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● PROCESSO DE 
CONHECIMENTO/COGNIÇÃO: 
É o processo pelo qual, tiramos a ideia de que a 
controvérsia foi colocada para o judiciário, e é 
nesse momento que o judiciário dará a resposta 
de quem realmente é titular daquele direito (se 
será o autor ou réu). 
 
No processo de conhecimento se parte de uma 
dúvida. Autor e réu só possuem expectativa de 
direito, logo, não existe direito certificado. O 
Estado-juiz vai analisar a controvérsia, a partir 
do encaminhamento das fases processuais 
(postulatória, saneadora, instrutória e 
decisória). 
 
➔ FASE POSTULATÓRIA: 
1ªFASE. 
A fase postulatória pode ser compreendida 
como a fase em que se faz o pedido ao juiz, por 
meio da petição inicial, que deve seguir os 
parâmetros que estão previstos nos artigos 319 
e 320 do CPC. 
Teremos a oportunidade de ter uma audiência, 
onde em tese as partes possam conversar e 
chegar a um consenso. Caso as partes não 
cheguem, começará a contar o prazo de defesa. 
 
➔ FASE SANEATÓRIA: 
2ªFASE. 
Depois das partes não chegarem a um acordo e 
o réu apresentar a contestação, o juiz vai 
analisar se houve ou não algum defeito que por 
ventura em primeira análise não conseguiu 
detectar. 
Pode o juiz assim que o autor entrega a petição 
inicial, ver alguns defeitos/impedimentos que 
não tem como o processo continuar. Mas caso 
o juiz não perceba, o réu poderá alegar esses 
defeitos em sede de preliminar. 
 
Nesse momento, onde o juiz vai perceber que 
existe necessidade de aperfeiçoar esses erros, é 
o que chamamos de fase saneadora. 
 
➔ FASE INSTRUTÓRIA: 
3ªFASE. 
O juiz percebeu que existem fatos 
incontroversos e fatos controversos. Com 
relação aos fatos incontroversos, já se pode 
fazer um juiz de mérito. Mas pode perceber que 
há necessidade de provas para que as partes 
possam melhor convencer o juiz. 
A única parte que faz pedido de natureza 
condenatória é o autor da petição inicial. O réu 
tão somente resiste a investida do autor, caso o 
réu queira contra atacar, ele fará isso por meio 
da reconvenção. Mas a contestação é um palco 
unicamente de defesa. 
 
Na fase instrutória o juiz vai ouvir as diversas 
provas apresentadas para formar o seu 
convencimento. 
 
MEIOS DE PROVAS PERMITIDOS PELO 
DIREITO: 
- Prova documental 
- Prova testemunhal 
- Prova pericial 
- Prova Oral 
- Inspeção Judicial: pede ao juiz que ele 
ou um serventuário vá ao local, para 
verificar a dinâmica do fato. 
REGRA GERAL: Pode-se fazer produção de 
prova de tudo que não seja vedada por lei. Ou 
seja, prova ilícita é vedada. 
 
EXCEÇÃO: Pode-se fazer produção de prova 
ilícita, desde que seja, uma prova ilícita em 
benefício da defesa (essa situação é uma 
excepcionalidade) 
 
➔ FASE DECISÓRIA: 
4ªFASE. 
Essa é a fase em que vai anunciar a 
interpretação do direito. 
Até então, o autor quando ajuiza a ação e o réu 
quando manifesta sua resistência, só têm 
expectativa de direito. 
Somente o juiz, quando for sentenciar, é que 
dirá quem é o titular do direito. 
 
Somente na autotutela é que a parte diz ter razão 
e faz prevalecer o seu direito. Nesse caso, o juiz 
tão somente irá averiguar se a parte excedeu a 
autotutela e, esse excesso caracteriza ato ilícito. 
 
EXEMPLO: 
O professor que estava em sala de aula e se 
depara com um aluno que estava com um 
material que não era permitido, durante a 
prova. 
O professor pega o material do aluno. 
 
TEOR
IA 
GER
AL 
DA 
EXEC
UÇÃ
O 
 
O professor, nesse exemplo, está na 
autotutela no poder de fiscalização. Se o 
professor ao recolher esse material exposto 
ou não o aluno a uma situação vexatória ou 
se exorbitou o seu direito, aí pode-se dizer 
que o professor extrapolou a autotutela. 
 
 
➔ CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: 
O CPC passou a dizer que temos uma 5ª fase, 
que é o cumprimento da sentença. 
 
O cumprimento de sentença passou a ser uma 
fase do processo de conhecimento. 
Antes do atual CPC tinha-se a ideia de que os 
atos de execução somente se desenvolviam no 
processo de execução. 
Então, antes do CPC/2015, o processo 
sincrético era dividido em duas fases 
sucessivas: 
- Processo de conhecimento: 
Onde exclusivamente só se produzia atos de 
cognição. 
 
- Processo de execução 
Onde todos os atos executivos eram realizados. 
 
Com o advento do CPC/2015, fica claro que se 
tem 4 fases típicas, ou seja, que manifestam a 
capacidade de conhecimento, que são as fases: 
postulatória, saneatória, instrutória e decisória. 
E passou-se a ter uma 5ª fase, de atos de 
execução dentro do processo de conhecimento. 
 
*CASO SE PERGUNTE EM UMA PROVA, 
SE PODERÁ VER ATOS DE EXECUÇÃO, 
DENTRO DO PROCESSO DE 
CONHECIMENTO A RESPOSTA É: sim! 
desde que seja, em regra, na fase de 
cumprimento de sentença, pois o 
cumprimento de sentença passou a ser uma 
outra fase, dentro do processo de 
conhecimento.* 
 
ATENÇÃO: 
O processo de conhecimento é marcado por 
uma dúvida para uma certeza (que é a 
sentença). O ponto de partida do processo de 
conhecimento é uma dúvida/a expectativa de 
direito. 
 
 
O processo de execução se desenvolve a 
partir de uma sentença. Aqui não há mais 
discussão com relação a quem tem razão, 
aqui se tem um direito certificado. 
 
Essa certeza do direito se tem por meio de 
dois títulos: 
Títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais. 
 
● FORMAS DE EXECUÇÃO: 
Só há duas formas de execução, que são dois 
títulos. 
O processo de execução é desenvolvido por 
meio de uma certeza e essa certeza se dá por 
meio de um título executivo, e esse título 
executivo pode-se chamar: 
- TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL: 
Advindo de uma decisão judicial. 
Os atos de execução desse título judicial, que se 
desenvolve por meio de uma fase do processo 
de conhecimento, que é a fase de 
“CUMPRIMENTO DE SENTENÇA”. 
 
Observação: 
 
- 3 principais correntes obrigacionais: 
Obrigação de pagar 
Obrigação de fazer ou não fazer 
Obrigação de dar ou entregar coisa certa 
 
Essas obrigações também decorrem do título 
executivo judicial. 
 
É possível que de um mesmo fato se tenha 
mais de uma dessas obrigações, podendo 
inclusive ter as 3 obrigações. 
 
PREVISÃO LEGAL DOS TÍTULOS 
EXECUTIVOS JUDICIAIS: 
Art.515 do CPC 
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos 
previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo 
civil que reconheçam a exigibilidade de 
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não 
fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de 
autocomposição judicial; 
 
III - a decisão homologatória de 
autocomposição extrajudicial de qualquer 
natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, 
exclusivamente em relação ao inventariante, 
aos herdeiros e aos sucessores a título singular 
ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, 
quando as custas, emolumentos ou honorários 
tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória 
transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada 
pelo Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, 
após a concessão do exequatur à carta rogatória 
pelo Superior Tribunal de Justiça; 
X - (VETADO). 
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o 
devedor será citado no juízo cível para o 
cumprimento da sentença ou para a liquidação 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2º A autocomposição judicial pode 
envolver sujeito estranho ao processo e versar 
sobre relação jurídica que não tenha sido 
deduzida em juízo. 
 
 
- TÍTULO EXECUTIVO 
EXTRAJUDICIAL: 
Quem irá dar a certeza desse direito é a lei. A 
lei quem irá dizer que em razão de 
determinados documentos, em razão de 
algumas características, são títulos 
extrajudiciais. 
 
Lembrando, que qualquer que seja o título 
executivo, não há mais dúvida, ou seja, já se 
sabe quem tem direito, direito este que estará 
sedimentadono título judicial ou no título 
extrajudicial. Pois os títulos executivos são a 
demonstração da certeza de um direito. 
 
