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S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
Músculos
 
Introdução
 
Anatomia das Juntas
 Tipos de articulações sinoviais
Ligamentos
Movimentos articulares
O esqueleto apendicular. 
O sistema musculoesquelético.
Estrutura e função dos ossos
Desenvolvimento e crescimento dos ossos
Nomeação dos músculos esqueléticos
Estrutura 
Mecanismos de contração muscular
Descrição esquemática das quatro fases da consolidação da fratura:
Metabolismo muscular e sistemas de energia.
O esqueleto axial
Correlação clínica
Fisiologia do Sistema Musculoesquelético
Junção neuromuscular e inervação dos músculos
Ín
d
ic
e
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 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO 
INTRODUÇÃO AO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
 
Medial em direção à
linha média.
Por exemplo, o dedo
médio encontra-se
situado no lado
medial do pé. 
Proximal
Mais próximo da
origem de um marco
de referência. Por
exemplo: O fémur
(osso da coxa) é
proximal à tíbia (osso
da perna). 
Lateralmente
deslocado da linha
média do corpo. 
Por exemplo o dedo
mindinho encontra-se
situado na parte
lateral do pé. 
Distal
refere-se a algo que
está mais longe do
ponto de referência
central ou origem de
uma estrutura no corpo,
como um membro ou
órgão.
O sistema músculo-esquelético é constituído por ossos, articulações, músculos, tendões,
ligamentos e cartilagem. As principais funções deste sistema vital incluem suporte e
estabilidade, proteção dos órgãos internos, locomoção, produção de células sanguíneas e
armazenamento de cálcio e outros minerais. Os ossos do esqueleto são classificados em dois
grupos: o esqueleto axial, que abrange os ossos do crânio, costelas, esterno e coluna vertebral,
e o esqueleto apendicular, que compreende os ossos dos ombros, quadris e extremidades
superiores e inferiores.
TERMINOLOGIA ANATÓMICA E TERMOS DIRECIONAIS
A terminologia anatómica emprega termos direcionais para descrever as posições relativas
das partes do corpo. Apresentam-se a seguir alguns termos direcionais utilizados para
descrever os ossos: 
Anterior 
Em direção à parte
anterior do corpo, ou
superfície anterior. Por
exemplo,o (externo)
exterior é o anterior
para coluna vertebral. 
Posterior
Em direção à região
posterior do corpo,
ou superfície dorsal.
Por exemplo, as
escápulas encontram-
se situadas na parte
posterior do corpo. 
Superior 
Em direção à cabeça
ou superior de cada
estrutura. Por
exemplo a cavidade
torácica é superior a
pélvis.
Inferior
Em direção a base de
uma estrutura.
Por exemplo, o pé está
situado abaixo do
joelho. 
3
(B) OSSOS CURTOS 
Estes ossos apresentam aproximadamente o
mesmo comprimento, largura e espessura,
possuindo uma forma achatada e cúbica. 
(D) OSSOS IRREGULARES 
Estes ossos apresentam uma
morfologia complexa e não se
categorizam nos outros três tipos. 
4
 
O esqueleto humano é constituído por mais de 206 ossos distintos. Os ossos podem ser
classificados conforme a sua forma: longos, planos, curtos e irregulares. Estas estruturas
rígidas são formadas por tecido conjuntivo denso e calcificado. O tecido ósseo é constituído
por uma matriz mineralizada, que inclui fibras de colágeno tipo 1 dispersas na substância
fundamental. 
Os ossos apresentam duas camadas distintas que diferem em aparência e características
histológicas: 
O osso compacto (cortical) constitui a camada externa, significativamente mais
densa, que lhe confere uma aparência lisa, branca e sólida. A superfície externa do
osso compacto é revestida por uma camada de tecido conjuntivo denso denominada
periósteo. Na sua superfície interna, o osso compacto é coberto pelo endósteo, que
serve como a fronteira entre o osso compacto e o esponjoso. 
O osso esponjoso (esponjoso) representa a camada profunda e arejada do osso. Ao
contrário do osso compacto, o osso esponjoso é altamente vascularizado e
metabolicamente mais ativo, sendo tipicamente encontrado nas extremidades dos
ossos longos e nas vértebras.
OSSOS LONGOS
Esses ossos apresentam um comprimento
superior à largura e possuem uma forma
tubular. 
(C) OSSOS PLANOS
Esses ossos são delgados e, em geral,
apresentam uma curvatura.
Exemplos incluem costelas, escápulas,
esterno e ossos cranianos. 
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS OSSOS
O desenvolvimento e o crescimento ósseos constituem processos complexos que
envolvem a formação de osso a partir do tecido mesenquimal, o aumento dos ossos em
comprimento e largura, bem como a remodelação óssea ao longo da vida.
FORMAÇÃO ÓSSEA
O processo de formação óssea, também designado por osteogénese ou ossificação,
inicia-se no embrião e prossegue na idade adulta. Existem dois tipos de ossificação: 
Ossificação intramembranosa: o tecido mesenquimal é transformado diretamente
em osso, resultando na formação dos ossos planos do crânio e da clavícula. 
Ossificação endocondral: o tecido mesenquimal transforma-se em cartilagem, que
é posteriormente substituída por osso, formando os ossos longos e o restante do
esqueleto axial. 
CRESCIMENTO ÓSSEO
Os ossos aumentam em comprimento através do crescimento intersticial na placa epifisária
e em largura por meio do crescimento aposicional na superfície óssea.
Esse processo prossegue ao longo da infância e da adolescência até que o crescimento da
cartilagem diminua e, por fim, cesse. Quando o crescimento da cartilagem se interrompe,
geralmente no início dos vinte anos, a placa epifisária ossifica completamente,
permanecendo apenas uma fina linha epifisária, e os ossos não conseguem mais aumentar
em comprimento. 
CARTILAGEM A cartilagem é um tecido conjuntivo flexível presente em diversos sistemas
orgânicos do corpo.
A cartilagem é constituída por células especializadas denominadas condrócitos, fibras de
colágeno e uma substância fundamental abundante, rica em proteoglicanos e fibras de elastina.
TIPOS
A cartilagem hialina é constituída por colágeno tipo II e uma abundante substância fundamental,
conferindo-lhe uma aparência lustrosa. É a forma de cartilagem mais prevalente nas articulações, nariz,
laringe, traqueia e costelas. 
A cartilagem elástica assemelha-se à cartilagem hialina, mas contém um maior número de fibras elásticas,
presentes no ouvido, na tuba auditiva e na epiglote. 
A fibrocartilagem apresenta uma abundância de fibras de colágeno tipo I e uma quantidade reduzida de
substância fundamental, sendo encontrada nos discos intervertebrais, sínfises púbicas e outras sínfises.
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 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ÓSSEO
VISÕES ANTERIORES E POSTERIORES DO SISTEMA ESQUELÉTICO
VISTAS LATERAL E ANTERIOR DO CRÂNIO 
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 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
 
