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UNIASSELVI CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO RELATÓRIO PARCIAL DE ESTÁGIO EM ALIMENTAÇÃO COLETIVA NATHALIA GEROMEL SÃO PAULO – SETEMBRO/2025 UNIASSELVI CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO NATHALIA GEROMEL Relatório Parcial de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado a Uniasselvi- SC, como requisito para obtenção do diploma. SÃO PAULO – SETEMBRO/2025 Dados do estágiário Aluno: Nathalia Geromel Data de nascimento: 09/01/1996 Conclusão do curso: Dezembro 2025 Endereço: Rua Manuel de Almeida, 522 Fone: 11 97273-7380 Curso: Nutrição Endereço: Av. Guilherme Cotching, 808 Bairro: Vila Maria Cidade: São Paulo CEP: 02075-041 Fone: 11 5468-6942 Dados do estágio - igual ao termo de compromisso Razão social: Arte e sabor cozinha industrial LTDA Endereço: Rua do Oratório Bairro: Mooca Cidade: São Paulo Data de fundação: 05/06/2024 Natureza (pública ou privada): Privada Área de atuação da empresa (indústria, restaurante comercial, escola, etc): Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas Número de empregados: Período de estágio (data de início e fim do estágio): 05/09/2025 a Carga horária diária realizada no estágio e dias da semana: 6 horas diárias, 5 dias por semana Representante legal da empresa (igual ao termo de compromisso): Luciano Gonçalves de Freitas: ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 7 2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 7 3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 9 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA UAN ................................................................................................ 9 Vantagens da auto-gestão ...................................................................................... 9 Desvantagens da auto-gestão .............................................................................. 10 3.2 DOCUMENTAÇÃO ................................................................................................................ 11 3.3 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................................ 12 3.4 RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................... 12 3.5 CONTROLES ........................................................................................................................ 17 3.6 CARDÁPIO ........................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 APÊNDICES .............................................................................................................. 24 ANEXOS .................................................................................................................... 25 1 INTRODUÇÃO A alimentação saudável é um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988 e está diretamente associada à promoção da saúde, à qualidade de vida e à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (BRASIL, 2014). No contexto da alimentação coletiva, a oferta de refeições equilibradas e nutritivas, deve considerar não apenas a adequação nutricional, mas também aspectos culturais, sensoriais e de acessibilidade, de modo a atender às necessidades dos comensais e contribuir para o seu bem-estar físico e mental. O ato de comer não se extingue em simplesmente atender a uma necessidade f isiológica inerente ao ser humano, o qual determina sua força vital, mas também um ato social, cultural e político. Quando se considera a comida como um patrimônio de um povo, expressa-se a importância da relação da cultura alimentar com a soberania e segurança alimentar e nutricional (AZEVEDO, 2017). No Brasil, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321/1976, estabelece diretrizes para garantir refeições nutricionalmente adequadas, seguras e de qualidade aos trabalhadores, visando melhorar sua saúde e aumentar sua produtividade, mediante incentivos fiscais do governo. Da mesma forma, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) representa uma política pública relevante, assegurando a oferta de refeições escolares de qualidade, além de ações de educação alimentar e nutricional, promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância (FNDE, 2020). Embora no local de estágio não haja vínculo direto com o PNAE, os princípios dessas políticas orientam as práticas em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) de todo o país, incluindo empresas privadas que fornecem refeições, como é o caso da Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA. Outro pilar fundamental da alimentação coletiva é a segurança alimentar e nutricional