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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA FUNDAMENTAÇÃO DO PROCESSO DE CUIDAR UNIDADE 5 – EXAME FÍSICO Porto Velho, 2014 Profª. Msc. Elen Petean OBJETIVO • Descrever as principais técnicas utilizadas na realização do exame físico e a sua sequencia. Introdução PROCESSO DE ENFERMAGEM - Raciocínio lógico e racional - Raciocínio intuitivo - Dados subjetivos – anamnese - Dados objetivos EXAME FÍSICO - É o traço de união entre a arte e a ciência de enfermagem. Introdução EXAME FÍSICO - Levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a enfermagem, capazes de subsidiar a assistência a ser prestado ao paciente. - Em conjunto com a anamnese compõem a coleta de dados, parte fundamental para SAE. Introdução Conhecimentos necessários para a realização do exame físico: - Anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras ciências; - Terminologia – anotação adequada; - Passos propedêutico para execução; - Relacionamento interpessoal; - Do funcionamento dos aparelhos, bem como habilidade para utilizá-los; - Competência para discriminar e interpretar o significado do que esta sendo percebido. Introdução Ao avaliarmos o cliente é necessários considerarmos todas as suas dimensões. O corpo humano é mais do que um organismo fisiobiológico oscilando entre a saúde e a doença, é também um conjunto de significados (HELLMANN, 2003). Físico Mental Social Introdução - Delimitação das linhas anatômicas Tórax anterior Introdução - Delimitação das linhas anatômicas Tórax posterior Introdução - Delimitação das linhas anatômicas Lateral direita Introdução - Delimitação das linhas anatômicas Abdome Normas Gerais Observações para execução do exame físico: Solicitar a colaboração do paciente; A iluminação deve ser adequada; Respeitar a privacidade do paciente; Explicar sobre os procedimentos realizados, e a finalidade do exame; Realizar o exame no sentido céfalo-caudal; As mãos do examinador devem ser lavadas antes e depois do procedimento, estar aquecidas e as unhas curtas; O paciente deve estar relaxado e confortável; Em órgãos pares, deve-se iniciar o exame pelo lado não – afetado, verificar simetria de ambos os lados do corpo; Monitorizar a expressão facial do cliente; Evitar interrupções; Evitar comentários e expressões acerca dos problemas encontrados; Considerar fatores que enfureciam nos sinais vitais; Proceder a educação e orientação ao autocuidado. Normas Gerais – Posições para o exame O exame físico deve ser planejado de forma que o paciente não permaneça em posições constrangedoras ou desconfortáveis por longos períodos de tempo; favorecimento do exame de várias áreas do corpo, com o paciente em uma mesma posição, respeitando-se a privacidade. Posição ereta: paciente em pé, mantendo a coluna alinhada e os pés ligeiramente afastados. Posição sentada: paciente sentado com o tórax elevado. Normas Gerais – Posições para o exame Posição supina: paciente deitado em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo e pernas estendidas ou ligeiramente fletidas. Posição prona: paciente deitado em decúbito ventral com a cabeça virada para um dos lados, braços abduzidos para cima com os cotovelos fletidos e pernas estendidas. Normas Gerais – Posições para o exame Posição de Sims: paciente em decúbito lateral esquerdo, com os braços posicionados de maneira confortável, perna direita ligeiramente mais fletida que a esquerda e apoiada sob a cama. Travesseiro sobre a cabeça para aumentar o conforto. Posição de litotomia: paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas, joelhos fétidos e pés apoiados sobre a cama. Normas Gerais – Posições para o exame Posição genu-peitoral: paciente ajoelhado, mantendo os joelhos afastados, com o peito apoiado sobre a cama e a cabeça lateralizada sobre os braços. Posição de Trendelenburg: paciente em decúbito dorsal, em plano inclinado, de forma a manter a cabeça mais baixa em relação ao corpo. Posição de Fowler: paciente em decúbito dorsal, com o tronco elevado em ângulo de 45º. Instrumentos para a realização do exame físico Esfignomanômetro Estetoscópio Termômetro Fita métrica Lanterna Abaixador de língua/espátula Relógio Balança Material para testar reflexos e sensibilidade Otoscópio Instrumentos para a realização do exame físico TAREFA DE CASA Estudar de que partes são compostos e quais são as funções de uso de cada uma delas, referente aos instrumentos: - Estetoscópio - Esfignomanômetro - Termômetro - Otoscópio Inspeção Palpação Percussão Ausculta Métodos Propedêuticos de Avaliação Física Inspeção ( observar, inspecionar) É a exploração feita usando-se do sentido da visão (avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e movimentos das diversas áreas corporais). Também pode ser empregado o olfato para perceber cheiros e odores. Pode ser: panorâmica (visão do corpo inteiro – para avaliar transtornos do desenvolvimento físico ou dismorfias) ou localizada (segmentos corporais). Pode ser: estática (cliente em repouso) ou dinâmica (o cliente em movimento). Pode ser efetuada a olho nu ou com auxílio de materiais específicos. É um continuum durante a palpação, a percussão e ausculta Palpação • A palpação recolhe dados do tato e pressão. O sentido do tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. • Confirma dados da inspeção e fornece novos indícios. • Pode ser: - Palpação superficial: sensibilidade, resistência, continuidade, pulsações (fenômenos vasculares). - Palpação profunda: avalia-se órgãos e tumores (localização, forma, volume, sensibilidade, consistência, mobilidade e pulsatilidade). • Através da palpação percebem-se modificações da textura, espessura, consistência, sensibilidade (tátil, térmica, dolorosa), volume (massa), dureza, além da percepção de frêmito (ruído, atrito), flutuação, elasticidade, resistência muscular, presença de massas e edema. Palpação Palpação Palpação • Técnicas de palpação: - Mão espalmada – usa-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos. - Mão em garra - Mão espalmada, usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos. Uma mão sobrepondo-se à outra. • Em pinça, formada pelo polegar e indicador. • Com o dorso das mãos. • Digitopressão – comprimi-se uma área com a polpa do pelegar ou indicador. • Fricção com algodão ou puntipressão. • Palpação bimanual. Palpação • Aquecer as mão, esfregando-as uma contra a outra e ter as unhas aparadas para que não machuque o paciente. Palpação Palpação Palpação Palpação Áreas e critérios de avaliação: „ Pele - Temperatura, hidratação, resistencia, textura, tensão e elasticidade, sensibilidade. • „ Fígado e intestino - Tamanho, forma, sensibilidade, presença ou ausência de massa. • „ Pulmões - Vibração de sons locais • „ Tireóide e linfonodos - Aumento, simetria, mobilidade, tamanho, sensibilidade,localização. • „ Artérias - Amplitude, frequencia, ritmo do pulso, elasticidade arterial. • „ Músculos - Tamanho, forma, tônus, sensibilidade e rigidez. Percussão Segue o seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto intensidade, timbre e tonalidade, na dependência da estrutura anatômica percutida. Ao se percutir não se observa somente o som, mas a resistência da região golpeada, de modo que é possível delimitar órgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. Percussão direta Percussão dígito-digital Punho-percussão, percussão com a borda da mão e percussão por piparote Percussão Percussão dígito-digital - Executa-se golpeando com a borda ungueal ou a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra espalmada e apoiada na região de interesse (Fig. 1.17). Deve-se tomar cuidado para que a movimentação da mão ocorra apenas com a articulação do punho. O cotovelo deve permanecer fixo, fletido em um ângulo de 90º e com o braço em semiabdução. Percussão Dedo que golpeia - plexor Dedo que recebe o golpe plexímetro Percussão Percussão direta - É realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo. Para tal, os dedos permanecem fletidos na tentativa de imitar a forma de um martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. O golpe é seco e rápido, não se descuidando de levantar sem retardo a mão que percute (Fig.1.18). Percussão Punho-percussão - Mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região estudada e averigua-se a ocorrência de sensação dolorosa. Verificar sensação dolorosa nos rins. Percussão Percussão com a borda da mão - Os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, averiguando- se a ocorrência de sensação dolorosa. Percussão Percussão por Piparote - Com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal. Objetivo: pesquisar ascite. Percussão Tipos de som: Maciço: regiões desprovidas de ar – músculo, coração, fígado e baço. (Acompanha-se de dureza e resistência). Submaciço: variação do som maciço – presença de pequena quantidade de ar lhe dá essa característica peculiar – tórax pouco ar. Timpânico: área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível –intestino, espaço de Traube (fundo do estômago). (Elasticidade) Claro pulmonar ou atimpânico: que se obtém quando se percute especificamente a área dos pulmões. Os sons obtidos podem ser classificados quanto a intensidade, timbre e tonalidade – qualidades fundamentais do som. TAREFA DE CASA Treinar em objetos para automatizar os golpes, a direção e a frequência. - Som maciço: treinar no tampo de uma mesa. - Som pulmonar: treinar em pedaços de isopor ou em um livro grosso sobre a mesa. - Treinar no colega ou em familiares para aprender o som normal. Ausculta Procedimento que consiste na utilização do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos, que são decorrentes da vibração das suas estruturas na superfície corporal, como na avaliação dos ruídos respiratórios, cardíacos, circulatórios e intestinais. Ausculta direta – é executada por aplicação direta da orelha ao corpo. Ausculta Indireta – é a que utiliza o estetoscópio. Outro tipo de esteto é o de Pinar (obstetrícia). Estetoscópio – Introduzido por Laennec na metade do século XIX. Estetoscópio: (do grego ethetos= peito, skopen= examinador). Ausculta Onde empregamos a ausculta? - Pulmões: murmúrios vesiculares (sons normais); roncos, sibilos ou outros ruídos adventícios (sons que indicam anormalidade). - Coração – bulhas cardíacas - Vasos – sopros - Abdome – ruídos hidroaéreos no intestino e peristalse no estomago Ausculta Semiotécnica: - Ambiente de ausculta: ambiente silencioso. Os ruídos pulmonares e pulmonares são de pequena intensidade. - O Cliente deve estar relaxado na posição recomentada: deitado - para ausculta gastrintestinal sentado ou em pé - para ausculta do tórax - A área a ser auscultada deverá ser descoberta ou coberta com tecido fino. Ausculta Freqüência - quanto maior, mais agudo Qualidade - sopro ou borbulhante Altura - Alto e baixo Duração - curta, média ou longa EXAME CLÍNICO Etapas do exame clínico Exame físico Geral - Estado geral - Estado mental: nível de consciência, orientação, memória, fala e linguagem - Estado geral de nutrição e hidratação - Medidas antropométricas, peso - Fácies (expressão facial) - Pele, mucosas e anexos - Edema - Inflamação de estruturas superficiais - Tipo morfológico - Musculatura, movimentos involuntários ou hipercinesias - Linfonodos e veias superficiais - Marcha - Sinais vitais Exame físico por sistemas - Cabeça e pescoço - Torax: sistema circulatório e sistema respiratório - Abdomen: sistema gastrointestinal e sistema unirário - Sistema locomotor: membros superiores e inferiores - Sistema reprodutivo: genitais - Avaliação neurológica - Avaliação nutricional, hidratação, e tegumentar. Inspeção e palpação Estado Geral Avalia-se a aparência na sua totalidade. Evolução do quadro clínico, estado emocional e outros. Bom estado geral Regular estado geral Mau estado geral Estado mental Consciência: o paciente está acordado e alerta? Parece compreender e responder ao que se pergunta? (Alerta, Sonolência,Torpor, Coma superficial, Coma profundo) Orientação: Sabe dizer a data, o dia da semana, local onde se encontra? Memória: Sabe da sua idade, data de nascimento, etc. Linguagem