As articulações são as regiões onde dois ou mais ossos se encontram e são constituídas por diversas
partes.As articulações podem ser classificadas de acordo com a sua função ou pelo tipo de tecido
conjuntivo que as constitui.
Classificação funcional
Com base na amplitude de movimento que a articulação permite, existem três tipos:
Sinartrose: Imóvel 
Anfiartrose: Ligeiramente móvel 
Diartrose: Livremente móvel 
Classificação histológica
Com base na natureza do tecido conjuntivo que forma a articulação, existem três categorias:
Cartilagem
Sinovial 
Fibrosa 
Cartilagem
É o tecido que reveste as
extremidades dos ossos
onde se articulam,
permitindo que os ossos
deslizem uns sobre os
outros com mínimo
atrito. 
As articulações sinoviais constituem o
tipo mais prevalente de articulação no
corpo humano. Estas articulações
apresentam uma cavidade articular
preenchida com líquido, na qual as
superfícies articulares dos ossos ficam
em contato e podem mover
suavemente um contra o outro.
TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
ANATOMIA DAS ARTICULAÇÕES
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OSSO
OSSO
CARTILAGEM 
ARTICULAR
MEMBRANA 
SINOVIAL
CAPSULA 
ARTICULAR
CAVIDADE 
DO LÍQUIDO 
SINOVIAL
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
A articulação do quadril é uma
articulação esférica que conecta a
cabeçado fêmur ao acetábulo do
osso do quadril. 
O quadril suporta o peso do corpo
e, por conseguinte, exige força e
estabilidade ao permanecer em pé
e ao caminhar.
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
A articulação do ombro é uma articulação esférica resultante da conexão entre a cabeça
do úmero e a cavidade glenoidal da escápula.
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CLAVÍCULA LIGAMENTO ACROMIOCLAVICULAR
ACRÔMIO 
LIGAMENTO CORACOIDE
 
BURSA SUBACROMIAL 
CÁPSULA ARTICULAR
CÁPSULA DO TENDÃO
TENDÃO DO BÍCEPS 
 
 
CABEÇA DO ÚMERO 
 ÚMERO 
 TENDÃO 
 DO 
 SUPRA ESPINHOSO 
 
CAVIDADE GLENOIDEA 
 LABRUM GLENOIDAL 
ESCÁPULA 
CARTILAGEM ARTICULAR 
CAPSULA ARTICULAR 
MEMBRANA SINOVIAL 
MEMBRANA FIBROSA 
CARTILAGEM ARTICULAR
LABRUM ACETABULAR
FÊMUR
CAVIDADE SINOVIAL
CÁPSULA ARTICULAR
 LIGAMENTO DA 
CABEÇA DO FÊMUR 
OSSO DO QUADRIL
CÁPSULA ART ICU LAR
ligamento 
iliofemoral
ligamento 
iliofemoral
 ísquio 
A) VISTA FRONTAL 
CÁPSULA ART ICU LARC) VISTA POSTERIOR
CÁPSULA ART ICU LARB) VISTA ANTERIOR
 ligamento 
isquiofemoral 
inserção do 
trocanter femural 
Antero inferior 
espinha ilíaca 
Trocanter 
Maior 
ligamento 
pubo femural 
ARTICULAÇÃO DO JOELHO O joelho
atua como uma articulação de
dobradiça, possibilitando a flexão e
extensão da perna.
Além disso, alguma rotação da
perna está disponível quando o
joelho está em movimento.
Na parte externa da articulação
do joelho, encontram-se os
ligamentos colateral lateral,
colateral medial e colateral
tibial. O ligamento colateral
lateral localiza-se na face
lateral do joelho, estendendo-
se da face lateral do fêmur até
a cabeça da fíbula.
A patela, situada no tendão do
quadríceps da coxa anterior,
protege o tendão do atrito com o
fémur. Abaixo do joelho, o
ligamento patelar conecta-se à
tíbia anterior. Juntamente com a
patela, o músculo quadríceps
estende a perna na altura do
joelho e estabiliza a articulação
do joelho. Continuando da patela
até a tíbia anterior, logo abaixo do
joelho, encontra-se o ligamento
patelar. Atuando através da
patela e do ligamento patelar, o
quadríceps é um músculo potente
que estende a perna na altura do
joelho e proporciona suporte e
estabilização à articulação do
joelho.
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Fêmur Tendão do 
quádriceps 
Cápsula 
Articular 
Bursa supra patelar 
Patela 
Bursa pre patelar 
Cavidade sinovial
Menisco Lateral 
Infra patelar 
 Bursa infra 
 patelar 
Ligamento patelar Tíbia 
Ligamento 
cruzado 
posterior 
Menisco 
Lateral 
Ligamento 
cruzado 
anterior 
a) Vista Sagital 
CÁPSULA ART ICU LAR
CÁPSULA ART ICU LAR
CÁPSULA ART
ICU LAR
CÁPSULA ART ICU LAR
b) Vista Superior
CÁPSULA ART ICU LARc) Vista Anterior
CÁPSULA ART ICU LAR
Ligamento cruzado 
posterior 
Menisco 
Lateral 
CÁPSULA ART
ICU LAR
Cartilagem 
Articular 
 Ligamento cruzado 
 anterior 
CÁPSULA ART
ICU LAR
 
