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Causado por Etiologia Epidemiologia Patogenia Diagnostico Bouba aviaria Virus (mosca) - Vírus da família Poxviridae, gênero Avipoxvirus - Vírus DNA com tropismo por células da derme e epiderme - Resistente a agentes químicos e físicos/sensível a 50ºC por 30 minutos ou 60ºC por 8 minutos - Ao se replicar, o vírus forma corpos citoplasmáticos corpos de Bollinger - Sobrevive em descamações de pele por anos * Hospedeiros naturais galinhas, perus, canários, pardais, pombos e codornas * Transmissão horizontal e mecânica por meio de insetos, piolho, aerossóis de descamação da pele e inseminação artificial * Não há cura *Vírus estimula o fator de crescimento nas células hiperplasia local e crescimento epitelial; também pode ir para as mucosas, apresentar-se na forma diftérica ou ocorrer viremia, infectando baço e fígado *Forma diftérica do vírus vai para a traqueia e esôfago se replicar epitélio descola epitélio descolado + muco placas diftéricas *Sinais clínicos: - Forma cutânea redução no ganho de peso e na produção de ovos, e depressão (boa imunidade cura dos sinais clínicos em 4 semanas) - Forma diftérica afeta TRS e TD dispneia, inapetência, descargas nasais e/ou oculares (aves dificilmente se recuperam) - Clínico - microscópico pela visualização de corpos de Bollinger - inoculação em aves e em ovos embrionados - sorologia Coriza Infecciosa Doença respiratória Bactéria Haemophilus paragallinarum (gram -) (mosca) É uma doença de distribuição mundial, preferencialmente nas regiões de climas temperados e tropicais. Está presente em criação de fundo de quintal, aves exóticas e industriais, sendo seu surgimento comum em lugares úmidos, sujeitos a correntes de ventos frios (principalmente no inverno), assim como em abrigos/instalações mal construídas. Infecção vitalícia tratamento não cura, apenas melhora o quadro clínico - Hospedeiros: galinhas (exceto pintinhos que são resistentes até 7 dias de idade) - Ocorrência maior em aves com mais de 13 semanas de idade - Transmissão horizontal através de água contaminada no bebedouro tipo calha - AGUDO: MO entra pelo TRS (cavidade nasal ou seio infraorbital) adesão ao epitélio inflamação e descamação formação de placa que obstrui a traqueia asfixia e morte - Descamação do epitélio no pulmão e sacos aéreos oportunismo infeccioso pneumonia e aerossaculite - CRONICO: sec. nasal abundante que pode evoluir para mucopurulenta; sec. ocular abundante aumento unilateral da face ave não consegue abrir o olho/presença de material mucopurulento mal cheiro - Coriza infecciosa complicada ocorre pela entrada de outros agentes bacterianos queda de postura, secreção nasal e ocular, espirros, tosses e dispneia cabeça estendida e ave respirando de bico aberto - SC e lesões - Isolamento pelo teste de CAMP (placa + ágar sangue + Staphylococcus aureus + SUAB com Avibacterium pontos brancos indicam atividade hemolítica, que indica presença da bactéria.) - Teste da hemaglutinação (direto) apenas bactéria e hemácias o agente possui hemaglutinina HA (aglutina hemácias) - Teste da inibição da hemaglutinação (indireto) soro (possui AC´s), hemácias e Avibacterium AC´s se ligam mais fortemente ao agente do que as hemácias (só é positivo se a ave não foi vacinada) Influenza Aviaria (gripe aviaria) grande variedade de vírus - Vírus Influenza A - Vírus envelopado (lipídico) morre em altas temperaturas - Não há no Brasil o calor desestabiliza o envelope viral) - É um vírus RNA que possui HA (hemaglutinina) e NA (neuraminidase) - Afeta células do trato resp. e TGI (produtoras de muco) - Zoonose - Aves aquáticas e migratórias são hospedeiras naturais - Vírus sensíveis a 56°C por 30 minutos, solventes lipídicos e detergentes - DRIFT mutação perda de parte do RNA/ SHIFT recombinação do RNA - Vírus entra pelo TR HA se adere ao ácido siálico (receptor da célula) fusão do envelope com a membrana NA forma um poro na membrana celular, permitindo a penetração vírus penetra e deposita seu RNA no citoplasma multiplicação viral * Transmissão