sob o ponto de vista higiênico-sanitário, pois é de extrema importância a manipulação correta dos alimentos para garantir: segurança no consumo, e prevenção de contaminações e/ou intoxicação alimentar. A manipulação inadequada de alimentos pode gerar surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), comprometendo a saúde dos consumidores e a credibilidade da empresa. Nesse sentido, a legislação sanitária, especialmente a Resolução RDC nº 216/2004 da ANVISA, dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, estabelecendo critérios para manipulação, preparo, conservação e distribuição dos alimentos (ANVISA, 2004). Além dessa norma, outras legislações complementares, como a Portaria CVS 5/2013 no Estado de São Paulo, reforçam a necessidade do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF), do monitoramento de pontos críticos de controle e da capacitação contínua dos colaboradores. A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é o setor responsável pelo planejamento, produção e distribuição de refeições seguras e nutricionalmente adequadas, atuando tanto em empresas privadas quanto em instituições públicas (TEIXEIRA; SILVA; FONSECA, 2021). Seu papel vai além da simples produção de refeições: envolve gestão de pessoas, controle de custos, garantia de qualidade e promoção da saúde coletiva. O nutricionista é o profissional central na UAN, sendo responsável pelo planejamento, organização, direção e controle de todas as atividades, desde a compra dos alimentos até o atendimento ao público, sempre buscando a qualidade nutricional e a segurança alimentar, sendo o profissional habilitado para coordenar as atividades da UAN, com a responsabilidade de integrar conhecimentos técnicos, científicos e administrativos. Não incluem somente atividades de planejamento de cardápio, sua atuação é mais ampla, como a supervisão da produção, o treinamento da equipe, a implementação de programas de segurança alimentar e a adequação às legislações vigentes (CFN, 2018). Além disso, o nutricionista atua como elo entre gestão, colaboradores e comensais, contribuindo para a promoção da saúde no ambiente de trabalho. Os desafios atuais do nutricionista em alimentação coletiva são múltiplos: a necessidade de conciliar refeições nutricionalmente equilibradas com restrições orçamentárias; o aumento da demanda por cardápios especiais (sem glúten, sem lactose, vegetarianos,veganos, etc...); preocupação crescente com a sustentabilidade na produção de refeições; e a constante atualização frente às legislações sanitárias e às inovações tecnológicas. Soma-se a isso a responsabilidade de garantir não apenas a segurança dos alimentos, mas também a satisfação, e prazer dos consumidores em um mercado competitivo e em constante transformação (VASCONCELOS; SANTOS, 2020). Dessa forma, a realização do estágio em alimentação coletiva no contexto de uma cozinha industrial permitirá vivenciar, na prática, os aspectos relacionados à gestão de UAN, à aplicação das normas sanitárias e à atuação multiprofissional do nutricionista. Esse aprendizado possibilitará a integração entre teoria e prática, contribuindo para a formação profissional crítica e reflexiva, alinhada às demandas atuais da área de nutrição. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver habilidades e competências em alimentação coletiva, integrando conhecimentos teóricos e práticos, para promover a oferta de refeições seguras e nutritivas por meio da aplicação das legislações sanitárias, processos adequados de produção, planejamento de cardápios, treinamento e gestão de equipes, em colaboração com outros setores das organizações, a fim de contribuir para a melhoria das condições de saúde dos comensais. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever o local de estágio quanto ao histórico e sistema de gestão. Verificar e descrever os sistemas de qualidade existentes no local de estágio (MBP, APPCC, POPs). Observar e descrever a estrutura fisica do local de estágio de acordo com a RDC 216 e analisar os impactos das não conformidades encontradas na saúde dos comensais. Observar e descrever a composição e atribuições da equipe da UAN e calcular o dimensionamento ideal da equipe de acordo com o número de refeições servidas. Identificar os cuidados com a saúde ocupacional dos trabalhadores da UAN e descrever as documentações existentes no local (PCMSO, PGR, EPIs, etc). Verificar, descrever e realizar controles de temperaturas, estoque, coleta de amostras e de desperdícios. Observar e descrever a composição do cardápio da UAN, oferta de cardápios especiais e etapas de produção. Planejar, aplicar e analisar atividades no local de estágio (check list de boas práticas, treinamentos com a equipe, elaboração de POP e planta baixa, controle de resto ingesta, planejar cardápio, avaliar qualidade de cardápio, elaborar ficha de tecnica de preparo, fluxo de processos, EAN com os comensais). Correlacionar a teoria com a prática e realizar análise critica para propor planos de ações e gerar resultados efetivos para o local de estágio. Contribuir de forma positiva para a equipe e local de estágio. Desenvolver habilidades interpessoais e de comunicação com equipes. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA UAN o Dados, localização e histórico do local de estágio. A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) onde foi realizado o estágio é a empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA, localizada no bairro da Mooca, em São Paulo - SP. A empresa atua no segmento de produção e distribuição de refeições transportadas (marmitas), atendendo diferentes perfis de clientes corporativos e institucionais. Possui estrutura voltada para produção em larga escala, com foco em qualidade, segurança alimentar e eficiência operacional. o Como é a gestão da UAN (Auto-gestão, Concessão, Refeições transportadas...) e descrever como é esse tipo de gestão e seus pontos positivos e negativos. A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) da empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA, localizada na Mooca – São Paulo/SP, é gerida diretamente pela própria instituição, ou seja, trata-se de um modelo de auto-gestão. Nesse formato, a empresa é responsável por todas as etapas do serviço de alimentação, desde o planejamento dos cardápios até a execução e distribuição das refeições. Vantagens da auto-gestão • Maior controle de qualidade: A empresa possui autonomia para definir critérios rigorosos de qualidade e segurança alimentar, garantindo que os padrões sejam mantidos em todas as etapas do processo. • Flexibilidade operacional: A gestão interna permite maior agilidade na tomada de decisões, possibilitando adaptações rápidas às necessidades dos comensais e à realidade da produção. • Inovação e personalização: A empresa pode implementar melhorias contínuas, desenvolver cardápios personalizados e adotar práticas sustentáveis conforme sua estratégia. Desvantagens da auto-gestão • Complexidade administrativa: A empresa assume integralmente a responsabilidade pela contratação, capacitação e gestão da equipe técnica, incluindo nutricionistas, cozinheiros e auxiliares. • Demandas técnicas especializadas: É necessário manter profissionais qualificados em áreas como nutrição, gastronomia, segurança alimentar e gestão de pessoas, o que pode representar maior investimento e esforço operacional. o Como é o Sistema de distribuição (Centralizado, Descentralizado, Misto) e descrever esse tipo de distribuição e seus pontos positivos e negativos. A distribuição das refeições é feita de forma centralizada, ou seja, todas as marmitas são produzidas em uma única unidade e transportadas para os locais de consumo. Pontos positivos: controle de qualidade mais rigoroso, padronização das preparações, menor custo operacional. Pontos negativos: risco logístico (atrasos, avarias), necessidade de controle rigoroso de temperatura durante o transporte. o Quais são os serviços prestados pela UAN - descrever em um quadro os turnos e horários das refeições/lanches, quantidade de refeições, caracterísitcas dos comensais, tipo de serviços oferecidos (cafés, coffee break, almoço, jantar...) Café da manhã (exemplo: pão com manteiga/frios, uma porção de fruta ou doce, e uma bebida: café/café com leite) Almoço - carboidrato (exemplo: arroz, feijão, batata, macarrão) Prato principal: 1 opção (exemplo: carne de panela, frango desfiado, linguiça) Prato base: 1 opção (exemplo: filé de frango) Guarnição: 1 opção (exemplo: beterraba cozida, cenoura cozida ou chuchu cozido) Salada: 1 opção (exemplo: salada variada - alface, tomate, acelga) Sobremesa: 1 opção (exemplo: fruta da estação) Bebida: 1 opção (exemplo: suco variado) o Informar as certificações existentes no local e a validade das mesmas: A empresa conta com as principais certificações que são exigidas para que um estabelecimento posso operar de forma completa. ISO 22000 – Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos – essa certificação, ajuda a garantir que os alimentos sejam produzidos em condições seguras para consumo. VISA – Alvará sanitário vigente. Controle de pragas e vetores – realizado mensalmente por empresa especializada. Certificado de limpeza da caixa d’água – semestral. Certificado de limpeza da caixa de gordura – trimestral. Manutenção periódica de equipamentos – conforme cronograma interno. o Informar se possui ou não software: Sim, o local utiliza o software TecFood Gestão de Refeições, que permite o controle de cardápios, fichas técnicas, estoque, pedidos e rastreabilidade dos alimentos. o Informar se o local realiza ou não ações de sustentabilidade e se realiza quais e como. Sim, a empresa realiza ações como que são voltadas ao reaproveitamento de sobras limpas conforme legislação; além da separação de resíduos recicláveis e, controle de desperdício com planilhas de perdas 3.2 DOCUMENTAÇÃO o Manual de Boas Prátricas (MBP): descrever se há o documento no local de estágio, quando foi implantado e como e quando é revisado/atualizado. Possui, foi implementado em outubro de 2022, e é revisado anualmente, para o ano de 2025, a última revisão foi realizada no mês de maio de 2026 ou quando for necessário. o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC):descrever se há o documento no local de estágio, quando foi implantado e como e quando é revisado/atualizado. Não foi implementada. o Procedimento Operacional Padronizado (POP): descrever se há o documento no local de estágio, quando foi implantado e como e quando é revisado/atualizado. Ainda, se tiver quantos existem e quais são eles. Possui, foi implementado em outubro de 2022, e é revisado anualmente, para o ano de 2025, a últia revisão foi realizada no mês de maio de 2026 ou quando for necessário. 3.3 ESTRUTURA FÍSICA o Descrever como é a estrutura física da UAN do local de estágio conforme a RDC 216/04 (do item 4.1 ao item 4.1.17). 3.4 RECURSOS HUMANOS o Informar a quantidade de colaboradores existentes na UAN por cargo/função (ex: 5 cozinheiros, 10 auxiliares de cozinha, 1 nutricionista etc). Ao todo são 40 funcionários o 1 líder (nutricionista) o 3 cozinheiros o 8 motoristas o 1 faxineira o 1 técnica de nutrição o 16 auxiliares de cozinha e, o 10 funcionários administrativos o Descrever a rotina e as atribuições de cada cargo/função (ex: qual é a rotina diária e atribuições dos cozinheiros, auxiliar de cozinha, auxiliar de serviços gerais, nutricionista, estoquista...). Nutricionista (Líder): Responsável pela supervisão geral da UAN, elaboração de cardápios, controle de qualidade dos alimentos, gestão de equipe, planejamento de compras e controle de custos. Também realiza treinamentos e garante o cumprimento das normas sanitárias. Cozinheiros: Preparam os alimentos conforme o cardápio estabelecido, seguindo técnicas de cocção e segurança alimentar. Organizam os ingredientes, controlam o tempo de preparo e colaboram na limpeza da cozinha. Auxiliares de cozinha: Auxiliam os cozinheiros na preparação dos alimentos, higienizam os utensílios e equipamentos, realizam a limpeza do ambiente e ajudam na montagem das refeições. Motoristas: Responsáveis pelo transporte dos alimentos preparados até os pontos de distribuição, garantindo pontualidade e segurança no transporte. Também podem auxiliar na carga e descarga dos insumos. Faxineira: Realiza a limpeza geral da UAN, incluindo áreas comuns, banheiros, escritórios e cozinha, garantindo um ambiente limpo e seguro para todos os colaboradores. Técnica de nutrição: Auxilia a nutricionista na supervisão das atividades operacionais, controle de estoque, verificação de validade dos produtos e apoio na implementação de boas práticas. Funcionários administrativos: Executam atividades de controle de documentos, atendimento, organização de escalas, suporte à gestão de pessoas e apoio logístico à operação da UAN. o Desenhar o organograma hierárquico da equipe de colaboradores da UAN (caso o local tiver, insira o do local). O cargo do nutricionista precisa aparecer obrigatoriamente no organograma. Fonte: Elaboração própria o Realizar o cálculo do dimensionamento da equipe da UAN (relembrar como fazer no livro da disciplina de Planejamento e Gestão de UAN) e fazer uma análise comparativa com o número de colaboradores existentes na UAN. Embora a UAN tenha 40 funcionários no total, não são todos responsáveis pela produção das refeições. A produção é realizada tecnicamente pelos cozinheiros e auxiliares de cozinha, sob supervisão da nutricionista. Os demais colaboradores atuam em funções de apoio, transporte, limpeza e administração, e por isso não devem ser considerados no cálculo de dimensionamento da equipe produtiva. A UAN realiza a produção de aproximadamente ~400 refeições por dia. De acordo com a literatura da disciplina de Planejamento e Gestão de UAN, considera-se uma produtividade média de 13 refeições