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SEMIOLOGIA 
A clínica diária depende da habilidade e do 
raciocínio, sendo, cada diagnóstico um desafio, um 
problema que precisa ser solucionado. Já a semiologia 
é a parte da medicina que estuda os métodos de exame 
clínico, pesquisa os sintomas e os interpreta, reunindo 
elementos necessário para construir o diagnóstico e 
presumir a evolução da enfermidade. 
A semiologia é o estudo dos meios e métodos do 
exame clínico, através da organização de um plano do 
exame clínico. É necessário questionar e pesquisar os 
sinais clínicos e interpretar os achados do exame físico 
É necessário ter uma suspeita clínica, visando 
chegar ao diagnóstico e tratamento efetivo. 
 
A) Semiotécnica: técnica de exame clínico 
- Física: alterações anatômicas do animal 
 * Utilização dos 5 sentidos para captar informações 
 * Ex: Chega um animal atropelado na clínica e você 
vê o animal claudicando, portanto, você utiliza da visão 
para observar o que provavelmente pode ter 
acontecido. Não precisa apalpar necessariamente para 
saber o que descobriu. 
- Funcional: alterações fisiológicas 
 * Avalia como estão os órgãos por meio de exames 
complementares, como exames laboratoriais, 
eletrocardiograma, ultrassom... 
 * Ex: O animal que chegou claudicando, faz exames 
para identificar a causa do ocorrido, como o Raio-x. 
 
B) Clínica Propedêutica: Organização dos dados 
obtidos na anamnese e exame físico, bem como sua 
interpretação, visando formar a base para o diagnóstico 
- É saber juntar as informações para chegar em um 
diagnóstico (anamnese + exames físicos) 
- É um dos principais motivos de ações contra médicos 
veterinários. 
 
C) Semiogênese: estuda a fisiopatologia dos sinais 
clínicos e como se desenvolvem. 
- Vômito e diarreia (a definição técnica de vômito é um 
movimento de defesa da parte gástrica, onde tem 
fechamento do piloro e abertura da cárdia, e contração 
abdominal, mediado pelo centro do vômito) 
- Tosse e espirros (a definição técnica de tosse é um 
reflexo de defesa do sistema respiratório, e espirro, 
também é um reflexo do sistema respiratório, só que 
superior, a nível de seio nasal) 
- Dor abdominal (Saber quais são os órgãos presentes 
no abdômen, topograficamente – prova!) 
 
Animais não possuem sintomas e sim, sinais clínicos. 
 
- Sintomas: sensação subjetiva descrita pelo paciente e 
que os médicos não identificam. 
 * Ex: dormência das pernas 
- Sinais clínicos: organismo manifesta quando 
apresenta uma afecção e notada pelo examinador 
(médico veterinário) 
 * Ex: febre, apatia, taquicardia, taquipineia, dor... 
 
1) Sintoma é um indício de doença, e o sinal clínico é o 
raciocínio feito após a observação de um sintoma. Ex: 
Ascite 
2) Sintoma é um fenômeno anormal revelado pelo 
animal, e o sinal clínico são todas as informações 
obtidas pelo clínico ao final do exame físico. 
3) Não existe sintomas na medicina veterinária, pois os 
animais não expressão verbalmente o que sentem. 
 
 
Quanto a apresentação: 
A) Objetivos: observados pelo proprietário e o 
veterinário durante o exame físico. Resultado do exame 
físico. 
B) Subjetivos: aqueles que o paciente revela para o 
médico 
 
Quanto a mecanismo de produção: 
A) Funcional: alterações da função de um órgão, 
como por exemplo, um sopro cardíaco. 
B) Anatômico ou físico: alteração de um órgão na 
sua forma, topografia e volume, como hepatomegalia e 
esplenomegalia 
 
 É o conjunto de sinais clínicos, de múltiplas 
causas e que afetam diversos sistemas, como febre, 
secreção nasal, tosse, vômito..., não caracterizando 
nenhuma doença específica. 
- Síndrome Paraneoplásica: grupo de sinais e sintomas 
que estão associados a alguma patologia cancerígena 
- Síndrome da cólica equina: dor abdominal aguda e 
intensa que acompanha sinais sistêmicos 
 
 Característica de uma determinada doença. É 
proibido fechar um diagnóstico com um único sinal 
clínico. 
Ex: Hidrocefalia (caixa craniana de cães e gatos), e 
protusão de 3° pálpebra (tétano nos equinos) 
 
Conjunto de sinais clínicos da afecção. 
Necessário sempre observar o paciente para saber se o 
tratamento está evoluindo ou não, e deixar anotado na 
prancheta para a próxima avaliação. 
Ex: 
 - Vômito, diarreia, febre E anorexia 
 - Tosse, cansaço, dispneia E cianose 
 
- Anatômico: local e tipo de lesão 
Ex: fratura de fêmur 
- Clínico: somatória de achados e sinais clínicos 
- Terapêutico: é apenas o tratamento sem ter a certeza 
da doença. Resposta + ou -. 
- Laboratorial: hemograma, bioquímicos, sorologia, 
PCR, citologia, histopatologia... 
- Imagem: Radiografia, ultrassom, eletrocardiograma, 
ECO, tomografia... 
 
 Qualificar e prever a evolução da doença, sendo 
50% vindo da anamnese, 35% do exame físico e 15% de 
exames complementares. 
- Favorável: espera de uma evolução satisfatória 
- Reservado: imprevisível/evolução diária 
- Desfavorável: prevê óbito 
 
 
 É o meio utilizado para combater a enfermidade, 
podendo ser clínico (fármacos, fluidos, técnicas...) e 
cirúrgico (procedimentos). 
- Causal: trata a causa 
 *Ex: No caso de hipocalcemia, você repõe cálcio. 
- Patogênica: Trata uma doença 
 * Ex: Tétano → soro antitetânico 
- Sintomática: Trata um sintoma 
 * Ex: Trata vômito com antiemético 
- Vital: Faz a manutenção da vida 
 * Ex: transfusão de sangue 
 
 É necessário ter conhecimento, raciocínio, 5 
sentidos, sensatez, organização, paciência, persistência, 
interesse, e colaboração do responsável. 
 
- Estetoscópio - Luvas 
- Termômetro - Otoscópio 
- Lanterna - Oftalmoscópio 
- Caneta e bloco de anotação - Espéculo vaginal 
- Martelo - Pleximetro 
- Insumos hospitalares 
 
 
A) INSPEÇÃO: 
- Direta: sem auxílio de instrumentos. Sempre observar 
decúbito, locomoção, respiração... 
- Indireta: se utiliza de instrumentos para auxiliar na 
inspeção, como otoscópio, espéculo vaginal... 
 
B) PALPAÇÃO: 
- Direta: Se utiliza as mãos e dedos 
- Indireta: Utiliza instrumentos. 
Sempre observar temperatura, consistência, 
sensibilidade, tamanho, mobilidade... 
* Ex: Esplenomegalia → consegue observar por meio da 
apalpação 
 
C) PERCUSSÃO: 
- Direta: utiliza apenas os dedos para escutar o ar 
presente no organismo 
- Indireta: Utiliza instrumentos para auxiliar na escuta, 
como o martelo e o plexímetro 
 
 
 
Tipos de som: 
1. Timpânico: órgãos cavitário cheios de gás ou ar 
2. Maciço: órgãos compactos (ou é liquido ou é um 
conteúdo mais denso) 
3. Submaciço: transição entre zona oca e sólida 
4. Claro: região com ar + tecido 
 
D) AUSCULTAÇÃO: 
- Cardiopulmonar: ausculta coração e pulmão bilateral 
- Intestino (boroborígmos) e rúmem 
 
E) OLFAÇÃO: 
- Quando o ar expirado tem o cheiro adocicado, significa 
que o paciente tem uremia 
- Cheiro de míiase é característico 
- Secreções ou excreções podem indicar diversas 
doenças, como por exemplo a piometra. 
 