A nomenclatura “PROCESSO DE 
EXECUÇÃO”é reservada aos títulos 
executivos extrajudiciais. 
A execução de títulos extrajudiciais constitui 
um processo autônomo, não precedido de 
nenhum anterior 
 
PREVISÃO LEGAL DOS TÍTULOS 
EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: 
Art.784 do CPC. 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, 
a duplicata, a debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro 
documento público assinado pelo devedor; 
III - o documento particular assinado pelo 
devedor e por 2 (duas) testemunhas; 
IV - o instrumento de transação 
referendado pelo Ministério Público, pela 
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, 
pelos advogados dos transatores ou por 
conciliador ou mediador credenciado por 
tribunal; 
V - o contrato garantido por hipoteca, 
penhor, anticrese ou outro direito real de 
garantia e aquele garantido por caução; 
VI - o contrato de seguro de vida em caso 
de morte; 
VII - o crédito decorrente de foro e 
laudêmio; 
VIII - o crédito, documentalmente 
comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, 
bem como de encargos acessórios, tais como 
taxas e despesas de condomínio; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda 
Pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, correspondente aos 
créditos inscritos na forma da lei; 
X - o crédito referente às contribuições 
ordinárias ou extraordinárias de condomínio 
edilício, previstas na respectiva convenção ou 
aprovadas em assembleia geral, desde que 
documentalmente comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia 
notarial ou de registro relativa a valores de 
emolumentos e demais despesas devidas pelos 
atos por ela praticados, fixados nas tabelas 
estabelecidas em lei; 
 
XII - todos os demais títulos aos quais, 
por disposição expressa, a lei atribuir força 
executiva. 
§ 1º A propositura de qualquer ação 
relativa a débito constante de título executivo 
não inibe o credor de promover-lhe a execução. 
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais 
oriundos de país estrangeiro não dependem de 
homologação para serem executados. 
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia 
executiva quando satisfeitos os requisitos de 
formação exigidos pela lei do lugar de sua 
celebração e quando o Brasil for indicado como 
o lugar de cumprimento da obrigação. 
§ 4º Nos títulos executivos constituídos 
ou atestados por meio eletrônico, é admitida 
qualquer modalidade de assinatura eletrônica 
prevista em lei, dispensada a assinatura de 
testemunhas quando sua integridade for 
conferida por provedor de assinatura. (Incluído 
pela Lei nº 14.620, de 2023) 
 
O art.784 do CPC NÃO É TAXATIVO, ele nos 
dá uma relação exemplificativa. 
Por exemplo, o artigo 784 do CPC nos diz quais 
são os títulos extrajudiciais, mas a Constituição 
Federal também tem títulos executivos 
extrajudiciais, como é o caso das condenações 
dos TCU 's em desfavor de agentes políticos ou 
alguém que mexa com o dinheiro público. 
 
 
ATENÇÃO: 
Somente a lei e tão somente a lei (princípio 
da legalidade), pode criar títulos executivos 
(judiciais ou extrajudiciais). 
 
Desse modo, nem doutrina, nem mesmo 
súmula vinculante pode dizer que aquele 
título é título executivo judicial/extrajudicial, 
uma vez que SOMENTE A LEI, pode criar 
tais títulos. 
 
E ao falar de LEI, é a lei em sentido lato sensu 
(leis constitucionais, leis 
infraconstitucionais, leis delegadas, lei 
complementar, lei ordinária) 
 
● EXECUÇÃO DIRETA OU 
INDIRETA: 
As execuções vão estar sempre nas sentenças de 
natureza condenatória. 
E as 3 obrigações da sentença condenatória são: 
obrigação de pagar, obrigação de dar ou 
entregar coisa certa, obrigação de fazer ou não 
fazer. 
 
Sentenças declaratórias, sentenças constitutivas 
não vão ter atos de execução. 
 
EXEMPLO: 
Se é feito tão somente o divórcio.Trata-se de 
uma sentença constitutiva, em que se tirou a 
natureza de casado para divorciado. 
 
Realização do reconhecimento de 
paternidade (só é pedido exclusivamente, que 
haja esse reconhecimento, sem qualquer 
condenação), em uma sentença meramente 
declaratória. 
 
 
A) SUB-ROGAÇÃO: 
Execução direta. 
Esta é a execução mais aplicada. 
O que prevalece no império da resolução dos 
conflitos, é que a única força que tem o seu 
império é a força do Estado. E quem diz isso, é 
o contrato social que foi estabelecido pela 
sociedade, e foi identificado como uma carta 
constitucional, na qual diz que o império da 
jurisdição é do Estado. 
 
Na sub-rogação o Estado-juiz substitui a 
vontade do executado e faz cumprir a obrigação 
(obrigação de pagar, entregar a coisa, fazer ou 
não fazer. 
 
B) COERÇÃO: 
Execução indireta. 
O Estado não mais faz a sub-rogação (substitui 
a vontade do devedor, cumprindo a obrigação 
em seu lugar), mas sim, estimula/pressiona o 
devedor a cumprir ele próprio a execução. Para 
isso, a lei mune o juiz de poderes para coagi-lo 
a cumprir aquilo que até então não queria 
cumprir espontaneamente. 
Esse meio pode ser utlizado para cumprimento 
de todas as obrigações, MAS é muito útil 
naquelas de caráter personalíssimo (as 
obrigações personalíssimas não podem ser 
objeto de sub-rogação) 
. 
E para isso, existem duas formas: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14620.htm#art34
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14620.htm#art34
 
 
1. O Estado faz um alerta ao executado, 
alerta de que sua situação corre o risco 
de ser piorada, devido a aplicação de 
uma multa (astreintes) ou por prisão 
(alimentar). Então nesse momento o 
Estado dá a chance de o devedor 
cumprir voluntariamente a execução, 
sob pena de um prejuízo maior. 
 
Essa forma de execução quando não é o Estado 
que cumpre diretamente, mas sim, o Estado que 
dá a oportunidade do devedor fazer esse 
cumprimento de forma coercitiva, é outra forma 
de execução, e leva o nome de execução 
indireta. 
Essa primeira possibilidade, pode ser levada a 
PROTESTO, previsto no artigo 517 do CPC: 
 
Art. 517. A decisão judicial transitada em 
julgado poderá ser levada a protesto, nos termos 
da lei, depois de transcorrido o prazo para 
pagamento voluntário previsto no art. 523. 
 
EXPLICANDO O QUE É O 
“PROTESTO”: 
A primeira forma que o credor pede, é que o 
pagamento seja em dinheiro. 
Caso o devedor não tenha dinheiro, a justiça 
vai possibilitar que haja o bloqueio de bens 
(penhora). Atualmente pode-se pedir 
inclusive a penhora do cash back. 
 
PORÉM, quando o devedor não tiver 
NADA, ou por vezes, tenta ocultar seu 
patrimônio e o credor não consegue 
comprovar isso. E mesmo tendo um 
cumprimento de sentença contra ele ou uma 
ação de execução contra ele, o devedor 
levará uma vida normal. 
 
Diante disso, o CPC passou a viabilizar o 
protesto. 
PROTESTO = é o anúncio público, perante 
o tabelionato, de uma dívida de uma pessoa 
física ou jurídica. 
Esse anúncio público acarreta a negativação 
do nome do devedor. 
O protesto é um outro instrumento não de 
expropriar/forçar à venda, mas sim, de 
estimular a negociação. 
 
Na fase de cumprimento de sentença, o 
devedor tem 15 dias para pagar 
espontaneamente o débito (com juros e 
correção monetária). Se pagar depois dos 15 
dias, irá pagar uma multa de 10% e o credor 
poderá pegar o título judicial (que é a 
sentença transitada em julgado) e levar até o 
cartório para protestar. Com isso, o devedor 
vai estar respondendo a ação de 
cumprimento de sentença, e o nome dele 
será negativado. 
 
Se o devedor pagar espontaneamente em 15 
dias, não vai haver protesto e nem a 
incidência da multa de 10%. 
 
 
 
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao 
exequente apresentar certidão de teor da 
decisão. 
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser 
fornecida no prazode 3 (três) dias e indicará o 
nome e a qualificação do exequente e do 
executado, o número do processo, o valor da 
dívida e a data de decurso do prazo para 
pagamento voluntário. 
§ 3º O executado que tiver proposto ação 
rescisória para impugnar a decisão exequenda 
pode requerer, a suas expensas e sob sua 
responsabilidade, a anotação da propositura da 
ação à margem do título protestado. 
§ 4º A requerimento do executado, o protesto 
será cancelado por determinação do juiz, 
mediante ofício a ser expedido ao cartório, no 
prazo de 3 (três) dias, contado da data de 
protocolo do requerimento, desde que 
comprovada a satisfação integral da obrigação. 
 
Art. 523. No caso de condenação em quantia 
certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de 
decisão sobre parcela incontroversa, o 
cumprimento definitivo da sentença far-se-á a 
requerimento do exequente, sendo o executado 
intimado para pagar o débito, no prazo de 15 
(quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
 
 
 
2. Existe a possibilidade que o Estado dá 
ao devedor um estímulo. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
 
O Estado diz ao devedor que se ele cumprir a 
obrigação dentro de determinado prazo, é dado 
a ele um desconto. 
 
Ou seja, nesse caso o Estado traz a oferta de que 
sua situação seja melhorada. 
 
Tal situação pode ser vislumbrar no artigo 827 
do CPC: 
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, 
de plano, os honorários advocatícios de dez 
por cento, a serem pagos pelo executado. 
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo 
de 3 (três) dias, o valor dos honorários 
advocatícios será reduzido pela metade. 
Nesse caso, o juiz não poderia dizer, que o valor 
a ser pago pelo executado tem que ser os 10% 
que foram fixados inicialmente , mesmo que o 
executado pague em 3 dias, pois o §1º do artigo 
827 do CPC dá esse estímulo. 
 