 
Cartilagem 
Articular 
Menisco Medial 
Patela 
Ligamento tibial 
 colateral 
Ligamento Patelar 
Tíbia Fíbula
 Quadríceps 
 femoral 
CÁPSULA ART ICU LAR
CÁPSULA ART
ICU LAR
Tendão do 
quádriceps 
CÁPSULA ART
ICU LARPatela Medial
Ligamento fibular 
 colateral 
Ligamento Patelar 
Lateral 
BURSA: As bursas são pequenas cavidades
preenchidas com líquido que
reduza o atrito entre as partes móveis das
articulações do seu corpo. 
As bursas são pequenas bolsas em forma
de saco localizadas na cavidade articular,
revestidas por membrana sinovial. Elas
estão presentes ao redor das articulações,
fornecendo amortecimento dos ossos,
tendões e músculos associados, ao mesmo
tempo que minimizam o atrito entre
estruturas adjacentes.
A maioria das bursas sinoviais encontra-se
situada nas proximidades das grandes
articulações dos membros superiores e
inferiores. 
Os ligamentos são bandas fibrosas compostas por tecido conjuntivo denso e regular,
apresentando uma estrutura semelhante à dos tendões. Ao contrário dos tendões, que
ligam os músculos aos ossos, os ligamentos unem os ossos entre si.
Os ligamentos são classificados de acordo com a sua posição em relação à cápsula articular. 
Os ligamentos capsulares são regiões espessadas da cápsula articular que oferecem suporte e
resistência, como o ligamento iliofemoral no quadril. 
Os ligamentos intracapsulares situam-se dentro da cápsula articular e possibilitam uma amplitude de
movimento mais extensa. Exemplos incluem os ligamentos cruzados anterior e posterior do joelho.
Os ligamentos extracapsulares, localizados fora da cápsula articular, proporcionam estabilidade e
previnem luxações, como é o caso do ligamento colateral medial no tornozelo.
LIGAMENTOS
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 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
Músculo Esquelético 
Osso
Osso
TENDÃO 
Conecta músculos
 e ossos
LIGAMENTO
Conecta ossos
 e ossos 
Pelvis
Cápsula
Trocanter 
Maior 
Cabeça femoral
Corpo femoral
Pelvis
Fêmur
Bursa 
Isquial 
Bursa 
do Trocanter
Articulação do 
quadril 
Bursa 
iliopectínea
Articulação do 
quadril 
Trocanter 
menor 
 fratura 
intracapsular 
 fratura 
trocantérica 
 fratura 
subtrocantérica FR
AT
UR
AS
 EX
TR
AC
AP
SU
LA
RE
S 
ESTABILIDADE ARTICULAR
A estabilidade articular refere-se à capacidade de uma articulação manter-se em uma posição fixa e resistir a movimentos
indesejados, enquanto a amplitude de movimento diz respeito à capacidade de uma articulação mover-se livremente dentro
de sua faixa de movimento. Em termos gerais, uma articulação que apresenta maior estabilidade tende a ter uma amplitude de
movimento reduzida e, inversamente, uma articulação com maior amplitude de movimento pode ter menor estabilidade. A
seguir, são apresentados alguns fatores que influenciam a estabilidade articular e a amplitude de movimento:
Tônus muscular: O tônus dos músculos que envolvem uma articulação é crucial para a sua
estabilidade. Ligamentos e cápsula articular: Conferem estabilidade passiva à articulação. Formato
ósseo: A configuração dos ossos que constituem a articulação é designada como estabilidade
morfológica. Envelhecimento: Com o avançar da idade, as pessoas experimentam uma redução nos
fluidos, um afinamento da cartilagem, um encurtamento dos ligamentos e uma perda de flexibilidade. 
11
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
MOVIMENTOS ARTICULARES
Diversos movimentos podem ser executados pelas articulações sinoviais.
Abdução é o movimento que afasta uma parte do corpo da linha média. 
Adução é o movimento que se dirige à linha média do corpo. 
Extensão é o endireitamento dos membros (aumento do ângulo) numa articulação. 
Flexão é a ação de dobrar os membros (redução do ângulo) em uma articulação. 
Rotação é um movimento circular em torno de um ponto fixo.
FLEXÃO
FLEXÃO
FLEXÃO
EXTENSÃO
EXTENSÃO
EXTENSÃO
FLEXÃOEXTENSÃO
 (A) e (B) Movimentos Angulares: flexão e extensão doombro e joelho 
EXTENSÃO
ABDUÇÃO
ADUÇÃO
ROTAÇÃO
ROTAÇÃO
LATERAL
ROTAÇÃO
MEDIAL 
ROTAÇÃO 
 (d) Movimentos Angulares: flexão e
extensão da coluna vertebral. 
 (e) Movimentos Angulares: adução, 
 abdução e rotação do ombro 
 (f) Rotação da cabeça e do pescoço 
LISO
Os músculos lisos são músculos
involuntários que revestem o
interior de determinados órgãos.
Eles desempenham funções
essenciais, como em seus intestinos
e auxiliando os seus pulmões a
expandirem-se quando respira.
CARDÍACO. O músculo cardíaco (miocárdio)
constitui as camadas intermédias do
coração. Ele não se encontra em nenhuma
outra parte do corpo. O músculo cardíaco
contrai-se e relaxa para bombear sangue
pelo sistema cardiovascular.
 