por hora por funcionário, em uma jornada de trabalho de 8 horas diárias, totalizando 104 refeições por funcionário por dia. Aplicando a fórmula de dimensionamento: Número ideal de funcionários = número de refeições por dia / produtividade média por funcionário Temos: • 400 refeições/dia ÷ 104 refeições/dia por funcionário = 3,85 funcionários Portanto, o número ideal de funcionários diretamente envolvidos na produção seria de aproximadamente 4 profissionais. Administrativos Técnico de nutrição Cozinheiros Auxiliares de cozinha Nutricionista Atualmente, a UAN conta com 19 colaboradores diretamente envolvidos na produção, sendo 3 cozinheiros e 16 auxiliares de cozinha. Isso representa uma diferença de 15 funcionários a mais do que o necessário segundo o cálculo teórico. Essa diferença pode ser justificada por fatores como: • Baixo grau de mecanização da unidade; • Distribuição de tarefas operacionais além da produção (como limpeza, montagem de marmitas, etc.); • Necessidade de cobertura de turnos e folgas; • Atendimento a demandas específicas da instituição. o Informar se o local controla ou não a Carteirinha de Vacina dos colaboradores da UAN. O local controla a carteirinha de vacina dos colaboradores da UAN, garantindo que todos estejam com a imunização em dia, especialmente contra doenças como hepatite A, tétano e COVID-19. o Informar se o múnicipio onde a UAN está localizada oferece Curso de Boas Práticas em que frequência, gratuito ou pago. Caso a prefeitura não ofereça tem locais que oferecem esses cursos? O município onde a UAN está localizada (São Paulo/SP) oferece cursos de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, geralmente de forma gratuita, por meio da Vigilância Sanitária ou Secretaria Municipal de Saúde. A frequência pode variar, mas costuma ocorrer mensalmente ou bimestralmente. Caso a prefeitura não ofereça, há instituições privadas e escolas técnicas que disponibilizam esses cursos, como o Senac, Sebrae e empresas de consultoria em segurança alimentar. o Informar como são realizados os treinamentos de boas práticas na UAN, a periodicidade e quem faz. A empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA possui o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), implantado desde 2018. Esse programa é atualizado anualmente e tem como objetivo principal garantir a saúde dos colaboradores por meio de exames periódicos, controle de riscos ocupacionais e acompanhamento médico. Ele é essencial para prevenir doenças relacionadas ao trabalho e manter a equipe em boas condições de saúde para que possam executar suas atividades diárias. Além disso, a empresa também conta com o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Esse é um programa obrigatório para as emrpesas no Brasil, é revisado anualmente e tem como foco identificar, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho, como exposição a agentes físicos, químicos e biológicos. O PGR é importante porque ajuda a manter um ambiente mais seguro e saudável, a fim de reduzir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Em relação à Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mesmo que a empresa não tenha histórico de acidentes, existe um procedimento definido. Caso ocorra algum incidente, o colaborador deve comunicar imediatamente ao responsável técnico ou ao setor de Recursos Humanos, que fará o registro da CAT junto ao sistema do INSS, conforme exigido pela legislação. No que tange a parte de EPI’s, é fundamental e obrigatório para assegurar a integridade dos colaboradores. Para tal, a empresa fornece Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como toucas, aventais, luvas, máscaras, óculos de proteção, e sapatos de segurança (fechados), além de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), como extintores de incêndio, sinalizações de segurança e sistema de exaustão. A entrega dos EPIs é registrada em ficha individual, e os colaboradores recebem orientações sobre o uso correto. De forma geral, os EPIs são suficientes e utilizados adequadamente pela equipe. Aqui também há constante avaliação se os funcionários fazem uso dos EPI’s para assegurar e garantir que as normas estão sendo cumpridas.As doenças ocupacionais mais comuns observadas na UAN são dores lombares e problemas de pele, geralmente causados por esforço físico repetitivo e contato com produtos de limpeza, ou alguma queimadura leve decorrente do processo de produção. Para minimizar esses riscos, a empresa adota critérios de ergonomia como bancadas em altura adequada, piso antiderrapante, ventilação natural e pausas programadas para descanso. Também há atenção ao controle de temperatura e umidade nos ambientes de produção, o que contribui para o conforto e segurança dos colaboradores. Outro ponto importante é monitorar o uso dos EPI’s para evitar queimaduras ou acidentes na cozinha que são evitáveis, além do treinamento para colaboradores, com vista a organização correta e higienização do ambiente. 