- Punção exploratória: 
 * Paracentese abdominal 
 * Toracocentese e Pericardiocentese 
 * Punção Cisterna Magna (LCR) 
- “centese” é punção de amostra para exame 
- Biópsia: é a coleta de fragmentos, podendo de ser de 
pele, hepática e de próstata. 
- Exames laboratoriais: hemograma, urinálise... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS MUCOSAS, LINFONODOS E 
TERMOMETRIA CLÍNICA 
AULA 2 
 
Qual a finalidade do exame físico? 
Os animais são incapazes de se comunicar, sendo o 
responsável pela fonte de informação, o tutor. A queixa 
principal do tutor pode não representar o sistema 
acometido. Além disso, o exame físico avalia o estado 
geral do paciente, com o intuito de diagnóstico e 
prognóstico. 
 No exame físico é necessário observar: 
Nível de consciência: 
- Alerta: normal 
- Diminuído: apático 
- Aumentado: excitado 
Postura e locomoção: avaliar o animal em estado de 
repouso e movimento, além de observar se hádor, 
claudicação, fraturas e luxações, e doenças 
neurológicas. 
Condições físicas ou corporais: avaliar escore corporal 
por meio de tabelas, e observar se o animal está obeso, 
normal, magro ou caquético 
Pelame: avaliar o pelo, que representa condições de 
saúde, como por exemplo, limpo, brilhante ou 
quebradiço. A presença de ectoparasitas, pode indicar 
como é o cuidado do animal. 
Formato do abdômen: Cada raça tem um formato de 
abdômen específico, sendo classificado como normal. O 
abdômen anormal pode indicar ascite, timpanismo e 
até hepatoespleonomegalia. 
Respiratória: Observar se o paciente tem dispneia 
(postura ortopneica), qual o tipo respiratório, se há 
secreções nasais, tosse... 
Outros: Avaliar apetite, sede, defecação, vômito, 
secreções, micção e sinais clínicos específicos. 
 
Os parâmetros vitais são os sinais compatíveis com a 
vida. Em todo atendimento deve ser avaliado, como a 
frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), 
temperatura corporal, movimentos ruminais, grau de 
desidratação e pressão arterial sistólica. 
A temperatura periférica é medica por 𝛥𝑇0 = 𝑇𝑐 − 𝑇𝑝 
, sendo os valoresAula 3 
 
Anexos oftálmicos: 
- Órbita 
- Pálpebras (superior, 
inferior e 3° pálpebra) 
- Conjuntiva (palpebral 
e bulbar/ocular) 
- Sistema lacrimal 
(glândulas lacrimais – 
filme lacrimal, ponto 
lacrimal e ducto naso-
lacrimal) 
 
Filme lacrimal: secretados pela glândula lacrimal 
principal (que gera a porção aquosa da lágrima), 3° 
pálpebra (que gera porção aquosa da lágrima), e a 
társica (que gera a porção lipídica da lágrima – 
Glândula de Meibomius). O filme lacrimal tem função 
de manter a superfície corneana uniforma, remover 
debris e corpos estranhos da córnea e saco conjuntivo, 
transferência de oxigênio, células inflamatórias e 
anticorpos a córnea, e ação antimicrobiana. 
 
Órbita: é incompleta. Formada pela união de ossos do 
crânio (frontal, lacrimal, zigomático, maxilar, esfenoide 
e palatino). O ligamento orbital faz inserção na órbita, 
mantem o olho preso. 
* Proptose ocular: 
protusão de um ou de 
ambos os olhos, onde o 
olho salta. Também 
conhecida como 
exoftalmia. Muito comum 
em casos de pancadas de 
baixo para cima. 
 
 
Musculatura extra-ocular: existem 7 músculos 
extraoculares, sendo 4 retos, 2 oblíquos e 1 complexo 
de músculos retratores bulbares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjuntiva: 
- Palpebrar: face interna da pálpebra 
- Bulbar: aderida ao bulbo, inserindo-se no limbo 
- Fórnice conjuntival: região de fundo de saco, 
formada pela união dos 2 folhetos
 
 
Pálpebras: são pregas músculo-fibrosas. 
Os músculos presentes nas pálpebras são o orbicular 
do olho, retrator do ângulo do olho e o levantador da 
pálpebra superior. 
 A pálpebra é a primeira barreira mecânica do 
olho, sendo 
responsável pela 
distribuição do 
filme lacrimal e 
pela secreção da 
porção lipídica da 
lágrima (pela 
glândula de 
Meibomius – parte inferior da pálpebra). Na margem 
palpebral, existe a placa tarsal, que é mais espessa e 
pigmentada. 
 
 
Terceira pálpebra: membrana nictitante ou prega 
semi-lunar da conjuntiva. Localizada no ângulo medial 
da fissura das pálpebras. A face bulbar apresenta 
tecido linfoide. 
- Presença da glândula da 3° pálpebra 
 
 
Bulbo do olho: 
Dividido por 3 camadas/túnicas: 
- Túnica fibrosa: córnea e esclera 
- Túnica vascular: úvea ou trato uveal, composto por 
íris, corpo ciliar e coroide) 
- Túnica nervosa: retina e disco óptico ou papila 
3 Câmaras: 
- Câmara anterior: espaço entre o endotélio da córnea 
e a íris (humor aquoso) 
- Câmara posterior: espaço entre a íris e o cristalino 
(humor aquoso) 
- Câmera vítrea: corpo vítreo 
2 Segmentos para exame oftálmico: 
- Segmento anterior: anexos oftálmicos, córnea, 
esclera, câmara anterior e íris 
- Segmento posterior: cristalino, vítreo, coróide/retina 
e disco óptico 
 
 
Condições para exame oftálmico: 
- Sala clara/escura 
- Ambiente calmo 
- Fazer anamnese (oftálmica, geral, histórico e 
medicações) 
- Ter equipamentos como lanterna, lupa, 
transiluminador, lâmpada de fenda, oftalmoscópio, 
tonômetros, bluminator e lâmpada de wood 
 
Contenção para exame: 
- Físico: focinheiras 
- Químico: por meio de sedação e uso tópicos, porém 
pode levar a alterações da pressão interna do olho 
(PIO). 
 
 
Exame sistemático do olho: 
- Avaliação indireta da visão e conforto: por meio do 
reflexo pupilar à luz, resposta à ameaça, “cotton ball”, 
ofuscamento, reflexo vestibular (movimento da cabeça 
onde o olho deve acompanhar) e reflexo palpebral. 
- Inspeção dos olhos e da face: simetria, secreção, 
tamanho e periórbita 
- Exame da terceira pálpebra 
 
Alterações: 
- Neoplasias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Entrópio: doença ocular que faz com que a pálpebra 
se dobre para dentro, fazendo com que os cílios 
irritem o globo ocular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Miíase: 
 - Conjuntivite folicular: inflamação da conjuntiva, que 
ocorre quando as gândulas mucosas reagem a uma 
infecção ou irritação. 
 
 
- Ectrópio: 
 
 
 
 
 
 
 
- Perfuração de córnea: 
 
 
 
 
 
 
 
- Hiperplasia/Hipertrofia e protusão da glândula da 3° 
pálpebra: 
 
 
 
Exames de estruturas intra e extraoculares: 
- Teste de Schimer: exame que 
avalia a produção de lágrimas. 
De 15 a 25mm/min é normal e 
intestino grosso, abdominais e neurológicos 
Processos relacionados à absorção: 
- Diarréia: desarranjo intestinas com aumento do n° de 
evacuações e fezes amolecidas ou líquidas 
- Constipação: dificuldade para evacuar 
- Disquesia: dor ao defecar 
- Tenesmo: sinal de que o animal está com dificuldade 
para defecar, apesar de tentar. 
 
 
Semiologia do sistema 
Cardiovascular 
Aula 5 
 
É a avaliação cardíaca, ou seja, avalia o que é normal e 
o que está alterado. 
O sistema cardiovascular é comandado pelo sistema 
nervoso simpático e parrasimpático (autônomo). 
FISIOLOGIA 
 As funções do sistema cardiovascular são: 
circulação do sangue, transporte de nutrientes, 
homeostase, distribuição de hormônios, regulação de 
temperatura corporal e transporte de gases. 
 O sistema cardiovascular é formado por vasos 
sanguíneos e o coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para que haja frequência cardíaca, o coração 
deve ser estimulado através de impulsos elétricos. 
* Circulação sistêmica: é a grande circulação. Lado 
esquerdo → artérias → capilares → veias 
* Circulação pulmonar: é a pequena circulação. Lado 
direito → artéria pulmonar → capilares → veias 
pulmonares. 
 SEQUÊNCIA DE EXAMES 
 
 RESENHA 
 O exame clínico se inicia com a resenha (idade, 
raça, porte...) e já pensar em quais as possivíveis 
doenças para aquela determinada espécie. Algumas 
doenças podem ser adquiridas ou congênitas e com 
relação à idade do animal, pode-se avaliar. 
 
