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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC UIRAPURU Curso Técnico em Nutrição e Dietética ESTRUTURAS E ROTINAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO GUIA DE ESTUDOS Profª Danielle Thaís de Souza Santos São Paulo 2015 Sumário Diferentes sistemas de administração de UAN: Autogestão, terceirização, refeição transportada e catering ...................................................................................................... 1 Gestão em lactários e banco de leite humano ................................................................... 5 Gestão em creches e escolas ........................................................................................... 14 Programa Nacional de Alimentação Escolar .................................................................. 17 Atuação do técnico nos diferentes tipos de serviços de alimentação ............................. 18 Códigos Sanitários e legislação complementar: adequação física e funcional da UAN 19 Padrões básicos para implantação de uma UAN/ Planejamento de uma UAN .............. 20 Croquis e layouts de instalações de UAN ...................................................................... 22 Dimensionamento básico de equipamentos para UAN: Seleção, características, finalidade e manutenção ................................................................................................. 23 Estrutura física e edificação das áreas e setores em Serviços de Alimentação .............. 27 Rotina dos diversos setores da UAN .............................................................................. 31 Tabela de quantidades per capita .................................................................................... 37 Tabela de Safra de Hortifrutis e pescados ...................................................................... 42 Planejamento de cardápios ............................................................................................. 47 Referências bibliográficas .............................................................................................. 59 1 Diferentes sistemas de administração de UAN: Autogestão, terceirização, refeição transportada e catering Tendências evolutivas do setor O setor de alimentação coletiva no Brasil, principalmente sob a ótica da alimentação no trabalho, apresenta aspectos de importância econômica e social (PROENÇA, 2000). Com relação ao número de refeições fora de casa (Tabela 1), observa-se que o Brasil apresenta índices superiores a alguns paises europeus, como por exemplo, a Espanha. Tabela 1. Relação entre número total de refeições e número de refeições feitas fora de casa em paises da Europa, Estados Unidos e Brasil, 1996. País Refeições fora de casa Durante a semana Final de semana EUA 70% 70% França 46% 50% Alemanha 45% 37% Espanha 20% 36% Brasil 34% 37% Fonte: Adaptado de IPSOS/SIAL/SOPEXA (1996) Com relação ao volume de refeições do setor, dispõem-se dos dados da Associação Brasileira de Refeições Coletivas (ABERC) compilados a partir das informações dos associados e dos números oficiais do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), englobando o subsetor alimentação para o trabalho (Tabela 2). Tabela 2. Evolução do mercado de alimentação coletiva no Brasil, em milhões de refeições/dia, no subsetor alimentação no trabalho, no período de 1990 a 1994. Ano 1990 1991 1992 1993 1994 Concessionárias de alimentação 1,6 1,6 1,6 1,8 2,1 Auto-gestão 2,1 2,0 1,9 1,7 1,5 Tíquetes-restaurantes 2,8 3,4 4,0 4,5 4,7 TOTAL 6,5 7,0 7,5 8,0 8,3 Fonte: ABERC, 1995. Para Abreu et al (2003), o mercado da alimentação é dividido em alimentação comercial e alimentação coletiva, sendo que os estabelecimentos que trabalham com produção e distribuição de alimentos para coletividades, atualmente recebem o nome de UAN. As UAN podem ser gerenciadas de diversas formas. Os itens a seguir citam algumas formas: Autogestão 2 É quando a própria empresa possui e gerencia a UAN, produzindo refeições que serve a seus funcionários (ABREU et al, 2003). Concessão ou terceirizada É quando a empresa cede seu espaço de produção e distribuição para um particular ou para uma empresa especializada em administração de restaurantes, livrando-se dos encargos da gestão da UAN (ABREU et al, 2003). Refeição transportada A UAN está estabelecida em uma empresa especializada na produção de refeições, transportando e distribuindo para um local conveniado que não dispõe de cozinha, somente de refeitório (ABREU et al, 2003). Restaurante institucional São estabelecimentos instalados em empresas, com clientela exclusiva, tendo como objetivo fornecer refeições nutricionalmente adequadas aos usuários (OLIVEIRA, 2007). Restaurante comercial Restaurante comercial é o “estabelecimento comercial onde se preparam e servem refeições” ou “lugar onde se servem refeições avulsas a certo número de pessoas” (AURÉLIO, 2000). Tipos de restaurantes comerciais Os tipos de restaurantes são caracterizados pelos cardápios, serviços ou produtos apresentados com diversas conceituações (OLIVEIRA, 2007): a) Restaurantes tradicionais: apresentam cardápios extensos, variados, com boa aceitação. Montagem, decoração, louças e enxoval são de boa qualidade, mas sem luxo. b) Restaurantes internacionais: atendem a demanda de locais de hospedagem, que por sua variedade exige uma oferta vasta, de preparações conhecidas, simples ou sofisticadas. O cliente terá suas expectativas satisfeitas, quaisquer que sejam sua cultura e/ou hábitos. c) Restaurantes gastronômicas: o cardápio é inventivo, seleto e, geralmente, assinado por um “chef de cuisine” de renome e grande prática. d) Restaurantes de especialidades: a característica principal desses estabelecimentos é a especialização, seja em produtos, preparações, métodos de cocção, cor local e até religião. Alguns tipos de especializações são mais comuns: grill, choperia, fusion- food, típicos etc. O grill é assim chamado devido à utilização de grelhas para assar carnes, peixes, queijos e frutas. A choperia é originária da Alemanha e da região Báltica, adaptou-se aos nossos costumes e foi rebatizada de choperia. 3 A fusion-food é caracterizada pela mistura de culinárias ou estilos, não sendo considerados como típicos. Os restaurantes típicos servem comidas representativas de um país, região, tipo de culinária ou de cocção (restaurante francês, baiano, mineiro, japonês). e) Fast-food: caracteriza-se pela produção mecanizada de um determinado numero de itens típicos ao fornecedor, sempre com padrão homogêneo de aparência, sabor e peso. Hotel Refere-se a um estabelecimento comercial destinado ao serviço de hospedagem, isto é, proporcionar acomodações às pessoas, viajantes ou não. A alimentação hoteleira deve ter oferta variada, pois é um setor problemático, cujo maior ônus é o desperdício (OLIVEIRA, 2007). Hospital O hospital é uma organização como outra qualquer, porém, especializada na prevenção, recuperação e manutenção da saúde da coletividade (MEZOMO, 1994). Sob este aspecto o hospital, entendido como um sistema, possui o serviço de nutrição que é um dos seus subsistemas, encarregado da produção de refeições para a comunidade sadia (funcionários, visitantes e acompanhantes) e para a comunidade enferma, que poderá receber uma dieta com composição específica e adequada para atender às necessidades nutricionais, individuais do paciente (dieta individualizada) (MEZOMO, 1994). Lactário É o setor da UAN destinado à preparação, distribuição de fórmulas lácteas e higienização das mamadeiras, devendotrabalhar com rigorosas técnicas e perfeita assepsia. É obrigatório em hospitais pediátricos ou que mantenham leitos para crianças e recém-nascidos (OLIVEIRA, 2007). Casa de repouso Casa de repouso é um estabelecimento que oferece aos idosos todos o apoio que necessitam de forma a manterem uma vida ativa agradável e confortável, livre de preocupações. Alimentação escolar A alimentação escolar é responsável por suprir as necessidades nutricionais de alunos das escolas de educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental (1ª a 8ª séries) e ensino médio da rede pública e privada durante o ano letivo. Cesta básica Alimentos distribuídos por uma concessionária, mensal ou semanalmente, com valor alimentício calculado para um período, bem como o custo (OLIVEIRA, 2007). 4 Catering Também conhecido como alimentação de bordo. A alimentação de uso naval é, na maioria das vezes, preparada na própria embarcação. A cozinha de bordo na aviação usa o sistema de catering, preparações realizadas em cozinhas industriais, especialmente equipadas e com equipes treinadas, transportadas para os aviões e acondicionadas para até o consumo (OLIVEIRA, 2007). Vamos praticar ? 1. Leia a matéria abaixo: Gastronomia sobre rodas: food trucks conquistam o Espírito Santo com opções gourmet itinerantes Criado em 19/05/2015 às 14h14 - Atualizado em 19/05/2015 às 14h14 O modelo de vendas de alimentos que já é sensação nos Estados Unidos há algum tempo e que está conquistando o Brasil, devagarzinho, chega ao Espírito Santo com opções de lanches tradicionais ao gourmet. Somente na Grande Vitória, há cerca de 15 food trucks em funcionamento, mas há veículos em adaptação. Por isso, o número só tende a crescer no Estado. Pensando no mercado em expansão, a Capital recebe o II Seminário Food Truck do Espírito Santo, no dia 27 de maio, em Bento Ferreira. O seminário é oferecido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) e é gratuito. Para o proprietário de um restaurante sobre rodas, Márcio Santanna, o segmento só tem a crescer no Estado. O empresário, que é paulista, investiu cerca de R$ 50 mil para oferecer, na rua, uma opção gourmet de carnes. No cardápio, só cortes finos de carnes e hambúrgueres genuinamente caseiros. “Nós estamos há oito meses no ramo e o resultado tem sido surpreendente. Trabalhamos em três pontos da Praia do Canto, em Vitória, e vamos também para eventos gastronômicos em outras regiões, como fomos recentemente em Santa Teresa. Também já visitamos Guaçuí e Cachoeiro”, conta Santanna. Além do franco crescimento do setor, Santanna diz que não ter um lugar fixo para trabalhar pesou na hora de escolher o investimento. “Nós vimos que não ter um lugar fixo é um fator atenuante para o risco. Fizemos algumas pesquisas e decidimos, então, investir neste segmento”, completa. Outro food truck que caiu nas graças dos capixabas é a Avenida Brigaderia. Uma charmosa Kombi traz sabores e formatos diferentes à base da famosa receita de brigadeiro. O “caminhão de comida” gourmet oferece brigadeiros com chocolate 100% belga e pelo roteiro de vendas estão os bairros Jardim da Penha, Jardim Camburi e Praia do Canto. 