● ESPÉCIES DE EXECUÇÃO: 
- EXECUÇÃO MEDIATA: 
É aquela que se aperfeiçoa com a instauração 
de um novo processo (o executado deve ser 
citado), sendo a execução de título extrajudicial 
(CPC, art. 784). Súmula do STJ – Enunciado 
317. 
- EXECUÇÃO IMEDIATA: 
É aquela que se materializa sem um novo 
processo, como uma sequência de uma fase do 
processo de conhecimento, sendo imediatas as 
execuções por título judicial, exceto : as 
fundamentadas em sentença arbitral, penal 
condenatória ou estrangeira. (CPC, art. 515) 
- EXECUÇÃO ESPECÍFICA: 
É aquela que busca a satisfação da pretensão 
(quer seja uma obrigação de fazer, de pagar, de 
entregar coisa certa ) do autor tal como prevista 
no título judicial. 
Se o devedor assumiu a obrigação de fazer, não 
fazer ou entregar coisa certa, a execução deve 
assegurar-lhes meios para exigir o 
cumprimento específico da obrigação. Porém, é 
reservada a hipótese de perdas e danos para 
quando o cumprimento específico se tornar 
impossível ou para quando o credor preferi-la. 
O art. 497 do CPC regula o cumprimento de 
sentença nas obrigações de fazer ou não fazer. 
Este artigo determina que o juiz conceda a 
tutela específica da obrigação ou então que 
determine providências que assegurem a 
obtenção da tutela pelo resultado prático 
equivalente. 
Já o art. 498 do CPC regula a obrigação de 
entrega de coisa, também determina a 
concessão de tutela específica, aplicando, de 
forma subsidiária, o regramento daquelas de 
fazer ou não fazer. 
 
 
 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a 
prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se 
procedente o pedido, concederá a tutela 
específica ou determinará providências 
que assegurem a obtenção de tutela pelo 
resultado prático equivalente. 
Comentário do professor: Exemplo prático 
de obrigação de fazer, acontece nas grandes 
relações de consumo. 
Ex: Compra um produto e este produto vem 
estragado. O CDC dá a opção ou de você 
pedir a substituição do produto ou de o 
dinheiro de volta. 
Então se pode entrar com uma ação de fazer, 
para que o fabricante entregue outro produto, 
se não tiver do mesmo terá que entregar um 
produto de qualidade superior. 
Ex: Energisa corta a energia de uma 
residência, mesmo quando se estava com a 
conta de energia em dias. 
 
Nesse caso, se entra com uma obrigação de 
fazer, pedindo o restabelecimento da energia. 
 
 
MEDIDAS ACAUTELATÓRIAS 
ATÍPICAS 
 
Art. 498. Na ação que tenha por objeto a 
entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela 
específica, fixará o prazo para o 
cumprimento da obrigação. 
 
 
O art. 536, §1º CPC elenca os poderes do juiz 
para cumprir a tutela específica e o art. 499 do 
CPC impõe limites à conversão de perdas e 
danos. 
TUTELA ESPECÍFICA: Para a obtenção 
desta, o juiz pode valer-se dos instrumentos de 
sub-rogação e de coação. (Exceto nas 
obrigações personalíssimas, visto que nestas 
não é possível a sub-rogação). 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 536. No cumprimento de sentença que 
reconheça a exigibilidade de obrigação de 
fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício 
ou a requerimento, para a efetivação da tutela 
específica ou a obtenção de tutela pelo 
resultado prático equivalente, determinar as 
medidas necessárias à satisfação do 
exequente. 
§ 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz 
poderá determinar, entre outras medidas, a 
imposição de multa, a busca e apreensão, a 
remoção de pessoas e coisas, o desfazimento 
de obras e o impedimento de atividade 
nociva, podendo, caso necessário, requisitar 
o auxílio de força policial. 
Comentário do professor: Na obrigação de 
fazer, existem uma série de medidas que o 
juiz pode determinar. 
Geralmente o juiz começa aplicando multa 
diária, mais além da multa, o juiz tem uma 
série de providências que pode adotar, para 
fazer que o devedor possa cumprir a 
obrigação de fazer. 
 
E SE FOR OBRIGAÇÃO DE FAZER 
PERSONALÍSSIMA? 
Nesse caso, converte-se em perdas e danos. 
 
Ex: Contratou alguém para pintar um quadro 
“X”, Contratou Alok para o São João de Patos. 
 
● CUMPRIMENTO DEFINITIVO 
OU PROVISÓRIO (CPC, art. 520): 
Tal nomenclatura diz respeito ao cumprimento 
de sentença, visto que a execução de títulos 
extrajudiciais SEMPRE é definitiva. 
Súmula 317 DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL - EXECUÇÃO É definitiva a 
execução de título extrajudicial, ainda que 
pendente apelação contra sentença (de sentença 
de extinção sem resolução de mérito) que 
julgue improcedentes os embargos. 
Em regra o cumprimento será definitivo, já o 
provisório ocorre quando fundada em decisão 
que não transitou em julgado, tais como : 
a) decisão interlocutória de mérito, 
b) julgamento antecipado parcial de mérito 
c) sentença ou acórdão sobre os quais ainda 
pende recurso sem efeito suspensivo (CPC, art. 
520) 
d) efetivação de tutela provisória na forma do 
art. 297, parágrafo único. 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: 
 
Definitivo: (regra)só terá o cumprimento de 
sentença quando tiver o trânsito em julgado. 
 
Provisório: (excepcionalmente) Quando a 
decisão não estiver com os efeitos do recurso 
de natureza suspensiva. 
Então, de uma decisão que é recorrida por 
apelação, pode-se pedir cumprimento 
provisório? Via de regra, não, pois a 
apelação possui efeito suspensivo. 
Caso se enquadre em uma das exceções do 
artigo 1012, em que mesmo que o indivíduo 
 
apele, a sentença se cumpre de imediato, 
poderá nesses casos pedir o cumprimento 
provisório (ou seja, vai adiantar os atos de 
execução). 
Via de regra, o juiz bloqueia o dinheiro e 
deposita em uma conta judicial. Quando 
transitar em julgado, liberar o dinheiro para o 
exequente. 
Mas, caso o recurso seja julgado, e decida 
favoravelmente em prol do executado? Não 
haveria nenhum prejuízo, pois o dinheiro 
estaria depositado em uma conta judicial e 
após o trânsito em julgado, seria liberado 
para o executado em questão. 
 
O recurso tem o efeito devolutivo ou efeito 
suspensivo: 
 
- Efeito suspensivo: 
A eficácia daqueladecisão fica suspensa. 
Não se pode aplicar aquela decisão na 
prática. 
- Efeito devolutivo: 
Devolve toda discussão para o órgão que vai 
julgar. 
O agravo de instrumento, via de regra, só tem 
efeito devolutivo. O RESP e o RE só têm 
efeito devolutivo. 
 
Embargos de declaração, SEMPRE tem 
efeito suspensivo. A apelação, via de regra, 
terá efeito suspensivo. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito 
suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em 
lei, começa a produzir efeitos 
imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de 
terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito 
ou julga improcedentes os embargos do 
executado; 
IV - julga procedente o pedido de 
instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela 
provisória; 
VI - decreta a interdição. 
 
Tanto na execução definitiva, quanto na 
provisória, havendo reversão da decisão, e com 
isso, houver prejuízo para o devedor, o credor 
vai responder OBJETIVAMENTE pelos danos, 
que devem ser ressarcidos por ele. 
● DIFERENÇAS ENTRE 
CUMPRIMENTO DEFINITIVO E 
PROVISÓRIO DE SENTENÇA: 
ARTIGO 520 DO CPC: 
Art. 520. O cumprimento provisório da 
sentença impugnada por recurso desprovido de 
efeito suspensivo será realizado da mesma 
forma que o cumprimento definitivo, 
sujeitando-se ao seguinte regime: 
Se tiver uma sentença que está sendo atacada 
por um recurso que tenha efeito suspensivo, não 
cabe cumprimento provisório. 
I - corre por iniciativa e responsabilidade 
do exequente, que se obriga, se a sentença for 
reformada, a reparar os danos que o executado 
haja sofrido; 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão 
que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado 
anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos 
mesmos autos; 
Imagine que o credor pediu a liberação do 
valor, e não deixou a caução e então o devedor, 
após o julgamento do recurso, ganhou a 
demanda. 
O credor terá que devolver o dinheiro e 
eventuais prejuízos. 
III - se a sentença objeto de cumprimento 
provisório for modificada ou anulada apenas 
em parte, somente nesta ficará sem efeito a 
execução; 
IV - o levantamento de depósito em 
dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de 
propriedade ou de outro direito real, ou dos 
 
quais possa resultar grave dano ao executado, 
dependem de caução suficiente e idônea, 
arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos 
próprios autos. 
§ 1º No cumprimento provisório da sentença, o 
executado poderá apresentar impugnação, se 
quiser, nos termos do art. 525 . 
 