EXAME FÍSICO 
Após a resenha, iniciar a anamnese e exames 
físicos. Dentro dos exames físicos, deve-se avaliar 
primeiro a parte cardiovascular e depois a o restante do 
organismo. Na parte cardiovascular, existem possíveis 
problemas relacionados com o lado do coração, que 
comprometem outros locais, podendo ser: 
- Lado esquerdo: débito cardíaco e congestão 
pulmonar, cianose, posição ortopnéica, taquipneia, 
dispenia e lingua cianótica 
- Lado direito: hepatomegalia, ascite, perda de peso e 
massa muscular, e edema de membros. 
 Além disso, o exame físico deve contemplar: 
 
1. INSPEÇÃO: avaliando coloração de mucosa, escore 
corporal (animal com doença cardíaca tem menos 
sangue no para os músculos, levando à uma atrofia 
muscular, que gera uma menor perfusão intestinal e 
consequentemente uma menor digestão e perda de 
peso), TPC (deve ser no máximo 2s), Teste de Godet 
(avaliação de retenção de líquido. Tem haver com o 
retorno venoso. Área edemasida tem menor retorno. 
Pode ter edema generalizado de subcutâneo, 
chamando de anasarca, que é uma alteração 
cardiocasvular direita), Inspeção de jugular (pode estar 
congesta ou dilata, representando um problema do 
lado direito do coração), e avaliação de tórax e padrão 
respiratório. 
 
2. PALPAÇÃO: sempre começar na palpação de 
linfonodos, pois se houver aumento pode comprimir a 
faringe, a laringe e a jugular. Fazer a palpação de 
traquéia para ver se tem o reflexo de tosse, sendo que 
se enconstar e gerar tosse, significa que a traqueia 
colabou, representando uma doença cardíaca do lado 
esquerdo. Palpação de tórax analisa se tem alguma 
ruptura muscular, se o animal apresenta dor, se tem 
algum trauma nas vértebras, e avaliar se há presença de 
enfisemas subcutâneos (bolhas de ar pelo corpo). 
Palpação de abdomen avalia todos os órgãos presentes 
na cavidade, podendo apresentar uma organomegalia 
ou ascite, que é avaliada pela realização do 
balotamento. 
 
3. PERCURSSÃO: usar martelo e plexímetro para 
analisar sons timpânicos. Além disso, pode-se utilizar as 
mãos. 
 
4. AUSCULTAÇÃO: 
 
LADO ESQUERDO 
1. foco mitral (5° 
EIC) 
2. Foco Aórtico (4° 
EIC) 
3. Foco pulmonar 
(3° EIC) 
 
 LADO DIREITO 
 4. Foco tricúspide 
 (4° EIC) 
 
 
 
 O foco aórtico possui menor fonese e é ouvido 
mais dorsal. No lado direito, achamos o choque de 
ponto, ou seja, local onde dá para sentir o coração 
bater, e o local que tem maior som é o foco tricúspide. 
No lado esquerdo, também há o choque de ponto, 
sendo o foco mitral de maior fonese. 
O uso do estetoscópio de forma mais ventral na região 
da escápula é usado para avaliar o foco pulmonar em 
pequenos animais. 
 Sempre calcular a frequência cardíaca (quantas 
vezes o coração bate em 15 segundos e multiplicar por 
4. Sempre averiguar o pulso da artéria femoral com o 
auxílio da mão, avaliar o ritmo cardíaco (normorrítimico 
ou arrítimico), bulhas cardíacas (normofonética, 
hiperfonética ou hipofonética), e avaliar os focos de 
auscultação durante 1-3 min, analisando se há presença 
se sopros e se há alteração. 
 
PULSO FEMURAL 
 O ideal é sentir o pulso durante a auscultação, 
onde o ritmo dever ser comparado com o ritmo 
cardíaco. O pulso pode ser hipocinético (fluxo baixo ou 
casos de obstrução), hipercinéticos (fluxo alto, como 
por exemplo, exercícios), bradisfigmia (pulso de 
frequência cardíaca baixa), taquisfigmia (pulso de 
frequência cardíaca alta), e déficit de pulso (sem pulso). 
 Além do pulso femural (pequenos e grandes), 
outras artérias podem ser avaliadas como a facial 
(equinos e ruminantes), carótida (equinos e 
ruminantes), safena (equinos), digital palmar (equinos) 
e caudal coccígena (bovinos). 
 
BULHAS CARDÍACAS 
 
NORMAL 
A primeira bulha, ou também chamada de S1, é 
o “tum” que escutamos, onde há o fechamento passivo 
das válvulas atrioventriculares (ventrículo cheio). Após 
o fechamento, ocorre a sístole, que esvazio o 
ventrículo, emitindo um som rápido, alto e curto. 
Depois desse processo, ocorre a segunda bulha, ou S2, 
que é a abertura da válvula aórtica e pulmonar e o 
fechamento das válvulas semilunares (“Ta”). Para 
retornar ao S1, ocorre a diástole, que emite um som 
mais longo. 
 
ANORMAL 
 Escuta-se a terceira e quarta bulha, ou S3 e S4. 
A presença dessas bulhas gera um ritmo de galope, 
podendo ser geradas por uma dilatação atrial e 
hipertrofia ventricular (concêntrica). Além disso, pode 
levar a arritmias, como bradiarritimias (frequência 
baixa), e taquiarritimia (frequência alta). 
 Também pode ter alterações como sopros, 
causados pelo reflexo de sangue entre as câmaras, 
podendo ser sistólico (S1 para S2), ou diastólico (S2 para 
S1). 
 
S1 ---------------------- S2 -------------------------------------- S1 
 
Os sopros podem ser patológicos (de grau 1 a 6, 
e não patológicos (anemia ou exercícios). Podem ser 
classificados como holosistólico (sopro durante a 
sístole), ou holodiastólico (sopro durante a diástole). 
 
 
SOPROS PATOLÓGICOS: 
1. Audível após minuto 
2. Muito leve, mas audível 
3. Som baixo a moderado 
4. Alto sem frêmito 
5. Alto com frêmito 
6. Audível com estetoscópio superficial 
 
* De 1 a 3, são sopros focais, ou seja, não propagam o 
sopro em outros focos. O 4, ocupa todos os focos. O 5, 
ocupa todos os focos e sente no tórax. Já o 6, consegue 
escutar o sopro mesmo sem o esteto. 
 
SOPRO SISTÓLICO, SISTÓLICO AÓRTICO E DIASTÓLICO 
 
Além dos sopros, pode ter também, um som 
contínuo, parecido com o som de maquinaria (S1 para 
S1), devido a persistência do ducto arterioso (PDA) 
 
S1 ---------------------------------------------------------------- S1 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
* Raio-x 
* Eletrocardiograma (avalia o ritmo cardíaco e 
identifica arritimias) 
* Ecocardiograma (avalia diâmetro, função, espessura 
e fluxo de grandes vasos) 
 
* OBS: animais não infartam, e sim, morte súbita pela 
morte de miócitos. Para saber se teve morte súbita, 
pode-se utilizar do hemograma, para ver os 
biomarcadores liberados pela morte de miócitos, 
comoa troponina cardíaca e o CK/MB. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ICC = Prova 
 
 
 
A) Predisposição genética da raça (Ex: poodle s/ sopro 
cardíaco) 
B1 e B2) São pacientes assintomáticos 
B1) Doença instalada, porém sem alteração 
morfológica 
B2) Coração com alteração morfológica em função da 
doença 
C) Sinal clínico aparente e alteração morfológica 
D) Paciente refratário ao tratamento, ou seja, não 
responde. Cardiopata normalmente em estágio final. 
 