5 O seminário vai tirar dúvidas para quem quer entrar no ramo da gastronomia sobre rodas. “Durante o seminário os empresários e os demais interessados terão a oportunidade de tirar suas dúvidas no que se refere ao assunto de maneira acessível, a fim de melhorar seu investimento, além de ampliar sua rede de relacionamentos e se atualizar sobre o negócio”, ponderou o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira. Fonte: Lucas Henrique Pisa Matéria disponível em < http://www.folhavitoria.com.br/economia/noticia/2015/05/gastronomia-sobre-rodas-food- trucks-conquistam-o-espirito-santo-com-opcoes-gourmet-itinerantes.html > Baseado no texto discuta: a) Que tipo(s) de serviço(s) de refeições se enquadram os “food trucks” ? Justifique sua resposta. b) Quais as vantagens e limitações desse tipo de serviço no aspecto econômico e sanitário? c) Se você tivesse a oportunidade de gerenciar um food truck, qual a população alvo que atenderia, descreva um exemplo de cardápio, valor de venda do produto final, justificando como chegou a esse preço. Personalize seu negócio, com nome fantasia e logotipo. Gestão em lactários e banco de leite humano Caracterização Lactário O lactário tem como objetivo preparar, distribuir e higienizar mamadeiras com fórmulas lácteas, chás, papa de frutas e sopas, com rigorosa técnica de assepsia. Banco de leite humano O Banco de Leite Humano (BLH) é um estabelecimento de serviço especializado, responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da nutriz, do seu processamento, controle de qualidade e distribuição (BRASIL, 2006). Compete ao BLH as seguintes atividades: a) Desenvolver ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, como programas de incentivo e sensibilização sobre a doação de leite humano (LH) (HINRICHSEN, 2004); b) Prestar assistência a gestante (prepará-la para a amamentação; elaborar medidas de prevenção de doenças e outros fatores que impeçam a amamentação ou a doação de Leite Humano ordenhado), puérpera, nutriz e ao lactente (prestar orientações sobre autocuidado com a mama puerperal; pega, posição e sucção; ordenha, coleta e armazenamento do Leite Humano Ordenhado (LHO) no domicílio (HINRICHSEN, 2004); cuidados ao amamentar; cuidados na utilização do Leite Humano Ordenhado Cru (LHOC) e do leite humano ordenhado pasteurizado (LHOP)). http://www.folhavitoria.com.br/economia/noticia/2015/05/gastronomia-sobre-rodas-food-trucks-conquistam-o-espirito-santo-com-opcoes-gourmet-itinerantes.html http://www.folhavitoria.com.br/economia/noticia/2015/05/gastronomia-sobre-rodas-food-trucks-conquistam-o-espirito-santo-com-opcoes-gourmet-itinerantes.html 6 c) Executar as operações de controle clínico da doadora; d) Coletar, selecionar, classificar, processar, estocar e distribuir o LHO e Pasteurizado (LHOP); e) Responder tecnicamente pelo processamento e controle de qualidade do LHO procedente do Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) a ele vinculado; f) Realizar o controle de qualidade dos produtos e processos sob sua responsabilidade; g) Registrar as etapas do processo; h) Dispor de um sistema de informação que assegure os registros relacionados às doadoras, receptores e produtos, disponíveis às autoridades competentes, guardando sigilo e privacidade dos mesmos. i) Estabelecer ações que permitam a rastreabilidade do LHO. O Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) é a unidade, fixa ou móvel, intra ou extra-hospitalar, vinculada tecnicamente ao BLH e administrativamente a um serviço de saúde ou ao próprio BLH, responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da nutriz e sua estocagem. O BLH e o PCLH, para funcionar, devem possuir licença sanitária atualizada, emitida elo órgão de vigilância sanitária competente (BRASIL, 1977; BRASIL, 2006). Legislação específica Lactário Resolução - RDC nº 307, de 14/11/2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Banco de leite humano Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o funcionamento de Bancos de Leite Humano (BRASIL, 2006). Resolução RDC nº 50, 21/02/2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. LactárioÁREA Quanto ao planejamento e projeto de um lactário deve-se observar: localizado em área isolada, que facilitasse o transporte interno e externo de mamadeiras preparadas; funcionamento que possibilite o máximo rigor na aplicação das técnicas preconizadas, visando ao atendimento das necessidades do Hospital; a responsabilidade da supervisão técnica do lactário, cabe a um nutricionista. No planejamento e construção do lactário, deve-se evitar ao máximo fluxo cruzado ou interrompido, destinando-se áreas para: vestiário, paramentação, preparo, envasamento, distribuição, higienização, controle e circulação. Toda área deve ser submetida como rotina, à dedetização periódica e desinfecção mensal, utilizando-se técnicas específicas. 7 Deve possuir sistema de exaustão e ventilação com retirada forçada de ar e vapor, observando-se neste caso a posição de portas de acesso e guichês. Os balcões de trabalho devem permitir higienização, desinfecção e serem livres de reentrâncias a fim de evitar a proliferação de insetos. Os equipamentos devem ser localizados de modo a permitir limpeza adequada e manutenção técnica sem interferir nas áreas de produção. Deve possui sistemas especiais de escoamento de água com revestimento em aço inoxidável inteiriço. O lactário consiste basicamente em 3 salas: a) Sala de limpeza b) Sala de preparo c) Ante-sala As Instalações sanitárias deverão ser previstas em outro local, nunca dentro do lactário. O lactário possui um hall de entrada, que poderá ser utilizado com área de armazenamento de gêneros como latas de leite, de açúcar, hidratantes etc. A área física é variável de acordo com o número de fórmulas a serem preparadas diariamente. A área calculada é de aproximadamente 0,3m 2 /berço ou leito de pediatria e berçário, ou ainda, 25m 2 por 400 mamadeiras diárias (para hospital de até 50 leitos) (FÁZIO apud MEZOMO, 1989). Quanto a distribuição da área tem-se: 30% para a sala de limpeza; 50% para a sala da preparo; 20% para a ante-sala e hall (incluindo a área de depósito e higienização dos funcionários). PESSOAL É importante a escolha de pessoal qualificados e treinados para o desempenho das atividades desenvolvidas no lactário (MEZOMO, 1994). O número de funcionários designados para trabalhar no lactário, depende: nº de leitos de berçário e pediatria; área física destinada; equipamentos; qualificação; tipos de formulações. Não existe um número certo de pessoal, porém na prática preconiza-se: Nº de leitos de berçário e pediatria Nº de funcionários do lactário Até 50 leitos 2 a 3 Mais de 50 leitos 1 para cada 20 leitos Banco de leite humano ÁREA O BLH, bem como os PCLH, devem ser projetados estudando o espaço físico, as instalações hidráulicas (água fria e quente com volume e potabilidade adequados) e as instalações elétricas (ponto de força e iluminação suficiente; sistema de emergência), bem como da distribuição dos equipamentos fixos e moveis e da ventilação natural ou forçada suficiente (BRASIL, 2002). Sobre a localização, deverá estar distante de qualquer dependência que possa comprometer a qualidade do produto estocado, sob o ponto de vista químico, físico- químico e microbiológico; O Banco de leite humano deve dispor de (Tabela 6): Local para recepção, coleta, processamento e estocagem; Refrigerador e/ou freezer, destinado a estocagem de produtos; 8 Equipamento para pasteurização de produto; Equipamento para esterilização, em caso de não dispor de uma Central de Esterilização. Tabela 6. Dimensionamento de cada ambiente de um Banco de Leite Humano. Ambiente Dimensionamento Quantificação Dimensão Sala para recepção, registro e triagem das doadoras. 1 7,50 m² Área para estocagem de leite cru coletado 1 (em BLH com produção de até 60 L/mês; a estocagem pode ser realizada na sala de processamento, na área de estocagem, com geladeira ou freezer exclusivo para o leite cru) 4,00 m² Área para recepção da coleta externa 4,00 m² Arquivo de doadoras 1 Vestiário de barreira 1 3,00 m 2 Sala para ordenha 1 1,5m 2 /cadeir a de coleta Sala para processamento: degelo, seleção, classificação, reenvase, pasteurização, estocagem, distribuição, liofilização 1 15,0m 2 Laboratório de controle de qualidade microbiológico1* 1* 6,00 m 2 Sala de Porcionamento 4,00 m² Sala para lactentes e acompanhantes 4,40 m 2 1* “in loco” ou não Fonte: Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006, (BRASIL, 2006) A sala de espera deve ter algumas cadeiras e uma pia, para que as mães lavem as mãos antes de entrar na sala de colheita. A sala de colheita deve ter os seguintes equipamentos: bomba de leite, refrigerador, armário de aço para material, armário de aço para roupa, balcão de aço inox e pia. Os ambientes de apoio são: Os BLH devem possuir os seguintes ambientes de apoio: Central de Material Esterilizado – Simplificada Sanitários (masculino e feminino) com 3,2m², com dimensão linear mínima de 1,6m Sanitário para deficientes (BRASIL, 2004 - Decreto Federal 5296 Ministério da Justiça) Depósito de Material de Limpeza com área mínima de 2 m2 e dimensão mínima de 1 m, equipado com tanque. Sala Administrativa Copa Consultório Sala de demonstração e educação em Saúde (estas atividades podem ser realizadas em ambientes não exclusivos do BLH). 9 Os materiais de acabamento para pisos, paredes, bancadas e tetos devem obedecer ao preconizado na Resolução RDC nº 50/2002, sendo resistentes à lavagem e ao uso de saneantes (BRASIL, 2002). PESSOAL Sobre a equipe do BLH e do PCLH, a depender das atividades desenvolvidas, pode ser composta por: médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos, engenheiros de alimentos, biólogos, biomédicos, médicos veterinários, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, auxiliares e técnicos (de enfermagem, laboratório e nutrição), entre outros profissionais. Cabendo a um profissional com formação profissional legalmente habilitado e capacitado para ser o responsável técnico pelo BLH e PCLH. Procedimentos e critérios recomendados Lactário A chefia do lactário deve comunicar imediatamente, qualquer irregularidade no funcionamento de qualquer equipamento ao Serviço de Manutenção do Hospital. O pessoal de manutenção deve estar apto para manter todo o equipamento, especialmente o de aquecimento terminal e de refrigeração, funcionando de acordo com os padrões estabelecidos. O responsável pelo equipamento mecânico deve estar em condições de fazer a manutenção preventiva de todo o equipamento. O pessoal do serviço de Manutenção e Reparos, não deve sugerir alterações na rotina de trabalho, por menor que seja, aos funcionários do lactário. Deve dirigir-se à nutricionista responsável pelo lactário. Em caso de emergência, cabe ao chefe do Lactário, as possíveis modificações, de modo a não comprometer a segurança das mamadeiras. As atividades desenvolvidas em cada setor: a) Sala de limpeza: área destinada a higienização e esterilização prévia dos frascos de mamadeiras, bicos, arruelas e protetores. A sala de limpeza possui uma pequena porta ou guichê que dá para um corredor, por onde chega o material usado. b) Sala de preparo: área destinada à pesagem, preparo dos leites e seus substitutos, juntamente com água e demais hidratantes, sendo responsável também pela rotulagem das mamadeiras com esterilização prévia, da esterilização terminal das mamadeiras, preenchidas, do resfriamento e da distribuição destas últimas, após autoclavagem. As mamadeiras são distribuídas através de um guichê ao lado da sala de preparo. d) Ante-sala: área isolada destinada a paramentação e escovação das mãos, antebraços e unhas dos lactaristas que trabalham na sala de preparo. Serve também de escritóriopara a chefia do lactário. O lactário possui um hall de entrada, que poderá ser utilizado com área de armazenamento de gêneros como latas de leite, de açúcar, hidratantes etc. Banco de leite humano 10 Segundo a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), as atividades a serem desenvolvidas no BLH são: a) Recepcionar, registrar e fazer a triagem das doadoras. b) Receber o leite humano de coletas externas. c) Preparar doadoras e profissionais. d) Coletar leite humano e) Processar o leite humano ordenhado compreendendo as etapas de degelo, seleção, classificação, reenvase, pasteurização. f) Liofilizar o leite processado. g) Estocar o leite humano processado. h) Fazer o controle de qualidade do leite humano coletado e processado. i) Distribuir leite humano. j) Porcionar o leite humano. l) Proporcionar condições de conforto aos lactentes e acompanhantes da doadora. m) Promover ações de educação no âmbito do aleitamento materno, por meio de palestras, demonstrações e treinamento. Sobre higiene e conduta, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O acesso às áreas de manipulação do leite humano deve ser restrito ao pessoal diretamente envolvido e devidamente paramentado. Os profissionais e doadoras devem ser orientados de forma oral e escrita quanto às práticas de higienização e anti-sepsia das mãos e antebraços nas seguintes situações: antes de entrar na sala de ordenha do leite humano, na recepção de coleta externa e na de processamento; após qualquer interrupção do serviço; após tocar materiais contaminados; após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. É proibido o uso de cosméticos voláteis e adornos pessoais nas salas de ordenha, recepção de coleta externa, higienização, processamento, no ambiente de porcionamento e no de distribuição do leite humano. É proibido fumar, comer, beber e manter plantas e objetos pessoais ou em desuso ou estranhos à atividade nas salas de ordenha, recepção de coleta externa, higienização, processamento, no ambiente de porcionamento e no de distribuição do leite humano. Os profissionais envolvidos na manipulação do LHO devem utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) sendo: gorro, óculos de proteção, máscara, avental e luvas de procedimento, em conformidade com a atividade desenvolvida. O EPI deve ser exclusivo para a realização do procedimento, sendo que o avental e as luvas devem ser substituídos a cada ciclo de processamento. A paramentação da doadora deve contemplar o uso de gorro, máscara e avental fenestrado. Sobre coleta, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: A ordenha e a coleta devem ser realizadas de forma a manter as características químicas, físico-químicas, imunológicas e microbiológicas do leite humano. O material usado na manipulação do LH deve ser previamente esterilizado, exceto a paramentação. 