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Fisiologia 
1 
 
Formação e 
Desenvolvimento de 
Coleções 
Carla Lima 
Sheila Almeida da Silva 
Wellington Lira dos Santos 
 
1ª
 e
di
çã
o 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
2 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Carla Lima, SheilaAlmeida da Silva, Wellington Lira dos Santos 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
L732f Lima, Carla. 
Formação e desenvolvimento de coleções /Carla Lima, Sheila 
Almeida da Silva e Wellington Lira dos Santos ; revisão de Rafael 
Dias de Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO: 
Departamento de Ensino a Distância, 2015. 
140 p. : il. 
ISBN: 978-85-87879-44-8 
 
1. Bibliotecas - Desenvolvimento da coleção. 2. Materiais 
bibliográficos - Conservação e restauração. 3. Bibliotecas - Serviço 
de aquisição. 4. Bibliotecas universitárias. 5. Biblioteconomia. 6. 
Ensino à distância. I. Silva, Sheila Almeida da. II. Santos, Wellington 
Lira dos. III. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. III. Título. 
CDD 025.2 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
3 
 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
4 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
5 
 
Sumário 
 
Apresentação da disciplina ............................................................................................. 07 
Plano da disciplina ............................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Seleção e Avaliação ................................................................................... 11 
Unidade 2 – Aquisição ..................................................................................................... 32 
Unidade 3 – Desbastamento e Descarte...................................................................... 53 
Unidade 4 – Preservação e Conservação do Acervo................................................. 65 
Unidade 5 – Política de Desenvolvimento de Coleções .......................................... 83 
Unidade 6 – A Avaliação de Acervos e Bibliotecas MEC/INEP e o Desenvolvimento 
de Coleções nas IES ........................................................................................................... 103 
Considerações finais ......................................................................................................... 127 
Conhecendo os autores ................................................................................................... 129 
Referências .......................................................................................................................... 130 
Anexos.................................................................................................................................. 133 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
6 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
7 
 
Apresentação da disciplina 
 
Nesta Disciplina, discorreremos sobre a formação e o desenvolvimento de 
coleções, uma importante função biblioteconômica de planejamento e gestão. 
Perceberemos que a gestão de acervo é uma atividade administrativa que 
envolve diversos aspectos ligados à seleção, avaliação, aquisição, organização, 
preservação e política. 
Apresentaremos uma breve contextualização acerca do processo de formação 
e desenvolvimento de coleção, bem como suas origens, para que o aluno possa se 
contextualizar. 
Em seguida, detalharemos as etapas que integram o processo de 
desenvolvimento de coleções, bem como, ofereceremos algumas diretrizes para a 
elaboração de Política de Desenvolvimento de Coleções. Os exemplos que 
aparecem no corpo das unidades expressam os recursos criados na prática 
profissional e que geraram resultados positivos. 
Foi realizado um esforço no sentido de colocar o usuário como foco do 
desenvolvimento de coleções, mas sem deixar de demonstrar a quem cabe à 
decisão da formação do acervo e sua gestão. 
Ao bibliotecário, cabe a sensibilidade de perceber a necessidade informacional 
dos seus usuários e humildade de entender que a função de gestão do acervo deve 
ser feito em cooperação com a comunidade.Esperamos que a leitura deste material contribua expressivamente na 
formação profissional e acadêmica dos nossos alunos. 
 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
8 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
9 
 
Plano da Disciplina 
O conteúdo desta Disciplina está distribuído em 6 (seis) unidades, cada qual 
vislumbrando as etapas deste processo, assim temos: 
 
Unidade 1 – Seleção e Avaliação 
Nesta primeira Unidade, iremos traçar um breve histórico sobre a formação 
dos acervos e partiremos na discussão das importantes etapas de seleção e 
avaliação do acervo. O aluno compreenderá a grande relevância nessas etapas para 
o desenvolvimento de coleções. Selecionar e avaliar requer instrumentos, gerência 
e organização. 
 
Unidade 2 – Aquisição 
Dentre as etapas do desenvolvimento de coleções, temos a aquisição. Uma 
etapa, como muitos teóricos afirmam, puramente administrativa, pois se trata 
apenas do processo de aquisição, envio de propostas etc. Nesta unidade, vamos 
abordar também os tipos de aquisição para o acervo. 
 
Unidade 3 – Desbastamento e Descarte 
Nesta unidade, o aluno compreenderá o que é desbastamento e descarte. 
Como essa etapa é importante no desenvolvimento de coleções da biblioteca. 
Entenderá quais critérios usar para desbastar e/ou descartar. Quais as formas de 
descartar materiais do acervo. 
 
Unidade 4 – Preservação e Conservação do acervo 
Iremos abordar um conteúdo bastante discutido no âmbito, também, do 
desenvolvimento de coleções, pois se trata de preservação e conservação e, 
porque não discutir a restauração. Esta é uma temática bastante vasta e avaliamos 
que precisa ser discutida em uma única disciplina; desta forma, o aluno conhecerá, 
aqui, conceitos e alguns critérios para preservar e conservar. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
10 
 
Unidade 5 – A Política de Desenvolvimento de Coleções 
Trata-se de etapa importantíssima no desenvolvimento de coleção, pois todas 
as etapas e processos precisam estar norteados por uma política. Ao estudar esta 
unidade, o aluno compreenderá a extensão desta temática, pois é preciso criar 
política que norteie as várias etapas aqui estudadas. 
 
Unidade 6 – A avaliação de acervos e bibliotecas MEC/INEP e o 
desenvolvimento de coleções nas IES 
Para finalizar a disciplina, consideramos que o aluno deve conhecer alguns 
aspectos legais e normativos que norteiam a avaliação dos acervos, pelo MEC nas 
instituições de ensino superior. Não há muitas discussões neste âmbito nos cursos 
e aqui é preciso dar horizontes para que o bibliotecário conheça alguns critérios. 
 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
11 
 
1 Seleção e Avaliação 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
12 
 
Na Unidade 1 discorreremos sobre as etapas de Seleção e Avaliação de 
acervos. Relacionaremos os requisitos substanciais para o cumprimento do 
processo de seleção, as prováveis decisões inerentes a ambos os processos, bem 
como, metodologias para avaliação de acervos. Antes de adentrar nestes 
conteúdos propriamente ditos, faremos um breve prolegônemo sobre o processo 
de formação e desenvolvimento de coleção e suas origens para fins de 
contextualização do aluno. 
 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender o processo de formação e desenvolvimento de coleções; 
 Descrever sobre seleção de acervos e 
 Descrever sobre avaliação de acervos. 
 
Plano da unidade: 
 Seleção e Avaliação 
 Origem da formação e desenvolvimento de coleções; 
 Processo de formação e desenvolvimento de coleções; 
 Seleção 
 Avaliação 
 
Bons estudos! 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
13 
 
Seleção e Avaliação 
 
Origem da formação e desenvolvimento de coleções 
Antes de realizar as colocações acerca do processo de formação e 
desenvolvimento de coleção, vale a pena apresentar um breve relato da origem 
deste processo para que o aluno possa se contextualizar e se apropriar dos demais 
conteúdos dessa unidade, bem como, das demais unidades da Disciplina 
Desenvolvimento de Coleções que serão apresentadas adiante. 
Há questões inerentes ao processo de formar e desenvolver acervos, que são 
atemporais, desde a antiguidade até os dias de hoje, dos: 
 
 [...] tabletes de argila ao documento eletrônico não há 
como formar e desenvolver coleções sem se deparar com 
questões próprias da natureza do processo, tais como o 
que se vai colecionar, por quê, para quê e para quem 
colecionar. (WEITZEL 2002, p. 61, grifo nosso) 
 
De acordo com Weitzel (2002, p. 6, grifo nosso) “[...] dois grandes momentos 
históricos que influenciaram e consagraram a área de desenvolvimento de 
coleções enquanto atividade profissional, quais sejam a explosão bibliográfica e 
o advento da Internet”. 
Depois disto, novos desafios foram propostos com vistas a “[...] possibilidade 
de aumentar o controle bibliográfico e de contribuir para a organização do 
conhecimento registrado” (Weitzel, 2002, p.61). 
Até a Idade Moderna, a máxima era acumular praticamente tudo que era 
produzido, pois a produção editorial estava sendo iniciada. Antes da era pré-
Gutenberg, as bibliotecas dispunha de coleções infinitamente menores em termos 
de volume, se comparadas com as bibliotecas atuais. Esta prática de acumulação se 
tornou inatingível com explosão bibliográfica e o exponencial crescimento das 
publicações. Nesse cenário, onde bibliotecas precisam “racionalizar” o crescimento 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
14 
de suas coleções, as atividades de desenvolvimento de coleções se colocaram 
como uma resposta (WEITZEL, 2002, p. 62). 
Toma impulso a partir da década de sessenta nos Estados Unidos, ao passo 
que se investia na ampliação da estrutural das bibliotecas, apurou-se não ser 
racional acumular tudo o que era produzido. O termo “desenvolvimento de 
coleções” é recente na literatura da área e só se consolida na segunda metade do 
século XX com ápice da explosão bibliográfica. (VERGUEIRO, 1993, p.14 apud 
WEITZEL, 2002, p. 62). 
Após o “ápice” do desenvolvimento de coleções, a temática perde espaço, 
pois, os bibliotecários estavam empenhados na automação das bibliotecas e 
sistemas de informação e dedicados ao processamento técnico da informação 
sendo a retomada da temática impulsionada pelos avanços tecnológicos advindos 
da área de tecnologia da informação e, sua adoção pelas bibliotecas de todo 
mundo. Seja em ambiente analógico ou digital, as questões são as mesmas: o que 
selecionar, por quê, para quem (WEITZEL, 2002, p.62). 
Vale frisar que o advento da Internet recoloca a disciplina desenvolvimento de 
coleções no centro das atenções, denominado por Weitzel como “[...] o segundo 
grande momento para a área [...], onde o“[...] cenário configurado pelos recursos 
informacionais em meio eletrônico online vem consolidando novas metodologias e 
soluções [...]”(WEITZEL, 2002, p. 64). 
Realizada à retrospectiva com as origens, seguiremos no próximo item, com o 
processo de formação e desenvolvimento de coleção propriamente dito. 
 
Processo de formação e desenvolvimento de coleções 
 
Segundo Vergueiro (1989, p.15-16), o desenvolvimento de coleções é trabalho 
de planejamento que exige compromissos metodológicos, onde: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
15 
 
 [...] ao mesmo tempo, afeta e é afetado por muitos fatores 
externos a ele. E como processo, é, também ininterrupto, 
sem que possa indicar um começo ou um fim. Não é algo 
que começa hoje e tem prazo estipulado para o seu 
término. Nem é, tampouco, um processo homogêneo, 
idênticoem toda e qualquer biblioteca. O tipo de 
biblioteca, os objetivos específicos que cada uma delas 
busca atingir, a comunidade específica a ser atendida, 
influem grandemente nas atividades do 
desenvolvimento de coleções [...] (VERGUEIRO, 1989, 
p.15-16, grifo nosso). 
 
Para ilustrar o processo de desenvolvimento de coleções, Vergueiro (1989, p. 
17) traz a figura desenvolvida pelo bibliotecário norte-americano G. Edward Evans. 
Explica que é possível observar o caráter cíclico do processo de desenvolvimento 
de coleções onde as atividades têm o mesmo peso e os bibliotecários atuam como 
coordenadores destas atividades (ao centro). Influenciando todas as etapas deste 
processo, exceto a etapa de aquisição, encontra-se a comunidade a ser atendida. 
Figura 1: Desenvolvimento de coleções por Evans 
 
Fonte: EVANS, 1979 apud VERGUEIRO, 1989, p.17. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
16 
Além de Evans, outro modelo teórico é apresentado por Maciel e Mendonça 
(2006, p. 17) que identificaram na literatura especializada funções inerentes ao 
processo de formação e desenvolvimento de coleções. As autoras se basearam em 
uma compilação de autores, como Cogswell; Edelman; Ryland apontados por 
Vergueiro (1993, p. 15-17), onde destacam as seguintes funções: 
 Planejamento e elaboração de políticas; 
 Seleção; 
 Aquisição; 
 Avaliação de coleções; 
 Desbastamento e descarte de coleções. 
 
Para Weitzel (2002, p. 64), desenvolver coleções é: 
 
“[...] uma atividade técnica comprometida com a 
sistematização de determinada área sob o enfoque 
institucional em relação aos interesses de quem mantém a 
biblioteca. Trata-se da construção de um pequeno núcleo 
temático em bases definidas e determinadas, o qual dá 
sentido ao que está disperso no mundo caótico das 
informações. [...] desenvolvimento de coleções é uma 
disciplina que procura organizar o conhecimento registrado 
sob enfoques e filtros específicos – uma solução técnica 
desencadeada pela explosão bibliográfica”. 
 
Na figura a seguir, Weitzel (2002, p. 64) apresenta uma definição para o 
desenvolvimento de coleções. Além da política de seleção representada também 
na Figura 1 dessa unidade, a autora acrescenta as políticas de aquisição, de 
avaliação e de desbastamento. Em ambas as figuras, também há menção para o 
estudo da comunidade. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
17 
 
Figura 2: Definição de Desenvolvimento de Coleções 
 
Fonte: WEITZEL (2013) 
 
Segundo Figueiredo (1991, p.31), “[...] o objetivo de qualquer administrador 
bibliotecário pode ser definido de maneira simples: a satisfação das necessidades 
informacionais dos usuários”. Para tal, precisa conhecer seus usuários e suas 
necessidades informacionais. 
O estudo da comunidade de usuários consiste em um diagnóstico onde são 
apresentados os perfis dos usuários, suas principais características, desejos, 
necessidades informacionais, hábitos de leitura, frequência à biblioteca e outras 
dados pertinentes para conhecê-lo. Fornece subsídios para atuação de quase todas 
as etapas do desenvolvimento de coleções (MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 17). 
As autoras colocam este diagnóstico como parte do planejamento no 
processo formação e de desenvolvimento de coleções. Vale pontuar que não 
detalharemos metodologias para realização deste procedimento, haja vista, a 
complexidade deste conteúdo que demanda um capítulo a parte. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
18 
Dentro deste planejamento, destacam ainda que a elaboração de políticas se 
faz necessária para nortear todo o processo de gestão de acervos. 
Realizadas as devidas contextualizações, seguiremos essa unidade, 
descrevendo as etapas de seleção e avaliação de acervos, respectivamente. 
 
Seleção 
A seleção de acervos é uma atividade técnica e intelectual, mas nem sempre 
foi vista assim, sob uma ótica científica, pragmática embasada por conhecimentos 
e experiências, testada e apoiada em princípios gerais, como enumera Vergueiro 
(1989, p. 38). 
Maciel e Mendonça (2006, p 19) consideram a função de seleção como sendo a 
de maior importância, 
 
 “[...], pois implementa o que está formalizado na carta ou 
política de seleção. É, em resumo, uma das funções 
responsáveis pela formação e desenvolvimento das 
coleções que irão compor o acervo, [...] quanto à forma – 
periódicos, livros, audiovisuais, patentes, cd-rooms, 
microformas etc –, [...] quanto ao conteúdo – assuntos de 
interesse, nível de cobertura desejado etc. –, tanto reais 
quanto virtuais” 
 
Antes da expansão da produção editorial, esta atividade era encarada de 
forma mistificada, como arte, onde o bibliotecário responsável devia possuir 
qualidades inatas de um “selecionador”, ou seja, capacidade e aptidão especiais 
para desempenhar a “arte de selecionar” (VERGUEIRO, 1989, p. 38). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
19 
 
Depois deste marco na produção editorial e da escassez de recursos para 
aquisição de materiais, esta atividade alçou status de atividade técnica 
especializada sendo “[...] preciso deixar claros os critérios que nortearão a opção 
por determinados materiais em prejuízo de outros” (VERGUEIRO, 1989, p. 38, grifo 
nosso). 
Esta atividade de selecionar materiais e preterir outros, cujos critérios apoiarão 
a etapa de aquisição onde os materiais a serem adquiridos devem atender 
necessidades informacionais da comunidade de usuários. 
A respeito do estabelecimento de critérios de seleção, Vergueiro (1989, p. 39-
40) esclarece que não apresenta critérios universais parar nortear os bibliotecários 
na prática da seleção, pois não acredita na aplicabilidade de critérios universais e 
entende que para cada critério existente há pelo menos um que lhe é oposto. 
Pontua ainda, que o estabelecimento de critérios é atividade individual, 
subjetiva que deve ser realizada por profissionais onde há de se considerar: “[...] a 
comunidade a que estão servindo, os recursos disponíveis para aquisição e as 
próprias características do assunto ou do material objeto da atividade de seleção, o 
que não quer dizer que será o bibliotecário a realizá-la pessoalmente” (VERGUEIRO, 
1989, p. 40). 
Maciel e Mendonça (2006, p. 20) enumeram alguns requisitos indispensáveis 
ao cumprimento do processo de seleção de forma eficaz, a saber: 
 manutenção de catálogos comerciais de livrarias e editoras, em papel e 
on-line e bibliografias, devidamente atualizados; 
 manutenção e atualização do “fichário de sugestões “ dos usuários; 
 acompanhamento do movimento editorial da área de atuação da 
biblioteca; 
 atenção aos fatos que ocorrem na ambiência externa da unidade. Nas 
bibliotecas públicas, fatos: políticos, culturais, econômicos e sociais da 
vida marcantes da comunidade. Em bibliotecas universitárias: novos 
cursos criados, novas linhas de pesquisa, convênios, projetos etc.; 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
20 
 reflexão sobre o processo de produção de conhecimento na área de 
atuação da biblioteca: se por acumulação ou substituição; 
 hábito de leitura por parte do profissional bibliotecário; 
 estabelecimento de uma rotina, fluxo de trabalho para esta função; 
 layout agradável para setor (inclui mobiliário e equipamentos); 
 controle estatístico das atividades para planejamento e avaliação do 
serviço. 
 
Vale esclarecer que a maior desenvoltura no cumprimento da função de 
seleção se dá quando a biblioteca já possui critérios estabelecidos e escritos para 
seleção, ou seja, quando há uma política de seleção. Deste modo, caberá ao 
bibliotecário especificar as exigências de cada processo, uma vez que os critérios 
gerais jáforam estipulados (MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 19). 
Além do cumprimento dos requisitos, há ainda prováveis tomadas de 
decisões que esta função exige, as quais Maciel e Mendonça (2006, p. 19-20) 
expõem: 
 escolha de instrumentos adequados para a seleção das diferentes 
coleções e bases, em papel e on-line (catálogos comerciais, bibliografias, 
sugestões dos usuários etc.); 
 estabelecimento de prioridades para aquisição das diferentes coleções 
(livros, periódicos, mapas, audiovisuais, cd-roms, bases on-line e etc.); 
 escolha de critérios para cobertura de assuntos de maior demanda; 
 prioridades em relação ao idioma e atualização dos materiais adquiridos; 
 indicação do número de exemplares necessários; 
 incorporação de documentos doados. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
21 
A seleção é também uma decisão política como explica Vergueiro (1989, p.40), 
onde nem sempre a decisão final caberá ao bibliotecário. Decisão esta que pode 
ser tomada por outras esferas ou escalões administrativos do qual a biblioteca 
esteja vinculada e o bibliotecário acaba por contribuir menos do que gostaria ou 
somente executar tais decisões embora tenha muito a contribuir com esta função 
do desenvolvimento de coleções. 
Maciel e Mendonça (2006, p. 19) apontam que uma seleção bem feita irá 
refletir “[...] positivamente em todos os serviços subsequentes, agilizando o 
processo de tratamento técnico e permitindo um bom índice de relevância quando 
da recuperação e utilização dos documentos”. Porém se seleção for mal orientada, 
“[...] seus reflexos negativos se revelarão nos congestionamentos de serviços, 
coleções não utilizadas e usuários insatisfeitos”. 
Vale reforçar que é o selecionador quem determina as entradas dos 
documentos no sistema, onde: 
 
“O responsável pela seleção dos itens a serem adquiridos 
deveria, em última instância, ser o responsável pelo resto das 
atividades da biblioteca. Retém a chave nas mãos - o acervo – 
sobre o qual se baseiam todas as demais atividades da 
biblioteca” (VICKERY, apud MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 19. 
 
