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Ossos do 
Tronco
SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
2. Coluna Vertebral ........................................................................................................... 3
2.1. Coluna cervical ...................................................................................................... 4
2.2. Coluna Torácica ..................................................................................................... 7
2.3. Coluna Lombar ...................................................................................................... 8
2.4. Coluna Sacral ......................................................................................................... 9
3. Costelas ...................................................................................................................... 10
4. Esterno ........................................................................................................................ 11
5. Curiosidades sobre o Esqueleto Axial ...................................................................... 12
Referências ...................................................................................................................... 14
Ossos do Tronco   3
1. INTRODUÇÃO
O esqueleto humano é uma estrutura fascinante e complexa, essencial para a 
proteção de órgãos vitais e suporte para o movimento. O tronco, em particular, 
desempenha um papel crucial na sustentação e mobilidade do corpo. Este Super 
Material explora a anatomia dos ossos do tronco, destacando sua localização, aci-
dentes ósseos e curiosidades sobre o esqueleto axial.
2. COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é uma estrutura complexa composta por 33 vértebras e desem-
penha o papel de proteger a medula espinhal. Essas vértebras são agrupadas em 
cinco regiões distintas: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Cada região 
apresenta características anatômicas específicas, determinadas pelo formato das 
vértebras que a compõem.
As vértebras se organizam de maneira a formar curvas naturais na coluna ver-
tebral. Existem dois tipos principais de curvas: as primárias, como a curva cifótica 
na região dorsal, e as secundárias, representadas pelas lordoses cervical e lombar. 
Essas curvas são consideradas fisiológicas dentro de certos limites, e serão discu-
tidas mais detalhadamente posteriormente.
Cada vértebra é composta por um corpo vertebral, um arco vertebral e proces-
sos espinhosos e transversos. As vértebras conferem estabilidade e flexibilidade à 
coluna vertebral. A flexibilidade é especialmente facilitada pelos discos interverte-
brais, localizados entre cada vértebra, que atuam como amortecedores e permitem 
o movimento fluido da coluna. Os processos espinhosos servem para a fixação de 
músculos e ligamentos, essenciais para a mobilidade e estabilidade da coluna. Os 
forames vertebrais formam o canal vertebral, por onde passa a medula espinhal, 
protegendo-a de impactos.
Ossos do Tronco   4
Processo 
transverso
Processo 
espinhoso
Processo 
espinhoso
Forame 
vertebral
Forame 
vertebral
Forame 
vertebral
Processo 
articular
Processo 
transverso
Processo 
transverso
Processo 
transverso
Processo 
transverso
Processo 
articular
Processo 
espinhoso
Processo 
espinhoso
Disco 
vertebral
Corpo
Arco
Lâmina
Lamina
Corpo
Corpo
Corpo Torácica
Sacro
Cóccix
Lombar
Cervical
Figura 1. Coluna vertebral e comparativo de vértebras de cada região.
Fonte: Ellen Bronstayn/Shutterstock.com
2.1. Coluna cervical
A região cervical da coluna vertebral é composta por sete vértebras, entre as quais 
destacam-se as vértebras C1 – Atlas – e C2 – Áxis – por serem as únicas com nomes 
próprios. As vértebras cervicais possuem um forame vertebral significativamente maior 
do que nas outras regiões da coluna, proporcionando maior espaço para a passagem 
da medula espinhal.
O Atlas, a primeira vértebra cervical, apresenta uma estrutura sutil, com um corpo 
pouco representativo. Sua forma é semelhante a um aro laminado, com faces articulares 
superiores maiores que as inferiores. Essas faces articulam-se com o osso occipital e a 
vértebra Áxis, respectivamente. O Atlas possui tubérculos anterior e posterior menores, 
se comparado às demais vértebras. O tubérculo posterior dá origem à fila de processos 
espinhosos ao longo das vértebras cervicais. Além disso, possui o processo transverso, 
característico de todas as vértebras cervicais, e um forame transverso por onde passa 
a artéria vertebral, exclusiva desta região da coluna. 