11 O BLH e o PCLH são responsáveis pelo fornecimento de embalagens adequadas e esterilizadas para cada doadora. Em situações excepcionais, a embalagem (recipiente de vidro, estéril, com boca larga, tampa plástica rosqueável e volume de 50 a 500 mL, previamente testado (FIOCRUZ, 2003)) utilizada para a coleta do leite humano pode ser desinfetada em domicílio, segundo orientação do BLH ou PCLH. O nome do funcionário que efetuou a coleta deve ser registrado de forma a garantir a rastreabilidade. As embalagens contendo os produtos deverão ser rotuladas após a coleta, contendo informações identificadas pelo número de registro que deverão ser complementadas ao longo do processo permitindo uma análise retrospectiva. Sobre transporte, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O LHOC e o LHOP devem ser transportados sob cadeia de frio (de forma que a temperatura máxima não ultrapasse 5ºC para os produtos refrigerados e -1ºC para os produtos congelados). Os produtos devem ser transportados em recipientes isotérmicos exclusivos, constituídos por material liso, resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfecção. O recipiente isotérmico para transporte deve ser previamente limpo e desinfetado. O tempo de transporte não deve ultrapassar 6 horas. O veículo para o transporte do LHO deve: a) garantir a integridade e qualidade do produto; b) ser limpo, isento de vetores e pragas urbanas ou qualquer evidencia de sua presença; c) ser adaptado para transportar o recipiente isotérmico de modo a não danificar o produto e garantir a manutenção da cadeia de frio; d) ser exclusivo no momento do transporte conforme rota estabelecida; e) conduzido por motorista treinado para desenvolver a atividade de coleta domiciliar do LHO ou acompanhado por profissional capacitado. Sobre a recepção, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: No ato do recebimento do LHO deve-se verificar e registrar: a) conformidade de transporte; b) planilha de controle de temperatura; c) conformidade da embalagem; d) rastreabilidade do produto cru. As embalagens que não atendam aos itens devem ser descartadas e o volume desprezado registrado. Deve ser realizada desinfecção na parte externa das embalagens de LHOC provenientes de coleta externa. Sobre o degelo, a seleção e a classificação, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O LHOC recebido pelo BLH deve ser submetido a procedimentos de degelo, seleção e classificação. 12 A temperatura final do produto submetido a degelo não deve exceder 5°C (cinco graus Celsius). A seleção compreende a verificação de: a) condições da embalagem; b) presença de sujidades; c) cor; d) off-flavor e) acidez Dornic. A classificação compreende a verificação de: (a) período de lactação; b)acidez Dornic; c) conteúdo energético (crematócrito). Sobre o reenvase, a embalagem e a rotulagem, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: Deve garantir a qualidade higiênico-sanitária do LHO e a uniformização dos volumes e embalagens, antes da pasteurização. Deve ser realizado sobre superfície de material liso, lavável e impermeável, resistente aos processos de limpeza e desinfecção. Deve ser realizado sob campo de chama ou cabine de segurança biológica Todo LHOC reenvasado deve ser rotulado. O Pool de LHO deve ser formulado com produtos aprovados na seleção e classificação. A embalagem: A embalagem destinada ao acondicionamento do LHO deve: a) ser de material de fácil limpeza e desinfecção; b) apresentar vedamento de forma a manter a integridade do produto; c) ser constituída de material inerte e inócuo ao LHO em temperaturas na faixa de - 25 ºC a 128 ºC que preserve ser valor biológico. As embalagens e materiais que entram em contato direto com o LHO devem ser esterilizadas. A rotulagem: O LHO coletado e processado deve ser rotulado com informações que permitam a sua rastreabilidade. As informações contidas no rótulo podem ser substituídas por denominação ou codificação padronizada pelo BLH, desde que a permita a identificação e a rastreabilidade do mesmo. O acondicionamento da embalagem rotulada deve manter a integridade do rótulo e permitir a sua identificação. Os rótulos das embalagens destinadas à coleta domiciliar devem conter no mínimo as seguintes informações: identificação da doadora, data e hora da primeira coleta. Os rótulos das embalagens de LHOC e LHOP estocado devem conter no mínimo as seguintes informações: identificação da doadora, conteúdo energético e validade. Sobre a pasteurização, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O LHOC coletado e aprovado pelo BLH deve ser pasteurizado a 62,5ºC (sessenta e dois e meio graus Celsius) por 30 (trinta)minutos após o tempo de pré-aquecimento. O tempo de pré-aquecimento é o tempo necessário para que LHOC a ser pasteurizado atinja a temperatura de 62,5ºC. 13 A temperatura de pasteurização do leite humano deve ser monitorada a cada 5 minutos, com registro em planilha específica. O ambiente onde ocorre a pasteurização deve ser limpo e desinfetado imediatamente antes do início de cada ciclo, ao término das atividades e sempre que necessário. O LHOP deve ser submetido a análise microbiológica para determinação da presença de microrganismos do grupo coliforme. É permitida a administração de LHOC (sem pasteurização) exclusivamente da mãe para o próprio filho, quando: a) coletado em ambiente próprio para este fim; b) com ordenha conduzida sob supervisão; c) para consumo em no máximo 12 (doze) horas desde que mantido a temperatura máxima de 5º C (cinco graus Celsius). Sobre a estocagem, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O BLH e o PCLH devem dispor de equipamento de congelamento exclusivo com compartimentos distintos e identificados para estocagem LHOC e LHOP. A cadeia de frio deve ser mantida durante a estocagem do LHOC e LHOP, respeitando-se o prazo de validade estabelecido. O LHOC congelado pode ser estocado por um período máximo de 15 dias, a partir da data da primeira coleta, a uma temperatura máxima de - 3°C. O LHOC refrigerado pode ser estocado por um período máximo de 12 horas a temperatura máxima de 5°C. O LHOP deve ser estocado sob congelamento a uma temperatura máxima de - 3ºC, por até 06 meses. O LHOP, uma vez descongelado, deve ser mantido sob refrigeração a temperatura máxima de 5ºC com validade de 24 horas. O LHOP liofilizado e embalado a vácuo pode ser estocado em temperatura ambiente pelo período de 1 ano. As temperaturas máximas e mínimas dos equipamentos destinados à estocagem do LHO devem ser verificadas e registradas diariamente. O BLH deve dispor de registro do controle de estoque que identifique os diferentes tipos de produto sob sua responsabilidade. Sobre a distribuição, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: A distribuição do LHOP a um receptor fica condicionada: a) a prescrição ou solicitação de médico ou de nutricionista contendo, volume/horário diário e necessidades do receptor; b) ao atendimento dos seguintes critérios de prioridade: recém-nascido prematuro ou de baixo peso que não suga; recém-nascido infectado, especialmente com enteroinfecções; recém-nascido em nutrição trófica; recém-nascido portador de imunodeficiência; recém-nascido portador de alergia a proteínas heterológas; e casos excepcionais, a critério médico. c) a inscrição do receptor no BLH. 14 O BLH deve disponibilizar ao responsável pela administração do LHO instruções escritas, em linguagem acessível quanto ao transporte, degelo, porcionamento, aquecimento e administração do LHO. Sobre o porcionamento, a Resolução RDC nº 171, de 04/09/2006 (BRASIL, 2006), regulamenta: O porcionamento do LHOP destinado ao consumo deve ser realizado no BLH, lactário, serviço de nutrição enteral ou ambiente fechado exclusivo para este fim, de forma a manter a qualidade higiênico-sanitária do produto. O porcionamento, quando realizado no lactário ou no serviço de nutrição enteral, deve ser feito em horários distintos da manipulação destas fórmulas, de acordo com procedimentos escritos. Vamos praticar? 1. Você é técnico de um lactário dentro de um hospital de grande porte, que também atua como banco de leite, realizando a coleta de lactantes que produzem leite além das necessidades de seus filhos. Sua função é assegurar a qualidade da coleta bem como recebimento de leite materno advindo de fontes externas. Desenvolva um esquema de treinamento para orientar a coleta, armazenamento adequado e transporte do leite materno cru. 2. Descreva como deve ser o ambiente de um lactário e banco de leite. Gestão em creches e escolas Caracterização São pontos essenciais na organização administrativa de uma creche: Flexibilidade da estrutura, permitindo adaptações e novas condições; Distribuição de funções, evitando duplicidade, omissões e supervalorização de alguns cargos, de modo a garantir o equilíbrio da organização; Definição e delegação de responsabilidade; Liberdade de ação para o pessoal no desenvolvimento de programas e na formulação de normas e rotinas; Avaliação dos programas para uma boa alimentação e desenvolvimento dos serviços. Deve se atentar para as exigências de serviços desta natureza e para as responsabilidades afetas à sua direção, ou seja: Identificação de prioridades; 15 Planejamento; Contratação e capacitação de pessoal; Organização, coordenação e financiamento do serviço; Coleta, análise dos dados e avaliação setorial e global; Cumprimento das exigências legais. Legislação específica Portaria 291, de 08/08/96 (Brasil) – diretrizes e critérios para operacionalização do controle de qualidade do PNAE Portaria 351, de 10/10/96 (Brasil) – normas gerais para a operacionalização do PNAE Decreto 22.758, de 05/10/84 (São Paulo) – obrigatoriedade da formação do CAE – Conselho de Alimentação Escolar. Legislação referente ao Processo Licitatório: _ Lei nº 8.666, de 21 DE Junho de 1993 (DOU 22.06.1993, rep. DOU 06.07.1994) - Regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências _ Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001 - Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências _ Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005 - DOU de 1º.6.05 - Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências _ Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005 - Estabelece a exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos. ÁREA Localização Geralmente se sente priorizar a proximidade ao trabalho das mães ou proximidade de residência familiar. As creches próximas aos locais de trabalho são mantidas por serviços públicos ou empresas particulares. Nesse último caso, a empresa deve ser pela a sua organização e funcionamento, de acordo com a legislação vigente. Quando localizadas junto á empresa, podem estar expostas a maior perigo de poluição atmosférica e sonora, contaminação das entradas comuns dos adultos, como por exemplo, em hospitais, ambulatórios, fábricas, etc. Tal perigo pode ser evitado se, na localização, forem previstas adequadas condições quanto à área ao ar livre, espaço verde, ventilação, insolação, iluminação. Em creches de bairro, verifica se facilidade de acesso sem desgaste de transporte e maiores possibilidades de áreas ao ar livre. Ao mesmo tempo, não se expõem as crianças a locais e ambientes que possam acarretar agravos à saúde, pode se atender crianças de ambientes diversos. Por fim, na creche de bairro se estimula a participação e a atuação na comunidade. 