e fala: qualidade, o volume e a velocidade da fala. - Alterações: disfonia ou afonia – dificuldade na emissão vocal que impede a produção natural da voz. (alteração do timbre da voz) dislalia – dificuldade de articular as palavras. (ritmo da fala) disartria – dificuldade na expressão verbal causada por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala. disfagia – alteração da coordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de modo compreensível. Estado geral de nutrição e hidratação • História clínica • Índice de massa corpórea – Peso e altura - (P / A²) • Mucosas • Pregas cutâneas • Pele e anexos • Edemas • Trofismo muscular • Alterações abruptas do peso • Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor • Alterações da mucosa quanto a umidade • Alterações oculares • Estado geral Fácies (expressão facial) Normal/atípica Hipocrática Renal Leonina Adenoideana Parkinsoniana Basedowiana Mixedematosa Acromegálica Cushingóide Mongolóide Depressão Pseudobulbar Paralisia facial periférica Miastênica Deficiente mental Etílica Esclerodérmica Fácies (expressão facial) • Hipocrática: olho fundos, parados, inexpressíveis, palidez cutânea, Costuma-seobservar batimentos das asas do nariz. • Renal: edema periorbital, palidez cutânea, equimose, hematomas. Observada na síndrome nefrótica. Fácies (expressão facial) • Leonina: sugestiva de hanseníase, pele espessa, supercílios e sobrancelhas caem. • Adenoideana: nariz pequeno e afilado, boca entreaberta, portadores de hipertrofia de adenóide. Fácies (expressão facial) • Parkinsoniana: expressão de espanto, fronte enrugada, olhar fixo, supercílios elevados. • Basedowiana: exoftalmia, aspecto de espanto e ansiedade. Hipertireoidismo. Fácies (expressão facial) • Mixedematosa: rosto arredondado, nariz grossos, pele seca, apatia e desânimo. Hipotireoidismo. • Acromegálica: proeminência das maças do rosto, desenvolvimento maxilar inferior, aumento do nariz, lábios, orelhas, pés e mãos. Hiperfunção hipofisária. Fácies (expressão facial) • Cushingóide ou de lua cheia: rosto arredondado, acne, hirsutismo, obesidade central, bochechas avermelhadas. Uso prolongado de corticóide. • Mongolóide: boca entreaberta, implantação baixa da orelha, alteração da implantação do cabelo, prega simiesca. Síndrome de Down/trissomia. Fácies (expressão facial) • Paralisia facial periférica: hemiatrofia facial, perda de rugas na testa, aumento da fenda palpebral, lacrimejo, desvio dos olhos e lábios cantos para cima. • Miastênica: ptose palpebral bilateral. Miastenia grave e outras miopatias e no acidente crotálico. Linfonodos - Cabeça e pescoço - Axilas - Regiões inguinais Vasos superficiais Observar circulação colateral - presença de circuito venoso anormal, visível ao exame da pele e determinar a localização. Pele e anexos, mucosas Pele Coloração (vermelhisão, cianose - centra, periférica, icterícia, palidez) Textura Temperatura Turgor Elasticidade/mobilidade Lesões Cicatrizes Mucosas Coloração (normocoradas. hipocoradas hipercoradas, cianose, icterícia) Umidade Presença de lesões Pele e anexos, mucosas Fanêros: Pele e anexos, mucosas Fanêros: Edema Localização Características Sinais flogísticos Tipo morfológico Brevilíneo: pescoço curto e grosso, os membros são curtos em relação ao tórax, este é alargado e volumoso, a musculatura é bem desenvolvida e a estatura é baixa. Normolíneo/Mediolíneo: desenvolvimento harmônico da musculatura e proporção equilibrada entre tronco e membros. Longilíneo: pescoço longo e delgado, membros alongados e desproporcionais em relação ao tronco, torax afilado e chato, musculatura pouco desenvolvida e estatura elevada (característico de pacientes com síndrome de Marfan). Realizar a medida do peso, altura, IMC (dados antropométricos). Tipo morfológico Musculatura Musculatura: Inspeção : relevo de massa muscular Palpação: polpas digitais em forma de pinça, palpa-se o músculo em repouso e após contraído, avalia-se trofismo e tonicidade. Musculatura hipertrófica - aumento de massa muscular Musculatura hipotrófica - diminuição de massa muscular Musculatura TÔNUS MUSCULAR: tensão permanente dos músculos. Hipertonia: aumento do tônus muscular que pode estar relacionada às lesões piramidais e extrapiramidais. hipertonia piramidal (espasticidade), é observada nas hemiplegias resultantes de acidentes vasculares cerebrais e compressões medulares. Hipertonia ou rigidez extrapiramidal , aumento do tônus e redução da capacidade de estiramento (aumento da rigidez) é observada síndromes parkinsonianas, caracteriza-se por ser global e plástica. Hipotonia: abolição do tono muscular, que pode ser causada pelas neuropatias e polirradiculoneurites. Atitude Atitude: posição adotada pelo cliente, seja do ponto de vista estático ou dinâmico. Tipos: - Típica - o paciente assume qualquer posição sem que haja desconforto. - Atípica - posição que o paciente assume, a fim de amenizar o sofrimento causado por determinada doença, podendo ser consciente ou não. Atitude Atitudes Voluntárias: Ortopnéica Genupeitoral Cócoras Parkinsoniana Atitude Atitudes Involuntárias: Passiva: paciente fica na posição em que é colocado no leito. Ortótono: todo tronco e membros estão rígidos. Opistótono: contratura da musculatura lombar, o corpo passa a se apoiar na cabeça e calcanhares. Emprostótono: paciente forma uma concavidade voltada para diante. Observada em casos de tétano, meningite e na raiva. Atitude Atitudes Involuntárias: Pleurostótono: o corpo se curva lateralmente. Posição em gatilho: contratura dos músculos da nuca, tronco ligeiramente arqueado e perna fletida. Torcicolo: atitude involuntária de um segmento do corpo. Mão pêndula da paralisia radial. Marcha Equilíbrio, claudicação, etc. Movimentos involuntários ou hipercinesias Tremores – alternantes, + ou – rápidos e regulares. Movimentos coréicos – involuntários, breves, desordenados, de ocorrência inesperada. Movimentos atetósicos – involuntários que ocorrem nas extremidades, lentos e esteriotipados. Hiperbilirrubinemia. Hemibalismo – abruptos, violentos, limitados uma metade do corpo Mioclonias – contrações breves. “Choques”, “abalos”. Mioquinias – contrações fibrilares, ondulatorias. Asteríxis – rápidos, segmentos distais. Insuficiência hepática. Tiques – breves e repeditos. Convulsões – súbitos, involuntários, generalizado. Tetania – crises tônicas, mãos e pés. Fasciculações – contrações breves, limitadas a um feixe muscular. Sinais vitais São sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou desequilíbrio resultante de alterações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. Pode ser realizado no início do exame ou mesmo de forma integrada, quando realizado os exames cardiovascular e torácico. Pressão arterial Pulso Frequência cardíaca Frequência respiratória Temperatura Pressão arterial Pressão sanguínea nas artérias do organismo. Pressão máxima – Sistólica Pressão mínima – Diastólica O local padrão de aferição da PA é o braço: - Artéria braquial Posição do paciente: - Preferencialmente sentado, com as pernas descruzadas, dorso aparado e o braço apoiado à altura do átrio direito. - Evitar que a bexiga esteja cheia. Pressão arterial VAMOS VER NA PRÁTICA? Vídeo verificação da pressão arterial! Pulso Delimitação palpável da corrente sanguínea na artéria periférica. Verificado utilizando a polpa dos dedos indicador e médio, por meio da palpação de uma artéria, geralmente a artéria radial, contando-se durante um minuto o número de batimentos e verificando-se suas características: - Amplitude – cheio, mediano, pequeno ou fino - Ritmicidade – regular ou irregular - Simetria – iguais em ambos os membros - Frequência – Normal, taquicardia, bradicardia Pulso Locais de verificação do pulso: - Pulso radial - Pulso pedioso - Pulsobraquial - Pulso poplíteo - Pulso femoral - Pulso tibial posterior - Pulso carotídeo Observações: - Nunca se deve usar o polegar para verificar o pulso. - Nunca se deve verificar o pulso com as mãos frias. - Não se deve controlar o pulso onde se fez cateterismo cardíaco ou em presença de fístula para hemodiálise (neste último nunca aferir pressão) Pulso Pulso Frequência cardíaca Pode diferenciar-se do pulso devido a arritmias cardíacas. É verificada por meio da ausculta do pulso apical, encontrado no quinto espaço intercostal esquerdo, ou da visualização do cardioscópio, caso o paciente esteja monitorizado. 60 a 100bcp, em repouso (PORTO, 2000). Frequência respiratória Processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente. É importante que a contagem dos movimentos respiratórios seja realizada sem que o paciente tenha consciência desse procedimento. Deve ser verificada durante um minuto o número de ciclos respiratórios, atendo-se para: - Ritmo: sequencia, forma e amplitude - Profundidade: superficial e profunda - Sons respiratórios (audíveis sem o estetoscópio) - Presença de desconforto respiratório - Adultos 12 a 20rpm Temperatura Fatores que influenciam: gênero, idade, ambiente, atividade física, roupas, etc. Locais: via axilar, oral, retal ou membrana timpânica. Normal Temperatura axilar: 35,5°C a 37°C Temperatura bucal: 36 a 37,4°C Temperatura retal: 36 a 37,5°C Febre - hipertermia Febre leve ou febrícula: 37°C a 37,5°C Febre moderada: 37,5°C a 38,5°C Febre elevada: acima de 38,5°C EXAME FÍSICO – SISTEMA TEGUMENTAR Pele Sensações térmicas, táteis e dolorosas. Possui, ainda, função termorreguladora, é capaz de refletir manifestações das condições psíquicas. 15% do peso corporal. Métodos propedêuticos: inspeção e palpação. Pele – principais alterações ALTERAÇÕES DE COLORAÇÃO: - Albinismo: coloração branco-leitosa em decorrência da falta congênita de melanina. - Palidez: atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. Pode ser segmentar. - Cianose: coloração azulada da pele. Cianose localizada – significa sempre obstrução de uma veia. Cianose central – diminuição da tensão do oxigênio inspirado; hipoventilação pulmonar Icterícia: coloração amarelada da pele, mucosas e esclerótica, resultantes do acumulo de bibilirubina. Pele – principais alterações Pele – principais alterações Manchas hemorrágicas – não desaparecem pela compressão. - Eritema: cor vermelha decorrente de vasodilatação em área limitada da pele. - Enantema: eritema de mucosa. - Púrpura: resultante do extravasamento de hemácias na derme. Quando menor que 1cm, denomina-se petéquia; maior equimose e, se linear víbice. *Mudança de coloração: até 48h avermelhadas; 48 a 96h arroxedas; 5º ao 6º dia azuladas; 6º ao 8º amareladas; 9º dia volta ao normal. *Ao produzir elevação da pele = hematoma Pele – principais alterações Manchas vasculares: - Diferem das hemorrágicas por desaparecerem após compressão (digitopressão, vitopressão – lamina de vidro transparente). - Telangiectasias: dilatações das arteríolas, vênulas e capilares (varículas ou microvarizes). - Mancha hiperêmica: vasodilatação, cor rósea ou vermelha viva, desaparece à digitopressão ou vitopressão. Pele – principais alterações Manchas pigmentares: - Hipocrômicas: mancha mais clara que a pele, decorrente da diminuição de melanina. Ex: pitiríase alba. - Acrômicas: mancha sem cor, decorrente da ausência de melanina. Ex: vitiligo. - Hipercrômicas: mancha escura (castanho, azulado ou preto), aumento de melanina. Ex: cloasma gravídico. Pele – principais alterações ALTERAÇÕES NA SUPERFÍCIE DA PELE: - Xerodermia: pele seca. - Hiperidrose: sudorese excessiva. Lesões de conteúdo sólido: - Pápula: lesão circunscrita menor que 1cm. - Nódulo: mede de 1 a 3cm, podendo ser elevado ou nao. - Tumor: lesão elevada ou não, maior que 3cm. - Urticária: forma irregular, coloração vermelha, prugrinosa. - Vegetações: salientes, cônicas, lobulares. Ex: condilomas. Pele – principais alterações Pele – principais alterações Lesões de conteúdos líquidos: - Vesícula: líquido seroso, 1cm. - Bolha: líquido seroso, maior que 1cm. - Pústula: secreção purulenta (pus), 1 cm. - Abscesso: coleção de pus na pele ou tecido subcutâneo, há dor e calor. - Hematoma: coleção de sangue na pele ou tecido subcutâneo. Pele – principais alterações ESPESSURA DA PELE: Observar: cor, sensibilidade, temperatura, turgor, elasticidade. - Edema: aumento da espessura depressível. Resulta do acúmulo de líquido na derme e/ou epiderme. Pele lisa e brilhante. - Cicatriz: tecido fibroso formado após cura de uma ferida. Não possui sulcos, poros, e pelos. Pele – principais alterações INTEGRIDADE DA PELE: Observar: se há soluções de continuidade, profundidade, forma, coloração, sensibilidade, temperatura, duração, etc. - Escama: laminas epidérmicas secas que desprende da superfície cutânea. - Crosta: formação proveniente do ressecamento de secreções que recobre a área lesada. - Erosão: perda superficial, atinge somente a epiderme. - Ulceração: perda delimitada das estruturas que constituem a pele e que chega a atingir a derme. - Escara: porção de tecido cutâneo necrosado. - Fissura: perda linear da epiderme. - Fístula: pertuitos cutâneos em conexão com focos de supuração através de canais que flui líquidos. Anexos – principais alterações PELOS - Hipertricose – pelos mais longos, mais duros e mais espessos, nos mesmo locais onde costuma existir. - Hipotricose – ausência - Alopecia UNHAS – sinais - Sujidade - Cianose - Palidez - Onicofagia – roer as unhas - Onicólise TAREFA DE CASA Estudar cap. 20 do livro Anamnese e exame físico - Definições que ajudarão a identificar características, fatores relacionados e fatores de risco para a elaboração de diagnósticos de enfermagem em dermatologia. EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO Centraliza os órgãos dos sentidos. Posição do paciente: preferencialmente sentado. Técnicas propedêuticas: inspeção e palpação. Cabeça Inspeção – observação Tamanho e forma Posição e movimentos Superfície e couro cabeludo Exame geral da face Exame geral dos olhos e supercílios Exame geral do nariz Exame geral dos lábios Exame da cavidade bucal Exame orelhas Tamanho e forma do crânio Crianças Idosos: pode aumentar na doença de Paget. Variações quando ao tamanho: - Macrocefalia Ex: hidrocefalia, raquitismo. - Microcefalia Ex: toxoplasmose congênita. Variações quando ao forma: - Acrocefalia – crânio em torre. - Escafocefalia – aspecto de casco de navio invertido. - Dolicocefalia – aumento do diâmetro ântero-posterior. - Plagiocefalia – aspecto assimétrico, saliente anteriormente de um lado e posteriormente do outro. Tamanho e forma do crânio Posição e movimentos Normalidade: Ereta e em perfeito equilíbrio, sem movimentos involuntários. Alterações na postura, inclinação para frente ou para trás, por exemplo, podem indicar doenças do pescoço ou meninges. Superfície e couro cabeludo Inspeção e palpação: - Permitem o encontro de saliências(tumores, tumefações, bossas, hematomas), depressões (afundamentos) e pontos dolorosos. Cabelo: - Coloração - curto - comprido - Ressequido - ondulado - lêndeas - Pintado - crespo - penteado - Oleoso - liso - higienizado - Quebradiço - escassez - alopecia - Pediculose Couro cabeludo - erupções - continuidade - Seborréia - Prurido - Hematoma - Dor - Protuberância - Depressões Parâmetros Normais do couro cabeludo: -Textura e cor – raça e brilho natural - Couro Cabeludo – liso, sem descamações ou lesões. Exame geral da face Pele – conforme exame tegumentar Simetria da face (bilateral) Edema Flácida, Oleosa Ressequida Expressão ou fácies típica Exame geral dos olhos e supercílios Os olhos podem apresentar afecções locais ou manifestações oculares de doenças sistêmicas. Deve iniciar com as pálpebras fechadas normalmente, a fim de se examinar sua superfície externa com os cílios e perceber se o fechamento é completo. A palpação, quando necessária, se faz através da compressão das pálpebras com o polegar e indicador em pinça para a pesquisa de edema, nódulos ou lesões. Solicita-se que o paciente abra os olhos, examinando-se as demais partes (globo ocular, conjuntivas – cor e umidade, córnea – integridade e pupila). O ultimo passo é a tração da pálpebra inferior, para o exame das conjuntivas palpebrais. Exame geral dos olhos e supercílios Na região superciliar e ciliar, deve-se obervar a simetria, a presença e a distribuição dos pelos. Quando ausentes: madarose - Classificada como parcial, difusa ou total. Exame geral dos olhos e supercílios Alterações Exame geral dos olhos e supercílios Alterações Exame geral dos olhos e supercílios Alterações Exame geral dos olhos e supercílios É possível identificar também desvios, como estrabismo. Acuidade visual: deve-se testar cada olho separadamente, ocluindo um de cada vez, sem pressioná-los. - Deve-se perguntar há quanto tempo o paciente percebe alteração. Exame da mobilidade: solicitar ao paciente que acompanhe com o olhar determinado objeto, da direita para a esquerda, para cima e para baixo. Exame geral do nariz e seios paranasais Forma e Tamanho, superfície externa, movimento da asa do nariz. Exame endonasal: inclina-se a cabeça do paciente para trás e, se possível, usa-se um otoscópio e uma espátula. Cor da Membrana Secreção (características) Simetria Edema Interno ou Externo Deformidades Epistaxe Obstruções Sujidade Corpos Estranhos Dor Coriza Septo (desvio, sangramento) Espirros Exame geral do nariz e seios paranasais Seios ou cavidades paranasais: - Cavidades ao lado das fossas nasais - 4 cavidades: seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais. - Palpação: verificar se há hipersensibilidade nos seios paranasais. Sugere: sinusite Exame geral dos lábios e da cavidade bucal Exame geral dos lábios e da cavidade bucal Exame orelhas Ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. Verificar: - forma, tamanho, presença de deformações, quantidade de cerume, solução de continuidade dos tecidos, corpos estranhos, higiene presença de sangue e/ou pus (sinal de otite média). Pescoço Inspeção: - pele, forma e volume, posição, mobilidade, turgência ou ingurgitamento de julgares, batimentos arteriais e venosos. Exame da tireóide: - Situa-se ântero-inferiormente no pescoço, em ambos os lados da laringe, adiante da traquéia. Pescoço Exame da tireóide: - Palpação – por trás do paciente, com as mãos circundando o pescoço. Girar a cabeça para palpar a borda da tireóide atrás do músculo esternocleidomastóideo em ambos os lados. - Verificar aumento e simetria pedindo para o paciente deglutir. Pescoço – linfonodos Palpação: com os dedos em garra palpar os linfonodos submandibulares, com os dedos em pinça ao lado do músculo esternocleidomastóideo os gânglios cervicais e com os dedos em extensão os occpitais e pre e pós-auriculares. Pescoço – linfonodos Pescoço Alterações: - Torcicolo - Distensão das veias - Aumento de volume da tireóide (hiperplasia difisa ou nódulos) - Gânglios inflamatórios (aumentados, dolorosos e móveis) - Gânglios malignos (fixados ao tecido subcutâneo) EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO Propedêutica: anamnese neurológica, avaliação resumida do estado mental, distúrbios das funções cerebrais superiores, inspeção, avaliação do nível de consciência, das pupilas, da coluna, do equilíbrio, da função motora, da função sensitiva, da função cerebelar, dos reflexos superciciais e profundos e dos nervos cranianos. Exame neurológico Exame neurológico É complexo e extenso, o que dificulta sua realização. Objetivo: realização do exame neurológico inicial na admissão do paciente, a identificação de disfunções na vida diária do indivíduo e a detecção de situações de risco de vida. Frequência: dependerá das condições de admissão e da estabilidade do paciente. Ênfase: dependerá da anamnese. Posição do paciente: deitado, sentado e em pé. Exame neurológico Anamnese neurológica: inicio, modo de instalação e evolução da doença atual. Alterações do ritmo do sono, perdas da consciência, acidentes e traumatismos, cirurgias, parasitoses, alergias, DSTs, cefaléias, convulsões, vertigem, náuseas/vomitos. Avaliação do estado mental: exame físico geral. Distúrbios das funções cerebrais superiores: os de linguagem, alterações na fala, afasia – incapacidade de expressão da linguagem. - alterações: diversas formas clínicas de afasia, agnosia nas suas diversas formas e apraxias. - causas: alterações na fala lesão no palato, nervos cranianos, hemisfério cerebral; alterações relacionadas as apraxias lobos parietais e frontais. Exame neurológico Inspeção: as posições, expressões (fácies), musculatura e movimentos. (vistos no exame físico geral) - Alterações: lesões de nervos periféricos – mão caída ou em gota (nervo radial); mão simiesca (nervo mediano); pé equino (nervo fibular). Nível de consciência: - despertar (estado de vigília, capacidade de abrir os olhos); - conteúdo da consciência – depende das regiões corticais cerebrais; - perceptividade – relacionada a função cortical; - reatividade – regulada pelo tronco cerebral, respostas são os reflexos (inespecífica – abrir os olhos, à dor – retirar o membro, vegetativa – controle das funções fisiológicas). Exame neurológico Nível de consciência: - estímulos auditivos e táteis alterações: decorticação – lesões nos hemisférios cerebrais ou na capsula interna, que interrompem a via corticospinal; descerebração – lesões diencéfalo- mesencefálicas, estruturas do tronco cerebral. ausência de resposta (arreflexia) – lesão na porção inferior do tronco cefálico ou depressão intensa (substâncias tóxicas ou drogas sedativas). Escala de Coma de Glasgow: avaliar a profundidade e duração do coma e prognosticar a evolução dos pacientescom trauma craniencefálico. Exame neurológico Exame neurológico Avaliação pupilar (alguns visto nos exames dos olhos): diâmetro, forma, reação a luz. Sempre se compara uma pupila com a outra. - Simpático: dilatação pupilar - midríase - Parasimpático: constrição pupilar – miose - Diâmetro: 1 a 9mm, sendo normal de 2 a 6mm, com um diâmetro médio de 3,5mm. - Mesmo diâmetro: isocóricas - Diâmetro diferentes: anisocóricas (pequenas variações não são consideradas lesão neurológica 1 a 2mm). - Formas: ovoide (hipertensão intracraniana), buraco de fechadura (cirurgia de catarata) e irregular (trauma de orbita). - Reflexo fotomotor/reatividade: deve ser avaliado a velocidade da resposta. Exame neurológico Coluna cervical e lombrossacral: deve ser realizada conforme abordagem do aparelho locomotor. No entanto, alguns sinais específicos devem ser pesquisados quando houver suspeita de meningite, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea. sinais sugestivos - Rigidez da nuca: positiva quando há resistência à flexão passiva da cabeça e hipertonia dos músculos cervicais posteriores. Exame neurológico Coluna cervical e lombrossacral – sinais sugestivos - Sinal de Kernig: com o paciente em decúbito dorsal, flexionar uma das coxas em ângulo de 90º sobre o quadril, e, após a perna sobre o joelho; o paciente não devera sentir resistência ou dor ao longo do trajeto do nervo ciático. Exame neurológico Coluna cervical e lombrossacral – sinais sugestivos - Sinal de Brudzinski: com o paciente em posição dorsal, fazer a flexão da cabeça; o mesmo deverá manter os membros inferiores relaxados. Fletir (flexão involuntária e expressão de dor) o membro inferior é indicativo de irritação meníngea. Exame neurológico Coluna cervical e lombrossacral – sinais sugestivos - Sinal de Lasègue: em posição dorsal, ao fletir a coxa sobre o quadril o paciente não deve apresentar dor. Pode-se fazer também a dosiflexão do pé e do hálux, com a mesma resposta. A presença de dor na face posterior da coxa sugere comprometimento da raiz nervosa (processos radiculares lombosacrais, hérnia discal, etc). Exame neurológico Nervos raquidianos: quatro nervos devem ser examinados em seu trajeto periférico pelo método palpatório – cubital, radial, fibular e auticular. Algumas patologias, como neurite intersticial e hanseníase acometem esses nervos, espessando-os. Exame neurológico Exame do equilíbrio: - estático: mecanismo responsável por nos manter de pé. Inclui o sistema proprioceptivo, a visão, o sistema vestibular e cerebelar, além da integridade dos sistemas osteoarticular e muscular. - Modo de pesquisar: Sinal de Romberg – ao andar com os olhos fechados o paciente deve apresentar equilíbrio. A falta do mesmo indicará labirintopatias ou