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Ossos do Tronco   5
ATLAS
Vértebras cervicais C1
Aspecto anterior 
do atlas
Aspecto posterior 
do atlas
Tubérculo anterior
Processo 
transverso
Arco posterior
Arco anterior
Massa lateral
Sulco para a artéria vertebral
Forame vertebral
Tubérculo posterior
Forame 
transverso
Face articular para o 
processo odontóide do áxis
Figura 2. Vértebra C1 - Atlas.
Fonte: SimeonVD/Shutterstock.com
Atlas anterior
Atlas superior
Atlas
Figura 3. Vértebra C1 - Atlas.
Fonte: kywoon07/Shutterstock.com
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Já a vértebra Áxis é mais robusta e se distingue por seu processo odontoide, que 
se projeta superiormente e serve como um pivô para permitir a rotação da cabeça. Seu 
processo espinhoso é bifurcado, uma característica exclusiva das vértebras cervicais.
ÁXIS
Vértebras cervicais C2
Faceta articular posterior Processo odontóide
Faceta articular superior
Processo transverso
Processo articular inferior
Processo espinhoso
Lâmina
Figura 4. Vértebra C2 - Áxis.
Fonte: SimeonVD/Shutterstock.com
Áxis anterior
Áxis Superior
Áxis
Figura 5. Vértebra C2 - Áxis.
Fonte: kywoon07/Shutterstock.com
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As vértebras cervicais restantes (C3 a C7) compartilham características semelhantes, 
variando principalmente em tamanho. Geralmente, quanto mais caudal a vértebra, maior 
é o tamanho do corpo vertebral e menor a abertura do forame vertebral. Elas possuem 
processos espinhosos bifurcados, processos transversos e forames dos processos 
transversos, além do grande forame vertebral, delimitado anteriormente pelos pedículos e 
posteriormente pelas lâminas. Na vista lateral, essas vértebras não apresentam diferença 
de altura entre o processo espinhoso e o transverso, ao contrário das vértebras torácicas.
Além disso, na parte anterior do pescoço encontra-se o osso hióide, composto por 
um corpo e dois cornos, menor e maior, desempenhando um papel importante na sus-
tentação da língua e na articulação com a laringe.
 
Figura 6. Localização do osso hioide.
Fonte: MattL_Images/Shutterstock.com
2.2. Coluna Torácica
A região torácica da coluna vertebral consiste em 12 vértebras numeradas de T1 
a T12. Em contraste com as vértebras cervicais, as vértebras torácicas possuem um 
processo espinhoso que não é bifurcado, mas sim pontiagudo, e geralmente se projeta 
inferiormente em relação à altura do processo transverso do corpo vertebral. Esta ca-
racterística é observada na vista lateral da vértebra. Na vista superior, é perceptível um 
aumento no volume do corpo vertebral em detrimento da redução da área do forame 
vertebral ao longo da sequência torácica. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/diagram-human-spine-name-description-all-534669922
Ossos do Tronco   8
Anatomicamente, a vértebra torácica é dividida coronalmente em duas partes 
principais: o corpo na porção anterior e o arco na porção posterior, que incluio pe-
dículo e as lâminas. Juntas, essas estruturas delimitam a área do forame vertebral, 
por onde passam a medula espinhal e as raízes nervosas.
Os processos transversos das vértebras torácicas são mais altos e posterioriza-
dos em relação ao processo espinhoso. Eles contêm áreas articulares conhecidas 
como fóveas costais do processo transverso, que se articulam com as cabeças 
das costelas. Além disso, as fóveas costais superiores do corpo vertebral também 
participam dessas articulações costais. Na vista lateral da vértebra torácica, é evi-
dente uma notável diferença de altura entre os processos transverso e espinhoso.
Durante a palpação da coluna torácica, é comum notar que o processo espinho-
so está localizado aproximadamente dois dedos abaixo do processo transverso 
adjacente. Esta relação de altura é uma referência útil para avaliações clínicas e 
procedimentos médicos.