16 Construção Depende do número de crianças atendidas. Recomenda se máximo de 70 e mínimo de 30, tendo em vista a possibilidade de melhor atendimento e de menor custo. Para isso, devem ser previstos locais para os seguintes grupos de idade: Grupo A – 3 meses a 1 ano; Grupo B – 1 a 2 anos; Grupo C – 2 a 3 anos. Deve se, ainda, obedecer os quesitostécnicos de segurança e cumprir as exigências do Códigos de Obras. Sob o ponto de vista funcional, recomenda se: Disposição simples e ambiente acolhedor, com casas comunicantes; Passagens claras e diretas, que permitam a circulação de carrinhos de crianças, de alimento, de roupa, etc. Pinturas em cores claras, alegres, em tinta lavável: revestimento de ladrilho até o teto nas salas de recepção, banho, vestiários, sanitários, lactários, cozinha, dispensa e lavanderia; Revestimento de ladrilho até a altura de 1,50 m na entrada e na circulação interna; Pintura em tinta plástica lavável, em cores claras e alegres, nos berçários e salas de repouso, recreação e refeições; Revestimento total de ladrilhos nos tanques de serviço, banheiros, chuveiros, bancadas de cozinha e lactário; Aço inoxidável ou mármore nos tampos das bancadas de cozinha e lactário; Piso de material antiderrapante de bom aspecto, fácil limpeza e conservação, de acordo com o clima da região. Esse material deve ser objeto de cuidado especial, considerando-se que a criança passa a maior parte do seu tempo em contato com chão. Áreas mínimas recomendadas: ÁREA m²/Criança Área Total do Prédio Berçário – Unidade – Seção A Sala de Repouso – Unidade – Seção A Sala de Recreação e Refeitório – Unidade – Seção B Sala de Rec. e Ref. com Banheiro Anexo – Unidade C Enfermaria com Banheiro Solário e Recreação Coberta Bloco Adm. (Entrada, Secret. Almoxar., Sala de Reun., Sanit. Anexos Bloco de Serv. Gerais (Lactário, Cozinha Geral com dispensa, Lavanderia, vestiários – Masc. e Fem. – Varanda de Serviço Coberta Bloco de Serviços Técnicos 15 3 3 2 3 5 1 2 2 0,7 Obs.: importante prever espaço verde, com brinquedos, plantas e jardins. PESSOAL Na organização de uma creche deverão ser reservados recursos suficientes para atender às necessidades quanto ao número e qualificação dos seus auxiliares, em todos 17 os níveis e setores. Evitar uniformes brancos. Em seu lugar recomendam se roupas coloridas e estampadas, de tecidos laváveis e de modelos funcionais, adaptados ao clima e às atividades habituais do trabalho. Também não deve ser permitido o uso de máscaras cirúrgicas, a fim de que a criança possa identificar mais facilmente a pessoas que lhe proporciona cuidados, estimulando o estabelecimento de relações afetivas. Tabela 7 – Dimensionamento de pessoal para a creche (com 50 crianças) PESSOAL TÉCNICO Nº OBSERVAÇÃO Nutricionista 1 Tempo parcial SERVIÇOS GERAIS Nº OBSERVAÇÃO Cozinheira 1 Tempo integral Auxiliar de cozinha 1 Tempo integral Servente 1 Tempo integral Faxineiro 1 Tempo integral Programa Nacional de Alimentação Escolar O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos mais antigos no que se refere a suplementação alimentar do país e o mais antigo programa social do Governo Federal na área de educação. Desenvolvido a partir de 1954 com o estabelecimento da Campanha da Merenda Escolar (CME), atendia algumas escolas de estados do Nordeste. Esta política foi ganhando abrangência nacional, e sua operacionalização, durante todos esses anos, se deu sob diferentes denominações. Em 1988, a alimentação escolar passou a ser direito constitucional. Desde 1997 o PNAE vem sendo gerenciado pelo FNDE, autarquia vinculada ao Ministério da Educação (APOIO FOME ZERO, 2004). A importância da merenda escolar está comprovada em inúmeros estudos e pesquisas. Um trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado em 2003, revela que, para 50% dos alunos da região Nordeste, a merenda escolar é considerada a principal refeição do dia. Na região Norte, esse índice sobe para 56% (APOIO FOME ZERO, 2004). O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) ou o Programa da merenda escolar, como é conhecido, é responsável pela alimentação dos alunos das escolas de educação infantil (creche e pré-escola) e ensino fundamental (1ª a 8ª séries) da rede pública durante o ano letivo. Em situações especiais, atende também a alunos de entidades filantrópicas (APOIO FOME ZERO, 2004). Há também o Programa Nacional de Alimentação Escolar nas Escolas Indígenas (PNAE Indígena), que contempla os alunos das escolas indígenas, de acordo com a Resolução nº 45 de 2003 do FNDE (APOIO FOME ZERO, 2004). O objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar é suprir no mínimo 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos, contribuir para a redução da evasão escolar, favorecer a formação de bons hábitos alimentares em crianças e adolescentes do país, tudo isso dentro do espírito de uma política de segurança alimentar e nutricional. 18 Vamos praticar ? 1. Descreva como deve ser o ambiente de uma creche ( constituição dos materiais que compõem estruturas de portas, janelas, pisos , paredes e equipamentos) 2. O que é PNAE ? Quais os objetivos desse programa? 3. Supondo que uma creche possua um total de 200 crianças inscritas. Qual o quadro mínimo de pessoal adequado para atender essa demanda ? Atuação do técnico nos diferentes tipos de serviços de alimentação Segundo a RESOLUÇÃO CFN N° 312/2003: (...) ART. 4º. Os Técnicos em Nutrição e Dietética, respeitados os limites compreendidos pelas disciplinas da respectiva formação escolar, poderão, nas áreas de atuação compreendidas nos incisos deste artigo, exercer as atribuições que lhes seguem: I. Atividades em Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) que prestem atendimento a populações sadias, tais como restaurantes industriais e comerciais, hotéis, cozinhas experimentais, creches, escolas e supermercados: a) acompanhar e orientar as atividades de controle de qualidade em todo processo, desde recebimento até distribuição, de acordo com o estabelecido no manual de boas práticas elaborado pelo nutricionista responsável técnico, atendendo às normas de segurança alimentar; b) acompanhar e orientar os procedimentos culinários de pré-preparo e preparo de refeições e alimentos, obedecendo às normas sanitárias vigentes; c) conhecer e avaliar as características sensoriais dos alimentos preparados de acordo com o padrão de identidade e qualidade estabelecido; d) acompanhar e coordenar a execução das atividades de porcionamento, transporte e distribuição de refeições, observando o per capita e a aceitação do cardápio pelos comensais; e) supervisionar as atividades de higienização de alimentos, ambientes, equipamentos e utensílios visando à segurança alimentar e difundindo as técnicas sanitárias vigentes; f) orientar funcionários para o uso correto de uniformes e de Equipamento de Proteção Individual (EPI) correspondentes à atividade, quando necessário; g) participar de programas de educação alimentar para a clientela atendida, conforme planejamento previamente estabelecido pelo nutricionista; h) realizar pesagem, mensuração e outras técnicas definidas pelo nutricionista, para concretização da avaliação nutricional e de consumo alimentar; i) colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária; j) participar de pesquisas e estudos relacionados à sua área de atuação; k) coletar dados estatísticos relacionados aos atendimentos e trabalhos desenvolvidos na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN); l) colaborar no treinamento de pessoal operacional; m) observar a aplicação das normas de segurança ocupacional; 19 n) auxiliar no controle periódico dos trabalhos executados; o) zelar pelo funcionamento otimizado dos equipamentos de acordo com as instruções contidas nos seus manuais; p) controlar programas de manutenção periódica de funcionamento e conservação dos equipamentos; q) participar do controle de saúde dos colaboradores da Unidade de Alimentaçãoe Nutrição (UAN), identificando doenças relacionadas ao ambiente de trabalho e aplicando ações preventivas; r) desenvolver juntamente com o nutricionista campanhas educativas para o cliente; s) elaborar relatórios das atividades desenvolvidas Vamos praticar ? J. A. S. é técnica de nutrição de um hospital de grande porte. O início de sua rotina começa pela ida aos andares para verificar os prontuários e realizar a evolução das dietas conforme o quadro do paciente. Após isso, sobre com as alterações até a UND para comunicar ao quadro de funcionários, aproveitando, com isso, a supervisão da operação na cozinha, bem com orientação dos colaboradores quanto ao uso de equipamentos de proteção individual. Depois, retorna à sua sala, onde planeja o cardápio e o pedido de compras dos itens estocáveis e não perecíveis e acompanha a distribuição das refeições, bem como o porcionamento do itens do cardápio. À tarde, verifica a temperatura dos equipamentos de cadeia fria e quente e aproveita para realizar o plano de manutenção preventiva dos mesmos. Além disso, a técnica sempre consegue um tempo extra para realização de outras atividades como confecção de manual de boas práticas, consultoria em serviços de alimentação e palestras sobre educação nutricional. Realmente, uma funcionária exemplar! De acordo com a resolução N° 312/2003, identifique acima as atividades que são pertinentes ao técnico de nutrição e justifique com base na legislação. Códigos Sanitários e legislação complementar: adequação física e funcional da UAN Centro de Vigilância Sanitária (CVS) Portaria CVS-5/13 de 09/04/2013 -Parâmetros e critérios p/ controle higiênico sanitário em estabelecimentos de alimentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RDC-216 de 15/09/2004 – Boas práticas para serviços de alimentação RDC-275 de 21/10/2002 – Procedimentos operacionais padronizados para estabelecimentos de alimentos. 20 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 13523 – Instalações de central de GLP. NBR 5626 – Instalações de água fria. NBR 7198 – Instalações de água quente. NBR 8160 – Instalações de esgoto. NBR 5410 – Instalações elétrica. NBR 5413 – Iluminação. Corpo de bombeiro IT – 32 – Proteção contra incêndio em cozinhas industriais. Ministério da Saúde Portaria n.º 1884/GM de 11/11/1994 – Estabelece áreas físicas mínimas para o sistema de nutrição e dietética – SND em função do n.