É necessário encará-la como uma atividade rotineira da biblioteca, assim como 
acontece com as atividades de processamento técnico (catalogação e indexação) e 
de referência (empréstimo). 
Avaliação 
A avaliação “[...] reúne dados necessários para determinar quais dentre várias 
estratégias alternativas parecem ter mais probabilidade de obter um resultado 
almejado” (LANCASTER, 2004). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
22 
 
Quanto aos componentes do acervo de uma biblioteca (livros e outros 
materiais), vale destacar que estes “[...] podem ser considerados o principal insumo 
da biblioteca” (LANCASTER, 1996, p. 3 apud MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 23). 
Devendo ser avaliados com vistas ao atendimento das demandas informacionais 
de seus usuários. 
Em relação ao estabelecimento de critérios para avaliação qualitativa, Maciel e 
Mendonça (2006, p. 23) esclarecem que tais critérios se relacionam ao 
planejamento e a elaboração de políticas e que devem expressar “[...] aquilo que 
realmente se pretende avaliar”. 
Para Lancaster (2004), o objetivo da avaliação de coleções é: 
 
“[...] melhorar as políticas de desenvolvimento de 
coleções, melhorar as políticas relacionadas com 
períodos de empréstimo e taxas de duplicação, ou 
embasar decisões relacionadas com o uso do espaço.” 
 
Ainda, em relação aos objetivos da avaliação, Maciel e Mendonça (2006, p. 24) 
cotejando as ideias de Lancaster, Guerreiro (1980) e outros autores, apresentam 
outros objetivos, a saber: 
 obter uma compreensão mais exata sobre o campo, profundidade e 
utilização da coleção; 
 obter subsídios para o planejamento da coleção; 
 retificar inadequações no desenvolvimento do acervo [...]; 
 obter justificativa para o aumento dos recursos financeiros; 
 identificar materiais obsoletos ou pouco usados para retirá-los da coleção 
(descarte). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
23 
Dentre as diferentes metodologias para avaliação de coleções, Maciel e 
Mendonça (2006, p. 24) destacam: 
 
 Quantitativas – baseadas em dados estatísticos, principalmente sobre: 
tamanho da coleção, assuntos, idade, clientela etc.; um exemplo deste 
método seriam os dados estatísticos colhidos sobre os assuntos 
solicitados pelos usuários e não atendidos pela biblioteca. 
 Qualitativas – preocupadas com o conteúdo do acervo. Podem ser 
realizadas através do julgamento de especialistas, através da comparação 
com bibliografias publicadas ou mesmo especialmente elaboradas para 
este fim, ou através do uso real da coleção. 
 
Porém, ressaltam que o método quantitativo não deve ser utilizado 
isoladamente, haja vista que não consideram o fator de qualidade. Deve-se realizar 
o estudo dos métodos existentes, bem como, encarar cada biblioteca como caso 
particular, e ainda, realizar adaptações ou modificações nos métodos para que se 
possam atingir resultados satisfatórios. 
Assim, como a função de seleção, a avaliação também exige várias tomadas de 
decisão, dentre as quais Maciel e Mendonça (2006, p. 24-25) destacam: 
 definir qual(is) o(s) objetivo(s) da avaliação; 
 escolher qual a melhor metodologia a ser adotada, de acordo com os 
objetivos a serem atingidos; 
 definir critérios que deverão ser observados considerando-se as 
características específicas de cada coleção; 
 definir com que periodicidade deve ser atualizada 
 definir sobre a alocação de recursos; 
 identificar as obras que devem ser retiradas do acervo com a finalidade 
de serem colocadas em depósito (obras de pouco uso) ou descartadas 
(obras obsoletas, danificadas e não pertinentes ao acervo). 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
24 
A avaliação precisa ser integrada às atividades rotineiras da biblioteca, uma 
vez o processo de formação e desenvolvimento de coleções é “[...] holístico 
integrado em que as funções se interligam e se tornam dependentes umas das 
outras.” (MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 23) 
Nessa unidade discorremos sobre as etapas de Seleção e Avaliação de acervos. 
Antes de adentrar nestes conteúdos propriamente ditos, foi necessária uma breve 
contextualização acerca do processo de formação e desenvolvimento de coleções 
para contextualizar e facilitar a compreensão dos demais conteúdos. 
Apresentamos os marcos históricos que o influenciaram e impulsionaram este 
processo, como a explosão bibliográfica e advento da internet. Com a explosão 
bibliográfica percebeu-se que era preciso “racionalizar” o crescimento das 
coleções. O segundo grande momento para a área foi marcado pelo uso de 
recursos informacionais em meio eletrônico on-line, o que vem demandando novas 
metodologias e soluções. 
Reunimos visões de diferentes autores sobre o processo de desenvolvimento 
de coleções, onde se destacou que este processo é um trabalho de planejamento 
que exige compromissos metodológicos. Outro tópico abordado foi o estudo da 
comunidade de usuários, importante diagnóstico, que fornece subsídios para 
atuação em quase todas as etapas do desenvolvimento de coleções. 
Feita a contextualização, seguiu-se com a apresentação dos tópicos sobre 
seleção a avaliação, onde a seleção é situada como uma atividade técnica e 
intelectual sendo considerada como função de maior importância dentro do 
processo de formação e desenvolvimento de coleções. À avaliação cumpre reunir 
os dados necessários para determinar quais estratégias podem apresentar os 
resultados almejados sendo considerada como uma atividade de planejamento 
Além disto, foram a descritos os requisitos substanciais para o cumprimento 
doprocesso de seleção, as prováveis decisões inerentes a ambos os processos, 
bem como, apresentados tipos de metodologias utilizadas para avaliação de 
acervos (quantitativa e qualitativa). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
25 
 
Percebeu-se que as atividades de seleção e avaliação devem ser integradas às 
atividades rotineiras da biblioteca, assim como, o processo de formação e 
desenvolvimento de coleções é um processo holístico, integrado, no qual as 
funções se interligam e se tornam dependentes entre si. 
 
Leitura complementar: 
ALMEIDA, Maria Christina Barbosa de. Planejamento de bibliotecas e 
serviços de informação. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2000. 112 p 
 
MIRANDA, Ana Cláudia Carvalho de. Desenvolvimento de coleções em bibliotecas 
universitárias. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 
Campinas, v. 4, n. 2, p. 01-19, jan./jun. 2007. Disponível em: < 
http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/367/246> Acesso 
em 25 jul. 2016. 
 
KLAES, Rejane Raffo. Sistema de informação gerencial para o desenvolvimento de 
coleções. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 20, n. 2, p.220-228, jul./dez. 1991. 
 
 
Estamos encerrando a unidade. Sempre que tiver uma dúvida entre em 
contato com seu tutor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e 
consulte sempre a biblioteca do seu polo. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades dessa unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
26 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
1.Weitzel apresenta uma definição para o desenvolvimento de coleções Quais 
itens a autora ilustrou? Marque a opção correta. 
a) Estudo de comunidade, política de seleção, seleção, aquisição, 
desbastamento, avaliação, política de avaliação, política de desbastamento. 
b) Estudo de comunidade, política de seleção, seleção, aquisição, política de 
aquisição, desbastamento, avaliação, política de avaliação e política de 
desbastamento. 
c) Estudo de comunidade, política de seleção, seleção, aquisição, política de 
aquisição, avaliação, política de avaliação e política de desbastamento. 
d) Estudo de comunidade, política de seleção, seleção, aquisição, política de 
aquisição, avaliação, política de avaliação, política de desbastamento, 
bibliotecários. 
e) Planejamento e elaboração de políticas, Estudo de comunidade, política de 
seleção, aquisição, política de aquisição, avaliação, política de avaliação e política 
de desbastamento. 
 
2.De acordo com Figueiredo, o objetivo do bibliotecário é: 
a) a satisfação das necessidades informacionais dos usuários. 
b) o objetivo de qualquer administrador bibliotecário pode ser definido de 
maneira simples: agir em conformidade com a instituição onde a biblioteca está 
inserida. 
c) o objetivo de qualquer administrador bibliotecário pode ser definido de 
maneira simples: gerenciar as coleções. 
d) o alcance das metas institucionais. 
e) o objetivo de qualquer administrador bibliotecário pode ser definido de 
maneira simples: gerenciar e cuidar da preservação das coleções. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
27 
3.A avaliação é importante para a administração, por meio de dela é possível 
corrigir ou manter estratégias com vistas a atingir os objetivos. Lancaster 
complementa esta afirmativa colocando de forma isto se dá. Marque a opção 
correta. 
a) a avaliação “[...] promove os dados necessários para determinar quais 
dentre várias estratégias alternativas parecem ter mais probabilidade de obter um 
resultado almejado”. 
b) a avaliação “[...] reúne dados necessários para determinar quais dentre 
várias estratégias alternativas parecem ter mais probabilidade de obter um 
resultado almejado”. 
c) a avaliação “[...] reúne dados necessários onde várias estratégias 
alternativas parecem ter mais probabilidade de obter um resultado previsto”. 
d) a avaliação “[...] determina qual estratégia alternativa parece ter mais 
probabilidade de obter um resultado almejado”. 
e) a avaliação “[...] reúne dados necessários para determinar qual alternativa 
parece ter mais probabilidade de obter um resultado previsto”. 
 
4.Complete a sentença corretamente: “Segundo Vergueiro, o de 
desenvolvimento de coleções é trabalho de __________ que exige ___________[...] 
onde o __________, os objetivos específicos que cada uma delas busca atingir, a 
___________ a ser atendida, influem grandemente nas atividades do 
desenvolvimento de coleções [...]”. 
a) planejamento, critérios, tipo de usuário e característica da biblioteca. 
b) estruturação, requisitos, planejamento e instituição de ensino. 
c) planejamento, compromissos metodológicos, tipo de biblioteca e 
comunidade específica. 
d) planejamento, requisitos, tipo de usuário e característica da biblioteca. 
e) estruturação, compromissos metodológicos, planejamento e instituição de 
ensino. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
28 
 
5.O objetivo da avaliação de coleções, segundo Lancaster é: 
a) “[...] implementar as políticas de desenvolvimento de coleções, melhorar as 
políticas relacionadas com períodos de empréstimo e taxas de duplicação.” 
b) “[...] minimizar os erros das políticas de desenvolvimento de coleções, das 
políticas relacionadas com períodos de empréstimo e taxas de duplicação.” 
c) “[...] melhorar as políticas de desenvolvimento de coleções, melhorar as 
políticas relacionadas com períodos de empréstimo e taxas de duplicação, ou 
embasar decisões relacionadas com o uso do espaço.” 
d) “[...]melhorar as políticas relacionadas com períodos de empréstimo e taxas 
de empréstimos, ou embasar decisões relacionadas com o uso do espaço.” 
e) “[...] melhorar as políticas aquisição, seleção e desbastamento e 
planejamento de coleções, taxas de duplicação e embasar decisões relacionadas 
com o uso do espaço.” 
 
6.Maciel e Mendonça apontam que há reflexos do processo de seleção, 
quando bem feito ou mal orientado. Em relação a esses reflexos da seleção, 
positivos e negativos, é correto afirmar que: 
a) Se bem realizada, a seleção agiliza o “[...] processo de tratamento técnico 
quando da recuperação e utilização dos acervos”. Se for mal orientada “[...] seus 
reflexos negativos se revelarão nos congestionamentos de serviços e usuários 
insatisfeitos”. 
b) Se bem realizada, a seleção agiliza o “[...] processo de aquisição e utilização 
dos documentos”. Se for mal orientada “[...] seus reflexos negativos se revelarão em 
coleções não utilizadas e usuários insatisfeitos”. 
c) Se bem realizada, a seleção agiliza o “[...] processo de descarte e utilização 
dos documentos”. Se for mal orientada “[...] seus reflexos negativos se revelarão em 
coleções não utilizadas e usuários insatisfeitos”. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
29 
d) Se bem realizada, a seleção agiliza o “[...] processo de tratamento técnico e 
utilização dos documentos”. Se for mal orientada “[...] seus reflexos negativos se 
revelarão nos congestionamentos de serviços, coleções não utilizadas e usuários 
insatisfeitos”. 
e) Se bem realizada, a seleção agiliza o “[...] processo de tratamento técnico e 
permitindo um bom índice de relevância quando da recuperação e utilização dos 
documentos”. Se for mal orientada “[...] seus reflexos negativos se revelarão nos 
congestionamentos de serviços, coleções não utilizadas e usuários insatisfeitos”. 
 
7.De acordo com Weitzel os momentos históricos que influenciaram e 
consagraram profissionalmente a área de desenvolvimento decoleções foram: 
a) o advento da Internet e a automação de bibliotecas. 
b) a explosão bibliográfica e a invenção da impressa. 
c) a explosão bibliográfica e a automação de bibliotecas. 
d) a explosão bibliográfica e o advento da Internet. 
e) o advento da Internet e a era pré-Gutenberg. 
 
8.Existem diferentes metodologias para realizar a avaliação de coleções. 
Dentre as diferentes metodologias, destacam-se: 
a) Estudo de uso e citação - baseado em dados estatísticos e levantamento de 
opinião - preocupadas com a opinião dos usuários. 
b) quantitativas - baseadas em dados reais e qualitativas - preocupadas com os 
materiais do acervo e outros insumos. 
c) Cotejo de bibliografias - baseadas em dados estatísticos 
d) Relação coleção X usuários - baseadas em dados estatísticos e levantamento 
de opinião - preocupado com a opinião dos usuários. 
e) quantitativas - baseadas em dados estatísticos e qualitativas - preocupadas 
com o conteúdo do acervo 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
30 
9.Ao longo dessa unidade, vimos existem requisitos indispensáveis ao 
cumprimento, de forma eficaz, do processo de seleção. Enumere pelo menos 06 
destes requisitos elecandos por Maciel e Mendonça: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10.Vergueiro coloca que a seleção também é uma decisão política, onde nem 
sempre a decisão final caberá ao bibliotecário. Decisão esta que pode ser tomada 
por outras esferas ou escalões administrativos do qual a biblioteca esteja vinculada. 
Neste caso, o bibliotecário acaba por contribuir menos do que gostaria ou somente 
executar tais decisões embora tenha muito a contribuir com esta função do 
desenvolvimento de coleções. Reflita acerca da postura do profissional 
bibliotecário frente às questões colocadas acima. 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
31 
 
2 Aquisição 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
32 
 
O conhecimento dos conceitos de seleção e avaliação é imprescindível para 
entendermos esta unidade. Entenderemos que o desenvolvimento de coleções é 
constituído de etapas interdependentes. Perceberemos que, nesta etapa do nosso 
estudo, aquisição é um produto da seleção e avaliação. 
 
Objetivos da unidade: 
 Conhecer o conceito de aquisição e suas modalidades; 
 Visualizar em uma biblioteca real o processo de aquisição; 
 Entender os critérios para adquirir obras impressas e eletrônicas. 
 
Plano da unidade 
 Aquisição 
 Aquisição: conceito 
 Aquisição por compra 
 Aquisição por meio de doação 
 Aquisição por meio de permuta 
 Aquisição planificada e aquisição cooperativa 
 Critérios para aquisição de livros: descrição de um caso real 
 A aquisição e o avanço tecnológico: o caso dos e-books 
 
Bons Estudos! 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
33 
 
Aquisição 
 
Neste estudo sobre desenvolvimento de coleções, também conhecida como 
gestão do acervo, apresentaremos uma etapa importante chamada de aquisição. 
Compreenderemos os conceitos e métodos para este processo apoiados da 
literatura clássica de autores importante na biblioteconomia nacional. 
Consideramos deixar claro que um acervo grande não quer dizer um bom 
acervo. BONN (1974 apud Figueiredo, 1979) afirma: 
 
É geralmente aceito que quantidade e qualidade de uma 
coleção de biblioteca depende quase que inteiramente do 
programa de aquisição, incluindo a política de aquisição, os 
procedimentos de aquisição e, mais importante, dos 
métodos de seleção (BONN, 1974 apud FIGUEIREDO, 1979). 
 
A seguir, apresentaremos o conceito de aquisição: 
Aquisição: conceito 
 
“Aquisição, dentro do desenvolvimento de coleções, é uma 
etapa puramente administrativa” (VERGUEIRO, 1989, p. 63). 
 
O professor Waldomiro Vergueiro que publicou dezenas de artigos em 
periódicos científicos nacionais e internacionais. Autor e/ou organizador de mais 
de uma dezena de livros, entre os quais podem ser destacados: Seleção de 
Materiais de Informação, Aquisição de Materiais de Informação e desenvolvimento 
de coleções e biblioteca-qualidade, escreveu um importante trabalho sobre 
desenvolvimento de coleções que será muito utilizado neste capitulo, que é: 
Desenvolvimento de coleções. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
34 
 
Vergueiro (1989, p. 63) entende que “o papel da aquisição, no processo, 
constitui-se em localizar e, posteriormente, assegurar a posse, para a biblioteca, 
daqueles materiais que foram definidos, pela seleção como de interesse”. Ou seja, 
a aquisição é um reflexo das decisões das etapas apresentadas no capitulo anterior: 
Seleção e Avaliação. Isso demonstra a progressão das etapas do desenvolvimento 
de coleções. 
Pontuaremos, a seguir, as modalidades de aquisição que serão: compra, 
permuta e doação. 
Aquisição por compra 
Vergueiro (1989, p. 64-65) considera que as atribuições básicas para compra de 
material informacional são as seguintes: obter informações sobre os materiais 
desejados pela biblioteca: utilizando instrumentos pertinentes, verificar todos os 
dados bibliográficos imprescindíveis para uma aquisição bem-sucedida; além 
disso, verificar se o item não se constitui em material já constate do acervo ou se já 
não se encontra em processo de aquisição, evitando, desta forma, duplicações 
indesejadas. 
Pontuamos que os dados bibliográficos, mencionado pelo autor, são: autor, 
título, edição mais atual, local, editora, ano atual. Indicamos listar as obras em 
tabela que garanta uma organização e clareza. Essa tabela deve ter títulos das 
obras com os dados bibliográficos, quantidade das obras que existem na unidade 
de informação e estado físico das obras. Abaixo, como exemplo, indicamos um 
modelo de lista de obras para aquisição: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
35 
 
Quadro 1 - lista de obras para aquisição 
Ordem Título Quant. 
Estado 
Físico 
1 
COELHO, Teixeira. O que é Ação 
Cultural. 4ª. reimpressão. São Paulo: 
Brasiliense, 2008. (Coleção Primeiros 
Passos). 
21 BOM 
2 ABREU, António Suarez. Curso de 
redação. São Paulo: Ática, 2004. 
15 BOM 
3 
CUNHA, Celso Ferreira da. Nova 
gramática do português 
contemporâneo. Belo Horizonte: 
Bernardo Álvares, 2001. 
19 BOM 
 
Efetuar o processo de compra de materiais: selecionar o fornecedor mais 
adequado às necessidades e/ou possibilidades da biblioteca, buscando tanto 
aspectos financeiros – qual fornecedor oferece mais vantagens pecuniárias, 
considerando todos os custos envolvidos –, como a rapidez de recebimento dos 
itens desejados. O processo de compra irá englobar, ainda, o recebimentoe 
abertura dos pacotes, com sua consequente verificação em relação a ordens de 
compra enviadas e as condições físicas em que material chega à biblioteca. 
Sugerimos, aos futuros profissionais da informação, uma lista onde constem 
todos os prováveis fornecedores (editoras, livrarias, sebos etc.) com os respectivos 
contatos, assim, quando decididos os itens que deverão fazer parte do acervo da 
biblioteca será mais fácil e rápido a respostas dos mesmos para cotação dos preços. 
Já existem sistemas que possuem essa funcionalidade que permite o contato 
automático, ou seja, indica-se a obra que se deseja adquirir e o próprio sistema 
envia o pedido aos fornecedores. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
36 
Abaixo, como exemplo, indicamos um modelo de lista com os fornecedores e 
seus contatos: 
Quadro 2 - lista com os fornecedores e seus contatos 
Fornecedores 
(editoras, 
livrarias, sebos, 
etc.) 
Contatos Representante 
GEN 
Tel.: (21) 2222-2222 
Site: http://www.descol.com.br 
Sra. Cora 
Coralina 
 
1) Manter e controlar os arquivos: incluir a manutenção, seja de forma 
manual ou automatizada de arquivos dos itens selecionados 
(desiderata1), arquivos dos itens em processo de aquisição e dos já 
adquiridos, em processo de catalogação rápida. Costuma-se ordenar 
estes arquivos pelos títulos das obras, por ser o elemento que menos 
variações apresentam nas sugestões dos usuários. 
2) Administrar os recursos disponíveis para aquisição: o que irá abranger 
toda a distribuição, controle e utilização dos recursos da forma mais 
racional possível. 
Não podemos deixar de ressaltar que essa regra se aplica, especificamente, a 
instituições privadas, pois as repartições públicas de âmbito municipal, estadual e 
federal, possuem uma legislação que as obriga submeter a lista de aquisição a um 
processo licitatório, que nem sempre é a forma mais rápida e apropriada 
(VERGUEIRO, 1989, p. 66). 
 
