecer é fundamental para entender como nosso organismo lida com os fármacos administrados e como o
profissional de saúde pode usá-los a favor nos “casos clínicos” reais.
Conclusão
Concluímos a segunda unidade em que foi possível conhecer os conceitos de farmacocinética, desde os processos
de absorção até o término da ação do fármaco e sua excreção. Além disso, foi possível obter informações
relevantes sobre a fase da farmacodinâmica. Ou seja, você passou a compreender a base da ação do fármaco no
organismo. Foram abordados também conceitos importantes para compreender a classificação dos fármacos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conceituar farmacodinâmica e farmacocinética;
• esclarecer como os fármacos produzem seus efeitos terapêuticos;
•
•
- -15
• esclarecer como os fármacos produzem seus efeitos terapêuticos;
• analisar o que o corpo faz com o fármaco;
• diferenciar as quatro etapas da farmacocinética;
• identificar os parâmetros farmacocinéticos.
Bibliografia
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https://www.youtube.com/watch?v=IfpEzRDhh5I
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http://revista.oswaldocruz.br/Content/pdf/Edicao_9_Luma_Silva.pdf
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- -1
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
CAPÍTULO 3 - FARMACOLOGIA DOS 
SISTEMAS
Danielle Rachel dos Santos Carvalho
- -2
Introdução
Como profissionais da área da saúde, todos os dias estaremos em contato com pacientes e suas mais diversas
enfermidades. A observação clínica e o diagnóstico são fundamentais para identificar quais são as intervenções
mais indicadas para cada caso. Independente da severidade da doença, sabemos que a Farmacoterapia estará
presente, seja de forma contínua, nos casos de doenças crônicas, ou de forma temporária, no caso de anestésicos
e analgésicos usados quando o paciente necessita de uma cirurgia.
E como os fármacos são usados em benefício da saúde humana? Como as substâncias químicas interagem com os
diversos sistemas biológicos? Suas ações e alvos são iguais ou diferentes quando pensamos em cada sistema do
organismo?
Saber responder a essas perguntas é fundamental para os profissionais da saúde, uma vez que a escolha da
terapia medicamentosa mais indicada para cada situação é feita com base nas características dos fármacos e
como eles irão agir no paciente. Conhecendo tudo isso e sabendo dos benefícios que cada fármaco poderá
proporcionar, também é possível avaliar os riscos que os fármacos podem causar.
Nesta unidade, será estudado o sistema nervoso periférico, sua organização, a junção neuromuscular e como os
mediadores e fármacos adrenérgicos e colinérgicos exercem controle sobre a função do sistema nervoso.
Também vamos estudar a farmacologia de importantes sistemas, como o sistema respiratório, o cardiovascular,
o renal e o digestório.
Vamos começar? Bons estudos!
3.1 Organização do sistema nervoso
O sistema nervoso humano é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O
SNC é constituído de cérebro e medula espinhal, e o SNP é formado por nervos e gânglios nervosos.
- -3
Figura 1 - Na imagem é possível visualizar o SNC, contemplando as áreas em vermelho (cérebro e medula 
espinhal) e o SNP, contemplando as áreas em azul (nervos e gânglios).
Fonte: Systemoff, Shutterstock, 2020.
A seguir, vamos conhecer mais sobre a organização do SNP.
3.1.1 Organização do sistema nervoso periférico (SNP)
O SNP é formado anatomicamente pelas e . Nas , os impulsos nervosos sãovias aferente eferente vias aferentes
conduzidos e nas , os impulsos nervosos são enviados comopara o SNC vias eferentes oriundos do SNC
“resposta”. O SNP inclui todos os nervos que conectam o SNC aos locais somáticos e viscerais. Funcionalmente, é
- -4
conduzidos e nas , os impulsos nervosos são enviados comopara o SNC vias eferentes oriundos do SNC
“resposta”. O SNP inclui todos os nervos que conectam o SNC aos locais somáticos e viscerais. Funcionalmente, é
dividido em (involuntário) e (voluntário).sistema nervoso autônomo sistema nervoso sensorial e somático
O sistema nervoso autônomo regula as respostas involuntárias do músculo liso e do tecido glandular. Por
exemplo, controla tônus vascular, frequência e contratilidadecardíacas, constrição das pupilas, entre outras.
Está dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. Já o sistema nervoso periférico sensorial e
somático transporta sinais sensoriais da periferia para o SNC e sinais motores do SNC para o músculo estriado;
esses sinais regulam o movimento voluntário” (GOLAN ., 2014).et al
Figura 2 - Diagrama que conecta o sistema nervoso parassimpático e o sistema nervoso simpático com os órgãos 
em que atuam e ações consequentes.
Fonte: Designua, Shutterstock, 2020.
Agora que você já sabe que o SNP se divide em dois tipos, o que acha de começarmos a conhecer melhor o SNA?
Vamos lá!
3.1.2 Sistema nervoso autônomo (SNA)
O SNA é responsável por levar todas as informações provenientes do SNC para o organismo, com exceção da
inervação motora dos músculos esqueléticos, que é de responsabilidade do sistema nervoso somático. Além
disso, o trato gastrintestinal também não é estimulado pelo SNA, uma vez que o sistema nervoso entérico possui
recursos integrativos que permitem sua independência do SNC. O SNA é responsável por regular,
- -5
recursos integrativos que permitem sua independência do SNC. O SNA é responsável por regular,
principalmente, os seguintes processos: a contração e o relaxamento da musculatura lisa de vasos e vísceras,
todas as secreções exócrinas e algumas endócrinas, os batimentos cardíacos e o metabolismo energético,
particularmente no fígado e nos músculos esqueléticos (RANG , 2016).et al.
O SNA é formado por dois tipos de neurônios, os pré-ganglionares, cujas fibras são mielinizadas; e os pós-
ganglionares, cujas fibras não possuem bainha de mielina. Usualmente, no sistema autônomo, os neurônios pré-
ganglionares emergem da medula e fazem sinapse com os neurônios pós-ganglionares. As fibras desses
neurônios pós-ganglionares inervam os órgãos efetores e, assim, as informações transmitidas pelos neurônios
conseguem ser passadas adiante, até o órgão efetor, que no caso do SNA pode ser músculo liso, cardíaco e
glândulas (DELUCIA , 2014; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002).et al.
O sistema nervoso autônomo possui dois principais neurotransmissores. Clique no quadro a seguir e descubra 
quais são.
Principais neurotransmissores
Acetilcolina
Norepinefrina ou Noradrenalina
Você já sabe que o sistema nervoso autônomo é composto do sistema simpático e parassimpático. Agora vamos
entender melhor cada um deles.
Para você poder lembrar se facilmente de cada um, deve fazer a associação com os seguintes jogos de palavras.
Clique nas abas a seguir e descubra.
• SIMPÁTICO
“Luta ou fuga”= Isso porque em casos de emergência ou estresse é o sistema simpático que libera
noradrenalina e adrenalina. Ambos são neurotransmissores essenciais para que você possa tomar a
decisão de fugir rapidamente ou lutar.
• PARASSIMPÁTICO
“Descanso/digestão” = Isso porque quando as situações de emergência, perigo ou estresse acabam é o
sistema parassimpático que normaliza o funcionamento dos órgãos internos. Esse sistema é mediado
pela acetilcolina.
Os sistemas simpáticos e parassimpáticos são compostos por diferentes receptores. Clique nas abas a seguir e
descubra quais são.
S i s t e m a Receptores adrenérgicos = receptores α- e β-adrenérgicos e seus subtipos α
1
, α
2
, β
1
, β
2
 E 
VOCÊ O CONHECE?
Henry Halett Dale é um fisiologista inglês, nascido em 1875 e vencedor do prêmio Nobel em
Fisiologia e Medicina em 1936. Dale ficou muito conhecido graças a suas pesquisas sobre as
descobertas na transmissão química de impulsos nervosos.
•
•
- -6
S i s t e m a
simpático
Receptores adrenérgicos = receptores α- e β-adrenérgicos e seus subtipos α
1
, α
2
, β
1
, β
2
 E 
β
3
S i s t e m a
Parassimpático
Receptores colinérgicos = receptores nicotínicos e muscarínicos e seus subtipos M
1
, M
2
,
M
3
, Nm E Nn
É importante saber que essas diferenças de receptores existem, pois para que a fibra nervosa exerça ação sobre
o órgão efetor é necessário a presença do neurotransmissor. No caso dos , a receptores colinérgicos
é o neurotransmissor responsável por produzir os efeitos parassimpáticos e, para os acetilcolina receptores
, a é o neurotransmissor responsável por produzir os efeitos simpáticos. A adrenérgicos noradrenalina
 também pode agir nos , a fim de aumentar os efeitos na noradrenalina,adrenalina receptores adrenérgicos
quando necessário.
A seguir, você encontrará um resumo das principais características dos receptores adrenérgicos e colinérgicos.
VOCÊ SABIA?
A noradrenalina é um neurotransmissor endógeno que faz parte de um grupo conhecido como
catecolaminas. Além dela, a dopamina e a adrenalina também são chamadas assim. Todas as
três substâncias são sintetizadas a partir da tirosina, um aminoácido não essencial, oriundo da
dieta ou sintetizada a partir da fenilalanina, um aminoácido essencial.
- -7
Quadro 1 - Principais características dos receptores adrenérgicos e colinérgicos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SCHELLACK, 2014.
É importante enfatizar que os sistemas simpático e parassimpático não são oponentes fisiológicos. Acreditar que
existe um estado em que o sistema parassimpático está ativo enquanto o simpático está inativo, ou vice e versa, é
uma supersimplificação. Na verdade, no dia a dia, o sistema nervoso autônomo age de modo contínuo (RANG et
, 2016).al.
Dando sequência aos nossos estudos, vamos aos fármacos adrenérgicos e colinérgicos.
VOCÊ QUER VER?
No vídeo (2018), da série “Ciência da Transformação”,Sistema Simpático e Parassimpático
você verá uma explicação de forma bem dinâmica e aplicada da ação do sistema simpático e
parassimpático no nosso organismo. Aproveite para reforçar os conceitos estudados por você!
Assista em: .https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
- -8
3.1.3 Fármacos adrenérgicos e antiadrenégicos
O que significa dizer que um fármaco é adrenérgico? E antiadrenérgico?
Segundo DeLucia . (2014, p. 211), é um fármaco que “[…] imita total ou parcialmente os efeitos daet al
estimulação nervosa simpática sobre os órgãos efetores são denominados adrenérgicos ou simpatomiméticos”. A
ideia de chamar um fármaco de simpatomimético deve-se ao fato deste conseguir mimetizar as ações do sistema
nervoso simpático. O oposto, ou seja, os que reduzem ou eliminam os efeitos da estimulação simpática, bem
como de fármacos adrenérgicos, são chamados de antiadrenérgicos ou simpatolíticos.