º de leitos. Ministério do Trabalho NR-8 – Edificações NR-17 – Ergonomia NR-23 – Proteção contra incêndios NR-24 – Condições sanitárias e de conforto em locais de trabalho Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) Padrões básicos para implantação de uma UAN/ Planejamento de uma UAN • Depende: Funções Complexidade de ações Aspectos econômicos das instalações Não existe um padrão, onde o projeto final será fruto de levantamento profundo e conhecimento de fatores específicos Vantagens do planejamento: • Economia de tempos e movimentos com a racionalização do trabalho, evitando: Interrupções no fluxo Cruzamentos desnecessários Mau uso de equipamentos Limitação de cardápio Ociosidade de instalações Filas Aumento de custos Fatores que influenciam no projeto : • Número de refeições servidas ou número de leitos; • Padrão de cardápio; • Sistema de distribuição (Self-service/ A La carte /porcionamento controlado/ hospitais - centralizado/descentralizado/misto); • Quantidade e qualidade de mão de obra; 21 • Equipamentos; • Localização. Etapas do planejamento: 1. Plano diretor ( Sumário-base das necessidades) 2. Anteprojeto ou leiaute (Esboço de planta) 3. Definição da planta e memorial descritivo 4. Construção Aspectos gerais para estrutura física Localização De preferência, deve se localizar no piso térreo, pois, possui as seguintes facilidades: Acesso de fornecedores e pessoal Iluminação e ventilação natural facilitada Reparo das instalações Evita monta cargas e elevadores Remoção do lixo Configuração geométrica Deve ser RETANGULAR, pois possui o seguinte propósito: Evita caminhadas supérfluas Possibilita melhor esclarecimento do fluxo de produção Evita conflitos de circulação Limita espaço entre equipamentos Facilita supervisão das atividades Fonte: LANZILLOTTI , 2002 22 Croquis e layouts de instalações de UAN Croqui é uma palavra derivada da palavra francesa croquis que pode ser traduzida como esboço ou rascunho. Costuma se caracterizar como um desenho rápido, feito com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia . Dado o seu aspecto de instantaneidade e diálogo formal, não costuma seguir regras formais de desenho ou técnicas muito elaboradas, não exige grande precisão, refinamento,escalas e nem pequenos detalhes, pois seria uma forma rápida de transmitir uma idéia inicial de um projeto arquitetônico, estrutural, de lay-out. Os principais materiais para elaboração de croquis são justamente aqueles que não exigem um refinamento maior de desenho, normalmente o desenho é feito a lápis ou nanquim sobre papel, quanto à técnica de desenho, costuma caracterizar-se como um desenho de linha pura, com eventuais texturas rápidas, mais representativas que realistas. Layout Em um restaurante institucional, o layout corresponde ao conjunto das áreas de processamento e produção dos alimentos (recebimento, pré-preparo e preparo), distribuição, consumo e devolução (refeitório). O layout operacional consiste na planta baixa do local com fluxograma de operações realizadas e, permite a visualização da distribuição e ocupação da área física e espaços internos. Por meio da simulação de tempos e movimentos são definidos os fluxos operacionais adequados e eficientes, o uso de equipamentos, deslocamento de funcionários, evitando o cruzamento de fluxos que possam ocasionar contaminação dos alimentos e prejudicar a produtividade e a boa circulação do local. 23 Vamos praticar ? Desenvolva, com base na legislação vigente, uma maquete que contemple o layout dos seguintes serviços de alimentação: - Hospital - Restaurante industrial - Restaurante comercial - Lactário - Creche - Unidade móvel Os temas serão sorteados entre os grupos. Tentar identificar ao máximo os itens que compõem a maquete para facilitar a identificação. Dimensionamento básico de equipamentos para UAN: Seleção, características, finalidade e manutenção A instalação dos equipamentos requer um certo cuidado para melhor desempenho do serviço: Não devem ser instalados próximos uns dos outros, a recomendação é de um afastamento de 0,9m. Não devem ser instalados próximos de paredes e deverão seguir a mesma recomendação anterior quanto à distância. Canos de água não devem cruzar acima de tachos e caldeirões, devido ao gotejamento de líquidos condensados. A base deve estar assentada no piso de forma a evitar o acúmulo de sujidades ou apoiada em pés de pontas arredondadas com espaço livre de pelo menos 15 cm paralimpeza. Ao escolher os equipamentos que irão fazer parte da UAN deve-se levar em conta ainda alguns outros requisitos como: Deve ter, sempre que possível, superfícies lisas e contínuas. Não ter cantos vivos. As junções devem ser arredondadas ou arqueadas. Ter parafusos exteriores do tipo sanitário, para desmontagens rápidas facilitando a adequada higienização. Ser, tanto quanto possível, feitos de peças únicas. Não poderá nunca ser feito de: chumbo, ferro, cádmio e antimônio, pois podem gerar intoxicações. O melhor material para equipamentos é o aço inoxidável. 24 Área de Administração e armazenamento Equipamentos,utensílios e mobílias Setor de recebimento Carros-plataforma: em inox ou ferro galvanizado Carros porta-caixas ou tipo tartaruga: em inox ou ferro galvanizado:1/2000 refeições diárias Balança plataforma embutida no piso (capacidade: 200, 300, 500kg) Balança de mesa: em leque ou eletrônica; capacidade 25kg; Mesa em inox para balança: 1,0 x 0,80m Carro para transporte de carnes: em inox ou ferro galvanizado Carro para transporte de vegetais: em inox ou ferro galvanizado Carro porta detritos ou lixeira com tampa Máquina de calcular: 1 para o setor Arquivo com 4 gavetas: 1 para o setor Mesa de escritório: 1 para o setor Cadeiras: 2 ou 3 para o setor Bancada para inspeção: em inox (c) x 0,70 x 0,90m Prateleira suspensa: em inox, sobre a bancada (1,50 x 0,45m); 1 para o setor Pia para higienização de mãos, torneira acionada por pedal; Tanque e bancada: em inox, com fundo falso (0,80 x 0,60 x 0,60m); Bebedouro: 1 para o setor Telefone: 1 para o setor Estoque GÊNEROS ALIMENTÍCIOS Estrados tipo pallet (1,00 x 0,80m) ou comuns; aproveitar espaço dosetor (50%) Prateleiras: em aço inox ou ferro galvanizado; com 3 a 6 planos; comprimento: variável (aproveitar espaço de setor respeitando áreasde circulação (50%); profundidade: 0,45m) Balança de mesa: em leque ou eletrônica: capacidade 25 kg; 1 parao setor Mesa para balança: em inox (1,00 x 0,80 x 0,90m); 1 para o setor Escada: dobrável, de borracha corrugada; 1 para o setor Bancada para apoio: em inox (c) x 0,70 x 0,90m Pia para higienização de mãos, torneira acionada por pedal; Carro porta-detritos ou lixeira com tampa MATERIAL DESCARTÁVEL Estrados tipo pallet ou comuns; aproveitar espaço do setor (50%) Prateleiras: em aço inox, em 3 ou 6 planos; aproveitar espaço dosetor respeitando circulação (50%) Câmaras frigoríficas Estrados: em polietileno Câmaras frigoríficas Estrados: em polietileno (aproveitar espaço do setor) ou inox Prateleiras: em inox, em 4 planos, gradeadas (aproveitar o espaço do setor) 25 Monobloco e caixa plástica vazada OBS: Montagem separada para cada câmara fria Sala de administração Cadeiras Arquivos Computador Telefone interno e externo Vestiários e sanitários Mictórios Armários em alumínio com separações individuais Espelhos com (c) x 0,60m (acima das pias). Porta-toalhas descartáveis Saboneteiras Chuveiro: água quente e fria (1/20 funcionários) Vaso sanitário Pia com torneira acionada por pedal Estoque de material de limpeza Estrados tipo pallet ou comuns; aproveitar espaço do setor (50%). Prateleiras: em inox, em 3 ou 6 planos; Ganchos e traves para rodos e vassouras. Depósito de engradados Lavador de recipientes com água quente e fria Estantes ou prateleiras de inox Câmara de lixo Área de Produção Equipamentos, utensílios e mobílias Estoque diário Estrados tipo pallet ou em polietileno (aproveitar espaço do setor) Prateleiras em inox, 3 planos (aproveitar o espaço do setor) Balança-plataforma (capacidade 200kg) Bancada em inox para apoio: (c) x 0,70 x 0,90m Setor de pré-preparo e preparo de cereais Mesa de inox com orifício Carro basculante para lavagem de cereais Setor de pré-preparo e preparo de hortifruti Carro para transporte de detritos - tampa solta Carro para transporte de detritos com pedal Mesa de inox com cuba e orifício Mesa de inox com cuba Mesa e caixa de decantação para apoio do descascador Mesa para cortes de alimentos Descascadores Cortadores de legumes Processador de Alimentos Contentores padronizados - “Gastronorm” Placas de corte de polipropileno de alta densidade etc. Setor de pré-preparo e preparo de carnes Moedor de carne Carro isotérmico basculante com tampa Cortador de frios Processador/Fatiador de carnes Mesa para cortes de alimentos Amaciador de carne Serra de fita Setor de pré-preparo Mesa de inox com cuba 26 de massas Mesa para preparo de massas Cilindro elétrico Batedeiras Forno elétrico ou a gás Carro para transporte Setor de preparo de sobremesas e sucos Batedeiras Mesa de inox com orifício Mesa de inox com cuba Mesa para cortes de alimentos Liquidificador Refrigerador Freezer Forno Setor de preparo de desjejuns Mesa de inox com cuba Mesa lisa Setor de higienização de utensílios Máquina para higienização de recipientes revestida em inox, 1 para o setor Lavador de latões: mecânico, 1 para o setor Monoblocos não vasados: em polietileno Dosadores eletrônicos de detergente e secante Bancada em inox para apoio: (c) x 0,70m x 0,90m Estrados em polietileno Prateleira suspensa, em inox Carro de transporte Triturador de resíduos Mesa com cuba de 45 cm de profundidade Setor de cocção Fogões a gás e elétricos Fornos convencionais a gás e elétricos Fornos de convecção a gás e elétricos Fornos combinados a gás e elétricos Salamandras a gás e elétricos Caldeirões a gás e a vapor Caldeirões auto-geradores de vapor, a gás e elétricos Banhos-maria a gás e elétricos Fritadeiras a gás e elétricas Frigideiras basculantes a gás e elétricas Chapas quentes a gás e elétricas Char broillers (churrasqueiras) a gás Pass throught Central de gás 5000 ref. _______ 45kg de gás/hora Tempo estimado de funcionamento dos equipamentos de cocção por turno: 3 horas/turno Está área tem o seu dimensionamento relacionado ao consumo de gás. Deve ser localizado na parte externa, em ponto estratégico, não acarretando perigo para as pessoas que trabalham ou freqüentam a U.A.N. Área de Distribuição Equipamentos, utensílios e mobílias 27 Setor de distribuição Balcões de distribuição tipo Cafeteria Balcões de distribuição modulares - aquecidos, refrigerados e neutros Pass through - aquecidos, refrigerados e neutros Containers isotérmicos para alimentação transportada Copa de garçons Balcão de apoio Mesa de apoio Área para balcão térmico Módulo de distribuição refrigerado Módulo de distribuição aquecido Módulo de distribuição neutro Balcão térmico Módulo de distribuição porta bandejas, talheres e pães Área para esteira mecanizada Área para auto serviço – cafeteria Área para auto serviço – buffet Copa de café Cafeteira Balcão de apoio Mesa de apoio Distribuição de dietas Carro térmico para a distribuição de alimentos Higienização de utensílios para refeitório Lavadoras de louças com alimentação manual e com transportador mecânico Lavadoras de louças Pré-lavador automático para louças Lavadora de recipientes, panelas e utensílios Esteira transportadora Dosadores eletrônicos de detergente e secante Triturador de resíduos Esteira Sala de refeição Mesas Cadeiras Estrutura física e edificação das áreas e setores em Serviços de Alimentação PISOS Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e de fácil higienização, não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Gail/monolítico. Deve ter inclinação em direção aos ralos, o suficiente para não permitir que a água fique estagnada. Ralos e grelhas devem ser em número suficiente, sifonados, dotados de dispositivos que impeçam a entrada de vetores. PAREDES 28 Liso, impermeável, lavável, cores claras, altura mínima de azulejo – 2m. Cantos arredondados. Livre de umidade, descascamentos, rachaduras. FORROS/TETOS Acabamento liso, impermeável, cores claras. Isentos de goteiras, vazamentos, trincas, rachaduras, bolores e descascamento. Se houver abertura para ventilação estas devem ser teladas. Pé direito com no mínimo 3mno andar térreo e 2,7m em andares superiores PORTAS Revestimento liso, cores claras, fácil limpeza, ajustada aos batentes, material não absorvente, fechamento automático (molas), protetor no rodapé. Mecanismos que protejam contra a entrada de insetos e roedores nos acessos principais e entrada de câmaras. JANELAS Telas de 2mm, ajustadas aos batentes, removível, de fácil higienização e bom estado de conservação. Protegidas de forma que os raios solares não incidam sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor. ILUMINAÇÃO Garantir higiene; Permitir inspeção dos alimentos em todas as etapas; Proporcionar conforto; Evitar acidentes; A mais recomendada é a natural; Dentre as artificiais a mais indicada é a fluorescente. OBS.: a potência da radiação emitida por um foco luminoso chama-se fluxo. O fluxo ao incidir sobre uma superfície dá a esta iluminação, cuja unidade é o lux. Padrões mínimos: Área de inspeção: 1000 lux Área de processamento: 250 lux Outras áreas: 150 lux VENTILAÇÃO Deve garantir o conforto térmico e a renovação do ar. Circulação de ar poderá ser feita através de ar insuflado, com equipamentos dimensionados e higienizados periodicamente. Fluxo de ar deve ser da área limpa para a suja. Proibido ventiladores e ar condicionado doméstico. Circulação natural de ar por 1/8 da área do piso. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Separadas por sexo, bom estado de conservação, 1 vaso sanitário para cada 20 funcionários com descarga automática, bacia sifonada e com tampa, lixeira com 29 tampa, lavatórios para mãos, sabonete, anti-séptico ou sabão anti-séptico, toalha de papel cor clara ou secagem ar. Não pode comunicar com área de manipulação ou armazenamento. Iluminação, revestimentos, ventilação, telas, portas VESTIÁRIOS Por sexo 1 chuveiro / 20 funcionários Paredes, piso e teto Portas Ventilação e janelas Lavatórios de mãos Vaso sanitário e lixeira REDE HIDRÁULICA Abundante suprimento de água quente e fria; Água potável; Para previsão de consumo total de água: 28 l por refeição; Água fervente presente para auxiliar a higienização; Lavatórios de mão. Encanamentos aéreos não risco de contaminação REDE DE ESGOTO Coletores de gordura; Ralos sifonados e com sistema de fechamento; Declives o maior possível; Utilização preferencial de “joelhos” de 45° (se necessário 2) Caixa de gordura fora da área de operação; Material resistente. REDE ELÉTRICA Sistema de aterramento em todos os equipamentos, para evitar acidentes; Fácil acesso ao quadro de comando; Energia monofásica e trifásica; Tomadas individuais e blindadas (IP: índice de proteção). FONTES DE ENERGIA Vapor; Elétrica; Gás (GLP- Gás Liquefeito de Petróleo, natural); área exclusiva, delimitado por telas, grade vazada para evitar passagem de pessoas estranhas e constante ventilação Sistema e equipamentos de prevenção e combate a incêndio AMBIÊNCIA “ É o conjunto de elementos envolventes que condicionam as atividades ..., e determinam, em parte, a qualidade e quantidade do trabalho produzido...” (FARIA, AN. de. Organização e métodos. RJ, 1983) 30 Pode-se citar como fatores que interferem na ambiência: Iluminação; Ventilação; Cor; Ruídos; Temperatura; Umidade. SONORIZAÇÃO Evitar distância maior que 17m, quando as paredes forem paralelas; Evitar formas circulares e côncavas nos projetos porque estas conduzem e concentram o som; Não instalar equipamentos junto às paredes a fim de evitar reflexão do som; Empregar materiais acústicos e isolantes para teto e as paredes; Aplicar material isolante nas bancadas de inox; Preferir equipamentos silenciosos e carros que se movam sobre rodízios de borracha. CORES Sua escolha está relacionada ao seu índice de reflexão: Teto e no alto das paredes devem ter percentual acima de 80%; Paredes abaixo da altura dos olhos – 50 a 75%; Pisos – corresponder a um índice de reflexão de 15 a 30%. Fonte: ROCHA, O L. da. Organização e métodos – uma abordagem prática. SP: Atlas, 1986. Cores Índice de reflexão Branco 80 a 85% Amarelo palha 55 a 70% Verde claro 35 a 55% Verde escuro 10 a 35% Preto 05 a 10% Vermelho escuro 10 a 25% Cinza claro 40 a 50% Cinza escuro 15 a 25% Vamos praticar ? Pesquise uma unidade de alimentação e aplique o check list da portaria CVS-5 correlacionando os itens não conformes e justificando sua resposta. Obs. Deverão ser entregues junto com o relatório a carta de autorização do estabelecimento para visita. 31 Rotina dos diversos setores da UAN É fundamental à execução das numerosas atividades que nela se desenvolve a cada momento. A inexistência de rotinas gera a desorganização, comprometendo o funcionamento da entidade (MEZOMO, 1994). Cada tarefa é descrita através das rotinas. Seu cumprimento é uma forma de mensuração do desempenho, fornecendo subsídios valiosos para a tomada de decisões. A incorreção ou a falha destas, representa quase sempre a prestação desqualificada de um serviço (MEZOMO, 1994). Roteiros É a determinação das ações, que cada funcionário deve executar num determinado período (MEZOMO, 1994). Funções da equipe de trabalho Todo empregado ao ingressar em um novo emprego espera receber da organização uma descrição de seu cargo e de sua função. Deseja saber que autoridade tem para tomar decisões por sua própria iniciativa e até onde vai sua subordinação à organização. A descrição de cargos e funções é tarefa básica indispensável para qualquer programa do serviço de recursos humanos e para a formação do próprio quadro de pessoal. Não se deve selecionar ou treinar pessoal, nem determinar o valor de um cargo ou o mérito de um colaborador, se não tivermos uma idéia clara e registrada por escrito, do que se faz neste cargo e quais os requisitos pessoais necessários para seu bom desempenho. Trata-se de uma técnica essencial a todos os níveis da administração de recursos humanos. As vantagens de determinar as funções da equipe de trabalho são: define claramente as atribuições de cada um; elimina ansiedade ou expectativa nos colaboradores por não saberem o que se espera deles; fornece base para melhorar seleção de pessoal; facilita a definição da necessidade de treinamento; complemento do organograma; fornece subsídios para os planos de carreira; estabelece as relações normais de trabalho; define parâmetros para avaliação de desempenho e promoções indicando o sentido e direção a tomar. A principal desvantagem é que geralmente as descrições de cargo não são divulgadas pelas empresas e são consideradas confidenciais. I – Rotina: Recepção de Gêneros: a) Os gêneros devem ser recebidos e conferidos pelo estoquista, de acordo com a nota fiscal do fornecedor e com o cronograma de compras, sempre respeitando os critérios 32 estabelecidos pela CVS-5. As notas devem ser assinadas e datadas e enviadas ao setor fiscal após o cadastro no sistema; b) A planilha de temperatura de recebimento dos gêneros perecíveis deve ser preenchida imediatamente; c) Devem ser substituídos pelo fornecedor os gêneros que não atendam às especificações, que estejam com prazo de validade vencida, com embalagem danificada, que estejam fora da temperatura conforme legislação ou que apresentem características físicas inadequadas; d) Os gêneros recebidos devem ser higienizados, de acordo com o Manual de Boas Práticas; e) A área de recepção de gêneros deve permanecer limpa e os gêneros imediatamente armazenados. II- Rotina- Armazenamento de Gêneros: a) Os gêneros devem ser armazenados em locais apropriados, de acordo com o MBP; b) Os gêneros devem ser organizadosde forma a facilitar o fluxo : primeiro que vence, primeiro que sai (PVPS); c) As caixas plásticas devem ser transportadas sobre carrinhos ou carregadas com as mãos; d) As prateleiras, pallets, freezers, geladeiras e camaras frigoríficas devem ser organizados, conferidos diariamente e limpos de acordo com a planilha de freqüência de limpeza; e) As portas das câmaras frigoríficas devem permanecer fechadas, permanecendo abertas o menor tempo possível; f) A planilha de controle de temperatura da cadeia fria deverá sempre ser preenchida no início e final de cada turno pelo responsável designado para a função (geralmente o estoquista ou técnico de nutrição) III – Rotina – Distribuição de Gêneros: a) A distribuição de gêneros somente é feita mediante apresentação de requisição da Nutricionista/ Técnico em nutrição; b) A substituição de gêneros só pode ser feita pela Nutricionista/ Técnico responsável, devendo a mesma ser comunicada pelo estoquista sobre esta necessidade com a devida antecedência; c) Após a emissão da requisição, o estoquista deve fazer a baixa dos produtos no sistema; IV- Rotina – Manipulação de alimentos: 33 a) Antes de iniciar as atividades, os funcionários deverão verificar o cardápio e conferir os gêneros separados na requisição para suas atividades. Em caso de não conformidade, deverão comunicar imediatamente os responsáveis; b) A distribuição de funcionários por área de trabalho deve obedecer à escala de serviço e atender às necessidades e conveniência do Serviço. c) No caso da falta de funcionários, o responsável deverá designar as atividades prioritárias para outros colaboradores, até a vinda de um suplente; 4.1. Sub - Rotina: Pré – Preparo: a) A área de pré-preparo e os utensílios que são utilizados durante este processo devem ser previamente higienizados, de acordo com o MBP; b) Os gêneros alimentícios devem ser higienizados, de acordo com o MBP; c) As operações de pré-preparo devem obedecer às orientações feitas pela Nutricionista responsável; d) Os dejetos acumulados durante o pré-preparo devem ser colocados pelo cozinheiro nos depósitos apropriados; e) Após o pré-preparo deve ser higienizados os utensílios e as áreas utilizadas, de acordo com o MBP; 4.2. Sub - Rotina: Preparo: a) A operação de preparo dos alimentos deve obedecer às orientações, feitas pela Nutricionista responsável, para cada tipo de preparação de acordo com a ficha técnica; b) A área e os utensílios destinados à operação de preparo dos alimentos devem ser previamente higienizados, de acordo com o MBP; c) Os equipamentos elétricos devem ser manipulados obedecendo às Normas de Segurança. Após sua utilização devem ser imediatamente desligados. Somente depois de certificar-se de que os equipamentos estão desligados pode ser iniciada a higienização dos mesmos; d) O processo de higienização dos equipamentos utilizados durante o preparo é de responsabilidade do funcionário que o manipulou sempre respeitando o POP; e) O cozinheiro ou funcionário designado deverá preencher a planilha de temperatura de cocção; f) Todos as embalagens abertas, bem como produtos prontos para consumo deverão ser etiquetados com nome, data de produção, data de validade , lote e quantidade. O preenchimento é de responsabilidade do colaborador que abriu a embalagem ou produziu o respectivo produto; V- Rotina – Distribuições de Refeições a) As refeições são distribuídas em horários pré-determinados pelo cliente; b) Antes do início da distribuição, a nutricionista/ técnico responsável deve realizar a desgustação das preparações e checar a apresentação dos pratos; c) Durante o processo de distribuição de refeições os funcionários devem seguir as normas de conduta e do Manual de Boas Práticas; 34 d) O funcionário designado deverá coletar as amostras dos alimentos, preencher a planilha de controle de temperatura dos alimentos e dos equipamentos da cadeia quente; e) A execução das tarefas deve obedecer à Escala de Serviço (geralmente em escala de rotatividade); f) O porcionamento das preparações deve obedecer aos per capitas pré- estabelecidos pelo Serviço; g) Os balcões e chão deverão ser limpos periodicamente durante os intervalos entre as filas; h) Durante o processo de distribuição deverão ser observados todos os itens para reposição para evitar a espera do cliente, desde os alimentos, suco, utensílios, guardanapos e acompanhamentos. i) Ao final da distribuição, todo o alimento que não foi servido ao cliente deverá ser