Os músculos são segmentos de tecido mole distribuídos pelo corpo. Eles auxiliam em diversas
atividades, desde a manutenção da postura até a corrida de uma maratona. Além disso, os músculos
promovem movimento e oferecem suporte aos órgãos.
O seu coração é um músculo que trabalha arduamente e bate milhares de vezes por dia para o manter vivo.
Os seus músculos são compostos por milhares de pequenas fibras entrelaçadas. Essas fibras, ao se
esticarem e se contraírem, movimentam os seus órgãos e o seu corpo.
FUNÇÃO DOS MÚSCULOS
Os músculos são responsáveis pela movimentação do corpo. Eles executam dois tipos de movimentos:
Movimentos voluntários: os movimentos voluntários referem-se a ações que estão sob o seu controle. 
Movimentos involuntários: Os movimentos involuntários ocorrem de forma automática, sem a sua
intervenção.
pensando neles. 
Os músculos também armazenam e libertam energia que o seu corpo utiliza como parte do seu metabolismo.
ANATOMIA MUSCULAR 
Os seus músculos são compostos por milhares de pequenas fibras entrelaçadas. Essas fibras,
ao se esticarem e se contraírem, movimentam os seus órgãos e o seu corpo.
TIPOS DE MÚSCULOS
Os profissionais de saúde classificam os músculos
de acordo com o tipo de tecido. 
Existem três categorias de tecido muscular:
Esquelético
Cardíaco
Muscular
ESQUELÉTICO
Eles colaboram com os seus ossos, tendões e
ligamentos para sustentar o seu peso e permitir a
sua movimentação. Os tendões ligam os
músculos esqueléticos aos ossos em todo o
corpo.
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
MÚSCULOS
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CARDÍACO 
LISO 
ESQUELÉTICO
 MÚSCULO ESQUELÉTICO
TENDÃO FÁSCIA FASCÍCULOS
NÚCLEO FILAMENTOS
MIOFIBRILAS 
FIBRA MUSCULAR 
CÉLULAS MUSCULARES (LISO)
CÉLULAS MUSCULARES (CARDÍACO)
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
NOMENCLATURA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
 
Ação muscular. Quando os músculos são
designados pelas suas funções, surgem
termos como flexor, extensor e adutor
nos seus nomes.
Assim como os ossos, os músculos apresentam uma variedade de formas e tamanhos,
adaptando-se assim às suas funções específicas.
Direção das fibras musculares. Quando o nome de um músculo inclui o termo reto, suas
fibras correm paralelamente a essa linha imaginária; o termo oblíquo, como parte do
nome de um músculo, indica que as fibras musculares se dispõem obliquamente à linha
imaginária. 
Tamanho relativo do músculo. Termos como máximo, mínimo e longo são frequentemente
utilizados nos nomes dos músculos. 
Localização do músculo. Alguns músculos são nomeados em função do osso ao qual
estão associados; por exemplo, os músculos temporal e frontal sobrepõem-se aos ossos
temporal e frontal do crânio. 
Número de origens. Quando o termo bíceps, tríceps ou quadríceps faz parte do nome de
um músculo, pode-se inferir que o músculo possui duas, três ou quatro origens.
Localização da origem e inserção do músculo. Ocasionalmente, os músculos são
nomeados com base nos seus locais de fixação. 
Formato do músculo. Alguns músculos apresentam um formato distinto que facilita a sua
identificação.
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ORBICULAR 
CIRCULAR 
PEITORAL MAIOR 
CONVERGENTE
DELTOIDE
TRÍCEPS 
 MÚSCULO 
 EXTENSOR 
EXTENSOR LONGO 
DOS DEDOS 
SARTÓRIO 
MÚSCULO 
PARALELO 
RETO FEMORAL 
BIEPENADO 
BÍCEPS BRAQUIAL 
FUSIFORME 
PARALELO 
ORIGEM
INSERÇÃO 
VENTRE
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 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
MÚSCULOS FACIAIS
Existem cinco músculos faciais:
Frontal. O frontal, que reveste o osso frontal, estende-se do crânio.
aponeurose na pele das sobrancelhas, onde se insere; este músculo permite elevar as sobrancelhas e
enrugar a testa; na extremidade posterior da aponeurose craniana encontra-se o pequeno músculo
occipital.
Orbicularis oculi. O orbicularis oculi apresenta fibras que se dispõem em círculos à volta dos olhos;
permite que feche os olhos, aperte-os, pisque e pisque.
Orbicular da boca. O orbicular da boca é o músculo circular que envolve os lábios, responsável
pelo seu fechamento.
A boca, ao projetar os lábios, é frequentemente referida como o músculo do “beijo”.
Bucinador. O músculo bucinador, de consistência carnuda, estende-se horizontalmente pela
bochecha e
insere-se no músculo orbicular da boca.
Zigomático. O zigomático estende-se do canto da boca até à maçã do rosto;
é frequentemente designado como o músculo do “sorriso” devido à sua função de elevar os cantos
da boca.
MÚSCULOS MASTIGADORES
O músculo bucinador, que pertence a este grupo, é descrito juntamente com os músculos
faciais.
Masseter. Uma vez que se estende do processo zigomático do osso temporal até à mandíbula,
O masseter cobre o ângulo do maxilar inferior; este músculo fecha o maxilar ao elevar a
mandíbula.
Temporal. O temporal é um músculo em forma de leque que envolve o osso temporal;
insere-se na mandíbula e atua como um sinergista do masséter no fechamento da mandíbula.
MÚSCULOS CERVICAIS
Na sua maioria, os músculos do pescoço, responsáveis pelo movimento da cabeça e da
cintura escapular, são pequenos e assemelham-se a tiras. Apenas dois músculos do pescoço
são considerados neste contexto.
Platisma. O platisma é um músculo singular, com formato de lâmina, que cobre a área anterolateral do
pescoço;sua ação consiste em puxar os cantos da boca para baixo, resultando em uma flacidez labial.
Esternocleidomastóideo. Os músculos esternocleidomastóideos, que são pares, apresentam uma
estrutura bicéfala.
músculos, um localizado de cada lado do pescoço; quando ambos os esternocleidomastóideos se
contraem simultaneamente, eles flexionam o pescoço.
MÚSCULOS DO TRONCO
Os músculos do tronco incluem (1) aqueles responsáveis pelo movimento da coluna vertebral; 
(2) músculos anteriores do tórax, responsáveis pelo movimento das costelas, da cabeça e dos
braços; e (3) músculos da parede abdominal, que auxiliam na movimentação da coluna vertebral
e, mais importante, constituem a “cintura natural”muscular da parede abdominal do corpo.
OS MÚSCULOS ANTERIORES Os músculos anteriores do tronco incluem o peitoral maior, um
músculo de grandes dimensões que
cobre a parte superior do tórax e auxilia na adução e flexão do braço. 
Os músculos intercostais situam-se entre as costelas e desempenham um papel crucial na
respiração.
 Os músculos intercostais externos elevam a caixa torácica durante a inspiração, enquanto os
músculos intercostais internos a abaixam para auxiliar na expiração forçada do ar. 
Os músculos da região abdominal, incluindo o reto abdominal, oblíquo externo e oblíquo interno.
Os músculos oblíquos e o transverso do abdómen contribuem para o fortalecimento do tronco
e oferecem suporte à região abdominal.
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 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
OS MÚSCULOS POSTERIORES
Os músculos posteriores do tronco incluem:
Os músculos trapézios situam-se na região posterior do pescoço e na parte superior do tronco,
desempenhando um papel fundamental na extensão da cabeça e no movimento da escápula. 
Os músculos latíssimo do dorso são grandes músculos localizados na parte inferior das costas,
desempenhando um papel crucial na descida do braço durante movimentos de grande
intensidade.
 O grupo eretor da coluna é responsável pela extensão das costas e pela flexão da cintura. 
Os músculos quadrados lombares são responsáveis pela flexão lateral da coluna. 
Os músculos deltoides situam-se nos ombros e desempenham um papel crucial na abdução do
braço.
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SUPERFICIAIS PROFUNDOS 
SEMIESPINHAL DA CABEÇA 
ESPLÊNIO DA CABEÇA 
ELEVADOR DA ESCÁPULA
ROMBOIDE MENOR 
ROMBOIDE MAIOR 
SUPRA ESPINHOSO 
INFRA ESPINHOSO 
REDONDO MENOR 
REDONDO MAIOR
SERRÁTIL ANTERIOR 
SERRÁTIL POSTERIOR 
 
