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Grafos
• A figura a seguir ilustra os grafos simples
completos com 1, 2, 3 e 4 vértices;
• O grafo simples completo com n vértices é
denotado por 𝑘𝑛
Grafo Bipartido Completo
• Um grafo é um grafo bipartido completo
(ou grafo bipartite completo) se seus
vértices podem ser divididos em dois
conjuntos disjuntos não vazios 𝑁1 e 𝑁2 tais
que dois vértices são adjacentes se, e
somente se, um deles ∈ N1 e o outro ∈ N2.
Se = |𝑁1| = m e |𝑁2|= n, este grafo é
denotado por 𝐾𝑚,𝑛.
• Considere o grafo simples a seguir.
• Ele não é um grafo completo porque nem todo
vértice é adjacente a todos os demais vértices.
• No entanto, os vértices podem ser divididos em
dois conjuntos disjuntos, {1,2} e {3,4,5} de tal
forma que quaisquer dois vértices tomados no
mesmo conjunto não são adjacentes, mas todos
dois vértices escolhidos em conjuntos diferentes
são adjacentes.
• Considere o grafo simples a seguir.
• Ele não é um grafo completo porque nem todo
vértice é adjacente a todos os demais vértices.
• No entanto, os vértices podem ser divididos em
dois conjuntos disjuntos, {1,2} e {3,4,5} de tal
forma que quaisquer dois vértices tomados no
mesmo conjunto não são adjacentes, mas todos
dois vértices escolhidos em conjuntos diferentes
são adjacentes.
Grafo
Bipartido
𝑲𝟐,𝟑
Grafos Isomorfos
• Dois grafos podem parecer muito diferentes em suas
representações gráficas, mas serem, ainda assim, o
mesmo grafo de acordo com nossa definição.
• Os grafos nas figuras a seguir são os mesmos, eles têm
os mesmos vértices, as mesmas arestas e a mesma
função de associação de arestas e seus extremos. (Na
representação de um grafo, as arestas podem
interceptar-se em pontos que não sejam vértices do
grafo.)
• O grafo da próxima figura também é o mesmo
grafo dos dois anteriores.
• Se mudarmos os rótulos dos vértices e arestas
do grafo segundo a correspondência a seguir, os
grafos se tornarão os mesmos:
• Estruturas que são iguais, exceto por uma
mudança de nomes(rótulos), são ditas
isomorfas.
• Definição: Grafos Isomorfos Dois grafos
(𝑁1, 𝐴1, g1) e (𝑁2, 𝐴2, g2) são isomorfos se
existem bijeções f1: N1 → N2 e f2: A1 → A2 tais
que, para cada arco a ∈ A1, g1(𝑎) = x-y se, e
somente se, g2[f2(𝑎)] = f1(x) - f1(y).
• Os grafos mostrados na a seguir são isomorfos.
• As bijeções que estabelecem o isomorfismo são
parcialmente dadas :
• Para provarmos que os grafos são isomorfos,
precisamos completar a definição da função f2, e
então mostrar que a relação entre arestas e seus
extremos é preservada para todos os casos
possíveis.
• Prove que os Grafos são isomorfos.
• O isomorfismo de grafos é fácil de estabelecer no
caso de examinarmos grafos simples.
• Se pudermos encontrar uma função f1, que leve
vértices em vértices, então uma função f2 que
leve arestas em arestas é trivial porque existe no
máximo uma aresta entre cada par de vértices.
Portanto, vale o seguinte teorema:
• Teorema sobre Isomorfismo de Grafos Simples
• Dois grafos simples (N1, A1e g1) e (N2, A2e g2)
são isomorfos se houver uma bijeção f: N1 →
N2 tal que para quaisquer vértices 𝑛𝑖e 𝑛𝑗 de N1,
𝑛𝑖 e 𝑛𝑗 são adjacentes se, e somente se, f(𝑛𝑖) e
f(𝑛𝑗) são adjacentes.
• A função f é chamada de isomorfismo do grafo
1 no grafo 2.
• Encontre um isomorfismo do grafo da figura a
no grafo b
• Determinar que dois grafos são isomorfos requer
que encontremos a bijeção e então mostremos
que a propriedade da adjacência é preservada.
• Para mostrar que dois grafos não são isomorfos,
precisamos mostrar que a(s) bijeção(ões)
necessária(s) não existe(m).
• Poderíamos tentar todas as bijeções possíveis (já
que há um número finito de vértices e arestas,
existe um número finito de bijeções).
• No entanto, este método se tornaria
rapidamente inviável em grafos de qualquer
tamanho razoável.
• Ao invés disso, podemos procurar outras razões
pelas quais tais bijeções não possam existir.
• Apesar de não ser uma tarefa simples em todos os
casos, existem certas condições sob as quais se
torna fácil ver que dois grafos não são isomorfos
• Essas condições incluem:
1. Um grafo tem mais vértices que o outro.
2. Um grafo tem mais arestas que o outro.
3. Um grafo tem arestas paralelas e o outro não.
4. Um grafo tem um laço e o outro não.
5. Um grafo tem um vértice de grau kc o outro não.
6. Um grafo é conexo e o outro não.
7. Um grafo tem um ciclo e o outro não.
• Demonstre que os dois grafos a seguir não são
isomorfos.