horizontal: - Contato direto entre aves infectadas e aves susceptíveis - Fezes contaminadas - Secreções do trato respiratório por via aerógena - Fômites - Matéria orgânica e água (condições ambientais favoráveis) - Inalação ou ingestão de material contaminado Período de incubação de horas a 3 dias; - Baixa a moderada patogenicidade asfixia, dispneia, estertores e espirros - Alta patogenicidade sinais clínicos ausentes na maioria das vezes com rápido óbito das aves - SC e lesões - Isolamento e identificação viral em SUAB de traqueia e cloaca - Inoculação em ovos embrionados de galinha e identificação por técnicas sorológicas teste da hemaglutinação, imunodifusão, ELISA, HI e NI - Possui RNA RT-PCR Síndrome da queda de postura (EDS -76) Vírus - Adenovírus tipo III, vírus DNA que possui HA capacidade de aglutinar hemácias Vírus se replica em células hepáticas e fibroblastos, formando corpúsculos no núcleo da célula - Acomete apenas galinhas vermelhas - Patos e gansos são HN - O vírus fica latente até o início da postura * Transmissão: - Vacina de Marek contaminada - Vertical (reprodutoras positivas não transmitem após 45 semanas de idade) - Horizontal entre patos e pintos, aerossol ou ingestão de excrementos e equipamentos contaminados - Replicação do vírus no timo, pâncreas e infundíbulo (vírus fica latente no timo e pâncreas) * Sinais clínicos: Vírus inicia sua replicação no infundíbulo câmara calcígena inflamação queda na produção de ovos e má formação ou má qualidade da casca ovos brancos, casca fina, etc. Diarréia Sonolência Queda no consumo de ração HI, ELISA, soroneutralização, imunodifusão e isolamento viral Doença de Newcastle Vírus - Causada pelo Paramyxovírus aviário (APMV1) um vírus RNA de fita simples e envelopado - Fita simples é mais estável - mutação e recombinação - Vírus com tropismo por locais que prod. muco - Proteínas de superfície viral HN e F - HN reconhece células produtoras de muco ligação química clivagem (quebra da ligação química) F faz a fusão do envelope com a membrana plasmática celular RNA entra na célula e se replica produção de novos vírions egresso dos vírions - A proteína F determina a patogenicidade - Com a evolução do vírus, o mesmo passa a reconhecer FURINA, que é produzida pelo complexo de Golgi doença sistêmica - Alta patogenicidade: > Velogênicas (viscerotrópicas ou neurotrópicas) - Causa doença sistêmica e neurológica 100% de mortalidade Média patogenicidade: Mesogênicas Causa doença respiratória e reprodutiva (raramente neurológica) Pode causar alteração intestinal Baixa mortalidade Baixa patogenicidade: Lentogênicas Causa doença respiratória e diarreia O sistema imune cura - Zoonose - Aves aquáticas são as hosp N - Operários de fábrica de vacina e de incubatório em risco Transmissão horizontal: - Ave infectada ave susceptível - Inalação de aerossóis de secreções respiratórias ou de fezes - Utensílios, alimento, água, vacinas e pessoas contaminadas - Roedores e insetos (?) Sinais clínicos ovos com clara liquefeita, casca fina, sem casca, febre, apatia e anorexia - Teste da hemaglutinação -> SUAB no TR ou TGI + solução salina + gota de sangue -> hemaglutinação -> positivo - Inibição da hemaglutinação -> soro + hemácias + HN -> ausência de hemaglutinação -> positivo (presença de anticorpos) Anemia infecciosa das galinhas Vírus Vírus CAV vírus DNA que não tem envelope, e sim capsômero (proteico) mais resistente no ambiente Vírus tem tropismo por medula óssea Vírus possui resistência química e física, porém é inativado a 100ºC por 15 minutos ou por iodo e hipoclorito de sódio 10% a 37ºC por 2 horas - É uma doença de aves jovens (menos de 3 semanas) pois não tiveram produção de células sanguíneas ainda não têmreserva de células Transmissão: - Vertical da matriz ao embrião ou pelo sêmen - Horizontal ave infectada com ave saudável, cama infectada, excreção do vírus nas fezes aerossol (principal forma) e equipamentos CAV entra via nasal ou oral atrofia de órgãos linfoides e redução do crescimento 100% de morbidade/1 a 5% de mortalidade - Sorológico