OBLÍQUO EXTERNO 
 
OBLÍQUO ABDOMINAL
INTERNO 
 
GLÚTEO MÍNIMO 
ROTADORES LATERAIS 
GLÚTEO MÁXIMO 
GLÚTEO MÉDIO 
ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO 
TRAPÉZIO 
DELTOIDE 
ERETOR DA ESPINHA 
LATÍSSIMO DO 
DORSO 
FÁSCIA 
TORACOLOMBAR 
OBLÍQUO ABDOMINAL 
EXTERNO 
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17
 S I ST E M A
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MÚSCULOS DO EXTREMIDADE
SUPERIOR
18
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
BÍCEPS BRAQUIAL 
(CABEÇA CURTA)
BÍCEPS BRAQUIAL 
(CABEÇA LONGA)
TRÍCEPS BRAQUIAL 
(CABEÇA LATERAL)
TRÍCEPS BRAQUIAL 
(CABEÇA LONGA)
BRAQUIAL 
MÚSCULOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA ANTERO LATERAL) MÚSCULOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA POSTERIOR)
MÚSCULOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA ANTERO LATERAL) MÚSCULOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA POSTERIOR)
BÍCEPS BRAQUIAL 
PRONADOR REDONDO
BRAQUIO RADIAL 
TRÍCEPS BRAQUIAL 
 EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO
 EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO
PALMAR LONGO 
FLEXOR ULNAR DO CARPO
FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS
FLEXOR RADIAL
 DO CARPO
EPICÔNDILO LATERAL 
DO ÚMERO 
EXTENSOR ULNAR 
DO CARPO
EXTENSOR DOS DEDOS 
EXTENSOR DOS DEDOS 
EXTENSOR DO DEDO
MÍNIMO 
ANCÔNEO 
 EXTENSOR CURTO DO POLEGAR 
EXTENSOR LONGO DO
POLEGAR 
ABDUTOR LONGO DO POLEGAR 
MÚSCULOS SUPERFICIAIS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA PALMAR) MÚSCULOS SUPERFICIAIS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA DORSAL)
SUPINADOR 
BRAQUIAL 
 
MÚSCULOS PROFUNDOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA PALMAR) MÚSCULOS PROFUNDOS DO BRAÇO ESQUERDO (VISTA DORSAL)
FLEXOR PROFUNDO DOS 
DEDOS 
 EPICÔNDILO MEDIAL DO ÚMERO 
EPICÔNDILO LATERAL DO ÚMERO 
EPICÔNDILO MEDIAL
DO ÚMERO 
FLEXOR PROFUNDO
DOS DEDOS 
FLEXOR ULNAR DO CARPO
EXTENSOR DO ÍNDICE 
FLEXOR LONGO DO POLEGAR 
ABDUTOR LONGO DO POLEGAR 
EXTENSOR LONGO DO POLEGAR 
EXTENSOR CURTO 
DO POLEGAR 
 FLEXOR CURTO 
 DO POLEGAR 
EXTENSOR 
DO POLEGAR 
PRONADOR QUADRADO 
Parte dos músculos do membro inferior são os
músculos da articulação do quadril.
Glúteo maior.
Glúteo médio.
Iliopsoas. Músculos
adutores. 
Músculos responsáveis pelo movimento na articulação
do joelho Os músculos do membro inferior que
provocam movimento na articulação do joelho são:
Grupo dos
isquiotibiais. Sartório.
Grupo dos quadríceps. 
Músculos responsáveis pelo movimento no tornozelo e
no pé Existem cinco músculos que provocam
movimento no tornozelo e no pé:
Tibial anterior. 
Extensor longo dos dedos.
Músculos fibulares.
Gastrocnémio. 
Sóleo. 
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR Os músculos que intervêm no membro inferior
provocam movimento nas articulações do quadril, joelho e pé. Eles
são considerados os maiores e mais robustos músculos do corpo, especializados na
locomoção e no equilíbrio do organismo.
19
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
Gastrocnêmio 
(cabeça lateral)
Gastrocnêmio 
(cabeça medial)
Plantar 
Sóleo 
Tendão de Aquiles 
 