2.3. Coluna Lombar
É formada por 5 vértebras (L1 a L5). Na coluna lombar, diferentemente das regiões 
cervical e torácica da coluna, o processo espinhoso é mais curto e laminado. Em 
uma vista superior, fica fácil observar o local que o disco articular se situa, uma vez 
que o corpo dessa vértebra é mais robusto. Também observamos os pedículos e 
as facetas, que formam o arco da vértebra, onde localiza-se o forame vertebral, que 
finaliza até L2 ou L3. Após isso, surge a cauda equina. Também possui processos 
espinhosos e transversos. Em uma vista lateral, vemos que o processo espinhoso 
é bastante largo e laminado e o corpo é bastante robusto, feito para suportar carga. 
Inclusive, dizem que L3 é o nosso centro de gravidade e portanto, local que mais 
suporta o vetor da gravidade.
Quadro 1. Comparação entre vértebras de diferentes 
segmentos da coluna vertebral. 
Comparação entre as vértebras Cervical Dorsal Lombar
Processo Espinhoso Bifurcado Pontiagudo Laminado
Forame Vertebral Maior Menor Menor
Corpo Vertebral Pequeno ou Inexistente Médio Mais robusto
Fonte: Elaborada pelo autor
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2.4. Coluna Sacral
É constituída pelo sacro, osso piramidal formado por 5 vértebras fundidas, vistas pelas linhas transversas. Sua base é superior, chamada de promontório, e o ápice inferior é articulado com o cóccix. 
Lateralmente, nas bordas, há uma estrutura em forma de asa, sendo o processo articular do sacro com o osso ilíaco (articulação sacro-ilíaca). Sua face anterior é levemente côncava, na qual são ob-
servados os forames sacrais anteriores, por onde passam as raízes nervosas. Na vista posterior se destaca a crista sacral mediana que corta o sacro longitudinalmente. Paralelamente estão as cristas 
sacrais laterais. Entre essas cristas estão os forames sacrais posteriores. Há também o canal sacral que cruza todo o corpo e termina no hiato sacral, articulando com o cóccix, formado por 3 ou 4 
vértebras fundidas, pouco acidentadas, servindo como suporte para inserção dos músculos coccígeos. 
ANTERIOR POSTERIOR SAGITAL
Processo articular superior
Base do sacro
Ala sacral
Promontório sacral 
anterior
Forame sacral anterior
Ápice do sacro
Canal sacral
Faceta articular superior
Forame sacral posterior
Processo transverso
Faceta articular superior
Canal sacral
Base do sacroTuberosidade sacral
Superfície articular
Su
pe
rfí
ci
e 
do
rs
al
Su
pe
rfí
cie
 pé
lvi
ca
Hiato sacral
Corno sacral
Crista sacral 
mediana
Crista sacral 
lateral
Cornos 
coccígeos
Sacro e Cóccix
CO1
CO2
CO3
CO4
Linha transversal
Cóccix
Figura 7. Sacro. 
Fonte: VectorMine/Shutterstock.com
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3. COSTELAS
Existem 12 pares de costelas, sendo os primeiros sete pares chamados de coste-
las verdadeiras, que se conectam diretamente ao esterno. Os cinco pares restantes 
são as costelas falsas e flutuantes. São ossos alongados, com ausência de canal 
medular. Divide-se em corpo – no qual existe um sulco costal que serve de passa-
gem de estruturas vasculares e gancho de estruturas musculares, colo e cabeça. 
Na cabeça, se encontram as faces para a articulação com as vértebras Além disso, 
pouco abaixo do colo, encontramos a face articular do tubérculo costal. Na outra 
extremidade, se encontra a articulação com cartilagem costal que se prolonga até 
o esterno. As articulações costoesternais permitem a expansão e contração da 
caixa torácica durante a respiração.
Costelas 
Verdadeiras
(I - VII)
Costelas 
Falsas
(VIII - XII)
Costelas 
Flutuantes
(XI - XII)
Cartilagem Costal
Figura 8. Costelas verdadeiras, falsas e flutuantes.
Fonte: Shot4Sell/Shutterstock.com
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Parte articular 
do tubérculo
Cabeça
Ângulo da costela
Sulco costal
Corpo da costela
Colo
Figura 9. Sétima costela.