 
1 Consiste em uma lista de títulos que a biblioteca deseja adquirir. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
37 
Aquisição por meio de doação 
Outra possibilidade para adquirir materiais é a doação realizada pelos usuários 
e outras instituições conveniadas. Vergueiro (1989, p. 68-70) indica: 
 
 [...] os critérios para recebimento de doações sob condição 
– aquelas que, para entrega dos materiais, impõem uma 
série de pré-requisitos a serem atendidos pela biblioteca, 
tais como salas especiais para os materiais doados, ex-libris, 
restrições para o empréstimo e uso, etc. (VERGUEIRO, 1989, 
p. 68-70). 
Vieira (2014, p. 42) afirma que para que os materiais doados sejam 
incorporados ao acervo é necessário que tenham alguns critérios básicos como: 
atualidade, materiais não vandalizados, valor histórico-documental, obras raras e 
outros critérios particulares, que dependem das especificações da instituição. 
As doações podem causar problemas de disponibilidade de espaço físico 
devido ao excesso de materiais que nem sempre podem ser selecionados no ato de 
seu recebimento, e que não podem ser recusados devido ao risco de se perder 
itens importantes (VIEIRA, 2014, p. 42). 
Todo processo de doação deve ser finalizado com um documento elaborado 
pela biblioteca onde o doador declara passar a custódia do acervo à biblioteca e se 
submeterá a política desenvolvimento da instituição. Formalizar o ato de doação é 
medida prudente no caso de reclamações dos usuários e os casos em que a 
biblioteca aceita doações e como se propõe a tratá-las devem ficar claramente 
entendidos pelos doadores. 
Aquisição por meio de permuta 
Baseada na troca de exemplares entre instituições, também chamada de 
intercâmbio de materiais, a permuta é outra modalidade para o desenvolvimento 
de coleções. Permite a agregação de novos materiais, principalmente, esgotados 
ao acervo da unidade de informação. Evita acumular duplicatas e/ou doações que 
foram absorvida pela biblioteca e, neste caso, garante um espaço extra. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
38 
Vergueiro (1989, p. 71) afirma que “um programa de permutas é estabelecido, 
normalmente, por instituições que editam publicações e, desta forma, firma entre 
si, um convênio para intercâmbio das mesmas”. Este programa tem como 
característica a minucia e requer muita atenção do bibliotecário que trabalha na 
aquisição. 
Já permuta de duplicata [...] acontece de maneira mais informal (VERGUEIRO, 
1989, p. 72). 
Nos programas de permutas é comum a confecção de listas de duplicatas, 
destinadas a oferecer para outras instituições o material que possui vários 
exemplares ou que foi retirado definitivamente do acervo (ANDRADE; VERGUEIR, 
1996 apud MOREIRA; CARDIM; DIB, 2007). Com essa lista os bibliotecários das 
organizações parceiras podem escolher os exemplares mais interessantes para seus 
acervos. 
Aquisição planificada e aquisição cooperativa 
Com a finalidade de driblar a falta de recursos financeiros e atualizar o seus 
acervos, as instituições recorrem a outras duas modalidades de aquisição: aquisição 
planificada e cooperativa. 
Aquisição planificada é quando a instituição faz um programa onde planeja 
forma ou amplia sua coleção conforme princípios definidos dentro da filosofia e 
das diretrizes institucionais [...]. Aquisição cooperativa é quando as instituições, 
mediante acordos e convênios, estabelecem programas envolvendo bibliotecas de 
uma mesma região, com os mesmos interesses e com especializações de assuntos, 
com a finalidade de assegurar acesso à informações relevantes ao maior número 
possível de usuários” (FIGUEIREDO, 1993 apud MOREIRA; CARDIM; DIB, 2007). 
Critérios para aquisição de livros: descrição de um caso real. 
Conforme visto no capitulo anterior, os critérios para aquisição de acervo 
estão, estritamente, vinculados à política de seleção. Andrade (1992, p. 40-55) 
propõe o estudo de critérios para aquisição de livros nas áreas de Ciências Sociais e 
Humanidades no âmbito da FFLCH/USP. Neste estudo foram considerados 
aspectos qualitativos e quantitativos. Os critérios são os seguintes, 
respectivamente: 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
39 
a) Critérios relativos ao perfil da coleção - coleção de lastro (aspecto 
qualitativo): 
 Obras clássicas e consagradas (clássicas: consideradas as que oferecem 
um modelo de investigação; consagradas: as que oferecem uma 
contribuição relevante dentro de uma tradição já existente); 
 Autoridade do autor e editor (reconhecido valor como autoridade na 
cultura e crítica de um assunto); 
 Textos no idioma original ou traduções confiáveis e de interesse 
(fundamental e decisório na área de humanidades); 
 Coleções únicas na universidade ou região e obras raras e especiais; 
 Produção intelectual gerada na unidade. 
 
b) Critérios relativos ao ensino e pesquisa (aspecto qualitativo): 
 Bibliografia básica e complementar (indicadas nos cursos em 
andamento); 
 Obras de referência (atualização constante de dicionários, enciclopédias, 
anuários, guias, estatísticas etc.); 
 Obras de caráter interdisciplinar ou de áreas inter-relacionadas; 
 Obras de interesse para novas linhas de investigação ou complementação 
de áreas carentes; 
 Duplicação de títulos de uso muito frequente para graduação e pós-
graduação; 
 Reposição de perdas necessárias e de obras desgastadas; 
 Traduções de interesse em idioma acessível à maioria da população 
usuária; 
 Lançamentos recentes (novidades editoriais, livros em demonstração, 
visitas às livrarias, exposições etc.) 
 Disponibilidade de acesso em outros acervos da Universidade. 
Formação e Desenvolvimentode Coleções 
 
 
40 
Com relação aos aspectos quantitativos, foram estabelecidos os seguintes 
critérios: 
 Livros clássicos da área: quatro exemplares; 
 Livros para mais de uma área: quatro exemplares; 
 Livros para cursos em andamento: quatro exemplares; 
 Livros para graduação: quatro exemplares; 
 Livros de autores consagrados: três exemplares; 
 Livros de professores da casa: dois exemplares; 
 Livros para pesquisa: um exemplar; 
 Bibliografia complementar: um exemplar; 
 Originais "versus" traduções de obras importantes: duas obras no texto 
original mais quatro traduções para cada língua, inclusive em português 
de portugal. 
O objetivo de apresentar os critérios utilizados na FFLCH/USP consiste na 
tentativa de tornar palpável o estudo de aquisição de acervo. Assim, possibilitamos 
uma visão mais empírica e menos teórica da disciplina. 
A aquisição e o avanço tecnológico: o caso dos e-books 
Os livros não ficaram de fora das inovações tecnológicas e o bibliotecário 
precisa estar preparado para auxiliar no estabelecimento de “subsídio que poderão 
auxiliar no planejamento da aquisição de e-books em bibliotecas” (CHIARA, I. G. D.; 
TANZAWA, E. C. L., 2014, p. 43). 
Fica evidente que o livro eletrônico, também chamado de e-book, trouxe 
consigo uma revolução na relação do leitor com o livro. 
Pensar em acervo eletrônico, em uma biblioteca, hoje, é pensar numa 
multiplicidade de possibilidades de acesso à informação inimaginável no passado. 
A biblioteca passou por vários períodos históricos que podem ser contados por 
meio da transmutação de seus materiais por diversos formatos e sua 
materialização, a qual se deu, inicialmente, por meio das tabelas de argilas, 
passando pelo papiro, pelo pergaminho e pelo papel, até transformar o formato 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
41 
impresso no formato digital ou virtual (AQUINO, 2004 apud CHIARA; TANZAWA, 
2014). 
Lynch (2013 apud CHIARA; TANZAWA, 2014) destaca alguns diferenciais ou 
vantagens de se disponibilizar e-books aos usuários de bibliotecas, tais como: 
 A capacidade de ajustar tamanho e fonte do texto; 
 Tecnologia que permite escutar o livro; 
 Capacidade de transportar um grande número de livros em um só 
aparelho. 
 Elimina a necessidade de imprimir, armazenar, espaço físico, taxa de 
envio, transporte físico de cópias de livro. 
O mesmo autor destaca as expectativas que o e-book traz: 
 Os e-books têm a possibilidade de disponibilizar os conteúdos de forma 
mais fácil e rápida; 
 Os e-books seriam “mais verde”, ou seja, sustentáveis pelo fato de 
poderem dispensar a impressão; e, 
 Os e-books deveriam ser mais baratos que livros impressos. 
Procópio (2005 apud CHIARA; TANZAWA, 2014) elenca as mais importantes 
características dos e-books, abaixo: 
a) Marcadores de página e busca rápida dessas marcações; 
b) Bloco de anotações [excelente para não se esquecer daquele trecho 
importante que o professor citou em sala de aula e que certamente vai 
cair na prova]; 
c) Controle de brilho e contraste; 
d) Controle ajustável de luminosidade [backlight que deixa o leitor ajustar a 
intensidade da luz, assim pode-se ler em qualquer lugar. Importante para 
os olhos mais sensíveis. O leitor pode, por exemplo, ler aquele romance 
de terror ou de suspense do Stephen King, no escuro]; 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
42 
e) Dicionário em várias línguas no sistema que, basta apontar uma palavra 
na tela [naturalmente, sensível ao toque], e o reader traz o seu significado 
[o link vem de outro livro também instalado no aparelho]; 
f) Busca por palavras ou frases no texto [ideal para documentos técnicos, 
como os de Legislação e Direito]; 
g) O e-Book permite ainda sublinhar ou marcar um trecho importante no 
texto, podendo, quando quiser, apagar a marcação; 
h) Ajuste de tamanho e tipo das fontes utilizadas, para melhorar a 
legibilidade; 
i) Base giratória de leitura [orientação: retrato e paisagem], usada para 
textos especiais, como os dos jornais ou revistas tabloides, que podem ser 
lidos na horizontal; 
j) Acesso às livrarias [eBookStores] ou Bibliotecas Digitais, com a 
possibilidade de aquisição de obras gratuitas, impensado no modo real: 
mais de 350 mil títulos grátis, somente na língua portuguesa, e centenas 
de best-sellers e clássicos antes esgotados; 
k) Possibilidade de criação de biblioteca pessoal com as ferramentas de 
sistema; 
l) O leitor pode também publicar seu próprio e-book importando 
documentos pessoais e da Internet, usando também as ferramentas de 
sistema; 
m) Grande capacidade de armazenamento de arquivos de textos [cerca de 
250 mil páginas em média, incluindo gráficos]; 
n) Memória expansível; 
o) Tamanho de um livro de papel: 14x21 em média; 
p) Compatível com níveis de segurança [criptografia] exigido pelos 
detentores de conteúdo; 
q) Baterias duradouras: de 20 a 40 horas em média; 
r) Compatibilidade com PCs, Linux e MACs; 
s) Peso médio: 300 gramas. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
43 
Não nos aprofundaremos em política de aquisição nesta unidade, pois será 
tratado mais a frente. Todavia, destacamos os critérios apontados por Lastres (2011 
apud CHIARA; TANZAWA, 2014) para seleção (pois afeta diretamente a aquisição), 
manutenção e acesso: 
a) Com relação à seleção: para os critérios de seleção deve-se considerar o 
seguinte: qualidade do título, incluindo atualidade, a cobertura tópica, 
reputação do autor e editor, organização, facilidade de utilização; uso 
antecipado; disponibilidade de material no acervo da biblioteca idêntico 
ou similar; disponibilidade de material idêntico ou similar nas bibliotecas 
para empréstimo local; custo; os requisitos de espaço ou para mídia 
eletrônica, requisitos técnicos; tempo necessário da equipe de 
manutenção, seja para depósito ou para o gerenciamento de acesso 
eletrônico. 
b) Com relação à manutenção: no que se refere aos critérios de 
manutenção deve-se considerar o seguinte: revisão de faturas para 
renovação e continuidade regular para garantir que os custos sejam 
monitorados e quais assinaturas são usadas ativamente; monitoramento 
métricos de circulação para verificar o uso dos meios eletrônicos e desta 
forma, identificar os títulos que são utilizados marginalmente; descarte 
dos mais materiais velhos ou ultrapassados; fornecer um relatório de 
orçamento detalhado para ajudar na realização de uma revisão 
abrangente dos recursos de biblioteca; recomendar alternativas de baixo 
custo de materiais impressos ou eletrônicos para que os usuários possam 
determinar quais materiais devem ser mantidos. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
44 
c) Com relação ao acesso: ainda de acordo com Lastres, em relação ao 
acesso deve-se considerar o seguinte: licenças de usuário único ou 
simultâneo; licença limitada de usuário: obter acesso para funcionários da 
biblioteca para recuperar artigos eletrônicos do site do fornecedor dentro 
dos termos de acordo da licença; licenças empresariais: observar se tem 
request IP autenticação, isso elimina a necessidade dos usuários lembrar 
IDs de usuário e senhas; preços; verificar se o acesso a conteúdos digitais 
requer qualquer software proprietário. 
Os e-books, as revistas eletrônicas e inúmeras outras fontes em formato digital 
trouxeram novos modelos de negócio para sua aquisição, tais como: aquisição 
perpétua, assinaturas, aquisição orientada ao usuário ou PDA, Short Term Loan 
(aluguel por período curto) e pay per view. 
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de entender o processo de aquisição 
de material impresso e livro eletrônico, bemcomo sua posição dentro do 
desenvolvimento de coleções. Vimos às modalidades de aquisição (compra, 
doação e permuta) e a aplicação em uma biblioteca real. 
 
Leitura complementar: 
VIEIRA, R. Formação e desenvolvimento de coleções. In: ______. 
Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 
2014. 
MIRANDA, A. Seleção, aquisição e descarte de livros: um texto para 
principiantes. Caderno de Biblioteconomia, Recife, v. 4, p. 57-69, dez. 1981. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão ajudá-lo 
a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-
aprendizagem. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
45 
 
Exercícios - Unidade 2 
 
1.(BNDES/2006) A escassez de recursos para a atualização do acervo de uma 
unidade de informação impõe sua otimização, que se dá por duas formas de 
aquisição: pela formalização de um programa de ampliação e atualização de 
coleções, segundo princípios e diretrizes institucionais, ou mediante acordos e 
convênios para o compartilhamento de recursos informacionais e de usuários. 
Essas formas de aquisição denominam-se, respectivamente: 
a) Planificada e cooperativa. 
b) Cooperativa e compartilhada. 
c) Compartilhada e sistêmica. 
d) Sistêmica e extensiva. 
e) Extensiva e planificada. 
 
2.(BNDES/2006) Quando uma biblioteca visa à reciprocidade de benefícios em 
termos de obtenção de materiais por cooperação com outras entidades envolvidas, 
ou quando há razões justificadas como, por exemplo, a falta de interesse em um 
acervo e a necessidade de complementação de falhas em outro, deve fazer um 
acordo de: 
a) Remanejamento. 
b) Doação. 
c) Desbastamento. 
d) Descarte. 
e) Intercâmbio. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
46 
3.(TJ-PA/2014) Os e-books, as revistas eletrônicas e inúmeras outras fontes em 
formato digital trouxeram novos modelos de negócios para sua aquisição, tais 
como: 
a. Modelo de acessos aberto, perpétuo e geral para todos os conteúdos 
nacionais e estrangeiros. 
b. Assinatura apenas no modelo consórcio, o que, no brasil, é 
responsabilidade do portal capes de periódicos. 
c. Aquisição somente em pacotes de conteúdos pré-selecionados e 
montados pelos próprios editores, sem possibilidade de trocas. 
d. A rota dourada proposta exclusivamente por steven harnad, garantindo, 
assim, o acesso gratuito a todo material internacional. 
e. Aquisição perpétua, assinaturas, aquisição orientada ao usuário ou pda, 
short term loan (aluguel por período curto) e pay per view. 
 
4.(Pref. Pres. Prudente/2012) Considere as afirmações a seguir, relacionadas à 
doação de materiais para bibliotecas e sua seleção: 
I. Os objetivos da biblioteca sempre vão ao encontro dos interesses ou 
desejos dos doadores; 
II. Formalizar o ato de doação é medida prudente no caso de reclamações dos 
usuários; 
III. Os materiais doados são selecionados no momento de seu recebimento; 
IV. Os casos em que a biblioteca aceita doações e como se propõe a tratá-las 
devem ficar claramente entendidos pelos doadores. 
Dessas, estão corretas apenas as afirmações: 
 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
47 
5.(PROCON SP/2013) Aquisição é: 
a) a atividade especializada que, junto com a doação, constitui o processo 
de desenvolvimento de coleções. 
b) a administração dos recursos da biblioteca por meio dos procedimentos 
de levantamento, seleção e compra de materiais. 
c) o procedimento de compra de materiais, direta ou por licitação pública, 
de acordo com as normas da instituição. 
d) a etapa administrativa do desenvolvimento de coleções realizada por 
meio da compra, doação e/ou permuta de materiais. 
e) a política de desenvolvimento de coleções que avalia a necessidade de 
compra de materiais para o acervo. 
 
6.(BNDS/2006) Com o objetivo de oferecer a outras instituições os exemplares 
de materiais possuído, que não foram considerados pertinentes para inclusão no 
acervo, utiliza-se o(a): 
a) serviço de alerta. 
b) programa de intercâmbio. 
c) pedido de cotação. 
d) contrato de leasing. 
e) lista de duplicatas. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
48 
 
7.(IRB/2006) Nas unidades de informação, a aquisição de material 
informacional, por meio do programa que consiste em um acordo pré-estabelecido 
entre duas instituições, com o compromisso mútuo de fornecimento de 
publicações das próprias entidades, de obras duplicadas ou retiradas do acervo ou 
de obras recebidas em doação, mas sem interesse para incorporação ao acervo, 
chama-se 
a) Aquisição planificada. 
b) Aquisição cooperativa. 
c) Permuta. 
d) Doação institucional. 
e) Doação solicitada. 
 
8.Complete: 
a) “Aquisição, dentro do desenvolvimento de coleções, é uma etapa 
puramente ______________________” (VERGUEIRO, 1989, p. 63). 
 
b) ____________________ é uma lista de títulos que se deseja adquirir. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
49 
9.Lynch destaca alguns diferenciais ou vantagens de se disponibilizar e-books 
aos usuários de bibliotecas. Cite-os: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
10.Como Vergueiro entende que o papel da aquisição? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
50 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
51 
 
3 Desbastamento e Descarte 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
52 
 
As primeiras unidades desta Disciplina tratam de assuntos bem importantes 
para o desenvolvimento de coleções: seleção, avaliação e aquisição. Neste ponto, 
conseguimos compreender a importância do desenvolvimento de um acervo. As 
etapas estudadas são de grande relevância para compreendermos como 
selecionar, avaliar para uma aquisição coerente. Para tal, há em pauta os objetivos 
da instituição e da comunidade de usuário, a qual precisa ser ouvida através de 
estudo específico. 
Desenvolver uma coleção exige planejamento e a formação de uma comissão 
especifica, bem como, suas políticas norteadoras das etapas e processos. Uma 
etapa importante no desenvolvimento de coleções é o desbastamento, que 
envolvetambém o descarte. 
Nesta Unidade, pretendemos apresentar ao aluno o que são desbastamento e 
descarte, quais funções e conhecer os conceitos discutidos por alguns autores. Esta 
etapa precisa estar bem consolidada para os bibliotecários a fim de proporcionar a 
melhor forma de utilizar em beneficio do crescimento do acervo de forma coerente 
e ordenada. 
 
Objetivos da unidade: 
 Conhecer a etapa do desbastamento de coleções; 
 Analisar quais processos envolve o desbastamento; 
 Compreender qual a função do desbastamento. 
 
Plano da unidade: 
 Desbastamento e Descarte 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
53 
 
Desbastamento e Descarte 
 
Trata-se de etapa importante no desenvolvimento de coleções e possui papel 
fundamental, que é o ajuste do acervo de acordo com as necessidades da 
instituição e de seus usuários. É importante que as instituições estejam conscientes 
de todas as etapas que compete ao desenvolvimento de coleções, que 
compreendem desde o estudo de usuário até o desbastamento. 
Dando continuidade a discussão, se faz necessário que o aluno conheça esta 
etapa (desbastamento), aprenda a diferenciar desbastamento e descarte, qual a 
função do desbastamento no desenvolvimento de coleções. 
Buscamos na literatura algumas discussões sobre desbastamento e descarte; o 
que os teóricos afirmam por desbastamento de coleção. Enfatizamos a importância 
para o aluno de Biblioteconomia ter bem consolidados os conceitos aqui 
estudados e diferenciar adequadamente o desbastamento do descarte. 
 