 P2 
 
Semiologia dosistema 
Respiratório 
Aula 6 
 
FUNÇÕES 
 
O sistema respiratório tem como função: 
 PROMOVER TROCAS GASOSAS (HEMATOSE): 
capacidade de manter a concentração de O2 
circulante e eliminar CO2, que ocorre atraves de 
diferentes pressões do tórax. 
 OXIGENAÇÃO SANGUÍNEA 
 ELIMINAR CO2 
 EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO. 
 TERMERREGULAÇÃO: com o aumento da 
temperatura corporal, o organismo transpira ou 
hiperventila para perder calor, e altera na hematose. 
 RESERVATÓRIO SANGUÍNEO: lesões e traumas 
pulmonares/torácicos. Uma perda de sangue pode ser 
extremamente significativa. 
 FILTRAÇÃO DO AR 
 FONAÇÃO: vibração do tórax 
 ALVÉOLOS: parte filtrante e unidade funcional 
do pulmão. 
 
É sempre importante avaliar o ciclo que está 
ocorrendo os movimentos, como o de expiração e o de 
inspiração. 
Durante a inspiração, a pressão pulmonar aumenta, e 
durante a expiração, a pressão pulmonar diminui. 
 A hipoventilação gera aumento de CO2, gerando 
acidose respiratória. Já a hiperventilação, gera 
diminuição de CO2, e causa alcalose respiratória. Tanto 
a acidose, quanto a alcalose fazem alteração corporal. 
 
 
 
 
 
Trato respiratório superior 
 
 Ou TRS, são as narinas, coanas, seios nasais, 
laringe e traquéia. 
 
trato respiratório inferior 
 
Ou TRI, são os brônquios principais, os 
bronquios segmentares, os bronquíolos e os alvéolos. 
 
Frequencia respiratória 
 
EXAME CLÍNICO 
 
 ANAMNESE 
 
 QUEIXA PRINCIPAL 
 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA – PATOLÓGICA: 
engloba os sinais clínicos de TRS e TRI, e tratamento 
atuais e anteriores. 
Ex: 90% das vezes, os espirros são provenientes a 
nível de TRS, nos seios nasais 
 CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA: engloba 
imunizações e doenças infecciosas. 
 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL: saber do 
ambiente em que o animal vive, como umidade, 
ventilação, se tem cama de palha ou feno, se apresenta 
mofo ou poeiras, e produtos químicos. 
 
 SINAIS CLÍNICOS 
 
 CORRIMENTO NASAL: é igual a secreção nasal 
 ESPIRRO: a nível de TRS, em seio nasal 
 TOSSE: sinal clínico de defesa, geralmente a 
nível inferior 
 TAQUIPNÉIA: resposta rápida. Pode ser gerada 
por uma hipertermia, como no calor por exemplo. 
 DISPNEIA: dificuldade respiratória. Possui ritmo 
irregular e normalmente os pacientes ficam em posição 
ortopnéica. Sempre classificar se a dispneia ocorre na 
inspiração ou na expiração. Um paciente pode estar em 
taquipneia e dispneia ao mesmo tempo. 
 INTOLERÂNCIA A EXERCÍCIOS 
 FEBRE: quadro infeccioso do sistema, 
principalmente me parênquima pulmonar. 
 
 CORRIMENTO NASAL 
 
 SEROSO: aspecto translúcido 
 MUCOSO: aspecto esbranquiçado 
 MUCOLENTO: aspecto esbranquiçado com 
partes amareladas 
 MUCOSANGUINOLENTA: aspecto 
esbranquiçada com partes avermelhadas. 
 PURULENTO: aspecto amarelado 
 SANGUINOLENTO/HEMORRÁGICO: aspecto 
avermelhado. Sangue 
 SEROSANGUINOLENTO: aspecto translúcido 
com presença de sangue 
 
 ESPIRRO 
 
 O espirro é um mecanismo de defesa do 
organismo, gerado por uma alteração sensitiva nasal ou 
de seio nasal. É uma expiração brusca e ruidosa que 
ocorre pelo nariz, por meio de irritações dos nervos 
nasais, ou excitação exagerada do nervo óptico á luz. 
 Pode ser causada pela presença de corpo 
estranho, neoplasias nasais, doenças do TRS e 
processos alérgicos. 
 Espirros ocasionais são normais, porém deve-se 
sempre avaliar a frequencia e o período em que ocorre. 
 
 ESPIRRO REVERSO: É um esforço inspiratório 
em cães. Geralmente ocorre de forma aguda, com curta 
duração e são passageiros. 
Pode ser causado por problemas nasofaríngeos (como 
irritações, prolongamento de palato e faringite), ou 
colapso traqueal, que geralmente é secundário a 
problemas nasofaríngeos. 
 
 EXTRIDOR 
 
 É causado por problemas no trato respiratório 
supeiror, gerando sons inspiratórios agudos, que se 
assemelham a assovios finos, que podem ser intensos. 
 Podem ser causados pors distúrbio de 
laringe/laringe ou traqueal, como paralisia da laringe, 
disfonia no latido e colapso traqueal. 
 
 TOSSE 
 
 É um sistema de defesa do organimo, sendo o 
sinal clínico mais visado pelos tutores para levar os 
animais á consulta. 
 A tosse pode ser diurna ou noturna, e pode 
ocorrer durante a alimentação (disfagia). Além disso, 
pode ser forte ou fraca, e produtiva (com secreção), ou 
não produtiva (seca, gerado por uma irritação ou 
incômodo). Deve-se perguntar ao tutor tudo isso, e 
ainda saber com que frequencia a tosse ocorre. 
 
 AGUDA: inflamações agudas 
 CRÔNICA: cardiopatias, drofilárias, asma/DPOC 
 SECA: traquéia, brônquios, interstício e ICC 
 PRODUTIVA: ICC (edemas), inflamação ou 
infecção alveolar 
 ALTA (RUIDOSA): TRI 
 BAIXA: parenquima pulmonar 
 
 HEMOPTISE 
 
 É a eliminação se sangue por meio da boca e 
nariza, provenientes do TRI. 
 A diferença entre a hemoptise e a epistaxe, é 
que a epistaxe é de TRS, ocorre apenas lesão vascular, 
e o sangue é jorrado em forma de esguicho. 
 As causas da hemoptise podem ser, hipertensão 
pulmonar (pré ou pós capilar), perda da integridade 
vascular (neoplasias e traumas), e lesão pulmonar 
cavitária. 
 
 RESPIRAÇÃO 
 
 RUIDOSA: síndrome dos cães braquiocefálicos 
 RÁPIDA: taquipneia 
 SUPERFICIAL: bradipnéia 
 DISPNEIA: classificada em expiratória ou 
inspiratória 
 APNEIA: parada respiratória 
 
 DISPNEIA 
 
Pode ocorrer em TRS (inspiratória) por 
estenose, corpo estranho e inflamação. Quando 
inspiratória, reduz o lúmen das vias aéreas, gerando 
uma inspiração forçada. 
Também pode ocorrer em TRI (expiratório), por 
baixa elasticidade de retorno pulmonar, enfisema, 
bronquite e bronquiolites, causando obstruções das 
pequenas vias aéreas que dificultam a saída do ar. 
Além disso, pode ser classificada como mista, 
que é a forma mais grave da dispneia, que geralmente 
não apresenta tosse como sinal clinico. Pode ser gerada 
por Edema pulmonar ou broncopneumonia. 
 EDEMA PULMONAR: é a presença de líquido 
no interstício, que gera dificuldades na expansão 
torácica, levando a dispneia inspiratória (hipóxia e baixa 
hematose). A saída de líquido dos vasos sanguíneos 
para o interior dos bronquíolos gera dificuldade de 
saída de ar dos alvéolos, causando uma dispneia 
respiratória. 
 BRONCOPNEUMONIA: causa dificuldade de 
expansão pulmonar (dispneia inspiratória), decorrente 
da congestão provocada pela inflamação, além da 
dificuldade da saída do exsudato bronquial e 
bronquíolos, gerando uma dispneia expiratória. 
 