“Distinções, ainda que pequenas, entre o 
cumprimento definitivo ou provisório : 
1 – Corre por conta e risco do credor, que 
assume a responsabilidade pela reversão do 
julgado, porquanto ainda existe recurso 
pendente; 
2 – caso haja reversão, pela reforma ou 
anulação, as partes serão repostas ao status quo 
ante e os danos liquidados nos mesmos autos; 
3 – O cumprimento provisório pode ocorrer no 
juízo a quo quando os autos estiverem no ad 
quem formando novos autos, com as peças 
enumeradas do art. 522, parágrafo único do 
CPC; 
4 – no cumprimento provisório o credor deve 
prestar caução, mas apenas para o levantamento 
em dinheiro e a prática de atos que importem 
em transferência de posse ou alienação 
propriedade ou outro direito real ou dos quais 
possa resultar grave dano ao executado; 
 
● CAUÇÃO: 
Existem algumas situações excepcionais que o 
juiz pode liberar o dinheiro, mas ao liberar o 
dinheiro, deve-se deixar uma caução, como 
uma garantia. 
Essa caução serve, justamente para que o 
devedor não tenha prejuízo caso o recurso que 
estava sendo julgado, ainda que com efeito 
meramente devolutivo, ele consiga ganhar. 
Não há necessidade de caução, no início à 
execução, nem para proceder à penhora ou 
avaliação do bem. 
Quando a caução é prestada, o credor poderá 
levantar dinheiro e promover a expropriação de 
bens. Mas na hipótese da sentença ser 
modificada, a caução protege o devedor de 
eventuais prejuízos. 
 
O CPC vai dizer, mesmo no cumprimento 
provisório, em situações extremas o juiz pode 
liberar, mesmo que sem a caução: 
- Dispensa da caução 
- O Crédito for de natureza alimentar, 
independente da origem, tais como PENSÃO 
por PARENTAL, por CASAMENTO ou 
UNIÃO ESTÁVEL ou por ATO ILÍCITO, 
como as pensões que são devidas aos herdeiros, 
em caso de morte, ou à vítima, em caso de 
incapacidade. 
- Nas hipóteses onde o credor demonstre a 
necessidade por razões humanitárias ou por 
motivos de saúde. Ou seja, o credor em algumas 
situações terá dificuldade de prestar a caução, 
apesar de que é evidente sua necessidade de 
receber o valor que lhe é devido. 
- Estiver na pendência de Agravo em REsp ou 
RE (agravo do artigo 1.042), que é cabível 
quando o Presidente ou Vice-Presidente do 
tribunal indeferir o recurso especial ou 
extraordinário no juízo prévio de 
admissibilidade; 
- Sentença a ser cumprida estiver em plena 
sintonia com Enunciados de Súmula do STJ ou 
STF ou Acórdão de Recursos Repetitivos ou de 
Repercussão Geral;” 
 
Lembre-se, mesmo diante desses casos, se 
dessa dispensa da caução puder resultar risco de 
grava dano de difícil reparação ou incerta 
reparação, a caução é mantida. 
 
● PRINCÍPIOS 
Princípio da Autonomia = Com a reforma 
ocorrida em 2015 deixou a execução de ter 
autonomia plena, mas a autonomia existe com 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art525
 
uma fase a mais do processo em razão do 
desencadeamento da nova fase; 
Com a reforma do CPC 2015, que disse que os 
autos de execução são autônomos. 
Anteriormente a execução era completamente 
independente, havia o processo de cognição e o 
processo de execução. 
Hoje o processo de execução é voltado para os 
títulos extrajudiciais e quando temos os atos 
executivos de um título judicial se dá por meio 
do cumprimento de sentença, que acontece 
dentro do processo de cognição/conhecimento. 
O cumprimento de sentença não implica mais 
processo autônomo, mas sim, uma fase 
subsequente, mas nem por isso perdeu a 
autonomia. A autonomia persiste, se não como 
novo processo, mas pelo menos desencadeando 
uma nova fase processual 
A autonomia plena está nos títulos 
extrajudiciais, tanto que é até um processo 
específico. 
 
Princípio da patrimonialidade = A execução é 
fundada nos bens e não da pessoa do devedor 
(CPC, art. 789), sendo que meios de 
coercibilidade como multa, busca e apreensão e 
a tomada de bens não são variáveis violadoras 
deste princípio, porquanto afetam o patrimônio 
e não a pessoa; 
 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 789. O devedor responde com todos os 
seus bens presentes e futuros para o 
cumprimento de suas obrigações, salvo as 
restrições estabelecidas em lei. 
 
REGRA: A execução toda é desenvolvida para 
que a responsabilidade do devedor recaia sobre 
o patrimônio e não sobre outros bens jurídicos. 
Outros meios de coerção, como a multa, a busca 
e apreensão e a tomada de bens não violam o 
princípio da patrimonialidade, já que dizem 
respeito aos bens do devedor, não à sua pessoa. 
 
 
EXCEÇÃO: O bem jurídico liberdade pode ser 
atingido excepcionalmente na execução, 
quando temos a execução de alimentos. NÃO 
HÁ OUTRA POSSIBILIDADE ALGUÉM 
SER PRESO POR DÍVIDA. 
O STJ (3ª turma) decidiu recentemente que o 
prazo de execução por dívida (lembrem-se, só 
existe prisão por dívida no caso de pensão 
alimentícia), permaneceu o prazo do CPC. 
A lei de alimentos previa que o prazo de prisão 
por inadimplemento de pensão é de 60 dias. Já 
o CPC diz que o prazo é de 90 dias. 
 
Princípio do exato adimplemento = “A 
execução deve ser específica, atribuindo ao 
credor exatamente aquilo que faz jus (CPC, 
arts. 497 e 498). O credor deve, dentro do 
possível, obter o mesmo resultadoque seria 
alcançado caso o devedor tivesse cumprido 
voluntariamente a obrigação” 
A execução tem que tentar se desenvolver, 
como a obrigação deveria ser cumprida 
voluntariamente. 
Então na mesma proporção/dimensão que a 
obrigação deveria ser cumprida. 
Só em duas situações a obrigação específica 
será substituída pela de reparação de danos: 
quando o credor preferir, ou quando o 
cumprimento específico se tornar impossível. 
 
Princípio da disponibilidade do processo pelo 
credor = A execução é feita em benefício do 
credor para satisfazer seu crédito, podendo 
desistir a qualquer tempo sem consentimento 
do devedor (CPC, art. 775), exceto se houver 
impugnação aos embargos, que versarem sobre 
matéria de fato e não apenas a questões 
processuais. 
O credor pode dispor (desistir da execução da 
execução. 
 
NO PROCESSO DE 
CONHECIMENTO/COGNIÇÃO: 
Quando se ajuíza uma ação, o autor poderá 
desistir da ação sem a anuência do réu, até a 
citação. 
Após a citação do réu, caso o autor queira 
desistir da ação, será necessária a anuência do 
réu. 
Depois que o réu é citado terá interesse se o 
processo continua ou não. 
Então, no processo de conhecimento, o 
princípio da disponibilidade não prevalece, pois 
não se pode dispor da ação a qualquer 
momento. 
NA FASE RECURSAL: 
O recorrente pode desistir a qualquer momento 
do recurso, exceto no caso de julgamento de 
recurso repetitivo (Resp repetitivo), pois existe 
o interesse público. 
O princípio da disponibilidade prevalece no 
recurso. 
NA EXECUÇÃO: 
Na execução a lógica é como se fosse a nível de 
recurso. 
Ajuizando uma execução, em regra, pode-se 
desistir da ação a qualquer momento. 
 
PREVISÃO LEGAL: 
 
Art. 775. O exequente tem o direito de 
desistir de toda a execução ou de apenas 
alguma medida executiva. 
 
A exceção é que, caso o devedor tenha feito a 
defesa (embargos à execução), e na defesa dele 
tiver buscado discutir questões de fato (que 
precisam de testemunhas, que dependam de 
prova oral), somente nesse caso, o credor não 
pode desistir da execução. 
No processo de execução prevalece o princípio 
da disponibilidade 
 
Princípio da utilidade = A execução só se 
justifica se tiver alguma utilidade para o credor, 
razão pela qual existe impedimento da penhora 
na situação em que se torna inservível ao 
processo (CPC, art. 836) 
Se os bens encontrados forem suficientes para 
fazer frente a alguma parte, ainda que pequena, 
do débito, a execução prosseguirá. 
 
PREVISÃO LEGAL: 
 
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora 
quando ficar evidente que o produto da 
execução dos bens encontrados será 
totalmente absorvido pelo pagamento das 
custas da execução. 
 
Princípio da menor onerosidade = Está 
explícito no art. 805 do CPC, sendo se houver 
alternativa da forma menos gravosa, esta deverá 
ser a opção a ser observada. 
lembre-se: Esse princípio não autoriza que o 
executado escolha sobre quais bens a penhora 
deva recair, nem permite que se exima da 
obrigação. A escolha do bem penhorável é do 
credor, e o devedor não pode exigir a 
substituição senão por dinheiro. 
O que esse princípio nos traz é que para 
alcançar os resultados almejados,há de 
prevalecer o menos gravoso ao devedor. 
EXEMPLO:pode ser que ele tenha dois bens 
imóveis próximos, de igual valor e liquidez, 
cada qual suficiente para garantia do débito. 
Não há razão para que o credor exija que a 
penhora recaia sobre um deles, só porque o 
devedor o utiliza para alguma finalidade. 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 805. Quando por vários meios o 
exequente puder promover a execução, o juiz 
 
mandará que se faça pelo modo menos 
gravoso para o executado. 
 