Calcanhar 
Tibial Anterior 
Fibular Longo 
Extensor Longo dos 
Dedos 
Fibular Curto 
 Extensor Longo do Hálux
Fibular Terceiro 
Retináculo extensor superior
Retináculo extensor
inferior 
Músculos superficiais da perna
direita (vista posterior) 
Músculos superficiais da perna
direita (vista anterior) 
Poplíteo 
 Sóleo 
Fibular Longo 
 Tibial Posterior 
Flexor Longo dos 
dedos 
Flexor Longo do 
Hálux 
Fibular Curto 
Músculos profundos da perna
direita (vista posterior) 
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
ESTRUTURA
Estruturalmente, os músculos esqueléticos são constituídos por células musculares
esqueléticas, denominadas miócitos (fibras musculares ou miofibrilas). As fibras musculares
são células especializadas cuja característica primordial é a capacidade de contração.
Apresentam-se como células alongadas, cilíndricas e multinucleadas, envolvidas por uma
membrana celular designada sarcolema. O citoplasma das fibras musculares esqueléticas,
conhecido como sarcoplasma, contém proteínas contráteis denominadas actina e miosina.
Estas proteínas estão organizadas em padrões que formam as unidades do microaparelho
contrátil, conhecidas como sarcômeros. 
Essa estrutura confere ao tecido muscular esquelético quatro propriedades fisiológicas fundamentais:
Excitabilidade - a capacidade de perceber estímulos neurais (potencial de ação);
Contratibilidade - a capacidade de se contrair em resposta a um estímulo neural;
Extensibilidade - a capacidade de um músculo ser alongado sem se romper; 
Elasticidade - a capacidade de recuperar a forma original após ser esticada.
CONTRAÇÃO MUSCULAR
A característica mais significativa dos músculos esqueléticos é a sua capacidade de
contração.
Existem dois tipos de contração muscular: isométrica e isotónica. 
Uma contração muscular é classificada como isométrica quando o comprimento do músculo
permanece constante durante a contração, e isotônica quando a tensão se mantém
inalterada enquanto o comprimento do músculo varia. Existem dois tipos de contrações
isotónicas: 
Contração concêntrica, na qual o músculo se encurta em virtude da produção de força adequada.
para ultrapassar a resistência imposta. 
Contração excêntrica, na qual o músculo se estende em resposta a uma resistência superior.
do que a força produzida pelo músculo. 
A sequência de eventos que culmina na contração de uma célula muscular inicia-se quando o
sistema nervoso emite um sinal denominado potencialde ação. 
CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA
TENDÃO
Um tendão é uma faixa robusta e flexível de tecido conjuntivo denso que tem a função de
fixar os músculos esqueléticos aos ossos. Os tendões localizam-se nas extremidades distal e
proximal dos músculos, conectando-os ao periósteo dos ossos em sua inserção proximal
(origem) e distal (inserção) no osso. Quando os músculos se contraem, os tendões
transmitem a força mecânica aos ossos, provocando movimento.
20
Movimento 
Movimento 
MECANISMOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
O mecanismo de contração muscular abrange uma sequência de eventos moleculares
que se desenrolam quando um músculo é ativado por um impulso nervoso:
Mecanismo de contração muscular:
A actina é uma proteína intracelular extremamente abundante, presente em todas as células
eucarióticas, que desempenha um papel fundamental na contração muscular e no
movimento celular.
A actina é igualmente essencial para a manutenção e o controle da forma e da estrutura das
células. A miosina é um motor molecular prototípico - uma proteína que transforma energia
química em conversão de ATP em energia mecânica, resultando em força e movimento.
4. As pontes cruzadas que se estendem dos filamentos de miosina executam a operação.
5. Os sarcômeros constituem unidades contráteis do músculo.
6. Um sarcómero é uma unidade funcional do músculo estriado.
7. Isso indica que é a unidade mais elementar do nosso músculo esquelético.
Os filamentos de actina ligam-se ao disco Z na extremidade do sarcômero.
Os sarcômeros encurtam e os tecidos musculares contraem simultaneamente enquanto o
filamento desliza,puxa o disco Z com mais profundidade.
Um sarcômero é constituído por diversos filamentos paralelos denominados filamentos de
actina(filamentos finos) e filamentos de miosina (filamentos espessos).
11. O conceito de filamento deslizante explica como o tecido muscular se contrai durante a
duração do corpo.
12. Pequenos filamentos de actina são continuamente puxados através de grandes filamentos
de miosina para fornecer tensão em um músculo.
13. Quando um impulso chega à junção neuromuscular, o retículo sarcoplasmático é ativado,
resultando na liberação de íons de cálcio.
14. Esses íons de cálcio ligam-se à troponina, provocando o deslocamento da tropomiosina
da actina no sítio de ligação da miosina.
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
21
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
21
Osso hióide: Situado na garganta.
As articulações cartilaginosas
são articulações nas quais os
ossos estão interligados.
 
O esqueleto axial constitui o núcleo central
do corpo humano, sendo composto por 80
ossos que sustentam e protegem os órgãos
vitais.
Crânio, osso hióide, caixa torácica, coluna
vertebral. As funções do esqueleto axial
incluem:
Suporte
Proteção
Montagem
Respiração
Estabilização
Coluna vertebral: Compreende a coluna
cervical,vértebras torácicas, sacrais e
caudais, assim como os discos intervertebrais
que amortecem e conectam as vértebras 
 
Caixa torácica: Compreende o esterno e as costelas. 
Crânio: Compreende os ossos cranianos e faciais,
assim como os ossículos do ouvido médio. Existem
três categorias principais de articulações:
articulações fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
O ESQUELETO AXIAL
Articulação sinovial
22
vértebras cervical 
vértebras torácicas
vértebras lombares 
vértebras sacrais 
vértebras coccígeas 
Articulação Fibrosa 
Disco Cartilaginoso
Inserção do Manúbrio
Manúbrio
Esterno Corpo
Costelas 
Vértebras 
Torácicas
Inserção do Costocondral
Articulação
Esterno condral 
Cartilagem Costal 
Articulação Inter condral
Articulação Xifoide 
Processo
Xifoide 
coluna 
vertebral 
crânio 
caixa torácica
osso hioide 
ossículos 
 
Cintura Pélvica
A cintura pélvica liga as pernas ao tronco do
corpo e é constituída por dois ossos pélvicos
que fixam a parte superior da perna ao sacro da
coluna vertebral.
 