 POSIÇÃO ORTOPNÉICA 
 
 É um quadro extremo de dispneia, assumindo 
uma posição de alívio, sendo deitado ou sentado, onde 
o animal se encontra com o pescoço esticado, e 
respirando pela boca. 
 É um quadro de pré parada respiratória. 
 
EXAME FÍSICO 
 
 INSPEÇÃO 
 
 Durante a inspeção, deve-se avaliar a 
respiração, a frequencia, idade e estado fisiológico. 
A respiração pode ser avaliada de acordo com o padrão 
respiratório, podendo ser costoabdominal (normal), 
costal (dor abdominal), e abdominal (dor torácica). 
 Além disso, o ritmo pode ser avaliado, sendo 
regular ou irregular (padrão respiratório grave – 
dispneia). Essas alterações podem ser classificadas em: 
 TAQUIPNEIA: aumento da FR mpm 
 BRADIPNEIA: diminuição da FR mpm 
 HIPERPNEIA: respiração anormal rápida e 
profunda (insuficiencia respiratória aguda (IRA), 
associada a contração abdominal 
 POLIPNEIA: respiração acelerada e supercial, 
que ocorre geralmente em um processo de liberação de 
calor e dor. 
 APNÉIA: parada respiratória 
 
 RITMOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS 
 
 
 
RITMO DE CHEYNE-STOKES: ocorre apneia, 3 
inspirações forçadas e 3 expirações, de forma 
constante. Causada por ICC (final), intoxicação de 
narcóticos e lesões neurológicas. 
 
RITMO DE BIOT: causa alteração na frequência, com 
pausas e de forma irregular. Ocorre por lesões 
neurológicas cerebrais e meninges 
 
RITMO DE KUSSMAUL: ocorre em pacientes em coma 
induzido ou em intoxicação por barbitúricos (anestesia). 
 
Todos os pacientes queapresentam esses ritmos, 
consequentemente vão apresentar hipóxia e depressão 
neurológica. 
 
 PALPAÇÃO 
 
Sempre avaliar a traquéia, o tórax e os linfonodos 
submandibulares, e fazer o exame do reflexo da tosse. 
Além destes, o osso nasal também é avaliado. 
Uma linfadenopatia aumenta o volume e sensibilidade, 
pela dispneia inspiratória. 
 AUSCULTAÇÃO 
 
Sempre auscultar de 3 a 4 ciclos por área. 
 
 
 SONS NORMAIS 
 
 Durante a inspiração e a expiração, a entrada 
e saído do volume do ar, deve ter um som limpo e 
audível, sendo avaliado o hemitórax direito e o 
esquerdo. 
 Sempre observar ruídos ou sons diferentes, 
em focos localizados ou generalizados. 
 Além disso, animais obesos, com pelos longos 
ou com maior musculatura no tórax podem apresentar 
sons abafados, aumento de FR ou ruídos inspiratórios. 
 
 SONS ANORMAIS 
 
 SONS BRONCO-VESICULARES DIMINUÍDOS: 
Causados por efusão pleural, pneumotórax e obesidade 
 SONS BRONCO-VESICULARES AUMENTADOS: 
Causados por massa torácica, e consolidação do 
parênquima. 
 SIBILOS: são ruídos contínuos e agudos com 
característica musical (assovio), em fase expiratória. 
Muito comum em casos de broncoespasmo e 
bronconstrição. O ar flui pelas vias respiratórias 
estreitas. 
- SIBILOS EXPIRATÓRIOS: obstrução bronquial ou 
afecções bronquiais 
- SIBILOS GENERALIZADOS: broncoespasmos e 
edema mucoso ou secreção bronquial 
 SIBILO ESTRIDOR: ocorre na fase inspiratória, por 
obstrução grave das vias respiratórias. É extratorácico. 
 CREPTAÇÃO GROSSA: reabertura das vias aéreas 
menos distais. Tem aspecto bolhoso. 
 CREPTAÇÃO FINA: vias aéreas periféricas 
(bronquial) 
 CREPTAÇÃO NO FINAL DA INSPIRAÇÃO: vias 
aéreas bronquiais ou parênquima pulmonar 
 RONCOS: ocorre na inspiração ou na 
expiração. Possui ruído grave e de alta intensidade. 
Pode ser causado por problemas no palato, laringe, ou 
traquéia, principalmente em raça braquiocefálica e 
em obesos. 
 ROCE PLEURAL: é o atrito das pleuras 
viscerais e parietais quando estão inflamadas. Aspecto 
de esfregar 2 lixas ásperas. 
 
OLFAÇÃO 
 
Durante a olfação, o ar expirado pode ser inodoro ou 
pútrido, urêmico (IRA e IRC), ou cetônico (Diabetes) 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
Pode-se fazer radiografias torácicas, exames 
laboratoriais, citologia de seios nasais, biópsias, lavado 
traqueal e broncoalveolar, toracocentese (efusão 
pleural), e ultrasssom torácico. 
 
 
Semiologia do aparelho locomotor 
Aula 7 
 
 
SISTEMA ÓSSEO 
 
ESTRURA BÁSICA DO CORPO 
 
 Estrutura viscoelástica: o osso tem propriedade 
elástica, sofrendo cargas mecânicas quase todo o 
tempo. O osso sofre deformações constantemente, 
porém, volta a sua forma normal. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
O aparelho locomotor é composto por osso (inorgânico 
e orgânico) e por tecidos (músculos, artérias, veias e 
nervos). 
 Inorgânico: Hidroxiapatia 
 Orgânico: Colágeno e células 
 
FUNÇÃO 
 
 Suporte: movimento cinemático 
 Proteção de órgãos internos (Ex: costelas) 
 Reserva de cálcio e fósforo 
 Homeostase mineral 
 Produção de células hematopoiéticas pela 
medula óssea 
 Absorve toxinas e metais pesados para 
minimizar o efeito nos outros órgãos, em um processo 
de intoxicação leve. 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 Esqueleto axial: Crânio, coluna vertebral e 
vértebras 
 Esqueleto apendicular: Membros superiores e 
inferiores. Os ossos do esqueleto apendilar, podem ser 
longos, curtos, chatos ou irregulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs¹: O sistema apendicular do membro pélvico 
começa no coxal → fêmur → tíbia → ossos do tarso → 
metatarso → falange → falange distal. 
Obs²: A articulação do quadril é a coxofemural; a 
articulação do joelho é a femorotibiopatelar; a 
articulação do tornozelo é a tarsicametatársica. 
 
Obs³: O sistema apendicular anterior começa na 
escápula → úmero → rádio e ulna → ossos do carpo → 
metacarpo → falanges. 
Obs⁴: A articulação do ombro é a escápula umeral; a 
articulação do cotovelo é a úmero radio ulnar; a 
articulação do punho é a cárpica metacárpica. 
 
LÍQUIDO SINOVIAL 
 
Dentro de cada articulação, há presença de líquido 
sinovial. O líquido sinovial é responsável por lubrificar, 
nutrir e proteger as 
cartilagens e as estruturas 
articulares. 
A principal lesão comum é a 
artrose, conhecidas como 
DDA, em pacientes idosos. 
A avaliação pode ser feita 
através de sentir a ausência 
ou diminuição de mobilidade, diminuição de hiper-
extenção e diminuição de hiper-flexão. 
Além disso, a avaliação pode ser feita através de sentir 
ou escutar creptações, sendo elas audíveis ou não 
audíveis. 
 