Princípio do contraditório = Apesar de não ser 
específico da execução, apesar de mitigado, e 
materializa-se na citação (título extrajudicial) 
ou na manifestação dos cálculos de liquidação, 
penhora e avaliação de bens, ou outro incidente. 
Todo processo precisa oportunizar que a outra 
parte seja ouvida, mas lembre-se, tal princípio 
é pleno no processo de conhecimento, no 
processo de execução não tem a mesma 
plenitude, mas todos em todos os atos precisam 
ouvir a outra parte. 
Ou seja, o executado deve ser citado - quando a 
execução for de título extrajudicial - e deve ser 
intimado de todos os atos do processo, para que 
possa se manifestar sobre eles. 
● ATOS EXECUTIVOS 
No processo de execução busca-se solucionar a 
crise decorrente do inadimplemento do devedor 
em cumprir voluntariamente a obrigação que 
lhe foi imposta. 
Os atos executivos são sempre determinados 
pelo juiz e, em regra, cumpridos pelos Oficiais 
de Justiça (CPC, art. 782), podendo requisitar a 
força policial (CPC, art. 782, §§2º e 846, §2º); 
Os atos de execução sempre são determinados 
pelo juiz e quem faz o seu cumprimento é o 
oficial de justiça. 
OFICIAL DE JUSTIÇA = é o serventuário que 
faz executar a justiça. 
O oficial de justiça pode requisitar o uso da 
força policial para cumprir com a decisão. 
 
PREVISÃO LEGAL: 
Artigo 782.§ 2º Sempre que, para efetivar a 
execução, for necessário o emprego de força 
policial, o juiz a requisitará. 
Artigo 846, § 2º Sempre que necessário, o 
juiz requisitará força policial, a fim de 
auxiliar os oficiais de justiça na penhora dos 
bens. 
 
● COMPETÊNCIA PARA 
EXECUÇÃO CIVIL: 
Competência para execução civil (CPC, arts. 
516 – cumprimento sentença e art. 781 – 
execução título extrajudicial). 
a) Para os títulos JUDICIAIS 
1. COMPETÊNCIA FUNCIONAL 
(absoluta): 
A competência funcional está delineada nos 
incisos I e II do art. 516 do CPC. A competência 
funcional diz respeito ao fato de que em face de 
que a execução civil está sempre atrelada a um 
processo de conhecimento que a antecedeu, 
portanto, é uma competência absoluta, 
Primeira regra de competência (inciso I): 
 O cumprimento de sentença vai correr perante 
o Tribunal se a competência for originária 
(existem causas que são julgadas 
originariamente no Tribunal). Se a ação foi 
ajuizada no Tribunal, o cumprimento de 
sentença também será no Tribunal. 
Ex: Mandado de Segurança contra o 
governador da Paraíba, o processo precisa ser 
ajuizado no TJ-PB. O cumprimento de sentença 
se dará no TJ pois é sua competência originária. 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 516. O cumprimento da sentença 
efetuar-se-á perante: 
I - os tribunais, nas causas de sua 
competência originária; 
II - o juízo que decidiu a causa no 
primeiro grau de jurisdição; 
Segunda regra de Competência: (inciso II) 
O juízo que decidiu a causa no primeiro grau de 
jurisdição. 
 
Ex: Se ajuizou a ação perante o 1º grau aqui em 
Patos. Recorreu para o Tribunal, depois 
recorreu para o STJ. 
O cumprimento de sentença será em Patos, pois 
foi onde ajuizou a ação no 1º grau de jurisdição. 
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-
se-á perante: 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e 
III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual 
domicílio do executado, pelo juízo do local 
onde se encontrem os bens sujeitos à execução 
ou pelo juízo do local onde deva ser executada 
a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em 
que a remessa dos autos do processo será 
solicitada ao juízo de origem. 
Na hipótese do inciso II, em face ao disposto 
no parágrafo único do art. 516 do CPC, o 
credor terá a opção de escolha de até 3 juízos 
para operar o cumprimento de sentença, a 
configurar flexibilidade de escolha, mas sem 
destituir o caráter funcional, já que inexiste 
a possibilidade de fixar a competência por 
contrato ou eleição. 
Além da hipótese de executar no local em que 
se ajuizou o processo de conhecimento, poderá 
ajuizar o cumprimento de sentença no 
domicílio do credor ou no lugar em que se 
encontram os bens, caso em que o juízo que 
proferiu a sentença remeterá os autos ao juízo 
da execução. 
Se a obrigação for de fazer ou não fazer, o 
exequente ainda pode optar por requerero 
cumprimento da sentença no local em que a 
obrigação deva ser realizada. 
 
➔ Para cumprimento de alimentos 
parentais, além dos 3 foros 
mencionados, poderá o credor optar 
pelo foro de seu próprio domicílio 
(CPC, art. 528, §9º) ainda que a 
sentença tenha sido proferida em outra 
foro 
Artigo 528, § 9º Além das opções previstas no 
art. 516 , parágrafo único, o exequente pode 
promover o cumprimento da sentença ou 
decisão que condena ao pagamento de 
prestação alimentícia no juízo de seu 
domicílio. 
Nessa hipótese tem a competência funcional, 
mas escolha de juízo a ser aplicada. 
 
 
2. COMPETÊNCIA RELATIVA OU 
ABSOLUTA: 
Será competência absoluta ou relativa no caso 
do inciso III do art. 516 do CPC já que inexiste 
processo de conhecimento prévio. Poderá 
seguir a regra geral do art. 46 e segs. ou no foro 
do domicílio do credor ou do local do acidente 
(CPC, art. 53, V). 
PARA OS INCISOS I E II A COMPETÊNCIA 
SERÁ SEMPRE FUNCIONAL (absoluta), JÁ 
PARA O INCISO III DE ACORDO COM A 
HIPÓTESE A COMPETÊNCIA SERÁ 
ABSOLUTA OU RELATIVA. 
PREVISÃO LEGAL: 
Artigo 516, III - o juízo cível competente, 
quando se tratar de sentença penal 
condenatória, de sentença arbitral, de 
sentença estrangeira ou de acórdão proferido 
pelo Tribunal Marítimo. 
 
Sentença arbitral = foro em que se realizou a 
arbitragem. 
No caso da sentença arbitral, é uma 
competência relativa. 
Sentença penal condenatória = competência 
funcional. 
Sentença estrangeira = após a homologação 
pelo STJ, no juízo FEDERAL de 1º grau 
(Constituição, art. 109, inciso X); 
Será de competência funcional. 
b) Para os títulos EXTRAJUDICIAIS 
(competência sempre será relativa. A 
competência sempre será no lugar onde é o 
domicílio dos bens ou o endereço das partes) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art516
 
Competência relativa = devendo observar as 
regras gerais do art. 781 do CPC. 
Ou seja, é preciso verificar: 
1. SE HÁ FORO DE ELEIÇÃO: 
Pois, como se trata de competência relativa, as 
partes podem fixar o foro, o que deve constar 
no título. 
Havendo foro de eleição, a execução será nele 
proposta. 
2. NÃO HAVENDO FORO DE 
ELEIÇÃO: 
Nesse caso, deverá prevalecer a regra geral de 
competência do foro do domicílio do executado 
ou o de situação dos bens sujeitos à execução. 
Execuções hipotecárias são de natureza 
pessoal, devendo observar tal lógica. 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 781. A execução fundada em título 
extrajudicial será processada perante o juízo 
competente, observando-se o seguinte: 
I - a execução poderá ser proposta no 
foro de domicílio do executado, de eleição 
constante do título ou, ainda, de situação dos 
bens a ela sujeitos; 
II - tendo mais de um domicílio, o 
executado poderá ser demandado no foro de 
qualquer deles; 
III - sendo incerto ou desconhecido o 
domicílio do executado, a execução poderá 
ser proposta no lugar onde for encontrado ou 
no foro de domicílio do exequente; 
IV - havendo mais de um devedor, com 
diferentes domicílios, a execução será 
proposta no foro de qualquer deles, à escolha 
do exequente; 
V - a execução poderá ser proposta no 
foro do lugar em que se praticou o ato ou em 
que ocorreu o fato que deu origem ao título, 
mesmo que nele não mais resida o executado. 
 
● DAS PARTES NA EXECUÇÃO: 
1. LEGITIMIDADE ATIVA (art. 778 do 
CPC): 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 778. Pode promover a execução forçada 
o credor a quem a lei confere título executivo. 
§ 1º Podem promover a execução 
forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao 
exequente originário: 
I - o Ministério Público, nos casos 
previstos em lei; 
II - o espólio, os herdeiros ou os 
sucessores do credor, sempre que, por morte 
deste, lhes for transmitido o direito resultante 
do título executivo; 
III - o cessionário, quando o direito 
resultante do título executivo lhe for 
transferido por ato entre vivos; 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-
rogação legal ou convencional. 
§ 2º A sucessão prevista no § 1º 
independe de consentimento do executado. 
 
Credor: Legitimado por excelência. A 
legitimidade é ordinária, pois ele estará em 
juízo em nome próprio, postulando direito 
próprio. 
É aquele o qual é conferido o título executivo 
Ademais, tem-se ainda: 
Sucessor Causa Mortis – legitimidade 
ordinária, pois com o falecimento do credor o 
direito passou aos sucessores. 
Enquanto não tiver havido o trânsito em julgado 
da partilha = o espólio (representado por 
inventariante) será parte legítima. 
Após o trânsito em julgado da partilha = a parte 
legítima serão os herdeiros. 
Se a morte ocorrer no curso da execução, a 
sucessão processual será na forma do art. 110 
 
do CPC, ou pela habilitação dos arts. 687 a 692 
do CPC; 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das 
partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio 
ou pelos seus sucessores, observado o 
disposto no art. 313, §§ 1º e 2º . 
 