Os fármacos simpaticomiméticos podem ser classificados em três tipos, de acordo com sua ação. Clique nas abas
a seguir e descubra quais são eles.
Ação Direta Atuam diretamente nos receptores
A ç ã o
Indireta
Atuam indiretamente, liberando noradrenalina da terminação nervosa
Ação Mista Atuam direta e indiretamente
Deve-se ressaltar que as catecolaminas são usadas com frequência como fármacos, contudo, a maioria dos
agonistas existentes são análogos estruturais dessas substâncias, que apresentam como uma grande vantagem a
especificidade por certos subtipos de receptores adrenérgicos, o que possibilita o aumento da ação terapêutica
do fármaco em questão.
Quando falamos que o fármaco sintético apresenta especificidade por certos subtipos de receptores
adrenérgicos, significa dizer que ele pode ser um agonista nos receptores α, mas não nos receptores β, por
exemplo. Isto é, nesse casso, o fármaco seria chamado de agonista adrenérgico α . Ainda nesse-seletivo
contexto, deve-se considerar se o fármaco em questão apresenta seletividade entre os subtipos de receptores α,
ou seja, se ele é seletivo para α
1
 ou α
2
. Se, nesse caso, o fármaco não apresenta seletividade para α
1
 ou α
2 , 
podemos dizer que ele é um α- agonista não seletivo.
Saiba que como os receptores adrenérgicos têm grande influência no tônus vascular, do músculo liso e da
VOCÊ SABIA?
A adrenalina é considerada um agonista adrenérgico não seletivo. Isso porque ela pode se ligar
tanto a receptores α e β. Além disso, não há restrição quanto aos subtipos de receptores α e β,
ou seja, ela é capazde interagir com α e α , β , β e β . Um exemplo disso é que quando
1 2 1 2 3
administrada em altas doses, estimula α e β , com efeitos mais pronunciados em α , o que
1 1 1
gera o aumento da pressão arterial. Além disso, a adrenalina (via intramuscular ou
endovenosa) é um fármaco de escolha em situações clínicas graves, como, por exemplo, na
anafilaxia, reação alérgica grave que pode provocar a morte. A anafiliaxia causa
broncoconstrição e hipersecreção mucosa, o que resulta em obstrução das vias aéreas e asfixia.
Os efeitos β- adrenérgicos da adrenalina são essenciais nesse caso. Ou seja, devido aos efeitos
vasoconstritores, diminui o edema da mucosa e a obstrução das vias aéreas superiores. Além
disso, promove efeitos broncodilatadores.
- -9
Saiba que como os receptores adrenérgicos têm grande influência no tônus vascular, do músculo liso e da
contratilidade cardíaca, as substâncias que agem como agonistas ou antagonistas desses receptores terão grande
importância na terapia da hipertensão, asma, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, entre outras
patologias (RANG ., 2016).et al
A seguir, você encontrará os diferentes tipos de receptores adrenérgicos e exemplos de fármacos que agem em
cada um deles.
- -10
Quadro 2 - Exemplos de fármacos e classificação dos agonistas e antagonistas adrenérgicos em função de sua 
seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016; DELUCIA et al., 2014; 
RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002.
Agora que você já estudou os adrenérgicos e antiadrenégicos, já conhece alguns deles e seus principais usos,
vamos finalizar as drogas que agem no sistema nervoso com os fármacos colinérgicos.
- -11
3.1.4 Fármacos colinérgicos e anticolinérgicos
O que significa falar que um fármaco é colinérgico? E antiacolinérgico?
De acordo com DeLucia . (2014), um é aquele que imita os efeitos da acetilcolina, comet al fármaco colinérgico
ação no sistema nervoso parassimpático. É por esse motivo que também podem ser chamados de 
. O oposto, ou seja, os que reduzem ou eliminam os efeitos da estimulaçãoparassimpaticomiméticos
parassimpática, são conhecidos como ou .anticolinérgicos parassimpaticolíticos
Os fármacos parassimpaticomiméticos podem ser classificados em dois tipos, de acordo com sua ação. Clique nas
abas a seguir e descubra quais são eles.
Ação Direta Atuam diretamente nos receptores.
Ação Indireta
Atuam indiretamente, inibindo a ação da enzima colinesterase, aumentando acetilcolina
nas sinapses parassimpáticas.
Os produzem suas respostas ao ativar os receptoresfármacos agonistas colinérgicos muscarínicos
muscarínicos e os produzem suas respostas ao ativar osfármacos agonistas colinérgicos nicotínicos 
receptores nicotínicos. 
Clique nas abas a seguir e conheça como os agonistas colinérgicos muscarínicos são divididos.
Ésteres de
colina
Acetilcolina, metacolina e carbacol
Alcalóides
naturais
Pilocarpina, muscarina e arecolina
A seguir, você encontrará os principais agonistas colinérgicos muscarínicos e nicotínicos e sua indicação.
Quadro 3 - Exemplos de fármacos e classificação dos agonistas colinérgicos em função de sua seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al.,2014; DELUCIA et al., 2014; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; 
CORREDERA, 2002.
- -12
Já os exercem sua ação através do bloqueio dos receptores muscarínicos ouantagonistas colinérgicos 
nicotínicos das células efetoras autonômicas, ligando-se diretamente ao sítio agonista, podendo assim serem
chamados de anticolinérgicos. De acordo com Golan . (2014), a ação do antagonista pode ser produzida peloet al
bloqueio competitivo do estímulo do receptor pela acetilcolina endógena ou pela administração exógena de
agonistas do receptor.
Clique nas abas a seguir e conheça como os antagonistas colinérgicos muscarínicos são divididos (RODRÍGUEZ;
RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002).
Alcalóides
naturais
Atropina e escopolamina
Compostos
de amônio
sintéticos
Ciclopentolato e Ipatrópio
Os fármacos antinicotínicos podem ser divididos em dois grupos. Clique nas abas a seguir e conheça esses
grupos (SCHELLACK, 2014).
Bloqueadores
de gânglios
Trimetafano
Relaxantes
d a
musculatura
esquelética
d e a ç ã o
periférica
Suxametônio
A seguir, você encontrará os principais antagonistas colinérgicos muscarínicos e nicotínicos e sua indicação.
- -13
Quadro 4 - Exemplos de fármacos e classificação dos antagonistas colinérgicos em função de sua seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; DELUCIA et al., 2014; RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ; 
CORREDERA, 2002.
Depois de estudar o SNA e todas as suas peculiaridades, vamos conhecer mais sobre o sistema nervoso somático.
Acompanhe!
3.1.5 Sistema nervoso somático
As inervações do músculo esquelético não estão relacionadas ao SNA, mas sim ao sistema nervoso somático
eferente, que inervam diretamente os músculos estriados, sem a mediação de gânglios, com os corpos neurais
localizados dentro do SNC. Uma das principais diferenças do SNA para o sistema nervoso somático é que este
último está sob controle voluntário.
Os neurônios motores ligam-se aos músculos esqueléticos na junção neuromuscular (JNM), de forma que ocorra
a sinapse entre ambos. Na JNM, a membrana da fibra muscular do tecido que está em contato com cada neurônio
motor é chamada de placa motora. O neurotransmissor desse sistema, que é liberado para estimular a fibra
muscular, é a acetilcolina e os receptores presentes na região da placa motora são os nicotínicos, subtipo N
m
.
Quando esses receptores são estimulados, ou seja, quando o impulso nervoso é transmitido para a fibra
muscular, ocorre a despolarização da placa motora terminal e a contração da musculatura esquelética acontece.
A atividade desse sistema é modulada por fármacos que atuam na JNM, afetando os receptores nicotínicos da
- -14
A atividade desse sistema é modulada por fármacos que atuam na JNM, afetando os receptores nicotínicos da
acetilcolina. Clique nas abas a seguir e conheça os tipos (GOLAN , 2014).et al.
Agonistas
d o s
receptores
nicotínicos
Um exemplo é o fármaco succinilcolina, que ao se ligar aos receptores nicotínicos da
Acetilcolina, produzem um bloqueio despolarizante. É usado clinicamente para induzir
paralisia durante a cirurgia.
Antagonistas
d o s
receptores
nicotínicos
Um exemplo é o fármaco tubocurarina, que ao se ligar aos receptores nicotínicos da
Acetilcolina, produzem um bloqueio não despolarizante ou competitivo. Ou seja, ao
antagonizar tais receptores, bloqueiam a ligação da Acetilcolina endógena e a
despolarização das células musculares. É usado clinicamente em anestesias para limitar os
movimentos durante as cirurgias.
Agora que finalizamos com os fármacos do SNP, vamos conhecer são quais os fármacos que atuam no sistema
respiratório.
3.2 Fármacos do sistema respiratório
Sabemos que o sistema respiratório é composto por: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos,
alvéolos e pulmões.
Vamos estudar agora os principais fármacos que atuam no sistema respiratório, considerando os seguintes
grupos farmacológicos: broncodilatadores, expectorantes e mucolíticos.
Clique nas abas a seguir e conheça cada um deles.
• Broncodilatadores
Grupo de fármacos que promove relaxamento da musculatura lisa brônquica, promovendo a
broncodilatação, que favorece o aumento do fluxo de ar e as trocas gasosas.
• Expectorantes
Grupo de fármacos que facilita a eliminação de secreções, o chamado muco, da mucosa traqueobrônquica.
• Mucolíticos
Grupo de fármacos que facilita a eliminação de secreções, o chamado muco, da mucosa
traqueobrônquica, ao modificar as características físico-químicas do muco, diminuindo sua viscosidade.
Os broncodilatadores são grupos de fármacos muito utilizados no tratamento da asma, no que diz respeito ao
alívio da dispneia e sibilos. Os fármacos que podem ser usados para essa finalidade são as metilxantinas, os
agonistas dos receptores β
2
 e os antagonistas dos receptores muscarínicosM
1
 e M
3
. Vale ressaltar que a
administração desses medicamentos pode ocorrer pelas vias inalatória, oral ou intravenosa.
Veja a seguir exemplos de fármacos pertencentes a classe dos expectorantes e mucolíticos.
•
•
•
- -15
Quadro 5 - Exemplos de fármacos broncodilatadores.
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Os expectorantes e mucolíticos são grupos de fármacos muito utilizados em casos clínicos em que ocorre o
acúmulo de muco, como nas enfermidades respiratórias conhecidas como asma e doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC). Os expectorantes produzem sua ação farmacológica através de diferentes formas de estimular
mecanismos de expulsão do muco, como estímulo das terminações nervosas parassimpáticas, o que também
estimula o reflexo da tosse e aumenta o volume das secreções. Já os mucolíticos produzem sua ação
farmacológica ao modificar as características físico-químicas do muco, através de enzimas lisossômicas,
diminuindo sua viscosidade.
Veja a seguir você c exemplos de fármacos pertencentes a classe dos Expectorantes e Mucolíticos.