polineuropatia periférica. - Na lesão cerebelar o paciente balança e cai para o lado da lesão. - Lesão do sistema vestibular, queda para o lado da lesão após um período de latência, de relativa lentidão. - Lesão vertebrobasilar em idosos, manifesta-se como queda para trás. Exame neurológico - Manobras de sensibilização: com um pé na frente do outro; ficar em um só pé; sentado braços estendidos – desvio dos membros superiores paralelos e para o mesmo lado indica lesão vestibular. Desvio de um só braço, lesão cerebelar. - Astasia: impossibilidade de se manter em pé. - Abasia: impossibilidade de andar. Equilíbrio dinâmico - Solicitar ao paciente que caminhe normalmente, depois pé ante pé. Marcha normal, depois nas pontas dos pés e nos calcanhares. Andar rapido, para frente e para trás. Exame neurológico Equilíbrio dinâmico - A todo e qualquer distúrbio de marcha dá-se no nome de disbasia. Os principais são: - Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: ao andar o paciente mantém o membro superior fletido a 90º, em adução, mão fletida em leve pronação e membro inferior ipsilateral espástico. Lembra o movimento de uma foice em ação. - Marcha de pequenos passos: passos pequenos e curtos, arrastando-se os pés (idosos). - Marcha parkinsoniana (vimos do exame geral) - Marcha parapética, espástica ou em tesoura (idem). Exame neurológico - Machar escarvante uni e bilateral - Marcha atáxica, ebriosa (cerebelar): o paciente caminha em zigzague, como um bebado. Indica falta de coordenação em virtude de lesões no cerebelo. - Marchar talonante ou tabética - Marcha anserina ou miopática Avaliação da função motora - Depende do sistema piramidal, extrapiramidal e da função cerebelar. - O exame inclui avaliação do tônus e força muscular. Exame neurológico Avaliação da função motora – tônus - Estado de semicontração do músculo. - Avaliado palpando-se grupos musculares tanto em repouso como em sua movimentação ativa. - Inspeção e palpação do contorno das massas musculares, consistência, estensibilidade e contração do músculo. - Alterações do tônus: flacidez, espaticidade e a rigidez. - Hipotonia e hipertonia devem ser registradas com a respectiva graduação: leve, moderada ou acentuada. Exame neurológico Força muscular: com a função de verificar dependência ou independência do paciente para realizar atividades diárias. A técnica utilizada depende do nível de consciência do paciente. - Solicitar que aperte as mãos do avaliador, que deve ser forte, firme e igual. - Flexionar os membros inferiores, elevando e abaixando um de cada vez - Comprometimento da força: fraqueza paresia - Ausência da força: paralisia ou plegia - Diminuição da força de metade do corpo: hemiparesia - Paralisia da metade do corpo: hemiplegia - Ausência nos membros inferiores: paraplegia - Tetraplegia: ausência dos quatro membros Exame neurológico – força MMII Fig. 1 e 2 – da flexão da coxa; Fig. 3 –da extensão da perna; Fig. 4 – da extensão do pé; Fig. 5 : da flexão do pé; Fig. 6 : da flexão da perna. Fonte:PORTO, C.C. Exame Clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Exame neurológico – força MMSS Fig. 1- da mão globalmente; Fig. 2 – da flexão do antebraço com predomínio bicciptal; Fig. 3 – da flexão do antebraço com predomínio braquial; Fig. 5 – da elevação da extensão do antebraço Fig. 4 – da elevação do braço, isolada. Fig. 6 – da elevação do braço simultaneamente Fonte:PORTO, C.C. Exame Clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Exame neurológico Avaliação da função sensitiva: tato, dor e temperatura. - Analgesia: ausência de sensação de dor - Hipoalgesia: diminuição da sensação de dor - Hiperalgia: aumento da sensação de dor - Anestesia: ausência de sensibilidade - Hipoestasia: diminuição da sensbilidade - Hiperestesia: aumento da sensibilidade - Parestesia: formigamento ou adormecimento Exame neurológico Avaliação da função cerebelar e da coordenação motora: o paciente com disfunção cerebelar apresenta falta de coordenação motora, instabilidade na marcha, falta de coordenação da fala ou da movimentação do olhar. - Ataxia: perda da coordenação - cerebelar, sensitiva ou mista. - Provas para a avaliação: 1. Prova no dedo no nariz 2. Prova do calcanhar – no joelho 3. Prova de abrir e fechar a mão rapidamente 4. Prova de supinação e pronação. Exame neurológico - função cerebelar e da coordenaçãomotora Prova dedo - nariz Fig. 2 Prova calcanhar-joelho Prova de abrir e fechar as mãos (movimentos devem ser rápidos) Prova Pronação e supinação . (movimentos devem ser rápidos) Fonte:PORTO, C.C. Exame Clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Exame neurológico Avaliação dos reflexos: reflexo é uma resposta do organismo a um estimulo de qualquer natureza, podendo ser uma reação motora ou secretora. - Exaltados : hiperreflexia - Diminuidos: hiporreflexia - Abolidos: arreflexia. Reflexos superficiais: - cutâneo-plantar – sinal de Babinski - cutâneo-abdominais Fonte:PORTO, C.C. Exame Clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Exame neurológico Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou miotáticos: - Aquileu - Patelar - Flexor dos dedos - Supinador - Pronador - Biciptal - Tricipital O estímulo é feito com a percussão com o martelo de reflexos do tensão do músculo a ser examinado. Exame neurológico Exame neurológico Nervos cranianos: 12 parede de nervos, é necessário que o paciente esteja consciente e comunicativo. I nervo olfativo NORMAL: Paciente identifica com os olhos fechados os odores: café, álcool etc. PROBLEMA: Hiposmia - olfação diminuida; Anosmia – olfação abolida; Parosmia – perversões ou alucinações olfativas. Exame neurológico II Nervo óptico NORMAL: Acuidade visual sem alteração. O paciente consegue ler um texto a uma distância de 35 cm. PROBLEMA: Diminuição (ambliopia) ou ausência (amaurose) da acuidade visual. III Nervo óculomotor IV Nervo troclear VI Nevo abducente São examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função a motricidade dos globos oculares. Exame neurológico NORMAL: Regulação dos movimentos oculares, músculo elevador da pálpebra, músculo constritor da pupila e músculo ciliar. PROBLEMA: Nistagmo, ptose palpebral, midríase/miose: lesão do par III (oculomotor), par IV troclear), ou par VI (abducente). V Nervo trigêmeo - O nervo trigêmio é um nervo misto, constituído de uma raiz motora e uma sensitiva. - Raiz motora: nervo mastigador que inerva os músculos masséter, temporal. - Raiz sensitiva: o nervo oftálmico, maxilar e mandibular. Exame neurológico NORMAL: - SENSAÇÃO FACIAL: deverá apresentar sensibilidade dolorosa e térmica na face. - REFLEXO CÓRNEO-PALPEBRAL: resposta normal é o piscar de olhos e o lacrimejamento. - MASTIGAÇÃO: move a mandíbula de um lado para o outro, observando o tônus normais. PROBLEMA: - FACE: Parestesia. - CÓRNEO-PALPEBRAL: Ausência de reflexo. - MASTIGAÇÃO: Diminuição ou ausência da força ou tônus muscular. Exame neurológico VII Nervo facial - O nervo facial é um nervo essencialmente motor, responsável pela mímica da face. - Constituem fibras do nervo intermédio (Wrisberg) responsável pela sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua. - Responsável pela inervação parassimpática da glândula lacrimal e das glândulas salivares sublingual e submandibular. NORMAL: - Os movimentos da face devem ser simétricos. - Paladar capaz de distinguir o gosto entre doce e salgado. Exame neurológico PROBLEMA: - Ausência de simetria facial: - Olhos sempre abertos: logoftalmo - Incapaz de piscar e há lacrimejamento: epífora. - Diminuição do paladar: hipogeusia - Abolição do paladar: ageusia. VIII Nervo vestíbulo-coclear - O nervo vestíbulo-coclear é constituído de duas raízes: a coclear, incumbida de audição, e a vestibular, responsável pelo equilíbrio. Exame neurológico NORMAL: Deve escutar o tic-tac de um relógio, voz cochicada e do uso do diapasão. PROBLEMA: FUNÇÃO COCLEAR: Diminuição (Hipoacusia) ou abolida (Anacusia ou surdez) ou exagerada (Hiperacusia). Podem acontecer sensações de zumbidos. FUNÇÃO VESTIBULAR: Vertigem, nistagmos (mov. Oculares ritmados, involuntários) IX Nervo glossofaríngeo X Nervo vago - Glossofaríngeo dá sensibilidade gustativa do terço posterior da língua. - Vago inervação parassimpática de vísceras torácicas e abdominais. Exame neurológico NORMAL: Presença de reflexo faríngeo ou nauseoso; elevação do palato mole (reflexo palatino) PROBLEMA: Disfonia (nervo vago) por paralesia da corda vocal. Hipogeusia (nervo glossofaríngeo) XI nervo acessório - Nervo motor que inerva o esternocleidomastoídeo e a porção superior do trapézio. NORMAL: Contração dos ombros e movimento de girar a cabeça contra uma determinada resistência, apresentando-se força e tônus normais. PROBLEMA: A não contração dos ombros e a falta de movimentos giratórios da cabeça, acompanhadas de ausência ou diminuição da força e tônus. Exame neurológico XII Nervo hipoglosso - Trata-se de um nervo exclusivamente motor, responsável pela motricidade da língua. NORMAL: A língua não apresenta desvio e sua força deve estar presente. PROBLEMA: Desvios e ausência de força na língua. EXAME FÍSICO TÓRAX: -Cardiovascular -Respiratório PROPEDÊUTICA: Inspeção palpação percussão ausculta Posição do paciente: -Deitado em decúbito dorsal e lateral -Sentado Face Anterior 1. Região Supraclavicular 2. Região Clavicular 3. Região Infraclavicular 4. Região Mamária 5. Região Inframamária 6. Região Supra Esternal 7. Região Esternal Superior 8. Região Esternal Inferior Regiões do tórax Regiões do tórax 1. Região Supra-Escapular 2. Região Supra-Espinhosa 3. Região Infra-Espinhosa 4. Região Interescáulo- Vertebral 5. Região Infra-Escapular Face Posterior Regiões do tórax Face Lateral 1. Região Axilar 2. Região Infra-Axilar Exame físico do tórax – inspeção geral Tipos de tórax: - Chato - Em tonel ou barril Enfisema pulmonar - Infundibuliforme - Cariniforme - quilha - Sino ou piriforme Hepatoesplenomegalias, ascite - Escoliótico - Cifótico - Cifoescoliótico - Instável traumático EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR Exame cardiovascular Anatomia e Fisiologia Exame cardiovascular Anatomia e Fisiologia Exame cardiovascular O exame da função cardíaca compreende a revisão de sinais e sintomas oriundos da entrevista de enfermagem, do exame do pulso e do exame direto do coração (POTTER,1999). Propedêutica: Inspeção e palpação - Objetivos: Visualizar as pulsações Cardiovasculares Pesquisar abaulamentos, retrações Circulação Colateral Frêmitos Exame cardiovascular Dados obtidos do exame físico geral de importância cardiovascular: - História/anamnese (Diurese, alterações no sono) - Sinais vitais - Dados antropométricos (circunferência abdominal= H >102, M > 88, relação cintura-quadril= M > 0,85, H 0,90) Exame cardiovascular Manifestações mais comuns das doenças cardiovasculares: - Dor torácica: fatores desencadeantes, localização, duração e características; - Dispnéia: em repouso, paroxística noturna, aos esforços, ortopnéia; - Palpitações; - Cansaço e fadiga: aos esforços, em repouso; - Cianose; - Síncope: inicio, frequência, fatores desencadeantes; - Edema de membros inferiores; - Dor emmembros superiores ou inferiores: localização, início, duração e características; - Claudicação. Exame cardiovascular Inspeção e palpação: simultâneas, tornando-se assim mais significativos os achados semióticos. Investiga-se: - abaulamentos, análise do ictus cordis ou cheque de ponta, análise dos batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis e pesquisa de frêmito cardiovascular. Ictus cordis: ponto mais externo do movimento do coração e que resulta do impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. Normalmente, está localizado no quinto espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular. (verificado mediante palpação) Exame cardiovascular Pode ser descolado: Para cima - quando há elevação do diafragma (ascite e gravidez). Para baixo - rebaixamento (enfisema, pneumotórax). Descolamento = indica dilatação e/ou hipertrofia d ventrículo esquerdo. - Estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertesão arterial, miocardioesclerose, miocardiopatias. Exame