Segundo Maciel e Mendonça (2006), 
 
para que o acervo seja considerado de boa qualidade é 
preciso que ele desenvolva racionalmente. Assim, após a 
função de avaliação de coleções pode ser necessário 
desbastar mobilizando determinados materiais segundo 
critérios definidos na função planejamento e elaboração de 
políticas. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
54 
 
Logo, após a avaliação do acervo o bibliotecário conseguirá visualizar o que 
desbastar. A parte do acervo considerada de baixa circulação poderá ser avaliada 
para o desbastamento ou mesmo para o descarte. 
Para explicar o desbastamento, Vergueiro (1989), faz uma analogia da coleção 
com uma árvore, onde ambas para atingirem a plenitude do desenvolvimento 
precisam ser desbastadas constantemente. “As coleções, particularmente, 
necessitam deste desbastamento para que possam desenvolver-se 
harmoniosamente, sem ter algumas de suas partes desenvolvidas de forma 
aleatória, tornando-se estranhas ao conjunto” (VERGUEIRO, 1989). O autor enfatiza 
que o desbastamento pode ocorrer pela retirada definitiva do acervo, ou seja, 
descarte; pela realocação dos materiais em outro espaço pelo remanejamento ou a 
retirada pode acontecer tendo em vista a condição do material que, neste caso, 
segue para outra etapa que é a conservação. 
O desbastamento, segundo Figueiredo (1998 apud Weitzel, 2013), “[...] é um 
processo de extrair títulos ou partes da coleção, quer para remanejamento, quer 
para descarte”. Logo, observamos em Weitzel e Vergueiro, dois subprocessos: o 
remanejamento e o descarte. 
 Para Maciel e Mendonça (2006), “o desbastamento consiste na retirada de 
documentos pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção de uso frequente 
para outros locais [...] já o descarte, consiste na retirada definitiva do material do 
acervo da biblioteca, com a correspondente baixa nos arquivos de registros da 
mesma”. Ainda afirmam que o descarte consiste em selecionar materiais, que 
através da avaliação, foram considerados defasados e/ou desnecessários às 
funções institucionais e esta ação é também conhecida de seleção negativa. 
Para o desbastamento e/ou remanejamento é preciso considerar as obras 
com: danos físicos ou biológicos precisando de restauro; questões de relevância 
para uso para os usuários e instituição etc. Para a seleção negativa e/ou descarte, 
deve considerar as seguintes obras: em línguas inacessíveis; obras desatualizadas e 
que foram substituídas por edições recentes; obras em condições físicas 
irrecuperáveis; obras com excesso de duplicatas. Não podemos esquecer a 
condição de inadequação do conteúdo à instituição. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
55 
Pelas definições dos autores, compreendem-se as diferenças entre desbaste e 
descarte de coleções. Após seleção e avaliação, materiais pouco utilizados podem 
ser desbastados, isto é, remanejados do acervo corrente para guarda, por algum 
período de tempo, em outro local da instituição, o que não ocorre quando da 
decisão para o descarte. Isto ocorre quando as obras não possuem mais o perfil da 
instituição e/ou dos usuários. 
Lancaster (2004) lembra que o desbastamento 
 
[...] pode melhorar a qualidade de um acervo. Quando dele se 
retiram livros velhos e sem uso, as estantes mostram-se mais 
atraentes para os usuários que terão mais facilidade em 
encontrar os itens mais novos ou mais populares que 
provavelmente estejam procurando. É sabido que um 
programa eficaz de desbaste aumenta a circulação (Slote, 
1989 apud Lancaster, 2004), 
 
Esse autor afirma ainda que a principal razão para o desbaste de um acervo é 
otimizar espaço na biblioteca. Explica que uma biblioteca pode possuir espaços 
bem diferenciados e que precisem de acessibilidade para seu usuário e nestes 
casos, o “[...] custo-eficácia, a ocupação desses espaços deve relacionar-se ao uso 
previsível do material. Em particular, o material em estantes de livre acesso deve 
ser aquele com mais probabilidade de obter o máximo de uso em relação ao 
espaço ocupado”. (LANCASTER, 2004). 
Maciel e Mendonça (2013) lembram que o desbastamento e/ou descarte 
indica algumas tomadas de decisão e entre elas: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
56 
 
 Indicação de uma comissão que se responsabilize pela aprovação dos 
documentos indicados para serem colocados em depósitos ou 
descartados. Tal comissão deve ser a mesma encarregada da seleção de 
documentos; 
 Definição de tempo máximo que uma publicação não utilizada deve 
permanecer na coleção corrente, naturalmente observando-se as 
características de cada área; 
 Indicação de um prazo médio para desatualização e desativação de 
determinados tipos de materiais, tais como: livros-didáticos, livros-texto, 
catálogos, folhetos, publicações periódicas, obras de referências etc.; 
 A necessidade de e manter nas estantes de uso frequente um (ou 
nenhum) exemplar de alguma publicação transferida; 
 Definição sobre não pertinência de determinado documento ou coleção 
ao acervo da biblioteca; 
 Determinação de um prazo médio para permanência dos documentos 
localizados nos depósitos; 
 Definição de normas e procedimentos para utilização dos documentos 
armazenados nos depósitos (regulamento do setor). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
57 
Esses entre outros pontos norteadores devem constar na política de 
desbastamento da instituição. Esta temática, políticas, será mais bem detalhada na 
unidade especifica. 
E Weitzel (2013) afirma que o desbastamento e/ou remanejamento ocorre 
pelas seguintes razões: 
a) As obras que apresentam maior valor por sua raridade ou 
importância para a instituição podem ser remanejados para 
locais de armazenamento especial destacada das coleções 
correntes. O ambiente deverá ser controlado em termos de 
climatização e segurança patrimonial; 
b) As obras danificadas e/ou que necessitam de atenção 
especializada em relação à sua conservação ou preservação 
são remanejadas temporariamente para outro local, 
enquanto recebem tratamento apropriado, retornando 
depois ao localoriginal de armazenamento; 
c) As obras que ainda apresentam relevância, mas estão 
abaixo da taxa média de uso em relação às coleções 
correntes e/ou são coleções retrospectivas. 
A autora ainda nos apresenta uma preocupação por parte dos bibliotecários 
em descartar itens que ainda podem ser úteis e que para consolidar a decisão, 
todas devem ser tomadas com base em uma política de desbastamento que 
orienta esse processo de descarte. 
O mesmo tipo de preocupação nos é apresentada por Vergueiro (1989), onde 
afirma que, tratando-se de desbastamento, o descarte é o processo que mais traz 
dúvidas e perguntas aos bibliotecários. Por haver em sua formação a ênfase na 
preservação, de manter os materiais informacionais disponíveis e em bom estado 
para as futuras gerações, como descartar itens de uma coleção? E assim, cria-se, 
segundo o autor, “[...] um verdadeiro drama psicológico que muitas vezes impede o 
profissional de tomar a decisão correta, ou seja, retirar da coleção, definitivamente, 
aqueles materiais que não possuem justificativa alguma para nela permanecerem”. 
Compreende-se a forma racional de preservação do profissional bibliotecário, 
porém é importante avaliar e entender que até os materiais informacionais 
possuem vida útil. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
58 
Ainda em Vergueiro (1993), no artigo “Desenvolvimento de coleções: uma 
nova visão para o planejamento de recursos informacionais” enfatiza-se que para o 
desenvolvimento de coleções precisa ser tratado de forma diferente de acordo 
com a instituição e/ou tipo de biblioteca, tendo em vistas que as rotinas e 
processos variam. Para esclarecer isto, o autor cita o modelo desenvolvido por 
Evans (1979 apud Vergueiro, 1993), onde cita algumas especificações para 
bibliotecas públicas; escolares, especializadas e universitárias. 
Bibliotecas públicas: o público varia muito, bem diversificada e o olhar para o 
acervo deve ser constante, com atenção na seleção dos materiais informacionais da 
mesma e bem fundamentada em política. “Boa ênfase nas atividades de avaliação e 
desbastamento do acervo parece ser, também, outra característica do 
desenvolvimento de coleções em bibliotecas públicas, principalmente quando se 
procura atender à demanda imediata dos usuários.” 
Bibliotecas escolares: como suporte pedagógico para as unidades escolares, 
devem ser integradas ao processo educacional, currículo e bibliografias da 
instituição. Para o desenvolvimento de coleções deve-se considerar a maior 
relevância na seleção dos materiais para fins didáticos e sempre pautada na política 
de seleção. O desbastamento ocorre na medida em que se mudam e/ou buscam-se 
adequar novos currículos e bibliografias. 
Bibliotecas universitárias: segundo o autor, trata-se de comunidade de 
usuários homogênea; deve atender os objetivos das universidades, pesquisas, 
cursos de pós-graduação. O acervo possui grande tendência ao crescimento para 
atender as pesquisas da instituição. A seleção deverá considerar o “[...] custo-
efetividade do material a ser adquirido. A ênfase maior, no caso, parece estar muito 
mais no desbastamento e avaliação constantes das coleções – medidas necessárias 
para otimização do acervo”. 
Bibliotecas especializadas: também nomeada pelo autor como biblioteca de 
empresa, atende as necessidades das organizações as quais estão vinculadas e por 
isso tem seus objetivos muito bem específicos. A grande diferença neste tipo de 
biblioteca para o desenvolvimento de coleções está na “[...] especificação de 
normas para seleção dos materiais com a finalidade de compatibilizá-los com os 
objetivos da instituição maior. Da mesma forma, é neste tipo de biblioteca que são 
necessários, com maior frequência, materiais não convencionais – relatórios, 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
59 
patentes, pré-prints etc. – que exigem dos bibliotecários um enorme esforço para 
localização e obtenção dos itens desejados. Da mesma forma, o desbaste deve 
ocorrer de acordo com as mudanças em normas e protocolos da instituição. 
Nestas colocações de Vergueiro (1993), percebemos as diferentes formas de 
trabalhar o desbastamento de acordo com o tipo de biblioteca e a necessidade de 
seu público. A diminuição do uso do acervo pode ocorrer de forma diferenciada de 
uma área para outra. 
Para finalizar nossa unidade, não podemos deixar de citar algumas alternativas 
para o descarte do acervo. Uma campanha “pegue e leve” na biblioteca é uma boa 
alternativa e outra é fazer uma lista dos materiais que serão descartados e 
compartilhar com outras bibliotecas e/ou instituições de áreas afins para doação. 
Dependendo do material informacional, pode ser útil para uma biblioteca pública, 
comunitária etc. 
É importante lembrar que o papel do bibliotecário está além de preservar o 
acervo. Há momentos de retirar materiais do acervo, e como já estudamos, pode 
ser de forma temporária e/ou definitiva. Esta etapa (desbastamento) é tão 
importante quanto às demais já estudadas para o desenvolvimento de coleções. 
 
Leitura complementar: 
WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de 
desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. 2ª Ed. Rio de 
Janeiro: Interciência; Niterói: Intertexto, 2013. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
60 
 
Exercícios – Unidade 3 
 
1.O que é considerado uma seleção negativa? Indique a afirmação correta: 
a) Seleção. 
b) Desbastamento. 
c) Descarte. 
d) Remanejamento. 
e) Avaliação. 
2.Weitzel (2013) afirma algumas razões pelas quais ocorre o desbastamento. 
Dentre as citadas, indique a alternativa incorreta: 
a) As obras danificadas e/ou que necessitam de atenção especializada em 
relação à sua conservação ou preservação são remanejadas 
temporariamente para outro local. 
b) As obras que ainda apresentam relevância, mas estão abaixo da taxa 
média de uso em relação às coleções correntes e/ou são coleções 
retrospectivas. 
c) As obras que não apresentam relevância, mas estão abaixo da taxa média 
de uso em relação às coleções correntes e/ou são coleções retrospectivas. 
d) As obras que apresentam maior valor por sua raridade ou importância 
para a instituição podem ser remanejados para locais de armazenamento 
especial destacada das coleções correntes. 
e) O novo ambiente deverá ser controlado em termos de climatização e 
segurança patrimonial. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
61 
3.Na afirmação de Maciel e Mendonça (2006), indique a incorreta: 
a) para que o acervo seja considerado de boa qualidade é preciso que ele 
desenvolva racionalmente. 
b) após a função de avaliação de coleções pode ser necessário desbastar. 
c) desbastar mobilizando determinados materiais segundo critérios 
definidos na função planejamento e elaboração de políticas. 
d) para que o acervo seja considerado de boa qualidade, é preciso que ele 
desenvolva racionalmente. Assim, após a função de avaliação de coleções 
pode ser necessário descartar. 
e) para que o acervo seja considerado de boa qualidade é preciso que ele 
desenvolva racionalmente. Assim, após a função de avaliação de coleções 
pode ser necessário desbastar mobilizando determinados materiais 
segundo critérios definidos na função planejamento e elaboração de 
políticas. 
 
4.Na seleção negativa, precisa-se ter atenção aos itens e/ou obras que estão 
dentro do contexto para descarte: Indique a alternativa incorreta: 
a) Obras em línguas inacessíveis. 
b) Obras desatualizadas e que foram substituídas por edições recentes. 
c) Obras em condições físicas irrecuperáveis. 
d) Obras com excesso de duplicatas. 
e) Adequação do conteúdo à instituição.5.Nesta unidade, um dos autores afirma que a principal razão para desbastar é 
economizar espaço físico. Quem afirmou isto? Indique a alternativa correta. 
a) Maciel. 
b) Figueiredo. 
c) Lancaster e Weitzel. 
d) Lancaster. 
e) Slote. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
62 
6.Dos tipos de bibliotecas citados e seus objetivos, indique a afirmação 
incorreta: 
a) Biblioteca escolar – atende a comunidade acadêmica. 
b) Biblioteca especializada – atende aos funcionários da empresa. 
c) Biblioteca universitária – atende a comunidade acadêmica. 
d) Biblioteca pública – atende ao público em geral. 
e) Biblioteca escolar – atende as unidades escolares. 
 
7.Indique a seguir a principal razão pela qual se realiza o desbaste, segundo 
Vergueiro (1993). 
a) Obras sem uso. 
b) Obras com necessidade de reparo. 
c) Economizar espaço. 
d) Materiais sem adequação à instituição. 
e) Manter o acervo atualizado. 
 
8.Para Lancaster (1989), indique a afirmação correta: 
a) [...] pode melhorar a qualidade de um acervo. Quando dele se retiram 
livros novos e em uso, as estantes mostram-se mais atraentes para os 
usuários que terão mais facilidade em encontrar os itens mais novos ou 
mais populares que provavelmente estejam procurando. 
b) [...] pode melhorar a qualidade de um acervo. Quando dele se retiram 
livros velhos e sem uso, as estantes mostram-se mais atraentes para os 
usuários que não terão facilidade em encontrar os itens mais novos ou 
mais populares que provavelmente estejam procurando. 
c) [...] pode deteriorar a qualidade de um acervo. Quando dele se retiram 
livros velhos e sem uso, as estantes mostram-se mais atraentes para os 
usuários que terão mais facilidade em encontrar os itens mais novos ou 
mais populares que provavelmente estejam procurando. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
63 
d) [...] pode melhorar a qualidade de um acervo. Quando dele se retiram 
livros velhos e sem uso, as estantes mostram-se menos atraentes para os 
usuários que não terão facilidade em encontrar os itens mais novos ou 
mais populares que provavelmente estejam procurando. 
e) [...] pode melhorar a qualidade de um acervo. Quando dele se retiram 
livros velhos e sem uso, as estantes mostram-se mais atraentes para os 
usuários que terão mais facilidade em encontrar os itens mais novos ou 
mais populares que provavelmente estejam procurando. 
 
9.Explique o que é desbastamento: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
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64 
10. O que é seleção negativa? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
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 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
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 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
65 
 
 
4Preservação e Conservação do Acervo 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
66 
 
Nesta unidade, iremos conhecer uma etapa a qual nos deparamos no decorrer 
das nossas leituras nas unidades anteriores, trata-se da preservação do acervo. 
Importante enfatizar que não aprofundaremos a temática que abrange um 
conteúdo vasto o que pressupõe uma disciplina unicamente sobre esta temática. 
Assim, abordaremos alguns aspectos da preservação e conservação do acervo 
compreendendo uma etapa apresentada em unidades anteriores como parte do 
desenvolvimento de coleções. 
Esses aspectos serão os conceitos e recomendações das políticas de 
preservação e conservação. 
 
Objetivos da Unidade 
 Conhecer os conceitos de preservação e conservação; 
 Compreender pontos impactantes na preservação e conservação do 
acervo. 
 
Plano da Unidade 
 Preservação e Conservação do acervo 
 Desbastar para preservar 
 
Bons estudos! 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
67 
 
Preservação e Conservação do Acervo 
 
Ao retroceder no tempo e pensarmos na formação dos acervos desde a 
Antiguidade, concordaremos que os acervos foram crescendo e eram, também, 
acumulativos em seus itens. Para melhor exemplificar o que estamos discutimos, 
pensemos nos acervos quando da revolução bibliográfica com a invenção de 
Gutenberg no século XV. A partir daquele marco, as publicações cresceram e assim, 
os acervos se multiplicaram com grande velocidade e como afirma Weitzel (2002 
apud CORADI; EGGERT-STEINDEL, 2008): 
 
A importância histórica da invenção da imprensa reside em 
dois fatos: primeiro a promoção da laicização do 
conhecimento com a quebra do monopólio da informação, 
restrita, antes, aos mosteiros e aos castelos da nobreza; e em 
seguida, como conseqüência, a possibilidade de aumentar o 
alcance das descobertas cientificas e dos tratados filosóficos 
através das publicações de cunho cientifico. 
 
Essa mudança trouxe as vantagens da disseminação do conhecimento e da 
indústria editorial e com o crescimento das publicações, surge a preocupação em 
se preservar e conservar o acervo bibliográfico para as futuras gerações a fim de 
disponibilizar materiais de qualidade e em bom estado de preservação. 
Assim voltamos ao fazer do bibliotecário, o qual sempre teve no rol de suas 
atividades a função de preservar e, talvez seja um dos problemas que Waldomiro 
Vergueiro cita quando do desbastamento do acervo, onde a atividade pode ser de 
desbastar ou descartar. Há nesse processo, como já estudamos, problemas, 
principalmente, no descarte, onde há necessidade de retirar materiaisdefinitivamente do acervo da instituição. Logo aquela função de preservar pode 
ser mais determinante para o bibliotecário. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
68 
 
Desbastar para preservar 
 
Compreendendo que em determinado momento, os livros e/ou demais 
materiais bibliográficos se degradam pelo uso e manuseio dos usuários ou por 
degradação do tempo e que se precisa retirar esse item do acervo para envio ao 
setor de preservação e conservação, a fim de realizar um restauro, iremos partir 
deste entendimento e avançar nesta unidade. 
Com isto, é importante conhecermos os conceitos de preservação e 
conservação antes de prosseguimos. 
Para Coradi; Eggbert-Steindel (2008), “a conservação consiste em métodos 
técnico-científicos capazes de desacelerar o processo de deterioração instalado em 
suportes de informação”. A preservação é uma política, ou de acordo com Milevski 
(1997, apud CORADI; EGGBERT-STEINDEL, 2008): 
 
[...] inúmeras políticas e opções de ação, incluindo 
tratamentos de conservação. Preservação é a aquisição, 
organização e distribuição de recursos a fim de que venham a 
impedir posterior deterioração ou renovar a possibilidade de 
utilização de um seleto grupo de materiais [...]. 
 
Com base no trabalho de Antunes (2010) intitulado “Pequenos reparos em 
material bibliográfico” avançamos no processo de entendimento dos conceitos. 
Para esta autora: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
69 
 
 Preservação é a “garantia de integridade e perenidade de algo que se 
reconhece como tendo valor, defendendo-o de riscos e danos. Implica a 
definição de política para esse fim”; 
 
 Conservação, “abrange todas as ações que se destinam a salvaguardar e 
recuperar as condições físicas dos suportes que contêm informações, 
com vistas à permanência desses materiais para as futuras gerações” e; 
 
 Restauração é um “conjunto de intervenções, em obras que sofreram 
danos, para recuperar seu estado original, o mais possível”. 
 