TIPOS DE ARTICULAÇÃO 
 
 SINDESMOSE: é a junção óssea por tecido 
conjuntivo denso, com ausência de movimento. 
- Ex: ossos do crânio 
 SINCONDROSE: é a união de 2 ossos pela 
cartilagem hialina. 
- Ex: linha metafisária (linha de crescimento) 
- Muito comum fratura de Salter Harris. 
 SÍNFISE: é uma articulação de 2 ossos por tecido 
fibrocartilaginoso, com ausência de movimentação. 
- Ex: Mandíbula, púbis e intervertebrais. 
- Lesão mais encontrada em felinos 
 SINOSTOSE: é a fusão de osso com osso de uma 
forma natural. 
- Ex: vértebras sacrais 
 DIARTROSE: são as articulações 
 
TECIDO CONJUNTIVO ESPECIALIZADO 
 
 Todos os ossos são formados por células em uma 
sequência, sendo elas: Osteoclasto, Osteoblasto e 
Osteócito. Essas células partem de células 
mesenquimais embrionárias ou de células 
hematopoiéticas. 
- Ex: Atendimento de trauma, com presença de fratura. 
O animal passou por cirurgia. O que esperar do osso? 
R: Cicatrização, acompanhada pelo Raio-x. Em 30 dias é 
necessário que haja uma deposição óssea. Caso não 
haja, corresponde a um problema embrionário. 
- Ex: Paciente com osteomielite →. É uma infecção de 
nível da piometra, que consome células 
hematopoiéticas. O que mais mata células, é um 
processo infeccioso. 
 Além disso, todo osso tem como sua matriz 
(matérias orgânicos 
e inorgânicos), a 
sua vascularização, 
uma camada 
externa (periósteo), 
e uma camada 
interna (endósteo). 
 
 
 
Obs: O limite de idade para 
falar que tem uma epífise 
aberta é de 14 meses. A idade 
está diretamente ligada a um 
diagnóstico. 
Animais de grande porte, 
podem apresentar linha de 
crescimento aberta até 24 
meses, mas raças pequenas, 
não. 
 
TIPOS DE OSSOS 
 
1) Ossos compactos/densos/cortical: está presente na 
diáfise dos ossos longos e na camada superficial da 
epífise. Possui baixa celularidade, com maior rigidez. 
Apresentam canais que abrigam nervos e vasos 
sanguíneos (Volkmann/Havers). 
- Se houver fratura: Tempo de cicatrização maior, 
porém sem colocar tanta estabilidade. Possui mais 
hematomas. 
2) Ossos esponjosos: é um osso poroso. É altamente 
rico em células, com alto poder de cicatrização. 
Apresenta espaços formados por diversas trabéculas e 
está presente nas extremidades dos ossos longos 
(epífises) 
- Se houver fratura: Poder maior de cicatrização em 
menor tempo, porém, deve-se colocar mais 
estabilidade, por ser um osso mais frágil. 
 
 REGIÃO DIAFISÁRIA 
 
Formado por osso cortical, que compõe a maior região 
de um osso longo adulto. 
- Periósteo: bainha de tecido conjuntivo que reveste os 
ossos longos (exceto superfície articular) 
- Tecido conjuntivo muito denso, fixado ao osso (fibras 
de Sharpey) 
- Paciente jovens: importante camada de osteoblastos 
- Pacientes adultos: menor quantidade de osteoblastos 
(exceto em fraturas). 
 
BIOMECÂNICA DAS FRATURAS 
 
 FRATURA 
É uma solução de continuidade óssea, causada pela 
transferência de energia entre dois corpos em 
movimento. É quando a estrutura viscoelástica do osso, 
não consegue voltar ao normal, ultrapassando a 
capacidade de deformação. 
 
BIOMECÂNICA 
Os ossos possuem uma propriedade única, sendo ela a 
capacidade de regeneração. 
 LEI DE WOLFF: é o princípio que afirma que os 
ossos de um animal saudável se adaptam às cargas que 
suportam, remodelando-se para se tornarem mais 
fortes ou mais fracos dependendo da magnitude e do 
tipo de carga.É um remodelamento em resposta ao 
estresse. Em um pós-operatório, é vantajoso ter um 
estimulo precoce, para diminuir o tempo de 
cicatrização. 
 
Naturalmente, os estresses são gerados através de 
forças que atuam sobre os ossos, como a de 
compressão, tração, cisalhamento, flexão e torção. 
Essas forças são geradas por carga do peso, atividades 
físicas transmitidas através das articulações e por 
contrações musculares. 
 
 
 
EXAMES ORTOPÉDICOS 
 Os exames ortopédicos se iniciam na anamnese, 
pela identificação do paciente, história clínica, habitat, 
frequencia de exercícios, alimentação, doenças 
sistêmicas, e queixa principal (postura e marcha, 
claudicação, impotência funcional e decúbito). 
 Após essa etapa, ver se tem tratamentos prévios 
e fazer a inspeção visual (avaliar assimetria, desvio 
angulares, claudicação e impotência funcional) e a 
palpação (tumefações, temperatura do membro e 
proeminências ósseas). 
 Os exames ortopédicos são importantes para 
avaliar fraturas, doenças do desenvolvimento, 
processos inflamatórios, contusões e miopatias. 
 Os pré-requisistos para avaliação é ter 
conhecimento anatômico, conhecer as patologias em 
ortopedia, saber da sistemática e ter treinamento. 
 
AVALIAÇÃO DA MARCHA 
 Avaliar o andar, o trote, o ritmo, o galope, o salto, 
o movimento inicial e o sentar-se. Pode ter 
interferências como a superfície utilizada, curvas no 
trajeto, barulho, presença de outros animais e a 
presença do tutor. 
Sempre avaliar antes do exame ortopédico, e após o 
tratamento, fora do ambulatório. Quando se trata de 
felinos, não é fácil fazer uma avaliação de marcha, por 
conta do temperamento do animal. 
 
HISTÓRIA CLÍNICA E QUEIXA PRINCIPAL 
 Saber qual é o membro envolvido, qual a 
atividade do paciente, se teve ou não algum tipo de 
trauma recente ou anterior, se já fez ou faz algum tipo 
de tratamento, se tem alguma enfermidade 
concomitante e se há alguns sinais sistêmicos. 
- APARECIMENTO PROGRESSIVO: podem indicar 
neoplasias, doenças degenerativas e ruptura parcial de 
LCCr (ligamento cruzado cranial). 
 
INSPEÇÃO VISUAL 
 Observar postura em estação, capacidade de 
sustentação (se é unilateral, se tem revezamento de 
sustentação, se fica em decúbito...), além de avaliar a 
simetria musculoesquelética. 
 Além disso, deve-se observar se tem desvio de 
peso cranialmente (com dorso arqueado, membros 
abduzidos e cabeça baixa), ou desvio de peso 
caudalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICA 
 Avaliar se tem tumefação, atrofia (generalizada 
ou localizada), se tem algum tipo de posicionamento 
anormal (fraturas), ou se há desvios angulares. 
 
EXAME CLÍNICO 
Avaliar claudicação, distúrbio estrutural ou funcional, 
indicação de dor, enfraquecimento ou deformidade, e 
observar se aquilo é osteoarticular, muscular ou 
neurológico. 
 
EXAME ORTOPÉDICO 
Todas as estruturas devem ser palpadas, e deve-se 
verificar se há edema, atrofia muscular, deformidades, 
lacerações, efusões articulares e mudança de texturas. 
Além disso, deve-se observar crepitações, tamanho 
articular, dor óssea, flutuações, tensões, flacidez e 
temperaturas. 
 
MEMBROS PÉLVICOS 
 
 LIGAMENTOS COLATERAIS: precisa ser rígido! 
 
 
 PALPAÇÃO DE FALANGES E COXINS 
 
 
 
 PALPAÇÃO DE METATARSO 
 
 TENDÃO DE AQUILES: Começa no metatarso e 
termina na região posterior do joelho 
 
 
 
 PALPAÇÃO DE TÍBIA: 
 
 
 JOELHO: 
 Pode apresentar instabilidade oculta em raças grandes. 
- Cronicidade: fibroplastia 
- Osteofitose 
- Efusão articular 
- Lesão de menisco: deslocamento do menisco 
Administrar tranquilizantes, relaxantes musculares e 
anti-inflamatórios. 
 
- TESTE DE SENTAR 
 
 
- LUXAÇÃO PATELAR: independente da força, se 
o animal não apresenta luxação, não consegue 
movimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- LUXAÇÃO PATELAR LATERAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- SINAL DE GAVETA: a tíbia não vai para frente se não 
tiver lesão. Pode ser associado com o “clique meniscal”, 
pela avaliação do menisco (ver se está solto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- COMPRESSÃO TIBIAL: teste de avaliação de ligamento 
cruzado. 
 