Art. 687. A habilitação ocorre quando, por 
falecimento de qualquer das partes, os 
interessados houverem de suceder-lhe no 
processo. 
 
 Art. 692. Transitada em julgado a sentença 
de habilitação, o processo principal retomará 
o seu curso, e cópia da sentença será juntada 
aos autos respectivos 
 
Cessionário de crédito (por endosso): é o 
sucessor entre vivos, e que não depende da 
anuência do devedor. 
É quando o direito resultante do título executivo 
lhes foi transferido por ato entre vivos. 
A legitimidade é ordinária, pois, com a cessão, 
ele tornou-se titular do direito. 
O cessionário, se faz a negociação do crédito. 
Ex: Pedro é devedor do Banco do Brasil, o 
Banco do Brasil negocia o crédito com o Banco 
Bradesco. Pedro não pode impedir essa 
negociação, pois como devedor, tanto faz dever 
ao Banco do Brasil ou ao Bradesco. 
Se a cessão de crédito ocorrer antes da 
execução deve o interessado instruir a inicial 
com a comprovação da cessão, se posterior 
bastará comprovar a situação e pugnar pela 
substituição do exequente originário, ficando 
desnecessário o consentimento do devedor na 
forma do art. 286 CC. Importante é ressaltar 
que não se aplica a possibilidade do art. 109 do 
CPC. O cedente poderá ser sucedido pelo 
cessionário, independentemente de 
consentimento do devedor. 
“Para Flávio Tartuce : “Não é possível ceder o 
crédito em alguns casos, em decorrência de 
vedação legal como, por exemplo, na obrigação 
de alimentos (art. 1.707 do CC) e nos casos 
envolvendo os direitos da personalidade (art. 11 
do CC7)”. 
Já para Carlos Roberto Gonçalves traz outro 
exemplo em que o crédito não pode ser objeto 
de cessão: “Não podem ser cedidos créditos 
atinentes aos vencimentos de funcionários ou 
os créditos por salários; os créditos decorrentes 
de direitos sem valor patrimonial; os créditos 
vinculados a fins assistenciais; os créditos que 
não possam ser individualizados, pois a cessão 
é negócio dispositivo, devendo ser seu objeto 
determinado, de forma que não valerá a cessão 
de todos os créditos futuros, procedentes de 
negócios etc. 
Ainda não pode ser objeto de cessão de crédito 
: direito de preempção ou preferência (art. 520 
do CC); do benefício da justiça gratuita (Lei 
1.060/50, art. 10); da indenização derivada de 
acidente no trabalho (Decreto-lei 7.036/44, art. 
97), do direito à herança de pessoa viva (Art. 
426 do CC); de créditos já penhorados (art. 298 
do CC); do direito de revogar doação por 
ingratidão do donatário (art. 560 do CC)” 
 
Ministério Público: A legitimidade será 
sempre extraordinária, pois ele não postula em 
nome próprio, mas sim, interesse alheio. 
 
O MP pode propor ações: 
Decorrente da possibilidade do art. 177 do 
CPC, quando os herdeiros da vítima de 
acidente não disponham de condições 
econômicas (CPC, art. 68) 
Em situações de vulnerabilidade econômica e 
os titulares da ação não tem condição de 
contratar um advogado (é mais uma previsãolegal, já que na prática temos um acervo muito 
grande de possibilidades para quando alguém 
não tiver condições de pagar um advogado 
particular). 
Ações de reparação de danos advindos do meio 
ambiente (Lei 6.938/81, art. 14§1º) 
Ações que versem sobre direitos difusos (CDC, 
art. 82) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art313%C2%A71
 
Nas hipóteses de execuções com incapazes ou 
interesse público, o MP atua como custus legis 
(CPC, art. 178) 
As ações populares, em que caberá ao 
Ministério Público promover a execução “caso 
decorridos sessenta dias da publicação da 
sentença condenatória, sem que o autor ou 
terceiro promova a respectiva execução” 
A execução de condenações impostas pela Lei 
de Improbidade Administrativa, conforme art. 
17 da Lei n. 8.429/92; 
A execução de título extrajudicial consistente 
no termo de ajustamento de conduta, firmado 
por ele com o causador do dano. 
Sub rogado: Tanto a sub-rogação legal, que 
independe da vontade da partes (CC, art. 346 ) 
e a convencional, aquela que é definida em 
contrato (CC, art. 347 ). 
A sub-rogação é a transferência dos direitos do 
credor para aquele que solveu (pagou) a 
obrigação ou emprestou o necessário para 
quita-la. 
 
EXEMPLO: 
Arthur deve a Drielly. 
Segundo paga a dívida de Drielly. 
Arthur não é mais devedor de Drielly, mas 
sim, de Segundo. 
 
LEMBRANDO: Não há extinção do débito e 
nem liberação do devedor, que, agora, irá 
manter o vínculo obrigacional com o terceiro. 
Fiador sub-rogado: 
Um caso específico de sub-rogação é o do 
fiador, previsto no art. 831, caput, primeira 
parte, do CC: “O fiador que pagar 
integralmente a dívida fica sub-rogado nos 
direitos do credor”. Por isso, o art. 794, § 2º, 
autoriza o fiador que paga a executar o 
afiançado nos autos do mesmo processo. 
Ofendido, ainda que não figure no título 
executivo: 
Entre os títulos executivos judiciais está a 
sentença penal condenatória transitada em 
julgado, proferida em ação penal ajuizada pelo 
Ministério Público (salvo nos casos de ação 
penal privada) em face do ofensor. A vítima não 
participa do processo crime, e não figura na 
sentença penal condenatória. 
Mas, o CPC permite que ela promova a 
execução civil da indenização pelos danos que 
sofreu, após prévia liquidação, em regra de 
procedimento comum. 
OUTRAS POSSIBILIDADES DE SER 
CREDOR DE UM TÍTULO JUDICIAL 
SEM TER AJUIZADO A AÇÃO: 
1. Ações coletivas: 
EXEMPLO: O sindicato dos professores da 
rede privada de ensino superior ajuíza uma ação 
para receberem uma gratificação. Todos os 
professores da rede privada de ensino superior 
terão um título judicial, mesmo sem ter 
ajuizado a ação. 
2. Honorários de sucumbência: 
O advogado não ajuizou a ação, mas ele terá 
direito ao honorário de sucumbência. 
Nesse caso, lembre-se: 
★ OS HONORÁRIOS 
SUCUMBÊNCIAIS E A QUANTIA 
PRINCIPAL SÃO EXECUTADOS 
NO NOME DA PARTE: 
Exequente possui legitimidade: 
Ordinária - com relação a execução da quantia 
principal 
Extraordinária - com relação aos honorários do 
seu advogado. 
★ OS HONORÁRIOS 
SUCUMBÊNCIAIS SÃO 
EXECUTADOS NO NOME DO 
ADVOGADO E A QUANTIA 
PRINCIPAL NO NOME DA PARTE: 
Tanto a parte, quanto o advogado possuem 
legitimidade ordinária, para execução daquilo 
que cabe a cada um deles. 
 
2. LEGITIMIDADE PASSIVA (Art. 779 
do CPC) 
PREVISÃO LEGAL: 
Art. 779. A execução pode ser 
promovida contra: 
I - o devedor, reconhecido como tal no 
título executivo; 
II - o espólio, os herdeiros ou os 
sucessores do devedor; 
III - o novo devedor que assumiu, com 
o consentimento do credor, a obrigação 
resultante do título executivo; 
IV - o fiador do débito constante em 
título extrajudicial; 
V - o responsável titular do bem 
vinculado por garantia real ao pagamento do 
débito; 
VI - o responsável tributário, assim 
definido em lei. 
 
Devedor : Aquele a quem foi imposta a 
condenação (execução fundada em título 
judicial) ou quem figura no título como devedor 
(título extrajudicial). 
O Espólio, os herdeiros ou os sucessores do 
devedor: trata-se de sucessão causa mortis e 
segue o mesmo regramento da legitimação 
ativa, recordando que não se pode ultrapassar 
os limites do que foi herdado. 
Se houver a extinção de pessoa jurídica, é 
preciso verificar se o patrimônio da empresa foi 
transferido para outra, caso em que esta assume 
o passivo; do contrário, os legitimados serão os 
sócios da empresa extinta 
Assunção de débito: O novo devedor que 
assumiu com o consentimento do credor a 
obrigação do título executivo, porquanto na 
assunção de débito exige prévia anuência do 
credor. 
Fiador do débito constante no título 
extrajudicial: 
CONTRATO DE FIANÇA é de natureza 
acessória ao principal, recordando que o fiador 
pode exercer o benefício da ordem na forma do 
art. 827 do CC, o que dá direito de primeiro vir 
excutidos os bens do devedor, antes dos seus. 
Se o fiador não renunciou a ele, só poderá ser 
executado se o devedor principal tiver sido 
incluído no polo passivo; do contrário, o fiador 
não teria como nomear bens dele à penhora, o 
que o impediria de exercer o benefício de 
ordem. Se este existir, o fiador só pode ser 
executado em litisconsórcio com o devedor 
principal. Mas se ele tiver renunciado ao 
benefício, a execução poderá ser dirigida só 
contra o fiador, que não sofrerá nenhum 
prejuízo já que, pagando o débito, sub-rogar-se-
á nos direitos do credor, e poderá executar o 
devedor nos mesmos autos (art. 794, § 2º, do 
CPC). 
 