Compreende as extremidades superiores e inferiores. O
ombro e o quadril constituem segmentos cruciais dos
membros que interligam o esqueleto apendicular e axial,
sendo fundamentais para a transferência de carga
mecânica.
O MEMBRO SÊNIOR
A extremidade distal do braço está conectada à mão
pelos ossos do punho. Existem oito ossos pequenos e
de forma irregular. Esses ossos estão firmemente
interligados e, em conjunto, são designados como
carpos.
PACOT E D E E N F E R M AG E M M É D I C A , C I R Ú R G I C A E D E C U I DA D O S
D E E N F E R M AG E M 
O MEMBRO INFERIOR O osso proximal da perna é
designado como fêmur.
O fémur é o osso mais longo e resistente do corpo
humano. Este osso estabelece a ligação entre o
quadril e o joelho. A parte mais distal da perna, assim
como no braço, é constituída por dois ossos. 
Tendões e ligamentos
Consistem
principalmente em
robustez e estabilidade.
São de tecido conectivo
e permitem o movimento
das articulações.
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
O ESQUELETO APENDICULAR
23
cintura pélvica 
perna 
pés 
mãos 
braços
cintura escapular 
cintura
escapular 
escápula 
Clavícula 
Vista ANTERIOR 
braços
mão
ossos da falange
ossos do metacarpo
ossos do carpo
ulna 
rádio
 
articulação do
cotovelo
antebraço
úmero 
 
FÊMUR 
PATELA 
FÍBULA 
TIBIA 
TARSO 
METATARSO
FALANGES
tendão de aquiles 
 músculo 
gastrocnêmio 
tendão de
aquiles 
ossos do 
calcanhar 
ligamento 
cruzado posterior 
ligamento 
medial
colateral 
ligamento 
cruzado anterior 
ligamento 
lateral
colateral 
ligamentos do joelho
osso pélvicoíleo 
Acetábulo 
Fêmur
Sacro 
Púbis
ísquio 
sínfise púbica 
cóxis 
A fisiologia musculoesquelética é o campo da fisiologia que examina os processos do
sistema musculoesquelético. 
O sistema esquelético confere forma 
ao corpo e sustenta os órgãos 
em posição.O sistema 
musculoesquelético ou sistema 
locomotor. 
Possui diversas funções, 
incluindo:
Suporte: Os ossos do sistema
esquelético conferem
estabilidade ao corpo.
Movimento: Os ossos distintos
estão interligados por
articulações, enquanto os
músculos os estabilizam e
facilitam o movimento. 
Proteção: sistema
musculoesquelético protege os
órgãos vitais.
Quais são os principais
componentes do sistema
esquelético?
O seu sistema esquelético é
constituído por:
REMODELAÇÃO E REPARAÇÃO ÓSSEA
O que faz: A remodelação óssea elimina o osso
danificado e o substitui por osso novo, preservando
assim a força e a integridade óssea. Além disso, contribui
para a manutenção do equilíbrio de cálcio e fósforo no
organismo.
Ossos,
músculos,
cartilagem.
Ligamentos,
tendões,
articulações.
Como é que funciona?
A remodelação óssea é um
ciclo de quatro fases:
ativação celular,
reabsorção, reversão, e
formação óssea. 
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
FISIOLOGIA MUSCULOESQUELÉTICA
24
músculo 
cartilagem 
tendão 
ligamento 
ARTICULAÇÃO DO OMBRO ARTICULAÇÃ
O DO OMBRO 
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 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
METABOLISMO MUSCULAR E SISTEMAS DE ENERGIA O metabolismo muscular refere-se ao
processo pelo qual os músculos transformam energia química em energia mecânica. Os
sistemas de energia responsáveis pela reposição de ATP (adenosina trifosfato) nos
músculos são:
Fosfagénio: Um dos três sistemas de energia responsáveis pela regeneração do ATP nos
músculos. 
Glicolítico: Um dos três sistemas de energia responsáveis pela regeneração do ATP nos
músculos. 
Respiração mitocondrial: Um dos três sistemas de energia responsáveis pela regeneração
do ATP nos músculos. 
Os três sistemas energéticos distinguem-se pela maneira como regeneram o ATP, pelossubstratos e produtos que utilizam e pela sua contribuição para a fadiga. A contribuição
relativa de cada sistema é influenciada pela intensidade e pela duração do exercício. 
26
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
As sete etapas da junção neuromuscular são:
1. O potencial de ação atinge o botão 
2. Os canais de cálcio dependentes de voltagem abrem-se 
3. Os íons de cálcio penetram no terminal do axônio 
4. As vesículas sinápticas deslocam-se e fundem-se 
5. A acetilcolina (ACh) é libertada na fenda sináptica 
6. A ACh liga-se aos receptores de ACh na placa motora 
7. Um potencial de ação é gerado no sarcolema 
A junção neuromuscular (JNM) é a sinapse entre um nervo motor e um músculo, através da
qual o sistema nervoso transmite mensagens ao sistema muscular. 
 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR E INERVAÇÃO MUSCULAR
A junção neuromuscular (JNM) é uma sinapse que estabelece a conexão entre um nervo
motor e uma fibra muscular, sendo responsável pela transmissão de impulsos elétricos do
nervo para o músculo.
A JNM desempenha diversas funções essenciais, incluindo a circulação, a respiração, a
digestão, a micção e a locomoção.
27
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
CORRELAÇÃO CLÍNICA
 DISTÚRBIOS DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
O sistema musculoesquelético é constituído por ossos, músculos, tendões, ligamentos, cartilagens e
articulações. Este sistema oferece suporte estrutural, protege os órgãos internos e possibilita a
movimentação. Distúrbios neste sistema podem afetar de forma significativa a qualidade de vida de um
indivíduo, impactando a mobilidade, a força e a saúde física geral. A seguir, apresentamos uma visão
geral dos distúrbios musculoesqueléticos comuns, suas causas, sintomas e estratégias de tratamento.
28
Critério Osteoartrite Artrite Reumatoide (AR)
Descrição
Doença degenerativa das
articulações, com degradação da
cartilagem.
Distúrbio autoimune em que o
sistema imunológico ataca os
tecidos das articulações.
Causas - Envelhecimento- Obesidade-
Estresse repetitivo- Genética
- Fatores genéticos- Fatores
ambientais- Resposta autoimune
Sintomas
- Dor articular- Rigidez-
Diminuição da amplitude de
movimento
- Articulações inchadas, quentes e
dolorosas- Fadiga- Febre
Tratamento Não Farmacológico - Controle de peso- Fisioterapia-
Exercícios leves
- Estilo de vida equilibrado- Dieta
saudável- Exercícios
Tratamento Farmacológico
- Analgésicos (paracetamol)-
AINEs- Corticoides intra-
articulares
- DMARDs (antirreumáticos
modificadores da doença)-
Terapias biológicas
Tratamentos Avançados - Cirurgia de substituição articular
- Terapias imunobiológicas-
Acompanhamento
multidisciplinar
OSTEOPOROSE
Condição caracterizada pela diminuição da
densidade óssea e aumento do risco de fraturas.
Causas
- Envelhecimento- Alterações hormonais (ex:
menopausa)- Ingestão insuficiente de cálcio e
vitamina D- Estilo de vida sedentário
Sintomas
- Ossos frágeis- Fraturas frequentes (coluna, punho,
anca/quadril)- Diminuição da estatura
Gerenciamento
- Suplementação de cálcio e vitamina D- Exercícios
com carga (resistência)- Bifosfonatos- Terapia de
reposição hormonal (TRH)
 