pesado para avaliação da sobra limpa e anotado em planilha específica; VI – Rotina – Higienização de utensílios a) Deve ser realizada pelo ajudante geral no momento da produção em local separado para evitar a contaminação dos alimentos; b) Os utensílios da produção devem estar separados dos utensílios da distribuição devendo ambos estar devidamente armazenados em caixas com tampas etiquetadas para evitar contaminação; c) O responsável deverá estar paramentado com os EPIs necessários para a respectiva função; d) Mesmo em caso da unidade possuir máquina para lavagem de utensílios, os mesmos devem passar pelo processo mecanico de limpeza para retirada do excesso de resíduos. Utensílios de alumínio devem ser evitados nesse tipo de equipamento devido à corrosão pelo detergente da máquina; e) Utensílios maiores devem ser colocados na parte traseira da bandeja para não formarem uma barreira contra os jatos de água e sabão; Talheres devem ser acondicionados em recipientes adequados; f) O Excesso de alimentos provindos dos pratos dos clientes (exceto cascas, embalagens e ossos) devem ser acondicionados em um saco separado e pesado ao final da distribuição e anotado em planilha específica para avaliação do resto ingesta; VI – Rotina – Higienização das instalações e equipamentos a) Após o termino da manipulação, as instalações deverão ser higienizadas de acordo com o POP e pelos funcionários designados pela escala de trabalho; b) O serviço deverá ser supervisionado pelo nutricionista ou responsável; c) Após o termino da distribuição, o refeitório deverá ser limpo de acordo com o POP; 35 d) A escala de limpeza deverá ser feita de forma rotativa e assinada e datadas pelos colaboradores responsáveis por aquela atividade; e) Os equipamentos deverão ser higienizados sempre após o uso e pelo responsável pelo manuseio. Os mesmos deverão seguir as instruções do POP. VII – Rotina – troca de turno a) Os funcionários que irão assumir o novo turno, deverão checar as áreas e equipamentos antes de iniciarem as atividades. Em caso de não conformidade, deverão comunicar a nutricionista / técnico responsável; b) Os funcionários deverão realizar a higienização do local e verificar o cardápio antes do início das atividades; VIII – Descarte de lixo a) O descarte de resíduos sólidos será feito sempre ao término da produção de alimentos, sendo realizado pelo funcionário designado pela escala de serviços; b) As lixeiras deverão ser higienizadas antes da colocação de novos sacos; c) A acomodação do lixo deverá ser feito em local fechado até o momento da coleta para evitar a infestação de roedores e insetos; IX – Rotina administrativa a) O estoquista deverá emitir o inventário do estoque semanalmente para conferencia dos itens físicos com os itens cadastrados no sistema; b) A nutricionista deverá elaborar o cardápio com base no contrato firmado, respeitando as quantidades per capitas estabelecidas; c) Após isso, deverá reunir-se com o cliente ou comissão de cardápio para que os contratantes tenham ciência do que será servido ou dêem sugestões; d) Com base no cardápio, a nutricionista elaborará o pedido de compras descontando as quantidades de alimentos em estoque. e) O cronograma de compras deverá ser entregue ao estoquista para conferenciano momento do recebimento; f) A nutricionista deverá elaborar a escala de serviços de acordo com a peridiocidade da unidade; g) Os cartões de ponto deverão ser conferidos diariamente e enviados ao departamento pessoal a cada termino de mês; h) Diariamente, a nutricionista/ técnico deverão preencher as planilhas de freqüência de usuários, de gastos com gêneros alimentícios e não alimentícios para acompanhamento do custo per capita; i) A nutricionista/técnico deverão realizar capacitações periódicas sobre manipulação dos alimento e segurança no trabalho; j) Deverão ser feitas também o planejamento anual para manutenção e compra de equipamentos, utensílios, uniformes e EPIs; 36 k) Deverá ser realizado controle sobre os documentos comprovantes de saúde ocupacional dos colaboradores, limpeza da caixa d’água, laudo de potabilidade e e manutenção dos filtros; Vamos praticar ? Elabore um roteiro para uma ajudante de cozinha que trabalha do período das 09:00 às 17:48. Ela é responsável pela limpeza e organização do refeitório, incluindo equipamentos, prepara as saladas do Buffet para o almoço e jantar, prepara o suco das resfrequeiras, faz o porcionamento no horário de distribuição. Horário da distribuição : 11:00 – 13:00 37 Tabela de quantidades per capita Per capita de um alimento é a quantidade, em gramas ou mililitros, necessário a preparação da refeição para uma pessoa. O per capita bruto corresponde ao alimento cru, ainda com as aparas, cascas, caroços, gelo, etc. Per capita e porção de diferentes alimentos Alimento/ preparação Per capita (g) Medida caseira porção Abacate 100 ½ unidade Abacaxi 120 1 fatia média Abóbora refogada 120 - Abobrinha refogada 150 - Acelga refogada 80 - Acelga salada 30 - Achocolatado em pó 10% - Açúcar 10 1 colher de sopa Agrião 30 Alface 30 Alho 1 Almeirão salada 50 Almeirão refogado 130 Amido para mingau 5% Amido para molhos 3% Amido para pudim 10% Aspargo cru 80 Atum fresco 100 1 posta Atum conserva (óleo) 50 2 colheres de sopa Aveia flocos 15 1 colher de sopa Azeitona verde em conserva 10 2 unidades Azeitona preta em conserva 10 4 unidades Azeite de dendê 10 1 colher de sopa Bacalhau salgado 50 4 colheres de sopa Bacon defumado 5 1 tira Banana nanica 100 1 unidade média Banana maçã 100 1 unidade média Banana ouro 100 3 unidades Banana prata 60 1 unidade média Batata baroa 80 – 100 1 unidade média Batata doce 80 – 100 ½ unidade Batata inglesa 80 – 100 1 unidade Berinjela 60 – 80 ½ unidade Beterraba crua 60 – 80 ½ unidade Beterraba cozida 80 – 100 ½ unidade Beterraba sopa 40 Biscoito água e sal 20 – 30 4 a 5 unidades Bolo simples 50 1 fatia média 38 Bolo de chocolate 70 1 fatia média Brócolos 80 – 100 ½ xícara de chá Cacau em pó 8% sobre o leite --------- Cação cru 100 1 posta média Café infusão 50 1 xícara de chá Café em pó 4% Café solúvel 1 1 xícara café Camarão cru 100 1 xícara de chá Cana, caldo 200 1 copo pequeno Caqui (rama forte) 80 – 100 1 unidade média Caqui fuyu 150 1 unidade média Carambola 100 1 unidade média Cará e inhame 80 – 100 1 xícara de chá Carne assada (lagarto/ coxão duro) 180 1 fatia média Carne bovina com osso 180 - 200 Carne em iscas 150 Carne moída 120 Carne bovina em cubos/ picadinho 150 3 – 4 pedaços Carne bovina sem osso 120 - 150 1 bife médio Carne de aves – peito sem osso 100 1 filé médio Carne de aves – coxa e sobrecoxa 250 1 pedaço médio Carne seca e de sol 50 1 porção média Castanha portuguesa 100 5 unidades Caviar 20 2 col. de sobremesa Cenoura crua 60-80 1 unidade média Cenoura cozida 80-100 1 unidade média Cereja (calda) 60 5 unidades Cereja ( fresca) 60 10 unidades Chicória crua 30 3 folhas Chicória cozida 80 – 100 8 folhas Chuchu 80 – 100 1 unidade média Coalhada 200 1 copo pequeno Corvina crua 100 1 filé médio Couve de bruxelas 80 – 100 1 xícara de chá Couve-flor 80 – 100 1 xícara de chá Couve manteiga 80 – 100 1 xícara de chá Cream-cracker 20 – 30 4 a 5 unidades Creme-de-leite 20 1 colher de sopa Cupim bovino 180 Ervilha-verde, conserva 50 Ervilha torta 80 Escarola cru 30 3 folhas Escarola refogado 80 8 folhas Espinafre cru 30 1 xícara de chá Espinafre cozido 80 - 100 1 colher de sopa Farelo de trigo 10 1 colher de sopa Farinha láctea 20 2 colheres de sopa Farinha mandioca 30 – 50 3 a 5 colheres de sopa Farinha milho 25 3 colheres de sopa Fígado de bovinos 100 1 bife médio 39 Fígado de aves 100 1 xícara de chá Figo maduro 100 2 unidades pequenas Figo da índia 100 1 unidade Flocos de cereais 30 3 colheres sopa Framboesa 100 ¾ xícara Gelatina c/ açúcar 14 100g – 1 porção Geléia de frutas 15 a 20 1 colher de sopa Germe de trigo 10 1 colher sobremesa Goiaba 100 1 unidade média Goiabada 50 - 60 1 fatia média Groselha,xarope 20 – 30 2 a 3 colheres de sopa Hambúrguer 56 1 unidade Jabuticaba 100 1 xícara de chá Jaca 100 1 xícara de chá Jiló 80 – 100 4 unidades médias Karo 20 1 colher de sopa Lagosta 100 1 porção média Laranja 150 1 unidade média Legumes em conserva 80 – 100 1 xícara de chá Leite 200 1 copo pequeno Leite de soja 200 1 copo pequeno Lentilha 30g Lingüiça de porco 100 2 gomos Lombo de porco 100 1 porção média Lula 100 1 xícara chá Macarrão cru – atividade operacional 50 1 xícara chá Macarrão cru – atividade administrativa 70 1 ½ xícara chá Maçã 130 1 unidade média Maionese 20 2 colheres de sopa Mamão formosa 120 – 150 1 fatia média Mamão papaia 180 – 200 ½ unidade Manga 180 1 unidade pequena Manteiga ou margarina 10 1 colher de sopa rasa Marisco 100 1 porção média Marmelada 50 – 60 1 fatia média Mel de abelhas 20 1 colher sopa Melado de cana 20 2 colheres de sopa Mexerica 150 1 unidade média Melancia 150 1 fatia média Melão amarelo 120 – 150 1 fatia média Mexilhão 100 1 porção média Milho verde,cru 200 1 espiga Miúdos 100 – 120 Morango 100 10 unidades Mortadela 20 – 30 1 fatia média Nabo cru 50 5 fatias Nabo cozido 80 8 fatias Nêspera 100 4 unidades Nhoque 150 – 200 1 prato sobremesa Óleos e azeites 10 1 colher sopa Ostra crua 100 4 a 5 unidades 40 Ovas de peixes, cruas 100 1 porção Ovo de codorna 100 5 unidades Ovo de galinha 100 2 unidades Ovo, clara 35 1 unidade Ovo , gema 15 1 unidade Paio 25 ¼ unidade Palmito em conserva 20 – 30 Compondo salada Pão de forma 20 – 25 1 fatia Pão francês 50 1 unidade Pão integral 25 1 fatia Pão hambúrguer 50 1 unidade Pão italiano 30 1 fatia Patê em geral 20 2 colheres sopa Pepino 80 – 100 1 unidade pequena Pêra 130 1 unidade média Pescada , crua 100 1 filé médio Pêssego 100 1 unidade média Pêssego (calda) 80 – 100 2 metades Pickles 25 1 porção média Polvo 100 1 pires Presunto 20 - 30 1 fatia média Purê de tomate 20 – 30 2 a 3 colheres de sopa Queijo minas, fresco 20 – 30 1 fatia média Queijo minas, curado 20 1 fatia média Queijo mussarela 15 – 20 1 fatia média Queijo parmesão 2 1 colher sobrem. rasa Queijo prato 15 – 20 1 fatia média Queijo de soja (tofu) 20 – 30 1 fatia média Queijo tipo requeijão 15 – 20 1 colher de sopa Queijo tipo ricota 20 – 30 1 fatia média Quiabo 120 1 pires Rabanete 60 – 80 8 unidades pequenas Repolho salada 40 – 70 1 prato sobremesa Repolho refogado 80 -100 1 prato sobremesa Repolho (chucrutes) 50 1 pires Rúcula 50 1 prato sobremesa Sagu 14 100g – porção Salame 30 – 40 6 a 8 fatias finas Salsa 3 1 ramo pequeno Salsicha 80 – 100 2 unidades Salsicha coquetel 50 5 unidades Sardinha 100 1 unidade média Sorvete 60 1 bola Tomate 80 – 100 1 unidade média Tomate extrato 10 1 colher de sobremesa Tomate ketchup 15 1 colher de sopa Torradas 30 4 unidades Uva italiana 100 – 120 1 cacho pequeno Uva nacional 100 1 cacho médio Vagem 80 - 100 15 vagens médias Fonte: Adaptado de DIAS, Silvia Jacinto de Oliveira, BRANCO, Lucia Maria. Apostila de Identificação das Necessidades Nutricionais, 2007. 41 Vamospraticar ? Você irá realizar um pedido de compras para a realização de um evento para 200 adolescentes,onde irá compor o seguinte cardápio: Desjejum - Pão francês com queijo mussarela e presunto - Leite com achocolatado em pó Almoço - Macarrão ao alho e óleo - Salada de alface, tomate e beterraba cozida - Coxa de frango assado na maionese - Romeu e Julieta - Suco de laranja (4 laranjas para 1 copo de 250 mL) Item Quantidade per capita Quantidade total 42 Tabela de Safra de Hortifrutis e pescados 43 Fonte: CEAGESP 44 Fonte: CEAGESP 45 Fonte: CEAGESP 46 Fonte: CEAGESP 47 Planejamento de cardápios Relembrando as aulas de planejamento alimentar... As 4 leis da alimentação de Pedro Escudeiro: 1. Lei da Quantidade – A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter em equilíbrio o seu balanço. 2. Lei da Qualidade – O regime alimentar deve ser completo em sua composição, para oferecer ao organismo que é uma unidade indivisível todas as substâncias que o integram. 