Quadro 6 - Exemplos de fármacos expectorantes e mucolíticos
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Vamos continuar nossos estudos com os fármacos que atuam no sistema cardiovascular. Acompanhe!
3.3 Fármacos do sistema cardiovascular
Você sabe que o sistema cardiovascular é composto pelo coração, vasos sanguíneos e sangue e que todos sofrem
influência do SNC. O coração e os vasos sanguíneos sofrem com a influência tanto do sistema nervoso simpático
quanto do parassimpático.
A Farmacoterapia do sistema cardiovascular é extensa e nesta unidade vamos estudar os seguintes grupos
VOCÊ QUER VER?
Assista ao vídeo do Dr. Dráuzio Varella chamado (2015). Nele, o médicoTratamento da asma 
explica como os medicamentos são usados nos casos de asma e como os broncodilatadores são
úteis no tratamento. Assista em: .https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8
https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8
- -16
A Farmacoterapia do sistema cardiovascular é extensa e nesta unidade vamos estudar os seguintes grupos
farmacológicos: digitálicos, antiarrítmicos e anti-hipertensivos.
Vamos começar pelos . Para que eles servem? Digitálicos também podem ser chamados dedigitálicos
cardiotônicos e são fármacos usados para aumentar a força da contração do miocárdio.
O aumento da contração do miocárdio só acontece quando ocorre um aumento da concentração de íons cálcio
intracelular. Isso ocorre através da inibição da bomba Na+/k+ ATPase das membranas das células dos miócitos
cardíacos, que aumenta o sódio intracelular e, consequentemente, o cálcio. Logo, o cálcio se liga à troponina T,
impedindo o relaxamento cardíaco e, consequentemente, contraindo a musculatura (SCHELLACK, 2014).
Quando isso é útil clinicamente? Eles são muito utilizados em casos de insuficiência cardíaca, em que o coração
não está bombeando sangue suficiente para o corpo.
Clique a seguir e conheça os principais fármacos do tipo digitálicos.
Digoxina
Metildigoxina
Digitoxina
Os digitálicos costumam causar uma série de efeitos adversos, como: náusea, vômito, diarreia, confusão mental,
entre outras.
Dando continuidade aos fármacos do sistema cardiovascular, vamos falar agora sobre os .antiarrítmicos
Primeiro, vamos começar respondendo à seguinte pergunta: para que eles servem?
Os fármacos antiarrítmicos são usados para tratar ou prevenir arritmias cardíacas, que são responsáveis por
alterar o ritmo normal do coração, aumentando ou diminuindo.
Existem quatro classes diferentes, pois apresentam diferentes mecanismos de ação. São elas:
• : bloqueiam os canais de NaClasse I + nas membranas das células musculares cardíacas.
• : agem como antagonistas dos receptores β-adrenérgicos cardíacos.Classe II
• : bloqueiam os canais de KClasse III + nas membranas das células musculares cardíacas.
• : bloqueiam os canais de CaClasse IV 2+ nas membranas das células musculares cardíacas.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns fármacos representantes de cada classe.
Classe I Quinidina, Procainamida, lidocaína, mexiletina, fenitoína, flecainida e propafenona. 
Classe II Propanolol, atenolol, metoprolol e acebutolol.
Classe III Dofetilida, sotalol e amiodarona.
Classe IV Verapamil e diltiazem
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Digitálicos: os resultados do DIG no século XXI”, dos autores Izo Helber e Paulo Tucci
(2009) aborda quais são as opiniões atuais a respeito do uso dessa classe de medicamentos no
tratamento da insuficiência cardíaca. Você pode ler o artigo disponível em: http://www.scielo.
.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
•
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http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
- -17
Classe IV Verapamil e diltiazem
Agora, vamos estudar os fármacos . Os fármacos anti-hipertensivos são usados noanti-hipertensivos
tratamento da hipertensão arterial, pois agem regulando a pressão arterial.
Antes de trazer como os fármacos agem, é importante lembrar que os dois principais fatores que interferem na
pressão arterial são o débito cardíaco (DC) e a resistência vascular periférica (RVP). Por esse motivo, os
fármacos anti-hipertensivos irão atuar sob esses dois fatores, reduzindo o DC e/ou a RVP, o que,
consequentemente, diminui a pressão arterial.
Existem 6 classes diferentes de anti-hipertensivos. Vamos conhecê-las.
• : reduzem o volume de líquidos do corpo, eliminado sódio e água, e reduzem ainda a RVP. As Diuréticos
classes de diuréticos mais utilizados são: tiazídicos, de alça e os poupadores de potássio.
• : antagonizam os efeitos do sistema nervoso autônomo simpático, ou seja, Inibidores adrenérgicos
promovem vasodilatação e redução do DC.
• : agem diretamente na musculatura lisa vascular, promovendo a Vasodilatadores de ação direta
vasodilatação, e, consequentemente, reduzindo a RVP.
• : agem bloqueando os canais de cálcio, o que, consequentemente, Bloqueadores dos canais de cálcio
impede a vasoconstrição, diminuindo a RVP.
• : agem no sistema renina angiotensina Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA)
impedindo a conversão da angiotensina I em II. Esta última é responsável pela vasoconstrição periférica, 
pela reabsorção de sódio e água, ou seja, fatores que aumentam a pressão arterial.
• : agem bloqueando os receptores da angiotensina II, Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II
o que, consequentemente, impede os efeitos da angiotensina II (citados acima) na pressão arterial.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
Diuréticos Hidroclorotiazida, Furosemida e Espironolactona
Inibidores
adrenérgicos
Nebivolol, Atenolol, Prazosina e Propanolol
Bloqueadores
dos canais de
cálcio
Verapamil, Nifedipina e Diltiazem
Inibidores da
e n z i m a
conversora
d a
angiotensina
(ECA)
Captopril e Enalapril
Antagonistas
do receptor
A T 1 d a
angiotensina
II
Losartana e Valsartana
Muito bem! Finalizamos os estudos a respeito dos fármacos que agem sob o sistema cardiovascular. Agora,
vamos seguir com os fármacos que agem sob o sistema renal.
•
•
•
•
•
•
- -18
3.4 Fármacos do sistema renal: diuréticos e inibidores da 
ECA
Você sabe que os rins desempenham funções essenciais no nosso corpo. Como, por exemplo, são responsáveis
pela regulação de líquidos, por meio dos processos de filtração, excreção e reabsorção de líquidos no nosso
organismo. Além disso, são fundamentais para a homeostase do nosso corpo, participando da regulação de íons,
do pH e da pressão arterial (envolvidos na produção de renina).
Para compreender a farmacoterapia do sistema renal, vamos estudar os diuréticos. Diuréticos são fármacos que
aumentam o volume urinário, uma vez que alteram os processos normais de reabsorção e secreção tubular de
água e sal, principalmente o Na+ e o Cl-, principal responsável pelo volume de líquido extracelular.
Como os fármacos diuréticos conseguem produzir seu efeito? Para exercer sua ação farmacológica, as diferentes
classes de diuréticos agem através de diferentes mecanismos de ação, de acordocom o seu local de ação,
estrutura química, entre outros.
Baseado nessas diferenças, existem 5 classes de diuréticos (RANG ., 2016; KATZUNG; TREVOR, 2017; GOLAN et al
., 2014).et al
• : sua ação ocorre em maior parte na região do túbulo proximal, aumentando a osmolaridade Osmóticos
do líquido tubular e, consequentemente, limitando a reabsorção de água pelos néfrons. Além disso, 
promove a diminuição da reabsorção tubular de Na+.
• : sua ação ocorre no ramo ascendente espesso da alça de Henle, inibindo o transportador NaDe alça +/K+
/2Cl- presente na membrana das células renais. Isso resulta em um aumento da excreção de Na+ e Cl-, 
indiretamente de Ca2+ e Mg2+, o que gera redução da reabsorção de água no túbulo coletor, aumentando 
a sua eliminação. Eles são considerados os diuréticos mais potentes.
• : agem no túbulo contorcido distal, inibindo a ação do íon cotransportador NaTiazídicos +Cl- presente na 
membrana dos néfrons, o que resulta em um aumento da eliminação de Na+, Cl-, consequentemente, de 
água.
• : agem aumentando a reabsorção de potássio no néfron e interrompendo a Poupadores de potássio
reabsorção de Na+ na região do ducto coletor, por meio da inibição da biossíntese de novos canais de Na+ 
nas células, ao se ligar aos receptores da aldosterona (antagonistas da aldosterona) ou pelo bloqueio da 
atividade dos canais de Na+ na membrana das células (inibidores dos canais de sódio regulados por 
aldosterona).
• : agem bloqueando a reabsorção de bicarbonato de sódio na região do túbulo Anidrase carbônica
proximal dos néfrons, o que causa diurese de bicarbonato de sódio e, consequentemente, diminuição de 
suas reservas corporais totais. Vale lembrar que a reabsorção de bicarbonato está relacionada com a 
reabsorção de sódio.
O uso do diurético é indicado quando há necessidade de diminuir o volume sanguíneo, no tratamento da
hipertensão arterial, em casos de edema decorrentes principalmente da insuficiência cardíaca, cirrose hepática,
entre outros.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
Osmóticos Manitol e Glicerol
De alça Fusosemida e Torasemida
Tiazídicos Hidroclorotiazida e Clortalidona
•
•
•
•
•
- -19
Tiazídicos Hidroclorotiazida e Clortalidona
Poupadores
de potássio
Espironolactona e Amilorida
Anidrase
carbônica
Acetazolamida e Dorzolamida
Os também podem ser usados com essa finalidade. Isso porque como já mencionado, essesinibidores da ECA 
fármacos interrompem o eixo da renina-angiotensina, ao reduzir a conversão de angiotensina I em angiotensina
II, o que resulta em vasodilatação arteriolar, diminuição da síntese de aldosterona, redução da reabsorção de
NaCl, entre outros. Esses efeitos citados resultam em diminuição da pressão arterial e aumento da excreção
urinária de sódio (GOLAN ., 2014). Há também a possibilidade de combinar alguns diuréticos com inibidoreset al
da ECA, a fim de aumentar o efeito anti-hipertensivo sinérgico. Os diuréticos tiazídicos são exemplos de
diuréticos que promovem bons resultados quando associados aos inibidores da ECA.
Finalizamos os estudos a respeito dos fármacos que agem sob o sistema renal. Agora, para finalizar esta unidade,
vamos aos fármacos que agem sob o sistema digestório.