Esta autora ainda detalha a conservação em duas partes: preventiva e 
reparadora. 
 
 “Conservação Preventiva - Conjunto de medidas que tem o intuito de 
manter as condições ideais para a guarda e o manuseio das obras e 
retardar o processo de degradação dos materiais, por meio da melhoria e 
do controle das condições ambientais do local de guarda, cuidados com 
o acondicionamento e o uso adequado do acervo. Envolve a eliminação 
de pragas; a higienização das obras e do ambiente; o controle das 
condições ambientais; e o espaçamento entre as obras. 
 
 Conservação Reparadora - Conjunto de medidas destinadas à correção de 
danos causados às obras. Na Biblioteca Nacional, a conservação é 
entendida como um conjunto de procedimentos que tem por objetivo 
melhorar o estado físico do suporte, aumentar sua permanência e 
prolongar-lhe a vida útil, possibilitando, desta forma, o seu acesso por 
parte das futuras gerações”. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
70 
Na Política de Desenvolvimento de Coleções da Biblioteca Paulo Ernesto Tolle 
da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, encontramos a seguinte 
definição de preservação e conservação: 
 
Compreende o processo de conservação e 
manutenção do acervo, que envolve desde a 
adequação do edifício ou espaço com controle 
ambiental (ventilação, iluminação, refrigeração etc.), e 
rotinas de higienização, de desinfecção, política de 
segurança contra roubo, preservação de acidentes. 
 
Não podemos deixar de apresentar ao aluno a definição de preservação e 
conservação pensada pela ótica do patrimônio documental. E no documento 
“Diretrizes Para Salvaguardar o Patrimônio Documental”, integrante do Programa 
Memória do Mundo, sob responsabilidade da Organização das Nações Unidas Para 
Educação, Ciência e Cultura – UNESCO, Edmondson (2002) expõe as definições: 
 
 [...] a preservação é a soma das medidas necessárias 
para garantir a acessibilidade permanente - para 
sempre - do patrimônio documental. Compreende a 
conservação, que é definida como aquelas ações, que 
envolvendo o mínimo de intervenção técnica, são 
requeridas para prevenir uma deterioração ulterior do 
documento original. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
71 
Compreendemos a função de preservar e conservar e temos alguns conceitos 
e, entendendo a preservação por muitas vezes como uma política determinante de 
ações que compreende a conservação. 
Um dos itens conceituados é a restauração, citada por Antunes (2010), que 
trata da intervenção no material para recuperar e assim disponibilizar novamente 
para o usuário. A seguir apresentaremos imagens dessa ação, ou seja, do restauro. 
Figura 1 – Livro para a restauração 
 
Fonte: UNIONTES – Universidade Estadual de Montes Claros 
 
Figura 2 – Livro restaurado 
 
Fonte: UNIONTES – Universidade Estadual de Montes Claros 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
72 
Não aprofundaremos este conceito e demais ações que permeiam a 
restauração, porém é importante tratarmos, mesmo que de forma breve, algumas 
recomendações encontradas nas políticas de preservação, tais como da Faculdade 
de Engenharia de Minas Gerais – FEAMIG. 
A FEAMIG possui algumas recomendações em sua Política de preservação e 
conservação. A Política afirma que os materiais bibliográficos se deterioram por 
vários motivos, que são vandalismo, uso do material e fatores como: exposição à 
luz solar, luminosidade inadequada, calor e umidade. 
Faz algumas recomendações tais como manter os materiais afastados de 
janelas, fontes de calos, local seco, poeira. Quanto à temperatura e umidade, afirma 
que“[...] são fatores que contribuem para a deterioração do acervo. Deve-se manter 
a temperatura entre 19º a 23º centígrados e a umidade relativa do ar entre 50% e 
60%”. 
Apesar de não ser nosso foco dar ênfase nas fases que envolvem a preservação 
e conservação, é importante o aluno atentar para o que uma política como esta 
enfatiza. Assim. a Política de Preservação e Conservação da FEAMIG ainda trata de 
aspectos como: a higienização do acervo – que é a limpeza do espaço físico e do 
material bibliográfico e ainda cita que é fundamental para aumentar a vida útil do 
material, evitando fungos, insetos etc.; guarda do material bibliográfico – uma 
guarda adequada que, também, prolonga a vida útil do material, recomenda que 
sejam guardados nas estantes com espaços entre os livros (exemplo) para facilitar 
circulação do ar, a limpeza e evitar que o usuário retire o livro da estante pela parte 
de cima da lombada e sim pelo meio, evitando rasgos e deterioração do mesmo; 
acondicionamento do material – guarda de periódicos em caixas apropriadas, 
guarda do material multimídia em armário seguro e fechado, protegido de furtos, 
poeiras, calor. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
73 
A Política ainda cita os pequenos reparos realizados nos materiais 
bibliográficos que auxiliam na preservação da integridade do material e assim 
mantê-lo no acervo para uso. 
Edmondson (2002) cita vários princípios para que se tenha uma “boa prática” 
voltada à preservação dos acervos. Vamos citar a seguir: 
O controle cuidadoso da documentação e das coleções – a “boa 
administração” – é uma condição prévia indispensável para a preservação. 
Dependendo do material em questão, o mecanismo apropriado pode ser um 
catálogo, um inventário ou alguma outra maneira de registrar a forma e o 
conteúdo de uma coleção, até o plano dos suportes individuais. Pode ser feito em 
formato manual ou, preferencialmente, informatizado. Classificar e documentar a 
natureza e o estado de conservaçãodos diferentes suportes a fim de que possam 
ser manipulados e recuperados de maneira segura é um aspecto importante da 
“boa administração”. Quando se aplica uma medida de conservação, é importante 
documentar o quê foi feito, quando se tem feito e sobre quais suportes. O controle 
correto da documentação e das coleções requer tempo e disciplina, mas evita 
perdas desnecessárias e manipulações duplas. 
As condições de armazenamento – incluindo a temperatura, a umidade, a luz, 
os poluentes atmosféricos, os animais e insetos, e a segurança material - deveriam, 
na medida do possível, maximizar a vida útil dos suportes armazenados. Os 
requisitos “ideais” variam consideravelmente em função do tipo de material 
envolvido: por exemplo, papel, filmes e fitas de vídeo têm requerimentos muito 
variados de temperatura e umidade ideais. Lamentavelmente, a maioria das 
instituições custódias não opera em condições ideais, pelo que se trata de fazer o 
possível com os meios disponíveis e trabalhar para melhorar as instalações no 
futuro. Fatores como telhados com goteiras, janelas quebradas, fundações 
instáveis, sistemas de detecção / extinção de incêndios, preparação para os 
desastres e monitoramento ambiental são todos importantes. Mas práticas de boa 
gestão e vigilância ainda podem ser aplicadas, mesmo em condições pouco 
favoráveis. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
74 
O antigo ditado que diz: “mais vale prevenir que remediar” é uma verdade 
amplamente aceita no que se refere ao patrimônio documental. As práticas e 
técnicas que freiam a deterioração e os danos que podem ser ocasionados pela 
manipulação são muito melhores e mais baratas que qualquer procedimento de 
recuperação. Entre estas práticas importantes estão a observação de métodos 
adequados de armazenamento, a manipulação e colocação em estantes, e as 
medidas de segurança e de transporte apropriadas. 
Conservar um documento original e proteger sua integridade significa que 
nenhuma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais possuem, frequentemente, um 
valor intrínseco que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a 
destruição prematura de originais depois de fazer cópias que resultaram de 
qualidade inferior. Independentemente do número de cópias que tenham sido 
feitas, jamais deveria se eliminar levianamente os originais. 
A migração do conteúdo ou reformatação – copiar um documento em um 
formato diferente – é útil e com frequência necessária para efeito de acesso. De 
fato, o Programa Memória do Mundo encoraja a digitalização e a microfilmagem 
como meios de proporcionar o acesso universal, já que qualquer tipo de cópia de 
acesso reduz a pressão sobre os documentos originais e contribui assim para sua 
preservação. Porém, deveria utilizar-se com cautela a migração de conteúdo como 
estratégia de preservação. Algumas vezes é inevitável, por exemplo, quando o 
suporte original se tornou instável. Mas frequentemente ela envolve a perda de 
informação e o bloqueio de futuras opções, e pode possibilitar riscos imprevisíveis 
a posteriori quando a tecnologia utilizada torne-se antiquada. Esta advertência é 
válida tanto para os métodos mais recentes – como a digitalização -- como para 
outros mais antigos, como a reprodução fotográfica. 
Pôr em perigo a preservação em longo prazo a fim de satisfazer a demanda de 
acesso em curto prazo é sempre uma tentação, e às vezes uma necessidade 
política, mas é um risco que deveria ser evitado na medida do possível. Nos casos 
em que não existe uma cópia duplicada de acesso, é melhor dizer “não” que expor 
um documento original delicado a possíveis danos irreversíveis. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
75 
Não existe um procedimento padronizado: os diferentes tipos de suporte não 
só necessitam diferentes condições de armazenamento, como também diferentes 
métodos de manipulação, gestão e tratamento de conservação. Aos materiais 
tradicionais “legíveis pelo homem”, tais como o papel impresso, somam-se cada 
vez mais os documentos “legíveis a máquina”, como os disquetes e as fitas de 
vídeo, cuja sobrevivência e recuperação dependem de tecnologias com um 
elevado e crescente índice de obsolescência. Cada qual requer seu próprio tipo de 
controle. Embora o desenvolvimento de normas aceitas internacionalmente – por 
exemplo, para a transferência de dados digitais - geralmente fique atrás da 
velocidade das mudanças tecnológicas, sempre que existam normas ISO ou de 
outro tipo, elas devem ser respeitadas. 
A cooperação é fundamental: neste campo cada vez mais complexo, mesmo 
as grandes instituições consideram necessário estabelecer redes para compartilhar 
meios e conhecimentos técnicos. Algumas instituições se especializam para poder 
oferecer seus serviços a outras instituições de maneira econômica. No âmbito da 
preservação, ninguém pode dar-se ao luxo de trabalhar isoladamente. Neste 
sentido, os comitês nacionais do Programa Memória do Mundo e o Subcomitê 
Técnico do CCI podem constituir uma base para o assessoramento e a criação de 
redes. 
Conhecimento tradicional: muitas culturas possuem meios tradicionais e 
eficazes para preservar suas próprias formas de patrimônio documental, que 
refletem seu caráter e seus costumes. Por outro lado, os métodos modernos 
costumam basear-se em uma compreensão científica da natureza dos materiais e 
dos mecanismos de deterioração, e pertencem à tradição “ocidental”. Encontrar 
uma fórmula de compromisso entre estes dois enfoques pode ser importante para 
elaborar planos de gestão nos diferentes países. Ambas as áreas de conhecimento 
são fundamentais para que as coleções sejam conservadas adequadamente. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
76 
O grau de profissionalismo é um indicador da importância outorgada por 
governos às bibliotecas e aos arquivos. A educação profissional deve abranger 
todo o espectro, desde as técnicas básicas até os conhecimentos de preservação 
especializados. Se não existe este marco de referência, não existe forma de 
identificar os problemas básicos. O acesso à informação profissional está se 
democratizando, já que cursos de ensino a distância por Internet complementam 
os enfoques das universalidades tradicionais, e as ONGs e outros organismos criam 
programas concebidos para necessidades específicas. Porém, como a maioria dos 
debates e publicações ainda são em línguas europeias, os outros grupos 
linguísticos permanecem em situação de desvantagem enquanto não aumentem o 
número e o ritmo das traduções. 
Estas foram apenas algumas recomendações para a preservação e 
conservação dos acervos, porém podem nortear o aluno no seu fazer enquanto 
agente da preservação. 
Como não é nosso foco detalhar os processos de preservação, conservação e 
restauro, finalizamos nossa unidade lembrando ao aluno que esta é uma das 
atividades de primordial importância na sua biblioteca. 
Importante destacar ainda que há muitos métodos ferramentas, 
equipamentos para estas atividades, e que para conhecê-las o aluno deverá 
estudar a Preservação enquanto disciplina, pois assim irá ter conhecimento mais 
aprofundado sobre higienização, conhecerá os agentes físicos e biológicos etc. 
Iremos, ainda, enfatizar a importância da atualização profissional nas técnicas 
e métodos, pois são muitos e podem até ser substituídos, logo, a qualificação e 
atualização profissional na área é extremamente importante. 
Para finalizar, citamos Coradi; Eggert-Steindel (2008), “Preservar e conservar 
um documento envolve não apenas cuidar de sua estrutura física, mas 
principalmente de seuconteúdo, de seu valor como obra”. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
77 
 
 
Leitura complementar: 
EDMONDSON, Ray. Memória do mundo: diretrizes para a salvaguarda 
do patrimônio documental. Edição revisada. [s.l.]: Unesco, 2002. 67p. 
 
 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
78 
 
Exercícios – Unidade 4 
 
1.É entendido ao longo da leitura desta unidade que o Bibliotecário sempre 
teve em seu rol de atividades, primordialmente, a função de: 
a) Preservar. 
b) Descartar. 
c) Catalogar. 
d) Indexar. 
e) Selecionar. 
 
2.Analise a afirmativa - “a conservação consiste em métodos técnico-científicos 
capazes de desacelerar o processo de deterioração instalado em suportes de 
informação”. Que autor afirma isto? 
a) Milevski. 
b) Antunes. 
c) Coradi. 
d) Coradi; Eggbert-Steindel. 
e) Alvares. 
 
3.Complemente a citação: 
[...] Preservação é a __________, __________e _____________________a fim 
de que venham a impedir posterior deterioração ou renovar a possibilidade de 
utilização de um seleto grupo de materiais [...].Milevski (1997, apud CORADI; 
EGGBERT-STEINDEL, 2008): 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
79 
 
4.Preservação é a “garantia de integridade e perenidade de algo que se 
reconhece como tendo valor, defendendo-o de riscos e danos. Implica a definição 
de política para esse fim”. 
Sobre a afirmativa acima, indique a autoria correta: 
a) Antunes. 
b) Milevski. 
c) Edmondson. 
d) Maciel. 
e) Figueiredo. 
 
5.A Política de Preservação e Conservação da FEAMIG cita algumas 
recomendações para o acervo. Assinale nas alternativas quais os incorretos. 
a) Higienização e guarda adequada. 
b) Acondicionamento do material e limpeza do ambiente. 
c) Limpeza com material líquido e manter temperatura adequada de 30º. 
d) Limpeza do ambiente físico e dos materiais. 
e) Espaços entre livros e circulação de ar. 
 
6.Das boas práticas voltadas para preservação segundo Edmondson (2002). 
Identifique a alternativa correta: 
a) Conservar um documento original e proteger sua integridade significa 
que nenhuma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais possuem, frequentemente, um 
valor intrínseco que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a 
destruição prematura de originais depois de fazer cópias que resultaram de 
qualidade inferior. Independentemente do número de cópias que tenham sido 
feitas, jamais deveria se eliminar levianamente os originais. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
80 
b) Conservar um documento original e proteger sua integridade significa 
que alguma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais possuem, frequentemente, um 
valor intrínseco que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a 
destruição prematura de originais depois de fazer cópias que resultaram de 
qualidade inferior. Independentemente do número de cópias que tenham sido 
feitas, jamais deveria se eliminar levianamente os originais. 
c) Conservar um documento original e proteger sua integridade significa 
que nenhuma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais não possuem um valor intrínseco 
que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a destruição prematura 
de originais depois de fazer cópias que resultaram de qualidade inferior. 
Independentemente do número de cópias que tenham sido feitas, jamais deveria 
se eliminar levianamente os originais. 
d) Conservar um documento original e proteger sua integridade significa 
que nenhuma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais possuem, frequentemente, um 
valor intrínseco que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a 
destruição prematura de originais depois de fazer cópias que resultaram de 
qualidade inferior. Independentemente do número de cópias que tenham sido 
feitas, devem eliminar levianamente os originais. 
e) Conservar um documento original e proteger sua integridade significa 
que alguma informação é perdida, e que não se fecha nenhuma opção futura de 
preservação e acesso. Os documentos originais não possuem um valor intrínseco 
que uma cópia jamais terá. Várias instituições lamentaram a destruição prematura 
de originais depois de fazer cópias que resultaram de qualidade inferior. 
Independentemente do número de cópias que tenham sido feitas, jamais deveria 
se eliminar levianamente os originais. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
81 
7.Na unidade é citado movimento de crescimento das publicações e indústria 
editorial. Esse movimento ocorreu em que época? 
a) Anos 1990. 
b) Século XX. 
c) Anos 1654. 
d) Século XV. 
e) Século XXI. 
 
8.Complete a citação de Weitzel (2002 apud CORADI; EGGERT-STEINDEL, 2008): 
A importância histórica da invenção da imprensa reside em dois fatos: 
primeiro a ____________da ______________________________com a quebra do 
monopólio da informação, restrita, antes, aos mosteiros e aos castelos da nobreza; 
e em seguida, como consequência, a possibilidade de aumentar o alcance das 
______________________e dos tratados filosóficos através das publicações de 
cunho cientifico. 
 
9.Para Antunes (2010) o que é conservação? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
10.A política de preservação e conservação da Faculdade de Engenharia de 
Minas Gerais, cita quais motivos pelos quais os materiais bibliográficos se 
deterioram? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
82 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
83 
 
5 Política de Desenvolvimento de Coleções 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
84 
 
Nesta unidade, abordaremos a Política de Desenvolvimento de Coleções, uma 
das etapas muito discutida na formação e desenvolvimento de coleções. 
Focaremos nas características da política, elementos que devem fazer parte desse 
documento e sua influência na formação do acervo. 
 
Objetivos da Unidade 
 Contextualizar a política de coleções no âmbito da gestão de unidades de 
informação; 
 Apresentar os critérios da política de desenvolvimento de coleções; 
 Apontar as competências que o profissional precisa desenvolver para 
atuar na gestão de acervo. 
 
Plano da Unidade 
 A Política de Desenvolvimento de Coleções 
 O que é uma Política de Desenvolvimento de Coleções? 
 Política de Seleção 
 Critérios de seleção 
 Política de Aquisição 
 Compra 
 Doação 
 Permuta 
 Critérios para descarte de obras 
 Outras considerações 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
85 
 
A Política de Desenvolvimento de Coleções 
 
A biblioteca se constitui em um organismo em crescimento. Para que essecrescimento seja orgânico se faz necessário um documento que registre e norteie 
as decisões da unidade de informação levando em consideração as características 
da comunidade atendida os objetivos da instituição e o compromisso das regras 
descritas ali. 
De acordo com Vergueiro (1989 apud WEITZEL, 2013), as atividades 
relacionadas com o desenvolvimento de coleções deveriam ser tarefas tão 
cotidianas em bibliotecas tanto quanto a catalogação, a classificação e a indexação 
de itens. No entanto, não é bem essa a realidade das bibliotecas brasileiras, de um 
modo geral. Apesar desse processo estar presente principalmente nas atividades 
de seleção e desbastamento, é preciso adotar uma política formal, com todos os 
seus recursos técnicos, para garantir o desenvolvimento balanceado das coleções, 
tendo em vista os objetivos institucionais e coletivos. 
Nosso trabalho, nesta unidade, vem demonstrar que a política de 
desenvolvimento do acervo é tão importante quanto ele próprio. É praticamente 
impossível que uma biblioteca possa ter a posse de toda literatura da sua área de 
atuação, não importando a quantidade de recursos financeiros que ela tenha para 
isso. Faz-se necessário, também, atender às exigências dos usuários, bem como a 
busca por equipamentos de última geração, qualificação dos recursos humanos e 
racionalização do espaço físico para se efetivar uma política eficiente de 
atualização de acervo. Bibliografias adquiridas sem um planejamento prévio não 
satisfarão as necessidades dos usuários da biblioteca (NASCIMENTO; BATISTA, 
2010, p. 5). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
86 
 
O que é uma Política de Desenvolvimento de Coleções? 
 
Iniciando nossa discussão, iremos definir uma política. A Política de 
Desenvolvimento de Coleções é um documento que busca: 
 
definir as diretrizes de seleção, aquisição de 
documentos e avaliação levando em consideração a 
comunidade a ser atendida e visando acompanhar as 
mudanças necessárias ao longo do tempo impostas por 
usuários, o surgimento de novas tecnologias e novas 
estratégias impostas pela instituição (NASCIMENTO; 
BATISTA, 2010, p. 5). 
 