Fonte: N.Vinoth Narasingam/Shutterstock.com
4. ESTERNO
O esterno, um osso plano situado na parte frontal do tórax, se conecta às costelas 
por meio das cartilagens costais, formando uma estrutura contínua e flexível. Apesar 
de sua aparência sólida, o esterno é poroso e leve, proporcionando resistência e flexi-
bilidade adequadas para suportar as demandas mecânicas do movimento e proteger 
os órgãos vitais dentro da cavidade torácica. Anatomicamente, o esterno é dividido em 
três partes distintas: o manúbrio, o corpo e o processo xifoide.
O manúbrio, a porção superior do esterno, apresenta duas importantes características: 
as incisuras jugular e claviculares. Essas incisuras fornecem locais de articulação para 
a clavícula e para os músculos do pescoço, auxiliando na estabilidade e mobilidade da 
articulação do ombro e pescoço.
Descendo pelo corpo do esterno, encontramos sete incisuras costais. Essas incisu-
ras são pontos de conexão para as costelas inferiores, proporcionando uma estrutura 
sólida para a fixação das costelas e sustentação da caixa torácica. As costelas 8, 9 e 10 
se articulam de forma conjunta na sétima incisura costal por meio de prolongamentos 
cartilaginosos, enquanto as costelas 11 e 12, conhecidas como costelas flutuantes, 
não possuem esse prolongamento..
O processo xifoide, a porção inferior e mais delgada do esterno, serve como ponto 
de fixação para alguns músculos do abdômen e do diafragma, contribuindo para a 
estabilidade e movimento durante a respiração e atividades relacionadas à postura. 
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Manúbrio
Corpo
Processo xifoide
Figura 10. Osso esterno e sua localização.
Fonte: Sakurra/Shutterstock.com
5. CURIOSIDADES SOBRE O ESQUELETO 
AXIAL
• A coluna vertebral, além de fornecer suporte estrutural ao corpo, é capaz de supor-
tar uma quantidade impressionante de peso devido à sua forma curva e flexível. 
Essa característica permite que a coluna vertebral suporte centenas de quilos de 
carga, distribuindo o peso de forma eficaz e protegendo os órgãos vitais dentro 
da cavidade torácica.
• No extremo inferior do esterno, encontra-se o processo xifoide, que é inicialmente 
cartilaginoso ao nascimento e se ossifica ao longo do tempo, especialmente du-
rante a idade adulta. Esse processo de ossificação contribui para a estabilidade 
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e resistência do esterno, fortalecendo sua estrutura e sua função como ponto de 
fixação para músculos do abdômen e do diafragma.
• Embora a maioria das pessoas possua 33 vértebras, variações podem ocorrer 
devido a erros no desenvolvimento, resultando em um número diferente de vérte-
bras. Alguns indivíduos podem apresentar 32 ou 34 vértebras, uma condição que 
reflete a complexidade do desenvolvimento embrionário e fetal.
• Anomalias na coluna vertebral podem surgir por diferentes razões, incluindo 
anomalias congênitas e condições patológicas. Por exemplo, a escoliose é uma 
condição em quea coluna vertebral apresenta uma curvatura lateral anormal, 
muitas vezes acompanhada por rotação das vértebras. Já a hipercifose torácica, 
conhecida como cifose, resulta em uma curvatura excessiva na parte superior 
das costas, levando a uma projeção exagerada da coluna vertebral para trás. Por 
outro lado, a hiperlordose lombar, também conhecida como lordose, é caracteri-
zada por uma inclinação anterior da pelve, resultando em um aumento anormal 
da curvatura na parte inferior das costas.
Normal NormalEscoliose Cifose Lordose
Figura 11. Curvaturas normais e anormais da coluna vertebral.
Fonte: New Africa/Shutterstock.com
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REFERÊNCIAS
1. Moore KL, Dalley AF, Agur AMR. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.
2. Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2015.
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vertebral-column-2297286055
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	1.	Introdução
	2.	Coluna Vertebral
	2.1. Coluna cervical
	2.2. Coluna Torácica
	2.3. Coluna Lombar
	2.4. Coluna Sacral
	3.	Costelas
	4.	Esterno
	5.	Curiosidades sobre o Esqueleto Axial
	Referências

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