• E os seguintes grafos?
• Demonstre que os dois grafos a seguir não são
isomorfos.
• O Grafo à esquerda tem dois nós de grau 2, mas
o grafo da direita não;
• ou, o grafo à esquerda tem arcos paralelos, mas
o grafo a direita não
• E os seguintes grafos?
• Os dois grafos não são isomorfos.
• Perceba que cada grafo tem seis vértices e sete arestas.
• Nenhum dos dois tem laços nem arcos paralelos.
• Ambos são conexos.
• Ambos têm três ciclos, quatro vértices de grau 2 e dois
vértices de grau 3.
• Portanto, nenhum dos testes óbvios de isomorfismo se
aplica.
• No entanto, o segundo grafo tem um vértice de grau 2
que é adjacente a dois vértices de grau 3; o que não
ocorre no primeiro, e, portanto, os grafos não são
isomorfos.
Desafio
• Considere 𝑘5, um grafo simples completo com
cinco vértices.
• Construa este grafo sem que os arcos se
interceptem.
Desafio
• Considere 𝑘5, um grafo simples completo com
cinco vértices.
• Construa este grafo sem que os arcos se
interceptem.
• Essa construção não é possível.
• Um grafo simples completo com cinco vértices
não é um grafo planar.
Grafos Planares
• Um grafo planar é um grafo que pode ser
representado (em uma folha de papel, isso é, um
plano) de modo que seus arcos se intersectam
apenas em nós.
• Por exemplo, projetistas de circuitos integrados
querem que todos os componentes de um chip
formem um grafo planar, de modo a não haver
cruzamento de conexões.
• Um matemático suíço do século XVIII, Leonhard
Euler (pronuncia-se "óiler") descobriu um fato
importante sobre grafos planares.
• Um grafo simples, conexo e planar (quando
desenhado em sua representação planar, sem
interseção de arestas) divide o plano em um
número de regiões, incluindo as regiões
totalmente fechadas e uma região infinita
exterior.
• Euler observou uma relação entre o número n de
vértices, o número a de arestas e o número r de
regiões neste tipo de grafos.
• Esta relação é denominada de fórmula de Euler:
n - a + r = 2
• Verifique a fórmula de Euler para o grafo
conexo, planar e simples para o seguinte grafo.
• Verifique a fórmula de Euler para o grafo
conexo, planar e simples para o seguinte grafo.
• n = 6
• a = 7
• r = 3
• Verifique a fórmula de Euler para o grafo
conexo, planar e simples para o seguinte grafo.
• n = 6
• a = 7
• r = 3
n - a + r = 2
6 – 7 + 3 = 2
• Se incluirmos mais restrições no grafo, existem
duas consequências na fórmula de Euler que nos
levam ao seguinte teorema.
• Teorema sobre o Número de Vértices e Arestas
• Para um grafo conexo, simples e planar com n
vértices e a arestas:
1. Se a representação planar divide o plano em r
regiões, então n - a + r = 2 (1)
2. Se n ≥ 3, então a ≤ 3n – 6 (2)
3. Se n ≥ 3 e se não existem ciclos decomprimento
3, então a ≤ 2n – 4 (3)
• Podemos usar esse teorema para provar que certos
grafos não são planares.
Exemplo
• 𝑘5 é um grafo conexo simples com cinco vértices (e 10
arestas). Ele é planar?
• Se ele fosse um grafo planar, a desigualdade (2) do
nosso teorema deveria ser verdadeira, mas não é 10 ≤
3(5) - 6.
• Portanto, 𝑘5 não é planar.
• 𝑘3,3 é um grafo conexo simples com seis vértices (e
nove arestas). Não possui ciclos de comprimento 3,
uma vez que isto exigiria que dois vértices em um dos
subconjuntos fossem adjacentes.
• Se fosse um grafo planar, a desigualdade (3) deveria ser
verdadeira, mas 9 ≤ 2(6) - 4. Portanto, K3,3 não é
planar
• Podemos usar esse teorema para provar que certos
grafos não são planares.
Exemplo
• 𝑘5 é um grafo conexo simples com cinco vértices (e 10
arestas).
• Se ele fosse um grafo planar, a desigualdade (2) do
nosso teorema deveria ser verdadeira, mas não é 10 ≤
3(5) - 6.
• Portanto, 𝑘5 não é planar.
• 𝑘3,3 é um grafo conexo simples com seis vértices (e
nove arestas). Não possui ciclos de comprimento 3,
uma vez que isto exigiria que dois vértices em um dos
subconjuntos fossem adjacentes.
• Se fosse um grafo planar, a desigualdade (3) deveria ser
verdadeira, mas 9 ≤ 2(6) - 4. Portanto, K3,3 não é
planar
• Podemos usar esse teorema para provar que certos
grafos não são planares.
Exemplo
• 𝑘5 é um grafo conexo simples com cinco vértices (e 10
arestas).