29
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
DOENÇA DESCRIÇÃO CAUSAS SINTOMAS GERENCIAMENTO
4. GOTA
Artrite causada pelo
acúmulo de cristais
de ácido úrico nas
articulações.
Dieta rica em
purinas, obesidade,
consumo de álcool,
predisposição
genética.
Dor súbita intensa,
inchaço,
vermelhidão,
geralmente no
dedão do pé.
Medicamentos:
colchicina, AINEs,
alopurinol. Mudança
de estilo de vida:
dieta pobre em
purinas, aumento da
ingestão de água.
5. FIBROMIALGIA
Condição crônica
que provoca dor
musculoesquelética
generalizada e
fadiga.
Desconhecida. Pode
envolver fatores
genéticos,
ambientais e
psicológicos.
Dor difusa, rigidez
muscular, distúrbios
do sono,
dificuldades
cognitivas (“névoa
fibro”).
Medicamentos:
analgésicos,
antidepressivos,
antiepilépticos.
Terapias: fisioterapia,
TCC, manejo do
estresse, exercícios de
baixo impacto como
natação ou
caminhada.
6. TENDINITE
Inflamação ou
irritação de um
tendão, geralmente
por movimentos
repetitivos ou
sobrecarga.
Uso excessivo,
lesões,
envelhecimento.
Dor e sensibilidade
local, inchaço,
dificuldade de
movimentar a
articulação afetada.
Repouso, aplicação
de gelo, fisioterapia,
AINEs, injeções de
corticosteroides.
7. ESCOLIOSE
Curvatura lateral da
coluna que pode
causar desconforto
e deformidade
postural.
Fatores congênitos,
neuromusculares ou
idiopáticos.
Assimetria dos
ombros ou quadris,
dor nas costas,
dificuldade em
manter-se ereto.
Fisioterapia,
acompanhamento
em adolescentes em
crescimento,
cirurgia nos casos
mais severos.
30
 S I ST E M A M U S C U LO E S Q U E L É T I CO
DOENÇA DESCRIÇÃO CAUSAS SINTOMAS GERENCIAMENTO
8. HÉRNIA DISCAL
Protrusão do
núcleo pulposo de
um disco
intervertebral,
comprimindo
nervos próximos.
Envelhecimento,
trauma,
levantamento de
peso de forma
inadequada.
Dor lombar, dor
irradiada para as
pernas (ciática),
dormência,
formigamento.
Fisioterapia, AINEs,
relaxantes
musculares.
Cirurgia em casos
graves.
9. DISTROFIA
MUSCULAR (DM)
Grupo de doenças
genéticas que
causam
degeneração
progressiva e
fraqueza muscular.
Mutações genéticas
que afetam a
produção de
proteínas
musculares.
Fraqueza muscular
progressiva,
dificuldade para
caminhar,
problemas
respiratórios,
atrofia muscular.
Fisioterapia, terapia
ocupacional,
corticosteroides,
dispositivos
assistivos (ex:
cadeiras de rodas).
10. ESPONDILITE
ANQUILOSANTE
Doença
inflamatória crônica
da coluna, que
pode levar à fusão
das vértebras.
Fatores genéticos
(ex: HLA-B27).
Dor crônica nas
costas, rigidez,
redução da
flexibilidade,
postura encurvada.
AINEs, DMARDs,
fisioterapia,
exercícios para
postura e
mobilidade.
11. FRATURAS
ÓSSEAS
Ruptura ou fissura
óssea causada por
trauma direto,
osteoporose ou
esforço repetitivo.
Traumas físicos,
osteoporose,
estresse repetitivo,
envelhecimento.
Dor intensa,
inchaço,
deformidade,
incapacidade de
mover o membro
afetado.
Imobilização (gesso,
órtese), cirurgia
(fixação interna ou
externa),
reabilitação para
recuperação de
força e mobilidade.

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