Weitzel (2013, p. 20) explica que “a política de desenvolvimento de coleções 
[...] é um instrumento importante para desencadear o processo de formação e 
desenvolvimento de coleções, garantindo consistência dos procedimentos e seu 
aprimoramento ao logo do tempo”. 
A política deve ser um documento formal elaborado pela equipe responsável 
por essas atividades, e deve expressar o interesse comum da instituição que a 
mantém e da comunidade a que serve. Deve permitir a articulação das seis etapas 
do processo de desenvolvimento de coleções, e das demais auxiliares 
mencionadas na literatura, com o detalhamento e descrição de cada etapa, a fim 
de apoiar as decisões de forma coletiva, preferencialmente envolvendo toda a 
comunidade de interesse ou seus representantes (WEITZEL, 2013, p. 20). 
Na política de desenvolvimento de coleções temos representado os interesses 
da comunidade servida pela unidade de informação. Nascimento; Batista (2010, p. 
9) defendem que: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
87 
 
a comunidade a ser servida está ao redor do processo, 
prestando-se como subsidio a todos eles [avaliação, 
seleção, desbastamento e descarte], excetuando a 
aquisição. O processo de desenvolvimento de coleções é 
ininterrupto, conforme foi dito anteriormente, tendo a 
necessidade de transformar-se em rotina nas bibliotecas 
(NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p. 9). 
 
Cogswell (1987 apud VERGUEIRO, 1993, p. 18) compreende que o 
planejamento e elaboração de políticas é um processo e tem como objetivo 
institucional: 
 
identificação e implementação de planos de ação em 
relação à coleção, incluindo, como parte integral e central, 
o estabelecimento de uma declaração formal de política 
para o desenvolvimento da mesma, que não pode, 
absolutamente, ser vista como um documento interno, 
unicamente para uso da biblioteca, mas, isto sim, ser 
utilizada como um instrumento potencial de comunicação 
com a comunidade servida (COGSWELL, 1987 apud 
VERGUEIRO, 1993, p. 18). 
 
Vergueiro (1989, p. 25-26) entende que a elaboração de um documento que 
contenha a política para o desenvolvimento da coleção não é uma tarefa das mais 
fáceis e exige grande dose de planejamento e estudo. O ideal é que tal documento 
surja como resultado de negociação entre o bibliotecário, responsável pelo 
desenvolvimento da coleção, e aqueles a quem a mesma se destina. Para elaborar 
o documento, no entanto, é necessário que se tenha em mãos uma grande 
variedade de dados, destacando-se: 
a) O estado atual da coleção, seus pontos fortes e fracos; 
b) A comunidade a ser servida; 
c) Outros recursos disponíveis, tanto localmente como através de 
empréstimo entre bibliotecas. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
88 
O mesmo autor aponta que uma “boa política deve informar aos bibliotecários 
sobre”(VERGUEIRO, 1989, p. 27): 
a) Que material fará parte da coleção (tanto em termos de conteúdo quanto 
de formato, incluindo a política da biblioteca para o acesso aos materiais 
cuja posso não lhe é de interesse); 
b) Quando e sob quais condições este material poderá ingressar no acervo 
(políticas de seleção, aquisição, doação etc.); 
c) Que necessidades específicas e de que parcelas da comunidade ele deve 
atender (incluindo-se os métodos para obtenção destas informações); 
d) Como será avaliada a importância do material para a biblioteca, uma vez 
incorporado à coleção (métodos para avaliação da coleção); 
e) Quando e sob quais condições ele será retirado do acervo (políticas de 
remanejamento e descarte). 
Miranda (2007, p. 8), aponta que a política de desenvolvimento de coleções 
precisa estabelecer “os objetivos para dar maior direcionamento” da coleção. Esses 
objetivos visam: 
 Possibilitar um crescimento racional e equilibrado do acervo de forma 
qualitativa e quantitativa; 
 Garantir a continuidade e a adequação necessárias à formação da 
coleção; 
 Determinar os critérios para duplicação de títulos; 
 Estabelecer as prioridades de aquisição de material; 
 Conhecer as necessidades dos usuários, através da análise de uso das 
coleções e sua atualidade; 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
89 
 
 Estabelecer critérios para intercâmbio de materiais informacionais; 
 Acompanhar o surgimento dos novos suportes de informação, não se 
limitando apenas, ao suporte em papel; 
 Buscar atender a todos as sugestões, deixando o solicitado informado da 
aquisição ou não do item sugerido; 
 Identificar critérios para recebimento de doações, descarte e reposição 
de material. 
O documento final é formado por várias micropolíticas. Elas são: política de 
seleção, aquisição, doação, permuta, descarte etc. Desenvolveremos a seguir os 
aspectos mais importante. 
 
Política de Seleção 
 
Antes de conhecermos a política de seleção e seus critérios, traremos à 
memória dos alunos um resumo da definição de seleção. “A seleção visa à tomada 
de decisão a respeito de que materiais serão incorporados ao acervo” 
(NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p. 10). 
A política de seleção proporciona aos responsáveis pela aquisição de materiais 
bibliográficos um grau de segurança em relação à formação ou criação de um 
acervo (NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p. 9). 
A função da seleção é da maior importância, pois formaliza as orientações da 
política de atualização de bibliografias. É uma das funções responsáveis pelo 
desenvolvimento do acervo tanto quanto a forma como quanto ao conteúdo 
(MACIEL; MENDONÇA, 2000apud NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p. 10). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
90 
 
Cogswell (1987 apud VERGUEIRO, 1993, p. 18) vê a seleção de materiais 
como: 
uma função importantíssima devido à natureza expansiva 
da maioria das coleções de pesquisa, que tende a 
modificar-se com a aplicação cada vez maior de programas 
de aquisição onapproval, em que as bibliotecas transmitem 
a grandes fornecedores de materiais de informação, 
mediante um perfil de interesse da biblioteca, a decisão 
sobre a seleção dos materiais, abreviando o processo de 
aquisição dos mesmos (COGSWELL, 1987 apud VERGUEIRO, 
1993, p. 18). 
 
A postura de seleção procura concentrar nos bibliotecários a responsabilidade 
pelo desenvolvimento da coleção, apesar de seleções realizadas externamente à 
biblioteca poderem ser aceitas, ou, mesmo, eventualmente solicitadas. Existe um 
tipo de ligação entre usuários e bibliotecários responsáveis pela seleção. Isto, 
geralmente, facilita o estabelecimento de uma política para o desenvolvimento da 
coleção, embora se possa afirmar que as atividades rotineiras de seleção tendem a 
deixar aos bibliotecários pouco tempo disponível para participação do 
desbastamento sistemático ou outros projetos (VERGUEIRO, 1993). 
O planejamento das políticas de elaboração e atualização das bibliografias, 
segundo Maciel e Mendonça (2000 apud NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p.10), exige 
diversas tomadas de decisão onde se destacam: 
 Indicação do responsável pelo processo de seleção; 
 Indicação do material que irá compor o acervo; 
 Estabelecimento de diretrizes para avaliação das coleções; 
 Indicação do número de exemplares por título; 
 Indicação de prazos para revisão das políticas adotadas; 
 Estabelecimento dos critérios de prioridades para seleção, aquisição, 
compra, permuta e doação; 
 Estabelecimento de diretrizes de preservação e conservação. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
91 
 
Apresentaremos a seguir os critérios básicos para a seleção. 
 
Critérios de seleção 
 
Os critérios básicos para seleção, de documentos que integraram o acervo, 
podem ser agrupados em três categorias gerais (WEITZEL, 2013, p. 30-31): 
 Quanto ao documento: autoridade, atualidade, precisão, imparcialidade, 
cobertura/tratamento do assunto; 
 Quanto ao usuário: estilo, conveniência, idioma e relevância/interesse; 
 Quanto aos outros aspectos: características físicas, aspectos especiais, 
contribuição potencial e custos. 
 
Para exemplificarmos como ficariam os critérios de seleção no documento, 
usaremos como referência a política de desenvolvimento de coleções do Sistema 
Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; MOTTA, 2013, p. 4), 
que adota: 
 Adequação do material aos objetivos da biblioteca; 
 Conhecimento do perfil dos usuários; 
 Demanda: número de usuários potenciais que poderão utilizar o material; 
 Qualidade do conteúdo; 
 Idiomas; 
 Acessibilidade de suporte (braile e audiolivro); 
 Atualidade da obra; 
 Falhas nas coleções; 
 Escassez de material sobre o assunto; 
 Condições físicas do material; 
 Quantidade de exemplares; 
 Custo. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
92 
Vimos alguns critérios e como exemplo para o aluno, apresentamos também 
os critérios usados na política de desenvolvimento de coleções do Sistema Estadual 
de Bibliotecas Públicas de São Paulo. 
 
Política de Aquisição 
 
Como fizemos na política de seleção, cabe nesta etapa relembrar o conceito 
de aquisição e depois partirmos para os critérios de aquisição. A aquisição “é ‘a 
concretização das decisões da seleção’” (NASCIMENTO; BATISTA, 2010, p. 13). 
Nascimento; Batista (2010, p. 13) descrevem as etapas do processo de 
aquisição: 
I. Pesquisa: em que o responsável pelo serviço deve fazer a pesquisa na 
base de dados da biblioteca para verificar se o documento já faz parte do 
fundo documental, como também a pesquisa na base de dados das 
encomendas já efetuadas, evitando assim a duplicação de bibliografias e 
desperdício de orçamento. 
II. Verificação bibliográfica: o responsável pelo serviço deve verificar se o 
documento está disponível. Essa verificação ajuda a ter um custo 
provável do livro, assim como uma data, mais ou menos definida, de 
entrega do mesmo; 
III. Encomenda: o pedido de aquisição do livro deverá ser feito à livraria ou 
distribuidor, num modelo pré-definido pelo serviço que compreenda 
obrigatoriamente os seguintes dados bibliográficos: autor, título, editor, 
local de edição, data. O pedido poderá ser feito em papel, por fax, carta 
ou por correio eletrônico. Em nosso caso específico as aquisições serão 
processadas através de licitação pública; 
IV. Entrada do documento: quando o documento dá entrada na biblioteca, 
todos os elementos bibliográficos têm que ser verificados. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
93 
Algumas exigências na tomada de decisão para o procedimento de aquisição 
são estacados por (MACIEL; MENDONÇA, 2000 apud NASCIMENTO; BATISTA, 2010, 
p. 14): 
 aplicação equitativa dos recursos; 
 alteração de critérios de distribuição dos investimentos em face de 
imprevistos; 
 decisão sobre as modalidades de aquisição; 
 adoção de programas para controle automatizado dos processos de 
aquisição; 
 participação em planos ou programas de aquisição cooperativa. 
 
Marciel e Mendonça (2006, p. 22-23 apud WEITZEL, 2013, p. 44) destacam as 
competências que o bibliotecário que desenvolve atividades de aquisição deve 
possuir: 
 conhecimento dos trâmites burocráticos institucionais; 
 acompanhamento direto e constante dos processos; 
 conhecimento das dotações orçamentárias e outras fontes de 
investimentos; 
 cumprimento de prazos; 
 supervisão e controle de gastos para futura prestação de contas; 
 gerenciamento do serviço de permuta e doações. 
 
Os principais elementos que devem estar presente em uma política de 
aquisição são (WEITZEL, 2013, p. 51): 
 responsabilidade pela atividade; 
 definição das prioridades da aquisição; 
 determinação de fontes de financiamento e captação de recursos; 
 estabelecimento de diretrizes para alocação de recursos; 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
94 
 detalhamento dos procedimentos e rotinas para compra, doação e 
permuta, incluindo orientações sobre o processo de aquisição – se direto 
ou indireto – bem como em relação às modalidades – desde o momento 
da solicitação do pedido até a sua chegada, e ainda o controle de todo o 
processo de aquisição; 
 definição dos instrumentos auxiliares aplicáveis para aquisição; 
 orientação para a escolha dos fornecedores; 
 definir critérios para o registro das diferentes coleções para fins de 
identificação de patrimônio; 
 descrição da participação da biblioteca em planos ou programas de 
aquisição cooperativa; 
 adoção de programas para o controle e acompanhamento automatizado 
dos processos de aquisição. 
 
Conforme já estudamos a aquisição se dá em três modalidades: compra, 
doação e permuta. A seguir, exemplos de critérios para aquisição dentro da política 
de aquisição. 
 
Compra 
 
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; 
MOTTA, 2013, p. 4) estabeleceu como critérios para compra: 
 Em administração pública, materiais bibliográficos são considerados 
materiais de consumo. Eles devem ser adquiridos por meio de licitação, 
ata de registro de preço, ou aquisição direta ou por meio de requisição de 
compra (a modalidade depende do valor a ser investido); 
 Há bibliotecas que dispõe de orçamento com rubrica orçamentária e há 
bibliotecas que precisamnegociar o orçamento junto à(s) secretaria(s) 
que estão subordinada(s) hierarquicamente. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
95 
 
Doação 
 
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; 
MOTTA, 2013, p. 4) estabeleceu como critérios para doação: 
 Bom estado de conservação e paginação completa; 
 Conteúdo atualizado e de interesse informativo; 
 Valor histórico, social e cultural; 
 Obras raras e/ou históricas; 
 Obras autografadas e/ou dedicatórias de personalidades; 
 Obras esgotadas e difícil aquisição; 
 Obra publicada ou relativa à cidade ou de autoria local. 
 
Permuta 
 
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; 
MOTTA, 2013, p. 5) estabeleceu como critérios para permuta: 
 a permuta é uma ação realizada entre instituições, onde ambas trocam 
materiais informacionais, das próprias entidades, de obras duplicadas, ou 
retiradas do acervo, ou de obras recebidas em doação, ou sem interesse 
para incorporação ao acervo. 
 
Desbaste e descarte 
 
Conforme fizemos até aqui, trazemos a conceituação de desbaste e descarte. 
Desbastamento é o processo pelo qual se retira do acervo ativo títulos e/ou 
exemplares, partes da coleção, quer para remanejamento ou descarte. Deve ser um 
processo contínuo e sistemático, para manter a qualidade da coleção (FERRARI; 
SILVA; MOTTA, 2013, p. 5). 
Na política de desbastamento deve, portanto, conter pelo menos quatro 
elementos: responsabilidade pelo processo, critérios, métodos e aspectos legais e 
administrativo (WEITZEL, 2013, p. 68). Vamos verificar quais critérios são esses. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
96 
 
Critérios para descarte de obras 
 
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; 
MOTTA, 2013, p. 5) estabeleceu como critérios: 
 Inadequação: pelo assunto tratado ou pelo idioma não acessível; 
 Duplicatas: quantidade excessiva de exemplares de um mesmo número 
ou título em relação à demanda; 
 Estatística de uso: obras não emprestada ou consultada; 
 Reordenação de espaço físico da biblioteca. 
 
Os benefícios do descarte também precisa fazer parte da política de descarte. 
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (FERRARI; SILVA; MOTTA, 
2013, p. 5) entendeu como benefícios: 
 O aprimoramento dos serviços da biblioteca; 
 A boa imagem da instituição; 
 Gestão de espaço e de custos de manutenção; 
 O aprimoramento das coleções e da política de aquisições. 
 
Outras considerações 
 
Miranda (2007, p. 6) faz algumas considerações sobre a política de 
desenvolvimento. São elas: 
 Revisão a cada 2 (dois) anos; 
 A criação de uma comissão de biblioteca, composta por: 1 bibliotecário, 
responsável pela unidade de informação; 1 representante das principais 
áreas de atuação (ou departamentos acadêmicos) da instituição à qual 
está diretamente subordinada; 1 representante da área administrativa 
(setor de compras). 
 
Com esta unidade, tivemos a oportunidade de conhecer na teoria e na prática 
como é elaborada a política de desenvolvimento de acervo. Conhecemos os 
critérios da seleção, aquisição, descarte e desbaste. Pontuamos as competências 
que o profissional da informação precisa desenvolver para atuar nesta atividade. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
97 
Dentre as atividades gerenciais de uma unidade de informação há a 
necessidade do bibliotecário se aprimorar para ser um administrador efetivamente, 
com conhecimentos além da técnica e com foco na administração, perfazendo 
atividades de participação em comissões, construção de relatórios e de políticas, tal 
como vimos nesta unidade. 
Esperamos que o aluno tenha assimilado e tenha consciência da importância 
de sua qualificação também em nível gerencial, pois disto partirá o seu sucesso na 
gerência de bibliotecas e unidades de informação diversas. 
 
Leitura complementar: 
 
CARVALHO, M. C. O. Uma política de desenvolvimento de coleções para a 
biblioteca do instituto de educação de minas gerais. Revista da Escola de 
Biblioteconomia da UFMG, v.9, n.2, p. 195-2166, 1980. Disponível em:< 
http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2891>. 
 
COUTO, L.M.R.M. A produção da informação e o MEC. Revista de Biblioteconomia 
de Brasília, v.16, n.1, p. 65-74, 1988. Disponível em:< 
http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2556>. 
 
DIAS, G.D.; SILVA, T. E.; CERVANTES, B.G.M.N. Política de desenvolvimento de 
coleções para documentos eletrônicos: tendências nacionais e internacionais. 
Encontros Bibli: Revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da 
Informação. V.17, n. 34, p. 42-5. Disponível em< 
http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/12677>. 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
98 
 
Exercicios – Unidade 5 
 
1.A afirmação “as atividade relacionadas com o desenvolvimento de coleções 
são tarefas cotidiana nas bibliotecas brasileiras” está correta? 
a) ( ) Sim 
b) ( ) Não 
 
2.Na política de desenvolvimento de coleções as necessidades informacionais 
a serem atendidas são: 
a) Dos bibliotecários. 
b) Da comissão avaliadora. 
c) Somente dos professores. 
d) Das tendências literárias. 
e) Dos usuários. 
 
3.Relacione os critérios básicos da seleção com suas respectivas categorias: 
 ( ) Estilo 
 ( ) Características físicas 
 ( ) Atualidade 
 ( ) Conveniência 
 ( ) Autoridade 
(1) Quanto ao documento ( ) Relevância/interesse 
(2) Quanto ao usuário ( ) Imparcialidade 
(3) Quantos aos outros aspectos ( ) Aspectos especiais 
 ( ) Idioma 
 ( ) Contribuição potencial e 
custos 
 ( ) Precisão 
 ( ) Cobertura/tratamento do 
assunto 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
99 
4.Marque com X a opção que deve esta presente na política de aquisição: 
( ) conhecimento do perfil dos usuários. 
( ) aplicação equitativa dos recursos. 
( )adoção de programas para o controle e acompanhamento automatizado 
dos processos de aquisição. 
 
5.As competências abaixo fazem parte das atividade que o gerente de acervo 
precisa possuir, exceto: 
a) Aplicação equitativa dos recursos. 
b) Gerenciamento do serviço de permuta e doações. 
c) Conhecer as campos marc 21. 
d) Conhecimento dos trâmites burocráticos institucionais. 
e) Cumprimento de prazos. 
6.Complete: 
“Na política de desbastamento deve, portanto, conter pelo menos quatro 
elementos: _____________________________, ___________, __________ e 
___________________________”. (Weitzel) 
 
7.Qual função é responsável pelo desenvolvimento da coleção com relação a 
sua forma e seu conteúdo? 
a) Aquisição. 
b) Doação. 
c) Seleção. 
d) Compra. 
e) Descarte. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
100 
 
8.A seguinte citação, abaixo, se refere a que processo de aquisição? 
“O pedido de aquisição do livro deverá ser feito à livraria ou distribuidor, num 
modelo pré-definido pelo serviço que compreenda obrigatoriamente os seguintes 
dados bibliográficos: autor, título, editor, local de edição, data. O pedido poderá ser 
feito em papel, por fax, carta ou por correio eletrônico. Em nosso caso específico as 
aquisições serão processadas através de licitação pública”. 
a) Entrada do documento. 
b) Verificação bibliográfica. 
c) Pesquisa. 
d) Encomenda. 
e) Permuta. 
 