 
Para as situações onde a fiança é dada como 
garantia em contrato de título executivo 
extrajudicial, como o de locação, terá a mesma 
natureza jurídica, de forma que na execução 
podem ser executados o devedor principal e o 
fiador conjuntamente. 
Pode ocorrer que a fiança garanta um débito 
não consubstanciado em título executivo 
extrajudicial. A ação de cobrança poderá ser 
ajuizada apenas em face do fiador, ainda que ele 
tenha o benefício de ordem. Não haverá 
prejuízo, porque bastará que chame ao processo 
o devedor principal, na forma do art. 130, I, do 
CPC. Caso haja condenação, na fase executiva, 
o fiador poderá exigir que, primeiro, sejam 
excutidos os bens do devedor principal para só 
depois serem atingidos os seus. E, se o fiador, 
na fase executiva, satisfazer o débito, poderá 
exigi-lo, por inteiro, do devedor principal, nos 
mesmos autos (art. 132 do CPC). 
Inexistindo FIANÇA em contrato de título 
executivo extrajudicial a cobrança poderá ser 
feita apenas em relação ao devedor principal, 
podendo ser invocada a intervenção de terceiros 
na forma do art. 130, I do CPC; 
Responsável titular do bem vinculado por 
garantia real ao pagamento do débito: 
 
Aquele que deu o bem em garantia real de uma 
dívida torna-se responsável, até o limite do 
valor do bem, pelo pagamento da dívida, ainda 
que não seja ele o devedor. A garantia real pode 
ser oferecida em razão de dívida própria ou de 
terceiro. Se for dada em garantia de dívida de 
terceiro, o titular do bem torna-se responsável 
pelo pagamento, respeitado o valor do bem. 
 
 
Responsável tributário: Na forma do art. 779, 
IV do CPC a legislação tributária irá indicar os 
responsáveis tributários; 
 
Avalista : é o que presta garantia pessoal de 
pagamento do débito, devendo estar 
identificado no título e com a assinatura do 
responsável; 
Dada a autonomia do aval, a execução poderá 
ser dirigida tão somente contra o avalista, não 
sendo necessária a inclusão do avalizado. Nada 
impede, porém, que se o inclua, caso em que 
haverá um litisconsórcio passivo na execução. 
Se o avalista pagar a dívida, sub-rogar-se-á no 
crédito, e poderá reaver o que pagou, nos 
mesmos autos, voltando-se contra o avalizado. 
 O empregador pode ser executado com 
fundamento em sentença condenatória do 
empregado? 
O patrão responde objetivamente pelos danos 
causadospelo empregado, no exercício de suas 
atividades. A vítima de danos pode ajuizar ação 
de ressarcimento contra o empregado, o 
empregador ou contra ambos, em litisconsórcio 
facultativo. 
Mas se ajuizá-la só contra o empregado, a 
sentença só condenará a este. Só será possível 
executá-lo, não o empregador. Para que este 
seja executado, é necessário que tenha sido 
demandado também, e que a sentença o tenha 
incluído na condenação. 
 
A mesma regra aplica-se às sentenças penais 
condenatórias. O empregado, no exercício de 
suas funções, pode cometer crime, do qual 
resultem danos. Havendo sentença penal 
condenatória transitada em julgado, será 
possível promover a execução, após prévia 
liquidação, contra o empregado condenado, 
mas não contra o empregador, que não integra 
o título executivo, nem recebeu condenação. 
Será preciso promover ação de conhecimento 
contra o patrão, na qual este poderá, até mesmo, 
discutir a culpa do empregado, já que 
do processo criminal ele não participou. 
 
 Litisconsórcio na execução: 
Tanto no cumprimento de sentença quanto na 
execução por título extrajudicial será possível o 
litisconsórcio, ativo, passivo ou misto, 
dependendo do que conste do título. 
Se no processo de conhecimento havia 
litisconsórcio, poderá também haver na 
execução. Se mais de um réu foi condenado, ela 
poderá dirigir-se contra todos; e se foi dada em 
benefício de mais de um autor, todos poderão 
promovê-la. 
O mesmo ocorrerá se no título extrajudicial 
mais de uma pessoa figurar como credora ou 
devedora. 
O litisconsórcio, na execução, será facultativo 
ou necessário, conforme a obrigação que conste 
do título. Sempre que for de pagamento, será 
facultativo, já que as quantias são sempre 
divisíveis. Ainda que a sentença condene dois 
ou mais réus, ou no título figurem dois ou mais 
devedores, o credor poderá promover a 
execução em face de apenas um. 
Mas, se a obrigação imposta no título for de 
fazer ou não fazer, ou de entregar coisa, e tiver 
objeto indivisível, o litisconsórcio será 
necessário. 
 
 Intervenção de terceiros 
Apenas a denunciação da lide e o chamamento 
ao processo não são admissíveis na execução. 
As demais formas de intervenção (incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica, 
assistência e o amicus curiae) são possíveis. 
Além disso, existem situações próprias da 
execução, em que se admitirá o ingresso de 
terceiro no processo, e que não se enquadram 
entre aquelas hipóteses previstas na Parte Geral. 
 
Podem ser citados: 
1. a adjudicação, requerida pelo credor 
com garantia real, pelos credores 
concorrentes, ou pelo cônjuge, 
descendentes ou ascendentes, na forma 
do art. 876, § 5º; 
 
 
2. a arrematação, feita em leilão judicial, 
por terceiro; 
 
3. O concurso de preferências, quando 
credores preferenciais intervêm na 
execução para assegurar a prioridade 
de pagamento, em caso de alienação 
judicial do bem. 
 
 
São dois : 
a) o inadimplemento do devedor: 
b) título executivo com grau suficiente de 
certeza da existência da obrigação. 
A falta de um desses requisitos implicará a 
carência da execução. 
● DO INADIMPLEMENTO (CPC, 
art. 788) 
Artigo 788 CPC- O credor não poderá iniciar a 
execução ou nela prosseguir se o devedor 
cumprir a obrigação, mas poderá recusar o 
recebimento da prestação se ela não 
corresponder ao direito ou à obrigação 
estabelecidos no título executivo, caso em que 
poderá requerer a execução forçada, ressalvado 
ao devedor o direito de embargá-la. 
No direito obrigacional, o credor não pode 
exigir do devedor o cumprimento da obrigação, 
quando não é possível fazer a caracterização do 
inadimplemento. 
O inadimplemento, é um atraso. 
E esse atraso caracteriza-se quando o devedor 
incorre nas hipóteses de não ter cumprido a 
obrigação nos seguintes requisitos de : a) 
tempo, b) local e c) forma convencionados. 
Quando se executa tem que comprovar que o 
inadimplemento compreende as 3 situações - 
tempo, local e forma convencionado (o que está 
no contrato/obrigação)-. 
Para que haja interesse na execução não é 
preciso o inadimplemento absoluto, basta a 
mora do devedor. 
TEMOS DUAS FORMAS DE 
INADIMPLEMENTO: (em ambos é possível 
promover execução) 
- Inadimplemento absoluto: 
O inadimplemento absoluto é quando o 
devedor não cumpriu a obrigação nos moldes 
pactuados e nem mais poderá fazê-lo (ex: 
obrigação de não fazer) porque não terá mais 
utilidade para o credor, podendo assim rejeitá-
la e exigir perdas e danos. 
Ex. Entrega de vestido de noiva nas vésperas do 
casamento e não entregou. 
- Inadimplemento parcial: 
Já a mora é quando o devedor não cumpriu a 
obrigação na forma contratada, mas ainda 
existe possibilidade de fazer e com utilidade 
para o credor. 
A mora é uma consequência direta do 
inadimplemento. 
Ex. O devedor atrasa uma prestação financeira, 
deverá pagar com os acréscimos legais e o 
pagamento é útil ao credor. 
Se o devedor não tiver sido constituído em 
mora pelo vencimento do título ou pela 
notificação, ela só existirá a partir da citação. 
PREVISÃO LEGAL: Art. 240. A citação 
válida, ainda quando ordenada por juízo 
incompetente, induz litispendência, torna 
litigiosa a coisa e constitui em mora o 
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 
398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 
(Código Civil) . 
Um dos efeitos da citação, é caracterizar a 
mora. Os juros de mora serão estabelecidos da 
citação. 
ATOS ILÍCITOS 
EXTRACONTRATUAIS: 
Nos termos do Enunciado nº 54 da Súmula do 
STJ nas obrigações por atos ilícitos 
EXTRACONTRATUAIS o devedor estará 
em mora desde a data do fato. 
 