3.5 CONTROLES o Descrever quais os controles de temperatura (alimentos, equipamentos...) a UAN possui e como é realizado. A UAN realiza controle de temperatura dos alimentos e equipamentos diariamente. São utilizados termômetros digitais calibrados para verificar as temperaturas. • Temperatura de câmaras frias e freezers (registradas duas vezes ao dia). • Temperatura de alimentos prontos antes da distribuição (quentes acima de 60 °C e frios abaixo de 10 °C). • Temperatura de recebimento de insumos perecíveis, com registro em planilhas específicas, principalmente do que é refrigerado para não perder as propriedades. Os registros são arquivados e auditados semanalmente pela nutricionista responsável técnica. o Descrever como acontece a coleta de amostra. A coleta de amostras é realizada diariamente, com porções de alimentos prontas armazenadas em recipientes identificados e mantidas congeladas por 4 dias. Esse é um processo de segurança alimentar que envolve recolher uma porção de alimentos preparados para posterior análise, caso necessário, como em casos de queixas ou surto, ou suspeita de Doença Transmitida por Alimentos (DTA). As amostras são armazenadas em sacos estéreis ou higienizados, com identificação clara do alimento, data e horário da coleta, e o nome do responsável. O armazenamento é mantido sob refrigeração a 4°C ou congelamento a -18°C. o Acompanhar o recebimento de insumos, verificando temperatura e demais cuidados e descrever como acontece. Durante o recebimento dos insumos, são verificadas as condições das embalagens para garantir que não aja avarias, temperatura dos produtos perecíveis, validade e integridade dos rótulos, presença de sujidade ou sinais de contaminação. Os insumos são conferidos conforme pedido e nota fiscal, e os produtos não conformes são devolvidos. O processo é acompanhado por um auxiliar de estoque e registrado em planilhas de controle. o Higienização (instalações, móveis, equipamentos e utensílios): descrever como é realizada a escala de limpeza. O controle de higienização é aprte fundamental do processo e segurança alimentar dentro da unidade, sendo assim, a higienização das instalações, móveis, equipamentos e utensílios é realizada conforme escala de limpeza semanal, dividida por setores, seguindo o uso de produtos saneantes autorizados pela ANVISA, e os procedimentos seguem os POPs da empresa. • Diária: bancadas, utensílios, pias, pisos e lixeiras. • Semanal: equipamentos maiores (fornos, caldeiras, câmaras). • Mensal: paredes, tetos e áreas externas. o Desinfecção hortifrutigranjeiros: descrever como acontece. Nessa etapa, é feita a higienização correta dos alimentos, com uso de solução hipoclorada com tempo de contato mínimo de 10 a 15 minutos para garantir a segurança alimentar. o Controle de estoque: descrever como ocorre. O estoque é gerenciado por sistema informatizado, com controle de entrada e saída dos produtos. Os alimentos são organizados conforme o método PVPS (Primeiro que Vence, Primeiro que Sai), e os inventários são realizados mensalmente. O estoquista é responsável por manter a organização e sinalizar necessidades de reposição. o Controle de desperdícios: descrever como a UAN controla desperdícios. O controle de desperdícios na UAN da empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA é realizado de forma sistemática e contínua, com o objetivo de promover a sustentabilidade e otimizar os recursos utilizados na produção de refeições. A empresa adota planilhas específicas para o registro de perdas em cada etapa do processo produtivo, como pré-preparo, preparo e distribuição. As sobras limpas, que não foram servidas e que se mantêm dentro dos padrões higiênico-sanitários, são reaproveitadas em preparações futuras, conforme critérios internos e legislação vigente. Já as sobras servidas são descartadas de maneira segura, com registro em controle de perdas. Além disso, são realizados treinamentos periódicos com a equipe de produção, abordando práticas de aproveitamento integral dos alimentos e conscientização sobre o impacto do desperdício. Essas ações contribuem para a redução de custos operacionais e reforçam o compromisso da empresa com a responsabilidade ambiental. o Informar se o local possui ou não um protocolo para o caso de uma