 
- TESTE DE FUNÇÃO DOS LIGAMENTOS COLATERAIS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PALPAÇÃO DO FÊMUR 
 
 
 
 
 
 ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL 
 
- Fraturas de acetábulo, cabeça e colo femoral 
- Luxação traumática 
- Doenças degenerativas (Ex: Displasia coxofemoral 
e Necrose asséptica) 
 
- TESTE DE FICAR EM PÉ: inflamação com fibrose 
 
 
 
 
 
 
 
 
- FLEXÃO E EXTENSÃO ALTERNADAS: abdução com 
rotação externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
- AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DOS MEMBROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
- TESTE DE ORTOLANI: avalia a estabilidade da 
articulação coxofemoral em caes, especialmente 
jovens. 
 
 PELVE 
- Avaliar simetria, se há presença de fraturas e/ou 
luxações. 
- Exame retal: pontas de ossos, estreitamento de canal 
e comprometimento retal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MEMBROS TORÁCICOS 
 
- METACARPIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- OSSOS DO CARPO: palpação para avaliação de 
colaterais e mediais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- RÁDIO E ULNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- COTOVELO 
 
Obs: além desse teste, realizar palpação interna das 
estruturas do cotovelo. 
 
- ÚMERO: avaliar a integridade óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- OMBRO: avaliar a simetria, e palpar a cabeça do 
ombro, já em posição de hiper-flexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- ESCÁPULA: sempre procurar fraturas de espinha da 
escápula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICO 
 
 Radiografia ( Sempre fazer 2 projeções) 
 Fluoroscopia 
 Artrografia 
 Mielografia 
 Tomografia computadorizada 
 Ressonância magnética 
 Ultrassonografia 
 Artroscopia 
 Artrocentese 
 Cirurgia exploratória 
 
 Semiologia DO SISTEMA NERVOSO 
 Aula 8 
 
 
Para fazer o exame semiológico so sistema nervoso, é 
necessário ter conhecimento básico de neuroanatomia. 
 SISTEMA HANDS OFF/ HANDS ON: a avaliação 
não ocorre apenas na palpação, mas na inspeção 
também. 
Os sinais clínicos vão depender da anatomia 
(localização) da lesão e não de sua etiologia (natureza). 
 
 FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO 
 
 Condução de estímulos: transmissão de sinal 
 Processamento central de informações 
 Ordem para ação periférica: reflexo ou resposta 
 Ação de órgãos/sistema: ação do órgão efetor 
 Receber estímulos e coordenar funções do 
organismo 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
OBS: os componentes do sistema nervoso recebem, 
armazenam e processam informações sensoriais e 
depois executam as respostas motoras apropriadas. 
Caso o problema do animal é a falta de estímulo motor, 
o problema está na volta. 
 
 NERVOS CRANIANOS 
- HANDS ON 
- São 12 pares de nervos cranianos, com localização 
intracraniana, dentro de uma área específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- COMO TESTAR? 
* Reação à ameaça (II, VII) 
* Tamanho, simetria pupilar, fotomotor (II,III) 
* Posição ocular e reflexo óculocefálico (II,IV,VI, VIII) 
* Reflexo palpebral (V,VII) 
* Sensibilidade nasal (V) 
* Músculos mastigatórios (V) 
* Simetria facila e fechamento palpebral (VIII) 
* Observação posição da cabeça (VIII) 
* Historicode disfonia e disfagia (IX,X) 
 
 ANATOMIA FUNCIONAL DA MEDULA ESPINHAL 
 
 
Obs: se tem alteração motora, tem lesão em neurônio 
motor superior. 
 
A principal função da medula espinhal é conectar a 
periferia do corpo ao encéfalo. Permite a troca de 
informações sensoriais ao encéfalo, e a chegada de 
comando motores aos órgãos periféricos, inclusive os 
membros. 
 
 DIVISÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL 
 
 NMS (NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR): tem 
origem no encéfalo. Corre pela medula espinhal até 
fazer sinapse com NMI. 
- Modulador: inibe o NMI 
- LESÕES: 
- Função motora: paresia ou paraplegia 
- Reflexos: normais ou aumentados 
- Atrofia muscular: demorado a leve (desuso) 
- Tônus muscular: normal ou aumentado 
(espasticidade) 
 
 NMI (NEURÔNIO MOTOR INFERIOR): Tem 
origem na medula espinhal, saem de lá,e inervam o 
órgão efetor. 
- Mantém tônus e reflexos 
- LESÕES: 
- Função motora: paraseia ou parapelgia 
- Reflexos: diminuidos ou ausentes 
- Atrofia Muscular: rápida e grave (neurogênica) 
- Tônus muscular: diminuido (flacidez) 
 
Obs: ambos podem causarr ataxia e paresia/plegia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Final da medula espinhal, até onde ocorre alteração 
motora: 
 - Cão: vértebrea L6 
 - Gato: vértebra L7 
 - Humanos: vértebrea L1 
 
 
 
 OBJETIVOS DO EXAME NEUROLÓGICO 
O exame neurológico é a base da neurologia. 
1) Confirmar a existencia de um problema 
neurológico (será que é realmente neurológico?) 
2) Localizar a lesão no sistema nervoso 
3) Ajudar a formular um plano diagnóstico 
(Vitamina D). 
 
 
 
 
ANAMNESE 
Perguntar raça, idade, sexo, início da doença (súbito ou 
crônico), evolução da doença (progressão, estabilidade 
e melhora), manejo incorreto, e episódios não 
relatados. 
 EXAMES NEUROLÓGICOS 
 
1) ESTADO MENTAL: 
- Alerta/vigília 
- Depressão/Obnubilação (redução do nível de alerta) 
- Estupor (inconciência) 
- Coma 
 
2) POSTURA E LOCOMOÇÃO: 
- Postura da cabeça: “head – pressing”, “head – tilt”, 
tremos de internação 
- Ataxia vastibular: queda, incoordenação e rolamento 
- Ataxia cerebelar: hipermetria e ampla base 
- Locomoção córtex-tálamo: andar em círculos 
 
 Postura anormal da cabeça em relação ao 
tronco: “head tilt”, opistótono (corpo arqueado para 
trás), “head pressing”, ventro-flexão cervical e 
pleurotótono (flexão lateral do corpo e da cabeça, com 
rotação axial discreta do tronco). 
 A locomoção pode ser tanto neurólogica, 
quanto ortopédica. Os sinais clínicos podem variar de 
ataxia, claudicação, paresia ou plegia. 
- Ataxia: incoordenação. Pode ser vestibular, cerebelar 
ou proprioceptiva 
- Claudicação: dor 
- Paresia: perda parcial do movimento 
- Paralisia/Plegia: perda total dos movimentos 
 -Tetraparesia/plegia: 4 membros 
 - Paraparesia/plegia: membros pélvicos 
 - Hemiparesia/plegia: membros do mesmo lado 
 - Monoparesia/plegia: somente 1 membro 
 
3) REAÇÕES POSTURAIS 
 
É a avaliação dos sistemas proprioceptivos, nervos 
periféricos, medula, cérebro, tronco e cerebelo. 
 
1. PROPRIOCEPÇÃO: capacidade do cérebro de um 
cão de perceber a posição e o movimento dos seus 
membros no espaço. 
 
 
2. CARRINHO DE MÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) REFLEXOS ESPINHAIS 
 
Déficts proprioceptivos indiam alteração neurológica 
mas não localizam a lesão! 
 
 MEMBRO TORÁCICO: 
- Tono extensor (n. radial C7-T1) 
- Reflexo flexor (plexo braquial) 
 
 MEMBRO PÉLVICO: 
- Tono extensor 
- Reflexo patelar (n. femoral L4-L6) 
- Reflexo flexor medial (n. femoral L4-L6) 
- Reflexo flexor medial (n. isquiático L6-S1) 
 
 OUTROS: 
- Reflexo perineal (n. pudendo S1-S3) 
- Reflexo cutâneo do tronco (panículo T2-L4): pele 
engrunhada 
 
5) AVALIAÇÃO SENSITIVA 
 
 PALPAÇÃO EPAXIAL (COLUNA): começa na 
torácica e vai para cervical (ventral) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NOCICEPÇÃO: é o processo de detecção e 
transmissão de sinais de dano tecidual pelo corpo, que 
pode levar à dor profunda. Não realizar em animais que 
não estejam paralisados 
 
Dor superficial Dor profunda: periósteo 
 
6) COMPRESSÃO MEDULAR 
 
- Propriocepção 
- Movimento voluntário 
- Dor superficial 
- Dor profunda 
 
 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES – TRIAGEM 
 
Hemograma, perfil renal, perfil hepático, glicemia, 
urinálise, triglicérides, colesterol, ácidos biliares, 
amônia, Rx de tórax, ultrassom abdominal, PAS, 
ecocardiograma e eletrocardiograma. 
 