imunoperoxidase, imunofluorescência, ELISA, etc. - Isolamento viral em aves SPF - PCR - Hematócrito normal = 30-35%/anemia = 7-27% Micoplasmose Bactéria Mycoplasma Bactéria sensível ao calor tem mais no inverno ambiente úmido, sombreado e fresco M. gallisepticum, synoviae, meleagridis e iowae - Mycoplasma entra pelo TRS, onde há produção de muco se adere ao ácido siálico fixação destruição de células inflamação dificuldade respiratória, secreções e estertores - Induz a proliferação de LB produção de AC´s mimetiza o antígeno do hospedeiro AC não vai ao MO e fica no sangue formação de imunocomplexos adesão dos mesmos ao líquido sinovial inflamação artrite, artrose e sinovite imunocomplexos vão para os rins glomerulonefrite insuficiência renal aguda diarreia renal - Induz a proliferação de LT - Agentes oportunistas doença respiratória aerossaculite oviduto queda na postura e baixa eclosão soroaglutinação em placa (SAR), a inibição da hemaglutinação (HI) e o ELISA Colibacilose Bactéria Escherichia coli (Gram -) - Moderadamente resistente ao ambiente. - Sensível a desinfetantes e a temperaturas acima de 80°C. predisponentes para o seu desenvolvimento - É encontrada no intestino da ave e é eliminada nas fezes dos animais, assim uma boa higiene na manipulação dos ovos que serão usados para incubação - Coloniza também o trato respiratório superior (faringe e traqueia) e pode ainda ser isolada de pele e penas - Escherichia coli patogênica aviária (APEC) trato respiratório doença respiratória - E. coli enterotoxigênica (ETEC) em suínos aves diarreia - E. coli já fica no TR e espera mucosas feridas por conta de infecções virais e imunossupressão para ir para a circulação - Infecção por via oral ou por inalação, e através da casca, gema, água e objetos contaminados. Aspergilose Fungo Aspergillus flavus e A. fumigatus Condições ambientais para desenvolvimento dos agentes temperatura alta, umidade e carbono Alguns Aspergillus produzem toxinas, todos causam inflamação e granulomas A. flavus causa doenças respiratórias e sistêmicas Substratos casquinha de arroz, ração úmida, etc. Forma de resistência esporos Hospedeiros: galinhas, codornas, perus e silvestres Transmissão: - Vertical a aerossaculite contamina o aparelho reprodutor, gerando ovo infectado - Horizontal ambiente contaminado (ovos possuem poros colaborador com micose pode contaminar a superfície dos ovos) Desinfecção externa = FUMIGAÇÃO, contribui para matar hifas do fungo - Fungo entra pela cavidade oral ou nasal TR aumento da produção de muco tampões caseosos obstrução da traqueia dificuldade respiratória asfixia fungo vai para o pulmão via sistêmica - Esporos na via ocular massa caseosa branca fecha a pálpebra da ave e gera aumento da face - Entrada do fungo em lesão de pele dermatite - Sinais clínicos dificuldade respiratória, tosse , espirro, torcicolo, ataxia, queda de penas, hiperqueratose, artrite, etc. Sinais clínicos; Lesões e principalmente presença de nódulos; Presença de doença respiratória com resistência a tratamento de ATB; Definitivo: laboratorial (Nódulos caseosos, swab de traquéia) Reovirose Vírus Artrite RNA vírus não envelopado, Não possui atividade HA ou de hemabsorção. Resistentes ao calor (60C 10H) A transmissão horizontal ocorre entre as aves de forma direta ou indireta - A artrite se manifesta pela infecção da articulação tarsocrural com inchaço e edema das bainhas dos tendões. - Pode causar claudicação, imobilização da articulação e redução no desempenho (devido à dificuldade da chegada ao comedouro). - A inflamação força as aves a tentar se movimentar e apoiar no tarso a sua força, impedindo assim a locomoção, fazendo com que as aves "percam as pernas". - A síndrome da má absorção (SMA) se caracteriza pela lentidão no crescimento, baixa taxa de conversão de ração e problemas relacionados aos ossos, a partir das duas semanas de idade. Achado de necropsia cama na moela por deficiência nutricional Clostridiose Bactéria É uma enterite necrótica causada por Clostridium perfringens inflamação e necrose da mucosa intestinal