Doença Transmitida por Alimento (DTA). Caso possua, descreve-lo. A empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA possui um protocolo definido para a ocorrência de Doença Transmitida por Alimento (DTA), visando garantir a segurança dos comensais e a conformidade com as normas sanitárias. Em caso de suspeita, é realizado o isolamento imediato das amostras coletadas, que são mantidas sob condições controladas para posterior análise. Simultaneamente, a Vigilância Sanitária é comunicada, conforme exigência legal. A equipe técnica conduz uma investigação interna detalhada, com revisão dos registros de temperatura, higiene e manipulação dos alimentos envolvidos. Ao final do processo, é elaborado um relatório técnico pela nutricionista responsável, contendo as conclusões e medidas corretivas adotadas, reforçando o compromisso da empresa com a segurança alimentar e a transparência nos processos. 3.6 CARDÁPIO A composição básica do cardápio é planejada para atender às necessidades nutricionais dos comensais, respeitando critérios de variedade, equilíbrio e segurança alimentar. Sendo o cardápio considerado uma importante ferramenta de trabalho para o nutricionista que atua em UAN, em seu planejamento, deve-se avaliar vários aspectos, com destaque para os sensoriais como combinação, tipo de alimentos e técnicas de processamento, cores, sabores, texturas (ORNELLAS, 2000). A elaboração de cardápios deve considerar: a) Necessidades nutricionais da população atendida, com base nas recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde, 2014), que orienta sobre a distribuição adequada de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais), além do controle calórico conforme faixa etária e perfil fisiológico dos indivíduos. b) Diversidade e equilíbrio alimentar, promovendo a alternância de preparações, variedade de cores, texturas e sabores, e inclusão de alimentos regionais e sazonais. Essa prática contribui para a aceitação das refeições e para a promoção da saúde. c) Aspectos culturais e preferências alimentares, respeitando hábitos locais, crenças religiosas e restrições alimentares específicas, como dietas vegetarianas, veganas, sem glúten, sem lactose, para diabéticos e hipertensos. d) Viabilidade técnica e econômica, compatível com a infraestrutura da UAN, equipamentos disponíveis, equipe de produção e custo por refeição. O planejamento deve ser realista e sustentável, considerando o orçamento disponível e a capacidade operacional. o Descrever a composição básica (quantos pratos principais, guarnições, prato base, saladas, sobremesas etc) do cardápio e que dias da semana a UAN funciona. o Informar se é ofertado cardápio diferenciado/festivo e em quais datascomemorativas: Não, nesse aspecto não são ofertados cardápios festivos. o Explicar se é ofertado cardápio especial (ex: diabéticos, sem glúten, sem lactose, etc) e como funciona esse serviço. Sim, é ofertado, porém os cardápios especiais são realizados mediante solicitação prévia, respeitando as necessidades nutricionais. Para fazer a solicitação, deve ser informado à equipe de nutrição sobre sua restrição alimentar com antecedência. Isso permite o planejamento e preparo adequado das refeições, além disso, a nutricionista responsável avalia a solicitação e elabora o cardápio com base em fichas técnicas e tabelas nutricionais, como a TACO (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos). Nesse aspecto, é importante frisar que as refeições especiais, são preparadas separadamente para evitar contaminação cruzada e são identificadas com etiquetas específicas. Segue abaixo as opções disponíveis de refeições especiais: Sem glúten: opções que excluem trigo, cevada, centeio e derivados. Sem lactose: preparações que utilizam leites vegetais ou produtos sem lactose. Para diabéticos: refeições com controle de carboidratos simples e uso de adoçantes naturais. Vegetarianos: opções sem ingredientes de origem animal, com foco em leguminosas, vegetais e proteínas vegetais. o Descrever como acontece todas as etapas de produção dos alimentos na UAN, desde a aquisição da matéria-prima à distribuição e reaproveitamento das sobras. O processo de produção de refeições na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) da empresa Arte e Sabor Cozinha Industrial LTDA segue um fluxo operacional padronizado, fundamentado nas Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, conforme estabelecido pela Resolução RDC nº 216/2004 da ANVISA. A seguir, descrevem-se as principais etapas: 1. Aquisição da Matéria-Prima: Essa etapa é crucial para a garantia de qualidade do serviço, a compra dos insumos alimentares é realizada junto a fornecedores previamente homologados, e que atendem aos critérios de qualidade e segurança definidos pela empresa para que haja segurança e qualidade já na primeira etapa, o fornecimento. No momento do recebimento, são verificados aspectos como integridade das embalagens, temperatura de transporte, prazo de validade e condições higiênico-sanitárias dos produtos. Essa etapa é essencial para garantir a qualidade inicial dos alimentos e prevenir contaminações desde a origem (ANVISA, 2004). 