3.5 Fármacos do sistema digestório
Sabemos que o sistema digestório tem como principal função digestão e absorção de alimentos. Contudo, é
importante saber que o trato gastrointestinal (TGI) é um dos principais sistemas endócrinos do corpo e tem sua
própria rede neuronal integradora, o sistema nervoso entérico. Este faz parte do SNA e se estende ao longo do
TGI, controlando a motilidade, secreção, absorção, fluxo sanguíneo e processos inflamatórios, que envolvem
CASO
Quando os inibidores da ECA são administrados a um paciente, devido à hipertensão arterial,
já se sabe que um dos principais efeitos colaterais que podem aparecer é a tosse seca
persistente, possivelmente decorrente de acúmulo de bradicinina. Os medicamentos mais
conhecidos dessa classe farmacológica são captopril, enalapril, ramipril e lisinopril, ou seja,
medicamentos largamente utilizados e de eficácia reconhecida no controle da hipertensão
arterial. De acordo com a literatura, essa tosse é observada em até 20% dos pacientes que
fazem uso de captopril, por exemplo, mas não produzem nenhum efeito fisiológico grave, mas
sim desconforto, comprometimento da qualidade da voz e até mesmo limitar a adesão do
paciente ao tratamento (GOLAN ., 2014).et al
Estudo feito com 279 pacientes com diagnóstico de HAS, atendidos pelo programa HIPERDIA
do Programa Saúde da Família (PSF), em Alagoas, buscou identificar a presença de efeitos
colaterais decorrentes da associação de um fármaco inibidor da ECA com um diurético. Após a
pesquisa, os resultados encontrados mostraram que tosse seca foi o efeito colateral mais
presente. Houve também relatos de alteração do paladar, outro efeito colateral de inibidores
da ECA (GOMES; PAZ JÚNIOR; LIMA, 2009).
- -20
TGI, controlando a motilidade, secreção, absorção, fluxo sanguíneo e processos inflamatórios, que envolvem
muitos neuropeptídeos e outros transmissores, como acetilcolina e norepinefrina, 5-hidroxitriptamina (5-HT),
purinas, óxido nítrico e inúmeros peptídeos farmacologicamente ativos (RANG ., 2016).et al
Para compreender a farmacoterapia do sistema digestório, vamos estudar antissecretores, antieméticos,
laxantes e antidiarreicos. Vamos começar com os .antissecretores
Esses fármacos são utilizados com a finalidade de reduzir a secreção de ácido gástrico.
Para exercer sua ação farmacológica, os antissecretores podem ter diferentes mecanismos de ação. Baseado
nisso, podemos dizer que eles podem ser antagonistas dos receptores histamínicos H
2
 ou inibidores de bombas
de prótons.
Os receptores histamínicos H
2 
são responsáveis por facilitar a secreção de ácido gástrico no estômago, por esse
motivo os antagonistas competem por esses receptores, diminuindo a secreção de ácido basal e a estimulada por
alimentos. Já os inibidores de bombas de prótons agem inibindo essa bomba de forma irreversível, por meio da
inibição da enzima H+/K+-ATPase, o que bloqueia a secreção ácida no estômago (SCHELLACK, 2014; RANG .,et al
2016).
Isso é útil clinicamente quando deseja-se tratar úlcera péptica e em casos de refluxo gastroesofagiano.
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe:
• Antagonistas dos receptores histamínicos H
2
 :Ranitidina e Cimetidina
• Inibidores de bombas de prótons: Omeprazol e Pantoprazol
Agora, vamos estudar os fármacos . A primeira pergunta que vamos responder é: para que elesantieméticos
servem? São fármacos utilizados para reduzir a náusea ou o vômito.
Para exercer sua ação farmacológica, os antieméticos podem ter diferentes mecanismos de ação. Baseado nisso,
podemos dizer que eles podem ser antagonistas dos receptores H
1 
(presentes na musculatura lisa do TGI), dos
muscarínicos, dos receptores 5-HT
3
 (presentes na zona gatilho químico-emético), dos receptores D
2
, da
neurocinina-1 e os canabinoídes (SCHELLACK, 2014; RANG ., 2016).et al
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
• antagonistas dos receptores de histamina H
1
: cinarizina e prometazina
• antagonistas muscarínicos: hioscina e escopolamida 
• antagonistas dos receptores serotoninérgicos 5-HT3: ondansetrona e Granisetrona
• antagonistas dos receptores dopaminérgicos D2: metoclopramida e domperidona
• antagonistas da neurocinina-1: aprepitanto
• canabinoídes: nabilona e dronabiol.
E quanto aos ? Para que servem? Os laxantes também podem ser chamados de fármacos purgativos elaxantes
são úteis para estimular (aumentar) a eliminação de fezes, muito usados em casos de constipação intestinal.
Esses fármacos alteram a motilidade do TGI, fazendo com que o trânsito de alimentos pelo intestino aconteça de
forma mais rápida. Eles podem ser: laxativos formadores de volume, laxativos osmóticos, emolientes fecais e
laxativos estimulantes (RANG ., 2016).etal
Os conseguem promover a retenção de água, aumentando a massa fecal, distendendo asformadores de volume
paredes do intestino, o que aumenta o peristaltismo. Os produzem um aumento de água nolaxativos osmóticos
intestino, o que aumenta o peristaltismo. Com relação aos agem como um detergente,emolientes fecais
facilitando a agregação das fezes com água e gordura, o que gera um amolecimento das fezes. Por último, os 
 são responsáveis por gerar uma pequena resposta inflamatória na mucosa intestinal, levando aestimulantes
secreção de eletrólitos e água, o que aumenta a motilidade do intestino.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
Formadores
de volume
Psyllium
•
•
•
•
•
•
•
•
- -21
de volume
Osmóticos Lactulose, Sulfato de magnésio e Glicerina
Emolientes
fecais
Docusato de sódio
Estimulantes Bisacodil e Óleo de ricino
Agora, para finalizar, vamos estudar os fármacos . Primeiro, você sabe para que eles servem?antidiarreicos
É um medicamento usado para o controle da diarreia, estado em que as fezes perdem sua consistência, tornando-
se mais aquosas. A diarreia pode surgir em decorrência de uma intoxicação, de uma doença latente, efeito
colateral de um medicamento, entre outros. 
Os fármacos conhecidos como antimotilidade agem diminuindo a motilidade do intestino, conhecidos como
opioides e anticolinérgicos muscarínicos, ambos inibem a liberação de acetilcolina, o que reduz o peristaltismo.
Os adsorventes agem adsorvendo micro-organismos e toxinas, alterando a microbiota intestinal ou revestindo e
protegendo a mucosa intestinal. Já os antiespasmódicos diminuem os espasmos, por meio do bloqueio de
receptores muscarínicos (RANG ., 2016).et al
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe:
• Antimotilidade: Lorepamida e Tintura de ópio
• Adsorvente: Carvão ativado e pectina
• Antiespasmódico: Escopolamina e papaverina.
É importante lembrar que quando uma pessoa apresenta diarreia, ocorre a perda de eletrólitos e água. Por isso, é
necessário beber muito líquido, como água ou até soro (contendo água, açúcares e sais) para pessoas já
desidratadas.
Conclusão
Ao finalizar os estudos, pudemos conhecer como o sistema nervoso está organizado, sendo que o enfoque foi
para o sistema nervoso periférico. Foi possível conhecer suas subdivisões, receptores, neurotransmissores e os
principais fármacos que atuam neste sistema. Além disso, relembramos um pouco dos sistemas respiratório,
cardiovascular, renal e digestório, o que foi essencial para abordar como e porque os fármacos agem nesses
sistemas.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• recordar o sistema nervoso central e periférico;
• conhecer o sistema nervoso somático e autônomo, seus receptores e neurotransmissores;
• identificar os fármacos adrenérgicos e antiadrenégicos e suas funções;
• identificar os fármacos colinérgicos e anticolinérgicos e suas funções;
• recordar os sistemas respiratório, cardiovascular, renal e digestório;
• identificar os fármacos que agem no sistema respiratório, suas classes e funções;
• identificar os fármacos que agem no sistema cardiovascular, suas classes e funções;
• identificar os fármacos que agem no sistema renal, suas classes e funções;
• identificar os fármacos que agem no sistema digestórios, suas classes e funções.
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Bibliografia
DELUCIA, R. . : uso racional de medicamentos. 5. ed. Joinville: Clube de Autores,et al Farmacologia integrada
2014.
GOLAN, D. E. . : a base fisiopatológica da farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro:et al Princípios de farmacologia
Guanabara Koogan, 2014.
GOMES, M. A. M.; PAZ JÚNIOR, J. D.; LIMA, P. D. A. Efeitos colaterais relatados por pacientes referentes ao uso da
associação captopril-hidroclorotiazida. , Rio de Janeiro, v. 22, n. 5, p. 303-308, 2009.Revista SOCERJ
HELBER, I.; TUCCI, P. J. F. Digitálicos: os resultados do DIG no século XX. , Arquivos Brasileiros de Cardiologia
São Paulo, v. 95, n. 4, p. e108-e111, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf.
Acesso em: 26 jan. 2020.
KATZUNG, B.; TREVOR, A. . 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.Farmacologia básica e clínica
RANG, H. P. . . 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.et al Rang & Dale Farmacologia
RODRÍGUEZ, F. J. M.; RODRÍGUEZ, M. L.; CORREDERA, M. A. . Plaza de la Revolución:Farmacología general
Editorial Ciencias Médicas, Habana, 2002.
SHELLACK, G. : uma abordagem didática. 2. ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2014.Farmacologia
SISTEMA Simpático e Parassimpático [Série "Ciência da Transformação" - Ep. 7]. 2018. 1 vídeo (5 min 20s).
Publicado no canal: Gabriel Menezes Mindfulness. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=o9YGmXAaNNo. Acesso em: 26 jan. 2020.
TRATAMENTO da asma | Dicas de Saúde. 2015. 1 vídeo (1 min 34 s). Publicado no canal: Drauzio Varella.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8. Acesso em: 26 jan. 2020.
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8
https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8
- -1
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
CAPÍTULO 4 - FARMACOLOGIA DOS 
SISTEMAS
Danielle Rachel dos Santos Carvalho
- -2
Introdução
É indiscutível que a terapêutica medicamentosa é de fundamental importância para melhorar o controle e/ou
tratamento das diversas doenças. Os profissionais da saúde, independentemente de estarem aptos ou não para a
prescrição medicamentosa, devem estar seguros com relação aos conhecimentos de farmacologia, que abrangem
desde indicação, usos, riscos e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos.
Para isso, vamos iniciar os estudos desta unidade pelo sistema nervoso central (SNC) e sua organização. A partir
dessas reflexões, vamos seguir para os principais fármacos que atuam neste sistema, como os ansiolíticos,
hipnóticos-sedativos, antidepressivos, anestésicos. Esses nomes devem parecer familiar para você, não é
verdade? Isso porque esses fármacos são os mais usados no dia a dia pela população, como, por exemplo, para o
alívio da dor. Mas você deve estar se perguntando: quais são seus mecanismos de ação? Todos agem da mesma
forma? Quais são seus efeitos farmacológicos? Há uma aplicação clínica específica para cada um? Quais são essas
aplicações?