9.Aponte até três decisões que deve ser consideradas no planejamento das 
políticas de elaboração e atualização dasbibliografias: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
101 
 
10.Quais são os benefícios que ocorrem com a política de descartes: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
102 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
103 
 
6
A Avaliação de Acervos e 
Bibliotecas MEC/INEP e o 
Desenvolvimento de 
Coleções nas IES 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
104 
 
Nesta unidade, apresentaremos critérios de avaliações realizadas pelo 
Ministério da Educação - MEC através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira - INEP nas Instituições de Ensino Superior – IES. 
Focaremos nos critérios relativos à biblioteca e o acervo que impactam 
diretamente no desenvolvimento de coleções. 
Enumeraremos os aspectos legais nacionais que norteiam a avaliação e a 
qualidade na Educação Superior para fins de contextualização. Vale mencionar que 
não é nossa intenção o aprofundamento dos aspectos legais haja vista a 
complexidade deste conteúdo. 
Verificaremos quais influências no processo de desenvolvimento de coleções, 
sobretudo, na atividade de aquisição de materiais. 
 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender como se dá avaliação nas IES, sobretudo nas bibliotecas; 
 Apresentar critérios para avaliação de acervos em Bibliotecas na 
Educação Superior; 
 Verificar os impactos da avaliação de acervos MEC/INEP no 
desenvolvimento de coleções de IES 
 
Plano da unidade: 
 A avaliação da Educação Superior no Brasil 
 Avaliação de Bibliotecas e acervos na Educação Superior 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
105 
 
Avaliação da Educação Superior no Brasil 
 
Como vimos na unidade 1, a avaliação é um componente indispensável para o 
planejamento e gestão de qualquer organização, inclusive das bibliotecas cuja 
finalidade é bem definida por Lancaster (1996, p. 1) “[...] reunir dados úteis para a 
solução de problemas e tomada de decisões.” (LANCASTER, 1996, p.1). 
No Brasil, o planejamento e avaliação para Educação Superior ficam a cargo 
do: 
 [...] Ministério da Educação (MEC), em parceria com o 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP), através do Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior (SINAES) e por meio de dispositivos legais 
(MATTOS FILHA; CIANCONI, p. 411, 2015). 
 
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP 
é uma 
 
“[...] autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação 
(MEC), cuja missão é promover estudos, pesquisas e 
avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o 
objetivo de subsidiar a formulação e implementação de 
políticas públicas para a área educacional a partir de 
parâmetros de qualidade e eqüidade, bem como produzir 
informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, 
educadores e público em geral (INEP, 2015, grifo nosso).” 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
106 
Suas finalidades se baseiam no Decreto nº 6.317, de 20 de dezembro de 2007, 
dentre suas 11 atribuições, destacamos algumas: 
 
I - planejar, coordenar e subsidiar o desenvolvimento de 
estudos e pesquisas educacionais, em articulação com o 
Ministério da Educação; 
II - planejar, organizar, manter, orientar e coordenar o 
desenvolvimento de sistemas de estatísticas educacionais e 
de projetos de avaliação educacional, visando ao 
estabelecimento de indicadores educacionais e de 
desempenho das atividades educacionais no País; 
IV - planejar e operacionalizar as ações e procedimentos 
referentes à avaliação da Educação Superior; 
V - desenvolver e implementar, na área educacional, sistemas 
de informação e documentação que abranjam estatísticas, 
avaliações educacionais e gestão das políticas educacionais; 
VI - subsidiar a formulação de políticas na área de educação, 
mediante a elaboração de diagnósticos, pesquisas e 
recomendações decorrentes dos indicadores e das avaliações 
da educação básica e superior; 
VII - definir e propor parâmetros, critérios e mecanismos para 
a realização de exames de acesso à educação superior; 
VIII - promover a disseminação das estatísticas, dos 
indicadores e dos resultados das avaliações, dos estudos, da 
documentação e dos demais produtos de seus sistemas de 
informação; 
XI - apoiar o desenvolvimento e a capacitação de recursos 
humanos necessários ao fortalecimento de competências em 
avaliação e em informação educacional no País. (INEP, 2015, 
grifo nosso) 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
107 
 
Criado em 14 de abril de 2004, através da Lei n° 10.861, o Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior- SINAES 
 
[...] é formado por três componentes principais: a avaliação 
das instituições, dos cursos e do desempenho dos 
estudantes . [...] avalia todos os aspectos que giram em 
torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a 
responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a 
gestão da instituição, o corpo docente, as instalações e 
vários outros aspectos. [...] possui uma série de 
instrumentos complementares: auto-avaliação, avaliação 
externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação e 
instrumentos de informação (censo e cadastro) (INEP, 2015, 
grifo nosso). 
 
O SINAES foi criado para avaliar as IES para quanto “[...] às condições de oferta 
de cursos de graduação e o desempenho dos estudantes em tais cursos [...]” 
(BRASIL, 2004 apud MATTOS FILHA; CIANCONI, p. 415, 2015, grifo nosso). 
Ele é composto por três principaismodelos: Avaliação das Instituições de 
Educação Superior/AVALIES; Avaliação dos Cursos de Graduação/ACG e Avaliação 
do Desempenho dos Estudantes/ENADE (BRASIL, 2004 apud MATTOS FILHA; 
CIANCONI, p. 415, 2015). 
Para fins de contextualização, enumeramos os dispositivos legais brasileiros 
que norteiam a qualidade e a avaliação do ensino superior (OLIVEIRA, 2002): 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei n. 9.394, de 23.12.1996 - 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Dentre seus 
princípios arrolados no Art. 3º, destacamos o IX - garantia de padrão de 
qualidade; 
 Constituição Federal de 1998 – quanto ao ensino estabelecem o 
mesmo será ministrado com base no princípio de garantia do padrão 
de qualidade dentre outros princípios; 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
108 
 
Decreto 2.026, de 10.10.1996 - estabelece procedimentos 
para avaliação dos cursos e instituições, centrados em: 
desempenho global do sistema nacional de ensino superior, 
avaliação de desempenho individual das Instituições de 
Ensino Superior – IES -, avaliação do ensino dos cursos de 
graduação por meio das condições de oferta e dos resultados 
do Exame Nacional de Cursos e avaliação dos programas de 
mestrado e doutorado. 
 
Complementamos os aspectos legais com a Lei (BRASIL, 2004): 
 Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004 - institui o Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. 
Os dispositivos legais apontam que o MEC está preocupado com a formação 
de um sistema de avaliação da qualidade do ensino. Tais aparatos legais apontam 
diversas formas de avaliação, critérios e procedimentos que trazem impactos, 
discordâncias e mudanças com as quais IES terão que conviver. Esses desafios 
podem ocasionar a superposição de funções e atribuições para, diante disto, as IES 
necessitam “[...] apropriar-se desta nova realidade, pois avaliar e ser avaliado é 
condição de sobrevivência em um mercado educacional cada vez mais 
competitivo” Oliveira (2002, p. 207-208, grifo nosso). 
As IES, além da pressão impostas pelas normas legais, sofrem ainda pressão da 
concorrência e questionamentos por parte da sociedade, como evidenciado por 
Oliveira (2002). 
“[...] estão pressionadas, mediante exigências impostas 
pelas normas legais, a realizar avaliações e garantir 
qualidade com a incorporação de processos modernos de 
gestão e de uma infra-estrutura adequada. [...] estão 
pressionadas, pelos concorrentes, a buscar 
profissionalização da gestão e a incorporar processos de 
tomada de decisão ágeis e prospectivos. [...] questionadas 
pela sociedade em geral que, cada vez mais organizada e 
consciente de seus direitos, exige o reexame de muitos 
valores, especialmente daqueles que sustentam a 
elaboração de um ensino compatível com essa realidade. 
(OLIVEIRA, 2002, p. 207-208, grifo nosso). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
109 
No cenário acima, inicia-se a implantação da chamada “cultura de avaliação” 
resultando em uma nova postura das IES relacionadas às avaliações feitas pelo 
MEC, onde se destacam a “[...] intensificação da capacitação docente, 
investimentos em infraestrutura, laboratórios, biblioteca etc. “(OLIVEIRA, p. 207-
208, grifo nosso). 
 
Avaliação de Bibliotecas e acervos na Educação Superior 
 
Antes de compreender como se dá a avaliação de bibliotecas das IES, é 
necessário saber qual a missão deste tipo de biblioteca. Segundo Oliveira (2002, p. 
208, grifo nosso): 
 
“[...] bibliotecas de IES tem por missão o suporte de 
suas atividades; sejam elas de ensino, pesquisa ou 
extensão. Desta forma, deve-se priorizar recursos 
informacionais, infra-estrutura e serviços adequados 
para a(s) atividade(s) definida(s) por cada IES. Contudo, 
é necessário que se tenha em mente que a biblioteca 
encontra-se num momento de mudanças, tendo 
como novo modelo a biblioteca digital e as 
mudanças advindas deste novo paradigma”. 
 
Há de se observar outros aspectos além do novo paradigma, de biblioteca 
tradicional para digital, como: “[...] a necessidade do entendimento da definição de 
cada tipologia de IES, pois só assim se pode avaliar e dimensionar a biblioteca e sua 
infra-estrutura.” (OLIVEIRA, 2002, p. 208) 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
110 
Tal classificação das IES se dá quanto à sua organização acadêmica e, é 
apresentada por Oliveira (2002, p.208-209): 
 
Universidade - caracterizam-se pela oferta regular de 
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, devendo 
manter programas de mestrado e/ou de doutorado; 
 
Universidades especializadas - organizadas por campo do 
saber, nas quais deverá ser assegurada a existência de 
atividades de ensino e pesquisa em áreas básicas e 
aplicadas; 
 
Centros universitários - são instituições pluricurriculares, 
abrangendo uma ou mais áreas de conhecimento, que 
devem oferecer ensino de excelência, comprovadas pelo 
desempenho dos cursos, qualificação do corpo docente e 
condições de trabalho acadêmico; 
 
Centros universitários especializados - deverão atuar numa 
área de conhecimento específico ou de formação 
profissional, resguardadas as mesmas condições do item 
acima; 
 
Centros de educação tecnológica - instituições 
especializadas de educação profissional, públicas ou 
privadas, com a finalidade de qualificar profissionais nos 
vários pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos 
processos, produtos e serviços, em estrita articulação com 
os setores produtivos e a sociedade, oferecendo 
mecanismos para a educação continuada; 
 
Faculdades integradas, Faculdades - são instituições com 
propostas curriculares em mais de uma área do 
conhecimento, organizada para atuar com regimento 
comum e comando unificado; 
 
Institutos superiores ou Escolas superiores - instituições de 
caráter profissional que visam à formação inicial, 
continuada e complementar para o magistério da 
educação básica. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
111 
 
Em relação à classificação de bibliotecas, Oliveira (2002, p. 209) esclarece que 
as 
 [...] classificações marcam a identidade e singularizam cada 
tipo de biblioteca de IES. Tradicionalmente, entende-se a 
biblioteca universitária como a única referência para todas 
as bibliotecas de IES. Isto posto, em termos de ensino de 
biblioteconomia, tanto quanto para os referenciais para 
avaliação adotados pelo MEC. 
 
Outro aspecto pelo qual as bibliotecas podem ser avaliadas se refere ao 
vinculo com as IES, através de instrumentos de avaliação institucional, Mattos Filha 
e Cianconi (p. 2015, 416) enumeram os seguintes documentos: 
 Orientações Gerais para o Roteiro da Autoavaliação das Instituições 
(BRASIL, 2004); 
 Instrumento de Avaliação Institucional Externa (BRASIL, 2010a); 
 Instrumento de Avaliação para Credenciamento de Instituição de Ensino 
Superior (BRASIL, 2010b). 
 
Complementam que o documento Orientações Gerais para o Roteiro da 
Autoavaliação das Instituições (BRASIL, 2004 apud Mattos Filha; Cianconi, p. 416, 
2015) possui uma dimensão que versa sobre infraestrutura física pertinente à 
avaliação de bibliotecas sendo relacionada em dois núcleos, a saber: 
 núcleo básico - os objetos de avaliação são mais abrangentes, incluindo 
a questão da infraestrutura e a sua utilização no espaço acadêmico (salas 
de aula, bibliotecas, laboratórios etc.) para o desenvolvimento de práticas 
pedagógicas 
 núcleo avançado de temas optativos - os tópicos considerados 
pertinentes às bibliotecas aparecem como questões optativas, que 
podem ou não ser selecionados pelas IES para avaliação, tais como: 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
112Qual o nível de funcionalidade dos laboratórios, 
bibliotecas, oficinas, espaços experimentais? Qual o estado 
de conservação dos laboratórios e bibliotecas e as 
carências mais relevantes? Quais são as características dos 
laboratórios e bibliotecas quanto à iluminação, 
refrigeração, acústica, ventilação, mobiliário e limpeza? A 
quantidade de postos na biblioteca e salas de leitura é 
adequada às necessidades dos usuários? Justifique. Os 
horários e calendário da biblioteca respondem às 
necessidades dos estudantes nos turnos oferecidos pela IES 
(diurnos e noturnos)? Justifique. Os equipamentos da 
biblioteca têm a quantidade e qualidade necessárias? 
Justifique. A organização dos materiais e o volume de 
consultas e empréstimos são adequados (Justifique)? São 
informatizados? Qual é a disponibilidade dos materiais em 
relação à demanda? Qual é a disponibilidade da 
bibliografia obrigatória ou recomendada em relação à 
demanda? Qual o grau de satisfação dos usuários com 
relação ao sistema de acesso aos materiais e a sua 
consulta? Justifique. Qual é a satisfação dos usuários com a 
quantidade, qualidade e acessibilidade da bibliografia? 
Justifique. Qual é a satisfação dos estudantes com os 
laboratórios e as bibliotecas da IES? Justifique [...] Há 
coerência entre as bibliotecas, laboratórios, equipamentos 
de informática e as práticas pedagógicas dos docentes? 
Justifique (BRASIL, 2004, p. 29-31 apud MATTOS FILHA; 
CIANCONI, 2015, p. 416-417). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
113 
Outros dois documentos que incluem avaliação de aspectos das bibliotecas 
relacionados ao contexto institucional: 
 Instrumento de Avaliação Institucional Externa - quanto à 
infraestrutura física, de ensino e pesquisa, biblioteca e recursos de 
informação e comunicação, os itens considerados relevantes para o 
conceito referencial mínimo de qualidade, levam em conta os seguintes 
aspectos: 
 
a) A coerência da biblioteca e dos recursos de informação e comunicação 
conforme o estabelecido no Plano de Desenvolvimento Institucional 
(PDI); 
b) A atualização, ampliação do acervo bibliográfico e dos serviços da 
biblioteca; 
c) As ações adequadas de atualização, ampliação do acervo bibliográfico e 
dos serviços das bibliotecas nos polos presenciais de ensino (BRASIL, 
2010a, p.s 14 apud MATTOS FILHA; CIANCONI, 2015, p. 417). 
 
 Instrumento de Avaliação para Credenciamento de Instituição de 
Ensino Superior - na dimensão 3 trata de instalações físicas, a biblioteca 
é objeto de avaliação segundo três indicadores: 
 
a) instalações para o acervo e funcionamento – os critérios de análise 
envolvem; instalações para o acervo, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, 
ventilação, segurança, conservação, conforto, horários de atendimento e 
espaços para estudos individuais e em grupo; 
b) informatização – os critérios de análise envolvem: informatização das 
bibliotecas e atualização tecnológica de computadores, programas e 
aplicativos e em quantidades suficientes para atender às demandas previstas 
para a utilização do acervo, realização de pesquisa, reservas de livros online e 
acesso via internet; 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
114 
c) política de aquisição, expansão e atualização do acervo - os critérios de 
análise envolvem a política de aquisição que atende ao PDI. (BRASIL, 2010b, 
p. 9-10 apud MATTOS FILHA; CIANCONI, 2015, p. 417-418) 
 
Como mencionamos no item 1.1 desta unidade, há três modelos de avaliação 
proposto pelo SINAES: 
(1) Avaliação das Instituições de Educação Superior 
(AVALIES) – é o centro de referência e articulação do 
sistema de avaliação que se desenvolve em duas 
etapas principais: 
(a) auto-avaliação – coordenada pela Comissão Própria 
de Avaliação (CPA) de cada IES, a partir de 1° de 
setembro de 2004; 
(b) avaliação externa – realizada por comissões 
designadas pelo INEP, segundo diretrizes 
estabelecidas pela [Comissão Nacional de Avaliação 
da Educação Superior] CONAES. 
 (2) Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) – avalia 
os cursos de graduação por meio de instrumentos e 
procedimentos que incluem visitas in loco de 
comissões externas [...] 
 (3) Avaliação do Desempenho dos Estudantes 
(ENADE) – aplica-se aos estudantes do final do 
primeiro e do último ano do curso, estando prevista a 
utilização de procedimentos amostrais. Anualmente, o 
Ministro da Educação, com base em indicação da 
CONAES, definirá as áreas que participarão do ENADE 
(BRASIL, 2004, p. 4, grifo nosso apud (MATTOS E 
CIANCONI, p. 415-416). 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
115 
No escopo da avaliação externa, há um “Instrumento de Avaliação de Cursos 
de Graduação (Bacharelado e Licenciatura)” do SINAES, onde são apontadas 
dimensões para avaliação dos cursos de graduação. Esse trata sobre o acervo mais 
especificamente relacionado à bibliografia dos cursos de graduação. 
Na Dimensão 3: INSTALAÇÕES FÍSICAS constam três indicadores que versão 
sobre os quantitativos de livros das bibliografias básica e complementar e ainda 
sobre a assinatura de periódicos quanto a sua forma, se impresso ou 
informatizado e ainda sobra a atualização dos mesmos. 
Nos indicadores 3.6 Livros de bibliografia básica e 3.7 Livros de 
bibliografia complementar existem conceitos de 1 a 5, em ordem crescente de 
excelência, para avaliar a quantidade de exemplares e bibliografia mínima, cada 
qual com seu critério de análise, saber: 
 
Figura 1: Indicador - Livros da bibliografia básica 
 
Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Fonte: Fonte: Instrumento de Avaliação 
de Cursos de Graduação (Bacharelado e Licenciatura), 2010. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
116 
 
Observa-se acima que na bibliografia básica a quantidade de exemplares por 
aluno varia de 15, 10, 8 e 6 exemplares, conforme especificações de cada critério de 
análise. 
Figura 2: Indicador - Livros da bibliografia complementar 
 
Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (Bacharelado e Licenciatura), 2010. 
 
Em relação à bibliografia complementar, nota-se que foi estabelecido um 
critério que reflete a suficiência ou insuficiência dos livros mediante ao parâmetro 
de mínimo de 5 bibliografias referidas nos programas das disciplinas. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
117 
 
Figura 3: Indicador - Periódicos especializados, indexados e correntes 
 
Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (Bacharelado e Licenciatura), 2010. 
 