2. Armazenamento: Logo após o recebimento, os alimentos são armazenados de acordo com suas características físico-químicas e exigências de conservação. Os produtos secos são organizados em prateleiras elevadas e bem ventiladas; os refrigerados e congelados são mantidos em câmaras frias com controle de temperatura e umidade. A organização segue o princípio do Primeiro que Vence, Primeiro que Sai (PVPS), conforme preconizado pelas Boas Práticas de Armazenamento (TEIXEIRA; SILVA; FONSECA, 2021). 3. Pré-Preparo: Nesta etapa, os alimentos passam por processos de higienização, seleção, descascamento e corte. Os hortifrutigranjeiros são submetidos à lavagem com água potável e desinfecção com solução clorada ou hipocloreto, conforme orientações do Manual de Boas Práticas da empresa. Os utensílios e superfícies utilizados são higienizados antes e após o uso, minimizando riscos de contaminação cruzada (ANVISA, 2004). 4. Preparo: A etapa das preparações é executada conforme fichas técnicas padronizadas, que especificam ingredientes, quantidades, modo de preparo e rendimento. Essa padronização garante a uniformidade das refeições, o controle de porções e a adequação nutricional, nesta etapa, é de suma importância a supervisão da nutricionista responsável técnica (CFN, 2018). 5. Distribuição: As refeições são distribuídas em linha quente e fria, com controle rigoroso de temperatura e tempo de exposição. Os alimentos quentes são mantidos acima de 60 °C e os frios abaixo de 10 °C, conforme exigido pela legislação sanitária. A distribuição é feita de forma organizada, visando à segurança alimentar e à satisfação dos comensais (ANVISA, 2004). 6. Reaproveitamento de Sobras: As sobras limpas e não servidas, desde que mantidas sob condições adequadas de temperatura e tempo, podem ser reaproveitadas em preparações futuras, conforme critérios internos e legislação vigente. Já as sobras servidas são descartadas de forma segura, com registro em planilhas de controle de perdas e desperdícios. Essa prática contribui para a sustentabilidade e o controle de custos da UAN (VASCONCELOS; SANTOS, 2020). REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União, Brasília, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976. Dispõe sobre a dedução do imposto de renda das pessoas jurídicas relativa ao Programa de Alimentação do Trabalhador. Diário Oficial da União, Brasília, 1976. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (CFN). Resolução CFN nº 600/2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições. Brasília, 2018. FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE). Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Brasília, 2020. Disponível em: . TEIXEIRA, M. L.; SILVA, A. P.; FONSECA, R. C. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2021. VASCONCELOS, F. A. G.; SANTOS, L. A. S. Políticas de alimentação e nutrição no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2. ed. Brasília: MS, 2014. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. TEIXEIRA, M. L.; SILVA, A. P.; FONSECA, R. C. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2021. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (CFN). Resolução CFN nº 600/2018. VASCONCELOS, F. A. G.; SANTOS, L. A. S. Políticas de alimentação e nutrição no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2020. APÊNDICES Insira, nos apêndices, os materiais elaborados por você durante o estágio, como folders, materiais orientativos, painéis distribuídos na UAN, POPs, entre outros. Caso prefira, esses documentos podem ser inseridos somente no corpo do relatório. Se nenhum material for incluído, este item deve ser excluído do relatório final. ANEXOS Insira, nos anexos, os documentos utilizados durante o estágio que foram elaborados por outras pessoas, instituições ou autores, como checklists baseados na RDC, folders institucionais (ex.: ANVISA) ou materiais de apoio provenientes de fontes externas. Caso prefira, esses documentos podem ser inseridos no corpo do texto. Se não houver materiais a serem anexados, este item deverá ser excluído do relatório.