3. Lei da Harmonia – A quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação deve guardar uma relação de proporção entre si. O nosso organismo aproveita corretamente os nutrientes quando estes se encontram em proporções adequadas. 4. Lei da Adequação – A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo (estado fisiológico). Cuidados na elaboração do cardápio: Não inserir grupos de mesma família; Padronizar os utensílios/medidas; Evitar alimentos de texturas/ cores semelhantes; Cuidado com a monotonia (mesmas receitas, cortes e apresentações); Mesmo modo de preparação em uma única refeição (tudo cozido, frito, assado, etc.) Calculo do VET: Gasto energético basal X coef. Atividade Distribuição dos macronutrientes através do VET(Recomendações WHO/FAO (2003)): » Proteína: 10 a 15% do VET » Lipídeo: 15 a 30% do VET » Carboidrato: 55 a 75% do VET 48 Exercício -> Realizar a distribuição dos macronutrientes a partir do VET de 2600 Kcal: CHO LIP PTN Mínimo Maximo Quantidade Valor energético CHO LIP PTN Alface crespa 12 g Tomate 60 g Arroz 80 g Feijão 96 g Bife grelhado 120 g Batata cozida 115 g Abacaxi 80 g Suco de laranja 200 mL Quantidades centesimais para o calculo acima (TACO,2011): Quant. Valor energético CHO LIP PTN Alface crespa 100 g 11 1,7 0,2 1,3 Tomate 100 g 15 3,1 0,2 1,1 Arroz 100 g 128 28,1 0,2 2,5 Feijão 100 g 76 13,6 0,5 4,8 Bife grelhado 100 g 241 1,2 11,6 31,9 Batata cozida 100 g 80 18,9 0,2 1,2 Abacaxi 100 g 48 12,3 0,1 0,9 Suco de laranja 200 mL 33 7,6 0,1 0,7 49 Programa de alimentação do trabalhador Recomendações Nutrientes Valores diários Valor Energético Total 2000 calorias CARBOIDRATO 55 -75% PROTEÍNA 10-15% GORDURA TOTAL 15-30% GORDURA SATURADA < 10% FIBRA > 25 g SÓDIO ≤ 2400mg Distribuição de macronutrientes, fibras e sódio: Refeições (%) CHO (%) Proteínas (%) Gorduras totais (%) Gorduras saturadas (%) fibras (g) sódio (mg) Desjejum / lanche 60 15 25 <10 4-5 360-480 Almoço / jantar / ceia 60 15 25 <10 7-10 720-960 NDPCAL Net Dietary Protein Calorie Aspectos qualitativos: podem ser mensurados através da análise da quantidade de PAVB (proteínas de alto valor biológico), que é realizado o calculo do NDPcal%. Inici-se com o cálculo do NPcal (quantidade de caloria fornecida pela ptn líquida do cardápio) pelo cálculo do NPU (utilização protéica líquida) Deu branco em como se calcula? Vamos ao exemplo: Alface crespa: Para cada 100 g tenho 11 kcal, então, para 12 g quantas calorias serão correspondentes (A) ? 100 g - 11 Kcal 100 g x A Kcal = 11 Kcal x 12g 12 g - A Kcal 100 A = 11 x 12 100 A = 132 Unidades iguais sempre A = 132 do mesmo lado 100 A = 1,32 Kcal 50 Para obter o NPU deve-se multiplicar o valor protéico (proteína bruta – PB) de cada substância alimentar que compõe o cardápio pelos fatores de utilização protéica, que são os seguintes: Proteínas de cereais e outros vegetais: 0,5 Proteínas de leguminosas: 0,6 Proteínas de origem animal: 0,7 Fórmula: Agora Vamos calcular o Npcal: NPCal= NPU X 4 kcal NPU=PB X fator de utilização proteica NDPCal%: percentual fornecido pela proteína líquida em relação ao VET. NDPCal% = NPCal x 100 ------------- VET Segundo a OMS (2003), o NDPCal% mínimo de uma dieta deve ser igual a 6%, se a porcentagem for superior a 10%, é considerada desperdício 51 CARDÁPIO NÚMERO Strogonoff de Frango, Arroz Branco, Feijão Simples, Batatas Fritas, Alface Crua, Cenoura Cozida, Vagem Cozida 01 PROTEÍNA (G) GORDURA (G) HC (G) VCT NpCAL NDpCAL% 66,17 56,17 163,34 1410,68 (1) (2) (3) (4) (5) Alimentos /Ingredientes Quantidade (g) Calorias Proteína Bruta (g) Proteína Liquida Corrigida (g) Strogonoff de Frango 250 497,50 43,53 Arroz Branco Cozido 270 294.30 5,40 Feijão Simples Cozido 120 140 9,34 Batatas Fritas 130 409,50 5,24 Alface Crua 36 6,48 0,47 Cenoura Cozida 75 40,50 0,99 Vagem Cozida 64 22,40 1,21 TOTAL 945 1410,68 66,17 Npcal = Proteína Liquida Corrigida * 4 = NDpCal = NPCal x 100 ------------- = VCT 52 Cardápio Padrão Básico. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Sábado Domingo Entrada Escarola com tomate em rodelas Alface americana com grão-de-bico ao vinagrete Alface crespa com cenoura ralada Mista de folhas com pepino em cubos Agrião com rabanete e milho Chicória com azeitonas pretas Alface lisa com Tomate e cebola Prato principal Bife grelhado ao molho roty (m. de ervas) Coq au vin (frango ao m. vinho) Bisteca suína ao m. limão Filé de frango empanado Espeto de alcatra com pimentões Postas de cação à portuguesa Brachola Opção Salsicha ao molho Linguiça toscana anelada com cebolas Omelete de frios Hambúrguer bovino à pizzaiolo Cavalo branco Iscas de carne com cerveja Filé de frango grelhado com queijo Guarnição Batata frita Farofa de ovos Acelga Refogada Creme de milho Cenoura vick Brócolis e couve-flor ao alho e óleo Polenta frita Prato básico Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz + Feijão Sobremesa Maçã Gelatina de uva com creme Mexerica Banana caramelada Melancia Pudim de chocolate Abacaxi Bebida Mate gelado Suco de laranja Suco de abacaxi Suco de uva Suco de maracujá Suco de limão Suco de morango 53 Cardápio Padrão Intermediário. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Entrada Torradas de alho Escarola com cebola Minipão de queijo Palmito com tomate Patê de atum com minitorradas Fundo de alcachofra em conserva Mista verde (agrião, rúcula e alface crespa) Folhadinhos com gergelim Alface mimosa com cebola e pimentão vermelho Prato principal Filé mignon grelhado ao molho roty Lombo assado ao molho agridoce Bife à parmegiana Rabada ao sugo Linguado ao molhode alcaparras e champignon Opção Role de frango ao sugo Espeto de alcatra com pimentão e cebola Frango assado Bife fricandole Panqueca de carne ao sugo Guarnição Batata à francesa corada Couve à mineira Jardineira de legumes (cenoura, chuchu e vagem) Penne ao pesto Brócolos ao alho e óleo Prato básico Arroz + Feijão Arroz + Feijão-preto Arroz + Feijão Arroz + Feijão Arroz à grega + Feijão Sobremesa Mamão Salada de frutas Manga Melancia Uvas rosadas Opção de sobremesa Pudim de leite Torta de limão Manjar com calda de ameixa Sorvete crocante Mousse de maracujá Bebida Suco de acerola Suco de laranja Suco de morango Limonada Suco de goiaba 54 Cardápio Padrão Superior. 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. Feira Entrada Torradas com patê de azeitonas; Escarola picada com tomates amarelos; Cebolas em rodelas co atum e ervas Minpão de quejio com catupiry; Chicória frisée; Rodelas de palmito e tomate-caqui Casquinha de siri; Alface americana com rabanete; Beterraba ralada com ervilhas Provoleta (provolone com orégano grelhado); Mista verde (agrião, rúcula e alface crespa); Waldorf (maçã vermelha em cubos mais salsão, nozes e creme de leite e salsa) Abtepasto de berinjela; Radichio com alface lisa; Salada Caprice (mussarela de búfala com tomate e manjericão) Prato principal I Estrogonofe de frango Filé mignon recheado de calabresa e cebolas grelhado Bife de peito de peru com champignon Perna de cabrito novilho assado Rosbife ao molho rose Prato principal II Miolo de alcatra grelhado ao molho roty Lombo assado ao molho agridoce Bife à parmegiana Frango desossado grelhado Linguado ao molho de alcaparras Prato principal III Omelete de queijo com alho poró Peito de frango grelhado Posta de badejo no vapor com alecrim Maminha assada Brochete de cubos de frango e alcatra Guarnição I Batata chips Creme de milho verde Quiche de espinafre Penne ao pesto Purê de batatas Guarnição II Ervilhas frescas com salsinha Couve-manteiga refogada Jardineira de legumes (batata, cenoura, vagem) Chuchu com ervas aromáticas Brócolos ao alho e óleo Prato básico Arroz branco Arroz + Feijão-preto Arroz verde Arroz com açafrão Arroz com passas Sobremesa I Papaya com limao Melancia Manga fatiada Melão Pêra Argentina Sobremesa II Pudim de leite Torta de limão Merengue de morango com chantilly Pavê de abacaxi com cerejas Mousse de maracujá Sobremesa III Sorvete Sorvete Sorvete Sorvete Sorvete 55 Exercício – Elaborar um tipo de cardápio simples, intermediário e superior, considerando as leis da alimentação e a safra par o período atual PADRÃO SIMPLES 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Sábado Domingo Entrada Prato principal Opção Guarnição Prato básico Sobremesa Bebida 56 PADRÃO MÉDIO 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira Entrada Prato principal Opção Guarnição Prato básico Sobremesa Opção de sobremesa Bebida 57 PADRÃO SUPERIOR 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. Feira Entrada Prato principal I Prato principal II Prato principal III Guarnição I Guarnição II Prato básico Sobremesa I Sobremesa II Sobremesa III 58 Cardápios comerciais Para vender a refeição, ao receber o cliente, o profissional precisa informá-lo sobre qual o método utilizado para escolha dos pratos. Se a escolha for feita através de cardápio, este deve ser equivalente ao cartão de visitas da casa. O cardápio ou menu deve ser conciso e atraente, apresentar tamanho médio, cores agradáveis, conteúdo bem distribuído e letras de tamanho e formato bem legíveis, e os preços. Para elaboração do cardápio deve-se: Separar os itens por grupos: grupos das entradas, peixes e crustáceos etc.; Ter a descrição dos pratos de modo a exaltá-los. Ex.: Filé mignon à moda da casa (suculentos e generosos filés bovinos grelhado, acompanhados de delicadas lâminas de champignon passados na manteiga e polvilhados de ervas aromáticas); Apresentar tempos de preparo especiais em pratos específicos; Ter layout inovador e de fácil manuseio no sentido de respeitar uma sequencia frequente de consumo e ir de encontro ao estilo do estabelecimento; Reservar espaço para destacar as promoções especiais de forma a serem facilmente renovadas; Conter informações sobre taxas de serviços, formas de pagamento aceitas e telefones de órgãos fiscalizadores. Self - Service Modalidade muito comum de apresentar refeições é o chamado self service por quilo ou auto atendimento ou auto-serviço, onde a cliente serve-se e pesa o prato, pagando pela quantidade consumida. Sugere-se um máximo de 24 tipos de pratos para restaurantes de até 300 refeições dia. Apresenta-se a seguir um exemplo de Buffet: Buffet de pratos frios: Salada com maionese; Salada de raízes e tubérculos; Salada de laticínios/frios e conservas; Salada de legumes cozidos; Salada de grãos e cereais; Salada composta; Salpicão; Salada de folhas. Buffet de pratos quentes: Arroz/ Feijão; Massas; Salgadinhos; Legumes ou cremes; Carnes brancas/ vermelhas. 59 Referências bibliográficas ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; ZANARDI, A.M.P. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Metha, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação. Resoluções. Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: 30/07/2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação. Resoluções. Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o funcionamento de Bancos de Leite Humano. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: 30/07/2009. BRASIL.Ministério da Educação. FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação Escolar. Disponível em:<http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html>. Acesso em 29 de Abril de 2015. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução nº 312/03.Disponível em:<http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2000_2004/res312.pdf.> Acesso em 05 de Maio de 2015. FILHO, A.R.A.S. Manual Básico para Planejamento e Projeto de Restaurantes e Cozinhas Industriais. São Paulo: Livraria Varela, 1996. GANDRA, Y.R., GAMBARDELLA, A.M.D. Avaliação de serviços de nutrição e alimentação. São Paulo: Sarvier, 1983. LANZILLOTTI, H. S. Aplicação da tecnologia de alimentos em alimentação coletiva, Revista higienealimentar , V. 16, nº 92 – 93, p. 16 25, jan – fev, 2002. MEZOMO, I.F.B. 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