cardiovascular Extensão: procurar determinar quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo, calculando quantos centímetros. (uma ou duas, 2 a 3 cm). Intensidade: repousa-se a mão sobre a região dos batimentos. (hipertrofia ventricular esquerda vigoroso). Em 30% das pessoas normais não se consegue detectar nas posições sentada e decúbito dorsal. Nestes casos coloca-se o paciente em decúbito lateral esquerdo, lembrando que essa posição desloca para fora o ictus cordis. Mobilidade Ritmo e frequência: pode ser detectado o ritmo de galope. Exame cardiovascular Pulsações epigástricas: podem ser vistas e palpadas em indivíduos normais - intensas: podem representar hipertrofia ventricular direita, pulso hepático (estenose tricúspide). Pulsações supra-esternal: podem ser observadas em pessoas normais. - intensas: hipertensão arterial, aneurisma aórtico, insuficiência aórtica, hipertireoidismo. Frêmitos: sopros, habitualmente não são perceptíveis. Podem ser palpados sobre as artérias carótidas em pacientes com estenose da válvula aórtica (roncar). Avaliar localização, situação no ciclo cardíaco e intensidade (avaliada em cruzes) Exame cardiovascular Pulsações supra-esternal Pulsações epigástricas Exame cardiovascular Abaulamentos: podem indicar a presença de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. Retração inspiratória do terço inferior da região esternal e do apêndice xifóide: pericardite crônica adesiva (sinal de Wenckebach). Retração elástica da região infra-escapular esquerda, das costelas e dos terços intercostais: pleuropericardite adesiva posterior (sinal de Broadbent). Exame cardiovascular Ausculta: sons do cardíacos, que são chamados de bulhas cardíacas. Posição: Sentado (sons de alta intensidade), Deitado (todas as áreas) e Lateral esquerdo (todas as áreas e sons de baixa intensidade) A ausculta é realizada em pontos to tórax nos quais é captado o ruído das valvas. Essas áreas são chamadas focos de ausculta. Determinação da frequência cardíaca. Exame cardiovascular a) Área mitral (Foco Mitral-FM), se situa no 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração. b) Área tricúspide (Foco tricúspide-FT), na base do apêndice xifóide, no 4º espaço intercostal, ligeiramente para a esquerda. c) Área aórtica (Foco aórtico-FAo), no 2º espaço intercostal à direita, junto ao esterno; d) Área pulmonar (Foco pulmonar-FP), no 2º intercostal à esquerdoa, junto ao esterno. Além destas áreas, costuma-se denominar de foco aórtico acessório (FAa) no 3º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. Exame cardiovascular Exame cardiovascular Bulhas Cardíacas - Componentes do ciclo cardíaco: B1- início da sístole ventricular. B2- final da sístole e princípio da diástole. B3-B4. Fechamento das válvulas cardíacas Exame cardiovascular Primeira bulha: o principal elemento de formação é o fechamento das valvas mitral e tricúspide, o componente mitral antecedendo o tricúspide. - Coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo. - Timbre mais grave e tempo de duração menor que a 2ª bulha. - Para representá-la usa-se a expressão onomatopaica TUM. - Condições normais: maior intensidade no foco mitral. Exame cardiovascular Segunda bulha: é composto por quatro grupos de vibrações, mas somente são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. - Na base do coração é, normalmente, mais alta que a B1. - Ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial, enquanto que o pulmonar é mais limitado a área pulmonar. - Normalmente o componente aórtico precede o pulmonar. - Timbre mais agudo, soa de maneira mais seca, desiguinado pela expressão TÁ. Exame cardiovascular Terceira bulha: é um ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina das vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. - 3ª bulha normal é observada em crianças e adolescentes, raramente em adultos. - É mais audível na área mitral em decúbito lateral esquerdo. Quarta bulha: ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida em condições normais em adultos jovens. - Em idos pode ser audível, não necessariamente patológica. Exame cardiovascular INTERVALO MAIS CURTO INTERVALO MAIS LONGO Exame cardiovascular Alterações: - Hiperfonese de B1: estenose mitral - Desdobramento de B1: (tum-tá) bloqueio de ramo direito - Mascaramento de B1: sopro sistólico de regurgitação (insuficiência mitral ou tricúspide). - Hiperfonese de B2: persistência de canal arterial e comunicação interatrial - Mascaramento de B2: extra-sístoles, estenose aórtica, estenose pulmonar e miocardiopatias. Exame cardiovascular Alterações: - B3 patológica: está presente em cardiopatias como insuficiência mitral, insuficiência cardíacacongestiva, miocardite, miocardiopatias, comunicações interatriais ou interventriculares e persistência de canal atrial. - B4 patológica: presentes nas lesões estenóticas das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar), HÁ, doença coronariana aguda ou crônica, miocardiopatias e estenose aórtica. - Sons de galope: aplicável ao ritmo tríplice por B3 ou B4 patológicas ex. “pá-tá-tá - pá-tá-tá”. Indica sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca. Exame cardiovascular Estudo complementar!!! - Arritmias cardíacas Por perturbação na formação dos estímulos Por perturbação na condução dos estímulos Perturbação na formação e condução dos estímulos Exame vascular Exame vascular Pulsação jugular interna: raramente palpável, aspecto ondulante e suave, constituído por duas elevações e duas depressões, mais evidente na posição horizontal, modifica-se com a respiração. Pulsação carotídea: facilmente palpável, galope vigoroso, pulsátil, percebida em qualquer posição, não é afetada pelos movimentos respiratórios. Alterações: ingurgitamento jugular em posição semi-sentada – indica compressão de veia cava superior, insuficiência ventricular direita e pericardite constritiva. Exame vascular Alterações de pulsação: - Frequência: taquicardia e taquisfigmia – freq. Acima de 100bcp (febre, hipertireoidismo, insuficiência cardíaca, miocardite, colapso periférico e hipervolemia). bradicardia e bradisfigmia – freq. Menor que 60bcp (infecções, hipertensão intracraniana, icterícia, comprometimento do nó atrial, bloqueio atrioventricular). déficit de pulso – frequência cardíaca maior que a de pulso, causado por arritmias. - Ritmo: ver arritmias - Ondas de pulso: célere, bisferiens, alternante, bigeminado ou dicrótico, paradoxal e filiforme. - (temas para estudo complementar) Exame vascular Examinar os MMSS E MMII comparando entre um membro e outro: Pulso, tamanho e simetria dos MMSS E MMII, cor, textura da pele e dos leitos ungueais, distribuição pilosa, padrão e evidência de dilatação venosa, pigmentação, erupção, cicatrizes e úlceras. (Pode ser realizado no momento do exame do aparelho locomotor) Exame físico vascular arterial Inspeção: elevação das extremidades - os membros inferiores são elevados entre 45º e 60° e após os membros são colocados em posição pendente. Tempo de enchimento venoso normal: 10 segundos. Quando há obstrução no sistema arterial, esse tempo é retardado. Após o enchimento venoso aparece o rubor pendente. (teste de Buerger) Exame vascular Exame físico vascular arterial Inspeção Teste de Buerger HIPEREMIA/COLORAÇÃO AZUL-AVERMELHADA (RUBOR) Palidez Exame vascular Palpação - Temperatura: a diminuição da temperatura (esfriamento). - Frêmitos: a palpação de um frêmito sistólico. - As artérias devem ser palpadas tanto no plano superficial quanto no plano profundo. O pulso arterial é graduado de zero a quatro cruzes, podendo estar normal (4+), diminuído (1 a 3+) ou abolido (0). A ausculta é realizada para detectar frêmitos, oclusão arterial. Exame vascular Exame físico vascular venoso Inspeção: a pele que recobre a veia apresenta-se avermelhada no seu trajeto e com o decorrer do tempo pode se tornar de cor marrom acastanhada. Manchas ocres ou hiperpigmentação localizam-se no terço inferior da perna na face medial, verificar a presença de eczema, de edema e úlcera que em geral estão junto ao maléolo medial. Palpação: nota-se um cordão endurecido, doloroso e um pequeno aumento da temperatura no trajeto venoso. Exame vascular Exame físico vascular venoso O edema é superficial atingindo apenas a pele e tecido celular subcutâneo. Sintomas: Dor (Sinal de Bancroft), Edema do tecido subcutâneo, Edema muscular-pantorilha (Sinal de Bandeira) com aumento da consistência muscular, Dor no trajeto venoso, Sinal de Homans, dilatação de veias superficiais, cianose. Sinal de Bandeira Sinal de Bancroft Sinal de Homans Exame físico – vascular/linfática Inspeção/palpação - Edema duro unilateral do membro, não depressivo. Consiste no aumento do volume do membro que altera o seu aspecto normal. - Hiperpigmentação. - Apresenta verrucosidades principalmente na face dorsal dos dedos. - Erisipela (Linfangite). Corresponde a uma infecção do tecido celular subcutâneo e de sua rede linfática com placas de hipertemia e hiperemia dolorosa. Exame físico – vascular/linfática LINFAEDEMA Hiperemia cutânea Exame cardiovascular Exemplo de descrição de exame físico cardiovascular – exame do precórdio - Inspeção: Precórdio calmo. Ausência de abaulamentos e retrações. Ausência de pulsações visíveis e palpáveis nas regiões para-esternal, epigástrica, supra-claviculares e em fúrcula. - Palpação: Ictus cordis visível e palpável no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular esquerda com frequência de 75 bpm, rítmico, de amplitude normal. - À ausculta observa-se ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, ausência de sopros, "clicks", estalidos e de atrito pericárdico. Exame cardiovascular Exemplo de descrição de exame físico cardiovascular – exame do sistema arterial - Pulsos arteriais temporais, carotídeos, braquiais, radiais, femorais, poplíteos, tibiais posteriores e pediosos palpáveis e simétricos, sem particularidades. - Pulso radial rítmico, com frequência de 75 bpm (frequência cardíaca = frequência de pulso), e amplitude, tensão e forma normais. Exame cardiovascular Exemplo de descrição de exame físico cardiovascular – exame do sistema venoso - Ausência de turgência jugular a 45º. Pulso venoso jugular não visível. Ausência de sinal de Bandeira, Sinal de Holmans e empastamento do membro inferior. - Ausência de varizes em membros inferiores (em posição ortostática ). EXAME FÍSICO SISTEMA RESPIRATÓRIO Sistema respiratório Vias aéreas superiores e inferiores Sistema respiratório Dados de anamnese (investigar queixas, sintomas, início, duração, evolução, formas de alívio, história familiar de doenças respiratórias, hábitos pessoas). Queixas respiratórias mais comuns: - Dispneia - Tosse - Expectoração - Hemoptiase - Dor torácica - Rouquidão Sistema respiratório Dispneia: dificuldade respiratória - Paciente pode referir: falta de ar, sufocação, aperto no peito, perda do fôlego ou respiração curta. - Investigar: aos esforços, em repouso, por obstrução, outros sinais/sintomas associados - Sinal: utilização das musculatura acessória (esternocleidomastóideos, escalenos e trapézio), retração das fossas supraesternal e supraclavicular e o batimento das asas do nariz. - Significado: dispneia súbita, sem causa aparente, pode advir de pneumotórax espontâneo, embolia pulmonar ou infarto do miocárdio. Sistema respiratório Tosse: resposta reflexa a estímulos irritantes na laringe, na traqueia ou nos brônquios, decorrentes de agentes internos ou externos. - Investigar: frequência, intensidade, horário, dor, seca ou produtiva, se consegue alívio e como. - Significado: produtiva – visa eliminar as secreções que se acumulam em muitas alterações pulmonares; seca – fenômeno irritativo cujo estímulo pode ser mecânico ou químico; Sistema respiratório Expectoração: no geral doenças respiratórias resultam na produção de escarro – substância expelida pela tosse. - Investigar características: cor – claro, amarelo, verde, ferruginoso, róseo, sanguinolento. odor qualidade – aquoso, mucoide, espumoso, espesso. quantidade – colher de chá, de sopa ou xícara. - Modificações de tais características - Início, frequência e relação com a posição Sistema respiratório Hemoptiase: expectoração de sangue pela boca. - Investigar: origem (pulmões, sangramento nasal, estômago), se resultado de tosse forçada, frequência e quantidade, relação com esforço e repouso. - Sangue proveniente dos pulmões – vermelho vivo, com algumas porções espumosas, podendo ser vermelho escuro ou acastanhado. Sistema respiratório Dor torácica: pode estar associada a problemas pulmonares ou cardíacos. (diferenciar) Tecido pulmonar e a pleura visceral são insensíveis à dor. Pleura parietal, vias aéreas, parede torácica, diafragma e estruturas mediastinais. - características: queimação constante e persistente (retroesternal) ou de forma aguda, com uma pontada que se acentua com o movimento e a inspiração profunda. - Investigar: existênciade outros sintomas Febre, tosse e expectoração= pneumonia Fadiga e tosse persistente= tuberculose ou neoplasia Sistema respiratório Rouquidão: resultantes de alterações na laringe e cordas vocais. Tumor pulmonar ou aneurisma de aorta, que lesam o nervo laríngeo recorrente. Investigar também: história clínica e pregressa, história profissional e estilo de vida, alterações de sintomas respiratórios, doenças comuns de infância, alergias e imunizações. Exame físico: Sistema respiratório Propedêutica: - Inspeção (estática e dinâmica) - Palpação - Percussão - Ausculta Marcos anatômicos das regiões posterior, anterior e lateral do tórax. Para definir uma anormalidade é preciso definir sua localização em duas dimensões: ao longo do eixo vertical e em torno da circunferência torácica. Região anterior: linhas (exame físico geral) Exame físico: Sistema respiratório Exame físico: Sistema respiratório Verticalmente: numerar as costelas e os espaços intercostais. O ângulo esternal, ou ângulo de Louis, é o melhor parâmetro a ser utilizado. Exame físico: Sistema respiratório Posterior: o ponto inicial para contagem de costelas e espaços intercostais dá-se pela palpação da borda inferior da 12ª costela, seguindo obliquamente em direção ao ângulo inferior da escápula. Exame físico: Sistema respiratório Inspeção do tórax anterior Exame físico: Sistema respiratório Inspeção do tórax posterior Exame físico: Sistema respiratório Tórax anterior (6 regiões) 1-Esternal 2-Supra esternal 3-Hemiclavicular 4-Infra clavicular 5-Mamária 6-Inframamária Tórax Lateral (2 regiões) 7-Axilar 8-Infraaxilar Tórax posterior (4 regiões) 9-Supra escapular 10-Escapular 11-Interescalpulo -vertebral 12-Infraescapular Exame físico: Sistema respiratório Inspeção estática Condições gerias da pele: -presença de cicatrizes, especialmente de toracotomia, drenagem torácica e mastectomia e suas descrições; -coloração, cianose (azulada ou arroxeada) -presença e localização de fístulas; sistema venoso visível normalmente e circulação venosa colateral; -presença de edema; -presença de atrofias musculares, abaulamento e retrações. - alteração ósseas e articulares Baqueteamento digital (falanges e unhas apresentam um formato de bulbo) Forma tórax (inspeção geral do tórax) Exame físico: Sistema respiratório Inspeção dinâmica - Tipo de respiração - Ritmo respiratório - Movimentação da caixa torácica – amplitude ou profundidade de expansão (superficial ou profunda). - Frequência respiratória – 12 a 22 rpm (adultos) - Tiragem - Expansibilidade dos pulmões Exame físico: Sistema respiratório Tipo de respiração: para o reconhecimento do tipo respiratório, observa-se atentamente a movimentação do tórax e do abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos. - Costal superior: sexo feminino, ações dos músculos escalenos e esternocleidomastóideo, os quais deslocam para cima e para frente a parte superior do tórax. - Toracoabdominal: sexo masculino, musculatura diafragmática. Crianças e ambos os sexos na posição deitada. - Importância: diagnóstico de fadiga e da paralisia diafragmática. Exame físico: Sistema respiratório Ritmo respiratório: observar durante certo tempo, a sequência, a forma e amplitude das incursões respiratórias. Ritmos respiratórios anormais - Respiração dispneica: insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias graves. - Platipneia: dificuldade de respirar na posição ereta, aliviada na posição deitada (contrário a dispneia de decúbito), após pneumectomia. - Ortopneia: dificuldade de respirar na posição deitada. - Trepopneia: conforto para respirar em decúbito lateral, insuficiência cardíaca congestiva e no derrame pleural. Exame físico: Sistema respiratório - Respiração de Cheyne-Stokes: também chamada de dispneia periódica. Períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando períodos de apneia. Anormalidade da sensibilidade do centro bulbar que comanda a respiração. Observada em RN normais. Patológico: insuficiência cardíaca grave, acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranio- encefálicos, intoxicações por morfina ou barbitúricos. - Respiração de Biot: também denominada ataxia, caracteriza-se por ser irregular na velocidade e amplitude, além de cessar por curtos períodos. Causas: depressão respiratória e lesão cerebral no nível bulbar, meningite, neoplasias, hematoma extradural, estado comatoso e comprometimento do encéfalo. INDICA SEMPRE MAL PROGNÓSTICO! Exame físico: Sistema respiratório - Respiração de Kussmaul: respiração profunda, sua frequência pode ser norma, rápida ou lenta. Caracteriza-se por inspirações rápidas e amplas, intercaladas por curtos períodos de apneia e expirações profundas e ruidosas (respiração de um peixe fora d’água). Associada: acidose metabólica, cetoacidose diabética e insuficiência renal com uremia. - Respiração suspirosa: é aquela na qual, vez por outra, interrompendo a sequência regular de incursões respiratórias, aparece uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada. Suspiros passam a interromper o ritmo normal. Normal: suspiros profundos de cunho emocional. Patológico: transtorno de ansiedade. Exame físico: Sistema respiratório Frequência respiratória Varia com a idade Ex. RN 40 a 45rpm. Eupneia: frequência normal. Alterações de frequência respiratória - Taquipneia: frequência acima dos valores normais, rápida e superficial, acompanhada ou não de dispneia. Patológico: doenças pulmonares restritivas, dor torácica, distúrbios do diafragma e alcalose metabólica. Aparece na febre. - Bradpneia: frequência inferior dos valores normais. Patológica: coma diabético, depressão do centro respiratório, aumento da pressão intracraniana e intoxicações exógenas. - Apneia: parada dos movimentos respiratórios. Exame físico: Sistema respiratório Tiragem: nas regiões axilares e infra-axilares os espaços intercostais apresentam ligeira depressão durante a inspiração. - Quando existe um obstáculo em uma via aérea, dificultando ou impedindo a penetração do ar, a parte correspondente do pulmão não se expande. Ocorre a depressão dos espaços intercostais. - A localização da depressão determina a amplitude da área de tiragem: restrita, unilateral (observada em um hemitórax na oclusão de um brônquio principal) ou bilateralmente (oclusão mecânica acima da bifurcação traqueal). Exame físico: Sistema respiratório Expansibilidade dos pulmões: pode ser avaliada pela inspeção, mas será melhor analisa pela palpação. É importante avaliar se a respiração está sendo auxiliada pela ação dos músculos acessórios, sinal precoce de obstruções das vias aéreas. Os músculos acessórios auxiliam na ventilação porque elevam a clavícula e a parede torácica anterior, aumentando a pressão intratorácica negativa e o volume pulmonar. Retração das fossas supraclaviculares e espaços intercostais. Exame físico: Sistema respiratório Palpação - Traqueia: o examinador posiciona suavementeo dedo em um dos lados da traqueia e observa os espaço entre ele e o esternocleidomastóideo, que devem ser simétricos. Pesquisar massas, crepitações ou desvio da linha média, - Estrutura da parede torácica: pele, tecido celular subcutâneo, músculos, cartilagens e ossos. Exame físico: Sistema respiratório - Expansão ou mobilidade torácica: - A pesquisa deve ser feita dos ápices até as bases pulmonares na parte posterior do tórax e sobre os hipocôndrios com os polegares na base do apêndice xifoide na parte anterior. - Observar a amplitude e simetria do movimento e localização das anormalidades. expansibilidade dos ápices – atrás do paciente, posicionando as mãos espalmadas, de tal modo que os polegares se toquem em ângulo quase reto, no nível da vértebra proeminente. Solicita-se que o paciente respire fundo*, observando a movimentação simétrica ou não de suas mãos. expansibilidade das bases – mão espalmada na face posterior do tórax. Os polegares encontram-se na linha média, na altura da décima vértebra. Expansibilidade posterior Ápices Bases – região média Expansibilidade posterior Bases, região inferior Expansibilidade anterior Exame físico: Sistema respiratório Alterações: Diminuição da expansibilidade - Assimetria unilateral Apical – processo infeccioso ou cicatricial do ápice pulmonar; Basal – ocorre no derrame pleural, nas hepatomegalias e esplenomegalias, Difusa – pneumotórax, hidrotórax, atelectasia, pleurodinia e traumatismo. - Assimetria unilateral Ápices – processo infeccioso ou cicatricial; Bases – gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural bilateral; Difusa – enfisema pulmonar, esclerodermia e senilidade. Exame físico: Sistema respiratório - Frêmito toracovocal: é a sensação vibratória percebida pela palma da mão quando o paciente emite um som. Técnica: Em geral pede-se ao paciente que diga “trinta e três”. A pesquisa é feita colocando a mão direita espalmada sobre o tórax comparando em regiões homólogas a intensidade da vibração. Observar se ele apresenta-se aumentado, normal, diminuído ou abolido, sempre em comparação dos dois hemitórax. Atentar para variações fisiológicas: é mais fraco em mulheres, parede torácica espessa, voz débil. A intensidade não é igual nas diferentes partes. Ex. maior nitidez é notada no ápice direito. Aumento: consolidação de uma área pulmonar (pneumonias e infarto do pulmão). Diminuição: impedimento de transmissão da ondas, afastamento do pulmão da parece torácica (derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax e enfisema pulmonar) Locais de palpação dos frêmitos Exame físico: Sistema respiratório Percussão - Faces anterior e laterais, o paciente pode estar sentado ou deitado. - Face posterior: só é possível sentado. - Faces laterais: o paciente deve colocar suas mãos na cabeça. - Técnica de Percussão: dígito-dital - Convém iniciar pela face anterior, indo de cima (ápices) para baixo (bases), golpeando um lado e o outro em pontos simétricos. Regiões laterais e concluiu-se com face posterior. Exame físico: Sistema respiratório Locais para percussão e ausculta Exame físico: Sistema respiratório Na região pulmonar percutimos 3 sons fisiológicos: - Som claro pulmonar ou Som claro atimpânico – quando percutimos sob os pulmões. - Som submaciço – quando percutimos o pulmão sob uma víscera. - Som Maciço – som opaco, quando percutimos em cima de uma víscera (baço e fígado). Exame físico: Sistema respiratório Alterações na percussão: onde deveria ser som claro pulmonar - Hipersonoridade pulmonar: aumento de ar nos pulmões ou no espaço pleural, sendo mais intensos e timbre mais grave que o som claro pulmonar (pneumotórax e enfisema pulmonar). - Som maciço: diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar, indicam a redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos (derrames ou espessamento pleurais, condensação pulmonar). - Som timpânico: ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou numa cavidade intrapulmonar. Exame físico: Sistema respiratório Ausculta - Posição: sentado com o tórax totalmente descoberto. - Avaliar: características dos ruídos, presença de ruídos adventícios e característica da voz fala e sussurrada. - Descrição dos achados: tipo, localização, quantidade e fase (inspiratório, expiratório, ambos). Exame físico: Sistema respiratório Exame físico: Sistema respiratório Sons normais Exame físico: Sistema respiratório