 COMPLEMENTARES NEURODIAGNÓSTICOS 
 
Raio X simples, mielografia, análise do líquido cérebro-
espinhal, eletrodiagnóstico, biópsias, tomo. Óssea e 
ressonância magnética de tecidos moles. 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
AULA 9 
 
 
O objetivo é identificar as áreas lesionadas, identificar o 
prognóstico clínico (vai depender da área lesionada), 
adotar condutas, e confome o diagnóstico, indicar uma 
terapia diferente para cada caso. 
- Ex: a prostata e o sistema genital lesionados, revertem 
os sinais clínicos para o sistema urinário. 
 
ANATOMIA 
 
 TRATO URINÁRIO SUPERIOR: rins e ureteres 
 TRATO URINÁRIO INFERIOR: bexiga e uretras 
 
As uretras dos machos são maiores do que as uretras 
das fêmeas, por isso, as fêmeas possuem maiores 
problemas de obstrução. A fêmea tem maiores chances 
de infecção vesical (bexiga), pela uretra ser menor 
(maior contato externo com o meio interno). 
 
TOPOGRAFIA RENAL 
 
- RETROPERITONEAL 
 CÃES: direito (3 primeiras VL) e esquerdo (3° e 4° 
VL – mais caudal, e palpável). 
 GATOS: direito (ventral ao 1° a 4° processo 
transverso das VLs), e esquerdo (ventral ao 2° ao 5° 
processo transverso das VLs – são móveis e bem 
palpáveis). 
 
Para avaliação é necessário palpar a região dorsal, 
caudal ao estômago. 
 
DEFINIÇÕES 
 
 OLIGÚRIA: diminuição do volume urinário. Ex: 
cistite, cálculo renal, desidratação (urina + 
concentrada, por um menor volume circulatório, ou 
seja, taxa de filtração diminui), e cálculo uretral. 
 POLIÚRIA: aumento no volume urinário (maior 
que 50ml/kg/dia). Ex: diabetes (aumento de 
concentração de glicose sérica), uso de diuréticos, 
doenças renais crônicas (não consegue concentrar a 
urina), e polidpsia (aumento da ingestão de água). 
 
 POLACIÚRIA: aumento da frequencia urinária 
com ou sem diminuição do volume urinário. Ex: cistite, 
e animais parcialmente obstruídos. 
 ANÚRIA: ausência total de produção de urina, ou 
seja, o rim para. 
 DISÚRIA: dor ao urinar. O animal não consegue se 
manter na posição de urina e curva o abdome. Ex: 
obstrução. 
 BEXIGOMA: bexiga extremamente cheia. Ex: 
obstrução parcial ou total. 
 ISCÚRIA: bexiga cheia com ausencia de micção. 
 HEMATÚRIA: sangue durante ou ao término da 
micção 
 ESTRANGÚRIA: força para urinar, e normalmente 
não consegue (contração abdominal). 
 
RESENHA 
 
 ESPÉCIE 
 RAÇA: pelo longo ou muito pelo, geralmente tem 
retenção de urina, esmegma e maiores chances de 
contaminação por fezes. 
 SEXO: macho (costuma ter obstrução), e fêmea 
(costuma ter infecção) 
 IDADE: ex – animal jovem com comprometimento 
renal é problema congênito, já em animais idosos, 
doenças degenerativas. 
 
Cães geralmente possuem mais casos de infecção, 
enquanto gatos, casos de trato urinário inferior. 
 
ANAMNESE 
 
Frequencia de micção, volume urinário, coloração e 
odor da urina, alteraçãoes na ingestão de água, ato de 
micção... 
 
EXAME FÍSICO 
 
ASPECTOS 
 
Exames clínicos completos, estado de hidratação, 
coloração de mucosa (TPC alto = paciente desidratado 
ou anemia), palpação abdominal (sensibilidade 
dolorosa, alterações anatômicas, presença de líquido 
difuso na cavidade...), avaliação uretral (fêmeas – 
exame vaginal digital, e machos – inspeção e palpação 
da porção distal da uretra). 
 
PALPAÇÃO RENAL 
 
 INSPEÇÃO: cifose antiálgica lombar 
 PALPAÇÃO: a palpação dos rins é difícil no cão, 
e mais simples nos gatos (consegue palpar os 2) 
 TAMANHO 
- AUMENTADO: nefrite, hidronefrose, pielonefrite 
e tumor 
 - DIMINUÍDO: muito difícil de descobrir (IRC e 
esclerose renal. 
 SUPERFÍCIE: difícil definição (tumor e 
hidronefrose) 
 CONSISTÊNCIA: duro e flutuante 
 
PALPAÇÃO DE URETERES 
 
Não há exploração por métodos diretos, mesmo muito 
dilatados. 
 
PALPAÇÃO DA BEXIGA 
 
 LOCALIZAÇÃO: pélvica (limitada dorsalmente 
pela parede abdominal e dorsalmente pelo cólon). 
Não é sempre possível a palpação. No gato, pela sua 
parede abdominal ser mais elástica, a palpação é mais 
simples. 
 CONSISTÊNCIA: cistite, neoplasias e cálculos 
 SENSIBILIDADE: á palpação (irritação) 
 
A palpação brusca por causar hemorragias! 
 
PALPAÇÃO PROSTÁTICA 
 
Feita com a palpação retal combinada com a palpação 
abdominal caudal. 
 LOCALIZAÇÃO: canal pélvico 
Durante a palpação retal, devemos explorar a parte 
pélvica da uretra. A próstataé facilmente palpável nos 
animais inteiros e também quando está hipertrofiada 
(nesse caso a sua localização pode ser abdominal), e é 
mais difícil de palpar em animais castrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPLORAÇÃO DA GENITÁLIA EXTERNA 
 
 FÊMEAS: vulva e parte externa da vagina 
 MACHOS: prepúcio e pênis (até a dilatação 
dos copos cavernosos) 
 
Procura-se em ambos os casos, massas, ulceras, 
hemorragias, secreções, etc... 
 
 
INDICADORES CLÍNICOS 
 
 T.U.I: disúria, hematúria e polaciúria 
 T.U.S: alterações sistêmicas (anorexia, 
êmese e diarreia, e emagrecimento 
progressivo 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
Urinálise + UPC, hemograma, bioquímico (uréia e 
creatinina), Na, K, P, Ca, radiografias e ultrassonografia, 
urografia excretora, cistoscopia, uretroscopia, biópsias 
e necropsia. 
 
- BIOQUÍMICOS SÉRICOS: Ureia, creatinina e fósforo, 
investigam a taxa de filtração. Avaliar também cálcio e 
potássio. 
- URINÁLISE: micção natural (risco de contaminação), 
cateterismo (dificuldade em relação á femeas), e 
cistocentese (bexiga deve estar cheia, e realizar a 
punção a 75°). 
 
 
OBTENÇÃO DA URINA 
 
1. Utilização de embalagens adequadas e limpas 
(plásticos e vidros herméticos) 
2. Preparar todo o material antes de realizar a colheita 
3. Rejeitar sempre que possível a primeira porção de 
urina recolhida, para fazer a limpeza do canal uretral. 
 
- MATERIAIS: frasco estéril, serigna, e agulhas estéreis; 
luvas, espéculos vaginais, sondas uretrais (rígidas ou 
flexiveis, sendo esta, a de menor probabilidade de 
rompimento da uretra. 
 
S
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sente·
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PenectomiaTRAAAv
Ter
Xcópula por
Gotejamento

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