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TEORIA GERAL 
DO PROCESSO
Professor: Ronny César Nascimento de Oliveira 
E-mail: ronny.oliveira@pro.fecaf.com.br 
Instagram: @ronnycesar.adv
“Decidir é escolher caminhos e excluir outros. No Direito, cada 
escolha exige não só coragem, mas a responsabilidade de justificar 
com argumentos que resistam ao julgamento dos outros.”
INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL
Não se pode confundir a interpretação da norma processual com controle
de constitucionalidade. Quando interpretamos a norma, significa entender
o real sentido e o alcance da norma. Diferente do controle de
constitucionalidade, que busca saber se a norma está de acordo com a
Constituição Federal.
Alguns métodos de interpretação da norma processual:
- Literal: a letra fria da lei; o “dogma”. Exemplo: prazo recursal, 15 dias úteis
(regra).
- Autêntica: o próprio legislador determina o que quer dizer com a norma.
Exemplo: a citação (art. 238/CPC), que é a forma como o demandado
vai integrar a relação processual.
- Lógico-sistêmico: a norma não pode ser interpretada de forma isolada.
Deve ser interpretada como um todo sitsema jurídico.
INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL
- Histórico: analisar o momento que vivemos para criação de uma
norma. Exemplo: a covid-19.
- Teleológico: significa dar fins sociais. Exemplo: bem de família, em regra,
é impenhorável. Mas a pessoa que mora sozinha se encaixaria?
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO
• Quanto ao aspecto temporal: De acordo com o art. 1º/LINDB, a norma 
processual será aplicada imediatamente (respeitando o vacatio legis).
a) Unidade processual: O processo é considerado um todo único.
Em regra, aplica-se a lei nova a partir do momento em que ela entra em 
vigor, mas sem voltar atrás para alterar atos que já foram praticados sob a 
lei anterior. Exemplo: se a lei nova muda o prazo de recurso de 10 para 15 
dias, ela só vale para os prazos abertos depois da vigência.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO
• Quanto ao aspecto temporal:
b) Fases processuais: O processo se divide em fases (postulatória, 
saneamento, instrutória, decisória, recursal, etc.).
Cada fase segue a lei vigente quando iniciada. Exemplo: se uma fase de 
saneamento começou com a lei antiga, ela será concluída conforme a lei 
antiga, ainda que entre em vigor uma lei nova durante essa fase.
c) Isolamento dos Atos processuais: Aqui a regra é ainda mais pontual: 
cada ato processual (petição, decisão, audiência) deve respeitar a lei 
que está em vigor no momento em que ele é praticado.
Exemplo: se ontem a intimação era feita por carta e hoje a lei nova 
determina intimação eletrônica, o ato praticado hoje será pelo meio 
eletrônico, mesmo que o processo tenha começado sob a lei antiga.
Resumindo: A norma processual tem aplicação imediata. 
O processo é um só, mas sem retroagir; cada fase respeita a lei que estava em vigor quando 
começou; cada ato segue a lei em vigor no momento em que foi praticado.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO
• Quanto ao aspecto espacial:
a) No Brasil (regra): Dentro do Brasil, aplica-se o CPC brasileiro. Exceção: 
acordo internacional, convenção, que haja cooperação jurisdicional 
entre os países para aplicar norma diferente.
(direito)
AÇÃO 
(instrumento)
JURISDIÇÃO
(forma)
PROCESSO
JURISDIÇÃO
Conceito: A jurisdição civil é uma forma, um instrumento, de resolver 
conflitos. 
É quando um terceiro, imparcial, põe fim ao conflito. Trata-se de um juízo 
natural, criado previamente aos fatos (É vedado o juízo de exceção, como 
ocorreu em Nuremberg, quando tribunais foram instituídos após a 
Segunda Guerra para julgar os crimes nazifascistas).
• Jurisdição ≠ competência
Organizar
meios para resolver conflitos: 
- Jurisdicionais: jurisdição estatal e jurisdição arbitral (privada).
- Não jurisdicionais (meios alternativos): conciliação, mediação, 
tribunais administrativos, autotutela, renúncia/submissão).
CONCEITO
“Jurisdição é a função atribuída a terceiro imparcial de
realizar o Direito de modo imperativo e criativo,
reconhecendo/efetivando/protegendo situações
jurídicas concretamente deduzidas, em decisão
insuscetível de controle externo e com aptidão para
tornar-se indiscutível."
Fredie Didier Jr. 
JURISDIÇÃO
• Características:
a) Inércia: o órgão jurisdicional, em regra, deve ser provocado. Não 
podendo agir de ofício.
b) Substitutividade: Atividade jurisdicional substitui as vontades das 
partes. Ou seja, uma vez provocado, o juiz decidirá o caso concreto.
c) Definitividade: Alguns atos judiciais geram coisa julgada, ou seja, 
torna-se imutável, definitiva. 
d)Imparcialidade: O juízo deve ser neutro e não ter interesse no conflito. A 
decisão é tomada com base na lei, e não na vontade pessoal.
JURISDIÇÃO
• Características:
e) Investidura: Só exerce jurisdição quem estiver legalmente investido no 
juízo competente, conforme a lei. Relaciona-se ao princípio do juiz 
natural.
f) Unicidade: A jurisdição pertence ao Estado. Ainda que existam vários 
juízos (cível, penal, trabalhista), todos exercem a mesma função 
jurisdicional, em ramos distintos.
g)Aderência ao território: O poder jurisdicional do juízo é limitado ao 
território do Estado. Ex.: um juízo brasileiro não exerce jurisdição sobre 
causas próprias da Argentina.
ARBITRAGEM
• Está prevista na Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem);
• É jurisdição privada;
• Nomeação consensual de arbitro (agente heterônomo);
• Tende a ser mais célere, menos burocrática e especializada;
• Título executivo judicial (CPC, art. 515, VII);
• Regra: pode se aplicar em todos direitos, com vedação em direitos 
indisponíveis e quando a lei proibir (exemplo: improbidade 
administrativa, curatela etc);
• Pode ser sigiloso, diferente do processo judicial.
AÇÃO
A ação é um instituto fundamental do Processo Civil, nada mais é do
direito que se tem de provocar a atuação do Estado.
Não se confunde com DIREITO MATERIAL por si só.
• Condições da Ação (pressupostos processuais e interesse 
processual):
- Interesse processual (ou interesse de agir): É a necessidade de ir a juízo 
e a utilidade da tutela jurisdicional. Exige dois elementos: Necessidade e 
Adequação, ou seja, a parte PRECISA do juízo e escolhe o meio 
ADEQUADO para tutelar seu direito.
- Legitimidade (legitimidade ad causam): Só pode propor a ação quem 
é titular da relação jurídica discutida em juízo.
AÇÃO
Se o JUÍZO entender que as “condições da ação” se encontram AUSENTES, 
poderá proferir decisão terminativa ou definitiva, a depender da TEORIA 
DA ASSERÇÃO ou TEORIA ECLÉTICA adotada pelo juiz.
• Pesquisar sobre ambas Teorias.
-Conceito.
-Quais são adotadas pelo CPC?
-Quais são adotadas pelos Tribunais Superiores?
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