Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta sobre a arbitragem do valor da base de cálculo do ITBI: (A) O Município pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI com respaldo em valor de referência por ele estabelecido unilateralmente. - Essa afirmação é problemática, pois a arbitragem unilateral pode ferir princípios da legalidade e da segurança jurídica. (B) O ITBI está sujeito ao lançamento de ofício, por estimativa e, portanto, não cabe ao Carlos realizar o cálculo do ITBI. - O ITBI pode ser lançado de ofício, mas o contribuinte também pode calcular e declarar o valor, então essa afirmação não é totalmente correta. (C) A existência de benfeitorias, o estado de conservação e os interesses pessoais do vendedor e do comprador no ajuste do preço não podem ser utilizados como parâmetro para fins de cálculo do ITBI, sob pena de violação da segurança jurídica. - Essa afirmação é exagerada, pois esses fatores podem sim influenciar a avaliação, embora a segurança jurídica deva ser respeitada. (D) A base de cálculo do ITBI está vinculada à base de cálculo do IPTU, devendo esta ser utilizada como piso de tributação daquela. - Essa afirmação não é correta, pois a base de cálculo do ITBI é o valor da transação, e não necessariamente vinculada ao IPTU. (E) O valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo Fisco mediante a regular instauração de processo administrativo próprio. - Essa afirmação está correta, pois o valor declarado pelo contribuinte é presumido como verdadeiro até que se prove o contrário. Portanto, a alternativa correta é: (E) O valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo Fisco mediante a regular instauração de processo administrativo próprio.