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UISIT
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Uma das consequências do inadimplemento é o 
juro de mora e a correção monetária. 
Esses índices de juros de mora e correção 
monetária vão variar de acordo com a 
obrigação: 
Se estivermos falando em Direito Tributário, 
esse juro de mora será de 1%. A lei informa 
que qualquer cobrança de tributos incidem 
juros de mora de 1%. 
Se estivermos falando de direito de alimentos 
(salário, pensão, etc) o juro de mora será de 
0,5%. 
Na atualização do judiciário, NÃO É 
PERMITIDO JUROS COMPOSTO. MAS, em 
débitos bancários de cartão de crédito, as 
financeiras utilizam juro composto, ou seja, é 
juro em cima de juro. 
 
CORREÇÃO MONETÁRIA: 
É uma recomposição do valor, para que não 
perca o valor nominal em razão do tempo. 
Existem vários índices de correção. 
INCC - índice próprio da construção civil. (toda 
e qualquer causa que se discuta envolvendo 
construção civil - reforma, compra de imóvel -. 
IGPM 
IPCA-E - Índice que o CNJ utiliza para débito 
judicial (precatório). 
“Súmula 362 – A correção monetária do valor 
da indenização do dano moral incide desde a 
data do arbitramento.” 
Os índices de correção monetária, no caso de 
danos morais, serão calculados da data de sua 
fixação. 
Exemplo: O juiz condenou o réu a pagar 
indenização por dano moral. Os efeitos do 
inadimplemento começam da data que o juiz 
fixar. 
Se for dano material incide essa súmula? NÃO. 
Exemplo 2: Ação por danos morais, juiz julga 
improcedente. Recorre ao Tribunal e ele 
reforma a decisão, fixando o valor da 
indenização. 
O índice de correção monetária será da data do 
acórdão, POIS FOI O LOCAL ONDE HOUVE 
A CONDENAÇÃO/FIXAÇÃO. 
HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIAIS: 
Art. 85 - CPC- A sentença condenará o 
vencido a pagar honorários ao advogado do 
vencedor. 
§ 16. Quando os honorários forem fixados 
em quantia certa, os juros moratórios 
incidirão a partir da data do trânsito em 
julgado da decisão. 
 
Quando alguém comete um ato ilícito ou 
mesmo um ilícito obrigacional (ilícito 
contratual ou ilícito extracontratual), o juiz tem 
que deixar claro na condenação qual o índice 
que irá incidir. 
Se o juiz for omisso com relação a qual o juro 
de mora ou correção monetária que será 
aplicado, deverá ser apresentadoos embargos 
de declaração. 
 
1. Do tempo: 
Há que se verificar se a obrigação é a termo 
(prazo), logo se existe data de vencimento ou 
não. 
O inadimplemento do tempo pode ser: 
- MORA EX RE: 
Existe a mora ex re. (CC, art. 397 caput) 
quando se opera imediatamente o 
inadimplemento da obrigação líquida, certa e 
exigível, prescindindo qualquer 
notificação/interpelação do devedor em razão 
do simples exaurimento do prazo – dies 
interpellat pro homine. 
 
Ou seja, a obrigação tem uma data de 
vencimento, chegou essa data e não cumpriu, 
vai ter os efeitos da mora. 
- MORA EX PERSONA: 
Já a mora ex persona (CC, art. 397, parágrafo 
único) ocorre quando não existe prazo, termo 
fixado para o seu cumprimento, existindo a 
necessidade da iniciativa da parte para 
constituir em mora a outra parte por meio de 
notificação/interpelação judicial ou 
extrajudicial. 
Somente após a notificação do réu é que a mora 
começa a incidir 
Exemplo: Nos contratos de financiamento de 
automóveis, que dependem da mora ex persona. 
Se comprou o carro por alienação fiduciária, a 
mora é ex persona. Não basta estar em atraso, 
para que gere os efeitos de busca e apreensão o 
credor tem que provar que notificou o devedor. 
Exemplo: Contrato com a Energisa ou contrato 
para água, para efeito de mora no que diz 
respeito a suspensão de fornecimento a mora é 
ex persona. Ou seja, para suspender o serviço, 
é preciso que o devedor tenha sido notificado 
(O STJ diz que a notificação pode vir na própria 
fatura). Já para efeitos de incidência de juros e 
negativação, a mora é ex re. 
Via de regra os contratos são ex re, atrasou já 
começa estar com os efeitos da mora, 
EXCEPCIONALMENTE nos contratos de 
compromisso de compra e venda de imóvel. 
Para que gere a mora nos contratos de compra 
e venda é preciso notificar o devedor se tem que 
ter a prévia notificação, a mora tem que ser ex 
persona. 
 
2. DO LUGAR: 
Em regra as obrigações devem ser cumpridas 
no lugar convencionado, na ausência prevalece 
a regra do art. 327 do CC sendo em regra no 
domicílio do devedor, devendo o credor 
procurá-lo para o recebimento da obrigação. 
 
OBRIGAÇÃO QUESÍVEL: 
Obrigação QUESÍVEL (querable) - a 
obrigação deve ser cumprida no domicílio do 
devedor, competindo o credor ir procurar para 
receber. 
Exemplo: Duplicatas. 
A regra do direito obrigacional é que as 
obrigações são quesíveis, pois a obrigação tem 
que ser cumprida no domicílio do devedor. 
Quem tem que provar que o devedor foi 
procurado para pagar, é o credor (o ônus é do 
credor) 
Caso o credor negative o nome do devedor, pois 
não recebeu, ele irá arcar com perdas e danos, 
pois é ele (o credor)quem tem que procurar o 
devedor. 
OBRIGAÇÃO PORTÁVEL: 
Obrigações PORTÁVEL (portable) - aquela 
instituída por convenção das partes ou 
decorrente da lei, ou resultar da natureza ou 
circunstâncias onde a obrigação deva ser 
cumprida no domicílio do credor. 
Do ponto de vista prático o que mais ocorre são 
as obrigações portável. 
 
3. DA NATUREZA DAS 
OBRIGAÇÕES: 
As líquidas são as contidas nos títulos 
extrajudiciais, sendo que as ilíquidas podem 
estar em determinados títulos judiciais e que 
necessitam de liquidação. 
 
OBRIGAÇÃO LIQUIDA = Capacidade de 
saber de imediato o valor do débito. TODAS 
AS OBRIGAÇÕES DE TITULO 
EXTRAJUDICIAL, OBRIGATORIAMENTE 
SÃO LIQUIDAS. 
 
OBRIGAÇÃO JUDICIAL = pode ter 
obrigação só liquida, só ilíquida ou ainda parte 
líquida e ilíquida(não se sabe de imediato o 
valor do débito) na mesma sentença. 
 
Nas obrigações ilíquidas, é preciso liquidar, ou 
seja, apurar o valor do débito. 
Ex: O juiz condenou o réu a pagar 1 mil por 
danos materiais, 2 mil por danos materiais e as 
despesas com o tratamento para a saúde. Essa 
despesa com tratamento de saúde não se sabe 
qual o valor, logo, essa obrigação é ilíquida. 
 
OBRIGAÇÃO CONDICIONAL OU A 
TERMO: 
As de cunho condicional (evento futuro e 
incerto), do qual depende a eficácia da 
obrigação e a termo (evento futuro e certo) e 
que podem ter regulação nos termos do art. 514 
do CPC. 
Artigo 514, CPC -“Quando o juiz decidir 
relação jurídica sujeita a condição ou termo, o 
cumprimento da sentença dependerá de 
demonstração de que se realizou a condição ou 
de que ocorreu o termo”. 
 
OBRIGAÇÕES BILATERAIS: 
Contratos bilaterais são aqueles que impõem 
obrigações recíprocas para ambos os 
contratantes. A de um encontra a sua 
justificativa na do outro, como, por exemplo, 
nos contratos de compra e venda e locação. 
O art. 476 do CC estabelece que, havendo 
contratos bilaterais de prestações simultâneas, 
nenhum dos contratantes pode ingressar em 
juízo para exigir do outro a prestação 
prometida, sem que primeiro tenha cumprida a 
sua. Se o fizer, o réu irá defender-se por meio 
da exceptio non adimpleti contractus. 
A lei processual, dando operatividade a essa 
regra, dispõe, no art. 787, que “Se o devedor 
não for obrigado a satisfazer sua prestação, 
senão mediante a contraprestação do credor, 
este deverá provar que a adimpliu ao requerer a 
execução, sob pena de extinção do processo”. E 
o parágrafo único acrescenta: “O executado 
poderá eximir-se da obrigação, depositando em 
juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz 
não permitirá que o credor a receba, sem 
cumprir a contraprestação que lhe tocar”. São 
regras que traduzem, para a execução, a 
exceção de contrato não cumprido. 
O credor, para dar início à execução de 
obrigação bilateral, precisa provar que cumpriu 
a sua prestação, nos termos do art. 798, I, d, do 
CPC. 
Há decisões judiciais que exigem que a 
comprovação de adimplemento da obrigação, 
pelo exequente, conste do próprio título. Se 
houver necessidade de produção de provas, já 
que o adimplemento do credor não consta do 
título, este perderia a sua eficácia executiva, 
sendo necessário ajuizar um processo de 
conhecimento. Nesse sentido, RSTJ 47/287 e 
RT 707/166. 
 
 
4. DA PROVA DO PAGAMENTO: 
 Constitui em dever do devedor demonstrar a 
adimplência, já que não se pode admitir a prova 
da inexistência de um fato ou prova negativa, 
devendo se caracterizar pelo recibo ou 
devolução do título.

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