Mudanças na dieta mudam a microflora intestinal bactéria se adere aos enterócitos e libera toxinas Sinais clínicos diarreia sanguinolenta... - histórico do lote, sinais clínicos, lesões necróticas no intestino e laboratorial - C. colinum forma úlceras na serosa do intestino - C. septicum produz gás no subcutâneo Salmoneloses aviárias Bactéria - Causadas por bactérias gram negativas aeróbias e anaeróbias facultativas. - A cúmulo de matéria orgânica + temperatura alta + umidade desenvolvimento de Salmonella - Salmonella gallinarum-pullorum tifo aviário doença de aves adultas - Salmonella pullorum pulorose septicemia em pintinhos e peruzinhos - Salmonella arizonae similar à pulorose - Grupo paratifo S. typhimurium e S. enteritidis zoonose - A transmissão de pulorose e tifo pode ser vertical e horizontal. - Ovário: infecção transovariana de folículos, que resulta em anomalias foliculares com número crescente de folículos alterados. - Tifo é a forma septicêmica em adultos, caracterizada pela morte súbita de aves de aspecto prévio saudável. - O tratamento apenas reduz a mortalidade sulfas e nitrofuranos Transmissão: - Vertical transovariana ou fezes da cloaca - Horizontal animais infectados, fezes, incubação, homem, roedores, alimentos de origem avícola e matérias primas de rações - Patogenia Salmonella entra pela via oral enterócitos reduz a área de absorção diarreia por má absorção; Salmonella nos macrófagos circulação septicemia - Pulorose: - Sinais clínicos diarreia branca, asas caídas, sonolência, fraqueza, perda do apetite, retardo no crescimento, amontoamento, pico de mortalidade na segunda a terceira semana de idade. - ELISA, bacteriologia, testes bioquímicos, etc. Pseudomonas spp Bactéria gram negativa oportunista EX: Enfermidade do umbigo = doença não contagiosa se associa com um excesso de umidade e uma contaminação acentuada da incubadora. O umbigo não consegue se fechar = bactéria oportunista. Causa pericardite, perihepatite, infecção respiratória, sinusite, ceratite, ceratoconjuntivite, septicemia, endocardite, claudicação, etc. Estafilococose Bactéria Ocorrem em todos os tipos de aves domésticas. Parece causar uma infecção oportunista. Ela pode permanecer viável em objetos inanimados por meses. - Staphylococcus aureus pododermatite e septicemia - Staphylococcus hyicus osteomielite Os estafilococos se localizam nas articulações e bainhas tendíneas = inflamação e claudicação. Relutância a andar, desânimo, emaciação e diarréia... Sinais clínicos e é confirmado por meio do isolamento de estafilococos coagulase-positivos a partir dos tecidos envolvidos. Estreptococose Bactéria Gram +/- Pode afetar as galinhas, perus, patos, gansos, pombos e várias aves silvestres e de gaiola Se localizam nas articulações e bainhas tendíneas, o que resulta em inflamação e claudicação. - Multiplicação de Streptococcus na microflora intestinal por imunossupressão, feridas cutâneas, estresse ambiental ou aumento de agentes no ambiente - Gera alterações no baço, hepatomegalia com necrose multifocal, fluido serossanguinolento no subcutâneo e no pericárdio, celulite, etc. - Septicemia evolui para quadro crônico (difícil de reverter) ágar sangue a partir do sangue ou de lesões hepáticas,esplênicas ou de qualquer outro lugar Botulismo Toxina botulínica - Clostridium botulinum. - Clostrídios são bastonetes grandes, gram positivos, móveis, anaeróbios estritos ou não, formadores de esporos, fermentadores. - Causa intoxicação do animal por neurotoxinas - Ingestão de alimento contaminado. - Carcaça do animal (o C. Botulinum presente no intestino pode multiplicar-se e sintetizar toxinas botulínicas.) - Matéria orgânica em decomposição propicia o desenvolvimento de Clostridium botulinum surgimento de larva galinha ingere paralisia muscular (pernas, asas, pálpebras e pescoço.) - sinais de fraqueza, incoordenação motora, penas eriçadas e diarréia. A morbidade, mortalidade e taxa de recuperação variam conforme a dose da toxina. - SC; - Detecção da toxina; - Testes laboratoriais em amostras coletadas de animais suspeitos.