Nesta unidade, vamos conhecer ainda a farmacologia da dor e inflamação, aprofundando os estudos sobre
opioides, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e os esteroidais (AIES). Qual a diferença entre eles? Como
agem? O que causam de efeitos adversos? Sabe o que mais você encontrará nesta unidade? A farmacologia do
diabetes e das dislipidemias. Você será capaz de entender como eles agem no nosso organismo e,
consequentemente, como geram os seus efeitos terapêuticos.
Por fim, vamos estudar a classe de fármacos conhecida como antimicrobianos, que são compostos por
antibióticos, antifúngicos, antiparasitários e antivirais.
Vamos lá? Tenha um excelente estudo!
4.1 Sistema nervoso central (SNC)
O SNC é composto de cérebro, diencéfalo, cerebelo, tronco encefálico e medula espinal. O tronco encefálico, por
sua vez, é formado pelo conjunto de mesencéfalo, ponte e bulbo, que juntos conectam a medula espinal com
cérebro, diencéfalo e cerebelo. O SNC é responsável por transmitir e processar os sinais recebidos do sistema
nervoso periférico (SNP). Esse processamento resulta em respostas formuladas e retransmitidas à periferia,
sendo responsável por funções importantes, como percepção, incluindo processamento sensorial, auditivo e
visual, estado de vigília, linguagem e consciência.
- -3
Figura 1 - Organização anatômica do sistema nervoso central.
Fonte: GOLAN et al., 2014, p. 242.
Segundo Golan . (2014, p. 248), a organização celular do SNC pode ser considerada complexa, uma vez que “aet al
informação não é apenas transmitida de uma área para outra; emvez disso, os neurônios centrais recebem sinais
de numerosas fontes e distribuem amplamente seus próprios axônios. Ou seja, alguns neurônios fazem sinapse
com outros milhares de neurônios”.
4.1.1 Neurotransmissores do SNC
Para que os neurônios sejam capazes de enviar as informações necessárias por todo o corpo, precisa haver uma
comunicação entre eles. Mas, como você já sabe, os neurônios não estão conectados uns aos outros, é necessária
que as moléculas de neurotransmissores sejam liberadas nas sinapses, após a chegada de um impulso, para que,
- -4
que as moléculas de neurotransmissores sejam liberadas nas sinapses, após a chegada de um impulso, para que,
assim, exerçam suas ações em receptores específicos na membrana pós-sináptica.
Os neurotransmissores podem ser classificados de acordo com a sua função. Clique na aba a seguir e descubra
quais são eles (DELUCIA , 2014).et al.
EXCITATÓRIO
ao interagir com o receptor gera despolarização localizada, aumentando a
permeabilidade ao Na+ e saída do K+. Essa despolarização da membrana se propaga pelo
neurônio, resultando na transmissão do impulso nervoso do neurônio pré-sináptico para
o neurônio pós-sináptico.
INIBITÓRIO
ao interagir com o receptor gera hiperpolarização localizada, através de um aumento na
permeabilidade ao Cl–. Isso impede a propagação do impulso nervoso da região pré-
sináptica para a pós-sináptica.
MODULATÓRIO
esse tipo de neurotransmissor também é chamado de neuromodulador. Eles são capazes
de modular os efeitos dos neurotransmissores ao serem liberados simultaneamente a
eles.
Os primeiros neurotransmissores que tiveram suas funções inicialmente ligadas ao SNC foram e acetilcolina
. Porém, depois de alguns anos, descobriu-se que outros neurotransmissores também tinhamnoradrenalina
funções fundamentais nesse sistema. Confira quais são os neurotransmissores do SNC (RODRÍGUEZ;
RODRÍGUEZ; CORREDERA, 2002; RANG ., 2016).et al
Aminas (dopamina, adrenalina, noradrenalina, serotonina e histamina)
Aminoácidos (glutamato, aspartato, GABA e glicina)
Acetilcolina
Glicina, GABA e serotonina são conhecidos por terem função primariamente inibitória, já glutamato, aspartato,
adrenalina e noradrenalina por terem função primariamente excitatória. Acetilcolina e dopamina podem tanto
desempenhar função inibitória quanto excitatória, dependendo do tipo de receptor ao qual se ligarão. De acordo
com DeLucia (2014, p. 290):et al.
[...] além das famílias de neurotransmissores, existem outras substâncias endógenas que participam
no fluxo de sinais entre os neurônios. Entre elas, destacam-se as substâncias purínicas (adenosina,
ADP e ATP) que funcionam como moléculas sinalizadoras extracelulares. Além delas, podem ser
incluídos o óxido nítrico, ácido araquidônico e citocinas.
É importante enfatizar que quando os neurotransmissores não estão funcionando da forma como deveriam, seja
porque estão sendo afetados por doenças ou drogas, vários efeitos adversos podem manifestar-se. Você poderá
entender mais sobre isso ao conhecer quais são as principais funções dos neurotransmissores. Clique nos itens
abaixo e descubra.
Acetilcolina
neurotransmissor relacionado com aspectos cognitivos, como memória, excitação e atenção.
Dopamina
neurotransmissor relacionado com prazer/motivação.
- -5
Serotonina
neurotransmissor relacionado com humor, sono, emoção e ansiedade.
Noradrenalina
neurotransmissor relacionado com humor, memória, sono e alimentação.
Glutamato
neurotransmissor relacionado com aprendizado e memória.
GABA
neurotransmissor relacionado com redução da ansiedade e aumento do relaxamento muscular.
Após ter um entendimento geral sobre o SNC e os seus neurotransmissores, vamos conhecer os fármacos e suas
ações nesse sistema.
4.1.2 Fármacos que agem no SNC
É de fundamental importância enfatizar que os fármacos que agem no SNC apresentam relevância clínica no
tratamento de inúmeros distúrbios psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia, entre outros. Você quer
conhecer algumas das classes de fármacos que agem no SNC? Então, clique nos itens abaixo.
Ansiolíticos/Hipnóticos/Sedativos
Antidepressivos
Anestésicos
Clique nos itens abaixo e descubra mais sobre esses fármacos. (DELUCIA ., 2014).et al
Ansiolíticos
são psicofármacos que aliviam seletivamente a ansiedade e os estados de tensão.
Hipnóticos
são medicamentos empregados para tratar a insônia, ou seja, usados primariamente na indução do sono e/ou
sua manutenção.
Sedativos
são medicamentos capazes de diminuir a excitabilidade do SNC aos diferentes tipos de estímulos externos e
internos do organismo.
De acordo com Rang . (2016, p. 1251):et al
[...] a diferença entre um estado “patológico” e um estado “normal” de ansiedade não é clara, mas
representa o ponto em que os sintomas interferem na realização de tarefas produtivas normais. Por
isso, o termo “ansiedade” é aplicado a muitos distúrbios distintos, como: distúrbio de ansiedade
generalizada, distúrbio de ansiedade social, fobias, distúrbio de pânico, distúrbio de estresse pós-
traumático e distúrbio obsessivo-compulsivo.
Existe uma série de fármacos que podem ser usados para tratar a ansiedade. Mas algum é mais usado para essa
finalidade? Sim, e eles são conhecidos como Segundo Rang . (2016, p. 1258), osbenzodiazepínicos. et al
benzodiazepínicos
atuam seletivamente nos receptores GABA
A
, que medeiam a transmissão sináptica inibitória através
- -6
atuam seletivamente nos receptores GABA
A
, que medeiam a transmissão sináptica inibitória através
do SNC. Esses fármacos aumentam a resposta do GABA ao facilitar a abertura dos canais de cloro
ativados pelo GAB. Eles se ligam especificamente a um ponto regulador do receptor, distinto dos
pontos do GABA, e atuam alostericamente para aumentar a afinidade do GABA pelo receptor.
Ou seja, ao se ligarem aos receptores, os benzodiazepínicos agem como agonista, potencializando a atividade do
GABA, que é um neurotransmissor inibitório do SNC. Isso faz com que os benzodiazepínicos sejam considerados 
, tendo não só efeito ansiolítico, mas também hipnótico, anticonvulsivante edepressores seletivos do SNC 
relaxante muscular.
Os benzodiazepínicos causam alguns efeitos secundários, como sonolência, confusão, amnésia e descoordenação.
Contudo, além desses já citados, vale destacar que esses fármacos também causam dependência e tolerância. A
dependência está relacionada à adaptação do organismo ao uso contínuo do fármaco, que só irá se manifestar
fisicamente (tremor, tonturas, distúrbio do sono, entre outros) quando ocorre a interrupção do fármaco. Já a
tolerância ocorre após o uso repetido e contínuo de um fármaco, fazendo com que depois de certo período, doses
cada vez maiores do fármaco precisem ser administradas para produzir o mesmo efeito.
Quer saber quais são os principais benzodiazepínicos usados como ansiolíticos? Veja:
• Lorazepam
• Diazepam
• Clordiazepóxido
• Flurazepam
• Oxazepam
• Temazepam
• Lormetazepam
• Triazolam
• Alprazolam
No quadro a seguir, confira os principais benzodiazepínicos e seus principais usos clínicos e duração de ação.
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Transtornos de ansiedade” (2000) traz uma visão detalhada sobre o tema ansiedade.
Ao ler esse artigo, você conseguirá entender melhor sobre os principais tipos de transtornos
relacionados à ansiedade e aos tratamentos para cada caso. Entenda mais sobre o tema,
acessando o artigo: .http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf
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Quadro 1 - Principais benzodiazepínicos, usos clínicos e duração de ação.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016.
É importante ressaltar que o uso de benzodiazepínicos concomitante com álcool é muito arriscado. Isso porque,
ao consumir ambos, o álcool provoca o aumento da absorção dos benzodiazepínicos, o que aumenta o efeito
depressor no SNC.
Em alguns casos, há a necessidade de reverter os efeitos dos benzodiazepínicos, principalmente em situações em
que ocorrem a superdosagemou para reverter a sedação em casos de anestesia. Para isso, costuma-se
administrar no paciente um fármaco . O mais conhecido é o flumazeril,antagonista de benzodiazepínico
administrado apenas pela via endovenosa e com início de ação rápido (em minutos).
Além dos benzodiazepínicos, os fármacos agonistas de receptores 5-HT1A também são utilizados como
ansiolíticos. O representante dessa classe é a buspirona. Diferente dos benzodiazepínicos, a buspirona não tem
afinidade por receptores benzodiazepínicos. Na verdade, sua ação acontece devido à ligação das moléculas do
fármaco a receptores de serotonina 5-HT
1A
.
A buspirona se mostra eficaz em pacientes com ansiedade fraca ou moderada. Contudo, não se mostrou benéfica
na síndrome do pânico, e seus efeitos ansiolíticos são observados somente após uma a duas semanas de uso
continuado, ou seja, apresenta início de ação longo (DELUCIA ., 2014).et al
Segundo Rang . (2016), a buspirona não causa sedação e nem perda da coordenação motora. Além disso, nãoet al
foram identificados casos de tolerância ao fármaco. Como principais efeitos indesejados, podemos citar náusea,
tontura, cefaleia e inquietação.