Exame físico: Sistema respiratório Som traqueal: audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e na região esternal. Origina-se da passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia. - diferencia-se os dois componentes: Inspiratório: ruído soproso, mais ou menos rude. Expiratório: um pouco mais forte e mais prolongado. Respiração brônquica: som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax e nas proximidades do esterno. Timbre agudo, intenso e seco. Componente expiratório menos intenso. Nas áreas que correspondem à condensação pulmonar, ouve-se a respiração brônquica no lugar do murmúrio vesicular. Exame físico: Sistema respiratório Murmúrio vesicular: ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax. São produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes. Mais intenso nas bases pulmonares. - Tem timbre grave e suave. - Mais forte, prolongado e a tonalidade mais alta na fase inspiratória. - Não se percebe um intervalo silencioso entre as duas fases, como se percebe no som traqueal. - Comparado com a respiração brônquica é mais fraco e mais suave. Exame físico: Sistema respiratório Alterações do Murmúrio vesicular: - Diminuição: presença de ar, líquido ou tecido sólido na cavidade pleural, enfisema pulmonar, obstrução das vias aéreas superiores, oclusão parcial ou total dos brônquios e bronquíolos. - Aumento da intensidade: respiração ampla com a boca aberta, após esforço. - Prolongamento da fase expiratória: asma brônquica, enfisema, bronquite espastiforme e traduz de modo objetivo a dificuldade de saída do ar. Exame físico: Sistema respiratório Respiração broncovesicular: somam-se as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular. - Inspiração e expiração tem igual magnitude. - Auscultada na região esternal superior, interescápulo- vertebral direita e ao nível da terceira e quarta vértebras dorsais. - Sua presença em outras regiões indica condensação pulmonar, atelectasia por compressão ou presença de caverna. Exame físico: Sistema respiratório Sons anormais descontínuos Estertores ou creptações: ocorre quando ocorre abertura súbita das pequenas vias aéreas contendo pequena quantidade de líquidos. Durante a inspiração e expiração. Não desaparecem com a tosse ou mudança de posição. Edema pulmonar, fibrose, bronquite, bronquiectasia e pneumonia. - Estertor fino/crepitantes: ocorre do meio para o final da inspiração. Som de frequência alta, agudo e curta duração. Não se altera com a tosse, modificam-se com a mudança de posição do paciente influenciados pela gravidade. Bases pulmonares. - Estertor grosso/crepitantes: tem maiorduração e menor frequência de oscilação. Pode ser auscultado em qualquer região do tórax e ocorrer desde o início da inspiração e toda a expiração. Modifica-se com a tosse e não se altera com a posição do paciente. Exame físico: Sistema respiratório Sons anormais contínuos - Roncos e sibilos: têm o mesmo significado, mas com tonalidades diferentes. Roncos – ocorrem em consequência da passagem do ar por estreitos canais repletos de líquidos/secreções. Predominam na expiração (pneumonia, bronquite). Sibilos – ruídos musicais ou sussurrantes, decorrentes da passagem do ar por vias aéreas estreitadas. Inspiração e expiração (asma e broncoconstrição). - Estritor/cornagem: ruído inspiratório, som produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia. Sua intensidade se modifica com a respiração (difteria, laringite, estenose de traqueia). Exame físico: Sistema respiratório Sons anormais de origem pleural - Atrito pleural: decorre da inflamação pleural, apresenta- se como um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, frequentemente comparado com o ranger de couro atritado. Tem grande duração, baixa frequência e tonalidade grave, mais comum nas regiões axilares inferiores. Exame físico: Sistema respiratório Ausculta da voz : voz fala e cochichada. Trinta e três O som produzido pela voz na parede torácica é chamado de ressonância vocal. - Quando há aumento da ressonância vocal: broncofonia: Quando se ouve com nitidez a voz falada; pectorilóquia fônica: quando o mesmo ocorre com a voz cochichada (normalmente não se ouve). egofonia: é um tipo de broncofonia, o som apresenta-se nasalado e metálico. ESTUDO COMPLEMENTAR Síndromes brônquicas e pleuropulmonares Literatura sugerida: exame clínico (PORTO, 2004). - SONS DA AUSCULTA - VÍDEOS AULAS OBS. Exame das mamas veremos no sistema genital EXAME FÍSICO DO ABDOME Sistema gastrointestinal Sistema geniturinário PROPEDÊUTICA: Pontos de referência anatômicos do abdome Pontos de referência anatômicos do abdome Pontos de referência anatômicos do abdome Quadrante superior direito: lobo direito do fígado, vesícula biliar, piloro, duodeno, cabeça do pâncreas, flexura hepática do colo e parte do fígado. Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado, estômago, corpo do pâncreas, flexura esplênica do colo e parte dos colos transverso e descendente. Quadrante inferior direito: ceco, apêndice vermiforme e parte do colo ascendente. Quadrante inferior esquerdo: colo descendente e parte do colo sigmoide. Pontos de referência anatômicos do abdome 1- Hipocôndrio direito: parte do fígado e flexura hepática do colo. 2- Epigastro: cárdia, estômago, piloro, partedo fígado, colo transverso e pâncreas. 3- Hipocôndrio esquerdo: baço e flexura esplênica do colo. 4- Flanco direito: apêndice vermiforme, cedo, e colo ascendente. 5- Umbilical: grande epíplon, intestino delgado, íleo e gânglios mesentéricos. 6- Flanco esquerdo: colo descendente. 7- Inguinal direita: apêndice vermiforme. 8- Suprapúbica: bexiga e útero. 9- Inguinal esquerda: colo sigmoide. SISTEMA GASTROINTESTINAL Sistema gastrointestinal Sistema gastrointestinal Objetivo? Como atinge o objetivo? Quais são os principais sinais e sintomas? Sinais e sintomas Anorexia, emagrecimento, dor abdominal, polifagia, dispepsia, disfagia, soluço. Náuseas, vômitos, regurgitação, halitose, pirose, eructação, gastrite, úlcera, hematêmese, gastralgia. Icterícia, intolerância a alimentos gordurosos. Abdome Estômago Fígado Constipação, diarreia, tenesmo, enterorragia, acolia fecal, parasitoses, melena, sangue oculto. Intestinos Hemorroidas, fissura, fístula Ânus Exame físico Sistema gastrointestinal: normas gerais Posição do paciente - Decúbito dorsal - Expor o abdome completamente (privacidade, cobrir genitálias e mamas) - Área dolorosa é palpada por ultimo - Paciente com a bexiga vazia - Posição sentado na avaliação do sistema urinário Sistema gastrointestinal: anamsene Queixas atuais: início, duração, sinais e sintomas. Hábito alimentar Alteração de peso Sialorreia ou ptialismo Soluço Investigar os sinais e sintomas característicos de alterações Hábito intestinal Dor – qualificar Antecedentes pessoas e familiares Inspeção Pele Tecido celular subcutâneo Musculatura Circulação venosa Coloração da pele Presença de estrias Manchas hemorrágicas Distribuição de pêlos PARÂMETROS: Forma Volume Cicatriz umbilical Abaulamentos Retrações Movimentos Inspeção Forma e contorno - Normal/atípico: simetria - Abdome globoso: globalmente aumentado (gravidez, ascite, obesidade, pneumoperitônio, obstrução intestinal, grandes tumores policísticos do ovário e hepatoesplenomegalias volumosas), etc. - Abdome em avental: obesidade - Abdome em ventre de batráquio: ascite fase de regreção - Abdome escavado: pessoas muito magras Inspeção Cicatriz umbilical: protrusão – hérnia, acúmulo de líquido. Retrações, abaulado localizado: desidratação, caquexia, tumor (hepático, esplênico, pancreático). Circulação colateral: Pulsações intensas observadas: hipertensão portal, aneurisma da aorta, obstrução da veia cava. Movimentos: respiratórios, pulsações, peristálticos. - intensos: obstrução intestinal. Ausculta A ausculta deverá ser feita logo após a inspeção. Os sons intestinais normais são chamados de ruídos hidroaéreos e constituídos por estalidos e gorgolejos (sons de água) e borborigmo (ruído produzido pelo movimento de gás no canal alimentar. Descrever a frequência e a intensidade. Os sons abdominais: 1)diminuídos (atividade reduzida, obstrução); 2)ausentes (íleo paralítico) ou 3)aumentados (ruídos intestinais hiperativos). Sopros sistólicos ou sistodiastólicos (contínuos)= estreitamento da luz de um vaso (artéria renal ou aorta abdominal) ou de fístula arteriovenosa. 2 mim (até 5 min, auscultar todos os quadrantes). Percussão Posição: decúbito dorsal SONS ABDOMINAIS À PERCUSSÃO: Timpanismo Hipertimpanismo Submacicez Macicez OBJETIVO: Identificar o ar, gases e líquidos na cavidade abdominal e determinar o tamanho e a localização de vísceras sólidas ou massas. Percussão Determinação do limite superior do fígado - Percute-se o hemitórax direito ao nível da linha hemiclavicular direita desde sua origem na clavícula até o 4º ou 5º espaço intercostal; a partir daí desvia-se para fora. Continuando-se, para dentro, para baixo ou para fora. - Som claro pulmonar (inicio) - Som submaciço (5º ou 6º espaço intercostal - normal) – limite superior do fígado (abaixo= ptose hepática ou diminuição do fígado) - Som maciço – limite inferior do fígado O fígado normal mede de 6 a 12 cm de altura na linha mesoclavicular Percussão 4 quadrantes Som timpânico - Sons claros e timbre baixo - Estômago vazio - Intestinos Hipertimpanismo difuso: obstrução intestinal. Áreas extensas de macicez: massas órgãos aumentados. Percussão Ascite Percussão por piparote Sistematizar quantidade de líquido na cavidadeabdominal. Aspecto protuberante/globoso Cicatriz umbilical plana ou protrusa Palpação Técnica da palpação com a mão espalmada, na ordem: Palpação Superficial Palpação Profunda Palpação do Fígado Palpação do Baço Manobras especiais Objetivo: 1) Avaliar o estado da parede abdominal 2) Tamanho, forma e posição das vísceras e detectar alterações de sua consistência 3) Explorar a sensibilidade abdominal Palpação Palpar os 4 quadrantes em sentido horário, reservando- se para o final o exame daquelas áreas previamente mencionados como dolorosas ou sensíveis. Normal (pessoas magras e relaxadas): fígado, rins, aorta abdominal, ceco, cólon transverso e sigmóide. Superficial (1cm) investiga-se: - Sensibilidade - Resistência da parede - Continuidade da parede - Pulsações - Reflexo cutâneo-abdominal Palpação Sensibilidade - Palpar de leve a parede abdominal - Na vigência de DOR= hiperestesia cutânea - A localização e a irradiação da dor são características *Pontos dolorosos Palpação Pontos dolorosos – dor referida Palpação Pontos dolorosos – Ponto de McBurney (ponto apendicular) - Pressão progressiva, lenta e contínua, seguida da descompressão brusca. - Sinal de Blumberg : consiste na presença de dor durante uma descompressão súbita da parede abdominal. - Está geralmente associado à apendicite aguda quando presente na fossa ilíaca direita Palpação Resistência da parede - diferenciar voluntária (defesa) da involuntária, característica da resposta inflamatória do peritônio. Continuidade da parede abdominal - é possível reconhecer diástases (separação dos músculos) e hérnias Pulsações - podem ser visíveis ou palpáveis ou apenas palpáveis Palpação Profunda (5cm) investiga-se: - Delimita mais precisamente os órgãos abdominais e detecta massas menos evidentes. - Com o paciente respirando pela boca, com a mandíbula entreaberta, a parede abdominal é deprimida a cada expiração. - Não se consegue, em condições normais distinguir: estômago, duodeno, intestino delgado, vias biliares e os cólons ascendente e descendente. - Massas ou alterações: localização, forma, volume, sensibilidade, consistência, mobilidade e pulsatilidade. - Pacientes obesos: técnica bimanual. Palpação Palpação Normal: abdome liso, consistência macia, não tenso, não doloroso e sem órgãos aumentados ou massas. Estar atento as expressões do paciente. Palpação do Fígado - Hepatomegalia - Massas - Espessura da borda - Superfície - Sensibilidade Palpação Palpação Baço - Quadrantes superior esquerdo. - Palpar este órgão significa que seu volume está aumentado (dobro do seu tamanho) - Esplenomegalia (hipertensão portal, parasitoses, doenças