• Se ele fosse um grafo planar, a desigualdade (2) do
nosso teorema deveria ser verdadeira, mas não é 10 ≤
3(5) - 6.
• Portanto, 𝑘5 não é planar.
• 𝑘3,3 é um grafo conexo simples com seis vértices (e
nove arestas). Não possui ciclos de comprimento 3,
uma vez que isto exigiria que dois vértices em um dos
subconjuntos fossem adjacentes. Ele é planar?
• Se fosse um grafo planar, a desigualdade (3) deveria ser
verdadeira, mas 9 ≤ 2(6) - 4. Portanto, K3,3 não é
planar
• Podemos usar esse teorema para provar que certos
grafos não são planares.
Exemplo
• 𝑘5 é um grafo conexo simples com cinco vértices (e 10
arestas).
• Se ele fosse um grafo planar, a desigualdade (2) do
nosso teorema deveria ser verdadeira, mas não é 10 ≤
3(5) - 6.
• Portanto, 𝑘5 não é planar.
• 𝑘3,3 é um grafo conexo simples com seis vértices (e
nove arestas). Não possui ciclos de comprimento 3,
uma vez que isto exigiria que dois vértices em um dos
subconjuntos fossem adjacentes.
• Se fosse um grafo planar, a desigualdade (3) deveria ser
verdadeira, mas 9 ≤ 2(6) – 4 não é verdade. Portanto,
𝑘3,3 não é planar
• Podemos observar que para 𝑘3,3 , a desigualdade
(2) ficaria da seguinte forma:
9 ≤ 3(6) – 6 o que é verdade
• Essa desigualdade é uma condição necessária, mas
não suficiente, para um grafo com n ≥ 3 ser planar.
• Os grafos não planares 𝑘3,3 e 𝑘5 têm um papel
importante na teoria dos grafos não planares.
• Para enunciar qual é esse papel, precisamos de
mais uma definição.
• Grafos Homeomorfos: Dois grafos são ditos homeomorfos
se ambos podem ser obtidos do mesmo grafo por uma
sequência de subdivisões elementares, nas quais um único
arco x – y é substituído por dois novos arcos, x – v e v – y,
ligando um novo nó v.
• Os grafos das partes (b) e (c) da figura a seguir são
homeomorfos porque podem ser obtidos do grafo da
figura(a) através de uma sequência de subdivisões
elementares.
(a) (b) (c)
• Um grafo planar não pode ser transformado em um
grafo não-planar através de subdivisões elementares e
um não-planar não pode ser transformado em um
planar com subdivisões elementares.
• Como um resultado, grafos homeomorfos são ambos
planares ou não-planares.
• O teorema a seguir, atribuído ao matemático polonês
Kuratowski, caracteriza grafos não-planares.
• Teorema de Kuratowski
– Um grafo é não-planar se, e somente se, contém um subgrafo
homeomorfo a 𝑘3,3 ou 𝑘5
• A primeira figura é um grafo de Petersen.
• Se olharmos na parte superior do grafo, podemos ver que o vértice a é
adjacente aos vértices e,f e b e nenhum destes são adjacentes uns aos outros.
• Além disso, o vértice e é adjacente aos vértices d e j, bem como ao vértice a e
os vértices a, d e j não são adjacentes uns aos outros. Esta informação é
transcrita no segundo grafo, que é um subgrafo de 𝑘3,3 .
• As arestas necessárias para completar 𝑘3,3 são mostradas como linhas
tracejadas no terceiro. Essas arestas não pertencem ao grafo de Petersen; por
exemplo, não há a aresta j-f. No entanto, existe um caminho no grafo de
Petersen que de j a f usa o vértice intermediário h, isto é, j-h e h-f.
• Analogamente, existem caminhos j-g e g-b, d-i e i-f e d-c e c-b. A inclusão
desses caminhos ao segundo resulta no quarto grafo, que é um subgrafo do
grafo de Petersen e também pode ser obtida através de uma sequência de
subdivisões elementares do terceiro.
Exercícios
• Qual dos grafos a seguir não é isomorfo aos
outros e por quê?
Exercícios
• Qual dos grafos a seguir não é isomorfo aos
outros e por quê?
O segundo pois não possui nó de grau 0
Exercícios
• Demonstre que 𝑘2,3 é um grafo planar.
Exercícios
• Demonstre que 𝑘2,3 é um grafo planar.
Exercícios
• Se um grafo simples, conexo e planar tem seis
vértices, todos de grau 3, em quantas regiões
ele divide o plano?
Exercícios
• Se um grafo simples, conexo e planar tem seis
vértices, todos de grau 3, em quantas regiões
ele divide o plano?
• n – a + r = 2
• n = 6 a = 9
• 6 – 9 + r = 2 r = 5
Exercícios
• Diga se os dois grafos apresentados são ou não
isomorfos. Se forem, apresente a função que
estabelece o isomorfismo entre eles; caso
contrário, explique por quê.
Exercícios
• Para cada um dos grafos a seguir determine se o
grafo é planar (mostrando uma representação
planar) ou não-planar (encontrando um subgrafo
homeomorfo a 𝑘3,3 ou 𝑘5