Além dos benzodiazepínicos e dos fármacos agonistas de receptores 5-HT
1A
, que são usados primariamente no
, outros grupos de fármacos também podem ser usados como ansiolíticos. Paratratamento da ansiedade
conhecê-los, clique nos itens a seguir (RANG ., 2016).et al
• Antidepressivos
VOCÊ QUER VER?
No vídeo ? (2019), disponível no canal Saúde, éÉ seguro combinar álcool e benzodiazepínicos
abordado o tema álcool benzodiazepínicos. Aproveite para reforçar seusversus
conhecimentos a respeito do tema e ficar ciente dos riscos à saúde de quem faz essa
combinação. Assista em: .https://www.youtube.com/watch?v=Vt-pF-FTpcY
•
https://www.youtube.com/watch?v=Vt-pF-FTpcY
- -8
• Antidepressivos
inibidores seletivos da recaptação da serotonina (5-HT), conhecidos como ISRSs (fluoxetina, paroxetina
e sertralina); e inibidores da recaptação da serotonina/norepinefrina, conhecidos como ISRSNs
(venlafaxina e duloxetina).
Ambos são efetivos no tratamento do distúrbio de ansiedade generalizada, fobias, distúrbio da ansiedade
social e distúrbio do estresse pós-traumático. Costumam ser muito utilizados para tratar ansiedade,
especialmente quando está associada à depressão.
• Antiepilépticos
alguns fármacos desse grupo apresentam propriedade ansiolítica, sendo utilizados no tratamento do
distúrbio da ansiedade generalizada. Podem ser citados como exemplos gabapentina, pregabalina,
tiagabina, valprosto e levetiracetam.
• Antipsicóticos atípicos
alguns exemplos são olanzapina, risperidona, quetiapina e ziprasidona utilizados no distúrbio da
ansiedade generalizada e distúrbio do estresse pós-traumático.
• Antagonistas β-adrenorreceptores
um exemplo é o propranolol, usado para tratar algumas formas de ansiedade, não interferindo no
componente afetivo, mas sim no componente físico, como sudação, tremor, taquicardia, entre outros.
E agora vamos estudar mais sobre os . Como já conceituado anteriormente, os fármacoshipnóticos e sedativos
hipnóticos são aqueles usados para induzir o sono. Já os sedativos são aqueles usados para gerar um efeito
tranquilizante ou calmante, reduzindo inclusive a ansiedade.
Apesar de terem dois conceitos diferentes, a classe sedativo-hipnótico existe porque uma parte dos fármacos
pertencentes a esse grupo pode causar tanto efeito hipnótico quanto sedativo, dependendo da dose
administrada. Os hipnóticos têm a vantagem de induzir ou manter o sono, de uma maneira bem próxima ao sono
natural, uma vez que ativa os mecanismos de sono do encéfalo ou gera depressão do SNC, simulando, de certa
forma, os mecanismos do sono fisiológico.
Quer saber quais são os principais grupos farmacológicos usados como hipnóticos e sedativos? Então, clique nos
itens abaixo.
Barbitúricos
Benzodiazepínicos
Hipnóticos não benzodiazepínicos
Os são depressores gerais do SNC, sendo que os efeitos depressores nesse sistema variam desdebarbitúricos
sedação à anestesia geral. Dessa forma, podem ser utilizados como hipnóticos, sedativos, anticonvulsivantes e
anestésicos gerais. Eles agem
potencializando a eficácia do GABA ao aumentar o tempo de abertura dos canais de Cl–,
possibilitando, assim, um influxo muito maior de íons Cl– para cada canal ativado. Isso leva a maior
hiperpolarização e à diminuição da excitabilidade neuronal por aumentar a inibição mediada por
GABA via receptores GABA
A
 (GOLAN ., 2014, p. 393).et al
Quando administrados em altas doses, os barbitúricos podem causar depressão fatal respiratória e do SNC. Quer
saber quais são os principais barbitúricos usados? Então, clique nos itens abaixo.
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saber quais são os principais barbitúricos usados? Então, clique nos itens abaixo.
Tiopental
pentobarbital
metoexital
fenobarbital
secobarbital
Veja a seguir os principais barbitúricos, seus principais usos clínicos e a duração de ação. 
Quadro 2 - Principais barbitúricos, usos clínicos e duração de ação.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016.
Por muito tempo, os barbitúricos foram a droga de escolha para tratamento da insônia. Porém, com o
surgimento dos benzodiazepínicos, os barbitúricos passaram a ser utilizados principalmente como anestésico
geral.
Com relação aos , você já conhece seus mecanismos de ação e efeitos indesejados, uma vezbenzodiazepínicos
que já abordamos anteriormente. Porém, só para reforçar, os benzodiazepínicos potencializam a ação do GABA 
nos receptores GABA
A
, sendo por isso utilizados como hipnóticos. Eles costumam diminuir o tempo para o
paciente adormecer e para aumentar a duração total do sono. São exemplos de fármacos lorazepam e
temazepam (RANG ., 2016).et al
Além dos barbitúricos e benzodiazepínicos, Rang . (2016) traz outros grupos farmacológicos que podem seret al
utilizados para essa finalidade. Clique nas setas a seguir para conhecê-los.
• Anti-histamínicos
fármacos como difenidramina e prometazina podem ser incluídos em inúmeras preparações para
induzir o sono. Outro exemplo é a doxepina, um antidepressivo ISRSN com propriedades antagonistas
dos receptores H
1
 e H
2
 de histamina que podem ser usados para tratar a insônia. Além disso, pode-se
citar a prometazina por seu efeito sedativo.
• Agonistas dos receptores da melatonina
a melatonina e o ramelteon são agonistas nos receptores MT
1
 e MT
2
, eficazes em tratar a insônia em
idosos e crianças autistas.
• Hipnóticos não benzodiazepínicos
zaleplon, zolpidem e zoplicona são exemplos. Apesar de serem quimicamente distintos, esses hipnóticos
•
•
•
- -10
zaleplon, zolpidem e zoplicona são exemplos. Apesar de serem quimicamente distintos, esses hipnóticos
de ação curta agem de forma semelhante aos benzodiazepínicos. Contudo, faltam-lhes considerável
atividade ansiolítica.
Agora que finalizamos a classe dos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos, vamos seguir os estudos com os 
. Os fármacos antidepressivos são indicados para o tratamento da depressão. A depressão éantidepressivos
uma doença grave e está cada vez mais frequente em todo o mundo. De acordo com dados da Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS BRASIL, 2018), estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades,
sofram com esse transtorno. A depressão pode causar desde incapacidade até, no pior dos casos, levar ao
suicídio.
Existem algumas teorias sobre a depressão. Segundo Rang . (2016, p. 1329), a primeira delas foi a daset al
monoaminas, que sugere a depressão ser causada por:
déficit funcional de transmissores de monoaminas, norepinefrina e 5-hidroxitriptamina, em certos
locais do cérebro. Contudo, novas teorias sugerem que a depressão também pode estar associada à
neurodegeneração, à redução da neurogênese no hipocampo, a outros mediadores (hormônio
liberador de corticotrofina), nas vias de transdução de sinais, em fatores de crescimento, entre
outros. Porém todas continuam imprecisas.
Existem diferentes tiposde fármacos antidepressivos:
• Antidepressivos tricíclicos;
• inibidores seletivos da captura da serotonina (5-HT);
• inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina;
• antagonistas do receptor da monoamina;
• inibidores da monoamino-oxidase (MAO).
Confira os principais antidepressivos, seus mecanismos de ação e alguns exemplos de fármacos pertencentes a
cada categoria.
VOCÊ QUER VER?
No vídeo (2019), Dráuzio Varella explica o que é aComo ajudar alguém com depressão
depressão e seus principais sintomas. Assista ao vídeo e entenda como essa doença se
manifesta, como você pode identificar os sinais em alguém que esteja sofrendo com esse mal e
como o tratamento pode ajudar. Acesse em: https://www.youtube.com/watch?
.v=YK70q5eys4k
•
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https://www.youtube.com/watch?v=YK70q5eys4k
https://www.youtube.com/watch?v=YK70q5eys4k
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Quadro 3 - Principais antidepressivos, mecanismos de ação, exemplos e efeitos adversos causados.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016; DELUCIA et al., 2014.
Anestésicos gerais
são depressores reversíveis do SNC, garantindo perda da consciência, analgesia e relaxamento. Eles podem ser
intravenosos ou inalatórios. Agem aumentando a atividade dos receptores GABA
A
, reduzindo a excitação, a
partir da abertura dos canais de K+ e inibindo a transmissão sináptica excitatória.
Anestésicos locais
são bloqueadores reversíveis da condução nervosa em uma área específica, sem haver perda da consciência. Elas
produzem esse efeito por bloquear os canais de Na+, impedindo, assim, o influxo de sódio para dentro das células
nervosas. Com isso, não há despolarização e, então, ocorre a perda da sensibilidade.
Os anestésicos intravenosos são utilizados na prática clínica para a indução e manutenção da anestesia. Eles
atuam de maneira mais rápida, produzindo inconsciência em aproximadamente 20 segundos, assim que o
fármaco chega ao cérebro a partir do local da injeção. Muito desses anestésicos não são adequados para a
manutenção da anestesia, pois sua eliminação do corpo é relativamente lenta quando comparada com os agentes
inalatórios (RANG ., 2016; GOLAN ., 2014).et al et al
Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique nos itens abaixo.
- -12
Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique nos itens abaixo.
PROPOFOL
apresenta início de ação rápido (aproximadamente 30 segundos) e recuperação rápida,
sendo usado tanto para indução quanto para manutenção da anestesia. Apresenta a
depressão cardiovascular e respiratória como principais efeitos adversos.
TIOPENTAL
é um fármaco barbitúrico muito lipossolúvel, o que contribui para sua rápida velocidade
de ação (aproximadamente 20 segundos). Acumula-se facilmente na gordura corporal,
levando ao acúmulo no organismo e recuperação lenta. Apresenta a depressão
cardiovascular e respiratória como principais efeitos adversos.
ETOMIDATO
é similar ao tiopental, apresentando um início de ação rápido. Porém apresenta
recuperação relativamente rápida, uma vez que é mais rapidamente metabolizado que o
tiopental. Como efeitos adversos, gera efeitos excitatórios durante a indução e recuperação 
da anestesia, náusea e supressão das suprarrenais.