infecciosas, anemias hemolíticas, linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, etc. ) Palpação Manobras especiais - Sinal de Rosving: identificado pela palpação profunda e contínua do quadrante inferior esquerdo, que produz dor intensa no quadrante inferior direito, mais especificamente na fossa ilíaca direita= sugestivo de apendicite aguda. Palpação Manobras especiais - Sinal de Marphy: deve ser pesquisado quando a dor ou a sensibilidade no quadrante superior direito indicarem colecistite. Ao comprimir o ponto cístico, solicita-se ao paciente que inspire profundamente. A resposta de dor intensa no ponto pressionado e a interrupção súbita da respiração caracterizam sinal de Murphy, indicativo de colecistite aguda. Palpação Manobras especiais - Sinal de Jobert: encontrando quando a percussão da linha axilar média sobre a área hepática produz sons timpânicos, em vez de maciços. Indica ar livre na cavidade por perfuração de vísceras oca. - Fígado e baço, situações especiais: Palpação bimanual Mão em garra: solicita-se que o paciente inspire profundamente, ao mesmo tempo em que se pressiona a parede abdominal para dentro e para cima. *fígado normalmente palpável cerca de 3 cm abaixo do rebordo costal Palpação ESTUDO COMPLEMENTAR Principais síndromes abdominais Exame do reto e ânus Pode ser realizado junto ao exame da genitália Exame do reto e ânus Inspeção: mãos enluvadas, afastar as nádegas com a mão esquerda. Na inspeção dinâmica, o paciente é orientado a fazer força para baixo e o enfermeiro poderá inspecionar o ânus detectando quaisquer alterações. Palpação: Mão enluvada e lubrificada. O examinador deve pesquisar formações tumorais e hipersisibilidade. Exame do reto: dedo indicador da mão direita, introduz no canal anal alcançando o reto. Girar o dedo palpando todas as faces, verificando áreas endurecidas, nódulos e impactação fecal. Homem: próstata, avaliar tamanho, consistência, presença de nódulos e sensibilidade dolorosa. Tônus esfincteriano: contração dos músculos anais. Avaliar presença de fezes, muco, sangue ou pus na luva SISTEMA GENITURINÁRIO Urinário Genitais Sistema Geniturinário O sistema renal e urinário é formado por dois rins, dois ureteres, bexiga urinária e uretra. Anatomia e fisiologia. Bexiga 400 a 500ml Atuação de hormônios 1- filtração glomerular 2- reabsorção de subs. Túbulos renais 3- secreção de subs. para os túbulos renais Sistema Geniturinário Propedêutica - inspeção, percussão, palpação e ausculta* (somente na identificação de sopros, sons murmurantes – estenose de artéria renal) Investigar sinais e sintomas: - Vias urinárias: urina (cor, odor, turvação, precipitações), alterações miccionais, edema de face, cólicas renais. - Genitais femininos externos: ciclo menstrual, menopausa, sangramentos, secreções, pruridos, lesões, dor, edema. - Genitais masculinos externos: secreções, lesões, pruridos, edema escrotal, dor. Sistema Geniturinário Investigar sinais e sintomas: - Queimação, dor, urgência ou hesitação para urinar - Presença de sangue na urina - Presença de febre nos últimos dias - Dores nas costas, direito ou esquerdo - Dores nas costas que se irradiam para o baixo ventre e seguem em direção às coxas - Perdas urinárias aos esforços - Sensação de que, após ter urinado, ainda resta urina na bexiga - Necessidade de acordar frequentemente a noite para urinar Sistema Geniturinário – Rins Posição para o exame: sentada ou em pé. O que deve ser inspecionado? - Aspecto da pele, saliências (abaulamentos) e simetria em flancos e fossas ilíacas. - Aspecto da urina: cor, odor. - Edema: região sacral, periorbital e de extremidades. - Alterações de peso e volume urinário. - Estado mental, encefalopatia urêmica. - Hálito urêmico. Sistema Geniturinário – Rins Posição para o exame: sentada ou em pé. Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito- digital. Percussão: Punho-percussão - processos inflamatórios agudos. Sinal de Giordano: positivo na presença de dor e negativo na ausência. Face interna da mão fechada: “Punho percussão”. Manobra – produzir reação dolorosa ou bilateral (pielonefrite aguda, obstrução urinária ou inflamação perinefrética). Sistema Geniturinário – Rins Percussão dos rins Percussão indireta Sinal Giordano Sistema Geniturinário – Rins Posição para o exame: supina (decúbitodorsal). Palpação: fornece melhores informações sobre o rim. Forma, tamanho, e presença de massas e líquido. Palpação bimanual: pessoas magras o polo inferior do rim direito (que é mais baixo que o esquerdo, normal) pode ser palpado na inspiração, mas não se consegue no rim esquerdo. Sistema Geniturinário – Rins Método de devoto: decúbito dorsal e com os joelhos levemente fletidos. Solicita-se ao paciente que tente relaxar o máximo possível a musculatura. O examinador deve sentar ao lado do órgão que pretende palpar. Coloca-se uma mão contraria ao rim a ser examinado, no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para a frente, enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal, procura sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória. Sistema Geniturinário – Rins Método de devoto Sistema Geniturinário – Rins Método de Israel: decúbito lateral oposto ao rim que se quer examinar. A coxa correspondente ao órgão que será examinado deverá ficar fletida sobre a bacia e o outro membro em extensão. O examinador fica do lado que se vai palpar, colocando uma das mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para a frente. Com a outra mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal, o examinador procura pinçar o rim na sua descida inspiratória. Tem a vantagem de se deslocar o rim mais para baixo e para dentro, afastando-o das outras estruturas. Sistema Geniturinário – Rins Método de Israel Sistema Geniturinário – Rins Os rins são indolores, duros, de superfície regular e, nos casos normais, de forma não muito nítida, em virtude de apenas seu polo inferior ser acessível a palpação. Rins policísticos: “saco de laranjas”. Neoplasia: aumento de volume e superfície nodular. Sistema Geniturinário – Bexiga Posição: decúbito dorsal Normal: não é visível ou palpável quando vazia. Quando ocorre um enchimento acentuado pode-se visualizar um abaulamento esférico e a bexiga torna-se palpável e percutível acima do nível da sínfise púbica; à palpação, é mole, depressível, de formato esférico e indolor. Sistema Geniturinário – Bexiga Inspeção: observar o aspecto da região suprapúbica, quanto a abaulamentos, lesões e estomas bexiga distendida (retenção urinária). Palpação: deve ser feita com as mãos em garra, aprofundando-as na expiração e deslizando em todos os sentidos, de fora para dentro, procurando delimitar a bexiga. Massas palpáveis sensíveis ou dolorosas, de consistência firme (tumor) ou cística (retenção urinária). Percussão: Faz-se de fora para dentro, no sentido do abaulamento. Na retenção urinária de grande volume o sinal de piparote é positivo. Sistema Geniturinário – Bexiga Palpação da bexiga 2 cm acima do nível da sínfise púbica: região firme e lisa Alterações na eliminação urinária Oligúria - diminuição do débito urinário, inferior a 400 mL/dia Polaciúria - aumento do vol. urinário, acima de 1800 mL/dia Anúria - débito urinário inferior ao vol. De 50 mL/dia Hematúria - presença de sangue na urina Disúria - micção acompanhada de dor Incontinência urinária - perda involuntária de urina Urgência urinária - necessidade súbita de urinar Retenção urinária - não esvaziamento da bexiga Enurese - perda involuntária de urina durante o sono (até 3 anos fisiológica) Piúria - presença de pus na urina, turva com sedimentos Nictúria - necessidade de urinar durante a noite Sistema geniturinário - órgãos genitais masculinos Posição: em pé ou supina Inspeção e Palpação Higiene, lesões, drenagem de secreções, sinais de inflamação, tamanho do meato uretral, etc. Sistema geniturinário - órgãos genitais masculinos Inspeção e Palpação 1)Região do prepúcio: registrar se o paciente foi circuncidado, se negativo retrair prepúcio e expor a glande (ou pedir que ele o faça). - Fimose (dificuldade para exteriorizar a glande). - Parafimose (dificuldade ou impossibilidade de reduzir o prepúcio). - Lesões e ulcerações devem ser descritas. Sistema geniturinário - órgãos genitais masculinos Inspeção e Palpação 2) Glande e sulco bálano-prepucial: - Acúmulo de esmegma (falta de higiene) - Lesões decorrentes de DST (formação de verrucosas, vesículas, ulcerações) ou de carcinomas. 3) Meato urinário: localizado na ponta da glande. - Abertura insuficiente do meato (estenose). - Hipospadia (meato se abre ao longo da face ventral do pênis ou no períneo). - Epispadia: (meato se abre na face dorsal do pênis). Sistema geniturinário - órgãos genitais masculinos Inspeção e Palpação 4) Uretra: - Palpação dolorosa - Drenagem de secreção (mucosa, mucopurulenta ou sanguinolenta). - Áreas endurecidas (estenose da uretra). 5) Escroto: - Simetria, escoriações na pele: pesquisar lêndeas, piolhos nos pêlos. - Lesões: dor, massas palpáveis, edemas. 6) Períneo e verilha: hérnias (tossir), gânglios linfáticos. Sistema geniturinário - órgãos genitais masculinos Sistema geniturinário - órgãos genitais femininos Posição: ginecológica ou litotomia é a mais adequada. Inspeção - vulva, períneo, monte púbico ou de vênus. (tamanho, forma, secreções, simetria, coloração, integridade) Sistema geniturinário - órgãos genitais femininos Inspeção e palpação 1) Monte Pubiano - lêndeas e piolhos, lesões, leucoplasias (placas esbranquiçadas com espessamento do tecido cutaneomucoso, consideradas lesões pré-cancerosas), edema, prurido, eritema. Sistema geniturinário - órgãos genitais femininos Inspeção e palpação 2) Grandes e pequenos lábios - edemas, lesões, nódulos, parasitas, atrofias, etc. 3) Vestíbulo - drenagem de secreção, coloração, etc. 4) Clitóris - inflamações, lesões. 5) Meato uretral - hiperemia, dor à palpação, drenagem de secreção, eritemas, etc. 6) Glândulas de Bartholin - edema, drenagem de secreção, dor à palpação, etc. Sistema geniturinário - órgãos genitais femininos Sistema geniturinário – mamas Exame Físico das mamas Exame Físico das mamas Massa palpável - Localização – determinar o quadrante - Consistência – edematosa, cística, forme, endurecida ou macia - Mobilidade – fixa ou móvel - Tamanho – redonda (diâmetro), oval (maior diâmetro), , comprimento, largura e espessura - Dor – sensível insensível - Textura – uniforme, nodular, glanular Exame Físico das mamas Expressão mamilar - Serosa – líquido claro e fluido - Serossanguinolenta – líquido aquoso rosado - Purulenta – líquido espesso, amarelado - Situação normal – gravidez e lactação - Colostro – líquido claro e turvo - Secreção láctea – leite Exame Físico das mamas - APARELHO LOCOMOTOR - CONDIÇÃO NUTRICIONAL E DE HIDRATAÇÃO Estudo dirigido Aula de quinta 15/05 Exame físico aparelho locomotor JÁ VIMOS: Força muscular e sensibilidade (neurológico) Alterações de MMSS e MMII (cardiovascular) Inspeção do aspecto geral (exame físico geral e tegumentar) Marcha (exame físico geral e nerulógico) Alterações de coluna (algumas no exame do tórax) Exame físico aparelho locomotor O que vocês vão estudar?? - Articulações - Grau de mobilidade - Coluna cervical - Ombro - Cotovelo - Mão e punho - Quadril e pelve- Joelho - Tornozelo e pé - Coluna lombar Condição nutricional e hidratação Medidas antropométricas – dados de referência, achados e significados Sinais Físicos indicativos de um Bom estado nutricional Equilíbrio hidroeletrolítico e ácidos- básicos ESTUDO DIRIGIDO PRÉ PRÁTICA E PROVA Exercícios Fim da teoria Vamos à prática !! Referências ALBA, L. B. L. B. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. BEVILACQUA, F. et al. Manual do Exame Clínico. 13. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2003. 392p. HELLMANN, C. G. Cultura, Saúde e Doença. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. POTTER P. A. Semiologia em enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002. PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. POSSO, M. B. S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Ediora Atheneu, 2006. 18p.