Para a avaliação de periódicos, foi apontada a periodicidade ideal para 
assinaturas nos três últimos anos. Há de se considerar ainda a abrangência de áreas 
temáticas e o fator de distribuição dentre as áreas do curso. 
Quanto à proporção livros x alunos, Oliveira (2002, p. 217) esclarece que cabe 
às IES decidir qual a proporção de material a ser adquirida e, que a mesma deverá 
constar na política de desenvolvimento de coleção da biblioteca a fim de manter 
coerência com o planejamento e recursos da instituição. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
118 
Figura 4: Proporção alunos X livros 
 
Fonte: Oliveira (2002, p. 217) 
 
Vale esclarece que os padrões de qualidade de para os cursos estabelecem a 
proporção de livros para adquirir por aluno. Na figura acima há a proporção 
aluno/livro a ser adotada pelas bibliotecas das IES. 
Outro aspecto que interfere na quantificação são as áreas de conhecimento de 
cada biblioteca. Isto também influencia a aquisição de materiais, como coloca 
Carvalho (1981 apud Oliveira, 2002, p. 215) onde as bibliotecas de cadaárea do 
conhecimento utilizam de maneiras diferentes seus orçamentos para a aquisição 
de materiais. Quanto às bibliotecas das áreas sociais e humanas os recursos 
orçamentários são alocados com maior expressão na aquisição de livros do que de 
periódicos. Enquanto que nas bibliotecas das áreas de ciências puras e aplicadas, 
concentram seus recursos orçamentários em periódicos. 
Além da quantidade, tipo de materiais e áreas do conhecimento, há outro 
critério para a avaliação de coleções: a qualidade. Sob este aspecto, Cagnoli (2002 
apud OLIVEIRA, 2002, p. 216.) afirma que “a medida de excelência da biblioteca 
está no quanto os recursos e serviços apóiam as atividades de ensino-
aprendizagem e pesquisa na IES”. Ou seja, a quantidade de materiais é apenas um 
indicador de valor enquanto que o mais importante é avaliar a qualidade destes 
materiais. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
119 
 
Para avaliar a qualidade, o referido autor aponta alguns critérios: 
 
 Amplitude - a coleção deve cobrir todos os programas da IES 
 Profundidade - não somente deve ter uma extensão horizontal, mas 
também profundidade, em todas as áreas pertinentes aos programas das 
IES, com diferentes orientações e pontos de vista. 
 Variedade - tanto nos temas como nos suportes: impressos, audiovisuais 
e eletrônicos. 
 Atualidade - com certeza, a atualidade é relativa, está relaciona com as 
diferentes disciplinas e objeto de estudo. Assim, se avaliarmos a área de 
humanidades, não usaremos os mesmo critérios que para informática, 
administração ou medicina. 
 Relevância - a biblioteca deve contar, com uma coleção que cubra amplo 
panorama de conhecimento. A mesma deve ser especialmente relevante 
aos programas de ensino e pesquisa da IES. 
 Equilíbrio - a coleção deve estar balanceada. Muitos professores são 
muito ativos em pedir livros, outros nem tanto. Então a coleção cresce 
desproporcionalmente. Isto se relaciona com a relevância, sendo que 
algumas áreas podem não estar suficientemente cobertas. 
 Crescimento - tem a ver, obviamente, com o pressuposto e, 
indubitavelmente, com o lugar que a biblioteca ocupa nas prioridades da 
universidade. Quanto é o crescimento anual? Se a coleção não cresce, se 
não é relevante e nem atualizada, portanto, não está dando apoio aos 
programas da IES. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
120 
 
Vimos como se dá avaliação na Educação Superior, realizadas pelo MEC – 
Ministério da Educação em parceria com o INEP - Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira nas Instituições de Ensino Superior – IES que 
tem por missão a promoção de estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema 
Educacional Brasileiro. Verificou-se ainda que a avaliação das instituições, dos 
cursos e do desempenho dos estudantes compete ao Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior- SINAES. 
Para fins de contextualização foram percorridos alguns aspectos legais 
nacionais que são utilizados para planejar e avaliar a Educação Superior/IES, como, 
as leis 9.394/96 e 10.861/04, decreto 2.026/96 além da Constituição Federal. Tais 
aparatos legais apontam diversas formas de avaliação, critérios e procedimentos 
que trazem impactos, discordâncias e mudanças com as quais IES terão que 
conviver. 
Quanto aos critérios de avaliação das bibliotecas destacou-se que elas podem 
ser avaliadas no que se refere ao vinculo com as IES. Há de se considerar ainda a 
mudança de paradigma de biblioteca tradicional para digital. O Roteiro da 
Autoavaliação das Instituições versa sobre infraestrutura física pertinente à 
avaliação de bibliotecas sendo dimensionadas em dois núcleos: núcleo básico e 
núcleo avançado de temas optativos. Foram citados ainda, documentos com 
indicadores relativos à biblioteca e seu acervo, a saber: Instrumento de Avaliação 
Institucional Externa e Instrumento de Avaliação para Credenciamento de 
Instituição de Ensino Superior. 
Em relação à avaliação dos acervos, viu-se que o documento, Avaliação de 
Cursos de Graduação (Bacharelado e Licenciatura), faz menção ao acervo mais 
especificamente relacionado à bibliografia dos cursos de graduação, evidenciando 
indicadores relativos à: livros de bibliografia básica, livros de bibliografia 
complementar e periódicos. 
Além da quantidade, tipo de materiais e áreas do conhecimento, outro critério 
também foi apontado para a avaliação de coleções: a qualidade. Foram apontados 
alguns critérios para avaliação da qualidade das coleções. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
121 
Foi possível verificar que no processo de desenvolvimento de coleções, 
sobretudo, na atividade de aquisição de materiais, as bibliotecas de cada área do 
conhecimento utilizam de maneiras diferentes seus orçamentos para a aquisição 
de materiais. Os dispositivos legais e instrumentos de avaliação vão impactar o 
planejamento das coleções. Percebeu-se que análise da política de aquisição se dá 
em função da verificação de critérios que atendam ao PDI - Programa de 
Desenvolvimento Institucional da IES. 
Com a implantação da chamada “cultura de avaliação”, conclui-se que ser 
avaliado e avaliar é questão de sobrevivência em um mercado educacional 
altamente competitivo. 
 
Leitura complementar: 
 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Brasil). 
Instrumento de avaliação institucional externa. Brasília: Ministério da Educação, 
2010. 
Disponível em: 
<http://download.inep.gov.br/download/superior/institucional/2010/instrumento
_avaliacao_institucional_externa_recredenciamento.pdf>. Acesso em: 25 ago. 
2016. 
 
CARVALHO, J. F. Estabelecimento de padrões para bibliotecas universitárias. 
Fortaleza: UFC, 1981. 72p. 
 
CAVALCANTE, J. F. Educação superior: conceitos, definições e classificações. 
Brasília: INEP, 2000. 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
122 
 
Exercícios – Unidade 6 
 
1.Qual organização é responsável pelo planejamento e avaliação das 
Instituições de Ensino Superior? 
( ) Ministério da Cultura. 
( ) As secretarias estaduais de educação. 
( ) IBGE. 
( ) Sindicatos dos Profissionais de Educação. 
( ) Ministério da Educação, INEP e SINAES. 
 
2.Aponte o resultado que se pretende alcançar com a implantação da 
chamada “cultura de avaliação”: 
( ) intensificação da capacitação docente. 
( ) investimentos em infraestrutura. 
( ) investimentos em laboratórios. 
( ) investimento em bibliotecas. 
( ) todas as anteriores. 
 
3.Complete: 
“[...] ___________de IES tem por missão o ____________de suas atividades; 
sejam elas de ensino, pesquisa ou extensão. Desta forma, deve-se 
priorizar____________________, infra-estrutura e serviços adequados para a(s) 
atividade(s) definida(s) por cada IES. Contudo, é necessário que se tenha em mente 
que a biblioteca encontra-se num momento de mudanças, tendo como novo 
modelo a ______________e as mudanças advindas deste novo paradigma”. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
123 
4. 
(1) Universidade 
(2) Universidades especializadas 
(3) Centros universitários 
(4) Centros universitários especializados 
(5) Centros de educação tecnológica 
(6) Faculdades integradas, Faculdades 
(7) Institutos superiores ou Escolas superiores 
 
( ) são instituições pluricurriculares, abrangendo uma ou mais áreas de 
conhecimento, que devem oferecer ensino de excelência, comprovadas pelo 
desempenho dos cursos, qualificação do corpo docente e condições de 
trabalho acadêmico. 
( ) são instituições com propostas curriculares em mais de uma área do 
conhecimento, organizada para atuarcom regimento comum e comando 
unificado. 
( ) caracterizam-se pela oferta regular de atividades de ensino, de pesquisa e de 
extensão, devendo manter programas de mestrado e/ou de doutorado. 
( ) deverão atuar numa área de conhecimento específico ou de formação 
profissional, resguardadas as mesmas condições do item acima. 
( ) instituições de caráter profissional que visam à formação inicial, continuada e 
complementar para o magistério da educação básica. 
( ) organizadas por campo do saber, nas quais deverá ser assegurada a existência 
de atividades de ensino e pesquisa em áreas básicas e aplicadas. 
( ) instituições especializadas de educação profissional, públicas ou privadas, 
com a finalidade de qualificar profissionais nos vários pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em 
estrita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo 
mecanismos para a educação continuada. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
124 
5.Os documentos “Instrumento de Avaliação Institucional Externa” e 
“Instrumento de Avaliação para Credenciamento de Instituição de Ensino Superior” 
avaliam as bibliotecas relacionadas ao contexto institucional? 
 
Sim ( ) 
Não( ) 
 
6.“Quando o acervo referente aos títulos indicados na bibliografia básica 
(mínimo de 3 bibliografias) atende aos programas das disciplinas do curso, em 
quantidade suficiente, na proporção de um exemplar para até dez (10) alunos para 
cada turma, e está informatizado, atualizado e tombado junto ao patrimônio da 
IES”. O trecho se refere à bibliografia básica de nota: 
( ) 1 
( ) 2 
( ) 3 
( ) 4 
( ) 5 
 
7.“Quando o acervo atende, excelentemente, às indicações bibliográficas 
complementares, referidas os programas das disciplinas (mínimo de 5 
bibliográficas), referidas nos programas das disciplinas”. O trecho se refere à 
bibliografia complementar de nota: 
( ) 1 
( ) 2 
( ) 3 
( ) 4 
( ) 5 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
125 
 
8.Qual a proporção de livros X alunos para o curso de Ciência da Informação? 
( ) 1 livro para cada 10 alunos. 
( ) 1 livro para cada 15 alunos. 
( ) 1 livro para cada 15 alunos para autorização. 
( ) 1 livro para cada 20 alunos para autorização. 
( ) atender 30% dos alunos por disciplinas. 
 
9.Cagnoli aponta que para avaliar a qualidade em bibliotecas existem outros 
critérios. Cite-os: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
126 
 
10.Descreva a missão das bibliotecas das Instituições de Ensino Superior: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
127 
 
Considerações finais 
 
Ao percorrer as seis unidades desta Disciplina, adentramos em várias etapas as 
quais envolvem a formação e o desenvolvimento de coleções. Tais etapas foram 
evidenciadas com suas conceituações, critérios e ações que deverão ocorrer nas 
bibliotecas. 
Desenvolver coleções abrange várias etapas, incluindo a política que 
determina os critérios para adquirir, manter ou descartar materiais. A política de 
desenvolvimento de coleção é, como já vimos, construída com diversas outras 
políticas que são determinantes para cada etapa estudada. A IFLA (Federação 
Internacional de Associação de Bibliotecas) recomenda a todas as bibliotecas 
públicas estabelecer por escrito os critérios de gestão de coleções e inclui aspectos 
que devem ser observados: 
 Incorporação de uma quantidade de documentos de acordo com o 
tamanho da comunidade atendida; 
 Acesso a recursos externos tais como as bibliotecas de outras instituições, 
a internet, bases de dados eletrônicas, organizações locais, entre outros; 
 Elaboração de normas e critérios para o descarte de materiais – 
em diferentes formatos – que tenham perdido atualidade ou 
estejam em mal estado de conservação; 
 Elaboração para critérios para aceitação de doações e para seleção 
das doações recebidas; 
 Definição de normas de conservação e preservação das coleções. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
128 
 
Nesta temática sempre se volta ao estudo de comunidade, pois o que é mais 
relevante e, que precisa ser absorvido pelo aluno, é a pertinência do acervo para a 
comunidade que atende. Importante promover estudos de comunidade para 
conhecer as necessidades informacionais dos seus usuários, 
Importante reconhecer a limitação de espaço físico na biblioteca e de recursos 
financeiros para realizar uma aquisição adequada. 
Finalizando nossa Disciplina, enfatizamos alguns pontos importantes: estudo 
de comunidade; selecionar de forma adequada; adquirir conforme espaço físico e 
recursos, compreender o processo cíclico do desenvolvimento de coleções; 
entender que é preciso desbastar seja para guarda temporária e/ou para 
preservação; seja para descartar. 
Não nos esqueçamos do documento mais importante nesta discussão e que 
norteia todas as etapas que é a política de formação e desenvolvimentode 
coleções. 
eferências 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
129 
 
Conhecendo o autor 
 
Carla Lima 
Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal 
Fluminense, Pós-Graduação em Gestão do Conhecimento, membro do Grupo de 
Pesquisa Ontologia e Taxonomia: aspectos teóricos e metodológicos (UFF/CNPq). 
Atua como gerente de projetos, em empresa de Tecnologia da Informação, com 
atividades voltadas para implantação de Sistemas de Informação em Saúde. 
Dedica-se às atividades de representação da informação, taxonomias, tesauros, 
gestão do conhecimento e de conteúdo em sites. 
 
Wellington Lira dos Santos 
Biblioteconomia-Documentalista e Arquivista formado pela Universidade Federal 
Fluminense. Trabalha como Chefe do Serviço de Biblioteca e Acervo Técnico no 
Instituto Estadual do Ambiente (Rio de Janeiro). Desempenha atividade de Gestão 
de Acervo, Circulação, Catalogação e Pessoas. 
 
Sheila Almeida da Silva 
Bibliotecária-Documentalista formada pela Universidade Federal Fluminense. Atuou 
como implantadora de Sistemas de Informação em Saúde em empresa de Tecnologia 
da Informação. Membro do Grupo de Pesquisa Ontologia e Taxonomia: aspectos 
teóricos e metodológicos (UFF/CNPq). 
 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
130 
Referências 
 
ANDRADE, D. C. Critérios para aquisição de livros: o caso da ciências sociais e 
humanidade. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 21, n. 1, p. 40-
55, 1992. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2329&gt>.Acesso 
em: 29 jul. 2016. 
 
ANTUNES, M. A. Pequenos reparos em material bibliográfico. São Paulo: 
Secretaria de Estado da Cultura, 2010. (Notas de biblioteca,2) 
 
BIBLIOTECA PAULO ERNESTO TOLLE. Política de Desenvolvimento de Coleções. 
[São Paulo]: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, [200-?]. 
 
BRASIL. Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004.Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 abr. 2004. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm>. 
Acesso em: 27 jul. 2016. 
 
CHIARA, I. G. D.; TANZAWA, E. C. L. Os e-books nas coleções de bibliotecas 
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Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
133 
 
A nexos 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
134 
Gabaritos 
Exercícios – Unidade 1 
1. b 
2. a 
3. b 
4. c 
5. c 
6. e 
7. d 
8. e 
9. 
 Manutenção de catálogos comerciais de livrarias e editoras, em papel e 
on-line e bibliografias, devidamente atualizados; 
 Manutenção e atualização do “fichário de sugestões “ dos usuários; 
 Acompanhamento do movimento editorial da área de atuação da 
biblioteca; 
 Atenção aos fatos que ocorrem na ambiência externa da unidade. Nas 
bibliotecas públicas, fatos: políticos, culturais, econômicos e sociais da 
vida marcantes da comunidade. Em bibliotecas universitárias: novos 
cursos criados, novas linhas de pesquisa, convênios,projetos etc.; 
 Reflexão sobre o processo de produção de conhecimento na área de 
atuação da biblioteca: se por acumulação ou substituição; 
 Hábito de leitura por parte do profissional bibliotecário; 
 Estabelecimento de uma rotina, fluxo de trabalho para esta função; 
 Layout agradável para setor (inclui mobiliário e equipamentos); 
 Controle estatístico das atividades para planejamento e avaliação do 
serviço. 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
135 
10. 
Nesta questão, o aluno pode expressar sua opinião de como o bibliotecário 
pode atuar quando não for possível “dar a decisão final” na seleção. Caso já tenham 
vivenciado ou acompanhado tal situação, o aluno pode colocar sua vivência, desde 
que evite citar nomes de profissionais ou instituições por questões éticas. O aluno 
pode dizer como agiria diante desta situação. A intenção com esta reflexão é 
preparar o aluno caso esta situação se coloque após sua formação. 
 
Exercícios – Unidade 2 
1. a 
2. e 
3. e 
4. d 
5. d 
6. e 
7. c 
8. a) Adminstrativa 
b) Lista de obra para aquisição 
9. 
O aluno deverá estar apto a responder que as vantagens de se disponibilizar e-
books nas bibliotecas são: a capacidade de ajustar tamanho e fonte do texto; 
tecnologia que permite escutar o livro; capacidade de transportar um grande 
número de livros em um só aparelho; elimina a necessidade de imprimir, 
armazenar, espaço físico, taxa de envio, transporte físico de cópias de livro. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
136 
10. 
O aluno deverá estar apto para descrever o papel da aquisição, com no 
processo, constitui-se em localizar e, posteriormente, assegurar a posse, para a 
biblioteca, daqueles materiais que foram definidos, pela seleção como de interesse. 
Ou seja, a aquisição é um reflexo das decisões das etapas apresentadas no capitulo 
anterior: Seleção e Avaliação. Isso demonstra a progressão das etapas do 
desenvolvimento de coleções. 
Exercícios – Unidade 3 
1. c 
2. c 
3. d 
4. e 
5. d 
6. a 
7. c 
8. e 
9. 
O aluno deverá ser capaz de responder que o desbastamento é etapa do 
desenvolvimento de coleções e consiste na retirada de itens do acervo, os quais 
foram avaliados e estão com baixo nível de utilização, esses materiais serão 
retirados do acervo corrente e guardados em outro ambiente para posterior 
avaliação a fim de retornar ao acervo corrente ou descartados. 
10. 
O aluno deverá ser capaz de compreender que a seleção negativa, citada na 
unidade, é o descarte e que esse processo consiste na retirada de itens do acervo 
corrente de forma definitiva. Itens avaliados como não sendo mais importante para 
os usuários e/ou instituição. 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
137 
Exercícios – Unidade 4 
1. a 
2. d 
3. Aquisição, organização e distribuição de recursos. 
4. a 
5. c 
6. a 
7. d 
8. Promoção (da) laicização do conhecimento descobertas cientificas 
9. O aluno deverá responder que para a autora a conservação abrande ações 
que se destinam a salvaguardar e recuperar as partes físicas dos materiais para fins 
de retornar ao acervo para uso. 
10. O aluno deve citar os motivos, entre eles: vandalismo, uso, exposição à luz 
solar, luminosidade inadequada, calor e umidade. 
 
Exercícios – Unidade 5 
1. Não 
2. e 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
138 
 
3. 
 (2) estilo 
 (3) características físicas 
 (1) atualidade 
 (2) conveniência 
 (1) autoridade 
 (2) relevância/interesse 
 (1) imparcialidade 
 (3) aspectos especiais 
 (2) idioma 
 (3) contribuição potencial e custos 
 (1) precisão 
 (1) cobertura/tratamento do 
assunto 
 
4. adoção de programas para o controle e acompanhamento automatizado 
dos processos de aquisição. 
5. c 
6. responsabilidade pelo processo, critérios, métodos e aspectos legais e 
administrativos”. 
7. c 
8. d 
 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
139 
 
9. O aluno deve informar que são: indicação do responsável pelo processo de 
seleção; indicação do material que irá compor o acervo; estabelecimento de 
diretrizes para avaliação das coleções; indicação do número de exemplares por 
título; indicação de prazos para revisão das políticas adotadas; estabelecimento 
dos critérios de prioridades para seleção, aquisição, compra, permuta e doação; 
estabelecimento de diretrizes de preservação e conservação. 
10. O aluno deve informar: O aprimoramento dos serviços da biblioteca; A boa 
imagem da instituição; Gestão de espaço e de custos de manutenção; O 
aprimoramento das coleções e da política de aquisições. 
Exercícios – Unidade 6 
1. Ministério da Educação, INEP e SINAES. 
2. todas as anteriores. 
3. Bibliotecas 
Suporte 
recursos informacionais 
biblioteca digital 
4. 
(3) são instituições pluricurriculares, abrangendo uma ou mais áreas de 
conhecimento, que devem oferecer ensino de excelência, comprovadas 
pelo desempenho dos cursos, qualificação do corpo docente e condições 
de trabalho acadêmico. 
(6) são instituições com propostas curriculares em mais de uma área do 
conhecimento, organizada para atuar com regimento comum e comando 
unificado. 
(1) caracterizam-se pela oferta regular de atividades de ensino, de pesquisa e 
de extensão, devendo manter programas de mestrado e/ou de doutorado. 
(4) deverão atuar numa área de conhecimento específico ou de formação 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
 
140 
profissional, resguardadas as mesmas condições do item acima. 
(7) instituições de caráter profissional que visam à formação inicial, 
continuada e complementar para o magistério da educação básica. 
(2) organizadas por campo do saber, nas quais deverá ser assegurada a 
existência de atividades de ensino e pesquisa em áreas básicas e aplicadas. 
(5) instituições especializadas de educação profissional, públicas ou privadas, 
com a finalidade de qualificar profissionais nos vários pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em 
estrita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo 
mecanismos para a educação continuada. 
5. Sim 
6. 3 
7. 5 
8. 1 livro para cada 15 alunos 
9. Os critérios apontados por Cagnoli para avaliar a qualidade em bibliotecas 
são: amplitude, profundidade, variedade, atualidade, relevância, equilíbrio e 
crescimento. 
 
10. bibliotecas de IES tem por missão o suporte de suas atividades; sejam elas 
de ensino, pesquisa ou extensão. Desta forma, devem-se priorizar recursos 
informacionais, infraestrutura e serviços adequados para a(s) atividade(s) 
definida(s) por cada IES. Contudo, é necessário que se tenha em mente que a 
biblioteca encontra-se num momento de mudanças, tendo como novo modelo a 
biblioteca digital e as mudanças advindas deste novo paradigma.

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