Os fármacos midazolam e diazepam, que são benzodiazepínicos, costumam ser usados como adjuvantes, por 
“produzirem efeitos adicionais, como as propriedades ansiolíticas e amnésicas anterógradas, que são desejáveis
durante a cirurgia, mas não necessariamente proporcionados pelos anestésicos gerais” (GOLAN ., 2014, p.et al
555). Eles apresentam início de ação e recuperação da anestesia mais lento que os demais citados e costumam
ser utilizados como sedativo pré-operatório em procedimentos em que não há a necessidade de anestesia geral.
Quando comparado aos demais, causam menor depressão cardiovascular e respiratória.
Os costumam ser empregados com frequência para a manutenção da anestesia geral,anestésicos inalatórios
principalmente devido à facilidade de administração, indução e recuperação rápida, menos efeitos adversos e
baixo custo. Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique nos itens abaixo (RANG ., 2016; GOLAN .,et al et al
2014).
HALOTANO
apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia considerado médio, porém tem alta potência. É
conhecido por causar hipotensão, arritmias cardíacas e em alguns casos hepatotoxicidade e hipertermia maligna.
Uma de suas vantagens é que não apresenta odor irritante, o que pode ser muito útil para o uso em crianças.
ISOFLURANO
apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia considerado médio e uma de suas vantagens é a
presença de poucos efeitos adversos.
DESFLURANO
apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia rápido. Porém, uma de suas principais desvantagens é o
fato de seu odor irritar as vias respiratórias, podendo causar tosse ou laringospasmo.
SEVOFLURANO
é similar ao desflurano, porém mais potente e tem a vantagem de não causar irritação de vias aéreas com a
mesma intensidade. Apresenta tempo de indução e recuperação da anestesia rápido e há poucos relatos de
efeitos adversos.
Além desses mencionados acima, também podemos destacar o óxido nitroso. Ele é um agente anestésico
inalatórios que deve ser administrado concomitantemente a outro anestésico, visto que apresenta baixa
potência. Uma das vantagens de seu uso é a rápida absorção, ação e recuperação, sem apresentar efeito residual.
Além disso, apresenta poucos efeitos adversos.
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Os anestésicos locais, como já falamos anteriormente, são utilizados para produzir bloqueio nervoso local.
Fármacos vasoconstritores podem ser associados com anestésicos locais, a fim de prolongar o efeito anestésico.
Isso porque os vasoconstritores ajudam a diminuir a passagem do anestésico do tecido subcutâneo para o vaso
sanguíneo, retardando a absorção e prolongando seu efeito. Quer conhecer exemplos desses fármacos? Clique
nos itens abaixo (RANG ., 2016).et al
TETRACAÍNA
apresenta início de ação muito lento, porém longa duração. Os efeitos adversos mais
comuns são os cardiovasculares, como bradicardia, diminuição do débito cardíaco e
vasodilatação. Porém, também pode causar efeitos no SNC, como agitação, tremores, entre
outros.
LIDOCAÍNA
apresenta início de ação rápido, porém média duração. Os efeitos adversos mais comuns
são os cardiovasculares, como bradicardia, diminuição do débito cardíaco e vasodilatação.
Porém, também pode causar efeitos no SNC, como agitação, tremores, entre outros.
PRILOCAÍNA
apresenta início de ação e duração dos efeitos anestésicos considerado médio. Não
apresenta vasodilatação como efeito adverso, mas pode causar metemoglobinemia, por
isso não é usado em cirurgias obstétricas.
Agora podemos começar nossos estudos sobre a farmacologia da dor e da inflamação. Vamos lá?
4.2 Farmacologia da dor e da inflamação
Para iniciar os estudos sobre a farmacologia da dor e da inflamação, vamos começar esclarecendo quais classes
de fármacos estão envolvidos: opioides, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e corticosteroides/anti-
inflamatórios esteroidais (AIES). Segundo DeLucia . (2014, p. 399), a dor é definida, pela Associaçãoet al
Internacional para o Estudo da Dor (IASP), como uma:
experiência sensorial e emocional desagradável associada ou não a uma lesão tecidual. Ela envolve
dois componentes: a nocicepção, que é transmissão da informação nociceptiva da periferia para o
SNC; e a percepção. A dor pode ser fisiológica, quando ocorre um estímulo nocivo mecânico, térmico
ou químico é aplicado à pele ou tecido; patológica, quando há lesão tecidual, incluindo lesão nervosa
e inflamação; e neuropática, quando há lesão de neurônios tanto na periferia quanto no SNC.
Para saber o que são , clique no quadro abaixo.opioides
Opioides
VOCÊ SABIA?
A história do uso de anestésicos foi um grande salto para a Medicina, visto que possibilitou
cirurgias se tornassem um procedimento de rotina. Isso só ocorreu graças à descoberta de
substâncias que inibem dores intensas, os anestésicos. Um dos primeiros a serem descobertose utilizados foi o éter etílico, também conhecido como éter dietílico, éter sulfúrico, ou apenas
éter. Quer saber mais sobre o assunto? Leia a história da descoberta da anestesia disponível no
link: .https://super.abril.com.br/saude/anestesia/
https://super.abril.com.br/saude/anestesia/
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Opioides
Os opioides são fármacos analgésicos empregados para o tratamento de dores moderadas a agudas, sem a perda
da consciência. O primeiro representante da classe e mais conhecido é a morfina, um agonista de receptores
opioides. Os demais fármacos pertencentes a esse grupo podem ser naturais, semissintéticos e sintéticos. Porém,
todos apresentam em comum ações semelhantes à pioneira morfina.
Os agonistas opioides são muito efetivos sobre a dor, pois seu mecanismo de ação está associado aos receptores
opioides μ, κ e δ, distribuídos no cérebro e na medula espinhal. Esses receptores estão, de acordo com DeLucia et
. (2014, p. 407):al
acoplados à proteína G, e agem inibindo adenilil ciclase e diminuindo a concentração intracelular de
AMPc. Promovem a ativação de abertura de canais de K+ retificadores de influxo e inibem a abertura
de canais de Ca2+ operados por voltagem. A hiperpolarização do potencial de membrana pela maior
condutância de K+ e a supressão da entrada de Ca2+ é o mecanismo que pode explicar os efeitos
agudos dos opioides relacionados à inibição da liberação de neurotransmissores e à transmissão da
dor.
Quer conhecer exemplos de fármacos opioides? Clique nos itens abaixo (RANG ., 2016).et al
MORFINA
é o opioide de referência, sendo muito utilizada para tratamento de dor aguda e crônica.
Pode ser administrada por via oral (metabolismo de primeira passagem diminui a sua
disponibilidade oral) ou via intratecal. Seus efeitos adversos são sedação, depressão
respiratória, constipação, náuseas e vômitos, prurido, euforia, tolerância e dependência.
DIAMORFINA
(heroína)
é um pró-fármaco sendo convertido rapidamente em monoacetilmorfina e morfina. Porém,
atua mais rapidamente que a morfina, em razão da rápida penetração cerebral. É utilizada
para o tratamento de dor aguda e crônica, podendo ser administrada pela via oral e
injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina.
OXICODONA
fármaco semissintético utilizado para o tratamento de dor aguda e crônica. Pode ser
administrada pela via oral e injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina.
METADONA
fármaco sintético com ações semelhantes às da morfina, sendo que a duração de sua ação é
mais longa. Usada para dor crônica e tratamento do vício em heroína e administrada pelas
vias oral e injetável. Efeitos adversos iguais aos da morfina, porém causa menos euforia.
FENTANILA
fármaco sintético com ações semelhantes às da morfina, porém com início de ação mais
rápido e menos duradouro. Usado para dor aguda e anestesia e pelas vias endovenosa,
epidérmica e adesivo transdérmico. Efeitos adversos iguais aos da morfina.
CODEÍNA
é um opioide natural empregada para casos de dor moderada, pois tem menos potência
analgésica que a morfina e é administrada pela via oral. Principal efeito adverso é a
constipação. Não é passível de causar dependência.
TRAMADOL
fármaco usado como analgésico para dor pós-operatória e para dor moderada a intensa.
Pode ser administrado por via oral, intramuscular ou intravenosa e causa menos efeitos
adversos que a maioria dos opioides. Principais efeitos adversos são tontura e convulsão.
Agora vamos seguir com os . Os AINES são fármacos empregados para o tratamento da inflamação e daAINES
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Agora vamos seguir com os . Os AINES são fármacos empregados para o tratamento da inflamação e daAINES
dor. Também podem ser chamados de inibidores da ciclo-oxigenase (COX), podendo ser seletivos ou não para as
suas isoformas COX-1 e -2. A COX-1 é responsável por manter o estado fisiológico normal de muitos tecidos, já a
COX-2 é responsável pelo processo inflamatório, uma vez que é induzida quando há inflamação. É por esse
motivo que dizemos que existem AINES seletivos e não seletivos da COX.
Os AINES agem inibindo diretamente a enzima COX, diminuindo a síntese das prostaglandinas e a intensidade do
processo inflamatório, o que resulta em diminuição do edema, vermelhidão e febre. Seus efeitos analgésicos são
aplicados no tratamento da dor leve ou moderada, também relacionados à diminuição da síntese de
prostaglandinas. Os AINES seletivos da COX-2 não interferem na COX-1, ou seja, a produção de prostaglandinas
na mucosa gastrointestinal não é inibida, evitando danos nesse tecido, muito comuns aos AINES não seletivos. 
Conheça alguns fármacos pertencentes ao grupo dos AINES:
• ácido acetilsalicílico (AAS);
• ácido mefenâmico;
• diclifenaco de sódio;
• ibuprofeno;
• naproxeno;
• piroxicam;
• meloxicam;
• indometacina;
• celecoxibe;
• etoricoxibe;
Dos fármacos citados, apenas meloxicam, celecoxibe e etorixocibe são seletivos para COX-2.
De acordo com Rang . (2016), os efeitos adversos mais comuns produzidos pelo uso dos AINES sãoet al
desconforto gástrico, constipação, náuseas e vômitos, hemorragia, ulceração gástrica, reações eritematosas leves,
urticária, fotossensibilidade, nefropatia, hipertensão e em alguns casos AVC e infarto do miocárdio.
Os AIES também podem ser chamados de corticoides ou glicocorticoides. Eles recebem esse nome porque são
hormônios similares aos corticosteroides endógenos secretados pela região cortical das glândulas suprarrenais.
Os fármacos pertencentes a essa classe têm significativo valor de aplicação clínica porque podem ser
empregados como agentes anti-inflamatórios, antirreumáticos, antialérgicos e no controle das reações
autoimunes (SCHELLACK, 2014).
Os AIES são responsáveis por se ligarem a receptores proteicos específicos de glicocorticoides para “facilitar a
síntese de lipocortina, que inibe a fosfolipase A
2
. Isso faz com que a formação do ácido araquidônico seja
bloqueada, impedindo assim, a formação de prostaglandinas e leucotrienos” (SCHELLACK, 2014, p. 117). 
Conheça alguns fármacos pertencentes ao grupo dos AIES:
• hidrocortisona
• prednisona
• prednisolona
• dexametasona
• betametasona
Os efeitos adversos causados pelos AIES são muitos, entre eles: dislipidemias, hipertensão arterial, úlcera
gástrica, sangramento gastrintestinal, catarata, glaucoma, retenção de sódio, hiperglicemia, entre outros.
4.3 Farmacologia do diabetes e dislipidemias
Para dar sequência aos estudos, vamos iniciar pela . Hoje sabemos que o farmacologia do diabetes diabetes
 (DM) é classificado em DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional (DMG) e um quarto grupo, conhecido comomellitus
outros tipos de DM específicos, incluindo os defeitos genéticos que afetam a função da célula β. Dos quatro tipos
citados, sabemos que os mais conhecidos são DM1, pelo fato do paciente obrigatoriamente necessitar de insulina 
exógena; e DM2, pelo fato de que a combinação de hábitos alimentares saudáveis, atividade física e 
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citados, sabemos que os mais conhecidos são DM1, pelo fato do paciente obrigatoriamente necessitar de insulina 
exógena; e DM2, pelo fato de que a combinação de hábitos alimentares saudáveis, atividade física e 
medicamentos (orais e injetáveis) necessária para controlar os níveis de glicose no sangue. 
Para o tratamento do DM2 vários medicamentos estão disponíveis no mercado. Você quer conhecer mais sobre
eles? Confira a seguir os principais grupos de fármacos administrados, seus mecanismos de ação e alguns
exemplos de antidiabéticos pertencentes a cada categoria.
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Quadro 4 - Principais antidiabéticos, mecanismos de ação, via de administração, tipos de fármacos e efeitos 
adversos causados.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SBD, 2019.
De acordo com a SBD (2019), a escolha do medicamento deve considerar alguns pontos: o estado geral, peso e
idade do paciente; comorbidades presentes (complicações do diabetes ou outras); valores das glicemias de jejum
e pós-prandial, bem como da HbA1c; eficácia do medicamento; risco de hipoglicemia; possíveisinterações com
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e pós-prandial, bem como da HbA1c; eficácia do medicamento; risco de hipoglicemia; possíveis interações com
outros medicamentos, reações adversas e contraindicações; custo do medicamento; e preferência do paciente.
Com relação à insulina, podemos dizer que também existem vários tipos que diferem na sua duração de ação.
Confira os diferentes tipos de insulinas disponíveis no Brasil. (SBD, 2019)
Quadro 5 - Tipos de insulina e tempo de ação.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SBD, 2019.
É importante enfatizar que a insulina é muito conhecida por ser usada por pacientes com DM1. Porém, hoje já se
sabe que em alguns casos pacientes com DM2 necessitam de insulina ou até mesmo da combinação de insulina
com hipoglicemiantes orais para controle da doença, uma vez que com o passar do tempo ocorre declínio
progressivo da função da célula β.
CASO
Um fármaco da classe das glitazonas, chamado rosiglitazona, foi retirado do mercado no Brasil
e na Europa e hoje apresenta restrição também nos Estados Unidos. Segundo a ANVISA (2010),
por meio da Resolução nº 1466 de 2010, devido à alta probabilidade de ocorrência de doenças
isquêmicas, como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, parada cardíaca, derrames,
isquemia do miocárdio e outros distúrbios cardíacos. Dados apresentados no site da ANVISA
indicam que ensaios em humanos registraram a possibilidade de aumento do colesterol LDL e
triglicerídeos. Além disso, Nissen e Wolski (2007) realizaram um trabalho de revisão da
literatura, ao todo 42 estudos foram utilizados, registrando todas as ocorrências de infarto do
miocárdio e morte por causas cardiovasculares. A conclusão da pesquisa foi que o fármaco de
fato está associado a riscos cardiovasculares. Outro estudo de revisão da literatura (NISSEN;
WOLSKI, 2010) apresentou que foi estimado o aumento de infarto do miocárdio em 28% entre
usuários de rosiglitazona.
VOCÊ O CONHECE?
Frederick Banting e Charles Best, pesquisadores da na Universidade de Toronto, no Canadá,
descobriram a insulina, no início dos anos 1920. Com a ajuda do bioquímico James Collip, a
insulina foi purificada, podendo ser finalmente usada para o tratamento bem-sucedido do
diabetes. O Prêmio Nobel por esse trabalho veio em 1923. Para conhecer melhor essa história
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Agora, vamos seguir com a . Para isso, primeiro vamos entender o que éfarmacologia das dislipidemias
dislipidemia. Dislipidemia pode ser definida como um distúrbio que gera a alteração dos níveis séricos dos
lipídeos no organismo dos indivíduos. Esse é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, como
infarto do miocárdio, e cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Quando falamos que pode
haver alteração dos níveis séricos de lipídeos, estamos nos referindo a quatro tipos de alteração: colesterol total
(CT) alto, triglicerídeos (TG) alto, HDL-c baixo e LDL-c alto.
De acordo com Rang . (2016, p. 686), “quanto mais alto o LDL-colesterol e mais baixo o HDL-colesterol, maiset al
alto será o risco de cardiopatia isquêmica”. O autor ainda nos lembra que existem dois tipos de dislipidemias: a
primária, que ocorre por uma combinação de dieta e genética; e a secundária, consequência de outras condições,
como DM, alcoolismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, hipotireoidismo, doença hepática e
administração de fármacos.
Os níveis de LDL-colesterol quando elevados costumam causar maior preocupação e devem ser tomadas
medidas para reduzi-lo. Por isso, vamos apresentar, a seguir, os fármacos que podem ser usados nesses casos.
Quadro 6 - Principais fármacos para a dislipidemia, mecanismos de ação, exemplos e efeitos adversos causados.
diabetes. O Prêmio Nobel por esse trabalho veio em 1923. Para conhecer melhor essa história
e seus personagens, assista ao vídeo a seguir (2019): https://www.youtube.com/watch?
.v=huZSU99_j7o
https://www.youtube.com/watch?v=huZSU99_j7o
https://www.youtube.com/watch?v=huZSU99_j7o
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Quadro 6 - Principais fármacos para a dislipidemia, mecanismos de ação, exemplos e efeitos adversos causados.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al., 2014.
4.4 Farmacologia antimicrobiana
Você sabe o que significa ? Antimicrobiano representa um grupo de fármacos que têm aantimicrobiano
finalidade de eliminar micro-organismos patogênicos que invadem o organismo humano. Segundo Schellack
(2014, p. 137), os antimicrobianos que “mostram um grau maior de toxicidade seletiva absoluta causam danos
quase que exclusivamente aos micro-organismos. Já os que causam toxicidade seletiva relativa podem trazer
danos aos pacientes”.
Fazem parte dos antimicrobianos as seguintes classes farmacológicas: antibióticos ou antibacterianos, 
antifúngicos, antiparasitários e antivirais. Com relação aos antibacterianos, Golan . (2014) afirma que et al
dependendo do papel do alvo do fármaco na fisiologia bacteriana, esses agentes podem produzir efeitos
bacteriostáticos (interferem no crescimento das bactérias, sem as matar) ou bactericidas (eliminam as bactérias,
matando-as).
Confira abaixo alguns dos principais grupos farmacológicos e seus representantes.
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Quadro 7 - Principais antibacterianos, mecanismos de ação e exemplos de fármacos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al, 2014; SCHELLACK, 2014.
Vamos conhecer os ? Esses medicamentos podem ser de uso tópico ou sistêmicos, tanto para aantifúngicos
profilaxia quanto para o tratamento. Veja a seguir alguns dos principais grupos farmacológicos e seus
representantes.
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Quadro 8 - Principais antifúngicos, mecanismos de ação e exemplos de fármacos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em RANG et al., 2016; GOLAN et al, 2014; SCHELLACK, 2014.
Agora, vamos conhecer os , agentes que combatem os protozoários, como aqueles responsáveisantiparasitários
por causar amebíase, giardíase, leishmaniose, malária, entre outros; helmintos, conhecidos como nematódeos,
trematódeos e cestódeos; e por fim os ectoparasitas, que causam escabiose e pediculose. Clique nos quadros a
seguir e conheça mais sobre eles.
Protozoários
antimaláricos (cloroquina, quinina, mefloquina, artemisinina, primaquina, doxiciclina, tetraciclina e proguanil);
metronidazol; tinidazol; pentamidina.
Helmintos
ivermectina; piperazina; albendazol; mebendazol; tiabendazol; praziquantel.
Ectoparasitas
benzil benzoato; monossulfiram; permetrina.
Por fim, vamos conhecer os , classe de medicamentos empregada para tratar infecções virais. Deantivirais
acordo com Rang . (2016, p. 1503), como os vírus sequestram muitos dos processos metabólicos da própriaet al
célula do hospedeiro, é difícil encontrar fármacos que sejam seletivos para o patógeno. Todavia, há algumas
enzimas que são específicas do vírus, e estas se tornaram alvos úteis para os fármacos. A maioria dos antivirais
disponíveis é efetiva apenas enquanto o vírus está se replicando. Clique nos quadros a seguir e conheça mais
sobre alguns deles.
• Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa
HIV (abacavir, didanosina, entricitabina, lamivudina, estavudina); Hepatite B (adefovir, entecavir,
lamivudina, telbivudina, tenvofir).
• Inibidores de protease
HIV (atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir); Hepatite C (boceprevir, telaprevir).
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HIV (atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir); Hepatite C (boceprevir, telaprevir).
• Inibidores da DNApolimerase viral
Citomegalovírus (cidofovir, foscarnete, ganciclovir); Herpes (aciclovir, fanciclovir, idoxuridina,
penciclovir).
• Inibidor da fusão do HIV às células hospedeiras
HIV (enfurvitida).
• Inibidores da desmontagem do revestimento viral e inibidores da neuraminidase
• Biofármacos e imunomoduladores
Hepatite B e C (interferona-α, interferona-α, peguilada).
Como esses fármacos normalmente causam muitos efeitos adversos é importante que o uso seja feito com
acompanhamento médico e de profissionais de saúde.
Conclusão
Chegamos ao final desta unidade e você pôde conhecer como o SNC está organizado.Foi possível ainda, conhecer
seus neurotransmissores e algumas das principais classes farmacológicas que atuam neste sistema. Além disso,
estudamos a farmacologia da dor e inflamação, a farmacologia do diabetes e dislipidemias e os fármacos
antimicrobianos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• recordar o sistema nervoso central e seus neurotransmissores;
• conhecer os principais grupos de fármacos que agem no SNC;
• aprender sobre os fármacos ansiolíticos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos sedativos-hipnóticos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos antidepressivos e suas funções;
• aprender sobre os fármacos anestésicos e suas funções;
• conhecer sobre a farmacologia da dor e da inflamação;
• aprender sobre os fármacos antimicrobianos e suas funções.
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